2. Agenda
1 Enquadramento do sector
2 Políticas públicas e sistemas de incentivo
3 O Turismo em Trás-os-Montes
4 Ideias e sugestões
Alexandrina Fernandes
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Bragança, 24 de Maio de 2012
3. 1 Enquadramento do sector do Turismo
Alexandrina Fernandes
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Bragança, 24 de Maio de 2012
4. A importância do “Turismo”
O Turismo assume-se hoje como uma das principais actividades
económicas do mundo, sendo suportado por diversidades de contextos
geográficos, socioeconómicos e mesmo políticos.
O Turismo é uma realidade ampla cuja complexidade nem sempre é
percebida, no entanto tem uma abrangência que o coloca indubitavelmente
como um importante instrumento para a mudança e desenvolvimento da
sociedade actual.
Em Portugal, este sector tem um papel estratégico na economia, com
efeitos importantes e indiscutíveis no plano social, ambiental, cultural e
económico.
Sendo Portugal um país com características únicas e ímpares para o
desenvolvimento da actividade turística, pela posição geoestratégica, clima,
história, património, e tendo uma capacidade de bem acolher, importa em
tempos de crise, pensar e valorizar este sector de modo estratégico.
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Bragança, 24 de Maio de 2012
5. A importância do “Turismo”
476 milhões de resultados
Alexandrina Fernandes
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6. Crescimento Mundial, do PIB real e chegadas de turistas internacionais
Fonte: UNWTO (2012)
Alexandrina Fernandes
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7. Previsões OMT 2030
Fonte: UNWTO (2012)
Alexandrina Fernandes
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8. Previsões OMT 2030
Fonte: UNWTO (2012)
Estima-se que em 2030, existam cerca UNWTO (2012)
Fonte: de 1,8 biliões de turistas em todo o mundo.
Há uma tendência de alteração das rotas turísticas, com alguma perda percentual
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de turistas na Europa em detrimento 24 deÁsia de Pacífico.
Bragança, da Maio e 2012
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10. Organização do Turismo em Portugal
Fonte: (Patrão, 2011)
11 entidades regionais de Turismo;
Melhorar e promover a utilização sustentável dos recursos regionais;
Colaborar com a administração local e central, de modo a contribuir para alcançar
os objectivos definidos pelas políticas nacionais para o turismo.
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11. Plano Estratégico Nacional para o Turismo (PENT)
Em 2006 o Estado Português conferiu ao Turismo um estatuto prioritário no período
de programação (2007-2013) que se traduziu na aprovação do Plano Estratégico
Nacional do Turismo.
Pretendia traçar um caminho estável de
acção, com metas e objectivos claros;
Grandes objectivos essencialmente:
Crescer mais em receitas que em número
de turistas estrangeiros;
Ser um dos destinos de crescimento mais
sustentável na Europa;
Basear o turismo na qualificação da
oferta e na formação de recursos
humanos;
Posicionar o turismo como um dos
motores da economia regional e nacional.
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12. Plano Estratégico Nacional para o Turismo (PENT)
Fonte: (PENT, 2007)
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13. Plano Estratégico Nacional para o Turismo (PENT)
Fonte: (PENT, 2007)
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14. Qual o posicionamento de Portugal?
Em 2011: Fonte: Fazenda (2012)
Cerca de 12 milhões de turistas internacionais
40 milhões de dormidas
8,1 mil milhões de euros de receitas turísticas
Saldo positivo da “balança turística” em 5,1 mil milhões de euros
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15. O que representa?
O Turismo é actualmente a principal actividade exportadora
nacional, representando:
43% do total das Exportações de Serviços
14,0% do total das Exportações de Bens e Serviços
Fonte: Fazenda (2012)
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16. O turismo e o desenvolvimento regional
Fonte: Silva (2012)
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17. 2 Políticas públicas e sistemas de incentivo
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18. Medidas de políticas estruturais para o desenvolvimento do Turismo
Fonte: Elaboração própria
• Turismo de Portugal, I.P., que reúne quatro organismos (DGT, INFTUR, ITP e IGP);
• Aprovação do Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT);
• Alteração do mapa turístico regional ao nível das Entidades Regionais de Turismo;
• Coordenação de prioridades com o QREN. Pólo Competitividade Turismo 2015.
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19. Ponto de situação do cumprimento dos objectivos do PENT
Ponto Ponto Ponto Ponto Grau de Grau de
Meta
Objectivos situação
PENT
situação situação situação concreti- concreti-
2007 2008 2009 2010 zação 2010 zação Real
Número de turistas
estrangeiros em
Portugal (2006-2015e) - 6,15% 5,00% -2,11% -11,41% 1,70% 33,95% -11,81%
crescimento anual
acima de
Receita gerada (2006-
2015e) crescimento 10,45% 9,00% 0,00% -6,76% 10,14% 112,72% 30,03%
acima de
Aumento da contribuição do sector na economia
Peso do Turismo no PIB
(atingir 15% em 2015) 9,20% 15,00% 9,20% 8,80% 9,20% 61,33% 61,33%
Peso do Turismo no
Emprego (14,8% do
emprego da população
7,30% 14,80% 7,49% n.d. n.d. 50,61% 50,61%
activa em 2015)
• Único objectivo que, aparentemente, está cumprido, é o crescimento da receita
gerada pelo Turismo. No entanto, o grau de concretização real deste indicador é
30,03%
• Número de turistas apresenta um grau de concretização de 33,95%. O grau
efectivo de cumprimento deste objectivo é negativo (-11,81%);
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20. Projectos aprovados QREN (2008-2012)
• Sector do Turismo representa 11,3% do investimento total do QREN;
• A Indústria tem cerca de 6,5 vezes mais investimento do que o sector do Turismo;
• A maioria dos projectos aprovados centram-se nos anos 2009 e 2010.
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21. Programa de Desenvolvimento Rural - PRODER
• Foram aprovados 667 projectos que correspondem a um investimento total de 120
milhões de euros;
• Relativamente à programação inicial destas medidas, o valor previsto para o
horizonte 2007-2013, já foi largamente ultrapassado.
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23. Caracterização da oferta turística
Fonte: INE (2010)
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24. Caracterização da oferta turística
Fonte: INE (2009)
Número máximo de indivíduos que os estabelecimentos podem alojar num
determinado momento ou período
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25. Alguns indicadores do Distrito de Bragança
Capacidade de
Período de Estabelecim Proporção de Estada média
alojamento (N.º)
Dormidas (N.º) Hóspedes (N.º)
entos (N.º) nos nos nos
Concelho referência
hoteleiros
hóspedes
estabelecimento
nos
estabelecimentos estabelecimentos
dos dados estrangeiros (%) estabelecimentos
(N.º) s hoteleiros hoteleiros hoteleiros
hoteleiros
Bragança 2010 X 17,1 1,4 1055 86168 60520
2009 12 16,4 1,3 1176 79456 62354
Carrazeda de Ansiães 2010 1 … … 24 … …
Freixo de Espada à Cinta 2010 0 0 0 0 0 0
Torre de Moncorvo 2010 2 0 … 81 … …
Vila Flor 2010 0 19,8 1,6 0 357 227
Alfândega da Fé 2010 1 0 … 62 … …
Macedo de Cavaleiros 2010 2 … … 102 … …
Miranda do Douro 2010 9 13,3 1,2 387 26 416 21 175
Mirandela 2010 5 5,2 1,5 456 48 662 31 624
Mogadouro 2010 3 … … 99 … …
Vimioso 2010 1 0 … 22 … …
Vinhais 2010 1 … … 36 … …
Fonte: INE (2010)
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29. Recursos turísticos primários
3
1
4
2
Fonte: elaboração própria a partir de CCDRN
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30. 1 Turismo Natureza
A motivação principal de um consumidor que procura este produto é contactar
directamente com a Natureza, podendo praticar:
Actividades mais simples, que não exigem grande preparação ou conhecimento,
nomeadamente: passeios, excursões ou percursos pedestres (“Turismo de Natureza
soft”) ou
Actividades mais exigentes e intensivas como, por exemplo, rafting, kayaking ou
climbing (“Turismo de Natureza hard”).
Esta região é rica em recursos naturais que podem ser aproveitados
para a dinamização do produto Turismo de Natureza, nomeadamente:
- Parque Natural de Montesinho;
- Parque do Douro Internacional;
- Albufeira do Azibo;
- Diversas aldeias rurais e solares;
- Serras com boas características para a prática de Turismo de
Natureza;
- Rios navegáveis e albufeiras para a prática de desportos
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31. 2 Gastronomia e Vinhos
A motivação principal das viagens turísticas de Gastronomia e Vinhos –
Enoturismo é a de usufruir de produtos típicos e aprofundar o conhecimento
sobre o património gastronómico e enológico de uma dada região.
O sector encontra-se ainda muito dependente do consumo interno. A nível
europeu, a França e a Holanda são os principais emissores de viagens de
Gastronomia e Vinhos.
- Diversidade e qualidade da Gastronomia regional;
- Produtos regionais de excelência (ex: Castanha; Enchidos;
Azeite; Cogumelos…)
- Criação de operadores especializados em Gastronomia e
Vinhos;
- Criação de workshops de pratos típicos;
- Saber fazer – “como antigamente”… “nos tempos dos meus
avós…”
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32. 3 Turismo de Saúde e Bem-Estar
De acordo com o PENT o Turismo de Saúde e Bem-Estar é
definido como aquele produto turístico cuja motivação fruição se
centra na “recuperação do bem-estar físico e psíquico e na
realização de tratamentos em centros especializados”.
O Turismo de Saúde e Bem-Estar tem vindo a aumentar na
Europa apresentando taxas prospectivas de crescimento na
ordem dos 5% a 10% ao ano.
Nesta região, neste âmbito, apenas se destaca o Hotel & Spa
Senhora das Neves em Alfândega, mas julgo ser uma
interessante aposta.
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33. 4 Turismo Histórico-Cultural (Touring)
O Turismo Histórico-Cultural insere-se primordialmente em
viagens de Touring, que pode ser genérico (ex: turismo cultural e
paisagístico) ou temático (ex: rota do românico). Pode situar-se
no âmbito de uma procura primária (turismo históricocultural
per si) ou secundária (complementarmente a outros produtos
turísticos).
- Diversidade de Cidades e Vilas históricas;
- Vasto n.º de imóveis/ monumentos classificados de elevado
valor histórico-patrimonial;
- Património religioso *;
- Festas e romarias e diversidade de artesanato;
- Caminhos de Santiago.
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34. 4 Turismo Histórico-Cultural (Touring)
* Turismo Religioso
Os bens culturais de carácter religioso constituem o sector mais
extenso do universo patrimonial português, cerca de 75% de
todo o património conhecido.
Distingue-se dos restantes contextos turísticos, apresenta “um
carácter suigeneris, coexistem dois cultos diferentes: um culto
estético e um culto divino”.
Perfil do Turista
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35. 4 Turismo Histórico-Cultural (Touring)
* Turismo Religioso
O Turismo religioso é uma das grandes tendências a nível mundial.
Não apenas devido à fé dos homens, mas também porque as
viagens hoje em dia estão facilitadas.
O Vaticano inaugurou, em Agosto de 2007, uma companhia de
transporte aéreo regular para lugares sagrados dos católicos, como
Lourdes (França), Fátima (Portugal), Santiago de Compostela
(Espanha), Czestochowa (Polónia) e Roma (Itália).
Segundo a World Religious TraveI Association (WRTA) as viagens
direccionadas para os locais sagrados tendem a aumentar.
A OMT estima que entre 300 a 330 milhões de peregrinos visitem
anualmente os locais religiosos mais importantes do mundo.
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36. 4 Turismo Histórico-Cultural (Touring)
* Turismo Religioso
As receitas geradas pelo Turismo religioso poderão rondar actualmente 18
mil milhões de euros em todo o mundo.
Este tipo de viagens terão começado com verdadeira intensidade em 1975,
afastando a ideia de que este é um nicho de mercado dedicado aos
peregrinos ou aos mais velhos.
Diversos segmentos de mercado: peregrinações, missionários, lazer,
conferências, voluntariado, grupos pastorais, etc…
Foi durante os anos 90 e no final do século XX que o Turismo religioso ganhou
maior dimensão. (World Religious TraveI Association 2008)
A Religious Conference Management Association garante que houve um
aumento de 4,4 milhões para 14,7 milhões de pessoas neste segmento de
mercado, entre 1994 e 2006, apontando como exemplo as convenções e as
conferências religiosas.
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37. Grandes Tendências e perfil do Turista
Alexandrina Fernandes
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38. Grandes Tendências e perfil do Turista
Alexandrina Fernandes
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39. Grandes Tendências e perfil do Turista
necessidades e desejos I Turismo das
Novas
emoções I Turistas de terceira idade I
qualidade I segunda residência I
Segurança I turismo individual I férias
personalizadas I Férias repartidas I
preocupações ambientais
Fonte: Elaboração própria a partir de Silva (2012)
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40. Alguns pontos críticos que colocam novos desafios ao Turismo
Medidas de austeridade (ex. “suspensão” de subsídios de férias e de natal, eliminação de
feriados, etc.)
Recessão económica interna, com implicações ao nível do turismo doméstico (aumento do
desemprego; menor poder de compra da população ativa, retração no consumo)
SCUTS – Custo e modo de pagamento complexo, sobretudo para estrangeiros
Situação económica e social de Espanha - 2º mercado externo mais importante para o Turismo
em Portugal
Aumento do IVA na Restauração de 13% para 23% (Produto Turístico com maior
representatividade nas receitas do Turismo) Na Região do Norte no último Trimestre de 2011
face ao mesmo Trimestre de 2010, verificou-se uma redução de emprego de 14,6% na Hotelaria e
Restauração (o que equivale a menos 11.000 indivíduos empregados).
Alexandrina Fernandes
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42. “Em momentos de crise, só a imaginação é mais
importante que o conhecimento.”
Albert Einstein
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