Presentation given on April 22, 2016, in Covilhã (Portugal), at the closing seminar of project IDEARIA designed and implemented by the cooperative CooLabora, funded by the EEA Grants programme managed by Gulbenkian Foundation, to experiment new solutins to the youth unemployment problem
3. • Problemas com a definição “oficial”
– Ênfase nas situações de “estar
empregado”, minimizando a
complexidade das situações de transição
– Ênfase em duas situações limite de
“estar empregado”:
• Emprego por conta de outrem
• Emprego por conta própria
Definição
“oficial” de
Emprega-
bilidade e
suas conse-
quências
6. • Qual é o problema com estes
problemas na definição “oficial” de
empregabilidade? (3)
– As políticas activas de emprego não
cuidam devidamente da complexidade
das seguintes situações:
• “transições” (ensino/vida activa, vida
activa/maternidade/parternidade,
emprego/desemprego, emprego por conta
de outrem/emprego por conta própria,
mudanças de actividade profissional, etc.)
• “exclusões”: nem das “velhas”, nem das
“novas” exclusões
Definição
“oficial” de
Emprega-
bilidade e
suas conse-
quências
7. • “Exclusões”:
– “velhas” exclusões
• Pessoas com deficiência
• Reclusos
• Ciganos
• Imigrantes
• Pessoas sem abrigo
• etc.
– “novas” exclusões: as que vão resultar,
cada vez mais da 4.ª Revolução Industrial
– “novas” e “velhas”:
• pessoas com incidentesbancários
• Jovens NEET
• etc.
Definição
“oficial” de
Emprega-
bilidade e
suas conse-
quências
8. • “Novas” exclusões:
– 4.ª Revolução Industrial:
• Sistemas ciber-físicos (“internet das coisas”)
– corpos físicos geridos por algoritmos
computacionais e sensores
– Conectados entre si
– interactivos
• Aceleração da inovação tecnológica
• Aumento da procura de competências
profissionais muito qualificadas, mas para
um grupo restrito de pessoas
• Expansão a aceleração das mobilidades de
pessoas e coisas: geográfica, profissional,
etc.
• Quem não for capaz de inovar, qualificar-se,
mover-se a ajustar-se a estas mudanças
corre risco de ser excluído
Definição
“oficial” de
Emprega-
bilidade e
suas conse-
quências
11. • Criar novos espaços de trabalho, de natureza
comunitária e colaborativa para as pessoas “em
transição” e inclusivos de pessoas em situações
de “exclusão social” (“TechClubs”):
– Co-existência de três tipos de espaços de trabalho:
• Espaço oficinal: oficinas para uso partilhado pelas
pessoas em situações de “transição” e “exclusão”
• Espaço de incubação de empresas
• Espaço de co-working
– Co-existência de vários tipos de actividades
• Bioeconomia (agricultura e alimentação, floresta, saúde)
(BIOSPIN)
• Indústrias criativas (ARTSPIN)
• Empresas sociais e outras organizações de economia
social (SOCIALSPIN)
• Outras indústrias e serviços (GESPIN)
– Espaços de comunicação, de partilha de
experiências e de auto-ajuda
• GEPEs – Grupos de Entreajuda na Procura de Emprego
• “Social Angels Meetings”, Idearias e outros do género
– Actividades de formação-acção e informação
Que fazer?
13. • Configuração dos “TechClubs”:
– Natureza jurídica: organizações de
economia social (associações,
cooperativas)
– Fontes de sustentabilidadeeconómica
• Financiamentos da Administração Central
(IEFP, etc.)
• Financiamentos e ajudas em espécie da
Administração Local (ex. cedência de
instalações)
• Apoios diversos das empresas locais (ex.
cedência de equipamentos, interações com
as empresas em incubação, ou em co-
working, formação, ofertas de emprego, etc.)
• Receitas resultantes das actividades dos
utentes
Que fazer?
14. • Intervenções a montante e a jusante
do “estar empregado” (1)
– Jovens em idade escolar
• Intervenções gerais:
– Construção precoce do CV
– Desenvolvimento de competências transversais
– Contactos com as empresas
– Ex. Exemplos: Maior Empregabilidade (IPAV),
Social Angels (Sol do Ave & CM P. Lanhoso)
• Combate ao absentismo e abandono escolar
– Iniciativas de carácter artístico e desportivo
organizadas de maneira a melhorar a auto-estima
(ex. alunos do ensino profissional), aumentar a
motivação pela escola e desenvolver
competências transversais
– Ex. “Laboratório do Erro” da InComunidade, Arco
Maior
Que fazer?
15. • Intervenções a montante e a jusante do “estar
empregado” (2)
– Intervenções “específicas” para pessoas em
situação de exclusão social
• Tipos de situações:
– (Ex)reclusos
– Ciganos
– Pessoas com deficiência
– Pessoas sem abrigo com perfil de empregabilidade
– Jovens NEET
– Etc.
• Acções:
– Estádio 1: intervenções com recurso a actividades de
natureza, desportiva que contribuam para melhorar a auto-
estima e para identificar e desenvolver competências
transversais
– Estádio 2: formação profissional adequada às competências
identificadas no estádio 1
– Estádio 3: apoio na procura de emprego que pode passar por
um espaço “TechClub”
– Estádio 4: acompanhamento após colocação num emprego
• Exemplos: ECOAR da Pele (reclusos), GEPE da CooLabora
para os ciganos, Welcome Home & Plataforma +
Emprego do NPISA Porto (sem abrigo), (IN)NEET da
Oikos (jovens NEET), etc.
Que fazer?
16. • Em resumo:
– Em vez de medidas dispersas e dirigidas
a indivíduos, ou a empresas ou outras
organizações desligadas umas das outras
– Demasiado focadas nas situações limite
do estar empregado (trabalho por conta
de outrem, ou da criação do próprio
emprego),
– Sem dar a devida atenção às pessoas em
situações de “transição”, ou de
”exclusão social” e à complexidade
destas situações que não se compadece
com intervenções desintegradas umas
das outras,
Que fazer?