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1 von 10
NÃO SE CALE: A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER A PARTIR DAS PROPOSTAS
                         FOTOGRAFICAS DE BARBARA KRUGER

          DON’T SHUT UP: VIOLENCE AGAINST THE WOMEN FRONT THE
                  PHOTOGRAFICS PROPOSAL OF BARBARA KRUGER




  Amanda Miyuki de Sá, Danilo Polo Cain, Douglas Ferreira Neto, Fábio Henrique Alves Will,
                        Patrícia Hitomi Nakazone, Talles Marques Duarte.




   RESUMO




    Este artigo científico tem como objetivo final produzir uma animação bidimensional sonorizada
   para web de um minuto e uma animação para dispositivos móveis (celular) com trinta segundos
   de duração, tendo como ponto de partida estudos de uma pesquisa referencial teórica
   desenvolvido para apresentar através de pesquisas as características fotográficas e conceitos de
   nossa fotografa escolhida, a norte-americana Barbara Kruger. Realizamos estudos sobre sua vida
   (biografia) , suas técnicas fotográficas e temas que utilizava para compor criticas sociais em suas
   fotomontagens, como por exemplo, o feminismo e o consumismo (que são sua marca registrada).
   A partir de um tema principal conceituado por ela, o feminismo, delimitamos o assunto para a
   violência contra a mulher, em que com diversas pesquisas desenvolvemos nosso conceito de
   criação, tanto para a criação e desenvolvimento das duas animações propostas, como para as
   peças de arte gráfica finais (pôster de iniciação científica, CD, proposta de desenvolvimento
   projetual). Contamos ainda com o desenvolvimento de um blog, relatando passo a passo do nosso
   projeto.


   Palavras Chave: Feminismo. Fotomontagens. Barbara Kruger. Violência contra a mulher.


Acadêmicos do segundo período do curso de design – habilitação em design digital - Turma MA2 – 2009 /
E-mail: grupointerdigital@hotmail.com
2


ABSTRACT



This essay has the final objective to product an bidemensional animation direct sound for web in just one
minute for mobile dispositives (cell phones) and thirdy seconds length, with the start of studies a teoric
research and ideas about our choosed photographer, the U.S. Barbara Kruger.After finish the research her
life, your photograph technics and temes for a social critical on your photographs like feminism and
consumisms (registered marquis). The main teme by her study was the feminism, and the subject for
violence against the women with lots of creation conceits of animation purposes to graphic artistic arts
(like posters and cientifc initiations, CD and a projectual purpose).We count with a blog development,
relation step by step our own project.




Key Words: Feminism. Photomontages. Barbara Kruger. Violence against the women.
3



INTRODUÇÃO


O conteúdo apresentado neste trabalho apresenta as características utilizadas pela fotógrafa
Barbara Kruger em suas composições fotográficas: sua abordagem, temática, estilo
e particularidades.
De inicio, é apresentada uma breve biografia de Barbara Kruger mostrando além de sua
formação, sua ideologia.
Abordamos as técnicas e linguagem visual utilizada pela artista em suas fotomontagens com uma
breve análise de algumas de suas obras, destacando sua identidade visual, o texto e a fotografia
agem juntos em um único contexto, abordando temas como machismo, feminismo, e violência
contra a mulher.
Relacionamos em seguida o feminismo às obras de Barbara Kruger, para que exista um maior
entendimento entre a obra e o conceito utilizado pela fotografa.
Ao se aprofundar no tema violência contra a mulher, apresentamos na seção 4, alguns tipos de
violência, e a seguir, um breve texto sobre a lei Maria da Penha, o machismo relacionado à
violência contra a mulher, e na seqüência, o conceito das duas animações que serão feitas com
base nesses estudos.
Com base nos conceitos obtidos sobre Barbara Kruger e suas características, tanto visuais quanto
ideológicas, daremos início as duas animações: uma para web, de um minuto
e outra para dispositivos móveis, de trinta segundos, explorando o conceito da
violência contra a mulher.




1 BREVE BIOGRAFIA DE BARBARA KRUGER




Fotografa americana nascida em 1945. Cursou na escola de Design na “Parson’s School of
Design”, em Nova York. Seu primeiro trabalho foi como diretora de arte para revista e como
designer de capa de livros. Barbara carrega com ela uma linguagem característica de sua
assinatura: fotos em preto e branco, fotomontagens e banners. As frases ambíguas com imagens
4


em preto e branco e textos em vermelho e branco se completam, sem um deles o trabalho
perderia completamente o sentido. De acordo com Linker (2009), Barbara tentava focar em
pequenos conflitos da sociedade como o feminismo, consumismo entre outros, não se importando
com problemas mundiais.




2 TÉCNICAS UTILIZADAS POR BARBARA KRUGER




A principal técnica utilizada por Barbara Kruger é a fotomontagem, nos quais sobrepõem textos
em imagens. As imagens utilizadas são em preto/branco e o texto sobreposto é da cor branca
sobreposto numa faixa vermelha, sendo da mesma tipografia e tamanho, no caso a fonte Futura
MD Bold, funcionando como um slogan. Essa combinação faz com que o leitor crie o sentido
para as frases.
Kruger empregou muitas vezes o artifício semântico, em que ao se referir aos homens usava se o
pronome “vocês” e o pronome “nós” para se referir às mulheres em geral. Segundo Foster (1996,
p.140-1): “O artista se torna um manipulador de signos mais que um produtor de objetos de arte;
o espectador, um leitor de ativo de mensagens mais que um contemplador passivo da estética ou
o consumidor do espetacular”.




(Editado por Amanda Miyuki)
5



Foi com base nessas informações que escolhemos a paleta de cores e a tipografia que será usada.
                            Optamos por utilizar o vermelho e os tons de preto porque as duas cores
                            causam um contraste visual, assim poderíamos causar efeitos de impacto
                            combinando-as com os textos utilizados nas animações.




                            Utilizamos a tipografia Futura por ser a mesma que a Barbara Kruger
                            emprega em suas fotomontagens ela é limpa e de fácil leitura o que
                            colaboraria para que a animação não fique com muitos detalhes que
                            dispersasse a atenção do nosso público alvo.




3 O MACHISMO, E A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

                                                        A violência geralmente é vista como algo
                                                        tipicamente        masculino,      como
                                                        um    instrumento    para   a   resolução     de
                                                        problemas, a saída pelos mais variados meios.
6



                                                       Desde a infância, meninos e meninas são
                                                       ensinados a lidar com os sentimentos
                                                       de formas distintas, o que pode causar uma
                                                       influência no futuro. Na maioria das vezes,
                                                       meninos são ensinados a reprimir algumas
                                                       formas de emoção, tais como o amor, afeto,
                                                       amizade e estimulados a exprimir raiva,
                                                       agressividade e ciúmes.



Essas demonstrações acabam sendo tão aceitas tornando normais que, no futuro, podem se tornar
uma porta para atos violentos.
Existem pesquisas que procuram explicar a relação entre masculinidade e violência através da
biologia e da genética, por exemplo. Existem estudos que indicam que para
alguns homens, ser cruel é um sinônimo de virilidade, força e poder.




4 O FEMINISMO RELACIONADO AOS TRABALHOS DE BARBARA KRUGER




Barbara Kruger é conhecida por tratar em suas obras temas polêmicos, como o consumismo e o
feminismo. De acordo com o estudo feito neste artigo, trataremos mais afundo o feminismo e a
violência contra a mulher, assim como as causas desse tipo de violência.


Barbara e sua orientação feminista colocam em evidência as mulheres, sempre como vitimas,
submissas e descriminadas pela sociedade. Para isso a artista mescla imagens e textos, assim
desfazendo o olhar unívoco do sujeito masculino (PEQUENO, 2005).
7


5 MOTIVOS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER




Estudos revelam que o homem sempre foi condicionado a ser superior a mulher seja em relação à
força física, inteligência e a virilidade. E a mulher tinha somente o papel de cumprir com os
deveres domésticos. Com o passar do tempo a mulher foi conquistando seu espaço,
a mulher considerada fraca adquiriu seu status na sociedade o que incomoda os homens
machistas.
Polito (2008, p. 13) afirma que os motivos da violência contra a mulher são:
Problemas        mentais:    alguns   agressores   possuem       um        quadro    psicótico   onde
a agressão seria uma explosão da doença, outros possuem uma paranóia que diz respeito aos seus
medos e fantasias e a violência contra a mulher seria sua válvula de escape para destruir esses
fantasmas da imaginação do agressor.
Alcoolismo: em alguns casos o alcoolismo é tido como vício assim sob efeito
do álcool liberta a insegurança quanto a sua masculinidade fazendo com que o agressor desconte
a agressividade na mulher.




                                                                       (Cena da animação da Web)


Dificuldades financeiras: este é um dos fatores que resulta na violência, pois há muitos homens
culpam       a    mulher     pelos    problemas    financeiros        de      casa    transformando
em agressões.
8


Falta de diálogo: esse é um fator que leva a agressão numa relação onde o homem sempre tem a
razão e o agressor possui um histórico de brigas onde ele se impõe com insultos verbais. Nestes
relacionamentos a mulher muitas vezes foi criada num ambiente em que havia diferenças de
poder feminino e masculino.
Dificuldades sexuais: ocorre quando o homem tem problemas no ato sexual,
com a insatisfação ele culpa a mulher e a agride.




5.1 LEI MARIA DA PENHA




Essa lei, de acordo com a Casa Civil, cria mecanismos de prevenção desse tipo de violência, uma
punição mais severa para o agressor, uma maior assistência às mulheres vitimas, e medidas de
proteção para estas. Essa lei significa um grande avanço para essas mulheres que sofrem de agressões
dentro do seu lar, estabelecendo medidas de emergência para aquelas em que sua vida esta ameaçada
pelo agressor, como o afastamento imediato deste, ou sua prisão.




                                    (Cena da animação de celular)




6 CONCEITO DAS ANIMAÇÕES
9


    WEB: A animação mostra a criação de um homem, tornando seu temperamento agressivo
    por conta de seu pai que o agride quando criança. Ao se casar agride sua esposa, ela o
    denuncia, assim então acaba sendo preso.




(Storyboard da animação de web)




CELULAR: Nossa animação de celular por apresentar menos tempo de duração passa uma
mensagem mais direta em que a mulher aparece de olho roxo, vítima de agressão. Ela resolve
denunciar seu agressor ao retirar a tarja de sua boca.




(Storyboard da animação de celular)


CONCLUSÃO


Ao analisar as técnicas e os conceitos de Barbara Kruger, tais como o feminismo, foi possível
delimitar o tema para violência contra a mulher, pois os dois assuntos colocam em questão a
posição em que a mulher geralmente é vista pela sociedade.
10


Utilizando as características de Kruger produzimos duas animações para criticar e conscientizar
as vítimas.
No decorrer da produção do interdisciplinar, vários problemas foram surgindo, de início tivemos
dificuldade de encontrar informações acerca da biografia de Kruger para compor o trabalho
teórico, outra dificuldade foi a aplicação de textos na animação que é uma das maiores
características de Barbara Kruger.
Ao analisar melhor as obras de Kruger, demos maior atenção a tipografia, para transferir esta
característica para as animações de modo que o texto fosse facilmente compreendido por quem o
lesse, porém, não mostrando todo o sentido da ideia apenas no texto, mas sim no conjunto do
texto e na imagem da animação pois, separados, o sentido se esvai e a ideia não toma forma.



REFERÊNCIAS




FOSTER, Hal. Recodificação. São Paulo: Casa Ed. Paulista, 1996.


LINKER, Kate. Love for Sale: The words and pictures of Barbara Kruger. New York: Editora
Abrams, 1990


MACHISMO. Disponível em: <http://teoriadomachismo.blogspot.com/ >. Acessado em: 5 de
outubro de 2009


OSÓRIO, Andréa. O que é violência contra a mulher? .Disponível em: <http://www.ibam.org.br/
viomulher/inforel9.htm> . Acessado em: 3 de outubro de 2009.


PEQUENO, Fernanda. Barbara Kruger: [entre] arte e publicidade. Rio de Janeiro, 2005.


HOMENS       E      A    VIOLÊNCIA      CONTRA       A     MULHER.       Disponível    em:    <
http://www.violenciamulher.org.br/index.php?
option=com_content&view=article&id=1213&Itemid=2> .Acessado em: 14 de outubro de 2009


                  CASA                  CIVIL.                  Disponível                   em:
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm. Acessado em: 30 de
setembro de 2009.

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Violência contra mulher nas fotos de Barbara Kruger

  • 1. NÃO SE CALE: A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER A PARTIR DAS PROPOSTAS FOTOGRAFICAS DE BARBARA KRUGER DON’T SHUT UP: VIOLENCE AGAINST THE WOMEN FRONT THE PHOTOGRAFICS PROPOSAL OF BARBARA KRUGER Amanda Miyuki de Sá, Danilo Polo Cain, Douglas Ferreira Neto, Fábio Henrique Alves Will, Patrícia Hitomi Nakazone, Talles Marques Duarte. RESUMO Este artigo científico tem como objetivo final produzir uma animação bidimensional sonorizada para web de um minuto e uma animação para dispositivos móveis (celular) com trinta segundos de duração, tendo como ponto de partida estudos de uma pesquisa referencial teórica desenvolvido para apresentar através de pesquisas as características fotográficas e conceitos de nossa fotografa escolhida, a norte-americana Barbara Kruger. Realizamos estudos sobre sua vida (biografia) , suas técnicas fotográficas e temas que utilizava para compor criticas sociais em suas fotomontagens, como por exemplo, o feminismo e o consumismo (que são sua marca registrada). A partir de um tema principal conceituado por ela, o feminismo, delimitamos o assunto para a violência contra a mulher, em que com diversas pesquisas desenvolvemos nosso conceito de criação, tanto para a criação e desenvolvimento das duas animações propostas, como para as peças de arte gráfica finais (pôster de iniciação científica, CD, proposta de desenvolvimento projetual). Contamos ainda com o desenvolvimento de um blog, relatando passo a passo do nosso projeto. Palavras Chave: Feminismo. Fotomontagens. Barbara Kruger. Violência contra a mulher. Acadêmicos do segundo período do curso de design – habilitação em design digital - Turma MA2 – 2009 / E-mail: grupointerdigital@hotmail.com
  • 2. 2 ABSTRACT This essay has the final objective to product an bidemensional animation direct sound for web in just one minute for mobile dispositives (cell phones) and thirdy seconds length, with the start of studies a teoric research and ideas about our choosed photographer, the U.S. Barbara Kruger.After finish the research her life, your photograph technics and temes for a social critical on your photographs like feminism and consumisms (registered marquis). The main teme by her study was the feminism, and the subject for violence against the women with lots of creation conceits of animation purposes to graphic artistic arts (like posters and cientifc initiations, CD and a projectual purpose).We count with a blog development, relation step by step our own project. Key Words: Feminism. Photomontages. Barbara Kruger. Violence against the women.
  • 3. 3 INTRODUÇÃO O conteúdo apresentado neste trabalho apresenta as características utilizadas pela fotógrafa Barbara Kruger em suas composições fotográficas: sua abordagem, temática, estilo e particularidades. De inicio, é apresentada uma breve biografia de Barbara Kruger mostrando além de sua formação, sua ideologia. Abordamos as técnicas e linguagem visual utilizada pela artista em suas fotomontagens com uma breve análise de algumas de suas obras, destacando sua identidade visual, o texto e a fotografia agem juntos em um único contexto, abordando temas como machismo, feminismo, e violência contra a mulher. Relacionamos em seguida o feminismo às obras de Barbara Kruger, para que exista um maior entendimento entre a obra e o conceito utilizado pela fotografa. Ao se aprofundar no tema violência contra a mulher, apresentamos na seção 4, alguns tipos de violência, e a seguir, um breve texto sobre a lei Maria da Penha, o machismo relacionado à violência contra a mulher, e na seqüência, o conceito das duas animações que serão feitas com base nesses estudos. Com base nos conceitos obtidos sobre Barbara Kruger e suas características, tanto visuais quanto ideológicas, daremos início as duas animações: uma para web, de um minuto e outra para dispositivos móveis, de trinta segundos, explorando o conceito da violência contra a mulher. 1 BREVE BIOGRAFIA DE BARBARA KRUGER Fotografa americana nascida em 1945. Cursou na escola de Design na “Parson’s School of Design”, em Nova York. Seu primeiro trabalho foi como diretora de arte para revista e como designer de capa de livros. Barbara carrega com ela uma linguagem característica de sua assinatura: fotos em preto e branco, fotomontagens e banners. As frases ambíguas com imagens
  • 4. 4 em preto e branco e textos em vermelho e branco se completam, sem um deles o trabalho perderia completamente o sentido. De acordo com Linker (2009), Barbara tentava focar em pequenos conflitos da sociedade como o feminismo, consumismo entre outros, não se importando com problemas mundiais. 2 TÉCNICAS UTILIZADAS POR BARBARA KRUGER A principal técnica utilizada por Barbara Kruger é a fotomontagem, nos quais sobrepõem textos em imagens. As imagens utilizadas são em preto/branco e o texto sobreposto é da cor branca sobreposto numa faixa vermelha, sendo da mesma tipografia e tamanho, no caso a fonte Futura MD Bold, funcionando como um slogan. Essa combinação faz com que o leitor crie o sentido para as frases. Kruger empregou muitas vezes o artifício semântico, em que ao se referir aos homens usava se o pronome “vocês” e o pronome “nós” para se referir às mulheres em geral. Segundo Foster (1996, p.140-1): “O artista se torna um manipulador de signos mais que um produtor de objetos de arte; o espectador, um leitor de ativo de mensagens mais que um contemplador passivo da estética ou o consumidor do espetacular”. (Editado por Amanda Miyuki)
  • 5. 5 Foi com base nessas informações que escolhemos a paleta de cores e a tipografia que será usada. Optamos por utilizar o vermelho e os tons de preto porque as duas cores causam um contraste visual, assim poderíamos causar efeitos de impacto combinando-as com os textos utilizados nas animações. Utilizamos a tipografia Futura por ser a mesma que a Barbara Kruger emprega em suas fotomontagens ela é limpa e de fácil leitura o que colaboraria para que a animação não fique com muitos detalhes que dispersasse a atenção do nosso público alvo. 3 O MACHISMO, E A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER A violência geralmente é vista como algo tipicamente masculino, como um instrumento para a resolução de problemas, a saída pelos mais variados meios.
  • 6. 6 Desde a infância, meninos e meninas são ensinados a lidar com os sentimentos de formas distintas, o que pode causar uma influência no futuro. Na maioria das vezes, meninos são ensinados a reprimir algumas formas de emoção, tais como o amor, afeto, amizade e estimulados a exprimir raiva, agressividade e ciúmes. Essas demonstrações acabam sendo tão aceitas tornando normais que, no futuro, podem se tornar uma porta para atos violentos. Existem pesquisas que procuram explicar a relação entre masculinidade e violência através da biologia e da genética, por exemplo. Existem estudos que indicam que para alguns homens, ser cruel é um sinônimo de virilidade, força e poder. 4 O FEMINISMO RELACIONADO AOS TRABALHOS DE BARBARA KRUGER Barbara Kruger é conhecida por tratar em suas obras temas polêmicos, como o consumismo e o feminismo. De acordo com o estudo feito neste artigo, trataremos mais afundo o feminismo e a violência contra a mulher, assim como as causas desse tipo de violência. Barbara e sua orientação feminista colocam em evidência as mulheres, sempre como vitimas, submissas e descriminadas pela sociedade. Para isso a artista mescla imagens e textos, assim desfazendo o olhar unívoco do sujeito masculino (PEQUENO, 2005).
  • 7. 7 5 MOTIVOS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Estudos revelam que o homem sempre foi condicionado a ser superior a mulher seja em relação à força física, inteligência e a virilidade. E a mulher tinha somente o papel de cumprir com os deveres domésticos. Com o passar do tempo a mulher foi conquistando seu espaço, a mulher considerada fraca adquiriu seu status na sociedade o que incomoda os homens machistas. Polito (2008, p. 13) afirma que os motivos da violência contra a mulher são: Problemas mentais: alguns agressores possuem um quadro psicótico onde a agressão seria uma explosão da doença, outros possuem uma paranóia que diz respeito aos seus medos e fantasias e a violência contra a mulher seria sua válvula de escape para destruir esses fantasmas da imaginação do agressor. Alcoolismo: em alguns casos o alcoolismo é tido como vício assim sob efeito do álcool liberta a insegurança quanto a sua masculinidade fazendo com que o agressor desconte a agressividade na mulher. (Cena da animação da Web) Dificuldades financeiras: este é um dos fatores que resulta na violência, pois há muitos homens culpam a mulher pelos problemas financeiros de casa transformando em agressões.
  • 8. 8 Falta de diálogo: esse é um fator que leva a agressão numa relação onde o homem sempre tem a razão e o agressor possui um histórico de brigas onde ele se impõe com insultos verbais. Nestes relacionamentos a mulher muitas vezes foi criada num ambiente em que havia diferenças de poder feminino e masculino. Dificuldades sexuais: ocorre quando o homem tem problemas no ato sexual, com a insatisfação ele culpa a mulher e a agride. 5.1 LEI MARIA DA PENHA Essa lei, de acordo com a Casa Civil, cria mecanismos de prevenção desse tipo de violência, uma punição mais severa para o agressor, uma maior assistência às mulheres vitimas, e medidas de proteção para estas. Essa lei significa um grande avanço para essas mulheres que sofrem de agressões dentro do seu lar, estabelecendo medidas de emergência para aquelas em que sua vida esta ameaçada pelo agressor, como o afastamento imediato deste, ou sua prisão. (Cena da animação de celular) 6 CONCEITO DAS ANIMAÇÕES
  • 9. 9 WEB: A animação mostra a criação de um homem, tornando seu temperamento agressivo por conta de seu pai que o agride quando criança. Ao se casar agride sua esposa, ela o denuncia, assim então acaba sendo preso. (Storyboard da animação de web) CELULAR: Nossa animação de celular por apresentar menos tempo de duração passa uma mensagem mais direta em que a mulher aparece de olho roxo, vítima de agressão. Ela resolve denunciar seu agressor ao retirar a tarja de sua boca. (Storyboard da animação de celular) CONCLUSÃO Ao analisar as técnicas e os conceitos de Barbara Kruger, tais como o feminismo, foi possível delimitar o tema para violência contra a mulher, pois os dois assuntos colocam em questão a posição em que a mulher geralmente é vista pela sociedade.
  • 10. 10 Utilizando as características de Kruger produzimos duas animações para criticar e conscientizar as vítimas. No decorrer da produção do interdisciplinar, vários problemas foram surgindo, de início tivemos dificuldade de encontrar informações acerca da biografia de Kruger para compor o trabalho teórico, outra dificuldade foi a aplicação de textos na animação que é uma das maiores características de Barbara Kruger. Ao analisar melhor as obras de Kruger, demos maior atenção a tipografia, para transferir esta característica para as animações de modo que o texto fosse facilmente compreendido por quem o lesse, porém, não mostrando todo o sentido da ideia apenas no texto, mas sim no conjunto do texto e na imagem da animação pois, separados, o sentido se esvai e a ideia não toma forma. REFERÊNCIAS FOSTER, Hal. Recodificação. São Paulo: Casa Ed. Paulista, 1996. LINKER, Kate. Love for Sale: The words and pictures of Barbara Kruger. New York: Editora Abrams, 1990 MACHISMO. Disponível em: <http://teoriadomachismo.blogspot.com/ >. Acessado em: 5 de outubro de 2009 OSÓRIO, Andréa. O que é violência contra a mulher? .Disponível em: <http://www.ibam.org.br/ viomulher/inforel9.htm> . Acessado em: 3 de outubro de 2009. PEQUENO, Fernanda. Barbara Kruger: [entre] arte e publicidade. Rio de Janeiro, 2005. HOMENS E A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER. Disponível em: < http://www.violenciamulher.org.br/index.php? option=com_content&view=article&id=1213&Itemid=2> .Acessado em: 14 de outubro de 2009 CASA CIVIL. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm. Acessado em: 30 de setembro de 2009.