Este documento resume a história das lentes oftálmicas desde os primeiros registros de 2283 a.C. na China até os avanços do século XIX, incluindo o desenvolvimento inicial de lentes de vidro e óculos na Europa medieval e a invenção da escala de dioptrias. Também descreve as principais estruturas do olho humano como a córnea, humor aquoso, íris, pupila, cristalino, humor vítreo, conjuntiva e retina.
2. História das lentes oftálmicas
Um panorama sobre a origem e os progressos das lentes
oftálmicas, passando por um imperador chinês dois mil
anos antes de Cristo, pelos Fenícios até a criação da
dioptria prismática, no final do século XIX.
O indício mais remoto de que se tem notícia sobre uma
lente oftálmica é datada da era pagã. Em 2283 a.C., a fim
de observar as estrelas, um imperador chinês usou lentes
fabricadas em cristal de rocha, quartzo ou ametista para
observar as estrelas.
Já antes do final do primeiro século da era cristã, os
fenícios, inspirados pêlos chineses, iniciaram a arte da
fabricação do vidro, descobrindo que a mistura de areia ao
salitre, fundida pelo calor do sol, resultava em vidro bruto.
Durante as escavações de Pompéia, foram encontrados
alguns vidros convexos, porém a distância focal dessas
lentes era tão pequena que elas não poderiam ser usadas
diante dos olhos.
3. História das lentes oftálmicas
Até o século XIII, pela ausência de registros, supõe-se que
a arte de fabricação do vidro tenha sido deixada de lado.
Mas foi nesse século que fervilharam novos fatos. Dados
históricos indicam que, por volta dessa época, o vidro foi
conhecido pôr chineses e europeus. Nessa época, na
China, os idosos usavam lentes para distinguir pequenas
figuras. Seus óculos eram bem diferentes do que aqueles
usados pêlos europeus, que tinham apoio no nariz e aros
redondos.
O monge e filósofo inglês Roger Bacon foi pioneiro no
desenho de lentes por volta de 1268. Tais lentes eram
fabricadas de cristal ou vidro, sendo positivas biconvexas.
Em 1285, em Florença, na Itália, Salvino del Armati
anunciou-se como o inventor dos óculos. Em uma
igreja, após sua morte, foi encontrada a seguinte inscrição
em uma pedra: "Aqui jaz Salvino del Armati de Florença, o
inventor dos óculos, morto em 1317".
4. História das lentes oftálmicas
Quase 150 anos depois, em 1465, o fabricante de óculos
Guild tomou parte numa exposição de mercadores e artesãos
diante do Rei da França. No século XVI, já começaram a ser
vendidas lentes negativas para correção de miopia. Em
1551, máscaras eram utilizadas para o tratamento de
estrabismo: ao olhar através de uma pequena abertura, o
olho defeituoso era forçado a voltar à posição normal.
Também por volta dessa época, fabricavam-se vidros
coloridos para proteção contra a claridade – data de 1561 a
produção das primeiras lentes verdes, na Inglaterra.
O século XVII ficou marcado como era de progressos no
campo óptico. Em 1608, Galileu popularizou o telescópio.
Isaac Newton conduziu suas famosas
experiências, descobrindo que a luz branca é composta de
raios de luz de diferentes cores. Em 1672, foram fabricadas
as primeiras lentes azuis e, no decorrer desse século, já
começaram a aparecer as primeiras lojas de ótica na Europa
e, no século seguinte, nos Estados Unidos.
5. História das lentes oftálmicas
Em 1716, o matemático alemão, G. Hertel, indicou o uso
de lentes "menisco". O mesmo fez o professor técnico A.G.
Luteman três anos depois. Em 1767, tem-se notícias da
primeiras lentes de cor cinza.
No século XIX, um grande avanço foi conseguido na
fabricação de lentes corretoras dos erros de refração
quando, em 1801, o cientista inglês Thomas Young
descobriu o astigmatismo. O astrônomo inglês George Airy
foi o primeiro indivíduo a receber os benefícios da correção
dessa deficiencia. Com a ajuda do óptico Fuller, em
1827, Airy corrigiu seu próprio astigmatismo.
Em 1804, o inglês Wollaston defendeu o uso de lentes
"menisco" com combinação especial de curvaturas, em vez
de lentes biconvexas e plano-convexas, patenteando-as.
Ele as chamou de "periscópicas", graças à curva côncava
mais próxima dos olhos, proporcionando melhor visão e
maior campo visual. Em 1832, a Inglaterra também foi a
responsável pela fabricação das primeiras lentes marrons.
6. História das lentes oftálmicas
Nos anos 1840 e 1844, registrou pela primeira vez o uso
de lentes tóricas, quando o óptico italiano Suscipi utilizou-
as para correção do astigmatismo. A lente tinha uma
superfície esférica no lado convexo e outra tórica no lado
côncavo. Também em 1844, os primeiros prismas foram
recomendados.
Em 1875, ocorreu um novo avanço da ciência. Nagel criou
a escala de medidas refrativas (dioptrias), adotadas
internacionalmente. Já em 1866, ele recomendava o
sistema métrico, ligado à dioptria , para designação do
poder das lentes, em lugar do sistema inglês de
polegadas, em uso até então. O termo "dioptria" foi
proposto pelo francês Monoyer, que é agora adotado
universalmente e baseado na distância focal de um metro.
8. Córnea
A córnea é uma estrutura anesférica e transparente.
Características: não-pigmentada, avascular, ter epitélio
não queratinizado, conter fibras nervosas amielínicas e
forma convexa permitem-na desempenhar funções
ópticas importantes. Além disso, as suas cinco
camadas, epitélio, camada de
Bowman, estroma, membrana de Descemet e
endotélio, com suas características morfológicas
próprias, confere estrutura e proteção ao olho, graças à
sua resistência mecânica alta.
9. Córnea
Cada uma das camadas da córnea parece ter
características mecânicas próprias, conferidas pelas
junções intercelulares e complexos de adesão, como no
epitélio, ou elasticidade pequena, como a da camada de
Bowman, o que faz com que a córnea anterior se deforme
proporcionalmente mais intensamente nos casos de
edema de córnea. O estroma corresponde a 90% da
espessura corneal, sendo composto por colágeno
produzido pelos ceratócitos, células que também produzem
proteoglicanos e glicoproteínas da matriz extracelular. A
membrana de Descemet é bastante elástica e o endotélio
corneano é pouco resistente, formado por uma única
camada de células.
10. Humor Aquoso
O humor aquoso é o líquido incolor, constituído por água
(98%) e sais dissolvidos (2%) - predominantemente cloreto
de sódio - que preenche as câmaras oculares (cavidade do
olho, entre a córnea e o cristalino). Ele é produzido
incessantemente, com valor médio de 3 ml por dia, no
processo ciliar, uma região recoberta por uma camada de
células epiteliais, que transportam ativamente o humor
aquoso desses processos ciliares para a parte posterior da
córnea e à parte anterior da íris. Para manter a pressão do
globo ocular constante, é drenado da região trabecular
para o um vaso chamado "canal de schlemm's", que
circunda todo o olho, na qual está ligado à veia episcleral
pelo arqueduto venoso.
11. Íris
A íris é a parte colorida do olho. Muito rica em
filamentos nervosos, a íris é fabricada com os
mesmos tecidos que o cérebro e formada nos
primeiros dias de vida do embrião.
A cor da íris é determinada pela cor do tecido
conjuntivo e das células de pigmento. Menos
pigmentação deixa os olhos azuis, mais
pigmentação deixa os olhos marrons. A íris é um
diafragma ajustável ao redor de uma abertura
chamada pupila.
12. Íris
A íris possui dois músculos: o músculo dilatador
torna a íris menor e, conseqüentemente, a
pupila fica maior para permitir que mais luz
entre no olho(midríase). Já o músculo esfíncter
deixa a íris maior e a pupila menor, permitindo
que menos luz entre no olho (miose). O
tamanho da pupila pode mudar de 2 milímetros
para 8 milímetros. Isso significa que ao alterar
o tamanho da pupila, o olho pode mudar a
quantidade de luz que entra nele em até 30
vezes.
Muitas doenças podem ser identificadas através
da íris esta ciência chama-se Iridologia.
13. Pupila
Pupila (termo oriundo do latim, pupilla - menininha), ou
Menina dos olhos, é a parte do olho, como um orifício de
diâmetro regulável, que está situada entre a córnea e o
cristalino, e no centro da íris, responsável pela passagem
da luz do meio exterior até os órgãos sensoriais da retina.
Localiza-se na parte média do olho, ou úvea e tem por
função regular a quantidade de luz que passa para a
retina.
Por ser um orifício, não tem cor, mas sua aparência é
preta, pois não há iluminação na parte interna do olho.
14. Cristalino
O cristalino é a lente dos olhos. É um citosistema
altamente organizado que se localiza entre a íris e o
humor vítreo. É constituído por células organizadas
longitudinalmente, como uma casca de cebola, que
perdem as suas organelas durante a
formação, assumindo desta maneira sua característica
de ser transparente. Tem de 7 a 9 mm de comprimento
no seu maior eixo e 2 a 4 mm de espessura, com formato
parecido com uma lentilha. O cristalino cresce
continuamente durante a vida do indivíduo.
Função: O cristalino funciona como uma
lente, participando dos meios refrativos do olho, sendo
capaz de aumentar a sua dioptria , para focalização das
imagens de perto (acomodação). Alterações em sua
estrutura e tamanho perto dos quarenta anos de idade
levam a dificuldades para enxergar de perto
(presbiopia), situação que pode ser corrigida com uso de
óculos.
15. Cristalino
Envelhecimento: com o envelhecimento, o cristalino
pode perder sua transparência, causando borramento
da visão. É a chamada catarata, cujo tratamento
consiste na sua remoção cirúrgica e na colocação de
uma lente artificial em seu lugar.
16. Humor vítreo
O humor vítreo é a substância gelatinosa e
viscosa, formada por uma substância amorfa
semilíquida, fibras e células. Faz parte do corpo vítreo do
olho.
17. Conjuntiva
A conjuntiva ou túnica conjuntiva é uma membrana
mucosa presente nos olhos dos vertebrados que reveste a
parte interna da pálpebra e a superfície exposta da esclera
(o branco do olho), revestindo igualmente a parte posterior
da pálpebra que se prolonga para trás para recobrir a
esclera.
A conjuntiva ajuda a proteger o olho de corpos estranhos e
infecções.
18. Retina
Retina é uma parte do olho responsável pela formação de
imagens, ou seja, pelo sentido da visão. É como uma tela
onde se projetam as imagens: retém as imagens e as traduz
para o cérebro através de impulsos elétricos enviados pelo
nervo óptico. Organização
Em cada retina há cerca de 100 milhões de foto-receptores
(cones e bastonetes) que libertam moléculas
neurotransmissoras a uma taxa que é máxima na escuridão e
diminui, de um modo proporcional (logarítmico), com o
aumento da intensidade luminosa. Esse sinal é transmitido
depois à cadeia de células bipolares e células
ganglionares.
Existem cerca de 1 milhão de células ganglionares e são os
seus axónios que constituem o nervo óptico.
Há, portanto, cerca de 100 fotorreceptores por cada célula
ganglionar; no entanto, cada célula ganglionar recebe sinais
que provêm de um «campo receptivo» na
retina, aproximadamente circular, que abrange milhares de
fotorreceptores.
19. Retina
O sistema de fotorreceptores responde a uma alta gama
dinâmica - com variações de iluminação de de 1 para 1 milhão.
Os bastonetes são apenas sensíveis a baixos níveis de
iluminação mas os cones, que são sensíveis a altos níveis de
iluminação, respondem dentro de uma gama de intensidades
que varia com a iluminação média da cena observada. É isso
que nos faz sentir ofuscados quando a intensidade luminosa
aumenta de repente.
As células bipolares têm uma gama dinâmica muito mais baixa -
só precisam de responder a um sinal proporcional à razão entre
a intensidade local e a iluminação de fundo. Deste mecanismo
sensorial resulta um efeito de adaptação enorme.
Como as células horizontais têm uma resposta relativamente
lenta, quando um fotorreceptor detecta um objeto em
movimento, elas ainda têm informação sobre a situação anterior;
e isso faz com que o sinal de saída das células bipolares, que
passa depois através da camada das células amacrinas para
as células ganglionares, contenha informação útil para a
detecção de movimento.
20. Retina
Persistência da visão, persistência retiniana ou retenção
retiniana designa o fenómeno ou a ilusão provocada
quando um objeto visto pelo olho humano persiste na
retina por uma fração de segundo após a sua percepção.
Assim, imagens projetadas a um ritmo superior a 16 por
segundo, associam-se na retina sem interrupção.
Segundo essa teoria, ao captar uma imagem, o olho
humano levaria uma fração de tempo para "esquecê-la".
Assim, quando os fotogramas de um filme de cinema são
projetados na tela, o olho misturaria os fotogramas
anteriores com os seguintes, provocando a ilusão de
movimento: um objeto colocado à esquerda num
fotograma, aparecendo à direita no fotograma
seguinte, cria a ilusão de que o objeto se desloca da
esquerda para a direita.
21. Retina
Estudos mais recentes comprovam que a visão é mais
complexa e que essa explicação não é inteiramente
correta. Sabe-se hoje que a ilusão de óptica provocada
pela exibição de imagens em seqüência se divide entre o
movimento beta e o movimento phi. Avanços nas áreas da
fisiologia e neurologia procuraram demonstrar já nos anos
70 que a persistência da visão seria um mito. Hoje ainda o
conceito é usado, especialmente por teóricos do cinema.
Pode defender-se que de fato o fenômeno existe, visto que
a percepção é todo um processo que envolve não só o
órgão perceptor como também o cérebro, que interpreta
essa percepção e subjetivamente a retém: a retina é um
elemento indissociável do cérebro.
22. Retina
Os filmes ou seqüências de imagens em vídeo
mostram o movimento mais suave e menos saltitante.
Um filme de celulóide é impressionado a 24
fotogramas por segundo. Hoje o Vídeo digital (ou DV)
é gravado a 25 (Europa) ou 29.97 q/s (cerca de 30
frames por segundo - EUA).
O fenômeno da persistência retiniana foi pela primeira
vez contrariado pela teoria da Gestalt, que o interpreta
como um trabalho do cérebro, que associa imagens
distintas, podendo criar assim a ilusão do movimento
(movimento beta).
23. Mácula
A mácula ou macula lútea (do latim macula, "ponto" +
lútea, "amarelo") é um ponto ovalado de cor amarela junto
ao centro da retina do olho humano. Tem um diâmetro de
cerca 1,5 mm. Do ponto de vista histológico, tem duas ou
mais camadas de células ganglionares.
É na mácula que se encontra a maior densidade de células
cone do olho, responsáveis pela visão de cores. Essa alta
densidade de cones faz com que a mácula seja o ponto do
olho onde enxergamos com a maior clareza e definição.
Porém, a grande quantidade de cones traz como
conseqüência uma menor densidade de bastonetes. À
noite, quando há pouca luz, os cones não conseguem ser
estimulados com tanta eficácia, sendo nossa visão noturna
fruto quase exclusivo da ação dos bastonetes. Ao
olharmos diretamente para uma estrela, ela é projetada na
mácula, onde há poucos bastonetes. Portanto, é
freqüentemente mais fácil enxergar uma estrela olhando
um pouco ao lado de sua direção do que diretamente nela.
24. Mácula
Cones
são as células do olho humano que tem a capacidade de
reconhecer as cores, segundo a teoria tricromática (teoria
de Young-Helmholtz). Já os bastonetes, outro tipo de
célula do olho humano, tem a capacidade de reconhecer a
luminosidade. Existem aproximadamente 6 milhões de
cones em cada olho humano concentrados na região
fóvea. Sendo estes os responsáveis pela percepção das
cores, quando existe uma anomalia ou ausência de algum
dos fotopigmentos nas terminações dos cones estamos na
presença do daltonismo.
25. Mácula
Bastonetes
São células da retina, que conseguem funcionar com
níveis de luminosidade baixos. São basicamente
responsáveis pela visão noturna (noturna). Têm este nome
devido à sua forma alongada e cilíndrica. São também
usados na visão periférica.
Estas células estão concentradas mais externamente na
retina e existem, na retina dos humanos, cerca de 100
milhões de bastonetes.
Servem para quando uma pessoa vai a um ambiente mais
escuro ele trabalhe de forma que fique mais perceptível as
coisas e quando você vai para um lugar mais claro você
veja de forma melhor. Estão localizadas na região fóvea.
São 100 vezes mais sensíveis à luz que os Cone
(célula), mas detectam apenas tons de cinza.
26. Coróide
É uma estrutura do olho que está situada entre a
esclerótica e a retina e é intensamente pigmentada. Esses
pigmentos absorvem a luz que chega à retina, evitando
sua reflexão. Acha-se intensamente vascularizada e tem a
função de nutrir a retina. Abastece de nutrientes e oxigênio
os tecidos oculares.
27. Esclera
Anteriormente denominada "esclerótica" é a túnica externa
branca e fibrosa do globo ocular, popularmente chamada
de "branco do olho". É opaca e contém fibras de colágeno
e elastina. Nas crianças é mais fina e apresenta um pouco
de pigmento sob ela, aparentando levemente azulada. Nos
idosos, entretanto, o depósito de gordura na esclera faz
com que ela aparente uma coloração levemente
amarelada.
28. Nervo óptico
O nervo óptico constitui, com o homólogo contralateral, o
segundo (II) par de nervos cranianos.
Tem função exclusivamente sensitiva. Transporta as
sensações visuais do olho para o cérebro (penetrando no
crânio pelo canal óptico), formando-se por convergência
das células ganglionares ao nível da retina no olho.
29. Músculo
Músculos Ciliares Ajustam a forma do cristalino. Com o
envelhecimento eles perdem sua elasticidade, dificultando
a focagem dos objetos próximos e provocando presbiopia.
Músculos Estrínsecos Conjunto de seis músculos
responsáveis pelo movimento dos olhos. Trabalham em
sincronismo, entre si, propiciando a movimentação
simultânea dos olhos. Caso ocorra alguma alteração neste
sincronismo teremos a deficiência ocular chamada
estrabismo.
30. Amétrope
O prefixo “A” é sinal de negatividade, assim como anormal.
Do mesmo modo o prefixo “A” de Ametropia, representa
ausência de visão normal. A visão não é normal quando o
encontro focal dos raios de luz que penetram o olho, não
ocorre exatamente sobre a fóvea (mácula) central.
Ametropia é a designação das deficiências da visão, por
causas não patológicas. Estas deficiências da visão são
compensadas com lentes dioptricamente
graduadas, diferentemente das deficiências por causas
patológicas, que muitas vezes nada tema a ver com as
verdadeiras Ametropia.
Ametropia é a designação que se dá as deficiências da
visão, assim como Miopia, Hipermetropia, astigmatismo e
presbiopia e suas combinações.
31. Emétrope
Emetropia é a normalidade da visão. Nas pessoas
Emétropes (visão normal), quando o encontro focal dos
raios paralelos que penetram na córnea do olho, ocorre
exatamente na Fóvea central, localizada no fundo da retina
dentro da mácula. Nesses casos a visão é considerada
normal, ou seja emétrope.
Emetropia é o estado normal do olho, no concerne a
refração. Quando o encontro focal dos raios de luz que
penetram o olho, após sofrerem a convergência dos
sistemas ópticos do olho ocorrem somente na retina, sem
o auxilio de lentes compensadoras, esta caracterizado uma
ametropia.
32. Amétropes e Emétropes
Formação de imagem fora da Retina
Formação de imagem sobre a Retina
34. Refração
ÍNDICE DE REFRAÇÃO
Vácuo 1,0000
Ar 1,0003
Água 1,3330
humor aquoso 1,3300
humor vítreo 1,3400
Córnea 1,3800
Cristalino 1,4000
Vidros 1,4 – 2,0
Diamante 2,4170
índice de refração (n) é a medida do desvio da luz no meio
Velocidade da luz 300.000 k/s
36. Deficiências Visuais
O termo deficiência visual refere-se a uma situação irreversível de
diminuição da resposta visual, em virtude de causas congênitas ou
hereditárias, mesmo após tratamento clínico e/ ou cirúrgico e uso de
óculos convencionais.
A diminuição da resposta visual pode ser
leve, moderada, severa, profunda (que compõem o grupo de visão
subnormal ou baixa visão) e ausência total da resposta visual (cegueira).
Segundo a OMS (Bangkok, 1992), o indivíduo com baixa visão ou visão
subnormal é aquele que apresenta diminuição das suas respostas
visuais, mesmo após tratamento e/ ou correção óptica convencional, e
uma acuidade visual menor que 6/ 18 à percepção de luz, ou um campo
visual menor que 10 graus do seu ponto de fixação, mas que usa ou é
potencialmente capaz de usar a visão para o planejamento e/ ou execução
de uma tarefa.
Os tipos de deficiência da visão são divididos em 3 grupos:
CEGOS: têm somente a percepção da luz ou que não têm nenhuma visão
e precisam aprender através do método Braille e de meios de
comunicação que não estejam relacionados com o uso da visão.
Portadores de VISÃO PARCIAL: têm limitações da visão à distância, mas
são capazes de ver objetos e materiais quando estão a poucos centímetros
ou no máximo a meio metro de distância.
Portadores de VISÃO REDUZIDA: são considerados com visão indivíduos
que podem ter seu problema corrigido por cirurgias ou pela utilização de
lentes (míopes, Hipermetropes, astigmátas e Présbitas) .
37. Miopia
A palavra "miopia" vem do grego "olho fechado", porque as pessoas com
esta condição, freqüentemente apertam os olhos para ver melhor à
distância.
Sintomas: visão desfocada, dificuldade para focalizar à distância ou para
ver objetos nitidamente
Correção: lente côncava ou negativa
No olho míope em repouso os raios paralelos de objetos distantes são
focalizados adiante da retina. A potência do sistema óptico é excessiva
para o comprimento do olho e os objetos distantes perdem a nitidez. Por
outro lado, a visão de objetos próximos é nítida pois sua imagem forma-se
na retina.
Sintomas: Os sintomas habituais da miopia consistem na visão indistinta
para longe (p. ex.: sinalização rodoviária, espetáculos esportivos, quadro
negro, cinema e teatro). É freqüente o míope cerrar os olhos quando mira à
distância, o que lhe traz certa melhora da acuidade visual.
Correção Faz-se com óculos ou lentes de contato. Utilizam-se lentes
negativas (também chamadas lentes menos ou côncavas), as quais
reduzem a potência do sistema óptico. Tais lentes produzem divergência
dos raios paralelos antes que estes penetrem no olho. O olho míope
corrigido vê nitidamente à distância quando em repouso e serve-se de
acomodação natural para a visão de perto.
39. Hipermetropia
Significado: “Vista longa” aquele que vê bem a distância
Sintomas: visão desfocada, dificuldade para ver com nitidez objetos
próximos.
Correção: lente convexa ou positiva.
No olho hipermétrope com acomodação (e cristalino), quando relaxado, a
focalização dá-se atrás da retina. Em muitos casos de hipermetropia a
contração do músculo ciliar é suficiente à acomodação para visão de longe.
Para a visão de objetos próximos, contudo, o esforço excessivo imposto ao
músculo pode causar cansaço e desconforto ocular. Em alguns casos a
capacidade de acomodar é insuficiente e a imagem fica indistinta.
Sintomas:Incluem dor e cansaço ocular, dificuldades de concentração, de
leitura e de executar tarefas que necessitem visão de perto. Por vezes a
visão fica indistinta, principalmente para objetos próximos.
Correção: A hipermetropia pode ser corrigida com óculos ou lentes de
contato. Utilizam-se lentes positivas (também chamadas lentes mais ou
convexas) a fim de aumentar a potência do sistema óptico de forma que os
raios paralelos de objetos distantes comecem a convergir antes de penetrar
no olho para serem focalizados na retina com o músculo ciliar relaxado.
Para a visão de perto o olho utiliza a acomodação normal.
41. Astigmatismo
Sintomas: visão desfocada, dificuldade para ver objetos próximos e
distantes.
Correção: lentes cilíndricas positivas ou negativas
Pode ocorrer isoladamente ou associado a miopia ou hipermetropia. O olho
astigmata não consegue focalizar nitidamente os feixes de raios paralelos.
A focalização na retina é elíptica ou linear, resultando em visão indistinta.
Isto ocorre porque a potência é maior numa direção (por exemplo, na
vertical ou na horizontal) e menor na oposta. Chama-se tórica à superfície
cuja curvatura é mais forte em uma direção do que na outra (exemplos:
barris de vinho e interior de câmara de ar de pneus).
O astigmatismo deve-se em geral à córnea tórica, cuja curvatura mais forte
costuma ser a vertical. Grande número de olhos apresenta algum
astigmatismo mas a dioptria geralmente é fraca e por isso pouco perturba a
visão.
Sintomas: A visão indistinta pode ser sintoma de astigmatismo. Podem
também ocorrer cansaço e dor ocular, dificuldades de concentração e
incapacidade de leitura prolongada. É frequente que as linhas em uma só
direção (exemplo: na horizontal) pareçam mais nítidas.
Correção: Faz-se com óculos (às vezes com lentes de contato). As lentes
de óculos para correção de astigmatismo deverão ter superfície tórica.
43. Astigmatismo Miópico
(Simples)
Astigmatismo Miópico (Simples)
É a impossibilidade de se ver nitidamente em apenas um meridiano sendo
a visão normal no meridiano oposto. O astigmatismo impede a visão nítida
para longe e perto, mas as pessoas sentem mais falta de lentes corretoras
dirigindo carro à noite, em cinema, televisão etc. Geralmente o
astigmatismo é provocado pela curva vertical da córnea ser mais
acentuada do que a curva horizontal. Isto faz com que as imagens sejam
focalizadas antes da retina, apenas em um plano vertical sendo que no
plano horizontal a focalização é na retina. Isto faz com que sejam
necessárias correções com lentes negativas apenas no meridiano vertical e
no horizontal seja a lente plana.
EX : 0.00-1.00 180° (a favor da regra) ou 90°(contra regra) ou em qualquer
eixo.
45. Astigmatismo Hipermétropico
Simples
Astigmatismo Hipermetrópico (Simples)
É uma deficiência de visão que também ocorre em um dos meridianos. A
contrário do astigmatismo miópico, a imagem, num plano, se focaliza atrás
da retina e no outro se focaliza exatamente na retina. Ele é corrigido com
lente plano-cilíndrica positiva.
EX: 0.00 +1.00 90° (+1.00 – 100 180º)
47. Astigmatismo Misto
Quando numa direção as imagens são focalizadas dentro do olho, antes da
retina e na direção oposta são focalizadas atrás da retina está
caracterizado o astigmatismo misto. Ele é misto porque precisa lentes
corretoras que tenha um meridiano positivo e outro oposto, negativo, com
cilíndrico sempre maior que o esférico.
EX: +2.00-4.00 180°
49. Astigmatismo Míopico
Composto
É corrigida com lentes cujos meridianos principais são negativos, porém
com valores diferentes.
Imagem forma antes da retina em ângulos diferentes
EX:-3.00-1.00 180°
51. Astigmatismo Hipermetrópico
Composto
É corrigida com lente cujos meridianos principais são positivos, porém com
valores diferentes, focalização desigual, porém antes da retina.
EX:+1.00+2.00 90°
OBS: focalização se da atrás da retina, porem em planos diferentes .
53. Presbiopia
É um estado ligado à idade, no qual a visão de perto piora. A presbiopia é
um processo natural, cujo resultado é a perda gradual da capacidade de
acomodação. Com o avançar dos anos o cristalino vai endurecendo e sua
forma deixa-se modificar com menos facilidade. As alterações causadas
pela presbiopia costumam manifestar-se por volta dos 40
anos, completando-se pelos 70.
Sintomas da Presbiopia: Os primeiros sinais de presbiopia são
dificuldades na visão de perto, como por exemplo na leitura. Os textos
impressos aparecem indistintos , principalmente sob má
iluminação, podendo ocorrer dor de cabeça à leitura. O presbita começa a
afastar o texto dos olhos e por vezes diz que seus braços não são
suficientemente compridos.
Correção do Presbita Emétrope: Quando o presbita é emétrope sua visão
de longe é perfeita. Já para visão de perto haverá necessidade de óculos
de lentes positivas para suprir a acomodação tornada insuficiente. À
proporção que a idade avança e a acomodação vai reduzindo-se, o
presbita necessita de óculos para perto cada vez mais fortes. Os óculos de
perto têm a desvantagem de desfocalizar objetos distantes, pois sua
potência focaliza-os adiante da retina. Para o presbita emétrope são
apropriados os óculos em armação do tipo meia lua ou similar.
54. Presbiopia
Correção do Presbita Hipermétrope
Muitos hipermétropes jovens não sentem necessidade de óculos, pois
valem-se da própria acomodação para visão nítida. Como isto solicita parte
da acomodação, estas pessoas vão necessitar de correção para presbiopia
mais cedo do que o habitual, acabando ainda por precisar também de
óculos para longe. No hipermétrope que já usa óculos , os sintomas de
presbiopia manifestam-se na idade habitual. Como já usam lentes
positivas, vão precisar de outras mais fortes para perto. O resultado
freqüente é a necessidade de dois pares de óculos, para perto e longe.
Uma alternativa aos dois pares são as lentes bifocais, que têm dois graus
na mesma lente, ou as lentes progressivas (multifocais), que têm várias
dioptrias na mesma lente.
Correção do Presbita Míope
O míope costuma usar óculos para longe e por isso irá precisar de correção
para presbiopia na idade habitual. Muitos míopes preferem tirar os óculos
ao olhar para perto, pois com o aumento da presbiopia é mais difícil
focalizar de perto com eles. Podendo também ser corrigido com lentes
multifocais e bifocais.
56. Outras deficiências Visuais
Afaquia ou Afacia
Anisometropia
Aniseiconia
Estrabismo
Foria
Keratocone ou Ceratocone
Daltonismo
57. Afacia
Também conhecida como Afaquia, é uma ametropia causada pela extração
por meio de cirurgia, do cristalino. O cristalino é retirado cirurgicamente
devido ao cliente ser portador de uma catarata que é uma doença que vai
aos poucos opacificando o cristalino, tomando o cliente cego. Após a
cirurgia, é feita a correção com óculos específico.
59. Anisometropia
É o nome que se dá à condição em que o erro refrativo é diferente entre os
olhos. Quanto maior a diferença existente, maior a possibilidade de causar
transtornos na visão binocular.
Dividindo-se as anisometropias em axiais e refrativas, ambas geram
diferenças nos tamanhos das imagens retinianas porque os tamanhos das
imagens dependem das distâncias, quanto maiores as distâncias, maiores
as imagens. Além das diferenças de tamanho também ocorrem diferenças
de nitidez entre os olhos. Quando há uma correção com óculos ou lentes
de contato, a diferença de nitidez desaparece, mas a disparidade de
tamanho se mantém. Essa disparidade de tamanho, entre imagens
retinianas nítidas, recebe o nome de aniseiconia.
Para fundir imagens de tamanhos distintos há uma sobrecarga no cérebro
criado por um esforço funcional, gerando sintomas indesejáveis (astenopia)
como cefaléia, fotofobia, prurido, queimação etc.
Ex: OD -300
OE -600
60. Aniseiconia
É a situação em que a imagem vista por um olho é diferente daquela vista
pelo outro olho.
A diferença no tamanho ou forma das imagens dos dois olhos pode ser
anatomicamente determinada por uma diferença na distribuição dos
elementos da retina ou pode ser um fenômeno óptico que depende da
diferença no tamanho das imagens formadas na retina (diferença na
refração ou ainda originada de ordem externa).
61. Estrabismo
Todo estrábico tem visão dupla. Geralmente o estrábico tem uma
ametropia que causou o abandono de um dos olhos, fazendo com que a
visão do olho abandonado fique atrofiada. Com a visão atrofiada o olho
toma uma posição qualquer, saindo da posição normal. Quando o estrábico
(até dois anos) tenta fundir as duas imagens e não consegue, abandona a
visão em um dos e aí provém o estrabismo. Entre os dois e três anos
poderá ser recuperado pelo oftalmologista. Depois desta idade torna-se
problemática sua recuperação. A recuperação estética poderá ser
conseguida mas visual é muito difícil. Em certas circunstancias o
estrabismo pode ser recuperado com lentes prismáticas.
63. Foria
É uma variação na fusão das Duas imagens, obtidas para cada um dos
olhos, (fora do posicionamento adequado) numa só, e significa uma
tendência de falta de fixação na posição dos olhos.
Heteroforia é o desvio de um dos olhos, não devidamente alinhados pelos
mecanismos de fusão das imagens.
01 - Esotropia é o olho com tendência de desviar para dentro.
02 - Exotropia é o olho com tendência de desviar para fora.
03 - Hiperforia é o olho com tendência de desviar para cima
04 - Hipoforia é o olho com tendência de desviar para baixo
Cicloforia é o olho com tendência para rotação fora da linha de visão do
eixo frontal e posterior.
65. Ceratocone
Ceratocone (do Grego: kerato- chifre, córnea; e konos cone), é uma doença
não-inflamatória degenerativa do olho na qual as mudanças estruturais na
córnea a tornam mais fina e a modificam para um formato mais cônico
(ectasia) que a sua curva gradual normal. O Ceratocone pode causar
distorção substancial da visão, com múltiplas imagens, raios e sensibilidade
à luz sendo freqüentemente relatados pelos pacientes.
Ceratocone é a distrofia mais comum da córnea, afetando uma pessoa a
cada mil, parecendo ocorrer em populações em todo o mundo, embora
alguns grupos étnicos apresentam uma prevalência maior que outros.
Geralmente é diagnosticado em pacientes adolescentes e apresenta seu
estado mais grave na segunda e terceira década de vida.
67. Daltonismo
O Daltonismo (também chamado de discromatopsia ou discromopsia) é uma
perturbação da percepção visual caracterizada pela incapacidade de
diferenciar todas ou algumas cores, manifestando-se muitas vezes pela
dificuldade em distinguir o verde do vermelho. Esta perturbação tem
normalmente origem genética, mas pode também resultar de lesão nos
órgãos responsáveis pela visão, ou de lesão de origem neurológica.
O distúrbio, que era desconhecido até ao século XVIII, recebeu esse nome
em homenagem ao químico John Dalton, que foi o primeiro cientista a estudar
a anomalia de que ele mesmo era portador. Uma vez que esse problema está
geneticamente ligado ao cromossomo X, ocorre mais frequentemente entre
os homens (no caso das mulheres, será necessário que os dois
cromossomos X contenham o gene anômalo).
Os portadores do gene anômalo apresentam dificuldade na percepção de
determinadas cores primárias, como o verde e o vermelho, o que se repercute
na percepção das restantes cores do espectro. Esta perturbação é causada
por ausência ou menor número de alguns tipos de cones ou por uma perda
de função parcial ou total destes, normalmente associada à diminuição de
pigmento nos fotorreceptores que deixam de ser capazes de processar
diferencialmente a informação luminosa de cor.
O olho humano distingue apenas três cores: vermelho, verde e azul. As
demais cores são apenas variações em diferentes proporções destas 03
cores
71. Difusão da Luz
Fresnel tipo de lente criada por Augustin Jean
Fresnel, físico francês, que viveu de 1788 a 1827.
No século 19, estudava-se o que poderia ser feito
para ampliar o poder de luminosidade dos faróis
marítimos. Uma das soluções era o emprego de
lentes; porém, devido às dimensões exigidas, uma
lente de vidro tornar-se-ia extremamente pesada
para ser instalada no topo dos faróis. Além
disso, seriam necessárias duas, uma de cada
lado, e o mecanismo giratório teria dificuldades
com o peso extra. Partindo de uma lente plano-
convexa (com superfície plana em um dos lados e
curva em outro), Fresnel percebeu que a espessura
do vidro era indiferente para o percurso dos raios
luminosos: uma vez dentro da lente, após ter
sofrido desvio, a propagação não era afetada se
houvesse mais ou menos vidro a percorrer, até que
a outra face fosse atingida.
72. Difusão da Luz
Assim, para reduzir a espessura do vidro, Fresnel
dividiu a superfície da lente em diversos círculos
concêntricos, preservando a curvatura da face
convexa de cada anel. E encaixou esses anéis de
forma achatada, reduzindo assim, em muito, a
espessura do vidro da lente (a lente foi criada já
com esta forma - e não 'recortada' em anéis). A
imagem projetada pela lente fica distorcida, devido
aos cortes existentes em cada anel
concêntrico, não servindo para uso em
equipamentos de captura e projeção de imagens.
Porém, para projeção de Porém, para projeção de
luzes, o invento ficou perfeito, passando a ser
instalado nos faróis:
74. Difusão da Luz
Isaac Newton, físico inglês se preocupou
em estudar a luz e seu comportamento.
Newton demonstrou que a luz branca
poderia ser decomposta em diversas
cores, através de um prisma, fenômeno da
dispersão da luz. Também
demonstrou, utilizando um disco
colorido, que todas as cores somadas
resultariam em branco. Newton utilizou
esses conceitos para analisar a luz.
76. Lentes Positivas ou
Convergentes
Para lentes biconvexas, plano-
convexas ou côncavo-convexa o
comportamento da luz será de
convergência, portanto, estas
lentes são nomeadas de
"convergentes" ou "lentes de bordas
finas ou delgadas"
Caso a lente esteja imersa em um
ambiente cujo índice de refração é
maior que o seu próprio, o
comportamento será o inverso, ou
seja: lentes divergentes convergirão
os raios de luz, e lentes
convergentes divergirão os raios de
luz.
Estes instrumentos possuem
enormes aplicações no cotidiano.
Doenças visuais como hipermetropia
e presbiopia são anuladas pelo uso
de lentes específicas.
77. Lentes Negativas ou
Divergentes
Para lentes bicôncavas, plano
côncavas ou convexo-côncavas, o
comportamento da luz será de
divergência, portanto, estas
lentes são nomeadas de
"divergentes" ou "lentes de bordas
grossas ou espessas“
Caso a lente esteja imersa em um
ambiente cujo índice de refração é
maior que o seu próprio, o
comportamento será o inverso, ou
seja: lentes divergentes
convergirão os raios de luz, e
lentes convergentes divergirão os
raios de luz
Estes instrumentos possuem
enormes aplicações no cotidiano.
Doenças visuais como miopia são
anuladas pelo uso de lentes
específicas.
79. Monofocais ou Visão Simples
As lentes monofocais permitem uma visão nítida
das imagens numa faixa correspondente ao infinito.
Sendo assim, qualquer objeto que estiver acima ou
abaixo dessa faixa ficará com a imagem embaçada.
Essas lentes, se dividem em quatro tipos de
Dioptria:
Esféricas Negativas usadas por pessoas que tem
miopia.
Esféricas Positivas usadas por pessoas que tem
hipermetropia e Presbiopia (Vista cansada)
Planas Cilíndricas usadas por pessoas que tem
Astigmatismo.
Esféricas Cilíndricas usadas por pessoas que têm
miopia com astigmatismo e hipermetropia com
astigmatismo
82. Bifocais
As lentes bifocais permitem uma visão nítida das
imagens que estão perto ou longe do usuário
dessas lentes. Sendo assim, qualquer objeto que
estiver entre essa faixa de visão, ou seja, na faixa
intermediária, ficará com a imagem embaçada.
Esse tipo de lente apresenta uma linha divisória
visível, e isso a tornou pouco usada ao longo do
tempo, principalmente com a evolução das lentes
progressivas.
87. Bifocais
Ultex (Base prismática inferior): Indicado quando a
adição é menor que o valor positivo de longe. Ex:+2.00
Adição 1.00
Kriptock (Base prismática central): Indicado quando
a adição for igual ao valor positivo de longe.
Ex: +1.50 Adição de 1.50
Biovis (Base prismática superior): indicado quando a
adição é maior que o valor positivo de longe.
Ex: + 1.00 Adição 2.00
Obs.: para todos os casos em que a dioptria de longe for
negativa é indicado Biovis (base prismática Superior)
Ex: -2.00 adição de 1.00
88. Progressivas
As lentes multifocais ou progressivas permitem
uma visão nítida das imagens em todas as
distâncias, ou seja, na visão de perto, intermediário
e longe. O usuário de lentes progressivas tem uma
visão muito próxima da visão natural. Esse tipo de
lente permite ao usuário uma visão clara e perfeita
com o simples movimento dos olhos.
93. Semiprogressivos
São lentes fabricadas com dioptrias para distância
intermediaria e perto. São indicadas para usuários
cujo trabalho e outras atividades se dão em
recintos pequenos como
escritórios, consultórios, estúdios, etc...
OBS: Não deve ser usado para longe.
96. Lentes para área de trabalho
LSP
A Access®, da Sola, é desenhada para fornecer potência para leitura
e, ao mesmo tempo, um campo de visão intermediário largo, superior
ao das LP normais. Oferece desempenho visual até 3 metros, sendo
ideal para a execução de tarefas que exijam boa visão até essa
distância. A potência da visão de perto ocupa toda a área inferior da
lente, com redução na área superior que se destina à visão
intermediária. Existem duas reduções disponíveis: 0,75D e 1,25D. A
LSP que apresenta redução de 0,75D entre as potências para visão
intermediária e de perto geralmente é destinada ao Presbita com
menos de 50 anos de idade ou que use adição até 1,50D. A LSP com
redução de 1,25D é destinada ao Presbita com mais de 50 anos ou que
use adição igual ou superior a 1,75D. As lentes Access® são
confeccionadas em material CR-39, com índice de 1,4999, 100% de
proteção UVB e 91% UVA. Os blocos apresentam diâmetro de 75
mm, Curva Base Nominal de 5,00 (Real de 4,81), nas reduções de
0,75D e 1,25D. São indicadas para présbitas com vício de refração
esférico entre -2,00D e +4,00D e cilíndrico até 4,00D.
Access Poli n 1.589
97. Lentes para área de trabalho
LSP
• A lente Interview®, da Essilor, permite visão intermediária
como um prolongamento do campo de visão de
perto, oferecendo ao usuário um aumento do ambiente ao seu
redor e uma nova dinâmica de visão. Diminui o efeito de
lupa, comum em lentes para perto. Apresenta visão de perto e
intermediária estáveis. São confeccionadas com material
ORMA com índice de refração de 1,502, proteção UVB de
100% e UVA de 93%. Os blocos apresentam diâmetro de 80
mm, Curva Base Nominal de 5,50 e Real de 5,52. A lente
Interview® apresenta redução de 0,80D para todos os casos.
As possibilidades de receituário incluem vício de refração
esférico entre -2,00D e +4,00D e cilíndrico até 2,00D. São
indicadas para presbitas emetropes ou portadores de baixas
ametropias que necessitam apenas de correção de perto.
98. Lentes para área de trabalho
LSP
A lente Cosmolit Office®, da Rodenstock, permite visão
clara de perto (40 cm), otimização máxima entre 60 cm e 90
cm e prolongamento da visão intermediária no mínimo até 2
metros, podendo ir até 6 metros, dependendo da correção.
Essas LSP são confeccionadas com material CR 39 com índice
de refração de 1,499, proteção UVB de 100% e UVA de 91%.
Os blocos apresentam diâmetro de 80 mm, Curva Base de
3,50 (para graus entre -6,00D/-4,50D), 4,50 (- 4,00D
/+1,50D), 6,00 (+1,75/+3,25), 7,00 (+3,50/+4,75) e 8,00
(+5,00D/+6,00D). A lente apresenta redução de 1,00D para
os casos de adição entre +1,25D/+1,75D e de 1,75D para
adição entre +2,00D/+3,00D. As possibilidades de receituário
incluem vício de refração esférico entre -6,00D e +6,00D e
cilíndrico até 4,00D. São recomendadas para présbitas
emétropes ou ametropes que executam atividades que
requerem visão de perto e intermediária com grande alcance e
estabilidade visual.
99. Lentes para área de trabalho
LSP
A lente Clarlet Business®, da Zeiss, é uma LSP especialmente
desenhada para uso em ambiente fechado. A lente oferece amplo
e estável campo de visão de perto, e largo e harmônico campo
para visão intermediária. Os campos visuais de perto e
intermediário são projetados para uma transição suave e
proporcionam posição fisiológica confortável da cabeça e do
corpo. A lente possibilita visão confortável e de qualidade a partir
de 35 cm até 1,20 metro (dependendo da idade, do poder de
acomodação e do tipo de lente). São confeccionadas com material
Clarlet® com índice de refração de 1,501, valor de Abe 58,0 e
espessura de 1,32 g/cm3, proteção UVB de 100% e UVA de 91%.
Há blocos com diâmetros de 75 mm para potências esféricas de -
2,00D a +4,00D e cilíndricas até 4,00D e 70 mm para potências
esféricas de -2,00D a +6,00D e cilíndricas até 4,00D. São
possíveis todos os tipos de tratamento para o material Clarlet®.
Existem duas reduções disponíveis, 1,00D (Clarlet Business® 10)
e 1,50D (Clarlet Business® 15). A LSP que apresenta redução de
1,00D entre as potências para visão intermediária e de perto
geralmente é destinada ao Presbita com menos de 50 anos de
idade. A LSP com redução de 1,50D é para quem tem mais de 50
anos ou que usa adição igual ou superior a 1,75.
100. Lentes para área de trabalho
LSP
A lente Gradal RD®, da Zeiss, é indicada para pessoas com vício
de refração esférico entre -6,00D e +6,00D e cilíndrico até 4,00D
que necessitam de adição para perto entre +1,00D e +3,00D. No
laboratório óptico, quando do aviamento da receita, +0,50 D é
adicionado ao poder dióptrico do erro refracional (poder de longe)
e subtraído do valor da adição de perto. Assim, no caso de o
paciente necessitar de correção para longe de -6,00D e de adição
de perto de +2,00D, a lente Gradal RD “é montada com -5,50D
(poder na área superior da lente) e adição de +1,50D (na parte
inferior da lente). Essa estratégia assegura amplo e estável
campo de visão de perto e intermediário, sem o estreitamento
encontrado nas LP normais, provendo visão nítida em todas as
distâncias até 4 metros. O desenho da lente oferece boa visão em
todas as distâncias em ambiente fechado, menor movimentação
da cabeça, rápido reconhecimento de detalhes e liberdade de
movimento para andar no ambiente. (Obs.: a Zeiss sugere que as
lentes Clarlet Business “e Gradal RD” devam ser as lentes do
segundo par de óculos de pacientes que já tenham LP e que
executam atividades que requerem visão de perto e intermediária
com mais conforto e rendimento.4 Deve-se ressaltar que todas as
LSP foram desenvolvidas para serem usadas somente em
ambiente fechado.
101. Lentes Solares
As lentes solares além de proteger os
olhos contra as radiações
ultravioletas, também oferecem um
grande conforto visual ao usuário.
Disponíveis em várias tonalidades; as
cores das lentes solares, de uma
maneira geral, podem ser úteis para
melhorar a performance de atletas /
usuários em algumas
modalidades, pois conseguem
proporcionar uma visão mais nítida
das imagens. Lentes amarelas, por
exemplo, são tidas com ideais para
esportes noturnos, pois clareiam o
ambiente e ampliam o campo de
visão do usuário. Lentes de
tonalidade esverdeadas são indicadas
para esportes como o tiro ao
alvo, pois realçam a luz
infravermelha da
arma, proporcionando maior
precisão. Lentes marrons melhoram
os contrastes e reforçam detalhes.
Lentes fotossensíveis (fotocromáticas
ou transitions) são indicadas para o
golfe, esporte onde o jogador muda
102. Materiais
Lentes Cristal: São lentes de vidro oftálmico. São
mais resistentes a arranhões , são mais pesadas e
mais fáceis de quebrar. São fabricadas em cristal
incolor, coloridas (em desuso) cristal fotocromático e
alto índice.
Lentes de Resina: São lentes de material
orgânico, resistentes a impacto, mais leves e de
preço mais acessíveis, embora arranham com mais
facilidades exigindo portanto, maior cuidado no
manuseio. Contra indicados para armações de 3
peças. São fabricadas em resina comum, transitions
e alto índice.
Lentes Policarbonato: Material altamente
resistente a impactos chegando a ser 12 vezes mais
resistente que as de resina comum. São lentes muito
leves, mais finas e indicadas para armação de 3
pecas.
103. Materiais
Trivex: As lentes do tipo Trivex são tão resistentes
quanto as de policarbonato, porém com um número
ABBE muito mais alto (43), anulando assim a
aberração cromática e os efeitos prismáticos.
Também possuem ultraproteção UV e são lentes
relativamente finas pois possuem índice de refração
de 1.53.
Polarizada: As lentes polarizadas filtram até 99%
do brilho ou luz refletida na horizontal, deixando
passar apenas a luz vertical. São extremamente
úteis para quem costuma dirigir sob a luz do
pôr/nascer do sol e em situações onde haja reflexo
da luz (ambientes com piscina ou áreas
espelhadas/envidraçadas) que cause ofuscamento
da visão.
105. Tratamentos
Anti-risco: Película aplicada na superfície das lentes
após o polimento, aumentando a resistência a
arranhões leves.
Anti-reflexo: Tratamento aplicado nas superfícies
anterior e superior das lentes. Sua função é diminuir
o incomodo visual causado pelos raios de luz que são
refletidos pelas superfícies polidas das lentes e pelos
meios externos tais como vidros de
carro, espelhos, lâmpadas de focos, tela de
computador.
Também proporciona maior transferência melhorando
a definição das imagens e a estética dos óculos.
Hidro-repelente: Camada aplicada na superfície das
lentes sobre os outros tratamentos, com poder de
repelir gotas d`água, por isto é que deve ser o ultimo
processo de tratamento.
106. Tratamentos
Ultravioleta: Pode ser aplicado nas superfícies das
lentes incolores como único tratamento ou
conjugada com anti-risco e hidro-repelente, com o
poder de barrar (filtrar) os raios solares prejudiciais
ao olho. As lentes com tratamento anti-reflexo, as
fotossensíveis e as coloridas já vêm com sua
proteção de UVA e UVB.
107. Coloração
Verde: Inibe os tons vermelhos, realça os tons
amarelos, recomendável para Hipermétropes.
Marrom: Inibe os tons azuis, realça os tons
vermelhos, recomendável para os míopes.
Cinza: Filtra de maneira homogênea, não
muda as cores entre elas.
Obs.: Importante informar que quando for
solicitado pelo médico na receita a tonalidade
das lentes deve seguir independente do tom da
armação ou da atividade desempenhada pelo
usuário.
109. Interpretação de Receitas
A receita óptica cujo símbolo é conhecido como RX, é
um documento onde os oftalmologistas anotam, os
poderes dióptricos, esféricos cilíndricos as posições
dos eixos em graus (º), as dioptrias prismáticas, as
direções das bases prismáticas, as dioptrias de longe
e de perto, as distancias pupilares e distancias
nasopupilares, ambas para longe e perto e o tipo de
lente a ser usado. As marcas das lentes não
costumam ser inseridas nas receitas, sendo esta uma
atribuição do óptico, que é o negociador de preços e
produtos, diretamente junto ao cliente. Estas lentes
indicadas farão parte do óculos que compensarão as
deficiências da visão, conhecidas como ametropias.
Na receita não se deve fazer outras anotações, salvo
carimbo no verso, e indicação em que página do livro
foi registrada, a data e a assinatura do óptico
responsável pela confecção dos óculos e assim mesmo
não há uma obrigatoriedade em fazê-lo sendo
opcional este registro.
110. Interpretação de Receitas
Normalmente a receita tem espaços para o oftalmologista
anotar os seguintes itens:
Dioptria esférica de longe e perto, para olho direito e
esquerdo; Dioptria cilíndrica de longe e perto, para olho
direito e esquerdo; Eixo em graus (º) indicador da posição
da compensação astigmática; Adição Distancia pupilar de
longe e perto; Dioptria prismática; Obs. Onde são anotados
dados não impressos; Esquema (transferidor) de
posicionamento de eixos.
O desenho de um transferidor, onde algumas vezes são
assinaladas, a direção dos eixos ou das bases prismáticas, é
quase que desnecessário, visto que os aparelhos e
instrumentos usados, são todos eles em esquema único, ou
seja o tabo. Não há mais necessidade desses desenhos
porque os esquemas foram totalmente unificados e hoje só
se usa o tabo.
Mesmo não sendo necessário, algumas vezes serve, para
consertar um erro, quando oftalmologistas anotam, com
números ilegíveis, as indicações dos eixos e caso a direção
esteja assinalada, poderão ser resolvidas dúvidas.
112. Interpretação de Receitas
Geralmente a receita tem um campo de
anotações de refração de longe colocada na
parte superior da RX e na parte inferior é
anotado na parte de perto (podendo em
alguns casos estar invertido).
A maioria das receitas vem com espaços para
anotações impressas mas umas poucas são
totalmente manuscritas e muitas vezes
ilegíveis, sendo o profissional obrigado a
proceder como um farmacêutico e presumir o
que significam os dados, daí ser necessário os
conhecimento dos símbolos e abreviações que
ajudará na interpretação das receitas.
Nas “Obs”. É costume lerem-se anotações
assim como: “Em caso de
progressivos, aumentar 0,25 na adição”;
Em outros casos receitam-se “lentes
progressivas” e não é citado se deve-se ou
não aumentar a adição.
“Manter as marcas” nos casos de lentes
progressivas, é um outro dado, algumas
vezes inserido, nas receitas, é recomendado
ao ótico. Quando acontece das marcas serem
retiradas, no processo de surfaçagem ou
montagem, o Óptico fazer nova
marcação, para orientar o oftalmologista que
necessita fazer a conferencia da exatidão dos
óculos.
113. Interpretação de Receitas
RX: Receita óptica
OD: Olho Direito
OE: Olho esquerdo
Esf: Esférico
Cil.: Cilíndrico
º: Grau (posição do eixo astigmático)
D: Dioptria prismática
D.: Dioptria esférica ou cilíndrica
DP: Distancia pupilar
DNP.: Distancia nasopupilar
B: Base prismática
L: Longe
P: Perto
n: Índice de Refração
114. Interpretação de Receitas
- : Sinal que precede o poder dióptrico negativo
+ : Sinal que precede o poder dióptrico positivo
AM: A medir geralmente escrita de forma ilegível no espaço
da DP
X.: longe e perto
AO: ambos os olhos
Asf.: Asférica
CO: Centro óptico
Dv.: Distancia ao Vértice
AV.: acuidade visual
Bif.: Bifocal
Alt.: Altura
Cx.: equivalente a sinal positivo ou lado convexo da lente
Cc.: Equivalente a sinal negativo ou lado côncavo da lente
20/20: Acuidade visual normal – 100%, ou 1 inteiro (10/10)
mm.: Milímetro
Ad.: Adição
115. Interpretação de Receitas
N.: Nasal (direção das bases prismáticas)
T.: Temporal (direção da base prismática)
Sup.: Superior (direção da base prismática)
Inf.: Inferior (direção da base prismática)
Int.: Base prismática interna (ou nasal)
Ext.: Base prismática externa (ou temporal)
Cx.: Convexa
Cc.: Côncava
L.C.: Lente de contato
Oclusor: Lente fosca para impedir a visão
C.B.: Curva base da lente
CR 39: Resina orgânica
BPS: Bifocal de base prismática superior
BPI: Bifocal de base prismática inferior
BPC: Bifocal de base prismática Central
AR: Anti Reflexo
nm: Nanômetro
116. Interpretação de Receitas
Transposição
Toda lente cilíndrica, combinada ou
tórica, possui duas formas de ser lida ou
prescrita, uma com o sinal do cilíndrico positivo
outra com o sinal do cilíndrico negativo. A isto
chamamos de transposição, que é a mudança de
números e sinais sem alterar o valor dióptrico
da lente.
117. Interpretação de Receitas
Regras de Transposição
Sinais iguais: repete-se o sinal soma os dois valores para o
novo esférico, inverte-se o sinal do cilíndrico, repete-se o seu
valor e muda-se o eixo em 90º
Sinais diferentes: acha-se a diferença entre os valores
numéricos (subtraindo) para o novo esférico com o sinal do
maior, inverte-se o sinal do cilíndrico, repete-se o seu valor e
muda-se o eixo em 90º
Valor esférico neutro: o novo esférico será o valor do
cilíndrico acompanhado de seu sinal, inverte-se o sinal do
cilíndrico, repete-se o seu valor e muda o eixo em 90º
Obs: Quando o eixo se apresentar maior que 90º subtrai 90º.
Quando o eixo se apresentar menor que 90º soma com 90º
118. Interpretação de Receitas
Exemplos de transposição
Exemplo 1:
+0.50 + 0.50 à 100º
+1.00 – 0.50 à 10º
Exemplo 2:
+1.50 – 100 à 165º
+0.50 + 100 à 75º
Exemplo 3:
0.00 – 0.50 à 45º
-0.50 + 0.50 à 135º
119. Adição
Adição = diferença da dioptria de longe para
a de perto.
Existem várias formas da receita vir
preenchida e por isto temos que
freqüentemente calcular o valor da adição.
Os valores das adições vão de 1,00 a 3,50 e
são divididos de 0,25 em 0,25;
Verificar sempre os valores e os sinais da
dioptria esférica.
121. Adição
Sinais diferentes:
A dioptria de longe será sempre negativa;
A adição será a soma dos valores esféricos;
Ex: Longe: - 2,00
Perto: + 1,00
Ad: 3,00
EX: Longe: - 1,25 - 0,50 à 85
Perto: + 1,75 - 0,50 à 85
Ad: 3,00
EX: Longe: - 1,25
Perto: + 0,75
Ad:2,00
Ex: Longe: - 3,00 - 0,75 à 105
Perto: + 0,25 - 0,75 à 105
Ad: 3,25
122. Calculo de Diâmetro
LM – DP + ARO
LM: Linha de montagem
Aro: Maior ângulo de Montagem
DP ou DNP: Distancia Pupilar, distancia naso pupilar
123. Calculo de Base ideal
D:Dioptria (correspondente esférico transposto)
6: Valor constante
2: valor constante
Base ideal: D + 6=
2
124. Calculo de Espessura
D: Dioptria
2: valor constante
n: índice de refração do material
dn: diâmetro nominal (correspondente ao Raio de curvatura)
Formula: D x (dn²)=
2xn
se negativo acrescentar espessura central ao resultado = o
resultado será sua espessura de bordo
se positivo acrescentar espessura de borda ao resultado = o
resultado será sua espessura central
125.
126. Índice de Refração
No meio
Lentes
Outros ambientes
Vácuo 1,0000
Ar 1,0003
Água 1,3330
humor aquoso 1,3300
humor vítreo 1,3400
Córnea 1,3800
Cristalino 1,4000
Vidros 1,4 à 2,0
Diamante 2,4170
Resina 1,499
Policarbonato 1,589
127. Informação técnica
Aro
Linha de Montagem
DP ou DNP
Diâmetro
Espessura
Curva base
Altura
Altura do Aro
Eixo
Centro Óptico
Índice de Refração
Prisma
130. Cálculo
Fabricação de lentes
Variação de forma 0.12/0.12
Receituário 0.25/0.25
Conferencia 0,01/0,01 tolerância 0.12/0.12
Como escolher a base
Miopia base 0.50 até 4.00
Hipermetropia 6.00 até 20.00
131. Cálculo
Dados da Lente
Receita Progressivo V.MAX
OD: +200
OE: +200
Adição 225
Base nominal 6.00
Base real 5.50
Índice de refração 1.499
Dados da Armação
Aro: 46
LM: 66
Diâmetro: LM – DP + Aro = 52
DP: 60
Altura: 16
Altura do total do Aro: 26
Fio de Nylon
133. Cálculo
Calculo da Forma
Ferramenta dividido pelo Índice o resultado
multiplicado pela Dioptria esférica = Dioptria
Base Real menos Dioptria = Forma a ser usada
Ferramenta: 1.530 (Valor constante)
Índice de Refração: 1.499
(valor variável de acordo com o material)
Dioptria Esférica: + 2.00
(valor variável de acordo com cada lente)
Base Real: 5.50
(diferente da base nominal anotada na caixa)
134. Cálculo
1.530 : 1.499 = 1.06
+ 2.00 x 1.06 = 2.12 (Dioptria )
5.50 – 2.12 = 3.38
Diâmetro Final 52 mm
(mínimo do Gerador 55 mm)
135. Cálculo
Conferência
Para estar ok
+200
Diâmetro 55
Espessura 3.4
Lentes remarcadas
Confirmar Adição Diamante
Identificar OD ou (e) OE
136. Cálculos
Dados da Lente Ferramenta: 1.530
Receita:
Índice de Refração (n) :_____
OD:
OE: Dioptria Esférica: __________
Adição Base Real: _________
Base Nominal
Base Real Calculo da Forma
Índice de Refração
Ferramenta dividido pelo Índice de
refração o resultado multiplica pela
Dados da Armação
Dioptria esférica = Dioptria
Aro:
LM: Base Real menos Dioptria = Forma
Diâmetro a ser usada
DP:
Altura: Diâmetro da lente: deverá ser
Armação: verificado para lentes tanto
positivas como negativas
139. Montagem
AO MARCAR UM SERVIÇO NA MONTAGEM.
Confirmar se a boleta confere com o pedido.
Confirmar se o pedido confere com a receita médica.
Conferir a dioptria e o tipo de lente encomendada.
Confirmar se as lentes estão em perfeito estado.
Se todas as medidas foram passadas e se correspondem
com o tipo da lente.
Confirmar todas as observações descriminadas no serviço.
Assinar o verso da nota confirmando seu serviço
Obs.: Se alguma destas medidas não conferir a
responsabilidade de passar ou não o serviço é sua ou de
seu superior desde que esteja devidamente autorizado.
140. Montagem
Lensômetro
Identificar a dioptria, o eixo, o
Prisma, a adição, o olho e o centro
óptico das lentes conforme pedido.
141. Montagem
Blocadora em Rede (Código de Barras)
Identificar tipo de montagem;
gama, nylon, baugrife.
Confirmar bom estado da armação.
Confirmar bom estado do modelo e obs. (alteração)
Fazer leitura do modelo e confirmar ponte se
necessário.
Colocar medidas no visor (altura, dnp)
Blocar lente
Obs: Lentes com tratamento é indispensável o uso
de hidroped (proteção para a lente)
142. Montagem
Facetadora em rede
Essilor kappa e Gama (mais utilizada)
Confirmar modelo (código de barra)
Montar lente conforme armação levando em conta
dioptria, medidas e estética.
Obs.: Devido a tecnologia avançada das
facetadoras as lentes poderão sair da máquina a
ponto de encaixe para qualquer tipo de armação.
Salvo exceções tipo troca de modelo, entre outras.
143. Montagem
Diamantada (facetadora Manual)
Quebrar canto ou acabamento manual.
Obs.: Importante se possível ao fazer acabamento
manual optar pela faceta Ringless (sem
anel), evitando assim o friso visível da faceta bisel
ou angular (tipo V).
144. Montagem
Frisadeira de Nylon
Em alguns casos pode-se optar em fazer o friso
manual onde requer uma melhor atenção para com
a profundidade e o acabamento das lentes em
relação a armação (opção automática da
Facetadora Kappa, kappa CTD, Compass...)
145. Montagem
Furo exata: montagem de acordo
com o modelo localizando os furos na
lente de acordo com o modelo anexo
Atenção com as peças e com o bom
estado das lentes antes e depois da
montagem
146. Montagem
Conferência:
Confirmar perfeito estado da
armação e das lentes.
Conferir dioptria, eixo, medidas e
base prismática de acordo com o
solicitado em nota.