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Curso de Psicologia

Disciplina: Abordagem Psicanalítica II

              (72 hs/aula)
               Período: 7o




       Professor Alexandre Simões




                                       ALEXANDRE
                                         SIMÕES
                                    ® Todos os direitos
                                    de autor reservados.
atividades  mentais, tais como refletir
sobre    algo   ou     concentrar    a
atenção, não solucionam nenhum dos
enigmas de uma neurose
      (FREUD. Recomendações aos médicos que exercem a psicanálise, p. 153)




                                                                       ALEXANDRE
                                                                         SIMÕES
                                                                    ® Todos os direitos
                                                                    de autor reservados.
Realizaremos, a partir de
                       agora, um breve retorno ao ponto
                          em que nos detivemos em
                          Abordagem Psicanalítica I:



              as observações acerca do
           andamento de uma análise que
         Freud realiza em seu texto „Sobre o
             início do tratamento‟ (1913)


   ALEXANDRE
     SIMÕES
® Todos os direitos
de autor reservados.
Em primeiro lugar, é importante relembrarmos
 que este artigo se insere em uma série de textos
intitulados „Artigos sobre técnica‟ (de 1911 a 1915)




     Isto pode nos levar, portanto, a localizar com
    mais precisão o que se compreende por ‟técnica
    psicanalítica‟ neste contexto. Principalmente, na
      medida em que Freud nos adverte quanto à
                „mecanização da técnica‟                   ALEXANDRE
                                                             SIMÕES
                                                        ® Todos os direitos
                                                        de autor reservados.
A técnica, longe de ser
um conjunto fechado
      e prévio de
   procedimentos a
 serem seguidos por
todos os psicanalistas
       (no intuito
de, assim, garantirem
a fidedignidade do ato
      analítico) ->
STANDARD                     comporta, junto de
                          Freud, muito mais uma
                             discussão sobre os
                                 princípios da
                           Psicanálise: ou seja, a
                            partir de onde ela se
                                torna possível

                                              ALEXANDRE
                                                SIMÕES
                                           ® Todos os direitos
                                           de autor reservados.
Esta discussão sobre o   setting analítico:

         sempre suscita a indagação:



      quais são as
      condições do
    fazer analítico ?                        ALEXANDRE
                                               SIMÕES
                                          ® Todos os direitos
                                          de autor reservados.
Esse „desde onde ela se torna possível‟ está sob a
dependência do estatuto do inconsciente, do lugar
           do sujeito que aí se produz.




         Lembremo-nos das discussões sobre o
     descentramento do sujeito
     ou, em outros termos, a „revolução copernicana
             empreendida pela psicanálise‟



                                                         ALEXANDRE
                                                           SIMÕES
                                                      ® Todos os direitos
                                                      de autor reservados.
Nas primeiras etapas de suas pesquisas, o homem acreditou, de
início, que o seu domicílio, a Terra, era o centro estacionário do
universo, com o sol, a lua e os planetas girando ao seu redor.
Seguia, assim, ingenuamente, os ditames das percepções dos seus
sentidos, pois não sentia o movimento da Terra e, todas as vezes que
conseguia uma visão sem obstáculos, encontrava-se no centro de um
círculo que abarcava o mundo exterior. A posição central da Terra, de
mais a mais, era para ele um sinal do papel dominante desempenhado
por ela no universo e parecia-lhe ajustar muito bem à sua propensão a
considerar-se o senhor do mundo.

A destruição dessa ilusão narcisista associa-se, em nossas mentes, com
o nome de Copérnico, no século XVI. (...) Quando essa descoberta atingiu
um reconhecimento geral, o amor-próprio da humanidade sofreu o seu
primeiro golpe, o golpe cosmológico.

                        (FREUD. Uma dificuldade no caminho da psicanálise, p. 336)



                                                                              ALEXANDRE
                                                                                SIMÕES
                                                                           ® Todos os direitos
                                                                           de autor reservados.
“Na sequência, dentre outras coisas, Freud nos propõe
considerar a psicanálise como um golpe semelhante ao
estabelecido inicialmente por Copérnico. Um golpe, segundo ele,
sobre o narcisismo dos homens, cuja consequência final seria a
disjunção entre o ser e o pensamento (o saber). Assim, ele chega
às seguintes proposições:
O que está em sua mente não coincide com aquilo de que você
está consciente; o que acontece realmente e aquilo que você
sabe, são duas coisas distintas. [...]
... O eu não é o senhor da sua própria casa...”

                             (ALEXANDRE SIMÕES. O litoral d’aporia, p. 191)




                                                                       ALEXANDRE
                                                                         SIMÕES
                                                                    ® Todos os direitos
                                                                    de autor reservados.
Assim sendo, uma psicanálise
 não deve (notemos que com este
„não deve‟ estamos aqui no plano
               ético)


    se iniciar sem partir de
    pontos que a orientem;

   todavia, a orientem de tal
   maneira que o porvir não
      seja forçosamente
     enquadrado no que o
          antecedeu.

                                   ALEXANDRE
                                     SIMÕES
                                ® Todos os direitos
                                de autor reservados.
Este é o longo alcance da
   analogia inicial que Freud
estabelece entre a psicanálise e

            o jogo de xadrez




                                      ALEXANDRE
                                        SIMÕES
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                                   de autor reservados.
Todo aquele que espere aprender sobre o
   nobre jogo do xadrez nos livros, cedo
descobrirá que somente as aberturas e os
       finais de jogos admitem uma
apresentação sistemática exaustiva e que
  a infinita variedade de jogadas que se
  desenvolvem após a abertura desafia
  qualquer descrição desse tipo. (...) As
regras que podem ser estabelecidas para
  o exercício do tratamento psicanalítico
      acham-se sujeitas a limitações
                semelhantes.

    (FREUD. Sobre o início do tratamento, p. 164)




                                                   ALEXANDRE
                                                     SIMÕES
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A abertura de uma
     análise

                   ALEXANDRE
                     SIMÕES
                ® Todos os direitos
                de autor reservados.
A abertura de uma análise é um momento que
      comporta, para o paciente, não somente ir
        assiduamente a um psicanalista e, por
 exemplo, assumir o que lhe é reservado (falar de
si, livre-associar ou eventualmente deitar no divã):




                                                    ALEXANDRE
                                                      SIMÕES
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Abertura de uma
    análise:
  um pouco mais do que isso, a abertura da análise
  (chamada por Lacan de „entrada em análise‟)
   implica em uma passagem, uma travessia: o lugar
     desde o qual o analisando se localiza (frente ao
sofrimento, o sintoma, o amor, etc.) deve comportar um
estranhamento e, por conseguinte, proporcionar que ele
         se interrogue sobre o que lhe é familiar
Entrada em análise:

passagem


  travessia
Esta inquietude acerca do que lhe é familiar é
                     igualmente ampla:




e já repercute, em alguma medida, sobre
seus traços identificatórios
  (como o sujeito se apresenta para o
outro no âmbito de seu modo de ser, sua
      sexualidade, suas repetições)




                                                        ALEXANDRE
                                                          SIMÕES
                                                     ® Todos os direitos
                                                     de autor reservados.
A passagem que vem a ser a
  „entrada em análise‟ traz como
          consequência:



uma mudança de
posição subjetiva

                               ALEXANDRE
                                 SIMÕES
                            ® Todos os direitos
                            de autor reservados.
Em suma, o paciente minimiza a referência que
sempre costuma fazer de suas queixas às cenas
  e personagens atuais de seu cotidiano e, em
        contrapartida, as vincula a uma

        Outra Cena           (cf. Freud)




                                              ALEXANDRE
                                                SIMÕES
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                                           de autor reservados.
Há barreiras a esta passagem,
                pois


    a realidade e seus inúmeros
aparatos (fármacos, identificações,
  o sintoma, os objetos ofertados
     pelo mercado, etc.) tende a
amortecer o comprometimento de
  cada um com seu próprio mal-
 estar, deixando o paciente na via
    estereotipada da repetição.



                                     ALEXANDRE
                                       SIMÕES
                                  ® Todos os direitos
                                  de autor reservados.
Este circuito é percorrido diversas vezes ao longo de
                 uma mesma análise
Na analogia que Freud faz entre a psicanálise e o
  jogo de xadrez há, também, a introdução da
   discussão que será desenvolvida em outros
 momentos (mais tardios) do percurso de Freud:


         o tema relativo ao „fechamento‟ de uma
       análise, ou seja, o seu final, seu instante de
                         conclusão
                                                           ALEXANDRE
                                                             SIMÕES
                                                        ® Todos os direitos
                                                        de autor reservados.
Há também dois outros aspectos que se revelam na
               analogia freudiana:




• A) um maior detalhamento sobre os passos da chegada de
  um analisando ao analista;



• B) considerações sobre o transcorrer de uma psicanálise;




                                                            ALEXANDRE
                                                              SIMÕES
                                                         ® Todos os direitos
                                                         de autor reservados.
No que tange aos movimentos iniciais de uma
                                      análise:




Primeiros contatos
do paciente com o    O tempo, às vezes dilatado, das
    analista: a      „entrevistas preliminares‟: onde   O momento de entrada propriamente
   marcação da          se dão as apresentações e                dita na análise
sessão, a chegada     reapresentações do sintoma, a
                        construção da demanda, o
ao consultório, as     enlaçamento com o analista
  retas e curvas
  deste instante




                                                                                 ALEXANDRE
                                                                                   SIMÕES
                                                                              ® Todos os direitos
                                                                              de autor reservados.
“A psicanálise tem sido criticada como uma espécie de ícone
   de uma cultura que ficou para trás, sepultada pelas ciências
    da mente e pela sociedade „pós-humana‟. O antifreudismo é
    uma onda que ainda cresce. Mas seu destino não está nas
        mãos dos ideólogos do mercado ou da ciência. O que
      determinará o lugar da psicanálise no cenário social das
     próximas décadas será sua capacidade de atualizar aquilo
      que está na origem de sua clínica: a sustentação de um
       campo de prática que põe qualquer tipo de experiência
               humana sob o crivo da interrogação.”

(Benilton BEZERRA JÚNIOR.O ocaso da interioridade e suas repercussões sobre a clínica.
   In: Carlos Alberto PLASTINO. Transgressões. Rio de Janeiro: Contracapa, 2002. p.238)




                                                                                    ALEXANDRE
                                                                                      SIMÕES
                                                                                 ® Todos os direitos
                                                                                 de autor reservados.
Voltemos à nossa epígrafe para irmos em direção à
             conclusão desta aula:


a   tividades   mentais,      tais   como      refletir   sobre      algo       ou
concentrar a atenção, não solucionam nenhum dos enigmas de
uma neurose
           (FREUD. Recomendações aos médicos que exercem a psicanálise, p. 153)




    Ela nos remete a um tema que já foi examinado: a regra
 fundamental da psicanálise, a saber, a           associação livre


                                                                            ALEXANDRE
                                                                              SIMÕES
                                                                         ® Todos os direitos
                                                                         de autor reservados.
Fale tudo que vier à sua mente, não dispense
  nada, por mais irrelevante, vergonhoso ou
 estranho que possa lhe parecer. Tente dizer
 tudo, que as coisas começarão a acontecer
                                           ALEXANDRE
                                             SIMÕES
                                        ® Todos os direitos
                                        de autor reservados.
Este princípio tem, em Freud, duas matrizes:


a) Breuer (na condução de Anna O. e a proposta, feita por ela,
                            da   talking cure);

     b) da Literatura: uma das leituras prediletas do Freud
adolescente com 14 anos de idade era a obra A arte de se tornar
   um escritor original em três dias, do escritor alemão Ludwig
      Börne (1823). A regra do livro era: “durante três dias
  consecutivos, escreva tudo que lhe vier à cabeça. Você ficará
 espantado diante dos pensamentos originais e surpreendentes
 que saíram de sua mente” (cf. FREUD. Escritores criativos e devaneios. 1908)




                                                                          ALEXANDRE
                                                                            SIMÕES
                                                                       ® Todos os direitos
                                                                       de autor reservados.
A tomada da palavra por parte do analisando o
       conduz, dentre outras coisas, à

       transferência                  .

Este é um dos aspectos que se produz no espaço
         das entrevistas preliminares



                                               ALEXANDRE
                                                 SIMÕES
                                            ® Todos os direitos
                                            de autor reservados.
É a partir daqui, da transferência (seu
conceito, características e seu valor crucial para a
         psicanálise) que prosseguiremos




                                                          ALEXANDRE
                                                            SIMÕES
                                                       ® Todos os direitos
                                                       de autor reservados.
Mas, antes de concluirmos e chegar ao campo da
 transferência, vale realizar um breve retorno a uma
       tema que já trabalhamos: o   sintoma

  Ao mencionarmos as
entrevistas preliminares
    e o momento de
 chegada do analisando
    ao psicanalista,
   devemos lembrar -
  bem precisamente -
que o sintoma é a razão
  de haver psicanálise
Ou seja: somente pelo sintoma (às vezes, localizado
  no outro e não exatamente no sujeito) alguém
              demanda uma análise
O Sintoma:

Na Psicologia    Na Psiquiatria       Na Psicanálise
Supõe-se que a    Supõe-se que a       Supõe-se que a
 condição do       condição de          condição do
sintoma seja o     formação do         sintoma seja a
  ambiente:       sintoma seja a         linguagem:
                     genética:
 a família, a                              o Outro, o
  cultura, a     a hereditariedade,      significante, o
 sociedade, o            a              equívoco ... em
 capitalismo     neurotransmissão,    última instância: o
                  a neuroregulação    Real – o impossível
                                            de dizer
Prosseguiremos na próxima aula!

         Prof. Alexandre Simões


              Contatos:

     www.alexandresimoes.com.br
    alexandresimoes@terra.com.br


                                      ALEXANDRE
                                        SIMÕES
                                   ® Todos os direitos
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Psicanálise II - Aula 1: O Início do Tratamento

  • 1. Curso de Psicologia Disciplina: Abordagem Psicanalítica II (72 hs/aula) Período: 7o Professor Alexandre Simões ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 2. atividades mentais, tais como refletir sobre algo ou concentrar a atenção, não solucionam nenhum dos enigmas de uma neurose (FREUD. Recomendações aos médicos que exercem a psicanálise, p. 153) ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 3. Realizaremos, a partir de agora, um breve retorno ao ponto em que nos detivemos em Abordagem Psicanalítica I: as observações acerca do andamento de uma análise que Freud realiza em seu texto „Sobre o início do tratamento‟ (1913) ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 4. Em primeiro lugar, é importante relembrarmos que este artigo se insere em uma série de textos intitulados „Artigos sobre técnica‟ (de 1911 a 1915) Isto pode nos levar, portanto, a localizar com mais precisão o que se compreende por ‟técnica psicanalítica‟ neste contexto. Principalmente, na medida em que Freud nos adverte quanto à „mecanização da técnica‟ ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 5. A técnica, longe de ser um conjunto fechado e prévio de procedimentos a serem seguidos por todos os psicanalistas (no intuito de, assim, garantirem a fidedignidade do ato analítico) -> STANDARD comporta, junto de Freud, muito mais uma discussão sobre os princípios da Psicanálise: ou seja, a partir de onde ela se torna possível ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 6. Esta discussão sobre o setting analítico: sempre suscita a indagação: quais são as condições do fazer analítico ? ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 7. Esse „desde onde ela se torna possível‟ está sob a dependência do estatuto do inconsciente, do lugar do sujeito que aí se produz. Lembremo-nos das discussões sobre o descentramento do sujeito ou, em outros termos, a „revolução copernicana empreendida pela psicanálise‟ ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 8. Nas primeiras etapas de suas pesquisas, o homem acreditou, de início, que o seu domicílio, a Terra, era o centro estacionário do universo, com o sol, a lua e os planetas girando ao seu redor. Seguia, assim, ingenuamente, os ditames das percepções dos seus sentidos, pois não sentia o movimento da Terra e, todas as vezes que conseguia uma visão sem obstáculos, encontrava-se no centro de um círculo que abarcava o mundo exterior. A posição central da Terra, de mais a mais, era para ele um sinal do papel dominante desempenhado por ela no universo e parecia-lhe ajustar muito bem à sua propensão a considerar-se o senhor do mundo. A destruição dessa ilusão narcisista associa-se, em nossas mentes, com o nome de Copérnico, no século XVI. (...) Quando essa descoberta atingiu um reconhecimento geral, o amor-próprio da humanidade sofreu o seu primeiro golpe, o golpe cosmológico. (FREUD. Uma dificuldade no caminho da psicanálise, p. 336) ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 9. “Na sequência, dentre outras coisas, Freud nos propõe considerar a psicanálise como um golpe semelhante ao estabelecido inicialmente por Copérnico. Um golpe, segundo ele, sobre o narcisismo dos homens, cuja consequência final seria a disjunção entre o ser e o pensamento (o saber). Assim, ele chega às seguintes proposições: O que está em sua mente não coincide com aquilo de que você está consciente; o que acontece realmente e aquilo que você sabe, são duas coisas distintas. [...] ... O eu não é o senhor da sua própria casa...” (ALEXANDRE SIMÕES. O litoral d’aporia, p. 191) ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 10. Assim sendo, uma psicanálise não deve (notemos que com este „não deve‟ estamos aqui no plano ético) se iniciar sem partir de pontos que a orientem; todavia, a orientem de tal maneira que o porvir não seja forçosamente enquadrado no que o antecedeu. ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 11. Este é o longo alcance da analogia inicial que Freud estabelece entre a psicanálise e o jogo de xadrez ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 12. Todo aquele que espere aprender sobre o nobre jogo do xadrez nos livros, cedo descobrirá que somente as aberturas e os finais de jogos admitem uma apresentação sistemática exaustiva e que a infinita variedade de jogadas que se desenvolvem após a abertura desafia qualquer descrição desse tipo. (...) As regras que podem ser estabelecidas para o exercício do tratamento psicanalítico acham-se sujeitas a limitações semelhantes. (FREUD. Sobre o início do tratamento, p. 164) ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 13. A abertura de uma análise ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 14. A abertura de uma análise é um momento que comporta, para o paciente, não somente ir assiduamente a um psicanalista e, por exemplo, assumir o que lhe é reservado (falar de si, livre-associar ou eventualmente deitar no divã): ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 15. Abertura de uma análise: um pouco mais do que isso, a abertura da análise (chamada por Lacan de „entrada em análise‟) implica em uma passagem, uma travessia: o lugar desde o qual o analisando se localiza (frente ao sofrimento, o sintoma, o amor, etc.) deve comportar um estranhamento e, por conseguinte, proporcionar que ele se interrogue sobre o que lhe é familiar
  • 17. Esta inquietude acerca do que lhe é familiar é igualmente ampla: e já repercute, em alguma medida, sobre seus traços identificatórios (como o sujeito se apresenta para o outro no âmbito de seu modo de ser, sua sexualidade, suas repetições) ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 18. A passagem que vem a ser a „entrada em análise‟ traz como consequência: uma mudança de posição subjetiva ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 19. Em suma, o paciente minimiza a referência que sempre costuma fazer de suas queixas às cenas e personagens atuais de seu cotidiano e, em contrapartida, as vincula a uma Outra Cena (cf. Freud) ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 20. Há barreiras a esta passagem, pois a realidade e seus inúmeros aparatos (fármacos, identificações, o sintoma, os objetos ofertados pelo mercado, etc.) tende a amortecer o comprometimento de cada um com seu próprio mal- estar, deixando o paciente na via estereotipada da repetição. ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 21. Este circuito é percorrido diversas vezes ao longo de uma mesma análise
  • 22. Na analogia que Freud faz entre a psicanálise e o jogo de xadrez há, também, a introdução da discussão que será desenvolvida em outros momentos (mais tardios) do percurso de Freud: o tema relativo ao „fechamento‟ de uma análise, ou seja, o seu final, seu instante de conclusão ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 23. Há também dois outros aspectos que se revelam na analogia freudiana: • A) um maior detalhamento sobre os passos da chegada de um analisando ao analista; • B) considerações sobre o transcorrer de uma psicanálise; ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 24. No que tange aos movimentos iniciais de uma análise: Primeiros contatos do paciente com o O tempo, às vezes dilatado, das analista: a „entrevistas preliminares‟: onde O momento de entrada propriamente marcação da se dão as apresentações e dita na análise sessão, a chegada reapresentações do sintoma, a construção da demanda, o ao consultório, as enlaçamento com o analista retas e curvas deste instante ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 25. “A psicanálise tem sido criticada como uma espécie de ícone de uma cultura que ficou para trás, sepultada pelas ciências da mente e pela sociedade „pós-humana‟. O antifreudismo é uma onda que ainda cresce. Mas seu destino não está nas mãos dos ideólogos do mercado ou da ciência. O que determinará o lugar da psicanálise no cenário social das próximas décadas será sua capacidade de atualizar aquilo que está na origem de sua clínica: a sustentação de um campo de prática que põe qualquer tipo de experiência humana sob o crivo da interrogação.” (Benilton BEZERRA JÚNIOR.O ocaso da interioridade e suas repercussões sobre a clínica. In: Carlos Alberto PLASTINO. Transgressões. Rio de Janeiro: Contracapa, 2002. p.238) ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 26. Voltemos à nossa epígrafe para irmos em direção à conclusão desta aula: a tividades mentais, tais como refletir sobre algo ou concentrar a atenção, não solucionam nenhum dos enigmas de uma neurose (FREUD. Recomendações aos médicos que exercem a psicanálise, p. 153) Ela nos remete a um tema que já foi examinado: a regra fundamental da psicanálise, a saber, a associação livre ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 27. Fale tudo que vier à sua mente, não dispense nada, por mais irrelevante, vergonhoso ou estranho que possa lhe parecer. Tente dizer tudo, que as coisas começarão a acontecer ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 28. Este princípio tem, em Freud, duas matrizes: a) Breuer (na condução de Anna O. e a proposta, feita por ela, da talking cure); b) da Literatura: uma das leituras prediletas do Freud adolescente com 14 anos de idade era a obra A arte de se tornar um escritor original em três dias, do escritor alemão Ludwig Börne (1823). A regra do livro era: “durante três dias consecutivos, escreva tudo que lhe vier à cabeça. Você ficará espantado diante dos pensamentos originais e surpreendentes que saíram de sua mente” (cf. FREUD. Escritores criativos e devaneios. 1908) ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 29. A tomada da palavra por parte do analisando o conduz, dentre outras coisas, à transferência . Este é um dos aspectos que se produz no espaço das entrevistas preliminares ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 30. É a partir daqui, da transferência (seu conceito, características e seu valor crucial para a psicanálise) que prosseguiremos ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 31. Mas, antes de concluirmos e chegar ao campo da transferência, vale realizar um breve retorno a uma tema que já trabalhamos: o sintoma Ao mencionarmos as entrevistas preliminares e o momento de chegada do analisando ao psicanalista, devemos lembrar - bem precisamente - que o sintoma é a razão de haver psicanálise
  • 32. Ou seja: somente pelo sintoma (às vezes, localizado no outro e não exatamente no sujeito) alguém demanda uma análise
  • 33. O Sintoma: Na Psicologia Na Psiquiatria Na Psicanálise Supõe-se que a Supõe-se que a Supõe-se que a condição do condição de condição do sintoma seja o formação do sintoma seja a ambiente: sintoma seja a linguagem: genética: a família, a o Outro, o cultura, a a hereditariedade, significante, o sociedade, o a equívoco ... em capitalismo neurotransmissão, última instância: o a neuroregulação Real – o impossível de dizer
  • 34. Prosseguiremos na próxima aula! Prof. Alexandre Simões Contatos: www.alexandresimoes.com.br alexandresimoes@terra.com.br ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.