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ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008
1
Era Outubro.

                                                    O ano começava.

                                                    Chegámos todos à sala
                                                    número sete, espaço que
                                                    nos iria abrigar até ao final
                                                    de mais uma etapa, cuja
                                                    meta seria só, será só em
                                                    Junho.



Vindos de vários lados, trazendo experiências diferentes, deixámos para trás
as nossas amizades, que ficaram noutras Escolas… E foi então que o
Técnico-Profissional nos reuniu, os desconhecidos… E dentro desta sala
número sete p3, olhámos, desconfiados, para as paredes nuas e tão
desamparadas como nós - sentimos uma enorme vontade de dizer: Não!

Depois vieram os professores. Um a um, trazendo projectos…

Falavam. Perguntavam. Tentavam uma comunicação bilateral.

Mas nós, nada!

A nossa “conspiração do silêncio” deveria prolongar-se por mais algum tempo.
Íamos esboçando um sorriso pouco seguro, pendurávamos os cabelos sobre o
bloco onde registávamos as aula e …

 E eis que, na aula de português nasceu a ideia de se começar a escrever
frases bonitas, sobre não importa o quê… Era um truque para forçar a saída de
emoções.

E a frase nasceu. Nasceu como um riozinho frágil, envergonhado. Pouco a
pouco as frases transformaram-se num caudal poético.

Hoje somos dezasseis amigos. Somos comunicativos. Reencontrámos a nossa
vivacidade e o prazer de conviver.

A nossa sala já não está nua. As suas paredes estão cheias de flores que são
os nossos sonhos.

Descobrimos a beleza da palavra. Descobrimos que só ela expressa a nossa
indiferença, a nossa raiva, o nosso Amor.

Se ser-se poeta é ser-se maior, nós gostaríamos de ter a alma grande, de
conhecer a magia da nossa Língua Portuguesa para com ela vencermos as
barreiras que se levantarão à nossa frente, quando abandonarmos este
espaço…
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SÓ PARA TI…COM TODO O AMOR!




    O homem não deve chorar

    Não se deve prender a ilusões ou aventuras…

    Quando a Tristeza encher

    Os meus olhos

    E a Solidão me correr

    As veias do coração…

    Estarei sem Amor

    A sofrer, a esperar… Por ti!

    O nosso Amor há-de chegar

    Para juntos percorrermos

    De mãos dadas

    O mesmo caminho!...



                                               Alexandra Carvalho



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FELICIDADE



           Felicidade

           É água do mar na pele …

           O calor do sol nos olhos que não vêem …

           É a beleza de uma nova flor …



           Felicidade

           É pensar, escolher, sentir, amar

           Ir abrindo o nosso coração, cada vez com menos
           medo

           Não necessitando de nos agarrarmos

           A seguranças ou defesas



           Felicidade

           É um amar cheio de calor e luz …

           É saber que alguém é feliz com a pessoa

           Que ama, que adora …

           Porque assim eu sou feliz também!




                                               Alexandra Carvalho




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AMOR



    No pequeno jardim

    Um colorido rio delicado corria…

    Como fiozinhos de luz que se alastravam

    Penetrando sobre uma flor que desabrocharia

    Momento a momento, em mim se passavam…

    As sensações mais belas

    E essa flor irradiaria

    Um perfume feito de Romance, Surpresa!

    Prazeres esses que insinuavam…

    A Beleza, a maneira mais Simples e Pura

    Que eu descreveria…

    Um sentimento tão Belo e Lindo como o Amor!




                                               Alexandra Carvalho



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A POESIA



           A poesia!

           Coisa maravilhosa e pura

           Feita pelo pensamento

           Feita pelo coração

           Desperta palavras simples…

           Que valem tudo

           Tocam profundamente

           A poesia!

           Momento de esperança…

           De amor…

           De felicidade…

           Por vezes dedicado a alguém,

           Com muita paixão.



           A poesia!

           É o chamar por uma alegria

           Que dominará mentes e sonhos…

           Cheios de ilusão

           É o responder de uma loucura

           Que chegará num dia de sofrimento…

           Num dia que o sol

           Não virá

           Ficará escondido

                                               Alexandra Carvalho

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PARA QUÊ PROCURAR A FELICIDADE




           Para quê procurar a felicidade

           Se ela está contida em nós…

           Dentro do nosso coração!



           A vida é uma flor que nasce!...

            Uma criança que sorri

           A vida é amar é ser feliz!…



           A minha visão favorita, de ti…

           É a que trago dentro do meu coração



           Tu és como o sol!

           Tens brilho próprio!



           Todos os dias o sol desaparece

           Com a promessa de voltar…

           Para mais um dia

           Que espera ser agradável!



                                      Alexandra Carvalho




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PENSAMENTOS




     Por vezes fico longe da vida

     Chego até a acreditar que não vivo por cá e

     De repente, acordo e tudo recomeça…barulho

     Ódio, falsidade de outros, adornos misturados

     Fazem com que eu deseje cada vez mais invadir-me

     Deste planeta louco chamado Terra!!!

     Ah!

     Só que eu não iria sem te levar comigo

     Que tal irmos juntos descobrir um planeta?

     Sonhos, sonhos?




                                                  Alexandra Flores




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8
AMOR



    Todo o mundo já sentiu

    Milhares ainda o vão sentir

    Ver, ainda ninguém o viu

    Não há quem lhe possa fugir

    Mas o que é? O que será?

    É o amor, está bom de ver!!

    Só quem está apaixonado

    Pode dizer a verdade

    Falar de amor é comum

    Estar apaixonado é invulgar.



                       Amor assim tanto amor

                       Como o nosso nunca vi

                       Amar assim como nós

                       Só nos romances eu vi



                       O amor é sublime

                       Quando é sentido assim

                       Meu amor por ti é firme

                       E o teu amor por mim?



                                                       Alexandra Flores



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ANO 1989 “MENSAGEM”



                 Que o Ano de 89 lhe traga satisfação

                 Que tenha muita saúde e Amor no coração

                 Pense em construir a Paz no Mundo que o rodeia

                 Se fosse assim toda a gente

                 Haveria Paz na aldeia

                 Muitas aldeias assim fariam o Mundo melhor

                 E todos diriam por fim

                 É bom viver em

                                       Amor!!!



                                   NATAL


 Natal é Amor
 Natal é nascimento
 Natal é a ruga teimosa
 Nos anos da vida
 Natal é a paz
 Nesta guerra descabida!!!

 Palavra “Amizade”
 Passam anos, séculos até!
                                             Amizade é uma palavra linda
 Gerações e gerações
                                             Quando dita com verdade
 Mas a Amizade fica, sempre
                                             É dos mais nobres sentimentos
 Em nossos corações.
                                             Que existe na Humanidade.




                                                               Alexandra Flores
                 ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008
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Na calmaria deste rio, que é Novembro

                       Navego e permaneço

       Na harmonia deste doce Outono

                                Me encontro

       E é em seu leito que adormeço

                                   …Tu…Todo aquele ser por quem estremeço

                                                   Por quem choro e reconheço

                                      Tu… Todo aquele ser que toda me alcança

                                      Todo aquele ser por quem lonjuras corro…

                                         Pois “Quem corre por gosto, não cansa”

CHOVE

       Chove

       Em cada gotícula translúcida

       Vai um pouco de mim

       Que invade as estradas …

       Os tão longos caminhos que têm vida

       Choro.

       Em cada lágrima vai a minha angústia

       Que invade o meu corpo

       Em que transporto a minha alma infeliz.

                                         E nestas ruas …

                                         Um imenso mar de lama

                                         Chove …

                                         E cada vez mais

                                         Como se essa água destilada

                                         Quisesse lavar o meu sangue …

                                                                Ana Paula Costa

                  ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008
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O TOCAR DO TELEFONE

     Não quero … Não quero ouvir

     O tocar do telefone

     Para que o meu coração não retome

     O seu ritmo apaixonado

     E eu existo e medito

     E me fico pela insignificância

     De aceitar que te quero

                                                Não quero ouvi-lo

                                                E vibrar e sentir-te

                                                E não resistir a lembrar

                                                Tudo o que foi
                                                E em mim perdura

     Mas não desligo o meu telefone

     Pois tenho medo, tanto medo

     Que passe tempo, muito tempo

     Sem que o teu toque se ouça

     … E me preencha

     Sem que o sinal da tua vida

     Me encoraje de viver

                                       …Sem sentir que me procuras

                                       Pois mesmo sem que o atenda

                                       Tu sabes

                                       Jamais deixarás de saber…

                                       Que sempre te espero



                                                               Ana Paula Costa


                 ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008
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Sei…                                      Sei
 Sei                                       Que tudo se acaba
 Sei que em mim pensas                     Quando mais não há
 Nesta noite fria                          Sei
 Sei                                       Porém temos mundos
 Que a minha imagem                        Nada acabará
 Hoje te alumia                            Nós somos um
 E que esta chuva                          E um só, imenso
 Te recorda, então,                        Dentro um do outro
 Todos os momentos                         Neste vago extenso
 Da nossa paixão
                                           Sei
 Sei                                       Sei que talvez sonhe
 Sei que alto me chamas                    Não querendo acordar
 …dantes respondia                         Sei
 Sei                                       Se sempre sonhámos
 Que sempre soubeste                       Por que terminar
 Que isto assim seria                      Se nesta noite escura
 …Que tal te empobrece                     O próprio luar
 E que te destrói                          Se apresenta triste
 O que o amor oferece                      Por nos ver chorar?
 Ao perder-se, dói
                                           …Mas que tudo sei
 Sei                                       Que um belo dia
 Sei que nada sabes                        O sol brilhará
 Sobre o meu saber                         Mais lindo sonho
 Sei                                       Nos envolverá
 Que louco me procuras                     Se o teu orgulho
 Em todo o teu ser                         Mais o meu orgulho
 E que não encontras                       Forem dois peixinhos
 Mais do que razões                        Perdidos no mar
 Porque destruímos                         Sei… que iremos amar
 Os nossos corações
                                                                  Ana Paula Costa

               ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008
13
NAQUELE DIA



     Frio….

     O frio que sentia

     Naquele dia…

     E permanecia ao relento

     Naquele momento

     E via as árvores, o sol, o Inverno

     Que viria… naquele dia

     E dentro… a paz, o presente, a lentidão…

     Condição deste mundo lento

     Que o era… naquele momento


                         Frio…

                         O frio gelava o vento

                         Naquele momento…

                         E o meu intento… o de ficar fria

                         Naquele dia

                         E buscar o pensamento, que fugia

                         Com o vento… naquele dia

                         E dentro… a divagação, a vadiagem…

                         Imagem desta vadia

                         Que o era… naquele dia




                                                        Ana Paula Costa




          ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008
14
NÃO ME PERGUNTES



     Não! Não me perguntes por que te quero…não sei!

     Mas quero-te de uma tal forma

     Que toda esta força me mantém

     Não! Jamais me perguntes como… quando…

     Eu somente sei

     Que te ganho, não perguntando

     Os porquês que o amor tem



     Da mesma forma que o silêncio o faz

     Não me perguntes, se fores capaz

     Porque da maneira que, sem saber

     Aceitaremos o doce calar

     Seremos livres em nosso viver

     Logo vai nascer a fórmula para amar



     E do mesmo jeito que ambos aprendemos

     Não me perguntes, assim sentiremos

     Que a dúvida se desvanece

     Que a confiança, enfim, floresce

     Que vence um amor sincero

     Então sente os instantes, sem viver em vão

     Não saibas palavras de interrogação…

     Não! Não me perguntes por que te quero!



                                                   Ana Paula Costa

     ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008
15
PROIBIÇÃO SENTIMENTAL


A fúria e a rebeldia
Com que escravizo a minha vontade
E rejeito beber a tua imagem…
A bruta luta
Que em meu desejo travo
Para não sentir
Tão louca miragem




O grito infindo
                                                E me afasto sem falar,
Que ao sofrer me traz
                                                Com expressões mudas de dor
Faz-me ser capaz
                                                O quão bravo é o mar
De banhar em ódio toda a frustração
                                                Que nasce ao chorar
De rasgar, violenta, o meu coração
                                                Por tão grande amor
    Que procurou até então… a Paz




Na morte fictícia
                                                Uma condenação…
Do nosso teatro
                                                A revolta mortal de te dizer não
Inventei a arma
                                                De sentir-te perto
Planeei o fim
                                                E não poder ter
… Como me firo com profundos golpes
                                                Mais que um deserto
Como proíbo os teus olhos em mim!
                                                Onde finalmente morrer
                                                … Ou caminhar em vão




                                                                          Ana Paula Costa




                       ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008
   16
A força da vida
Existe no tempo
No tempo embalo
O meu pensamento
Peguei no meu pensamento
E atirei-o para a lua
Agora sou eu pelo ar
A gora sou eu, sou o luar.


A força da vida
Em todo meu ser
É um sentimento de esperança
E no meu pensamento
Um sentimento de mudança
                                          No repouso do meu leito
Peguei no meu pensamento
                                          Na escuridão que me envolve
E atirei-o para a lua
                                          Na angústia da solidão
Agora sou eu pelo ar
                                          Penso no teu olhar distante
Agora sou eu, sou o luar

                                          A minha paixão ardente
Uma folha de papel
                                          O meu pecado e o meu juízo
Uma gota de tinta
                                          O meu sentimento sincero
Uma lágrima no rosto
                                          Por alguém desconhecido
Quando me sentia perdida
Uma folha de papel
Um poema de amor
Uma afeição que carece
De todo o meu calor



                                                                 Ana Paula Ferra




               ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008
17
Só mesmo um dia como

     Hoje para me sentir assim

     A felicidade não está comigo

     Um vazio…Choro por ti




                        Melhores dias virão

                        Eu sei que sim

                        Os dias não são iguais

                        A realidade, a verdade

                        Sou tua para a eternidade




                                              Uma flor sem pétalas

                                              Uma rosa ou um malmequer?

                                              Um coração partido

                                              Pela seta do Cupido

                                              Eterna saudade

                                              Quero estar contigo




                                                               Ana Paula Ferra



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18
VOAR



     Sou um pássaro sem asas

     Que gosta de voar

     Na imensidão da tua alma

     Para te poder amar




                 PENSAMENTO



                 Esta palavra deforma

                 Pelo uso da consciência

                 Estas palavras sem asas

                 Que voam na nossa inteligência




                                      ESTAÇÃO



                                      As folhas caíram

                                      As aves partiram

                                      O vento mudou

                                      E o Outono chegou



                                                         Ana Paula Ferra




          ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008
19
A poesia
       É a furiosa
 Tentativa
       De pintar a
                Cor do vento


                                             Uma flor
                                             Uma cor
                                             Uma história
                                                    Contada com amor
                                             Eis a fórmula
                                                    Mágica para aqueles
                                             Que mais amamos
                                                    Ficarem connosco
 Pergunta                                                    Para todo o sempre
       Mais que um som
 Uma tentativa
       Para dar som à vida
 Através dela
       Obtemos uma resposta
                                             Na velhice
                                                    Nem sempre
                                             Se perde a juventude
                                                    Mas sim se transfere
 Perdida na imensidão                        Do rosto para
       Da minha casa                                O coração
 Paira o clima de
       Todo o meu amor
 Através da janela
       Um sol radioso
 Invade o meu pensamento
                Quando penso em ti                                   Ana Paula Ferra




                 ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008
20
Não confies no vento
     Que ele revela os teus segredos às

                                Árvores!

                           As abelhas são a

                                              Doçura das flores



     Tu, por quem padeço

     Desordem da minha vida

     Esta que quer viver

     Fazer-se ouvir

     Este sentimento doce

     Não correspondido

     O meu coração desfeito

     Verdade que tu não vês

     A tua serenidade que me fere

     A pazada de cinza que tu deitaste

     Sobre o meu amor

                                       Dans ma ville

                                       Tout est beau

                                       Des jardins fleuris

                                       Qui nous donnent la vie

                                              Tu es ma fleur

                                              Tu es ma vie

                                                  Je t’aime

                                                       Je t’aime



                                                                   Ana Paula Ferra

                 ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008
21
Será este um natal

De paz?

Um natal diferente?

Porque não?

Que tal… desistirmos da guerra?

Reflectirmos dentro do coração?

                                           Tão docinho e tão redondo

Resposta positiva, tão desejada            Passas, frutas é o que tem

Mas ainda não conseguida                   Não há quem não goste

Há homens que pelo poder                   Do famoso bolo rei.

Preferem perder a vida

                                           Tão linda e tradicional

Dentro dos nossos olhos                    Com os seus efeitos a brilhar

A desgraça, a solidão                      Com o seu aroma nos envolve

Que se pode ver no                         Numa surpresa matinal

Dia a dia, através da televisão

A desgraça, a solidão                      No seu verde o algodão

É uma lágrima materna                      A brancura faz realçar

Mais um filho se perdeu                    Não há sombra de dúvida

Por uma razão efémera                      É a árvore de natal




                                                                         Ana Paula




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   22
A doçura de um raio de sol matinal

                É como uma carícia esperada…!



                                                                    Já é Outono

                                                          E hoje o sol não veio!

                                                                         O Sol !

                                                          Por que não viria ele?




     Tarde nevoenta e baça

     Há salpicos de chuva

     E nuvens que se atropelam

     Umas às outras!




                                                                    Carla Maria




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23
IMAGINANDO



     Vou dar largas à imaginação

     Para aqui versos escrever

     Mas sinceramente hoje não

     Não me está a apetecer




                  Será à noite que a inspiração está presente?

                  Não sei se será verdade...

                  Hoje para mim ela está ausente

                  E já é bastante tarde



           Vou fazer mais um esforço

           Para algo conseguir

           Mas já me dói o pescoço

           Acho que vou dormir




                                                                 Carla Maria




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24
NÃO TEMAS



            Não temas em dar todo o teu amor

            A quem dele necessita

            E para quem esse amor

            É a coisa mais importante

            De uma vida de desencontros

            Não receies afundar-te no meu amor

            E naufragar na minha vida

            Se isso acontecer serás feliz

            E farás feliz todo o meu ser

            Mas se desse destino fugires

            Podes contar sempre

            Com o meu olhar amigo

            Um sentimento que nunca irá morrer

            Em mim

            Mas que ficará adormecido

            Numa triste esperança




                                                         Carla Maria




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25
DESTRUIÇÃO



     E se o mundo

     Acabar

     Não existirá

     Nem mais amor

     Nem liberdade

     Nem sequer

     A saudade



     E nem homens haverá

     Para contar a história

     Da nossa auto-destruição!



     Nunca houve memória                         Deixem-nos saltar

     De tão grande conflito                      E lutar

     Como o dos nossos dias                      Mas olhem para o Mundo

     Os mísseis e as bombas                      Que pode acabar

     E pode ser o fim                            De um momento para o outro

     Do que levou tantos anos a criar!           Só com uma bomba nuclear!




                                                                          Catarina




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26
DESESPERO



            Mergulhou num abismo de sofrimento

            Numa agonia

            Como nunca experimentara

            Era inútil tentar detê-lo

            Lágrimas como aquelas

            Ardentes e amargas

            Não podiam guardar-se



            Suportara muito, durante muito tempo

            E a resistência

            Ia quebrar-se finalmente



            Sentiu-se fraco

            Mas ainda com vida

            Para “pegar” na coragem

            Para olhar para a mão armada

            …Para dizer ADEUS…




                                                        Ester Relvas


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27
SONHAVA



            Sonhava, decerto

            E não tardaria o despertar

            Mas sentia-me tão bem assim

            Era tão delicioso o seu olhar

            Que me deixei ficar muito quieta

            Com receio de que a maravilhosa

            Miragem se desvanecesse



            Tinha medo de acordar…

            Então caí em mim

            E o sabor que senti

            Foi o da realidade



            Fixava-me carinhosamente

            Com aqueles olhos

            Que o desgosto

            Me proibira de esquecer




                                                        Ester Relvas




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28
AMAVA-O…



            Ele estava perto …

            Sentia-o…

            Só de pensar que iria vê-lo

            Sentia-se desfalecer



            O seu corpo tremia

            A resistência quebrava-se

            Mas à medida que o tempo passava

            O desejo da sua presença

            Mais ardente se tornava

            Vê-lo…



            Agora que sabia que o amava

            - Sim, Amava-o!

            Tinha por ele um amor infindo

            Um sentimento vasto

            E muito diferente daquele

            Que julgava ser a amizade



            Amava-o…

            Não tinha esperança

            Nem vontade de fazer algo

            Para se libertar desse sentimento

            Amava-o!...



                                                        Ester Relvas
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29
A FLOR



            Continuava indecisa

            Entre o murchar e o viver



            O ambiente era

            Intensamente branco!



            As grades

            Eram fortemente lisas!



            Eles

            Eram essencialmente brutos …

            …A luz do sol

            Estupidamente negra …

            O movimento

            Era Fantástico!?

            Ah! O aquele sentimento asfixiante!…



            Continuava indecisa

            Entre o murchar e o viver…



            Gritou de novo:

            - Olhe para as gaivotas, fixamente!

            Durante uma estação da vida

            E de preferência

            Quando pensar nisso!



                                                     Helena Cardoso
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30
A INVENÇÃO DO TEMPO



     Eu queria inventar o tempo

     Um tempo diferente

     Do hoje - ontem - amanhã



     E tu Deus?

     Que Deus és tu que desenhas e …                  Vivo agora em França

     Não pudeste ir mais além                         Comprei um castelo

     Daquilo que criaste?                             E seis leopardos porque

                                                      É tão aventureiro

     Agora imagina … que crueldade                    Viver-se no meio da Natureza!

     De árvores abatidas!

                                                      Aqui não há formigueiros

     Aprende-se muito                                 Nem roupas de Musselina

     Com os princípios e os fins …                    Livres em plena Natureza !...

                                                      O único reduto da serenidade

     Continuamos sempre em busca                      Imemoriada pelo chão …

     … Mas há tanto por onde escolher!

     A discussão, a infelicidade e as letras          Descansamos, enfim,

     Pensamentos intensos                             na luminosidade

     Índices de anti-cristos                          E no relevo



                                                      Quando quiseres

                                                      Sabes onde é o meu castelo!




                                                                    Helena Cardoso


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31
NÃO SEI SÉ É VERDADE



            Não sei se é verdade …

            Quando me olhas

            Não sei o que sinto!

            É algo de bom

            De novo

            É um calor que aquece todo o meu ser

            O teu olhar mergulha em mim

            Sei que tentas comunicar-me algo

            Não sei ler o que é …



            Não sei se é verdade

            Dizes-me qualquer coisa!

            Os meus gestos acumulam-se

            Perante o teu olhar! …



            Não consigo decifrar … é bom demais!!!

            Só sei que te adoro e não sei nada mais!



            Perante o teu olhar! ..

            Não sei se é verdade …

            A luz dos teus olhos

            É pura e simplesmente fascinante!




                                                       Helena Cardoso


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MESMO SE EU ESTIVESSE NO PARAÍSO




            Mesmo se eu estivesse no Paraíso

            Rodeada pelas flores mais lindas

            E pelo perfume mais belo

            Seria insuportável viver sem ti!




                                                     Helena Cardoso




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33
A viagem a Rio Maior

     Decorreu com muita alegria

     Só faltou a professora de Português

     Com a sua poesia




                                           Não é só de alegria

                                           Que se faz uma excursão

                                           Mas sim da poesia

                                           Que temos no coração




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34
NÃO SEI QUE FAZER



                   Não sei que fazer

                   Mas estou a tentar

                   Mesmo que consiga

                   Não vou conseguir acabar




     Tanta coisa para te dizer

     Mas não sou capaz de te falar

     Apenas me resta viver

     Na esperança de te amar




                                                      Jacinto António




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35
CONJUGAÇÃO


     Sou um tudo do nada que atravesso
     Sou um nada do tudo que mereço

     Sou um tudo do nada que vejo
     Sou um nada do tudo que olho

     Sou um tudo do nada que existe
     Sou um nada do tudo que persiste

     Sou eu sem saber o porquê
     Sou tu quando não te encontro

     Sou tu quando te olho por aí
     Sou eu quando não me sinto aqui

     Eu e tu vivendo por aí
     Sempre desencontrados por aqui

     Sou tu
     Sou tudo
     Sou eu
     Sou nada
     Sou o Mundo

     Tenho o Mundo
     Tenho o nada
     Tenho o eu
     Tenho o tu
     Tenho o nós e a madrugada
     Apenas nesta folha imaginada




                                                         Júlia Miguel


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36
SE EU FOSSE POETA



     Se eu fosse poeta                        Oh, se eu fosse poeta

     Oh, se eu fosse poeta                    Cantaria este domingo de Páscoa

     Falaria com as cores do mar              Como só os poetas sabem cantar

     Cantaria com as ondas

                                              Se eu fosse poeta

     Se eu fosse poeta                        Oh, se eu fosse poeta

     Oh, se eu fosse poeta                    Estenderia os braços

     Pintaria no longo muro da vida           Até tocarem no azul do infinito

     Todos os recortes do Oceano              E uma voz tímida

     Preencheria a tua ausência               Cheia de música e de amor

     Com as coisas que eu sinto               Docemente te confessaria:

     Com as coisas que eu amo                                         Amo-te Mundo



     Se eu fosse poeta                        Se eu fosse poeta

     Oh, se eu fosse poeta                    Oh, se eu fosse poeta

     Correria pelo Mundo fora                 Com os olhos postos

     Como louca, à tua procura                Nos céus desconhecidos

     Atravessaria desertos e florestas        Aos Deuses perguntaria:

     A noite e o dia                                                  Quem sou eu?

     O dia e de novo a noite

     Até que os sinos

     Dobrassem de alegria                                                        J.M.




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ESTRADA                                   E crianças nasceram

E veio a estrada                                 E crianças endureceram

E homens nela correram                           À espera de um balão

Apressados, desarticulados

                                                 E momentos de verde inocência

E veio uma ambulância                            E de pureza tornara-se violência

E a sirene apitou                                A bomba sufocou a cor da adolescência

A multidão não se afastou

                                                 E o Mundo esqueceu a relva que renascia

E homens mudos continuaram                       E a flor ardeu no fogo da ignorância

E o caminho de infância                          A guerra do desamor alastrou

Atrás dos homens que se perderam

                                                 E a multidão a passar insensível

E o dia nasceu rápido                            E a criança aflita chorou

E o almoço e o jantar                            A falta de tempo não teve tempo de a ver

Atravessaram o lugar biológico

                                                 E a estrada continuou sem sentido

E a noite queimou-se só                          E o homem a correr: “não tenho tempo a
                                                 perder”
E a solidão envelheceu
                                                 A fila de espera do autocarro fez-se estátua
A imaginar uma pista de dança


                                                 E o autocarro passou
E a ciência inventou tudo
                                                 E a fila em estátua entrou
E a técnica adiou, salvou, matou
                                                 A senhora carregada de tempo desmaiou
A vida sempre a correr


                                                 E ninguém teve tempo de adiar o fim
E a cidade encheu-se de gente
                                                 E ninguém teve coragem de o enfrentar
E gente desintegrou-se na cidade
                                                 A noite regressou a grande velocidade
A traçar ilusões cósmicas


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 38
E o sonho foi cortado                         E o homem-electrónico reinou

E o relógio agitou o Mundo                    E a máquina não entendeu a fórmula do amor

A manhã correu, lavou-se e fugiu              A vida sempre a correr


                                              E o amor fez-se contra o tempo
E a chave abriu a porta
                                              E a morte do amor a lavrar
E a hora de entrada colou-se à de
saída                                         A estrada a curvar-se, a apertar-se

A semana devorou-se
                                              E   a    máquina-homem           empalidecendo,
                                              sucumbindo
E o sábado continuou sem mudança
                                              E a ambulância sempre a correr
E o domingo         voou,       fluídico,
irrealizável                                  E a sirene a cortar a cidade com gritos

A vida sempre a correr
                                              E a noite a regressar

E não teve um momento para viver              E ninguém tem tempo de a beijar

E não viu o Pôr-do-Sol amando                 A cidade em       estátua      divaga,    surda,
                                              empedrada
A vida passou ao lado da vida

                                              E o desamor a corroer o rosto da rua
E as noites falsificaram os dias
                                              E a cidade a desconhecer a criança e a lua
E a imagem do sonho a devorar
                                              A estrada sempre a correr, a apertar
A noção tempo perdeu-se para lá da
luz
                                              A vida na estrada da ciência crua

E tudo continuou a correr                     A minar o perfume das coisas simples

E a estrada desviou-se do caminho             A morrer, lentamente

A incerteza e o medo fossilizaram o                                   E a estrada sempre a
pensamento                                                            fugir

                                                                      Sem saber
E a confusão reinou na estrada                                        Sem se ver
E a filosofia não serviu para nada

A teoria sempre a correr sem saber                                                 Júlia Miguel

                     ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008
    39
O QUE É VIVER, MEU AMOR?

     O que é viver, meu amor?

                          Viver é amar

                          Viver é sentir a vida

                          Viver é renascer

     O que é vida, meu amor?

                            A vida é o amor

                            A vida é o perfume de flor

     O que é um perfume, meu amor?

                          Um perfume és tu

                          Um perfume é a vida

     Não entendo, meu amor

     Não entendo o perfume da flor

     Não entendo o sentido da vida

     Não ouço o som do amor

                         Faltam-me duas letras na vida

                         Falta-me o V de vem

                         Que não é pressentido

                         Falta-me o A de amor

                         Que não é ouvida

     Se eu sou a flor

     Se eu sou a vida

     Se eu sou o amor

     Se eu sou o viver

     Por que não te encontro eu

     Dentro deste céu, neste amanhecer?




                                                             Júlia Miguel
         ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008
40
OS TEUS BRAÇOS ME ABRAÇAM




        Os teus braços me abraçam

        Numa tentação invulgar

        Será isso paixão

        Ou ódio de amar?



        Não nos parecemos com Camões

        Muito menos com Eça

        Mas temos tantas ambições

        Que nem vos passa pela cabeça




                                                             Mário




     ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008
41
O

     O que

     O que é

     O que é o

     O que é o amor

     Perguntei!

          Ninguém me respondeu

                  Uns entreolharam-se

                  Outros riram...




     Verifiquei

                  Que todos a dizem

     Mas poucos a conhecem

     Esta palavra AMOR

     Pequena e grande

     Que vai continuar a ser

     Para mim e par vós

                  Uma incógnita




                                                           Paula Cristina



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42
O MUNDO TODOS OS DIAS



     O Mundo todos os dias vira e revira

         Uns nascem outros morrem...

         É a roda da vida



     A vida é um sim

       É um não

       É uma pergunta sem resposta

       É uma interrogação



     Solidão é...

           Um vazio dentro de mim

           Uma dor que dói sem doer

           É tudo o que não consigo descrever




                                                           Paula Cristina




         ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008
43
ONDE ESTÁS, SENHOR?



     Procurei-Te entre as nuvens, entre todas as estrelas do céu

     E entre os raios do Sol numa manhã de verão




     Procurei-Te por muitos cantos desta gigantesca casa azul

     A que chamam Mundo

     Julguei-me não merecedora de Vós, Senhor!

     Mas um dia, Senhor, olhando-me ao espelho

     Encontrei-Te




     Tu eras o brilho e a vida daqueles olhos pequenos

     Que eu via através do espelho

     E então compreendi

     Que Te procurei nas trevas

     Tendo a luz tão próxima de mim...




     Olhei à minha volta e encontrei o Senhor nos sorrisos

     E nas lágrimas dos rostos humildes e sinceros

     Das pessoas que me rodeiam

     Nas coisas mais simples e Mais preciosas



        ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008
44
De uma pequena semente, Senhor, começou a nascer uma árvore

     Que cresce lentamente e vai ocupando

     Um enorme espaço na minha alma e coração




     E agora peço-Te, Senhor

     Que me dês força e coragem

     Para eu tratar, cuidadosamente desta árvore

     Alimentá-la e dar-lhe a Luz necessária

     Para ela florir e dar fruto




     Depois eu colherei e distribuirei esse fruto por todos

     Aqueles que tenham fome da vida e sede de Vós, Senhor!




                                                              Paula Umbelina




         ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008
45
AMAR



     Amar...

     Amar não é ficar acordada

     A sonhar



      Amar…

     É ficar a chorar

     É tentar

     É ir para a frente

     Lutar!



      Um dia o amor perguntou ao ódio

     - Ódio, por que odeias tanto?

                                E o ódio respondeu:

     - Talvez porque um dia amei demais!




                          Se um dia pensares

                          Que não és ninguém neste Mundo

                          Não desesperes!

                          Lembra-te que és o Mundo

                          De alguém e que esse alguém

                          Sou eu!




                                                           Paula Umbelina



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46
QUANDO EU PARTIR



     Quando os meus olhos

     Prestes a fecharem-se

     Te disserem um último adeus

             Olha as estrelas, Amor

             E recorda o brilho dos olhos meus



     Quando eu, já fria

     Não aquecer as tuas mãos

     Olha o sol, Amor

            E nele encontrarás

            O calor do meu corpo



     Quando a minha boca se fechar

     E não puder beijar-te mais

     Abre os teus lábios, Amor

             E recebe a minha brisa

             Ela dar-te-á os meus beijos



     Quando te sentares sem força

     Para olhares as estrelas, o Sol

     E abrires os lábios à brisa

                  Tenta escutar

                  O murmúrio do Amor



                          Amor, ouvir-me-ás a chamar-te

                          Esperando por ti no Infinito!...

                                                             Paula Umbelina
         ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008
47
AMIZADE



     A Amizade é como o Sol que brilha

     Numa manhã clara



     Por vezes o vento e as nuvens destroem

     A sua beleza ...



     ... Mas mesmo que as lágrimas brotem

     Nas tuas faces

     Não desistas!



     A Amizade é o único horizonte

     Que os homens

     Com armas não podem destruir



                        Estou feliz e tenho o coração

                        Cheio de alegria

     Por pensar que gostas de mim



                            Se todos estes sonhos

                            Fossem realidade

                            Então a vida seria

                            Um berço cheio

                            De lindas flores




                                                         Paula Umbelina


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48
AMOR ERRADO



     É como procurar

     O que não se encontra



     É como querer

     O que não se pode ter



     É aniquilador

     Mas é mesmo assim

     Assim é o amor

                                           Crer e não poder ter

                                           É chorar a solidão

                                           Mas não será morrer

                                           Porque se continua a ter

                                           Coração



     A timidez

     Problema parvalhão

     Muitas vezes vagabundo

     Intrometendo-se no coração



     Outras vezes fica mudo

     Não deixando falar

     O coitado do coração



                                                          Pedro Manuel


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49
TEMPO

     Nestes tempos

     Não há momentos

     Para amar

     Nem para falar



     Mas há tempo

     Para matar

     Tempo para guerrear

                                        ENGANAR-ME

                                        Eu amo-te

                                        Mas não sou capaz de to dizer



                                        Será que não sou corajoso o suficiente

                                        Para te falar?

                                        Ou serei tímido demais?...



                                        Se calhar não é amor o que sinto por ti

                                        Mas sim um grande carinho e amizade



                                        Será que eu estou a escrever isto só

                                        Para me enganar a mim mesmo?



                                        É que afinal o que sinto

                                        Até pode ser amor ?...



                                        Só que eu não tenho coragem de o admitir

                                        Sou tímido demais!...

                                                                               Quim
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50
ANGÚSTIA



     Cheguei

     E senti qualquer coisa dentro de mim

     Um aperto no coração

     Como se fosse tristeza… medo

     Medo de que algo me acontecesse



     Algo que me acontecesse de muito mau

     Quando ali cheguei

     Senti




                          TRISTE



                          Finjo estar alegre

                          Mas na verdade não o estou



                          Tenho que estar alegre

                          Porque a verdade é triste



                          A verdade que é a minha vida

                          É um reboliço

                          Por isso eu finjo sentir

                          O que não sinto

                          E desvio a tristeza

                          Para não me sentir só



                                                                Quim
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51
PORQUÊS

       Porquê tanta mesquinhice

       Porquê tanta parvoíce

       Porquê tanta estupidez

       Porquê tanto fingimento

       Porquê?

       Gostava eu de saber

       Por que tenho eu tantos porquês!?

                                                         ASSIM NÃO

                                                  Estou farto

                                                  De fazer tudo escondido

                                                  Estou farto

                                                  De mentir

                                                  Estou farto

                                                  De falar

                                    Mas o que eu falo ... ninguém ouve

                                    Por que é que estão a gritar

                                    Demasiado para me ouvirem?

                                    Serão malucos?

                                                  Não. Eu acho que não!

                                                  Por isso me vou escondendo

                                                  Até me fartar

                                                  E poder dizer

                                                  Que: - Assim? Não!

                    E será que me vão ouvir?

                    Talvez eu tenha que lhes fazer frente

                             Porque se calhar

                             Só então me irão escutar!                      Quim


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  52
FARTO



            Apetece-me sair daqui

            Porque não aguento mais

            Este barulho!



            Não aguento os gritos, os berros, os choros

            Sinto-me mal aqui!



            Apetece-me acabar de vez com isto

            Mas falta-me a coragem



            Mas quando a tiver

            Será o fim!




                                                             Quim




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53
AMOR É ALEGRIA



     Amor é alegria

     Amor é sofrimento

     Amor é beleza

     Amor é uma coisa no coração

     Que até agora ninguém conseguiu definir



                         Veja se o consegue fazer!



                                               AMAR

                                       Amar

                                       Amar não sei

                                       Mas queria que me ensinasses

                                       Mas se tu também não sabes...



                                       Então estamos iguais

                                       Mas não fiquemos parados

                                       A olhar um para o outro

                                       Como se não nos conhecêssemos



                                       Vamos mas é aprender

                                       Um dos maravilhosos dons

                                       Que Deus nos pode oferecer

                                                                  AMAR!



                                                                    Rosa Baleiza
                 ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008
54
AMOR




     Amor

     É uma sensação que nos toca

     Uma sensação deliciosa

     Que não se sabe explicar



     Amor

     É um sorriso nos lábios

     Mesmo quando a vida não no-lo favorece



     Amor

     É um sentimento que nunca se deve apagar




                                                        Rosa Baleiza




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55
AMANHÃ



     Amanhã

     Perguntarei ao tempo

     O segredo do Inverno!



                                Nunca o amanhã chegará

                                Se não recordarmos o ontem!



     O tempo é uma criança

     Ora chora ora ri!



                              Nunca percas tempo

                              À espera de uma resposta

                              Porque o tempo prega partidas!




     Nunca confies no tempo

     Para marcar um encontro!




                                Mesmo que não tenhas tempo

                                Na vida

                                Arranja um minuto para amar!




                                                               Rosa Baleiza
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56
NATAL É...

                                                Natal é

                                                Estrelas a brilhar

                                                Piscando à luz do luar

                                                É

                                                Sinos a tocar

                                                Nas torres da igreja

                                                É

                                                Um pinheiro enfeitado

                                                De multicoisas

                                                É

                                                Folhas de azevinho

                                                A dominar o ambiente

                                                É

                                                Embrulhos decorados

                                                Com o maior dos cuidados

     NATAL

     É

     Uma festa farta de tudo o que é bom

     De filhós, azevias, rabanadas, aletria

     É

     Crianças a sorrirem

     À volta dos seus familiares

     Como um presépio

     Que o homem inventou

     NATAL
     É
     Um dia como os outros
     Mas... com um pouco menos de egoísmo

                                                                         Rosa Baleiza

                  ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008
57
OLHEI-ME AO ESPELHO



     Olhei para o espelho

     Um reflexo eu vi

     Vi a tua imagem

     E o teu corpo em mim



                                      Ao darmos as mãos

                                      Junto à praia infinita

                                      Deste-me um beijo

                                      E eu fiquei

                                      Tão aflita




     A Cinderela ganhou

     O seu Príncipe encantado

     O que é que eu tenho que fazer

     Para ganhar um namorado



                                      A chuva ao cair na janela

                                      Disse-me assim:

                                      - Não chores minha amiga

                                        Porque eu choro por ti!




                                                               Rosa Baleiza


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58
ONDE ESTÁS, SOL?



     Onde estás, Sol

     Que iluminas a minha vida?



     Onde te escondeste?

     Vem comigo!

     Vem, de novo, iluminar-me!



                                           A vida é uma piscina

                                           Uns nela sobrevivem

                                           Outros nela se afogam



     A vida é como o Lua

     Umas vezes está cheia

     Outras vezes está vazia



                                           Para o Mundo

                                           Tu és apenas

                                           Mais uma pessoa

                                           Para mim

                                           Tu és o meu Mundo




                                                      Vanessa Monteiro




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Poesia Seomara 1989

  • 1. ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 1
  • 2. Era Outubro. O ano começava. Chegámos todos à sala número sete, espaço que nos iria abrigar até ao final de mais uma etapa, cuja meta seria só, será só em Junho. Vindos de vários lados, trazendo experiências diferentes, deixámos para trás as nossas amizades, que ficaram noutras Escolas… E foi então que o Técnico-Profissional nos reuniu, os desconhecidos… E dentro desta sala número sete p3, olhámos, desconfiados, para as paredes nuas e tão desamparadas como nós - sentimos uma enorme vontade de dizer: Não! Depois vieram os professores. Um a um, trazendo projectos… Falavam. Perguntavam. Tentavam uma comunicação bilateral. Mas nós, nada! A nossa “conspiração do silêncio” deveria prolongar-se por mais algum tempo. Íamos esboçando um sorriso pouco seguro, pendurávamos os cabelos sobre o bloco onde registávamos as aula e … E eis que, na aula de português nasceu a ideia de se começar a escrever frases bonitas, sobre não importa o quê… Era um truque para forçar a saída de emoções. E a frase nasceu. Nasceu como um riozinho frágil, envergonhado. Pouco a pouco as frases transformaram-se num caudal poético. Hoje somos dezasseis amigos. Somos comunicativos. Reencontrámos a nossa vivacidade e o prazer de conviver. A nossa sala já não está nua. As suas paredes estão cheias de flores que são os nossos sonhos. Descobrimos a beleza da palavra. Descobrimos que só ela expressa a nossa indiferença, a nossa raiva, o nosso Amor. Se ser-se poeta é ser-se maior, nós gostaríamos de ter a alma grande, de conhecer a magia da nossa Língua Portuguesa para com ela vencermos as barreiras que se levantarão à nossa frente, quando abandonarmos este espaço… ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 2
  • 3. SÓ PARA TI…COM TODO O AMOR! O homem não deve chorar Não se deve prender a ilusões ou aventuras… Quando a Tristeza encher Os meus olhos E a Solidão me correr As veias do coração… Estarei sem Amor A sofrer, a esperar… Por ti! O nosso Amor há-de chegar Para juntos percorrermos De mãos dadas O mesmo caminho!... Alexandra Carvalho ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 3
  • 4. FELICIDADE Felicidade É água do mar na pele … O calor do sol nos olhos que não vêem … É a beleza de uma nova flor … Felicidade É pensar, escolher, sentir, amar Ir abrindo o nosso coração, cada vez com menos medo Não necessitando de nos agarrarmos A seguranças ou defesas Felicidade É um amar cheio de calor e luz … É saber que alguém é feliz com a pessoa Que ama, que adora … Porque assim eu sou feliz também! Alexandra Carvalho ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 4
  • 5. AMOR No pequeno jardim Um colorido rio delicado corria… Como fiozinhos de luz que se alastravam Penetrando sobre uma flor que desabrocharia Momento a momento, em mim se passavam… As sensações mais belas E essa flor irradiaria Um perfume feito de Romance, Surpresa! Prazeres esses que insinuavam… A Beleza, a maneira mais Simples e Pura Que eu descreveria… Um sentimento tão Belo e Lindo como o Amor! Alexandra Carvalho ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 5
  • 6. A POESIA A poesia! Coisa maravilhosa e pura Feita pelo pensamento Feita pelo coração Desperta palavras simples… Que valem tudo Tocam profundamente A poesia! Momento de esperança… De amor… De felicidade… Por vezes dedicado a alguém, Com muita paixão. A poesia! É o chamar por uma alegria Que dominará mentes e sonhos… Cheios de ilusão É o responder de uma loucura Que chegará num dia de sofrimento… Num dia que o sol Não virá Ficará escondido Alexandra Carvalho ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 6
  • 7. PARA QUÊ PROCURAR A FELICIDADE Para quê procurar a felicidade Se ela está contida em nós… Dentro do nosso coração! A vida é uma flor que nasce!... Uma criança que sorri A vida é amar é ser feliz!… A minha visão favorita, de ti… É a que trago dentro do meu coração Tu és como o sol! Tens brilho próprio! Todos os dias o sol desaparece Com a promessa de voltar… Para mais um dia Que espera ser agradável! Alexandra Carvalho ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 7
  • 8. PENSAMENTOS Por vezes fico longe da vida Chego até a acreditar que não vivo por cá e De repente, acordo e tudo recomeça…barulho Ódio, falsidade de outros, adornos misturados Fazem com que eu deseje cada vez mais invadir-me Deste planeta louco chamado Terra!!! Ah! Só que eu não iria sem te levar comigo Que tal irmos juntos descobrir um planeta? Sonhos, sonhos? Alexandra Flores ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 8
  • 9. AMOR Todo o mundo já sentiu Milhares ainda o vão sentir Ver, ainda ninguém o viu Não há quem lhe possa fugir Mas o que é? O que será? É o amor, está bom de ver!! Só quem está apaixonado Pode dizer a verdade Falar de amor é comum Estar apaixonado é invulgar. Amor assim tanto amor Como o nosso nunca vi Amar assim como nós Só nos romances eu vi O amor é sublime Quando é sentido assim Meu amor por ti é firme E o teu amor por mim? Alexandra Flores ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 9
  • 10. ANO 1989 “MENSAGEM” Que o Ano de 89 lhe traga satisfação Que tenha muita saúde e Amor no coração Pense em construir a Paz no Mundo que o rodeia Se fosse assim toda a gente Haveria Paz na aldeia Muitas aldeias assim fariam o Mundo melhor E todos diriam por fim É bom viver em Amor!!! NATAL Natal é Amor Natal é nascimento Natal é a ruga teimosa Nos anos da vida Natal é a paz Nesta guerra descabida!!! Palavra “Amizade” Passam anos, séculos até! Amizade é uma palavra linda Gerações e gerações Quando dita com verdade Mas a Amizade fica, sempre É dos mais nobres sentimentos Em nossos corações. Que existe na Humanidade. Alexandra Flores ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 10
  • 11. Na calmaria deste rio, que é Novembro Navego e permaneço Na harmonia deste doce Outono Me encontro E é em seu leito que adormeço …Tu…Todo aquele ser por quem estremeço Por quem choro e reconheço Tu… Todo aquele ser que toda me alcança Todo aquele ser por quem lonjuras corro… Pois “Quem corre por gosto, não cansa” CHOVE Chove Em cada gotícula translúcida Vai um pouco de mim Que invade as estradas … Os tão longos caminhos que têm vida Choro. Em cada lágrima vai a minha angústia Que invade o meu corpo Em que transporto a minha alma infeliz. E nestas ruas … Um imenso mar de lama Chove … E cada vez mais Como se essa água destilada Quisesse lavar o meu sangue … Ana Paula Costa ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 11
  • 12. O TOCAR DO TELEFONE Não quero … Não quero ouvir O tocar do telefone Para que o meu coração não retome O seu ritmo apaixonado E eu existo e medito E me fico pela insignificância De aceitar que te quero Não quero ouvi-lo E vibrar e sentir-te E não resistir a lembrar Tudo o que foi E em mim perdura Mas não desligo o meu telefone Pois tenho medo, tanto medo Que passe tempo, muito tempo Sem que o teu toque se ouça … E me preencha Sem que o sinal da tua vida Me encoraje de viver …Sem sentir que me procuras Pois mesmo sem que o atenda Tu sabes Jamais deixarás de saber… Que sempre te espero Ana Paula Costa ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 12
  • 13. Sei… Sei Sei Que tudo se acaba Sei que em mim pensas Quando mais não há Nesta noite fria Sei Sei Porém temos mundos Que a minha imagem Nada acabará Hoje te alumia Nós somos um E que esta chuva E um só, imenso Te recorda, então, Dentro um do outro Todos os momentos Neste vago extenso Da nossa paixão Sei Sei Sei que talvez sonhe Sei que alto me chamas Não querendo acordar …dantes respondia Sei Sei Se sempre sonhámos Que sempre soubeste Por que terminar Que isto assim seria Se nesta noite escura …Que tal te empobrece O próprio luar E que te destrói Se apresenta triste O que o amor oferece Por nos ver chorar? Ao perder-se, dói …Mas que tudo sei Sei Que um belo dia Sei que nada sabes O sol brilhará Sobre o meu saber Mais lindo sonho Sei Nos envolverá Que louco me procuras Se o teu orgulho Em todo o teu ser Mais o meu orgulho E que não encontras Forem dois peixinhos Mais do que razões Perdidos no mar Porque destruímos Sei… que iremos amar Os nossos corações Ana Paula Costa ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 13
  • 14. NAQUELE DIA Frio…. O frio que sentia Naquele dia… E permanecia ao relento Naquele momento E via as árvores, o sol, o Inverno Que viria… naquele dia E dentro… a paz, o presente, a lentidão… Condição deste mundo lento Que o era… naquele momento Frio… O frio gelava o vento Naquele momento… E o meu intento… o de ficar fria Naquele dia E buscar o pensamento, que fugia Com o vento… naquele dia E dentro… a divagação, a vadiagem… Imagem desta vadia Que o era… naquele dia Ana Paula Costa ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 14
  • 15. NÃO ME PERGUNTES Não! Não me perguntes por que te quero…não sei! Mas quero-te de uma tal forma Que toda esta força me mantém Não! Jamais me perguntes como… quando… Eu somente sei Que te ganho, não perguntando Os porquês que o amor tem Da mesma forma que o silêncio o faz Não me perguntes, se fores capaz Porque da maneira que, sem saber Aceitaremos o doce calar Seremos livres em nosso viver Logo vai nascer a fórmula para amar E do mesmo jeito que ambos aprendemos Não me perguntes, assim sentiremos Que a dúvida se desvanece Que a confiança, enfim, floresce Que vence um amor sincero Então sente os instantes, sem viver em vão Não saibas palavras de interrogação… Não! Não me perguntes por que te quero! Ana Paula Costa ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 15
  • 16. PROIBIÇÃO SENTIMENTAL A fúria e a rebeldia Com que escravizo a minha vontade E rejeito beber a tua imagem… A bruta luta Que em meu desejo travo Para não sentir Tão louca miragem O grito infindo E me afasto sem falar, Que ao sofrer me traz Com expressões mudas de dor Faz-me ser capaz O quão bravo é o mar De banhar em ódio toda a frustração Que nasce ao chorar De rasgar, violenta, o meu coração Por tão grande amor Que procurou até então… a Paz Na morte fictícia Uma condenação… Do nosso teatro A revolta mortal de te dizer não Inventei a arma De sentir-te perto Planeei o fim E não poder ter … Como me firo com profundos golpes Mais que um deserto Como proíbo os teus olhos em mim! Onde finalmente morrer … Ou caminhar em vão Ana Paula Costa ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 16
  • 17. A força da vida Existe no tempo No tempo embalo O meu pensamento Peguei no meu pensamento E atirei-o para a lua Agora sou eu pelo ar A gora sou eu, sou o luar. A força da vida Em todo meu ser É um sentimento de esperança E no meu pensamento Um sentimento de mudança No repouso do meu leito Peguei no meu pensamento Na escuridão que me envolve E atirei-o para a lua Na angústia da solidão Agora sou eu pelo ar Penso no teu olhar distante Agora sou eu, sou o luar A minha paixão ardente Uma folha de papel O meu pecado e o meu juízo Uma gota de tinta O meu sentimento sincero Uma lágrima no rosto Por alguém desconhecido Quando me sentia perdida Uma folha de papel Um poema de amor Uma afeição que carece De todo o meu calor Ana Paula Ferra ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 17
  • 18. Só mesmo um dia como Hoje para me sentir assim A felicidade não está comigo Um vazio…Choro por ti Melhores dias virão Eu sei que sim Os dias não são iguais A realidade, a verdade Sou tua para a eternidade Uma flor sem pétalas Uma rosa ou um malmequer? Um coração partido Pela seta do Cupido Eterna saudade Quero estar contigo Ana Paula Ferra ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 18
  • 19. VOAR Sou um pássaro sem asas Que gosta de voar Na imensidão da tua alma Para te poder amar PENSAMENTO Esta palavra deforma Pelo uso da consciência Estas palavras sem asas Que voam na nossa inteligência ESTAÇÃO As folhas caíram As aves partiram O vento mudou E o Outono chegou Ana Paula Ferra ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 19
  • 20. A poesia É a furiosa Tentativa De pintar a Cor do vento Uma flor Uma cor Uma história Contada com amor Eis a fórmula Mágica para aqueles Que mais amamos Ficarem connosco Pergunta Para todo o sempre Mais que um som Uma tentativa Para dar som à vida Através dela Obtemos uma resposta Na velhice Nem sempre Se perde a juventude Mas sim se transfere Perdida na imensidão Do rosto para Da minha casa O coração Paira o clima de Todo o meu amor Através da janela Um sol radioso Invade o meu pensamento Quando penso em ti Ana Paula Ferra ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 20
  • 21. Não confies no vento Que ele revela os teus segredos às Árvores! As abelhas são a Doçura das flores Tu, por quem padeço Desordem da minha vida Esta que quer viver Fazer-se ouvir Este sentimento doce Não correspondido O meu coração desfeito Verdade que tu não vês A tua serenidade que me fere A pazada de cinza que tu deitaste Sobre o meu amor Dans ma ville Tout est beau Des jardins fleuris Qui nous donnent la vie Tu es ma fleur Tu es ma vie Je t’aime Je t’aime Ana Paula Ferra ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 21
  • 22. Será este um natal De paz? Um natal diferente? Porque não? Que tal… desistirmos da guerra? Reflectirmos dentro do coração? Tão docinho e tão redondo Resposta positiva, tão desejada Passas, frutas é o que tem Mas ainda não conseguida Não há quem não goste Há homens que pelo poder Do famoso bolo rei. Preferem perder a vida Tão linda e tradicional Dentro dos nossos olhos Com os seus efeitos a brilhar A desgraça, a solidão Com o seu aroma nos envolve Que se pode ver no Numa surpresa matinal Dia a dia, através da televisão A desgraça, a solidão No seu verde o algodão É uma lágrima materna A brancura faz realçar Mais um filho se perdeu Não há sombra de dúvida Por uma razão efémera É a árvore de natal Ana Paula ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 22
  • 23. A doçura de um raio de sol matinal É como uma carícia esperada…! Já é Outono E hoje o sol não veio! O Sol ! Por que não viria ele? Tarde nevoenta e baça Há salpicos de chuva E nuvens que se atropelam Umas às outras! Carla Maria ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 23
  • 24. IMAGINANDO Vou dar largas à imaginação Para aqui versos escrever Mas sinceramente hoje não Não me está a apetecer Será à noite que a inspiração está presente? Não sei se será verdade... Hoje para mim ela está ausente E já é bastante tarde Vou fazer mais um esforço Para algo conseguir Mas já me dói o pescoço Acho que vou dormir Carla Maria ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 24
  • 25. NÃO TEMAS Não temas em dar todo o teu amor A quem dele necessita E para quem esse amor É a coisa mais importante De uma vida de desencontros Não receies afundar-te no meu amor E naufragar na minha vida Se isso acontecer serás feliz E farás feliz todo o meu ser Mas se desse destino fugires Podes contar sempre Com o meu olhar amigo Um sentimento que nunca irá morrer Em mim Mas que ficará adormecido Numa triste esperança Carla Maria ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 25
  • 26. DESTRUIÇÃO E se o mundo Acabar Não existirá Nem mais amor Nem liberdade Nem sequer A saudade E nem homens haverá Para contar a história Da nossa auto-destruição! Nunca houve memória Deixem-nos saltar De tão grande conflito E lutar Como o dos nossos dias Mas olhem para o Mundo Os mísseis e as bombas Que pode acabar E pode ser o fim De um momento para o outro Do que levou tantos anos a criar! Só com uma bomba nuclear! Catarina ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 26
  • 27. DESESPERO Mergulhou num abismo de sofrimento Numa agonia Como nunca experimentara Era inútil tentar detê-lo Lágrimas como aquelas Ardentes e amargas Não podiam guardar-se Suportara muito, durante muito tempo E a resistência Ia quebrar-se finalmente Sentiu-se fraco Mas ainda com vida Para “pegar” na coragem Para olhar para a mão armada …Para dizer ADEUS… Ester Relvas ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 27
  • 28. SONHAVA Sonhava, decerto E não tardaria o despertar Mas sentia-me tão bem assim Era tão delicioso o seu olhar Que me deixei ficar muito quieta Com receio de que a maravilhosa Miragem se desvanecesse Tinha medo de acordar… Então caí em mim E o sabor que senti Foi o da realidade Fixava-me carinhosamente Com aqueles olhos Que o desgosto Me proibira de esquecer Ester Relvas ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 28
  • 29. AMAVA-O… Ele estava perto … Sentia-o… Só de pensar que iria vê-lo Sentia-se desfalecer O seu corpo tremia A resistência quebrava-se Mas à medida que o tempo passava O desejo da sua presença Mais ardente se tornava Vê-lo… Agora que sabia que o amava - Sim, Amava-o! Tinha por ele um amor infindo Um sentimento vasto E muito diferente daquele Que julgava ser a amizade Amava-o… Não tinha esperança Nem vontade de fazer algo Para se libertar desse sentimento Amava-o!... Ester Relvas ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 29
  • 30. A FLOR Continuava indecisa Entre o murchar e o viver O ambiente era Intensamente branco! As grades Eram fortemente lisas! Eles Eram essencialmente brutos … …A luz do sol Estupidamente negra … O movimento Era Fantástico!? Ah! O aquele sentimento asfixiante!… Continuava indecisa Entre o murchar e o viver… Gritou de novo: - Olhe para as gaivotas, fixamente! Durante uma estação da vida E de preferência Quando pensar nisso! Helena Cardoso ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 30
  • 31. A INVENÇÃO DO TEMPO Eu queria inventar o tempo Um tempo diferente Do hoje - ontem - amanhã E tu Deus? Que Deus és tu que desenhas e … Vivo agora em França Não pudeste ir mais além Comprei um castelo Daquilo que criaste? E seis leopardos porque É tão aventureiro Agora imagina … que crueldade Viver-se no meio da Natureza! De árvores abatidas! Aqui não há formigueiros Aprende-se muito Nem roupas de Musselina Com os princípios e os fins … Livres em plena Natureza !... O único reduto da serenidade Continuamos sempre em busca Imemoriada pelo chão … … Mas há tanto por onde escolher! A discussão, a infelicidade e as letras Descansamos, enfim, Pensamentos intensos na luminosidade Índices de anti-cristos E no relevo Quando quiseres Sabes onde é o meu castelo! Helena Cardoso ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 31
  • 32. NÃO SEI SÉ É VERDADE Não sei se é verdade … Quando me olhas Não sei o que sinto! É algo de bom De novo É um calor que aquece todo o meu ser O teu olhar mergulha em mim Sei que tentas comunicar-me algo Não sei ler o que é … Não sei se é verdade Dizes-me qualquer coisa! Os meus gestos acumulam-se Perante o teu olhar! … Não consigo decifrar … é bom demais!!! Só sei que te adoro e não sei nada mais! Perante o teu olhar! .. Não sei se é verdade … A luz dos teus olhos É pura e simplesmente fascinante! Helena Cardoso ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 32
  • 33. MESMO SE EU ESTIVESSE NO PARAÍSO Mesmo se eu estivesse no Paraíso Rodeada pelas flores mais lindas E pelo perfume mais belo Seria insuportável viver sem ti! Helena Cardoso ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 33
  • 34. A viagem a Rio Maior Decorreu com muita alegria Só faltou a professora de Português Com a sua poesia Não é só de alegria Que se faz uma excursão Mas sim da poesia Que temos no coração ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 34
  • 35. NÃO SEI QUE FAZER Não sei que fazer Mas estou a tentar Mesmo que consiga Não vou conseguir acabar Tanta coisa para te dizer Mas não sou capaz de te falar Apenas me resta viver Na esperança de te amar Jacinto António ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 35
  • 36. CONJUGAÇÃO Sou um tudo do nada que atravesso Sou um nada do tudo que mereço Sou um tudo do nada que vejo Sou um nada do tudo que olho Sou um tudo do nada que existe Sou um nada do tudo que persiste Sou eu sem saber o porquê Sou tu quando não te encontro Sou tu quando te olho por aí Sou eu quando não me sinto aqui Eu e tu vivendo por aí Sempre desencontrados por aqui Sou tu Sou tudo Sou eu Sou nada Sou o Mundo Tenho o Mundo Tenho o nada Tenho o eu Tenho o tu Tenho o nós e a madrugada Apenas nesta folha imaginada Júlia Miguel ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 36
  • 37. SE EU FOSSE POETA Se eu fosse poeta Oh, se eu fosse poeta Oh, se eu fosse poeta Cantaria este domingo de Páscoa Falaria com as cores do mar Como só os poetas sabem cantar Cantaria com as ondas Se eu fosse poeta Se eu fosse poeta Oh, se eu fosse poeta Oh, se eu fosse poeta Estenderia os braços Pintaria no longo muro da vida Até tocarem no azul do infinito Todos os recortes do Oceano E uma voz tímida Preencheria a tua ausência Cheia de música e de amor Com as coisas que eu sinto Docemente te confessaria: Com as coisas que eu amo Amo-te Mundo Se eu fosse poeta Se eu fosse poeta Oh, se eu fosse poeta Oh, se eu fosse poeta Correria pelo Mundo fora Com os olhos postos Como louca, à tua procura Nos céus desconhecidos Atravessaria desertos e florestas Aos Deuses perguntaria: A noite e o dia Quem sou eu? O dia e de novo a noite Até que os sinos Dobrassem de alegria J.M. ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 37
  • 38. ESTRADA E crianças nasceram E veio a estrada E crianças endureceram E homens nela correram À espera de um balão Apressados, desarticulados E momentos de verde inocência E veio uma ambulância E de pureza tornara-se violência E a sirene apitou A bomba sufocou a cor da adolescência A multidão não se afastou E o Mundo esqueceu a relva que renascia E homens mudos continuaram E a flor ardeu no fogo da ignorância E o caminho de infância A guerra do desamor alastrou Atrás dos homens que se perderam E a multidão a passar insensível E o dia nasceu rápido E a criança aflita chorou E o almoço e o jantar A falta de tempo não teve tempo de a ver Atravessaram o lugar biológico E a estrada continuou sem sentido E a noite queimou-se só E o homem a correr: “não tenho tempo a perder” E a solidão envelheceu A fila de espera do autocarro fez-se estátua A imaginar uma pista de dança E o autocarro passou E a ciência inventou tudo E a fila em estátua entrou E a técnica adiou, salvou, matou A senhora carregada de tempo desmaiou A vida sempre a correr E ninguém teve tempo de adiar o fim E a cidade encheu-se de gente E ninguém teve coragem de o enfrentar E gente desintegrou-se na cidade A noite regressou a grande velocidade A traçar ilusões cósmicas ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 38
  • 39. E o sonho foi cortado E o homem-electrónico reinou E o relógio agitou o Mundo E a máquina não entendeu a fórmula do amor A manhã correu, lavou-se e fugiu A vida sempre a correr E o amor fez-se contra o tempo E a chave abriu a porta E a morte do amor a lavrar E a hora de entrada colou-se à de saída A estrada a curvar-se, a apertar-se A semana devorou-se E a máquina-homem empalidecendo, sucumbindo E o sábado continuou sem mudança E a ambulância sempre a correr E o domingo voou, fluídico, irrealizável E a sirene a cortar a cidade com gritos A vida sempre a correr E a noite a regressar E não teve um momento para viver E ninguém tem tempo de a beijar E não viu o Pôr-do-Sol amando A cidade em estátua divaga, surda, empedrada A vida passou ao lado da vida E o desamor a corroer o rosto da rua E as noites falsificaram os dias E a cidade a desconhecer a criança e a lua E a imagem do sonho a devorar A estrada sempre a correr, a apertar A noção tempo perdeu-se para lá da luz A vida na estrada da ciência crua E tudo continuou a correr A minar o perfume das coisas simples E a estrada desviou-se do caminho A morrer, lentamente A incerteza e o medo fossilizaram o E a estrada sempre a pensamento fugir Sem saber E a confusão reinou na estrada Sem se ver E a filosofia não serviu para nada A teoria sempre a correr sem saber Júlia Miguel ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 39
  • 40. O QUE É VIVER, MEU AMOR? O que é viver, meu amor? Viver é amar Viver é sentir a vida Viver é renascer O que é vida, meu amor? A vida é o amor A vida é o perfume de flor O que é um perfume, meu amor? Um perfume és tu Um perfume é a vida Não entendo, meu amor Não entendo o perfume da flor Não entendo o sentido da vida Não ouço o som do amor Faltam-me duas letras na vida Falta-me o V de vem Que não é pressentido Falta-me o A de amor Que não é ouvida Se eu sou a flor Se eu sou a vida Se eu sou o amor Se eu sou o viver Por que não te encontro eu Dentro deste céu, neste amanhecer? Júlia Miguel ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 40
  • 41. OS TEUS BRAÇOS ME ABRAÇAM Os teus braços me abraçam Numa tentação invulgar Será isso paixão Ou ódio de amar? Não nos parecemos com Camões Muito menos com Eça Mas temos tantas ambições Que nem vos passa pela cabeça Mário ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 41
  • 42. O O que O que é O que é o O que é o amor Perguntei! Ninguém me respondeu Uns entreolharam-se Outros riram... Verifiquei Que todos a dizem Mas poucos a conhecem Esta palavra AMOR Pequena e grande Que vai continuar a ser Para mim e par vós Uma incógnita Paula Cristina ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 42
  • 43. O MUNDO TODOS OS DIAS O Mundo todos os dias vira e revira Uns nascem outros morrem... É a roda da vida A vida é um sim É um não É uma pergunta sem resposta É uma interrogação Solidão é... Um vazio dentro de mim Uma dor que dói sem doer É tudo o que não consigo descrever Paula Cristina ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 43
  • 44. ONDE ESTÁS, SENHOR? Procurei-Te entre as nuvens, entre todas as estrelas do céu E entre os raios do Sol numa manhã de verão Procurei-Te por muitos cantos desta gigantesca casa azul A que chamam Mundo Julguei-me não merecedora de Vós, Senhor! Mas um dia, Senhor, olhando-me ao espelho Encontrei-Te Tu eras o brilho e a vida daqueles olhos pequenos Que eu via através do espelho E então compreendi Que Te procurei nas trevas Tendo a luz tão próxima de mim... Olhei à minha volta e encontrei o Senhor nos sorrisos E nas lágrimas dos rostos humildes e sinceros Das pessoas que me rodeiam Nas coisas mais simples e Mais preciosas ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 44
  • 45. De uma pequena semente, Senhor, começou a nascer uma árvore Que cresce lentamente e vai ocupando Um enorme espaço na minha alma e coração E agora peço-Te, Senhor Que me dês força e coragem Para eu tratar, cuidadosamente desta árvore Alimentá-la e dar-lhe a Luz necessária Para ela florir e dar fruto Depois eu colherei e distribuirei esse fruto por todos Aqueles que tenham fome da vida e sede de Vós, Senhor! Paula Umbelina ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 45
  • 46. AMAR Amar... Amar não é ficar acordada A sonhar Amar… É ficar a chorar É tentar É ir para a frente Lutar! Um dia o amor perguntou ao ódio - Ódio, por que odeias tanto? E o ódio respondeu: - Talvez porque um dia amei demais! Se um dia pensares Que não és ninguém neste Mundo Não desesperes! Lembra-te que és o Mundo De alguém e que esse alguém Sou eu! Paula Umbelina ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 46
  • 47. QUANDO EU PARTIR Quando os meus olhos Prestes a fecharem-se Te disserem um último adeus Olha as estrelas, Amor E recorda o brilho dos olhos meus Quando eu, já fria Não aquecer as tuas mãos Olha o sol, Amor E nele encontrarás O calor do meu corpo Quando a minha boca se fechar E não puder beijar-te mais Abre os teus lábios, Amor E recebe a minha brisa Ela dar-te-á os meus beijos Quando te sentares sem força Para olhares as estrelas, o Sol E abrires os lábios à brisa Tenta escutar O murmúrio do Amor Amor, ouvir-me-ás a chamar-te Esperando por ti no Infinito!... Paula Umbelina ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 47
  • 48. AMIZADE A Amizade é como o Sol que brilha Numa manhã clara Por vezes o vento e as nuvens destroem A sua beleza ... ... Mas mesmo que as lágrimas brotem Nas tuas faces Não desistas! A Amizade é o único horizonte Que os homens Com armas não podem destruir Estou feliz e tenho o coração Cheio de alegria Por pensar que gostas de mim Se todos estes sonhos Fossem realidade Então a vida seria Um berço cheio De lindas flores Paula Umbelina ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 48
  • 49. AMOR ERRADO É como procurar O que não se encontra É como querer O que não se pode ter É aniquilador Mas é mesmo assim Assim é o amor Crer e não poder ter É chorar a solidão Mas não será morrer Porque se continua a ter Coração A timidez Problema parvalhão Muitas vezes vagabundo Intrometendo-se no coração Outras vezes fica mudo Não deixando falar O coitado do coração Pedro Manuel ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 49
  • 50. TEMPO Nestes tempos Não há momentos Para amar Nem para falar Mas há tempo Para matar Tempo para guerrear ENGANAR-ME Eu amo-te Mas não sou capaz de to dizer Será que não sou corajoso o suficiente Para te falar? Ou serei tímido demais?... Se calhar não é amor o que sinto por ti Mas sim um grande carinho e amizade Será que eu estou a escrever isto só Para me enganar a mim mesmo? É que afinal o que sinto Até pode ser amor ?... Só que eu não tenho coragem de o admitir Sou tímido demais!... Quim ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 50
  • 51. ANGÚSTIA Cheguei E senti qualquer coisa dentro de mim Um aperto no coração Como se fosse tristeza… medo Medo de que algo me acontecesse Algo que me acontecesse de muito mau Quando ali cheguei Senti TRISTE Finjo estar alegre Mas na verdade não o estou Tenho que estar alegre Porque a verdade é triste A verdade que é a minha vida É um reboliço Por isso eu finjo sentir O que não sinto E desvio a tristeza Para não me sentir só Quim ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 51
  • 52. PORQUÊS Porquê tanta mesquinhice Porquê tanta parvoíce Porquê tanta estupidez Porquê tanto fingimento Porquê? Gostava eu de saber Por que tenho eu tantos porquês!? ASSIM NÃO Estou farto De fazer tudo escondido Estou farto De mentir Estou farto De falar Mas o que eu falo ... ninguém ouve Por que é que estão a gritar Demasiado para me ouvirem? Serão malucos? Não. Eu acho que não! Por isso me vou escondendo Até me fartar E poder dizer Que: - Assim? Não! E será que me vão ouvir? Talvez eu tenha que lhes fazer frente Porque se calhar Só então me irão escutar! Quim ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 52
  • 53. FARTO Apetece-me sair daqui Porque não aguento mais Este barulho! Não aguento os gritos, os berros, os choros Sinto-me mal aqui! Apetece-me acabar de vez com isto Mas falta-me a coragem Mas quando a tiver Será o fim! Quim ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 53
  • 54. AMOR É ALEGRIA Amor é alegria Amor é sofrimento Amor é beleza Amor é uma coisa no coração Que até agora ninguém conseguiu definir Veja se o consegue fazer! AMAR Amar Amar não sei Mas queria que me ensinasses Mas se tu também não sabes... Então estamos iguais Mas não fiquemos parados A olhar um para o outro Como se não nos conhecêssemos Vamos mas é aprender Um dos maravilhosos dons Que Deus nos pode oferecer AMAR! Rosa Baleiza ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 54
  • 55. AMOR Amor É uma sensação que nos toca Uma sensação deliciosa Que não se sabe explicar Amor É um sorriso nos lábios Mesmo quando a vida não no-lo favorece Amor É um sentimento que nunca se deve apagar Rosa Baleiza ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 55
  • 56. AMANHÃ Amanhã Perguntarei ao tempo O segredo do Inverno! Nunca o amanhã chegará Se não recordarmos o ontem! O tempo é uma criança Ora chora ora ri! Nunca percas tempo À espera de uma resposta Porque o tempo prega partidas! Nunca confies no tempo Para marcar um encontro! Mesmo que não tenhas tempo Na vida Arranja um minuto para amar! Rosa Baleiza ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 56
  • 57. NATAL É... Natal é Estrelas a brilhar Piscando à luz do luar É Sinos a tocar Nas torres da igreja É Um pinheiro enfeitado De multicoisas É Folhas de azevinho A dominar o ambiente É Embrulhos decorados Com o maior dos cuidados NATAL É Uma festa farta de tudo o que é bom De filhós, azevias, rabanadas, aletria É Crianças a sorrirem À volta dos seus familiares Como um presépio Que o homem inventou NATAL É Um dia como os outros Mas... com um pouco menos de egoísmo Rosa Baleiza ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 57
  • 58. OLHEI-ME AO ESPELHO Olhei para o espelho Um reflexo eu vi Vi a tua imagem E o teu corpo em mim Ao darmos as mãos Junto à praia infinita Deste-me um beijo E eu fiquei Tão aflita A Cinderela ganhou O seu Príncipe encantado O que é que eu tenho que fazer Para ganhar um namorado A chuva ao cair na janela Disse-me assim: - Não chores minha amiga Porque eu choro por ti! Rosa Baleiza ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 58
  • 59. ONDE ESTÁS, SOL? Onde estás, Sol Que iluminas a minha vida? Onde te escondeste? Vem comigo! Vem, de novo, iluminar-me! A vida é uma piscina Uns nela sobrevivem Outros nela se afogam A vida é como o Lua Umas vezes está cheia Outras vezes está vazia Para o Mundo Tu és apenas Mais uma pessoa Para mim Tu és o meu Mundo Vanessa Monteiro ESCOLA SECUNDÁRIA SEOMARA DA COSTA PRIMO 1988/89/2008 59