O documento descreve diversos métodos contraceptivos, incluindo métodos comportamentais como abstinência sexual e o método rítmico, métodos de barreira como preservativos e diafragmas, métodos hormonais como a pílula e injetáveis, e métodos definitivos como laqueadura tubária e vasectomia. Detalha como cada método funciona, seus benefícios e desvantagens.
2. MÉTODOS COMPORTAMENTAISMÉTODOS COMPORTAMENTAIS
ou de ABSTINÊNCIA SEXUALou de ABSTINÊNCIA SEXUAL
Método Rítmico ou Ogino-Knaus (do calendário ou
tabelinha): procura calcular o início e o fim do período fértil
(já explicado anteriormente no ciclo menstrual) e somente é
adequado para mulheres com ciclo menstrual regular. A
mulher deve ser orientada, inicialmente, a marcar no
calendário os últimos 6 a 12 ciclos menstruais com data do
primeiro dia e duração, calculando então o seu período fértil e
abstendo-se de relações sexuais com contato genital neste
período. É pouco eficaz se não for combinado com outros
métodos, como preservativos ou espermicidas, pois depende
da abstenção voluntária nos períodos férteis da mulher, onde
a libido (desejo sexual) se encontra em alta.
3. Temperatura basal
: método oriundo na observação das alterações fisiológicas da temperatura
corporal ao longo do ciclo menstrual. Após a ovulação, a temperatura basal
aumenta entre 0,3 e 0,8o C (ação da progesterona). A paciente deve medir
a temperatura oral, durante 5 minutos, pela manhã (após repouso de no
mínimo 5 horas) antes de comer ou fazer qualquer esforço, e anotar os
resultados durante dois ou mais ciclos menstruais. Esse procedimento deve
ser realizado desde o primeiro dia da menstruação até o dia em que a
temperatura se elevar por 3 dias consecutivos.
Depois de estabelecer qual é a sua variação normal, e o padrão de
aumento, poderá usar a informação, evitando relações sexuais no período
fértil.
Uma grande desvantagem do método da temperatura é que se a mulher
tiver alguma doença, como um simples resfriado ou virose, todo o esquema
se altera, tornando impossível retomar a linha basal, ou saber se o aumento
de temperatura é devido à ovulação ou a febre.
4. Método do Muco Cervical (Billing):
• baseia-se na identificação do período
fértil pelas modificações cíclicas do
muco cervical, observado no auto-
exame e pela sensação por ele
provocada na vagina e vulva. A
observação da ausência ou presença do
fluxo mucoso deve ser diária. O muco
cervical aparece cerca de 2 a 3 dias
depois da menstruação, e inicialmente
é pouco consistente e espesso. Logo
antes da ovulação, ele atinge o
chamado "ápice", em que fica bem
grudento.
5. Métodos de Barreira
Condom ou camisinha ou preservativo: quase
todas as pessoas podem usar; protege contra
doenças sexualmente transmissíveis, inclusive
AIDS; previne doenças do colo uterino; não faz mal
a saúde; é de fácil acesso.
6. O condom feminino
• constitui-se em um tubo de poliuretano com uma extremidade fechada e
a outra aberta acoplado a dois anéis flexíveis também de poliuretano na
cérvice uterina, paredes vaginais e vulva. O produto já vem lubrificado
devendo ser utilizado uma única vez, destacando-se que o poliuretano por
ser mais resistente que o látex pode ser utilizado com vários tipos de
lubrificantes.
• Uso da feminina: retirar da embalagem somente na hora do uso.
Flexionar o anel de modo que possa ser introduzido na vagina. Com os
dedos indicador e médio, empurrar o máximo que puder, de modo que
fique sobrando um pouco para fora, o que deve permanecer assim
durante a relação. Retirar logo após a ejaculação, rosqueando o anel para
que não escorra o líquido seminal para dentro da vagina.
• Se usada corretamente, sua eficácia é alta, varia de 82 a 97%.
7.
8. Diafragma:
:é um anel flexível, coberto por uma membrana de
borracha fina, que a mulher deve colocar na vagina,
para cobrir o colo do útero. Como uma barreira, ele
impede a entrada dos espermatozóides, devendo ser
utilizado junto com um espermicida, no máximo 6 horas
antes da relação sexual. A adesão da paciente
depende da utilização correta do dispositivo. A
higienização e o armazenamento corretos do diafragma
são fatores importantes na prevenção de infecções
genitais e no prolongamento da vida útil do dispositivo.
Por apresentar vários tamanhos (de acordo com o
tamanho do colo uterino), deve ser indicado por um
médico para uma adequação perfeita ao colo uterino.
Deve ser usado com espermicida. Recomenda-se
introduzir na vagina de 15 a 30 minutos antes da
relação sexual e só retirar 6 a 8 horas após a última
relação sexual de penetração.
9. Esponjas e Espermicidas:
: as esponjas são feitas de poliuretano, são
adaptadas ao colo uterino com alça para sua
remoção e são descartáveis (ao contrário do
diafragma), estão associadas a espermicidas que
são substâncias químicas que imobilizam e
destroem os espermatozóides, podendo ser
utilizados combinadamente também com o
diafragma ou preservativos. Existem em várias
apresentações de espermicidas: cremes, geléias,
supositórios, tabletes e espumas.
10. Dispositivo Intra-Uterino (DIU): os DIUs são artefatos de
polietileno, aos quais podem ser adicionados cobre ou
hormônios, que são inseridos na cavidade uterina exercendo
sua função contraceptiva. Atuam impedindo a fecundação,
tornando difícil a passagem do espermatozóide pelo trato
reprodutivo feminino.
Os problemas mais freqüentes durante o uso do DIU são a
expulsão do dispositivo, dor pélvica, dismenorréia
(sangramentos irregulares nos meses iniciais) e aumento do
risco de infecção (infecção aguda sem melhora ou infecções
persistentes implicam na remoção do DIU). Deve ser colocado
pelo médico e é necessário um controle semestral e sempre
que aparecerem leucorréias (corrimentos vaginais anormais).
11. Anticoncepção Hormonal
1. pílulas monofásicas: toma-se uma pílula por
dia, e todas têm a mesma dosagem de
hormônios (estrogênio e progesterona).
Começa-se a tomar no quinto dia da
menstruação até a cartela acabar. Fica-se
sete dias sem tomar, durante os quais
sobrevém a menstruação.
12. pílulas multifásicas: toma-se uma pílula por dia, mas existem
pílulas com diferentes dosagens, conforme a fase do ciclo. Por
isso, podem ter dosagens mais baixas, e causam menos efeitos
colaterais. São tomadas como as pílulas monofásicas, mas têm
cores diferentes, de acordo com a dosagem e a fase do ciclo:
não podem ser tomadas fora da ordem.
13. pílulas de baixa dosagem ou minipílulas: têm uma
dosagem mais baixa e contém apenas um hormônio
(geralmente progesterona); causando menos efeitos
colaterais. São indicadas durante a amamentação,
como uma garantia extra para a mulher. Devem ser
tomadas todos os dias, sem interrupção, inclusive na
menstruação.
14. • Desvantagens:
• Pode causar efeitos colaterais em algumas mulheres, como náusea,
sensibilidade dos seios, ganho de peso ou retenção de água, alterações no
humor, manchas na pele, dor de cabeça, aumento na pressão sangüínea.
• Em algumas mulheres podem causar riscos à saúde. Desta forma,
mulheres fumantes, com problemas cardíacos, com doenças do fígado e
do coração, hipertensão, suspeita de gravidez, flebite ou varizes,
glaucoma, enxaqueca, derrame, ou obesidade não devem usar pílulas.
• É menos efetiva quando tomada com algumas drogas. Certas medicações,
especificamente antibióticos interferem na ação das pílulas, tornando o
controle menos efetivo.
• Uma falha no esquema de tomar a pílula pode cancelar ou diminuir sua
efetividade.
• Tomada por muito tempo, pode aumentar o risco de câncer de mama.
• Não é recomendada para mulheres com menos de 16 ou mais de 40 anos.
15. • Pílula pós-coito ou pílula do dia seguinte: a
anticoncepção de emergência é um uso alternativo de
contracepção hormonal oral (tomado antes de 72 horas
após o coito) evitando-se a gestação após uma relação
sexual desprotegida. Este método só deve ser usado
nos casos de emergência, ou seja, nos casos em que os
outros métodos anticoncepcionais não tenham sido
adotados ou tenham falhado de alguma forma, como
esquecimento, ruptura da caminsinha, desalojamento
do diafragma, falha na tabelinha ou no coito
interrompido, esquecimento da tomada da pílula por
dois ou mais dias em um ciclo ou em caso de estupro.
Este contraceptivo contém o levonorgestrel, que é um
tipo de progesterona. O levonorgestrel previne a
gravidez inibindo a ovulação, fertilização e implantação
do blastocisto.
16. Injetáveis
• os anticoncepcionais hormonais injetáveis
são anticoncepcionais hormonais que
contém progesterona ou associação de
estrogênios, para administração parenteral
(intra-muscular ou IM), com doses
hormonais de longa duração.
• Consiste na administração de
progesterona isolada, via parenteral (IM),
com obtenção de efeito contraceptivo por
períodos de 1 ou 3 meses, ou de uma
associação de estrogênio e progesterona
para uso parenteral (IM), mensal.
17.
18. IMPLANON (implante
hormonal):
• microbastão de hormônio sintético similar à
progesterona, que é implantado no antebraço
(com anestesia local) e inibe a ovulação. Dura
três anos.
19. Anel vaginal
• Nuvaring®: é um anel vaginal contendo
Etonogestrel e Etinilestradiol que é
colocado na vagina no 5º dia da
menstruação, permanecendo nesta
posição durante três semanas.
• A maior vantagem é que a mulher não
precisará tomar a pílula todo dia e nem
esquecerá. Outra vantagem é que os
hormônios serão absorvidos
diretamente pela circulação evitando
alguns efeitos colaterais desagradáveis
da pílula oral.
20. Evra® (adesivo
anticoncepcional):
• Foi lançado no Brasil em Março de
2003 o Evra®. O Evra é um adesivo
anticoncepcional que deve ser
colado na pele, em diversos locais
do corpo, permanecendo na
posição durante uma semana.
21. Métodos definitivos
• Laqueadura tubária e Vasectomia: a
esterilização (laqueadura tubária e
vasectomia) um método contraceptivo
cirúrgico e definitivo, realizado na mulher
através da ligadura ou corte das trompas
impedindo, o encontro dos gametas masculino
e feminino e no homem, pela ligadura ou
corte dos canais deferentes (vasectomia), o
que impede a presença dos espermatozóides
no líquido ejaculado. Quando houver
indicação de contracepção cirúrgica masculina
e, principalmente, a feminina deve ser
baseada em critérios rígidos, observando-se a
legislação vigente.