1. Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ
Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas-CCJE
Faculdade de Administração e Ciências Contábeis-FACC
Curso de Biblioteconomia e Gestão de Unidades de Informação-CBG
Fontes de inovação na
empresa
2. Fontes de conhecimento para inovação
• São fontes de tecnologia utilizadas pelas organizações para lançar novos
produtos e melhorar processos, que podem ser:
Internas
Atividades para
desenvolver produtos e
processos e obter
melhorias por meio de
programas.
Externas
Envolvem aquisição de
informações, consultorias
especializadas, obteção de
licenças e tecnologias
embutidas.
3. Tecnologias mais utilizadas pelas empresas
Fontes de tecnologia
Exemplos
Desenvolvimento tecnológico própio
P&D
Contratos de transferência de tecnologia
Lincenças e patentes, contratos com
universidades.
Tecnologia incorporada
Máquinas
Conhecimento codoficado
Livros, manuais e revistas.
Conhecimento tácito
Consultorias
Aprendizado cumulativo
Aprender fazendo, usando e interagindo.
4. Desenvolvimento tecnológico própio
• Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) são divididas em
pesquisa básica, pesquisa aplicada e desenvolvimento experimental.
1. Básica – Foco no avanço científico.
2. Aplicada – Solução de problemas práticos.
3. Experimental – Geração de produtos, serviços e processos.
5. • As atividades de P&D precisam estar associadas a produção e dependem
das características do ambiente interno que são incorporadas.
• É preciso gerar inovações tecnológicas, mas também contribuir para o
processo de absorção de tecnologia através do processo de difusão.
• Um tipo de atividade P&D é a engenharia reversa, que consite em
reproduzir produtos e processos lançados por empresas inovadoras sem
tranferência formal de tecnologia.
6. Transferência de tecnologia
• Envolve a diferentes formas de transmissão de conhecimento.
• O mercado de tecnologia funciona de forma diferente dos mercados de
serviços e produtos, por apresentar limitações e condicionantes.
• Exemplos:
1. Empresas licenciadas buscam compensar a falta de diferenciação
tecnológica obtendo vantagens competitivas locacionais.
2. Competitividade associada a diferenciação.
3. Compras de tecnologias avançadas.
7. • Selecionar adequadamente uma tecnologia representa um grande desafio.
O licenciamento envolve diferentes níveis de participação, como:
Nível
Baixo
• Importação de componentes para
montagem local de produtos, são
processos conhecidos como CKD, SDK
e SKD.
Nível Alto
• Quando a tecnologia
licenciada é incorporada
ao processo de P&D.
8. Tecnologia incorporada aos bens de capital e insumos críticos
• As empresas absorvem novas tecnologias de processos resultando na ampliação
da escala de produção, na redução de custos e no lançamento de novos produtos.
• A compra de novas máquinas constitui a principal fonte de tecnologia em vários
setores da economia, como o setor “usuários de tecnologia”.
• Conceito de “tecnologia apropiada” – Indústrias e países em desenvolvimento
precisam adaptar seus produtos e processos, como:
1. Atender mercados de menos poder aquisitivo.
2. Adequar os processos de produção aos custos de mão-de-obra.
3. Contornar as dificuldades de obtenção de insumos e matérias primas.
4. Evitar problemas de manutenção e falta de serviços técnicos.
9. Conhecimento tácito e codificado
• Conhecimento codificado é sob forma de informação, por meio de manuais,
livros, revistas técnicas e fórmulas matemáticas.
Limita seus benefícios para
quem não tem capacitação
necessária.
• Conhecimento tácito envolve habilidades e experiênciais pessoais ou de
grupo.
Vantagem competitiva
única na empresa.
10. Aprendizado cumulativo
• Busca desenvolver a capacidade produtiva, organizacional e
tecnológica.
1.
Produtiva e organizacional – recursos utilizados para a produção
com determinado nível de eficiência.
2. Tecnológica – envolve habilidades técnicas, o conhecimento
individual e coletivo e a experiência tácita.
• Os processos de aprendizado são abastecidos por fontes externas e
internas de conhecimento.
• Processo cumulativo;
11. Processos de aprendizado
Aprender...
Características
Fazendo
Interno a empresa, relacionado ao processo
produtivo.
Usando
Uso de insumos, equipamentos e software.
Procurando
Busca de informação e atividades de P&D.
Interagindo
Interno e externo, relacionado as fontes de
montante (fornecedores) e a jusante
(clientes) da cadeia produtiva.
Com “spill-overs” interindustriais
Externo, através de imitação e contratação
de técnicos.
Com o avanço da ciência
Externo a empresa, relacionado a absorção
de novos conhecimentos gerados pelo
sistema internacional.
12. • Analisando de forma detalhada cada processo de aprendizado temos:
1. Aprender-fazendo – É possível aumentar o incremento a produtividade.
2. Aprender-usando – A experiência dos consumidores leva as empresas a
reconfigurarem o produto ou serviço através desse processo.
3. Aprender-procurando – Busca de informações e tecnologias pelos
diferentes meios disponíveis, com destaque a Internet.
4. Aprender-interagindo – Interação com fornecedores e clientes.
5. Spill-overs – Contratação permanente ou temporária de técnicos
experientes de outras empresas.
6. Avanço da ciência – Monitoramento dos resultados de pesquisas realizadas
em universidades e centros tecnológicos.
Para Lundvall (1992), o aprendizado é
essencialmente interativo, derivado de relações
comerciais entre diferentes instituições.
13. Tecnologia industrial básica (TIB)
• Conjunto de técnicas e procedimentos para codificar, analisar e normalizar
diferentes aspectos de um produto ou processo e suas funções básicas
incluem a metrologia, normalização, a regulamentação técnica e a
avaliação de conformidade.
• A infra-estrutura da TIB compreende:
1. Ativos físicos
2. Ativos intangíves
Esses serviços são
ferramentas
importantes para apoiar
o processo de inovação
tecnológica.
14. Normalização e certificação
• Função responsável pelo estabelecimento de normas e regulamentos.
• As certificações de qualidade não se restringem a produtos, mas vêm
sendo adotadas também em serviços.
• Além da certificação de produtos, cresce significativamente a exigência da
certificação de sistemas. Alguns exemplos são:
15. Metrologia
• É definida como “ciência da medição”, tendo por objetivo assegurar a
confiabilidade e a credibilidade das medições efetuadas na produção.
• Alguns exemplos...
Sinmetro
Conmetro
Inmetro
16. Propiedade intelectual
• O valor de uma determinada tecnologia geralmente depende das condições
de apropiabilidade. O valor de uma determinada tecnologia depende da
possibilidade de o inventor ou inovador manter controle monopolista sobre a
tecnologia em um determinado período de tempo. Esse controle é exercido
através da propiedade intelectual sobre os bens imateriais, por meio de
patentes; e também abrange a propiedade industrial.
• Algumas maneiras de obter patentes de propiedades são através de:
1. Patente de invenção;
2. Modelo de utilidade;
3. Desenho industrial;
4. Marcas;
5. Direito autoral;
17. Fontes de inovação na indústria brasileira
•
Segundo dados do Pintec, a principal fonte de tecnologia na indústria brasileira é
a aquisição de máquinas e equipamentos, responsável por mais de 50% do total
dos gastos com inovação na indústria como um todo.
• Algumas fontes utilizadas pelas empresas são:
1. Fontes externas que são tecnologias incorporadas em equipamentos e insumos
críticos.
2.
Estratégias de buscar informações já disponíveis no mercado e prorizar
soluções internas aos problemas tecnológicos.
3.
4.
Consultorias externas;
•
Participação em redes globais;
Todos esses processos são inovações organizacionais, onde as empresas
buscam informãções externas para introduzir novas formas de gestão.
18. Conclusão
Diante desses aspectos podemos observar que as empresas inovadoras
recorrem a informações e conhecimentos que podem ter origem interna e
externa, e esses fluxos de informações são fundamentais para alimentar o
processo de inovação. O acesso a tecnologia potencializa essa infra-estrutura
por meio de pesquisas, consultorias, tecnologias industrais e outros processos,
visando obter eficiência em todos os aspectos.