Este documento resume o primeiro encontro de um grupo de estudos sobre alfabetização matemática. Nele, discute-se a importância do diálogo e da comunicação no ensino, assim como a necessidade de se considerar o ambiente de aprendizagem e a organização do trabalho pedagógico. Também são abordados tópicos como planejamento flexível, perspectiva colaborativa e avaliação contínua.
3. Proporcionar ao professor um repertorio de
saberes possibilitando desenvolver práticas
de ensino de matemática direcionadas ao
dialogo, interações, comunicação de ideias,
visando as mediações de professores e nas
intencionalidades pedagógica de forma que
se amplie as possibilidades das
aprendizagem discentes e docentes.
4. O que devemos considerar para que ocorra a
organização do trabalho pedagógico?
5. O ambiente formativo ocupa uma posição
central no processo de alfabetização tanto
em linguagem como em matemática;
É nesse sentido que entendemos a sala de
aula como uma comunidade de
aprendizagem, onde os alunos e professores
aprendem de forma colaborativa;
E para que isto ocorra devemos por em
prática o....
6. Um dos elementos essências no sucesso escolar é
o professor, sendo assim acreditamos na capacidade
em desenvolver sua pratica com qualidade e de forma
coerente através do dialogo com seus pares na escola e
com os materiais curriculares, creio que o
planejamento é um dos meios para se programar as
ações docentes, inicialmente com o pensamento
coletivos da escola que requer consciência do que se
deseja fazer no ano letivo. P.6
Para que o planejamento se torne um orientador
da ação docente, ele precisa refletir um processo de
racionalização, organização e coordenação do fazer
pedagógico, articulando a atividades escolares, as
práticas culturais e sociais da escola, os objetivos, os
conteúdos, os métodos e o processo avaliação. P.7
Uma ação coletiva e flexível!
7. Perspectiva colaborativa, coletiva, visando o que
a rede necessita;
Considerar a aprendizagem dos alunos com base
do ano anterior, analisando os portfólio bem
como o perfil da turma para que o professor
possa ter conhecimento dos avanços e
necessidades dos alunos como também questões
pertinentes como faltas, acompanhamentos;
Após a escolha dos conteúdo matemáticos, o
conjunto docente deve debater a respeito da
organização e metodologia para que tais
conteúdos sejam desenvolvidos.
8. Durante o ano letivo é necessário que se
ocorra avaliações (Diagnostico) para que se
possa projetar como será o futuro das ações
pedagógicas;
Importante de se ressaltar novamente é que o
planejamento deve ocorrer de forma flexível
(mas tem que existir).
A medida que o professor vai ajustando seu
discurso as questões apresentadas pelos
alunos, contribui para que estes construam
novos conhecimentos.
9. Cabe ao professor decidir quais estratégias se deve
retomar do que foi trabalhado;
Organizar os conteúdos de forma sequenciadas
durante o ano letivo;
Os objetivos devem estar explícitos no planejamento
assim como as estratégias metodológicas e os
recursos didáticos necessários, investigar quais
materiais serão coerentes com a proposta de
trabalho;
Considerar se as necessidades dos alunos estão
sendo atendidos;
E principalmente manter a postura inquieta, sempre a
procura de novas estratégias, métodos...
10. QUESTÕES A SEREM REFLETIDAS
Para que a aprendizagem se efetive é
preciso analisar quais atividades garantirão da
construção de conceitos? Quais objetivos? O
que devem aprender? Como será a
continuidade da abordagem ou percurso de
aprendizagem?
Há que se considerar também que, mesmo
com toda a aula planejada, estudada e
“cuidada”, é no movimento da sala de aula que
esse planejamento ganha vida.
(Caderno 1, Pag.15).
11. FIO DE CONTA:
Leitura coletiva.
Responder:
O que a professora considerou para organizar
esta atividade e quais procedimentos
utilizados?
12. Atividade 1: seção compartilhando
- O texto diferentes formas de planejamento
destaca a importância do planejamento anual e
durante o ano letivo. Divida com seus colegas
os encaminhamentos que planejou para este
ano com relação a alfabetização matemática.
Informe e divida o que houve de mudanças em
relação ao que fez no ano passado. O
planejamento deste ano está considerando as
ideias presentes neste texto?
13. Leitura coletiva
Após a leitura, faça uma lista de materiais que
existem na sua escola e considere se poderiam
ser utilizados em suas aulas de matemática.
14. Se o que se quer é favorecer o trabalho participativo e
criativo dos alunos é preciso organizar o ambiente,
móveis, mesas e cadeiras, dentre outros recursos, de
modo que as atividades a serem desenvolvidas pelos
grupos sejam implementadas de forma adequada,
propiciando maior interatividade entre os sujeitos e entre
eles e as mídias, cenários favoráveis para a construção de
novos conhecimentos.
15. Atividade 2: seção compartilhando
Leia a narrativa “NEGOCIANDO SIGNIFICADOS
DE UM TEXTO DE PROBLEMA” e discuta com
seus colegas como tem sido a sua pratica de
sala de aula com relação à Resolução de
problemas.
16. Quais procedimentos ou atividades
garantirão para a continuidade na
construção de conceitos?
O primeiro passo é considerar o
nível de compreensão dos alunos,
deve-se realizar uma volta a
situações “concretas” e continuas
em que o conceito possa ser
explorado.
17.
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20. Uma rotina estruturada, onde seja
acompanhada uma sequência organizada de
atividades, em que se separa um tempo pré-
determinado é de extrema importância na vida
de uma criança, pois é através dela que se cria
vínculos afetivos, garante saúde e educa para a
vida.
21.
22. A apresentação dos conteúdos deve conter inter-
relação entre as sequências, de forma orgânica e
dinâmica. Além disso, é preciso distinguir os conteúdos
essenciais dos desnecessários e definir o necessário
para preparar suficientemente o aluno para ler,
escrever, interpretar e resolver problemas.
Em tempo, sabe-se que o conteúdo, o
conhecimento, só adquire significado se vinculado à
necessidade real, capaz de fornecer instrumentais
teóricos e práticos com propósito na vida social do
aluno. E, nessa perspectiva, não basta ter o olhar
apenas científico sobre o conteúdo escolar, ainda que
numa postura crítica, é necessário vivenciar e trabalhar
o processo de seleção e organização, que são
instrumentos de um fazer educativo politicamente
definido.
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29. Divisão de tempo (tipos de atividades);
Espaço (organização);
Retomada ou recuperação paralela;
30. O recurso é somente um meio para a
apropriação do conhecimento, o que garante a
superação das dificuldades é a mediação.
Se torna imprescindível que ao planejar o uso
em consonância do objetivo e conteúdo.
32. As produções das crianças não podem ser adulteradas.
Os erros devem permanecer, fazendo com que o
conhecimento seja visto como um processo e não como
um produto do que foi escrito no quadro. As correções
feitas pelo professor também pedem atenção: ao dar a
devolutiva por escrito aos alunos, não basta colocar o
sinal de certo ou errado, um "parabéns" ou "precisa
melhorar". Para que todos avancem, é preciso explicar
o que está errado e por quê, levando-os assim a refletir
sobre como raciocinaram ao fazer a proposta. Também
é possível avaliar se há continuidade entre as
atividades e as sequências didáticas e se elas oferecem
um desafio crescente. A intenção é que os
conhecimentos construídos anteriormente sirvam para
resolver os problemas seguintes.
33. Resolvam a situação problema proposta a seu
grupo, utilizando diferentes formas de
registro.
34. As observações realizadas e registradas
possibilitam ao professor refletir sobre as situações
evidenciadas. Algumas questões podem orientar essa
reflexão, tais como:
• Que conquistas o aluno demonstrou nesse período,
em relação às expectativas de aprendizagem
propostas?
• Que aspectos ainda necessitam ser trabalhados
para que ele alcance as expectativas de
aprendizagem propostas?
• Quais foram as intervenções realizadas no sentido
de auxiliá-lo na superação de suas necessidades?
• Como o aluno respondeu a essas intervenções?
• Que outras providências podem ser tomadas para
auxiliá-lo?
Certamente, outras questões poderão ser
somadas a essas, tendo em vista outros aspectos que o
professor julgue necessários para as suas reflexões e
para a promoção de melhores condições de
aprendizagem para o seu aluno.
36. TAREFA
Ler um dos textos da seção
aprofundando o tema e elaborar
uma questão a ser discutida no
próximo encontro.
Tirar uma foto de uma parte de
sua sala de aula que você
considere alfabetizador em
matemática
42. É na valorização do ler e escrever nas aulas
de matemática que possibilita o acesso a uma
cultura escrita e letrada;
A medida que conceitos vão sendo
apropriados, uma linguagem matemática
também vai construída;
E nesta perspectiva retomemos algumas
concepções de alfabetização.
43. Método sintético e Analítico:
O método sintético, parte de elementos
menores que as palavras. Insiste,
fundamentalmente, na correspondência entre o
oral e o escrito, entre o som e grafia. Outro
ponto chave para este método consiste em ir
das partes para o todo. Os elementos mínimos
da escrita são as letras. Durante muito tempo
se ensinou a pronunciar as letras,
estabelecendo-se regras de sonorização da
escrita.
44. Método Analítico
• Partem da palavra ou unidades maiores.
• Prontidão;
• O erro precisava ser evitado;
• Os textos eram artificiais;
Método fônico:
• Sob a influência da linguística,
desenvolveu-se tal método, propondo que
se parta do oral. A unidade mínima de
som da fala é o fonema.
45. Os métodos tradicionais de alfabetização, sejam
analíticos, sintéticos ou analítico-sintéticos, apesar
de suas particularidades, possuem algumas
características em comum, questionadas pelas novas
concepções de alfabetização. Esse questionamento
deve-se ao fato de se constituírem em metodologias
que, em geral:
46. •propõem uma alfabetização descontextualizada, na qual
a criança, seus valores culturais, linguagem e inserção
social não são considerados.
•veem a escrita como um código a ser memorizado
(baseado em concepções empiristas e mecanicistas), não
levando em consideração que as crianças elaboram
hipóteses sobre como funciona o sistema de escrita
(concepção construtivista).
47. •priorizam as funções mentais de identificação
visual, cópia, memorização, reprodução,
coordenação motora. O conhecimento é visto
como acúmulo quantitativo e mecânico de
informações.
•não trabalham com textos reais, de significado
sociocultural para as crianças, criando falsas
ideias sobre as finalidades sociais da escrita. Ou
seja, não se ocupam da dimensão do letramento,
da inserção da criança na cultura escrita.
49. • Sistema de escrita alfabética: apropriação e
consolidação graduais; fluência a partir de
situações significativas , reflexivas e contextualizadas.
• Leitura e produção de textos de diferentes gêneros
que circulam socialmente.
51. • Prática social e discursiva importante abordar o letramento, os
aspectos mais amplos da apropriação da escrita.
• Sistema de notação da língua e não código de transcrição da fala.
• Sistema alfabético, de base fonológica, importante abordar as
unidades menores da língua, sua base fonológica.
• Sistema ortográfico e não apenas alfabético, regido pelos aspectos
fonológicos, ortográficos, etimológicos
52. • A partir dos anos 1980: ampliação do conceito de alfabetização, que
passou a ser visto não apenas como a decodificação e codificação, mas
como um processo ativo por meio do qual a criança, desde seus primeiros
contatos com a escrita, constrói e reconstrói hipóteses sobre a natureza e
o funcionamento da língua escrita.
• A língua escrita aí é compreendida como um sistema de representação,
de notação da linguagem oral, e não um código de transcrição da fala.
Psicogênese / Linguística
53. Demonstrando que a escrita alfabética
não era um código, o qual se aprenderia
através de atividades de repetição e
memorização, as autoras propuseram uma
concepção de língua escrita como um
sistema de notação, que no nosso caso, é o
alfabético.
Desafiada pelas atividades e pelas
intervenções do professor, a criança
investiga, testa ideias, repensa, corrige.
Aos poucos, se apropria do sistema de
escrita.
54. Não existe sujeito do conhecimento sem apropriação de
história. É o registro que historifica o processo para a
conquista do produto histórico. Possibilita também a
apropriação e socialização do conhecimento e a
construção da memória, como história desse processo.
Segundo Fonseca (2013, p.9):
As praticas sociais envolvendo quantificação, mediação,
orientação, ou classificação compõem os modos de usar
a língua escrita e são por eles construídas, não só porque
representações matemáticas aparecem em textos
escritos ou porque é uma herança cultural nos legou
modos escritos de fazer matemática, mas porque a
própria cultura escrita, que permeia e constitui as
práticas matemáticas das sociedades grafocêntricas, é,
em geral permeada também por princípios calcados
numa mesma racionalidade, que forja ou parametriza
essas práticas e que é por elas reforçadas.
55. A alfabetização e o letramento são processos
que caminham juntos. Visto que a sociedade
hoje é uma sociedade grafocêntrica, ou seja,
centrada na escrita, não basta ao indivíduo ser
simplesmente alfabetizado, ou ele precisa
aprender meramente a decodificar.
Faz-se necessário que o indivíduo seja também
letrado para que possa exercer as práticas
sociais de leitura e escrita nesta sociedade.
Segundo Soares (2000, p.7), “infelizmente, a
situação de nosso país nas últimas décadas,
com relação aos índices de analfabetismo, é
muito alarmante, pois muito se discute, mas,
na prática, muito pouco é feito”
56.
57.
58. Atividade 3 - Seção compartilhando
Nas próximas narrativas, as professoras Selene
e Ida apresentam trabalhos relacionados á
Educação Estática. Após ler os relatos e os
comentários relacionados, discuta com seus
colegas como tem sido o trabalho com esta
importante área na sua sala de aula. O que os
alunos podem aprender com atividades como
está, além de construir e ler gráficos?
59. Atividade 4 - Seção compartilhando
Quando trabalhamos com jogos, é fundamental vivenciar o jogo
antes de leva-lo á sala de aula. A partir desta vivencia
poderemos descobrir uma série de conceitos que podem ser
desenvolvidos com jogos, além de imaginar possibilidades de
intervenção durante e após o momento do seu uso com as
crianças. Vamos iniciar jogando duas partidas do jogo
“Travessia do Rio”.
Discuta com seus colegas que conceitos podem ser
desenvolvidos durante a realização desse jogo e quais
dificuldades para o seu uso nas salas de aula. Depois dessa
discussão, leia a narrativa da professora Cidinéia, que
compartilha conosco sua experiência;
O QUE AVALIAR E COMO AVALIAR?
60. Atividade 5 – seção compartilhando
considerando o trabalho com resolução de
problemas como um dos aspectos centrais
com a Educação Matemática já no inicio de
escolarização. No entanto, um trabalho com
problemas sempre do mesmo tipo acaba por
mecanizar processos e rapidamente leva a
pergunta clássica dos alunos: -Professor , é de
mais ou de menos? A narrativa da professora
Daniela nos auxilia a repensar este modelo.
Depois de sua leitura, planeje uma intervenção
em sua sala de aula para compartilhar no
próximo encontro.
61. Realizar a intervenção planejada na atividade
5 e recolher 4 registro.
Levantar o perfil da sua turma.
62.
63.
64. SOARES, Magda Becker. Letramento e
Alfabetização: As muitas facetas.
BRASIL, Secretaria da Educação Básica.
PNAIC: Organização do trabalho
Pedagogico. Brasilia: MEC, SEB, 2014.