2. Indivíduo X Personalidade
• Personalidade: é o que forma o adulto em sintonia com a
norma cultural, social e ética no meio em que vive.
Transtorno X Personalidade
• O desenvolvimento da personalidade se fixa a um padrão
anormal
3. Transtornos de Personalidade
• Perturbações da personalidade
• Os transtornos de personalidade são um grupo de
doenças psiquiátricas em que padrões de comportamento
e os pensamentos a longo prazo são muito diferentes das
expectativas da cultura e causam sérios problemas em
relacionamentos e na profissão.
• CID-10: estados e tipos de comportamentos
característicos que expressam maneiras da pessoa viver
e de estabelecer relações consigo mesma e com os
outros.
4. Transtornos de Personalidade
• Compromete pelo menos duas das seguintes áreas:
• Cognição
• Afetividade
• Controle de impulsos
• Relacionamento com outros
5. Classificação (DSM-IV)
• Os transtornos de personalidade são reunidos em três
grupos:
Agrupamento A:
Esquisitos e Excêntricos
TP TP TP
Paranóide Esquizóide Esquizotípica
11. Características: Agrupamento B
INDIVIDUO
TRANSGRESSOR
NÃO APRESENTAM FACILIDADE EM
SINAIS DE COMP. ESTABELECER
ANORMAL RELACIONAMENTOS
TP
ANTISSOCIAL
12. Sintomas do TP Antissocial
• Sintomas de Humor
Não se apega
Ausência de
Hedonistas emocionalmente
ansiedade/culpa
a outras pessoas
Exemplo: depois de fazer algo errado, inapropriado ou ilegal, a
pessoa com TPAS não mostrará qualquer ansiedade, culpa ou
remorso. Esses indivíduos não tem o constrangimento tipicamente
suprido pela ansiedade, tendem a ser impulsivos e a ter uma atitude
temerária.
13. Sintomas do TP Antissocial
• Sintomas Cognitivos
Racionalizam
Habilidades
Parecem seu
verbais e
inteligentes comportamento
sociais
inapropriado
Exemplo: um encantador homem de 26 anos que três dias antes de
casar-se foi descoberto por sua noiva tendo um caso com uma outra
mulher. Quando confrontado com evidências do seu comportamento
inapropriado, o jovem primeiro professou seu amor verdadeiro pela
noiva e então prosseguiu explicando, da maneira mais sincera, que não
tinha qualquer sentimento verdadeiro pela outra mulher. De fato, ele
explicou que traiu a noiva para o bem dela, prometeu que jamais isso
aconteceria novamente. Eles casaram conforme o planejado, mas o
homem prosseguiu envolvendo-se em longas séries de romances, cada
um bem explicado e seguidos de declarações e mais promessas de
mudar.
14. Sintomas do TP Antissocial
• Sintomas motores
Causam
Comportamento prejuízo Atos de
impulsivo emocional e agressão
financeiro
Exemplo: Filme “Shame”
A necessidade de repetir a sedução e manter relações sociais com
parceiras corresponde à incapacidade de estabelecer vínculos
afetivos.
15. Critérios Diagnósticos para o TP
Antissocial
• Ter pelo menos 18 anos de
idade
• A pessoa sofreu de um
transtorno de conduta antes
dos 15 anos de idade
• Padrão invasivo de
desrespeito aos direitos dos
outros desde os 15 anos
• Falha em adaptar-se
• Irresponsabilidade
• Impulsividade
• Mentir repetidamente
• Desrespeito
• Ausência de culpa
17. Características: Agrupamento B
Agem de modo
dramático e
emocional, buscando
serem o centro de
atenção.
Atraentes, charmoso Sem regras,
e sedutores excêntricos
TP
Histriônica
18. Critérios Diagnósticos para o TP
Histriônico
• A interação se caracteriza por um
comportamento
inadequado, sexualmente
provocante ou sedutor
• Exibe mudança rápida e
superficialidade na expressão das
emoções
• Usa consistentemente a aparência
física para chamar a atenção sobre
si próprio
• Discurso excessivamente
impressionista e carente de
detalhes
• Autodramatização, teatralidade e
expressão emocional exagerada
• Facilmente influenciado pelos
outros ou pelas circunstâncias
• Considera os relacionamentos mais
íntimos do que realmente são.
20. Critérios Diagnósticos para o TP
Borderline
• Esforços para evitar um
abandono real ou imaginado
• Perturbação da identidade
• Impulsividade em pelo menos
duas áreas potencialmente
prejudiciais à própria pessoa
• Sentimentos crônicos de vazio
• Ideação paranóide transitória e
relacionada ao estresse ou
severos sintomas dissociativos
22. Tratamento:
• Psicoterapia é o tratamento de escolha
• Farmacoterapia:
- Antipsicóticos: controle da raiva
- impulsividade
- depressão
23. Características: Agrupamento B
Fingem simpatia
para conseguir
seus objetivos
Exigem Menos de 1%
atenção e da população
admiração geral
TP
Narcisista
24. Critérios Diagnósticos para o TP
Narcisista
• Sentimento grandioso da
própria importância
• Preocupação com
poder, inteligência, beleza ou
amor ideal
• Exigência de admiração
excessiva
• Freqüentemente sente inveja
de outras pessoas ou
acredita ser alvo da inveja
alheia
• Comportamentos e atitudes
arrogantes e insolentes
26. Características: Agrupamento C
Sentimentos de
inadequação
Sensíveis à
A evitação é
rejeição uma defesa
social
TP
Esquiva
27. Critérios Diagnósticos para o TP Esquiva
• Evita atividades que envolvem
contato interpessoal significativo
por medo de
críticas, desaprovação ou rejeição
• Vê a si mesmo como socialmente
inepto, sem atrativos pessoais ou
inferior
• Preocupação com críticas ou
rejeição em situações sociais
• Mostra-se reservado em
relacionamentos íntimos, em
razão do medo de ser
envergonhado ou ridicularizado
28. Exemplo:
• Certo jovem com transtorno de personalidade esquiva
desejava desesperadamente ter amigos próximos com
quem pudesse partilhar experiências, mas tinha tanto
medo de rejeição (ela provaria que ele era inadequado)
que jamais tentou estabelecer amizades. Ao invés
disso, focalizou seus esforços em “realizações” na
esperança de que os outros o aceitariam devido à sua
competência, mas a aceitação embasada em suas
conquistas e competência não satisfazia sua necessidade
de amizade. Este jovem muito competente viveu uma
existência isolada e não preenchida.
29. Características: Agrupamento C
Comportamento
submisso e
aderente
Necessidade
invasiva e Pavor de
excessiva de separação
ser cuidado
TP
Dependente
30. Critérios Diagnósticos para o TP
Dependente
• Dificuldade em tomar decisões do
dia-a-dia sem uma quantidade
excessiva de conselhos
• Dificuldade em expressar
discordância de outros, pelo medo
de perder o apoio ou aprovação
• Sente desconforto ou desamparo
quando só, em razão de temores
exagerados de ser incapaz de
cuidar de si próprio
• Preocupação irrealista com temores
de ser abandonado à sua própria
sorte
“Provavelmente estarei errado, então
se eu não iniciar nada não posso ser
incriminado ou criticado”
32. Critérios Diagnósticos para o TP
Obsessivo-Compulsiva
• Perfeccionismo que interfere
na conclusão de tarefas
• Devotamento excessivo ao
trabalho e à produtividade
• Incapacidade de desfazer-se
de objetos usados ou
inúteis, mesmo quando não
têm valor sentimental
• Rigidez e teimosia
33. Neurobiologia dos TP
• As evidências advêm de traços ou características de
comportamento, tais como impulsividade, comportamento
suicida, agressividade, entre outros e não dos TP em si.
• O ponto de partida para a investigação biológica costuma
ser a observação de que são no mínimo parcialmente de
caráter hereditário e que essa predisposição genética
causa uma vulnerabilidade que, em conjunto com fatores
ambientais, leva à doença.
34. TP Borderline
• Neurotransmissores (disfunção serotoninérgica ↓)
• Neuroendocrinologia (↑ reatividade do eixo hipotálamo-
hipófise-adrenal e da noradrenalina ao estresse)
• Genética
• Neurocircuito da dor (disfunção do sistema opioide
endógeno → incapacidade de sentir)
• Neuroimagem estrutural (hipometabolismo princ. nas
regiões dos córtices pré-frontal medial e orbital)
• Estruturas temporolímbicas (diminuição do hipocampo)
35. • Neuropsicologia
Os principais déficits estão relacionados a funções
atencionais, aprendizagem, memórias visual e verbal,
processamento visuoespacial e funções executivas,
incluindo os processos de flexibilidade cognitiva,
planejamento, controle inibitório e tomada de decisão.
Cerca de 80% associam déficits cognitivos com
alterações das regiões pré-frontal dorsolateral e
orbitofrontal.
36. Apresentam falhas da cognição social, principalmente
em relação a capacidade de reconhecer emoções
básicas em face, como raiva, aversão, medo e tristeza.
São hipervigilantes aos estímulos sociais, principalmente
a sinais que indiquem rejeição, funcionando como gatilho
para instabilidade emocional.
Hipersensibilidade a emoções negativas, o que vem a
contribuir para a visão de mundo e das pessoas como
sendo “perigosas” e a visão de si mesmo como “frágil”
e “incapaz”.
37. TP Antissocial
• Sistema autonômico (↑ - hiporresponsividade → perda do
remorso e empatia)
• Hormônios (desequilíbrio do cortisol e testosterona)
• Anormalidades estruturais e neurofuncionais (redução da
substância cinzenta e no HD)
• Amígdala (estudos contraditórios)
• Conexões córtico-subcortical (interrupções entre áreas)
• Genética (interação com situações traumáticas na
infância).
38. • Neuropsicologia
Há 3 modelos relacionados aos aspectos
neuropsicológicos:
1. Disfunção do lobo frontal: falhas no controle inibitório
(impulsividade), rigidez cognitiva, inabilidade para
solucionar problemas e prejuízo atencional, além de
uma inabilidade para reconhecer pistas em meio a um
determinado contexto social.
2. Sistema emocional integrado: dificuldade para
associar um comportamento com a consequente
punição, insensíveis as mudanças nas contingências
de reforço, o que caracteriza a inflexibilidade cognitiva.
39. A disfunção da amígdala e do córtex frontal ventrolateral orbital
dificulta o aprendizado em situações aversivas e/ou punitivas.
3. Sistema nervoso autonômico: quando punidos são menos
responsivos em termos do SNA, o que pode reforçar
comportamentos ainda mais inapropriados nos psicopatas.
Embora sejam inábeis para sentir emoções genuínas em
resposta ao sofrimento alheio, mostram-se capazes de
entender o estado mental do outro (aspecto cognitivo da
empatia), o que lhes permite utilizar persuasão e
manipulação para obter benefícios. Essas falhas têm sido
associadas a déficits estruturais em regiões cerebrais
essenciais para o julgamento e a conduta moral, os quais
servem como reguladores do comportamento.
40. TP Esquizotípica
• Neurotransmissores (maior liberação de dopamina em
resposta à anfetamina e aumento da ativação estriatal)
• Neuroendocrinologia (hiporreatividade de dopamina
subcortical e resposta ao cortisol diminuída)
• Neuroimagem (redução de giro temporal superior E., do
genu do corpo caloso, do volume do putame e aumento
do metabolismo, aumento do cavum do septo pelúcido e
diminuição da amígdala)
• Genética (polimorfismo no gene que codifica o COMT)
41. • Neuropsicologia
Déficits cognitivos similares aos da esquizofrenia em
menor proporção: dificuldades relacionadas a capacidade
de abstração, atenção, linguagem, memória e funções
executivas, que estão associadas a alterações nas
regiões frontal e temporolímbica à esquerda.
Estudos apontaram prejuízos moderados e
generalizados envolvendo o H.E., sugerindo déficits
específicos nos estágios iniciais do processamento do
aprendizado verbal nessa população, além de
dificuldades para decodificar mensagens irônicas.
OBS! Não há estudos com os demais TP.
42. Avaliação Psicológica da Personalidade
• Propicia desenvolvimentos interdisciplinares, absorvendo
as contribuições de outras ciências do campo da saúde
mental, e trazendo para ela suas colaborações.
• Padrões comportamentais
• Ação e reação em situações diárias
• Concepções do self / relações interpessoais
• Vivencias emocionais prevalentes
43. A avaliação psicológica divide-se em:
• Avaliação da personalidade:
• Traços comportamentais
• Padrões emocionais
• Experiências afetivas
• Avaliação Neuropsicológica:
• Cognição
• Analisa-se a inteligência, memória/atenção
• No estudo da cognição são investigadas os aspectos que
mais implicam na função intelectuais da personalidade.
• Exemplo: casos que os aspectos cognitivos do paciente
influenciem de maneira negativa em sua personalidade.
44. Entrevista Clínica
• Articular Hipóteses
• Desenvolvimento Neuromotor
• Histórico escolar e ocupacional
• Acontecimentos influentes na formação do
sujeito/interesses/realizações
• Natureza dos laços afetivos
• Angustias recorrentes
• Estratégias de defesa
45. Simon:
• As entrevistas devem avaliar quatro setores da conduta
humana.
1. AR – Afetivo Relacional
2. Pr – Produtividade
3. SC – Sócio Cultural
4. Or – Orgânico
46. Kernberg:
• Pioneiro na definição do T.Borderline
• Técnica: entrevista de avaliação da personalidade
Representações do próprio self e do objeto
Compreensão dos outros
Afetos e cognições
do paciente
Self observador
Capacidade reflexiva e empatia
47. Tipos de Testes de Provas Psicológicas
• Provas como instrumentos projetivos de atribuição de
significado ao estímulo, em que o sujeito fala de si
mesmo com o auxilio do instrumento em uso.
• Provas projetivas de atribuição de significado ao
estímulo, em que o sujeito fala de si mesmo pelo estilo
pessoa.
48. Provas de atribuição de significado
projetivo ao estímulo
• Envolvem:
1. Provas associativas
2. Provas de associação verbal
3. Provas de construção histórica
4. Provas gráficas
• Avaliam os padrões existentes no funcionamento da
personalidade que refletem na dinâmica da estrutura
intrapsíquica do individuo.
Predominância de angustia
Estrutura Psicótica Vivência de destrutividade
Sensação de fragilidade no limites
entre as realidades interna e externa
49. Testes de Atribuição de Características:
• A personalidade pode ser decomposta em fatores mais
particulares:
• Padrão de expressão da agressividade
• Necessidade de reconhecimento
• Apoio afetivo
• Instrumentos:
• Inventários
• Escalas
• Questionários de personalidade
50. TP e TDAH
•O TDAH é considerado uma doença do
neurodesenvolvimento, caracterizada por sintomas de
desatenção, hiperatividade e impulsividade.
• DSM – IV
Desatento
Hiperativo/impulsivo
Combinado.
51. • Elevada herdabilidade (80% do fenótipo).
• Fatores não ambientais (drogas na
gestação, hipóxia, TC).
• Modelos neuropsicológicos relacionam o TDAH a
anormalidades em F.E. (controle inibitório pobre).
• Déficits cognitivos no TDAH x Sistema de recompensa
(delay aversion).
• Em torno de 80% dos pacientes com TDAH apresentam
uma ou mais condições comórbidas.
52. Semelhanças entre os sintomas
• TP Borderline (impulsividade, dificuldades no controle da
raiva, prejuízos interpessoais).
• TP Histriônica (expressividade exagerada das
emoções, sugestionabilidade).
• TP Dependente (necessidade que o outro assuma
responsabilidades, dificuldade de iniciar projetos).
• TP Narcisista (tendência a
devaneios, egocentrismo, baixa tolerância a frustrações).
• TP Antissocial (impulsividade, dificuldade de seguir
regras, irresponsabilidade).
OBS! Maior risco para TP comparado aos controles.
53. TDAH e TP Antissocial
• Hiperatividade de início precoce
• Agressão física persistente
• Transtorno da conduta de início precoce
• Predomínio no sexo masculino
• Risco maior de envolvimento com a justiça
54. TDAH e TP Borderline
• 60% dos pctes. com TPB apresentaram critérios para
TDAH na infância
• 16,1% ainda apresentavam TDAH e TPB na vida adulta
• Semelhanças: déficits na regulação do afeto e no
controle de impulsos, déficits atencionais, abuso de
substâncias, relações interpessoais conflitantes e
baixa autoestima.
• Diferença nos mecanismos de regulação afetiva
55. • Pctes. com TDAH têm um déficit atencional maior quando
perdem o estímulo externo (excesso de esportes, comp.
Sexual, agressivo/impulsivo através de brigas).
• Pctes. com TPB (via de regra mulheres com TEPT)
tendem a apresentar estados dissociativos ou
“comportamento congelado” quando exposto a estresse
emocional, e automutilação e comportamento suicida ou
explosivo para pôr fim à tensão.
56. Algumas semelhanças neurobiológicas:
• Disfunção do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA)
• Desequilíbrio do cortisol (Em associação com
adversidades na infância)
• Abuso sexual (muito presente no TPB)
• Persistência dos sintomas de TDAH
• Disfunção dopaminérgica (+ no TDAH com evidências no
TPB)
• Desregulação serotonérgica e noradrenérgica (comp.
Impulsivos e agressivos)
• Estudos de neuroimagem evidenciam similaridades em
regiões do córtex pré-frontal
57. TP em idosos
• Os TP têm importante impacto na qualidade de vida, na
morbidade e mortalidade do idoso.
Existiriam modificações desses transtornos ao longo da vida?
As alterações cognitivas comuns na senilidade modificariam os
TP?
O temperamento, componente biológico da personalidade e seus
transtornos, se modificaria com a idade?
58. • O DSM determina o diagnóstico de TP a partir dos 18 anos,
mas não existe nenhuma consideração acerca as
sintomatologia em idade mais avançada.
• F60.8 Outros transtornos específicos da personalidade
• F60.9 Transtorno de personalidade não especificado
• F07.0 Transtorno orgânico da personalidade – engloba os
casos de degeneração lobar frontotemporal, subtipo demência
frontotemporal (DLFT), cujo núcleo é a alteração do
comportamento e da personalidade.
• F07.8 Transtornos de comportamento decorrentes de doença,
lesão ou disfunção cerebral – envolvem alterações cognitivas
leves e que não correspondem, ainda, a quadros de demência.
59. • Em idosos, os TP, estão mais comumente associados a
transtornos afetivos, de ansiedade e sexuais.
• Um estudo com 623 indivíduos (17 a 87 anos) encontrou
evidências de mais características esquizoides e
obsessivo-compulsivas em idosos que outras faixas
etárias.
60. • Expressão sintomática dos TP em idosos que podem
agravar, atenuar ou modificar comportamentos
associados aos TP:
Diferenças nos estressores, eventos vitais e tipos de vida
Diminuição de energia, impulsividade e/ou extroversão
Aprendizado com a experiência
Efeitos de doenças cerebrais ou sistêmicas.
61. TP e Depressão
• A literatura sugere maior prevalência de TP dos grupos A
e C em idosos e particularmente em idosos deprimidos.
•O TP comórbido dificulta o tratamento e piora o
prognóstico da depressão. Sendo o neuroticismo o
sintoma principal.
62. Personalidade e Demência
• Os TP podem influenciar o surgimento e as
manifestações clínicas das demências, como presença e
intensidade dos sintomas psicológicos e
comportamentais.
• As alterações no quadros de demência frontotemporal
(DFT) são mais significativas do que no Alzheimer e nas
vasculares.
63. • A DFT tem como manifestações clínicas mais evidentes
as alterações de personalidade, que muitas vezes
surgem antes mesmo dos déficits cognitivos e do
achados em exames de neuroimagem.
• Essas alterações de personalidade ocorrem devido ao
processo degenerativo no córtex frontal (orbitofrontal) e
nas vias frontossubcorticais.
• Os Pctes. apresentam dificuldade de controlar
impulsos, de planejar e executar tarefas, de abstração, de
resolução de problemas e de focar a atenção e pouca
crítica dessas alterações (t. orgânico da personalidade).
64. • Para o tratamento dos TP em idosos são citados os
antidepressivos, estabilizadores de humor, ansiolíticos,
antipsicóticos e terapia.
• Características ou traços de personalidade mantêm-se
mais ou menos estáveis ao longo do ciclo de vida,
influenciando a saúde mental, a satisfação com a vida
e/ou favorecendo ou protegendo contra o surgimento de
transtornos mentais de múltiplas maneiras, dependendo
dos fatores aos quais o indivíduo é exposto.
65. Referências
Livro
• LOUZA NETO, Mario R. et al. Transtornos de
personalidade. Porto Alegre: Artmed, 2011.
Artigo
• GIL, Gislaine e SAVÓIA, Mariângela G. A avaliação
neuropsicológica no auxílio do diagnóstico
diferencial entre transtornos clínicos e de
personalidade na clínica psiquiátrica. São Paulo, 2005.