1. Pessoas com deficiência visual,
tecnologia assistiva e acessibilidade
José Antonio Borges
Instituto Tércio Pacitti (NCE/UFRJ)
IHA - Julho/2013
Jornada da Educação Especial na Perspectiva Inclusiva
Direito à Ddiversidade
2. Joana é professora, e em mais de 25 anos alfabetizou
centenas de crianças naquela sofisticada escola da Zona
Sul do Rio de Janeiro. Alguns de seus alunos hoje são
muito bem sucedidos, alguns famosos, a maioria deles
ricos.
Hoje é o primeiro dia de aula. As crianças estão em fila no
pátio. As mães estão próximas, no lado direito do pátio,
orgulhosas de seus filhinhos em lindos uniformes azuis e
brancos.
Mas esta fila não tem só crianças pequenas: uma única
mãe está no fim desta fila, e do lado dela, uma criança
sorri olhando para o vazio.
3. – Oh, meu Deus, o garoto é cego!
... E agora o que é que eu faço???
4. Joana é professora do ensino fundamental, mas
poderia ser do ensino médio, superior ou pós
graduação - sua surpresa provavelmente seria
idêntica.
Então reflita sobre isso!
Que conhecimentos são necessários para lidar
bem com esta situação de ensino?
Que ferramental deve ser usado para tornar esta
tarefa mais simples e efetiva?
5. Comunicação: a chave de tudo
• Conjunto de sinais que nos permite interagir
com o mundo.
– A comunicação é o caminho pelo qual você traduz
às pessoas seus conhecimentos, pensamentos,
sentimentos, gostos, desgostos, opiniões,
solicitações...
6. • As formas de comunicação se
expandiram imensamente nos
últimos anos, tornando-se
• multisensoriais,
• fazendo uso de múltiplas mídias
para sua transmissão,
• quase sempre intermediadas
pela computação.
7. E quando existem limitações?
• A linguagem é incompatível com o receptor.
• A mídia usada é inacessível ao receptor.
• O receptor não tem os pré-requisitos culturais
ou mentais para absorver a comunicação.
• O custo da comunicação é muito alto.
O que isso tem a ver com
as pessoas com deficiência visual?
8. Computador: o grande diferencial
– transformar, manipular, arquivar e transmitir informações a
velocidades espantosas.
– exibir textos, imagens, sons, fala e música
– controlar objetos do ambiente
– ser comandado de muitas maneiras, inclusive pela
voz
– simular (parcialmente) a inteligência humana
9. • É a área das deficiências com maior número
de artefatos de tecnologia assistiva
• A área onde mais se desenvolveram no Brasil
nos últimos anos.
Deficiência visual
10. • Leitura e escrita foram tornadas
razoavelmente compatíveis e acessíveis
– entre videntes e DV
– síntese de voz
• Revolução cultural
– Integração do estudante
– Acesso a muito mais materiais didáticos
– Produção cultural dos cegos facilitada
Uso de computadores por DVs
11. • Usa intensamente a síntese de voz
• Não é um leitor de telas, é um ambiente
operacional – 90+ programas sonoros
• Democratizou o acesso dos deficientes visuais
à informática
• Mais de 50000 usuários
Dosvox
12. Jogavox: maior investimento
• Criamos 50 jogos inclusivos em conjunto com
alunos de pós-graduação
– e também de 2º. Grau !
• Uso fez com que o sistema amadurecesse:
– Velocidade para criação
– Tornou-se possível criar jogos de vários tipos
– Provamos que professores cegos podem realmente
criar jogos
• Nosso desejo é expandir para o Brasil todo.
• Resultados acadêmicos: teses e monografias
13. – NVDA, Virtual Vision, Jaws
– Suportam Windows na forma nativa, incluindo
Office e Internet, com grande acessibilidade.
– Adequado para uso profissional incluindo
programadores
– Exige treinamento longo
Leitores de tela
14. • Nunca foi tão fácil produzir Braille
– Possibilidade de produção por gente menos
especializada
• Técnicas baratas para coisas sofisticadas
• ex. Desenho automatizado
• Braille Fácil
Escrita Tátil