Este documento apresenta a chapa "AMC Mais Perto de Você" para as eleições da Associação dos Magistrados Catarinenses em 2014. A chapa propõe um plano de ação focado em 10 eixos principais: 1) apoio aos magistrados e suas famílias, 2) fortalecimento do coleguismo, 3) defesa dos direitos e valorização da carreira da magistratura, especialmente dos inativos.
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ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS CATARINENSES – AMC
ELEIÇÕES 2014 - GESTÃO 2015/2018
CHAPA
“AMC MAIS PERTO DE VOCÊ”
PRESIDENTE: JUIZ LUIZ FELIPE SIEGERT SCHUCH
1º VICE-PRESIDENTE: JUIZ RENATO LUIZ CARVALHO
ROBERGE
2º VICE-PRESIDENTE: DES. ALCIDES DOS SANTOS AGUIAR
MENSAGEM INSTITUCIONAL
“Magistratura cidadã, construindo uma justiça melhor.”
2014
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VERDADES E CERTEZAS
Tenha dúvida das suas certezas,
pois nem sempre na certeza está a verdade.
Tenha dúvida das suas verdades,
pois a verdade por vezes é como a bruma,
que desaparece quando brilha o sol da manhã.
Se fosse absoluta a verdade,
estaria ainda o homem a assistir
o vagaroso e contínuo passar da história,
com rabo e do alto de uma frondosa árvore.
Verdades e certezas são movediças.
Hoje duras e incontornáveis,
amanhã flácidas e indefensáveis,
a deixar atônito o olhar do mundo,
que viu nelas o que não havia,
verdades e certezas insofismáveis.
(Schuch)
PROPOSTAS PRELIMINARES
I – INTRODUÇÃO
A Associação dos Magistrados Catarinenses-AMC precisa avançar nas
conquistas institucionais, em prol de cada um dos seus associados, e,
concomitantemente, se adequar aos novos desafios que a sociedade moderna
impõe.
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O termo “gestão” entrou em pauta, transformando-se em verdadeiro dogma a
presidir os planos, decisões e ações de qualquer entidade minimamente
organizada.
A preocupação com o equilíbrio econômico-financeiro das receitas e despesas
igualmente condiciona o planejamento e a execução dos projetos, desafiando a
criatividade e a capacidade das lideranças corporativas na captação e criação
de novas fontes de custeio, de um lado, e a eficiente aplicação desses
recursos, de outro, permitindo, assim, realizar mais com menos.
Conhecemos esse novo cenário e entendemos ser possível, com muito
trabalho e dedicação, construir não só uma AMC mais efetiva e afetiva com
o seu associado, mas contribuir decisivamente para a edificação de um Poder
Judiciário reconhecido pela eficiência, transparência, organização e
compromisso com o cidadão.
Para AVANÇAR, todavia, importante compreendermos a dimensão do nosso
desafio, conhecer o passado e o presente, revisitando algumas questões
sempre fundamentais: a) Quem somos? b) Para onde vamos? c) Quais os
valores que moveram a criação da nossa AMC no passado? d) Quais os
princípios e valores a agregar nessa jornada contínua em direção ao futuro?
O Estatuto da AMC, em seu artigo 2º, rememora a nossa origem comum como
grupo de magistrados e magistradas honrados e operosos, e estabelece os
objetivos fundamentais da instituição, verdadeiros sentimentos imortalizados do
passado destinados a permearem sempre o presente e servirem de suporte
para as conquistas futuras da entidade:
• fortalecer a união dos magistrados;
• intensificar o espírito de classe;
• manter o coleguismo;
• defender os direitos e interesses da magistratura;
• preservar a garantia da independência e as prerrogativas dos seus
membros;
• promover o aperfeiçoamento dos magistrados e auxiliar na melhoria dos
cursos jurídicos.
Referidas diretrizes não podem ser abandonadas ou relegadas ao segundo
plano. Devem compor a essência de qualquer administração da AMC. Serão
eles, pois, a nossa bússola!
De sua vez, se o mundo moderno reclama hoje a construção de um
planejamento estratégico para indicar os próximos passos da nossa entidade,
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nele devem estar impregnados os grandes valores que catalisaram o
nascimento da Associação, e que merecem ser cultivados, para a garantia
de uma longevidade sadia da instituição:
• União;
• Espírito de Classe;
• Coleguismo;
• Convivência;
• Aperfeiçoamento.
Esses valores fundamentais serão por nós preservados e resgatados, com
o objetivo de melhorar a coesão da magistratura em torno dos grandes
desafios da atualidade.
Os integrantes da Chapa “AMC MAIS PERTO DE VOCÊ” trazem consigo uma
grande vontade de correção de rumos.
Não se trata de uma simples vontade de alternância de pessoas ou de poder.
Cada um dos nossos colaboradores acredita realmente nos valores
fundamentais instituídos com a fundação da AMC, e a eles agregam outros
complementares e de extrema importância para o sucesso das nossas
propostas:
Ética
Transparência
Comprometimento
Trabalho
Participação
Lealdade
Amizade
Respeito
Coragem
Inovação
Eis o nosso compromisso!
Reagrupar, reunir, reafirmar os valores da fundação da AMC, defender a
unidade e a dignidade da magistratura como carreira de Estado, lutar pela
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preservação das prerrogativas e pelo reconhecimento dos direitos dos
membros do Poder Judiciário, ATIVOS E INATIVOS, porquanto estas
constituem as ações fundamentais para a construção de uma Justiça melhor.
II – PLANO DE AÇÕES
Para a gestão eficiente da AMC propomos uma pauta de ações centradas em
dez eixos principais:
a) Magistrado/família
b) Confraternização/coleguismo
c) Direitos/Remuneração/Carreira
d) Inativos
e) Lazer/Descanso/Esporte/Sede Balneária;
f) Gestão de Qualidade/Orçamento;
g) Aperfeiçoamento;
h) ESMESC;
i) Plano Nacional;
j) Comunicação.
A – Magistrado/Família
De importância central para o magistrado e magistrada é a situação de sua
família, especialmente diante de uma carreira longa e sacrificante, com
inúmeras mudanças de cidade/comarca, as quais acarretam sofrimento para
cônjuges, filhos, parentes e amigos.
A AMC precisa estar próxima do Juiz e auxiliar nas adversidades enfrentadas,
buscando sempre o bem-estar do grupo familiar, condição essencial para o
exercício pleno da judicatura.
Proporcionar momentos de descontração, compartilhamento, convívio e
harmonia para a família do magistrados sempre foi um dos grandes motivos da
existência da AMC.
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B – Confraternização/Coleguismo
O estímulo ao coleguismo entre os associados passa pela realização de
encontros mais frequentes, aproximando os magistrados de todas as regiões
do Estado.
A AMC precisa fomentar essa aproximação, fundamental para o sentido de
união.
As confraternizações regionais – Norte, Sul, Vale, Meio-Oeste e Oeste –,
complementadas por encontros estaduais, se apresentam como ferramentas
importantes para a unidade da magistratura.
C - Direitos/Remuneração/Carreira
A valorização da magistratura passa pelo reconhecimento e
implementação dos seus direitos e preservação das garantias e
prerrogativas, sem as quais não se sustenta uma “Carreira de Estado” e não
se consegue manter nos quadros profissionais de qualidade para encarnarem a
responsabilidade de representar um dos Poderes da República, suportando
sobre os ombros a grave missão de manter o equilíbrio da democracia.
O resgate do prestígio da magistratura em relação às demais carreiras
jurídicas é fundamental, sendo imprescindível a luta pela garantia de
aposentação com igualdade e paridade entre ativos e inativos.
Ainda no plano da aposentadoria, de suma importância a definição clara da
situação dos novos Juízes em relação à inatividade, uma vez que regidos por
disciplina diversa no âmbito previdenciário, razão pela qual o tema deve ser
permanentemente acompanhado.
De sua vez, a materialização dos direitos já previstos no Estatuto da
Magistratura, para Desembargadores e Juízes de Direito e Substitutos,
deve estar no centro das atenções e ações da AMC e sua diretoria, ao que
se soma a permanente luta por novas conquistas e espaços para a
manutenção da atratividade do concurso para a magistratura.
Sobre a carreira da magistratura e seus direitos, elencamos abaixo alguns
temas que merecerão especial atenção da nova gestão da AMC:
atuação permanente para o rápido preenchimento dos cargos vagos na
carreira da magistratura, em colaboração com a Coordenadoria de
Magistrados;
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apresentação e acompanhamento de estudos e projetos que envolvam a
criação de novos cargos em Primeiro e Segundo Graus, dada a
necessidade permanente de realinhamento entre a força de trabalho e a
demanda processual;
empenho e acompanhamento dos pleitos administrativos da
magistratura em tramitação no Tribunal de Justiça e em outros órgãos
da administração;
participação de toda a magistratura na discussão e implementação de
um novo formato para a eleição do corpo diretivo do Tribunal de Justiça;
revitalização e aperfeiçoamento do “Projeto Cenários” do TJSC, como
ferramenta importante na avaliação das necessidades de novas
unidades;
redução do atual número de entrâncias no Primeiro Grau;
manutenção, preenchimento e adequada distribuição dos cargos de Juiz
Substituto nas circunscrições;
implementação de um segundo cargo de juiz para cada unidade
jurisdicional já instalada, nas comarcas em que o movimento processual
justificar, como alternativa ao modelo de instalação de uma nova
unidade/vara, resultando em menores custos e maior eficiência;
reescalonamento remuneratório no primeiro grau, com a redução da
diferença entre os níveis da carreira para 5%, medida com grande
alcance para ativos e principalmente para os magistrados inativos;
reposição das perdas inflacionárias acumulada nos últimos anos no valor
dos subsídios e aposentadorias, superiores ao patamar de 30%;
valorização do magistrado pelo mérito, com destaque para os dados
estatísticos positivos e aperfeiçoamento de elementos objetivos para a
avaliação;
estímulo à implantação de Centros de Conciliação em todas as
Comarcas do Estado, devidamente equipados e com a participação de
magistrados aposentados, como ferramenta importante no combate à
litigiosidade crescente e à morosidade processual, em atenção ao
anseio social por uma justiça rápida e eficiente;
implementação da Assessoria para os Juízes de Turmas Recursais
(conforme prevê o seu Regimento Interno);
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ampliação e melhoria remuneratória da Assessoria dos Juízes de Direito
e Substitutos de Primeiro Grau;
preenchimento dos cargos de servidores vagos e criação de novos
cargos, com a realização de concursos públicos, diante da necessidade
de melhor estruturação das unidades judiciárias em todo o Estado.
D – Aposentados/Pensionistas/UNIMED
Todos nós, magistrados de primeiro e segundo graus, devemos ter muito claro
em nossos pensamentos que a vida passa muito rápido. E a nossa carreira
também.
Ontem substitutos, cheios de vigor, esperança e perspectivas.
Hoje, magistrados e magistradas em plena maturidade e produtividade.
Amanhã, senhores e senhoras com a sabedoria de uma vida inteira dedicada à
causa da Justiça. Uma vida entregue à causa de servir e auxiliar o próximo na
resolução dos seus mais intrincados problemas.
Doamos nossos melhores esforços e inteligência em favor da sociedade. Por
conta desse ideal que nos move diariamente, muitas vezes abdicamos do
descanso, do lazer, da companhia dos amigos. Descuidamos, perigosamente,
da nossa família, daqueles que amamos e também dos que nos amam
incondicionalmente, e sempre estiveram de braços abertos para nos receber ao
final de cada dura jornada no interior de fóruns e tribunais.
Quando chega a aposentadoria, a inatividade, muitas vezes tão dolorosa para
nós que somos apaixonados pela profissão e ainda nos sentimos aptos a
continuar, atualmente somos lançados, desafortunadamente, no fundo do poço
de uma situação jurídica de absoluto desprestigiamento.
Aos inativos, a quem reverenciamos pelo legado e pelo esforço na
pavimentação do caminho pelo qual hoje percorremos, a legislação vigente tem
reservado o pior e o mais discriminatório tratamento, em evidente prejuízo para
a magistratura brasileira, posto que na segurança de uma aposentadoria digna
repousava um dos fortes atrativos para essa sacrificante missão constitucional.
É imperioso, pois, recuperar a capacidade econômica e a dignidade dos
nossos aposentados e pensionistas.
Vamos trabalhar com ações contínuas nesse sentido, a partir dos seguintes
temas:
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lutar pela recomposição financeira da remuneração da magistratura, com
a correção inflacionária que corrói mais de 30% dos subsídios,
proventos e pensões;
trabalhar intensamente para a aprovação da PEC em tramitação no
Congresso Nacional e que prevê o retorno da paridade total entre ativos
e inativos;
lutar pela aprovação do Novo Estatuto da Magistratura, com a previsão
expressa de simetria entre a remuneração de magistrados ativos e
inativos;
trabalhar continuamente para a aprovação da PEC que estabelece a
VTM – Vantagem de Tempo de Magistratura -, medida imprescindível
para os aposentados e pensionistas e capaz de, rapidamente, minimizar
as perdas salariais que injustamente sacrificam os aposentados e
pensionistas;
lutar para trazer todas as pensões para o orçamento do Tribunal de
Justiça, com a respectiva dotação orçamentária, evitando o sofrimento
que se tem impingido aos nossos associados com a falta de pagamento
dos valores mensalmente devidos pelo IPREV;
Mas vamos além.
Pretendemos RESGATAR os aposentados e pensionistas, para abrir uma
maior participação na vida associativa da AMC.
A remessa de informes mensais sobre as ações, eventos e notícias sobre a
magistratura será REESTABELECIDA de forma contínua, pois não podemos
prescindir das sugestões, soluções e ideias daqueles que vivenciaram
momentos de grandes dificuldades e desafios no passado, cuja EXPERIÊNCIA
e SABEDORIA certamente podem contribuir para a construção de uma
magistratura mais eficiente, forte e reconhecida.
Respeito, admiração, orgulho!
Esses são os sentimentos que nutrimos por aqueles que nos precederam.
Queremos cada um deles perto de nós, auxiliando na difícil missão de conduzir
os destinos da magistratura!
Com relação à SAÚDE, temos o compromisso de reavaliar a nossa relação
com a UNIMED, de modo a reconquistar uma qualidade de atendimento
digna dos magistrados ativos, inativos e pensionistas.
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O contrato em vigor tem deixado muitos colegas à espera de longas filas para
conseguir marcar consultas com médicos especialistas, e, quando precisamos,
por vezes somos surpreendidos pelo descredenciamento de inúmeros
profissionais de reconhecida excelência na área específica, prejudicando o
tratamento esperado pelo associado.
A falta de cobertura em relação aos Hospitais de Referência é outro problema
grave que deve ser enfrentado com coragem pela AMC, pois muitas vezes a
possibilidade de atendimento nesses hospitais fará a diferença entre a saúde
daqueles que amamos e a dor da saudade.
Precisamos rever nossas prioridades e buscar alternativas na área da saúde
dos magistrados !
E - Lazer/Descanso/Esporte/Sede Balneária
A recuperação da Sede Balneária e seus espaços, com a implementação de
uma política de manutenção preventiva e permanente, é fundamental para
garantir um confortável descanso e lazer para o magistrado e sua família.
De igual forma, criar condições de auto-sustentabilidade financeira da Sede
Balneária para possibilitar a utilização durante todo o ano é meta prioritária.
Um Plano Diretor para a consciente e racional utilização das áreas ainda
disponíveis se mostra urgente.
Entendemos que a Sede Balneária é um patrimônio valioso para a AMC e
seus associados, a merecer um tratamento especial, principalmente por
constituir uma alternativa mais econômica para as férias e períodos de
descanso dos magistrados e sua família no litoral catarinense.
Alguns pontos que receberão atenção redobrada:
segurança – o sistema de ingresso de associados e convidados será
reavaliado e aprimorado;
revisão de toda a área de muros e cercas do terreno da sede balneária,
hoje danificada e vulnerável à invasão por desconhecidos;
instalação de sistema de monitoramento por câmeras em todo o
complexo, permitindo a rápida identificação de estranhos e prevenindo
ações criminosas;
recuperação das casas e apartamentos, com a implementação de
melhorias e modernização;
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recuperação das áreas de piscina;
calçamento total das vias internas;
criação de um espaço coberto para esporte e lazer em dias de chuva.
O incentivo à prática de esportes pelos associados também deve consistir em
política permanente da AMC, diante dos reflexos positivos para a saúde mental
e física dos magistrados ativos e inativos, além da confraternização e formação
de sólidos laços de amizade que proporciona.
F - Gestão de Qualidade/Orçamento
No plano interno, a qualidade da gestão da AMC, preocupação materializada
no Plano Estratégico em vigor, deve constituir uma diretriz permanente e que
merece aperfeiçoamento.
As sedes administrativa e balneária exigem constante preocupação com a
racionalização da estrutura administrativa e dos processos e rotinas, em busca
de eficiência dos seus serviços e controle orçamentário.
A valorização do corpo funcional e o estímulo ao desenvolvimento profissional
de cada colaborador também merecem destaque, estimulando-se a
meritocracia.
Comprometimento, lealdade, disposição para o trabalho e envolvimento com os
objetivos da AMC são elementos relevantes para a construção de uma equipe
de trabalho.
No âmbito externo, a AMC deve contribuir com o Tribunal de Justiça na
apresentação de ideias, práticas e projetos desenvolvidos por magistrados de
todos os níveis da carreira, sempre com os olhos voltados para a melhoria da
qualidade da prestação dos serviços judiciários.
Dentre tantas ideias, podemos fornecer como exemplo alguns projetos de
possível implementação pelo Tribunal e que vamos sugerir, cujos resultados
seguramente serão positivos, com economia de recursos:
Projeto de destruição de autos findos e reciclagem de papel, com retorno
de papel reciclado para reuso pelo Tribunal, ou o recebimento dos
respectivos recursos financeiros daí advindos (além da redução de custo
com papel, permite a liberação de espaços e redução de despesas com
armazenamento);
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Projeto para o pagamento das despesas processuais por intermédio de
“cartão de crédito”, medida capaz de incrementar a receita orçamentária
e reduzir a inadimplência;
Projeto “Humanização das Salas de Audiências”, destinado a rever o
conceito desses espaços e sua apresentação, como forma de contribuir
para a criação de um ambiente menos hostil, mais acolhedor e redutor
das tensões das partes em litígio, facilitando, assim, a construção de um
ambiente favorável à conciliação dos envolvidos, além de minimizar os
efeitos da atuação do sistema judicial nas causas que envolvem o direito
de família e da infância e juventude;
Projeto “Juiz na Escola”, como forma de incentivar a presença dos juízes
e juízas nos estabelecimentos de ensino para esclarecer o papel do
Poder Judiciário e sua importância para a harmonia social,
estabelecendo uma precoce conexão positiva entre o jovem em
formação e a Justiça, baseada no exemplo e no sentimento de
proximidade da presença protetora do Estado-Juiz.
A preservação e ampliação do espaço da AMC nas discussões de temas
relevantes pela Administração do Tribunal de Justiça merece ser entendida
como uma oportunidade de refinamento das ideias inicialmente projetadas,
posto que o Juiz de comarca, pela sua proximidade e identidade com os
problemas vivenciados diariamente, invariavelmente tem importantes
informações para a construção das soluções necessárias ao bom desempenho
do Judiciário.
Não se pode descuidar, ainda no plano externo, das recorrentes
discussões institucionais sobre a participação orçamentária do Poder
Judiciário no plano estadual.
O futuro da justiça catarinense passa, necessariamente, por maiores e
melhores investimentos em recursos materiais e humanos, os quais não se
viabilizam sem a necessária existência de suficiente dotação orçamentária.
Aqui, a capacidade de interlocução da AMC com os demais Poderes é
fundamental.
Vamos reativar a participação ativa e a presença constante da AMC na
Assembleia Legislativa do Estado, para auxiliar na aprovação das demandas
de interesse do Poder Judiciário, estabelecendo, assim, um canal de diálogo
franco, transparente e necessário para a compreensão das necessidades da
Justiça Catarinense.
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Preservar e garantir a autonomia administrativa e financeira do Poder
Judiciário precisa estar na agenda positiva da AMC, em auxílio permanente
ao Tribunal de Justiça.
G - Aperfeiçoamento
Reforçar e prestigiar o aperfeiçoamento é investir na qualidade da magistratura.
A realização de eventos em parceria com a Academia Judicial do Tribunal de
Justiça e outras instituições de ensino deve ser ampliada, buscando-se trazer
para nosso Estado a discussão de grandes temas do Direito, com palestrantes
de expressão no meio acadêmico para fomentar a reflexão.
A aproximação com a Escola Superior da Ordem dos Advogados do Brasil, a
Escola do Ministério Público, da Justiça Federal, Escola Nacional de Formação
de Magistrados e Universidades pode proporcionar o compartilhamento de
novos conhecimentos, fundamental para a formação ampliada e plural do juiz
moderno.
H – ESMESC – Escola Superior da Magistratura
A Escola Superior da Magistratura tem um grande desafio pela frente.
O mercado está a exigir cada vez mais a qualidade do ensino e a concorrência
está mais acirrada dia a dia. Os alunos dispõem de muitas opções e
instituições de ensino, algumas com baixo custo mensal.
Por que alguém optaria por estudar na ESMESC? Essa a questão que
entendemos central para balizar o planejamento da nova Escola da
Magistratura!
Para atrairmos mais alunos, e cumprirmos a nossa missão de ensinar e formar
bons magistrados, precisamos reavaliar e atualizar permanentemente o
currículo, as disciplinas e seu conteúdo às constantes mudanças legislativas,
doutrinárias e jurisprudenciais.
A ESMESC precisa reafirmar sua posição de destaque na preparação dos
candidatos à magistratura; olhar com especial atenção para o conteúdo exigido
nos concursos públicos, elaborar material didático de qualidade e capacitar os
professores para essa nova demanda do mercado de ensino.
A tecnologia também deve estar cada vez mais presente na ESMESC, porque
possibilita a utilização de ferramentas importantes para manter o aluno
conectado com a Escola, seu conteúdo e corpo docente.
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A realização de palestras/aulas de importantes doutrinadores nacionais e
estrangeiros e sua transmissão on-line para os alunos de todos os núcleos
regionais, simultaneamente, apresenta-se como uma alternativa viável e
eficiente na disseminação e construção do conhecimento de qualidade.
O diferencial da facilidade de contato com Ministros, Desembargadores e
Juízes, ativos e inativos, transmitindo suas experiências e conhecimentos, deve
ser incrementado, pois possibilita ao aluno a compreensão da dimensão das
funções que um dia pretende exercer, e conhecer a responsabilidade da
missão constitucional imposta aos magistrados do nosso país.
I - Plano Nacional
A grande luta no plano nacional está na aprovação do novo Estatuto da
Magistratura, previsto pela Constituição Federal de 1988 e até hoje relegado
ao esquecimento.
Os problemas atuais de ordem institucional e remuneratória da magistratura
ativa e inativa estão, sem dúvida, na ausência desse imprescindível diploma
legislativo organizador da Justiça brasileira.
O novo estatuto, em substituição à vetusta LOMAN, para se tornar realidade
precisa de uma ação conjunta de todos os Tribunais estaduais e federais. É
preciso enfrentar esse desafio. A magistratura não pode permanecer à reboque
de outras carreiras jurídicas que não ostentam a envergadura de Poder
Constitucional.
Concomitantemente, devemos perseverar nas seguintes batalhas:
luta pela alteração constitucional que possibilita a paridade e
simetria entre ativos e inativos;
recomposição das perdas inflacionárias que atingem os subsídios e
penalizam, principalmente, os inativos;
implementação da Vantagem de Tempo de Magistratura –VTM.
J – Comunicação
A AMC deve fomentar a informação sobre o Poder Judiciário, suas realizações
e desafios, em todas as mídias na imprensa local e nacional, com linguagem
acessível ao público externo.
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O estabelecimento de uma agenda positiva, capaz de demonstrar a
importância da Justiça e de suas decisões para a normalidade da vida social,
contribui para o fortalecimento da imagem do Juiz e da democracia.
De igual importância o estabelecimento de um canal de comunicação
permanente com o CNJ, de modo a permitir um melhor acompanhamento e
possibilitar a necessária intervenção nas questões atinentes à magistratura do
nosso Estado e do país.
A comunicação interna também deve ser melhorada, de modo a refletir
transparência na gestão da AMC, pois o associado tem o direito de conhecer
os projetos em elaboração e andamento, opinar, participar, verificar os custos e
benefícios e, principalmente, avaliar as prioridades eleitas pela administração.
III – REFLEXÃO FINAL
Apresentamos aqui, na sua essência, os dez eixos centrais de atuação
enquanto estivermos à frente da AMC, em relação aos quais nos
comprometemos com você.
Nosso projeto, entretanto, não é um documento estático, acabado, imóvel.
Estaremos em permanente construção, adaptação, renovação e
complementação, porque sempre abertos e receptivos às novas demandas e à
desejada participação de cada associado.
Nós, integrantes da Chapa “AMC MAIS PERTO DE VOCÊ”, o convidamos a
fazer parte dessa corrente que está se formando e, a cada dia, recebe mais e
mais qualificados elos, fortalecendo a nossa luta e o sonho de construir uma
AMC mais forte, unida e eficiente!
LEALDADE
Não importa o tempo,
tampouco a distância.
Lealdade é um sentir,
por aqueles que nos querem bem.
Nas areias movediças da vida,
a surpresa está sempre à espreita.
Aguarda a oportunidade furtiva,
para nos atingir ou magoar.
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A couraça da verdade,
o martelo da virtude,
o escudo da humildade
e o manto da generosidade
são as armas necessárias para nos afastar,
dos descaminhos que a mentira e o orgulho,
a vaidade e a soberba, insistem em nos apontar.
Se cada soldado é um amigo,
que por nós se dispôs a lutar,
a ele devemos nosso respeito,
lealdade não se pode quebrar.
(Schuch)