O documento resume os principais pontos sobre o que é Linux de acordo com três capítulos. No primeiro capítulo, define-se o que é Linux, firmware, sistema operacional e kernel. Explica-se que Linux é um sistema operacional completo que utiliza um kernel e que o firmware é o software pré-instalado no hardware. No segundo capítulo, fala-se sobre quem criou o Linux e sua história. No terceiro capítulo, abordam-se aspectos políticos do software livre e as diferenças entre Linux e Windows.
4. Iniciação Linux
Sumário
Capítulo 1:
O que é Linux, 6
O que é firmware?, 6
O que é sistema operacional?, 6
O que é kernel?, 6
Windows x Unix x Linux x BSD x MacOS, 13
Capítulo 2:
Quem é Linus?, 36
Breve história do Linux, 38
Tux e Daemon, 41
O que é GNU?, 42
O que é software livre?, 44
O que é a Linux Foundation?, 47
Capítulo 3:
Aspectos políticos do GNU, 52
Grátis agora, pago depois?, 54
Linux x Windows, 57
Se é superior, por que não é o mais usado?, 60
Capítulo 4:
Quantas distros existem?, 68
Principais distribuições, 74
Qual é a melhor?, 77
www.escoladehackers.com.br [3]
5. Escola de Hackers – Nível 1
Capítulo 5:
Formas de obter o Linux, 87
‐ Live CD, 89
‐ Pen drive, 91
‐ Shell online, 93
‐ Máquina virtual, 94
‐ Instalado no Windows, 95
‐ CygWin, 95
Capítulo 6:
Login no Linux, 107
Sistema de contas de usuário, 109
Modo Shell, 111
Modo gráfico, 115
Capítulo 7:
Linux BackTrack, 132
[4] A maior do mundo em língua portuguesa.
7. Escola de Hackers – Nível 1
Capítulo 1:
O que é Linux?
O que é firmware?
O que é sistema operacional?
O que é kernel?
Windows x Unix x Linux x BSD x
MacOS
L: O que é Linux?
H: Linux é um sistema operacional, mas você vai encontrar
definições de Linux também como kernel, então vamos começar
esclarecendo:
MINIDICIONÁRIO
FIRMWARE
Quando o computador é fabricado, ele não passa de um monte
de componentes eletrônicos. Para a CPU se comportar como se
espera de um computador, o fabricante instala alguns
programinhas na memória ROM. Quando o programa já vem
instalado no hardware é conhecido como software embarcado.
[6] A maior do mundo em língua portuguesa.
8. Iniciação Linux
Firmware é qualquer software armazenado sob a forma de
memória de leitura, ROM, EPROM, EEPROM, e que, portanto,
preserva seu conteúdo mesmo quando a eletricidade é desligada.
Você já reparou que um computador montado com peças novas,
ao ser ligado já traz vários utilitários? Quando o computador é
ligado, você já percebeu que aparece no monitor algums
informações sobre os periféricos conectados? Neste momento o
computador também faz um teste nele mesmo para ver se está
tudo OK. E só então busca pelo sistema operacional no disco
rígido ou em uma unidade de CD‐Rom.
Antes do Windows, Linux ou qualquer outro sistema operacional,
o computador já tem um programa rodando, gravado pelo
fabricante na memória ROM. Os nomes mais comuns para este
sistema: BIOS, CMOS, Setup.
SISTEMA OPERACIONAL
É o principal programa de um computador. Sem o sistema
operacional o computador até liga devido ao firmware, mas não
permite a instalação de nenhum outro programa. Cada ação do
usuário (clicar o mouse, digitar, abrir e salvar arquivos, imprimir)
é recebida e interpretada pelo sistema operacional, que toma as
devidas providencias para a execução. O sistema operacional
pode ser considerado o programa mãe que comanda todas as
operações do computador. Para que um programa rode dentro
www.escoladehackers.com.br [7]
9. Escola de Hackers – Nível 1
do seu computador, é necessário que este seja compatível com
com o seu sistema operacional.
KERNEL
Pronuncia‐se: quérnel. Traduções: cerne, miolo, núcleo, centro,
parte principal.
Kernel é o núcleo do sistema operacional. É a parte do sistema
que gerencia a memória, os arquivos e os dispositivos periféricos,
mantém a data e a hora, ativa aplicações e aloca os recursos do
sistema.
H: Linux é um sistema operacional e como todo sistema
operacional, possui um kernel. Quando você estiver lendo sobre
o Linux, verifique se o texto ou mensagem diz respeito ao sistema
como um todo ou apenas a parte principal, o kernel, que é muito
discutido, conforme veremos posteriormente.
L: Quer dizer que quando um computador é fabricado ele só vem
com o firmware?
H: Isso mesmo. Mas alguns fabricantes, lojistas ou distribuidores,
também gravam o sistema operacional. Os modelos mais baratos
vem com o Linux, alguns modelos vem com o Windows Starter
Edition, que é uma versão do Windows Vista com algumas
limitações. Há quem venda o computador com o sistema
operacional Windows pirateado. Isto é feito até por lojas
famosas. O famoso Windows pré‐instalado. E há também quem
[8] A maior do mundo em língua portuguesa.
10. Iniciação Linux
venda o computador sem nenhum sistema operacional. Esta
situação é mais comum na venda de servidores para empresas.
L: Onde fica armazenado o firmware? Firmware é um programa,
certo?
H: Sim. Firmware é um programa que fica armazenado na
memória do computador.
L: Na memória RAM?
H: Não. Na memória ROM. A RAM é para você usar com seus
programas. A ROM é a quem tem o firmware gravado.
MINIDICIONÁRIO:
ROM ‐ Memória Somente para Leitura (Read‐Only Memory). É
utilizada para guardar programas que precisam ser utilizados
após o computador ser desligado. O firmware do PC é guardado
na ROM. Alguns modelos permitem gravação, como quando
fazemos o upgrade da BIOS por exemplo, mas a principal
característica da ROM é que ela mantém as informações mesmo
com a interrupção de energia.
RAM ‐ Memória de Acesso Randômico ou Aleatório (Random
Access Memory). Memória utilizada para manter programas
enquanto estão sendo executados, além dos dados que estão
sendo processados. Os dados são perdidos caso haja falha na
www.escoladehackers.com.br [9]
11. Escola de Hackers – Nível 1
energia, por exemplo (isto quer dizer que a RAM é volátil). Os
programas não rodam no disco rígido, nem no CD‐Rom ou no pen
drive. Uma cópia do programa roda na memória do tipo RAM.
Quando você está usando o Word por exemplo, tem uma cópia
gravada no disco rígido, mas a que você está usando está na
memória RAM. Ela perde os dados quando a energia é
interrompida ou o computador é desligado. Por este motivo você
precisa salvar os arquivos.
MEMÓRIA AUXILIAR ‐ não sendo ROM ou RAM, as demais
memórias são auxiliares: disco rígido, disquete, pen drive, fita,
CD‐Rom, DVD‐Rom, etc.
L: Veja se eu entendi:
1) O computador é formado por componentes eletrônicos e sem
os programas, não serve pra nada.
2) Para o computador começar a funcionar é preciso uns
programas que são gravados na memória ROM pelo fabricante.
Quando os programas são gravados pelo fabricante eles são
conhecidos como firmware.
3) O firmware dá acesso ao relógio interno, fornece no monitor
diversas informações sobre o hardware e sobre o que está
acontecendo quando o computador é ligado, tem uma parte do
firmware que testa o hardware para ver se está tudo bem. É isto
mesmo?
[10] A maior do mundo em língua portuguesa.
12. Iniciação Linux
H: Sim
L: E onde entra o Linux ou o Windows?
H: O Linux ou o Windows são necessários para você poder
instalar os programas.
L: Então o sistema operacional serve pra isso? Para eu instalar os
programas que vou usar no computador?
H: Sim. O sistema operacional cuida do gerenciamento da
memória, do disco e demais dispositivos de armazenamento e
também cuida para os programas se comunicarem entre si e com
os demais periféricos. Para você ele só serve para permitir a
instalação dos programas. Para os programas, ele serve para
fazer a comunicação do programa com os discos, memória,
impressora, etc.
L: É só isso que eu peciso saber sobre sistema operacional?
H: Não. Isto é o conhecimento mínimo para você entender Linux.
Em aulas mais avançadas vamos estudar detalhadamente sobre o
funcionamento do núcleo do sistema operacional. Quando você
entender o funcionamento do núcleo, será capaz de ínteragir
com ele de uma forma que jamais sonhou.
L: Windows e LInux são sistemas operacionais, certo? Existem
outros? Qual a diferença entre eles?
www.escoladehackers.com.br [11]
13. Escola de Hackers – Nível 1
H: Existem muitos sistemas operacionais, alguns bem antigos e
que ainda estão em uso, como por exemplo o MS‐DOS, precursor
do Windows. Segue uma breve descrição de alguns sistemas
operacionais:
Windows ‐ este é o sistema operacional fabricado pela Microsoft.
É o mais usado no mundo e existe em diferentes versões:
Windows 95, Windows 98, Windows NT, Windows 2000,
Windows XP, Windows CE, Windows 2003, Windows Vista,
Windows 2008, Windows 7 (a ser lançado em 2010). O Windows
da mesma versão pode existir em diferentes opções. Algo como a
versão da versão. O Windows Vista por exemplo, existe em seis
edições: Starter, Home Basic, Home Premium, Business, Ultimate
e Enterprise Edition.
Unix ‐ Sistema operacional, multiusuário e multitarefa,
desenvolvido, no início da década dos 70, por Ken Thompson e
Dennis Ritchie, no Bell Laboratories da AT&T. Trata‐se de um
sistema operacional que foi e continua sendo muito importante
no desenvolvimento da Internet. A maioria dos servidores da
Internet utiliza o sistema operacional Unix. É um sistema
comercial adquirido por encomenda. Não é encontrado a venda.
Linux ‐ Sistema operacional inicialmente desenvolvido por Linus
Torvalds e 1991. Vamos conhecer mais sobre o Linux no decorrer
deste seminário. Para entendermos o surgimento do Linux é
preciso, primeiramente, sabermos que ele é resultado de um
[12] A maior do mundo em língua portuguesa.
14. Iniciação Linux
sistema padrão chamado Posix o que faz com que ele seja
semelhante a um Unix. O Linux não é Unix, mas é um Unix. Se
ficou confuso, vai entender melhor no segundo dia do seminário.
BSD ‐ O BSD (Berkeley Software Distribution) é um Sistema
Operacional UNIX desenvolvido pela Universidade de Berkeley,
na Califórnia, durante os anos 70 e 80. Atualmente, o BSD não é
um único Sistema Operacional mas sim uma larga família
derivada do original, sendo os mais conhecidos membros da
família: FreeBSD, NetBSD e OpenBSD.
MacOS ‐ Mac OS ou Mac OS X (lê‐se Mac OS dez, e não Mac OS
xis) é um sistema operacional criado pela empresa Apple e
destinado aos computadores Macintosh com um estável e
comprovado kernel UNIX.
L: São muitos.
H: Você achou a lista acima grande? O que me diz desta lista de
sistemas operacionais:
* AtheOS * KeyKOS * MenuetOS
* Cosmoe * BS2000 * KolibriOS
* CP/M * Mini‐FLEX
* Amoeba
* FLEX9 * Multics
* CapROS
* Coyotos * FLEX * NetWare
* MP/M‐80 * Plan 9
www.escoladehackers.com.br [13]
15. Escola de Hackers – Nível 1
* PrimOS * Syllable * TripOS
* ReactOS * Visopsys * TRON
* RiscOS * SSB‐DOS
* SkyOS * TUNES
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_sistemas_operativos
L: Imensa. Como escolho entre tantos?
H: A escolha costuma ser feita em função da facilidade de
aquisição e uso. O Unix nem contamos com ele, por ser um
sistema de muito específico. O Mac OS é o sonho de consumo de
muita gente, mas só vem instalado nos computadores Apple, que
são mais caros que o PC. Já a escolha do Windows é a mais
comum, pois qualquer periférico funciona no Windows e no
Linux isto nem sempre ocorre. O Windows é fácil de usar, de
instalar e as pessoas não se importam de instalar cópias piratas.
O BSD é mais comum em servidores e o Linux é especial para os
estudantes de técnicas de invasão, pois é o sistema operacional
que oferece as melhores ferramentas de ataque. Quanto aos
outros da segunda lista, você saber que eles existem ou não, não
faz a menor diferença.
Esta foi a apresentação do primeiro dia de seminário. A partir
destas reflexões fizemos as seguintes perguntas aos
participantes:
[14] A maior do mundo em língua portuguesa.
17. Escola de Hackers – Nível 1
desligado). No PC o firmware é quem permite o reconhecimento
das unidades de disco e busca pelo sistema operacional para
instalação a partir do CD ou DVD‐Rom. Outros equipamentos
funcionam apenas com o firmware, como por exemplo o forno
de micro‐ondas, centrais PABX,
_”Além do computador, onde mais usamos firmwares?”
Impressoras, scanners, monitores, modem, roteador, switch,
telefone celular, PDA, iPod, fornos de microondas, aparelhos de
TV, de som, de DVD, MP3, MP4, MP5, câmera fotográfica e
filmadora digital, videogames, set top box de TV digital e por
assinatura, etc. Mesmo nestes aparelhos, além do firmware é
possível que exista algum outro programa rodando. O telefone
celular do tipo smartphone por exemplo, além do firmware roda
também um sistema operacional como o Symbian ou Windows
CE.
Um lembrete: vários aparelhos podem ou não usar firmwares. Os
aparelhos mais antigos ou mais simples não usam firmware, mas
uma geladeira, máquina de lavar roupas, ferro de passar,
automóvel, liquidificador ou processador de alimentos, entre
outros, podem incluir sistemas microprocessados. Alguns
aparelhos isto é bem visível, outros nem tanto. Um ferro de
passar inteligente, que desliga se for deixado imóvel por mais de
um minuto na posição horizontal, pode ser controlado apenas
por sensor e termostato analógico, nada tendo de digital ou de
sistema embarcado.
[16] A maior do mundo em língua portuguesa.
18. Iniciação Linux
Uma curiosidade: o drive de DVD‐Rom vem com um firmware e
quando você executa algumas vezes DVD de determinada região,
ele se autoconfigura para ler DVDs somente daquela região,
necessitando ser crackeado para ler DVDs de outras regiões.
_”É possível alterar os dados do firmware? Como?”
Depende.
Os firmwares mais antigos e alguns atuais não admitem alteração
do conteúdo. Em alguns casos, mesmo quando esta alteração
não é possível, pode ser feita a substituição da memória por
outra, contendo uma versão do firmware atualizada ou alterada.
Nas condiçõs que é possível alterar um firmware, podemos fazê‐
lo em dois níveis:
Nível do usuário ‐> através da interface com o usuário, como
quando configuramos o SETUP do PC ou quando desbloqueamos
a região de um DVD usando o controle remoto.
Nível do técnico ‐> O segundo nível de alteração do firmware
exige conhecimento técnico para acessar e alterar o conteúdo
mediante linguagem de programação, geralmente assembly ou C.
O acesso técnico pode ser feito através de:
‐ porta de serviço existente no equipamento
‐ qualquer outra porta, barramento ou meio de comunicação
disponível: COM, LPT, USB, IrDA, Bluetooth, Wi‐Fi, IEEE 1394, etc.
www.escoladehackers.com.br [17]
19. Escola de Hackers – Nível 1
‐ via interface Web, como quando acessamos o firmware do
modem ADSL para torná‐lo router ou bridge
‐ removendo a memória e fazendo o acesso a partir de um
leitor/gravador de memórias. Exemplo de um gravador de
memória:
http://www.tminstruments.com.br/tm2/un/Gravador%20de%20
EPROM.htm
Outros programas de alteração de firmware: S1fwx, S1res, MP3
player Utilies, BIOS Utilities,
Importante lembrar que a alteração do firmware acarreta risco se
não for realizada por quem realmente entenda do assunto.
Corromper as informações do firmware pode tornar o
equipamento imprestável, pois na maioria das vezes não é
possível obter uma cópia do firmware para fazer a regravação da
memória. Para evitar alterações indevidas, alguns equipamentos
permitem o uso de senha de acesso ou criptografia. O próprio
SETUP do micro tem o exemplo da proteção por senha.
_”O que é software embarcado?”
Fácil: o mesmo que software embutido ou embedded software.
São termos usados para definir os programas que são gravados
em memória não volátil pelo fabricante e servem para tarefas e
dispositivos específicos. Um software embedded de um MP3 só
serve para este dispositivo e para mais nenhum. Não confundir
com sistema operacional embarcado, que é o que vem nos
smartphones por exemplo, mas não são firmwares.
[18] A maior do mundo em língua portuguesa.
20. Iniciação Linux
_”É possível usar um computador só com o firmware? Por quê?”
Usar não. Ligar sim. Para usar um computador plenamente
precisamos de programas aplicativos, como processadores de
texto, planilhas, sistemas de banco de dados, etc. Atente para a
necessidade de separar os programas usados pelo usuário dos
programas necessários ao sistema. O usuário não precisa de um
anti‐vírus, o sistema sim.
_”É possível comprar um firmware? Por quê?”
Não é possível comprar um firmware, eles não estão a venda. O
mais comum é o fabricante disponibilizar versões atualizadas de
firmwares por download.
Quem cria o firmware?
Por ser um programa gravado de fábrica, geralmente o próprio
fabricante tem um ou mais funcionários encarregados de criar os
firmwares para seus produtos, podendo terceirizar este serviço.
O usuário não tem motivo para querer comprar um firmware,
pois quando existem atualizações, o próprio fabricante
disponibiliza o novo firmware para download. Isto é muito
comum entre os fabricantes de placa mãe e modem ADSL. E
mesmo que o usuário quisesse comprar um firmware, não o
encontraria a venda.
Exceção: o que existe a venda são firmwares crackeados,
vendidos gravados em memória a ser substituída pela original do
aparelho. Os mais comuns são os usados para desbloquear
www.escoladehackers.com.br [19]
21. Escola de Hackers – Nível 1
impressoras, permitindo o uso de cartuchos não originais e
sistemas bulk in, os usados para desbloquear videogames e
alguns comprados por oficianas mecânicas, usados para melhorar
ou adulterar as características do veículo.
_”Sistema operacional e kernel são a mesma coisa? Justifique sua
resposta.”
Não são a mesma coisa. O kernel é o núcleo principal e o sistema
operacional é um complemento deste núcleo. O kernel faz parte
do sistema operacional, mas o sistema operacional não se
resume ao kernel. Um exemplo: o bloco de notas que vem no
Windows está bem longe de ser o kernel, mas é integrante deste
sistema operacional. Em nossos estudos mais avançados sobre
Linux veremos melhor a composição do kernel e suas diferenças
em relação ao sistema operacional como um todo.
_”Como você escolheu o sistema operacional que você usar
atualmente?”
Bom uso Windows XP, comecei a usá‐lo por ver amigos usando
(isso mesmo, sou filho caçula, comecei meus estudos já no XP) e
pela facilidade, apos um tempo, e alguma experiência já
adquirida comecei a testar outras versões do próprio Windows
(do 95 ao Vista), e algumas distros Linux, cheguei ate a
testar o Mac OS e o FreeBSD, mais por menos de uma semana,
pois vi que no momento em questão, seria mais interessante
dominar o Linux. O que me fez permanecer no Windows mesmo
depois de ter conhecido o fantástico mundo OPEN SOURCE, foi o
[20] A maior do mundo em língua portuguesa.
22. Iniciação Linux
simples fato de eu gostar de jogos e trabalhar em empresas que
só usam Windows (no momento, sou suporte de uma empresa
de revelação fotográfica, e a fujifilm só disponibiliza minilabs,
com suporte a Windows 2000) e por esse fato tive que deixar o
Linux um pouco de lado, pois necessitei de muita pesquisa para
estudar redes no 2000, pois no XP minha experiência tinha sido
básica ate então.
"Emerson Santos" <epsguitar@>
Na verdade utilizo a técnica de dual boot, ou seja, utilizo tanto o
Windows quanto o Linux. Atualmente só utilizo Windows se os
programas que necessito não possuírem versões para o Linux.
Acho o Linux mais robusto e confiável que o Windows. Outros
motivos no qual passei a utilizar o Linux foi porque entrei em um
projeto de pesquisa e as máquinas dos laboratórios são
equipadas apenas com Linux. Também estou participando de um
projeto da prefeitura no qual o Linux é o sistema operacional
utilizado.
"Osvaldo Filho" <osvaldofilho.redes@ >
Pela facilidade de uso: criar, excluir, deletar, alterar pastas; pela
facilidade de instalação e configuração de hardware e pela
compatibilidade com software e hardware de terceiros.
"Carla" <carla@>
Devido ao conhecimento que continha sobre o mesmo e de sua
facilidade de manuseio, facilidade de uso.
www.escoladehackers.com.br [21]
23. Escola de Hackers – Nível 1
Adriano Lucas da Silva <dorff_10@>
Escolhi meu sistema operacional por ter uma praticidade
enorme. Ele é o Windows XP da Microsoft.
cleriton geremia freire <clebill@>
O que mais se adequou ao meu tipo de trabalho.
Christopher Andreas <christopherandreas@>
Pela facilidade que tenho de encontrar no mercado e a maneira
fácil de ser instalado.
Cleber Ferreira da Silva <clefersilva@ >
Windows XP por causa dos outros usuáris em cãs. É difícil se
acostumar com um sistema novo (kurumin ou,outra distribuição,
pois, na verdade o Linux ainda não é bem claro para iniciantes.
"Rafaela" <fire390_indeterminada@>
Actualmente utilizo o Windows XP Profissional. escolhe este
sistema primeiro porque é fácil utiliza‐lo, segundo porque é o
mais popular.
patrício dos santos <pj_santos2003@>
Não foi exatamente uma escolha me foi empurrado o windows,
acho que talvez por desconhecer os demais e pela sua maio
facilidade de uso, acabei ficando com ele.
Adriano Fernandes Azevedo <adrianof6@ >
Escolhi baseado na praticidade e autonomia.
[22] A maior do mundo em língua portuguesa.
24. Iniciação Linux
Juniore <yah_rr@ >
Eu escolhi o Windows, porque no momento não tenho máquina e
tempo para estudar o funcionamento de outros SO.
bad_religion <cyber_gb@ >
O Sistema que uso atualmente (Windows XP) foi escolhido de
forma empírica, pois as experiências com outros sistemas não
ofereceram as facilidades do Sistema atual de minha máquina.
"Willis" <willis@>
Hoje eu uso o linux, pois me proporciona uma aprendizagem
diária
guanaes <golasguanaes@ >
Na época que eu escolhi o Windows XP foi por indicação e assim
mesmo não é original,devido ao preço de um XP original.
Diego Santos <diego_hotpc@ >
_”Qual é a sua segunda opção de sistema operacional?”
Minha segunda opção de sistema é o LINUX. Uso geralmente o
Slackware, mais estou testando (e gostando) do UBUNTU. E
pretendo com a experiência adquida nos seminários que serão
vistos, inverter esta posição e passar a usar o Linux como sistema
principal.
"Emerson Santos" <epsguitar@ >
Windows
www.escoladehackers.com.br [23]
25. Escola de Hackers – Nível 1
"Osvaldo Filho" <osvaldofilho.redes@ >
Slackware 12, em dual boot.
"Carla" <carla@ >
Linux.
Adriano Lucas da Silva <dorff_10@ >
Possuo o Windows XP, mas mesmo assim considero‐o como
minha segunda opção de sistema operacional. Ficando como a
primeira, o Linux.
cleriton geremia freire <clebill@ >
Não posso dizer que tenho uma segunda opção, sempre convivi
com a família Windows, e pouco conheço de outros sistemas,
mas gostaria de aprofundar o meu conhecimento sobre eles.
Christopher Andreas <christopherandreas@ >
O Linux, por ser um software aberto, gratuito, com interface
gráfica amigável, mas seguro em relação a vírus (quando
comparado ao Windows) e excelente para quem quer
desenvolver técnicas hacker.
Cleber Ferreira da Silva <clefersilva@ >
O Kurumin ou ubutun
"Rafaela" <fire390_indeterminada@ >
Linux, sem duvida :‐).
[24] A maior do mundo em língua portuguesa.
27. Escola de Hackers – Nível 1
Torvalds, depois disso, a mensagem proposta pela comunidade
OPEN SOURCE também me cativou.
Dai só vieram coisas boas, o estudo do Linux me abriu mais a
mente, o valor emocional envolvido no Linux faz com que você se
sinta mais "útil", pois se achar que pode melhorar algo é só
meter bronca!!!! Basicamente foi isso que me fez pensar "apesar
dos pesares, quero o TUX do meu lado". Mais nem por isso quero
deixar o Windows de lado (ate por que não da né...) ainda tem
coisas que só funcionam se os "bugs" estiverem em dia!!!!
"Emerson Santos" <epsguitar@ >
Creio que devamos aprender ao máximo que pudermos e que as
oportunidades nos permitirem. Essa prática de sermos xiitas com
relação a software não faz meu gênero. Pra eu usar lógico, tudo
bem que uso o Linux sempre que dá. Mas aprender, quero
aprender o máximo de SO's que eu puder. Não sou partidário de
nenhum e apenas aprendo com o objetivo de ser um profissional
melhor e mais capacitado a cada dia.
"Osvaldo Filho" <osvaldofilho.redes@>
Linux é fundamental para compreender a adminstração de uma
rede, tanto na parte de instalação de servidores, como na de
configuração de serviços. Também por que a arquitetura Linux
está na maior parte dos servidores da Internet e tem
excepcionais ferramentas nativas que possam ser usadas para a
realização de pen‐tests. Outra grande vantagem é a possibilidade
de criar redes LTSP.
[26] A maior do mundo em língua portuguesa.
28. Iniciação Linux
"Carla" <carla@>
Devido ao seu poder! Sua capacidade de uso nao tem limites
quando o domina.
Adriano Lucas da Silva <dorff_10@>
Quero aprender Linux, juntamente porque como todos falam, ele
é o melhor para uso de invasões de sistemas. Também porque
gosto muito mais da interface, do conteúdo do Linux do que dos
demais sistemas operacionais.
cleriton geremia freire <clebill@>
É uma necessidade de não ser refém de uma unica empresa, de
um único tipo de OS.
Christopher Andreas <christopherandreas@>
Quanto mais aprendemos, mas ficamos certos de que nada
sabemos (disse um famoso filosofo...), portanto para quem quer
ganha dinheiro usando as tecnologias de informatização, precisa
estar por dentro e conhecer um pouco de tudo que há no
mercado a disposição dos usuários.
Acredito que o Linux esta crescendo e ficando cada vez mais
conhecido por todos, isso indica que ele é uma tendência forte
de mercado e que em pouco tempo estaremos com um maioria
de empresas e pessoas precisando profissionais que entendam o
funcionamento do sistema, afim de que esse encotre soluções
para resolva os problemas que venham surgir.
www.escoladehackers.com.br [27]
29. Escola de Hackers – Nível 1
Cleber Ferreira da Silva <clefersilva@>
Além de ser open, tem mais a oferecer em termos de segurança
e estabilidade.
"Rafaela" <fire390_indeterminada@>
Não só por questões profissionais, mas também porque quero
aperfeiçoar os meus conhecimentos no que diz respeito a
segurança na rede, a redes com servidores linux...
patrício dos santos <pj_santos2003@>
Aprender por que este sistema operacional está se pupolarizando
e é o melhor para servidores, muitas pessoas sentem dificuldade
com tal sistema operacional entao aprender linux é um
diferencial.
Adriano Fernandes Azevedo <adrianof6@>
Podemos ser excelentes no senso comum, porém é vital sermos
profissionais em nichos "por enquanto" restritos.
Juniore <yah_rr@>
Para melhorar meus conhecimentos na área hacker e mercado
de trabalho.
"Alexandre Jose Barros Machado" <alexandretopeca@>
Além de ser um sistema operacional muito robusto, as melhores
ferramentas de ataque são fabricadas para o mesmo.
bad_religion <cyber_gb@>
[28] A maior do mundo em língua portuguesa.
30. Iniciação Linux
Na verdade eu sempre tentei fugir do Linux, sempre recomendei
aos meu amigos que ao comprar máquinas com Linux que
retirassem logo aquele Sistema fajuto, passando a usar um
Sistema comprovado e que nele todos os programas rodam.
Sendo que no Linux, muitos dos programas usuais não eram
reconhecidos. Outra, que existem muitas versões de Linux e isso
demonstra falta de base no programa para que ele venha a
"emplacar" de verdade. Mas, vejo que aquelas idéias todas
podem ter sido formadas por desconhecimento e por isso quero
aprender Linux.
"Willis" <willis@>
As vantagem são inumeras, é um S.O, like unix, gratuito, código
aberto, livre de pragas, rápido e estável, aumentar meus ganhos.
guanaes <golasguanaes@>
Por ser um sistema mais leve do que o windows , com
menos defeitos.
Diego Santos <diego_hotpc@>
_”O sistema RLS adotado para este seminário facilita a
compreensão e memorização dos assuntos?”
No meu caso sim, pois gosto de "quantidade" para converter em
"qualidade", pois usando o método comum acho que se passa
muito tempo em um mesmo assunto, fazendo com que o aluno
fique meio "saturado", e com o RLS o aluno vê a base da coisa, e
www.escoladehackers.com.br [29]
31. Escola de Hackers – Nível 1
aprimora o que achar que deve em pesquisas (que ajuda a
aposentar o "preguiçômetro")
"Emerson Santos" <epsguitar@>
Facilita bastante. Mesmo assim, procurei material falando sobre
o sistema e não achei muita coisa. Entretanto, o sistema facilita o
aprendizado. Professor, se o senhor puder disponibilizar algum
material que fale mais sobre o tema (ou indicar fontes de
pesquisa ‐ sites ou livros) seria de bastante proveito.
"Osvaldo Filho" <osvaldofilho.redes@ >
* RLS (Rapid Learning System) são técnicas de aceleração da
aprendizagem. Estamos implementando nossa adaptação do RLS
americano em todo o material produzido a partir de junho de
2008.
Sim, até por que as perguntas não estão todas respondidas na
teoria. Logo, os estudantes são obrigados a pesquisar, a procurar
outros pontos de vista sobre os tópicos aqui tratados e construir
uma opinião na forma de resposta.É uma metodologia que exige
pró‐atividade, não passividade.
"Carla" <carla@> )
Sim.
[30] A maior do mundo em língua portuguesa.
32. Iniciação Linux
Adriano Lucas da Silva <dorff_10@>
Facilita e muito. Responde automaticamente perguntas já
formuladas na hora da leitura.
cleriton geremia freire <clebill@>
Aparentemente sim.
Christopher Andreas <christopherandreas@>
Sim, esse sistema ajuda bastante na compreensão dos assuntos
aqui discutidos.
Cleber Ferreira da Silva <clefersilva@>
Facilita, pois, se você não nenhuma noção do que está sendo
dito, com este sistema você de cara já fica mais familiarizado com
assunto que ajuda na hora de pesquisar determinado tema.
"Rafaela" <fire390_indeterminada@>
Gostei deste novo método. dá para entender.
patrício dos santos <pj_santos2003@>
Na minha visao facilita sim pois os assuntos estao sendo
abordados de uma forma mais natural.
Adriano Fernandes Azevedo <adrianof6@>
Creio que sim
www.escoladehackers.com.br [31]
34. Iniciação Linux
Capítulo 2:
Quem é Linus?
Breve história do Linux.
Tux e Daemon.
O que é GNU?
O que é software livre?
O que é a Linux
Foundation?
Neste segundo dia do seminário vamos conhecer quem está por
trás do Linux, seu criador e as polêmicas em torno desta criação.
Sobre todos os temas acima existe farto material na Internet,
então, já ancorados nas técnicas de RLS que estamos usando
neste seminário, as explanações serão breves, com a
disponibilização de links para quem desejar se aprofundar nos
tópicos.
www.escoladehackers.com.br [33]
35. Escola de Hackers – Nível 1
1. Quem é Linus?
Resumo adaptado da Wikipedia:
Linus Benedict Torvalds nasceu na cidade de Helsínquia,
Finlândia, em 28 de Dezembro de 1969.
Iniciou‐se no mundo dos computadores em 1980, quando aos
onze anos de idade precisou ajudar seu avô a usar um recém
adquirido micro da linha Comodore.
No fim dos anos 80 ele tomou contato com os computadores
IBM/PC compatíveis e em 1991 comprou um 80386. Com 21
anos, 5 já de experiência programando (em C), ele tinha contato
com o Sistema Unix da Universidade (SunOS, atualmente Solaris)
e desejava rodar a versão Unix de Andrew S. Tannenbaum, o
Minix, no seu recém adquido 80386.
Descontente com os recursos do Minix, especialmente em
relação ao emulador de terminal do Minix que ele utilizaria para
acessar remotamente o Unix da Universidade, começou a
desenvolver o seu próprio emulador de terminal que não rodaria
sobre o Minix, mas diretamente no hardware do 386. Este
projeto pessoal foi sendo modificado gradualmente e adquirindo
características de um Sistema Operacional independente do
Minix. Este é o início do desenvolvimento do Kernel Linux,
relatado pelo próprio Linus Torvalds em seu livro "Só Por Prazer".
[34] A maior do mundo em língua portuguesa.
36. Iniciação Linux
Vive atualmente em Santa Clara, na Califórnia, com a sua mulher
Tove e suas três filhas. Ele é um empregado do Open Source
Development Lab (OSDL).
__________
L: Fiquei com a impressão de que o Linus era um descontente com
o sistema da época e só pensava em resolver seu próprio
problema de usabilidade do sistema. Estou certo?
H: Aparentemente foi isto que aconteceu. Basicamente com o
conhecimento dele em programação em C e do Unix a fundo,
conseguiu criar um sistema operacional revolucionário. Mas você
percebeu que em nenhum momento Linus demonstra ter
interesse ou conhecimento sobre burlar segurança de sistemas
informáticos, que é o que caracteriza os hackers? Percebeu que
quando lemos sobre Linus Torvalds ser exemplo de hacker,
estamos falando de uma época que não existe mais, pois os
hackers de hoje são outros?
L: Vimos isto no seminário de iniciação hacker. Quer dizer que
Linus Torvalds pode ser considerado hacker naquela época, mas
hoje não o seria?
H: Sim. Pelo conceito que temos do hacker atualmente, ele não
se enquadra nesta definição. Um fato interessante é como um
projeto pessoal tornou‐se tão grande, a ponto de abalar a
supremacia dos maiores fabricantes de sistemas operacionais. E
www.escoladehackers.com.br [35]
37. Escola de Hackers – Nível 1
tudo começou com uma mensagem, convidado colaboradores a
participar do projeto.
2. Breve história do Linux.
Resumo adaptado da Wikipedia:
O kernel Linux foi originalmente escrito por Linus Torvalds, com a
ajuda de vários programadores voluntários através da Usenet.
Tudo começou com uma mensagem que ainda pode ser lida aqui:
http://groups.google.com/group/comp.os.minix/msg/2194d2532
68b0a1b
Linus Torvalds começou o desenvolvimento do kernel como um
projecto particular, inspirado pelo seu interesse no Minix, um
pequeno sistema UNIX desenvolvido por Andrew S. Tanenbaum.
Ele limitou‐se a criar, nas suas próprias palavras, "um Minix
melhor que o Minix" ("a better Minix than Minix"). E depois de
algum tempo de trabalho no projecto, sozinho, ele enviou a
seguinte mensagem para comp.os.minix:
"Você suspira pelos bons tempos do Minix‐1.1, quando os
homens eram homens e escreviam seus próprios drivers de
dispositivo? Você está sem um bom projeto em mãos e está
desejando trabalhar em um sistema operacional que você possa
modificar de acordo com as suas necessidades? Está achando
frustrante quando nem tudo funciona no Minix? Chega de noite
ao computador para conseguir que os programas funcionem?
Então esta mensagem pode ser para você.
[36] A maior do mundo em língua portuguesa.
38. Iniciação Linux
Como eu mencionei há um mês atrás, estou trabalhando numa
versão independente de um S.O. similar ao Minix para
computadores AT‐386. Ele está, finalmente, próximo do estado
em que poderá ser utilizado (embora possa não ser o que você
está esperando), e eu estou disposto a disponibilizar o código‐
fonte para ampla distribuição. Ele está na versão 0.02... contudo
eu tive sucesso ao executar bash, gcc, gnu‐make, gnu‐sed,
compressão, etc. nele."
A mensagem acima foi o ponto de partida para a criação da
maior comunidade de programadores independentes reunidas
até hoje. E que continuam a se reunir, para criar e recriar versões
e novas distribuições do Linux, independente de convite.
A diferença é que a mensagem original se refere ao núcleo e a
maioria dos grupos de hoje desenvolvem sistemas
personalizados, alguns com mais ou menos sucesso, a exemplo
do Kurumin e Ubuntu.
Curiosamente, o nome Linux foi criado por Ari Lemmke,
administrador do site ftp.funet.fi que deu esse nome ao diretório
FTP onde o kernel Linux estava inicialmente disponível (Linus
tinha‐o batizado inicialmente como "Freax"[carece de fontes]
No dia 5 de outubro de 1991 Linus Torvalds anunciou a primeira
versão "oficial" do kernel Linux, versão 0.02. Desde então muitos
programadores têm respondido ao seu chamado, e têm ajudado
a fazer do Linux o sistema operacional que é hoje. No início era
utilizado por programadores ou só por quem tinha
www.escoladehackers.com.br [37]
39. Escola de Hackers – Nível 1
conhecimentos, usavam linhas de comando. Hoje isso mudou,
existem diversas empresas que criam os ambientes gráficos, as
distribuições cada vez mais amigáveis de forma que uma pessoa
com poucos conhecimentos consegue usar o Linux. Hoje o Linux
é um sistema estável e consegue reconhecer todos os periféricos
sem a necessidade de se instalar os drivers de som, vídeo,
modem, rede, entre outros. (esta informação está correta em
parte, ainda existe muita incompatibilidade de hardware, pois
nem todo fabricante dá suporte aos sistemas Linux).
L: Li em algum lugar que Linus se apropriou de algumas boas
idéias e códigos enviados por seus colaboradores. Isto é verdade?
H: Você deve ter lido isto no livro "Só Por Prazer", onde até
acusações de homossexualismo ele conta ter sido vítima. Não
temos como saber de fato o que se passou, mas certamente todo
o crédido das dezenas, depois centenas e depois milhares de
colaboradores, ficou mesmo para o Linus e isto deve ter
desagradado a muita gente. Que tivessem a idéia original pelo
menos.
Reflita sobre isto:
• Você acha que o Linux teria crescido tanto se não fosse
por seus colaboradores?
• Se Linus tivesse patenteado o kernel do Linux, hoje ele
seria tão ou mais rico que o Bill Gates ou será que o cunho
comercial afastaria os voluntários?
[38] A maior do mundo em língua portuguesa.
40. Iniciação Linux
• Você acha mesmo que Linus criou o Linux sozinho?
3. Tux e Daemon.
O Tux é a mascote oficial do Linux. Criado por Larry Ewing em
1996, é um pinguim com expressão de satisfação. A idéia da
mascote do Linux ser um pinguim veio de Linus Torvalds, o
criador do núcleo do Linux, sugerindo que o nome deriva de [T]
orvalds [U] ni [X]. Já o Daemon é outro mascote, o diabinho
símbolo dos BSD.
__________
L: Onde posso ver estes mascotes?
H: Veja‐os nas figuras abaixo:
Daemon Gnu Tux
(mascote do BSD) (mascote do GNU (mascote do Linux)
Project)
www.escoladehackers.com.br [39]
41. Escola de Hackers – Nível 1
4. O que é GNU?
Aqui está o ponto de ruptura que catapultou o Linus Torvalds a
fama mundial. Já existia desde 1984 uma comunidade buscando
por um sistema operacional totalmente livre, que qualquer
pessoa teria direito de usar, modificar e redistribuir, desde que
garantido para todos os mesmos direitos. Esta comunidade se
reunia sob o nome de projeto GNU, tendo como seu principal
mentor a figura de Richard Stallman. Este sistema operacional
GNU deveria ser compatível com o sistema operacional UNIX,
porém não deveria utilizar‐se do código fonte do UNIX, por
tratar‐se de um sistema comercial. Stallman escolheu o nome
GNU porque este nome, além do significado original do mamífero
Gnu, é um acrônimo recursivo de: GNU is Not Unix (em
português: GNU não é Unix). O pojeto GNU também tem um
mascote que é um... Gnu.
Acontece que po volta de 1990, os membros do projeto GNU só
haviam criado os aplicativos e utilitários para o sistema
operacional que ainda não existia. Ou seja, criaram quase tudo,
menos o núcleo.
Foi aí que entrou o Linus Torvalds, não no projero GNU, mas
criando o núcleo que faltava ao projeto GNU, permitindo aos
programadores reunir aqueles programas previstos para o
sistema operacional GNU (que não existiu) em torno do núcleo
(kernel) criado pelo Linus.
Imagine a raiva que o Satallman deve ter ficado, pois o Linus
sozinho levou praticamente toda a fama pela existência do
[40] A maior do mundo em língua portuguesa.
42. Iniciação Linux
sistema operacional livre, que não era nem a idéia inicial dele.
Lembre‐se que Linus criou o Linux devido a sua insatisfação com
os sistemas da época, independente da proposta de software
livre.
Percebeu que Linus Torvalds fez a coisa certa na hora certa?
Percebeu que tanto Linus como Stallman não estão diretamente
envolvidos com segurança de sistemas para serem adorados
como hackers?
__________
L: Então Linus foi um oportunista e passou a perna em todo o
pessoal do projeto GNU?
H: Não é bem assim. O pessoal do projeto GNU estava se
desetendo quanto ao kernel. Prova disso é que o kernel do
projeto GNU nunca ficou pronto. Linus começou a trabalhar
sozinho e não dependia de convencer ninguém a aceitar o kernel
desta ou de outra maneira. Então fez um kernel em bem menos
tempo. Como os programas para usar um kernel baseado em
Unix já existia, ninguém quis mais saber de esperar o kernel do
projeto GNU. Passaram a criar as primeiras distribuições Linux,
que é o kernel + todo o resto, incluindo os programas, interface
gráfica, etc.
www.escoladehackers.com.br [41]
43. Escola de Hackers – Nível 1
5. O que é software livre?
Software livre, segundo a definição criada pela Free Software
Foundation é qualquer programa de computador que pode ser
usado, copiado, estudado, modificado e redistribuído sem
nenhuma restrição. A maneira usual de distribuição de software
livre é anexar a este uma licença de software livre, e tornar o
código fonte do programa disponível.
No software proprietário, que pode ser comercial ou gratuito
(freeware), o autor não permite cópias ou distribuição e
geralmente não divulga o código fonte.
Percebeu que software gratuito não é o mesmo que software
livre? Um freeware é um software gratuito, mas o autor
geralmente não permite que as pessoas o modifiquem e nem
distribui seu código fonte.
Um software livre pode ser comercializado, como é o caso de
diversas distribuições Linux. Neste caso as pessoas podem alterá‐
lo a vontade, mas não podem comercializá‐lo usando o nome da
empresa. Exemplo: Linux da Conectiva. Você pode alterá‐lo, mas
não pode fazer crer ao mercado que suas cópias são vendidas
pela Conectiva.
Software Livre e Software em Domínio Público
Software livre é diferente de software em domínio público. O
primeiro, quando utilizado em combinação com licenças típicas
(como as licenças GPL e BSD), garante a autoria do
[42] A maior do mundo em língua portuguesa.
44. Iniciação Linux
desenvolvedor ou organização. O segundo caso acontece quando
o autor do software relega a propriedade do programa e este se
torna bem comum. Ainda assim, um software em domínio
público pode ser considerado como um software livre.
Software Livre e Copyleft
Licenças como a GPL contêm um conceito adicional, conhecido
como Copyleft, que se baseia na propagação dos direitos. Um
software livre sem copyleft pode ser tornado não‐livre por um
usuário, caso assim o deseje. Já um software livre protegido por
uma licença que ofereça copyleft, se distribuído, deverá ser sob a
mesma licença, ou seja, repassando os direitos.
Associando os conceitos de copyleft e software livre, programas
e serviços derivados de um código livre devem obrigatoriamente
permanecer com uma licença livre (os detalhes de quais
programas, quais serviços e quais licenças são definidos pela
licença original do programa). O usuário, porém, permanece com
a possibilidade de não distribuir o programa e manter as
modificações ou serviços utilizados para si próprio.
Venda de Software Livre
As licenças de software livre permitem que eles sejam vendidos,
mas estes em sua grande maioria estão disponíveis
gratuitamente.
www.escoladehackers.com.br [43]
45. Escola de Hackers – Nível 1
Uma vez que o comprador do software livre tem direito as quatro
liberdades listadas, este poderia redistribuir este software
gratuitamente ou por um preço menor que aquele que foi pago.
Como exemplo poderíamos citar o Red Hat Enterprise Linux que
é comercializado pela Red Hat, a partir dele foram criados
diversos clones como o CentOS que pode ser baixado
gratuitamente.
Muitas empresas optam então por distribuir o mesmo produto
sobre duas ou mais licenças, geralmente uma sobre uma licença
copyleft e gratuita como a GPL e outra sobre uma licença
proprietária e paga.
O termo GNU/Linux refere‐se ao fato do Linux estar licenciado
sob a licença GNU.
Ficou confuso?
Eis um resumo:
Software proprietário ‐ o dono (programador ou empresa de
software) não permite cópias ou distribuição. se aplica a
programas pagos e gratuitos (freeware).
Software livre ‐ pode ser alterado e redistribuído.
Copyleft ‐ obrigatoriedade de propagar os mesmos direitos da
licença adquirida. Exemplo: um software livre só pode ser
distribuído como software livre. Um freeware, apenas como
freeware.
[44] A maior do mundo em língua portuguesa.
46. Iniciação Linux
Software em domínio público ‐ a autoria é desconhecida ou foi
relegada pelo autor.
GPL ‐ sigla de General Public License (Licença Pública Geral), a
licença para programas da Free Software Foundation
BSD ‐ abreviação de BSD ‐ Berkeley Software Distribution
__________
L: São tantas definições, preciso memso memorizar isto?
H: Creio que não, há não ser que você seja programador e queira
saber a melhor forma de proteger seu software. Estas questões
legais envolvendo licenciamento são tão complexas que existem
instituições dedicadas somente a este assunto. Uma delas é a
Free Software Foundation. O mínimo que você precisa lembrar é
que o mesmo software pode ter mais de uma licença ou licenças
combinadas. Ele pode ser gratuito para o usuário e pago se usado
em empresas. Você já viu isto nas licenças dos antivírus gratuitos.
E que o software livre permite alterações.
6. O que é a Linux Foundation?
Recentemente a já ampla comunidade internacional do Open
Source ganhou um novo impulso para a sua consolidação. A
Open source Development Labs e a Free Standards Group, dois
dos mais importantes representantes do mundo Linux,
anunciaram publicamente sua fusão.
www.escoladehackers.com.br [45]
47. Escola de Hackers – Nível 1
O resultado dessa união é a Linux Foundation, a qual colhe o
apoio de 70 fabricantes mundiais, incluindo as poderosas IBM ,
HP, Oracle, Novell e Intel , contando ainda com a Fujitsu, Hitachi
e NEC. Os principais objetivos da Linux Foundation incluem
promoção, proteção e padronização do Linux. Segundo o
comunicado emitido, a Linux Foundation ajudará e promoverá a
aproximar o Open Source de plataformas proprietárias, mas
continuará a respeitar o código aberto, liberdade de escolha e a
superioridade técnica do Open Source.
__________
L: Me parece que o Linux está se profissionalizando para competir
a altura das empresas comerciais. É isto mesmo?
H: Sim. O Linux está deixando de ser um sistema operacional
artesanal, mantido por entusiastas, para tornar‐se um sistema
comercial indústrial. A pergunta que vamos discutir amanhã é
sobre a possibilidade de isto ser o início do Linux comercial.
Conheça também a Free Software Foundation:
A Free Software Foundation (FSF, Fundação para o Software
Livre) é uma organização sem fins lucrativos, fundada em 1985
por Richard Stallman e que se dedica à eliminação de restrições
sobre a cópia, redistribuição, entendimento e modificação de
programas de computadores – bandeiras do movimento do
software livre, em essência. Faz isso promovendo o
desenvolvimento e o uso de software livre em todas as áreas da
[46] A maior do mundo em língua portuguesa.
48. Iniciação Linux
computação mas, particularmente, ajudando a desenvolver o
sistema operacional GNU e suas ferramentas.
Até meados da década de 1990 a fundação dedicava‐se mais à
escrita do software. Como hoje existem muitos projetos
independentes de software livre, a FSF dedica‐se mais aos
aspectos legais e estruturais da comunidade do software livre.
Entre suas atribuições atuais, encarrega‐se de aperfeiçoar
licenças de software e de documentação (como a GNU General
Public License, GPL ou a GNU Free Documentation License,
GFDL), de desenvolver um aparato legal acerca dos direitos
autorais dos programas criados sob essas licenças, de catalogar e
disponibilizar um serviço com os softwares livres desenvolvidos
(o Free Software Directory), e de discutir e aperfeiçoar a própria
definição de software livre.
Para este segundo dia não temos questionário, mas fique a
vontade para enviar contribuições que acrescentem contéudo ao
tema de hoje.
Abaixo segue os links prometidos, através dos quais você poderá
aprofundar‐se nos temas deste segundo dia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Just_for_fun
http://pt.wikipedia.org/wiki/Linus_Torvalds
http://pt.wikipedia.org/wiki/GNU_is_Not_UNIX
http://pt.wikipedia.org/wiki/Minix
http://pt.wikipedia.org/wiki/Linux
www.escoladehackers.com.br [47]
50. Iniciação Linux
empresa Aetna Life and Casualty. De seguida, tornou‐se reitor da
faculdade de Informática do Hartford State Technical College,
onde os estudantes o apelidaram de maddog (“cachorro louco”),
alcunha pela qual prefere ser chamado. Mais tarde, assumiu uma
posição como administrador de sistemas nos Bell Laboratories,
acabando por ingressar na Digital Equipment Corporation (DEC),
onde trabalhou durante 16 anos.
Nesse período, conheceu Linus Torvalds, a quem forneceu
suporte para o desenvolvimento da versão do Linux para
hardware baseado na arquitetura Alpha, de 64 bits.
Maddog é um orador excepcional, que contagia seus ouvintes
através do seu carisma pessoal e de analogias e exemplos que
encantam o público.
www.escoladehackers.com.br [49]
51. Escola de Hackers – Nível 1
Capítulo 3:
Aspectos políticos do GNU.
Grátis agora, pago depois?
Linux x Windows.
Se é superior, por que não
é o mais usado?
Hoje vamos discutir alguns pontos que a comunidade Linux
precisa ter em mente, quando fazem a defesa radical deste
sistema.
Aspectos políticos do GNU.
Vocês já devem ter percebido que existe um lobby para
convencer a sociedade sobre a necessidade de usarmos o Linux
no lugar do Windows. Lobby são atividades que procuram
influenciar os detentores de poder decisório, visando o
atendimento de interesses específicos de grupos. Em outras
palavras, lobby é fazer pressão sobre quem tem o poder de
decisão, com a finalidade de conseguir que a decisão favoreça o
grupo representado pelo lobista.
[50] A maior do mundo em língua portuguesa.
52. Iniciação Linux
Basicamente o lobby é feito de duas formas: junto ao dirigente
ou pessoa de influência e junto a opinião pública.
O filme Obrigado por fumar (2005) retrata a ação de um lobista
americano que defende a indústria do fumo. O lobista
geralmente é uma pessoa carismática, bem falante, com alto
poder persuasão. Em defesa do Linux, quem faz este papel é o
Jon "Maddog" Hall, fundador do Open Source internacional.
Maddog é um orador excepcional, que contagia seus ouvintes
através do seu carisma pessoal e eloquencia. Não sei o que os
americanos acham de um sujeito que se apresenta como João
Cara de Cachorro, mas por aqui ele faz muito sucesso.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Jon_Hall)
No Brasil a figura do lobista está mais relacionada aos casos de
corrupção ativa e passiva, suborno, corrupção, propina,
prevaricação. Nosso mais recente escândalo deste tipo envolve a
ministra‐chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, e a compra da Varig.
O Linux também tem seus lobistas, mas creio que a corrupção
não faça parte dos métodos de convencimento.
Curiosamente, assim como o Linux surgiu de um processo
colaborativo, o lobby pelo uso do Linux também é feito por um
batalhão de pessoas, algumas esclarecidas, outras nem tanto,
dispostas a defender o Linux a qualquer custo.
Hoje vamos discutir até que ponto devemos acreditar nestas
pessoas.
www.escoladehackers.com.br [51]
53. Escola de Hackers – Nível 1
Grátis agora, pago depois?
Os três principais argumentos a favor do uso do Linux são:
‐ não é uma caixa preta
‐ é mais seguro e estável
‐ é grátis
CAIXA PRETA
Caixa preta é uma forma de dizer que, no Windows, a maior
parte do código fonte não é conhecida e assim não temos certeza
de que o Windows só faz o que diz fazer ou se estamos sendo
espionados pelos americanos, fora a possibilidade de todos os
PCs rodando Windows no país inimigo, deixarem de funcionar em
caso de guerra.
Como o Linux tem o código fonte divulgado, é possível saber
exatamente o que faz o sistema operacional, além de podermos
alterá‐lo conforme nossas necessidades.
Mas alterar um sistema operacional não é para qualquer um,
então esta vantagem fica restrita a algumas empresas e pessoas
com real interesse em perscutar cada linha de código do Linux.
Conclusão: sob este ponto de vista, o Linux é mais confiável que
o Windows.
[52] A maior do mundo em língua portuguesa.
54. Iniciação Linux
SEGURANÇA E ESTABILIDADE
Apesar de existir, o número de pragas virtuais que ataca o Linux é
muitíssimo inferior as pragas existentes para os sistemas da
Microsoft. A forma como o núcleo do Linux foi construída,
também o torna mais seguro que o Windows.
No quesito estabilidade, faz tempo que o Windows não
apresenta problemas com tela azul e travamento. Mas quando o
usuário baixa de tudo, de qualquer lugar e faz do seu micro uma
centra de instalação e desinstalaçõ de programas de origem
duvidosa, não há como manter um sistema estável deste jeito.
Os sites que oferecem treinamento hacker: hackerteen,
thehacker e invasão rodam sob plataforma Linux e já foram
invadidos. O thehacker pelo menos quatro vezes, o invasão doze
vezes. O site do Curso de Hacker roda sob plataforma Windows e
nunca foi invadido. O que podemos dizer é que a segurança tem
mais a ver com a competência do administrador do que com o
sistema operacional.
Conclusão: sob este ponto de vista, o Linux é mais seguro que o
Windows. Você quase não se preocupa com vírus, trojans ou
invasões. Mas um sistema verdadeiramente seguro é resultado
da competência de seu administrador.
www.escoladehackers.com.br [53]
55. Escola de Hackers – Nível 1
GRATUIDADE
Este aspecto das vantagens do Linux deve fazer diferença nos
EUA e talvez também na Europa. São países que a pirataria é
combatida e é notório o caso de pessoas processadas por baixar
MP3. No Brasil, o licenciamento do Windows não é critério de
decisão para o usuário final, pois a maioria utiliza cópias piratas.
Tente responder sem pesquisar: qual o preço de uma licença do
Windows Vista Ultimate Edition? Para facilitar: quanto custa uma
licença do Windows (qualquer versão)? Não vale chute nem
pesquisar no Google. Por falar nisso, quanto custou a sua licença
de uso?
Para as empresas, mais atentas quanto a legalidade de seus
negócios, o licenciamento do Windows pode pesar no
orçamento, principalmente quando estamos falando de dezenas
ou centenas de estações de trabalho. Mas é claro que o custo do
licenciamento por volume é menor que os praticado no varejo.
Mas o licenciamento não é o único custo envolvido quando uma
empresa adota um sistema operacional. É preciso levar em conta
o Custo Total de Propriedade (ou TCO ‐ Total Cost of Ownership),
suporte e manutenção. E muitas cidades brasileiras não contam
com profissionais habilitados para gerir redes no ambiente Linux,
fazendo com que o TCO seja maior.
Conclusão: a questão da gratuidade não é relevante para a
maioria dos usuário finais, pois não pagam pelo Windows.
Quando se trata da adoação do Linux nas empresas, é preciso
[54] A maior do mundo em língua portuguesa.
56. Iniciação Linux
comparar o TCO e a disponibilidade de técnicos na região. Se
você quiser desarmar alguém que defenda o Linux
enfaticamente, peça a ele para mostrar o TCO comparando o uso
do Windows e Linux na sua casa ou empresa.
No início desta discussão comentei sobre o lobby envolvendo o
Linux. Com a criação da Linux Foundation, fica mais evidente o
interesse das grandes empresas em industrializar a distribuição
do Linux. A própria Microsoft tem equipes trabalhando na
interoperabilidade entre plataformas e financia grupos de
desenvolvedores Linux. Gostaria de lembrá‐los que estas
empresas não são filantrópicas, são empresas comerciais.
Na prática isto quer dizer que estão procurando formas de fazer
dinheiro com o Linux, como tantas outras já conseguiram:
Conectiva, RedHat, SuSE, entre outras.
O foco não é o usuário final, pois este vai continuar pirateando,
seja o Windows ou Linux. O foco são as compras governamentais
e empresariais.
O enorme grupo de defensores do Linux está sendo manipulado
em favor de interesses econômicos. Popularizar e incentivar o
uso do Linux não tem só a ver com estabilidade, TCO, segurança,
tem muito mais a ver com a lucratividade das companhias
envolvidas.
www.escoladehackers.com.br [55]
57. Escola de Hackers – Nível 1
Linux x Windows
Se formos comparar pontos positivos e negativos, sempre
encontraremos pontos de sustentação para um ou outro sistema,
ambos possuem pontos fortes e fracos e quem domina o mínimo
de teécnicas de negociação e persuasão, consegue convencê‐lo
até de deixar sua mulher dormir sozinha na casa dele.
Aqui estão alguns estudos 'provando' que um é melhor que o
outro. Repare que, quem quer provar que o Linux é melhor,
consegue, e quem quer provar que o Windows é melhor,
consegue também:
http://www.microsoft.com/brasil/servidores/compare/compare_linux.mspx
http://www.tuxresources.org/blog/winlin/
http://www.timaster.com.br/revista/materias/main_materia.asp?codigo=720
http://www.guiadohardware.net/comunidade/linux‐windows/197798/
http://www.administradores.com.br/producao_academica/linux_x_windows_
as_vantagens_e_desvantagens/540/
http://www.novell.com/pt‐br/linux/truth/better_choice.html
http://download.microsoft.com/download/f/a/7/fa770d1f‐c3de‐4852‐ba05‐
434fda6b51e6/AISP‐12953_Portuguese_final.pdf
L: Fiquei um pouco confuso. Se quem quer provar que o Windows
é mellhor consegue. E quem quer provar que o Linux é melhor,
também consegue. Afinal, qual é o melhor?
[56] A maior do mundo em língua portuguesa.
58. Iniciação Linux
H: Para as empresa, é preciso fazer um levantamento do TCO
para tomar a decisão baseada na relação CUSTO x BENEFÍCIO.
Para o usuário final, o Windows é o mais indicado, devido a
compatibilidade, praticidade e facilidade de uso. Para nós
hackers e postulantes, vamos precisar dos dois sistemas.
Usaremos o melhor dos dois e deixaremos as briguinhas de
fórum para quem não tem mais o que fazer.
L: Soube lendo em alguns fóruns que todos os principais
programas do Windows existem em versão gratuita para o Linux.
Então eu poderei ter um PC rodando o Linux e fazer tudo que o
Windows faz?
H: Isto é verdade. Mas na prática costuma ocorrer
incompatibilidade entre os arquivos gerados no Windows e
abertos no Linux e vice‐versa. Apesar dos substitutos do Office
prometerem compatibilidade, muitos dos recursos de
formatação do Office 2007 não funcionam no Linux. Já tive que
socorrer colegas em palestras, que fizeram uma belíssima
apresentação no BrOffice que se perdeu quando foi aberta no
Powerpoint, o sistema disponível no auditório. Tirando estas
eventuais surpresas, os principais programas Windows estão
mesmo disponíveis para o Linux.
L: Sempre leio que os servidores Linux são mais seguros que os
servidores Windows. Isto é verdade?
www.escoladehackers.com.br [57]
59. Escola de Hackers – Nível 1
H: O fato de ser supostamente mais seguro não impediu o
hackerteen, thehacker e invasão de serem invadidos. A
segurança é competência do administrador, não do sistema. Num
recente concurso de invasão, envolvendo Linux, Windows e Mac
OS, o Mac foi invadido em apenas dois minutos, mesmo sendo
um sistema derivado do Unix.
Veja em:
http://info.abril.com.br/aberto/infonews/032008/28032008‐
11.shl
L: E para o hacker? Qual o melhor sistema operacional?
H: Entendo que o sistema operacional é parte de uma estratégia,
então o hacker pode atingir resultados com Linux, Windows,
Symbian ou qualquer outro. O Linux certamente oferece mais
recursos para o invasor do que o Windows. Isto se deve ao Linux
estar pronto para as redes desde que foi criado e o Windows foi
adaptado para trabalhar em redes. Houve um tempo que existiu
versões do Windows com (Windows 3.11) e sem (Windows 3.1)
suporte a redes. Mas o hacker que opte por não adotar o Linux,
estará em grande desvantagem em relação aos demais.
L: Se é superior, por que não é o mais usado?
H: Esta é uma boa pergunta. Os defensores do Linux usam muita
energia para convencer as pessoas de que devem jogar o
Windows fora e usar o Linux. O que o usuário comum tem feito é
[58] A maior do mundo em língua portuguesa.
60. Iniciação Linux
jogar o Linux pré‐instalado fora e usar o Windows, geralmente
versão pirata. Quando o Linux for mesmo a melhor opção para o
usuário comum, naturalmente ele irá substituir o Windows nos
sistemas desktops. Até lá fiquemos com o burburinho dos
linuxers apaixonados.
Conclusão:
Discutir Linux com um entusiasta é como discutir futebol, política
ou religião. Por mais absurdo que possa ser o argumento, quem
acredita, não abre mão da crença: é Linux e pronto. Duvidar das
plaquinhas de ouro extraterrestres que deram origem a Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, mostrar que a história
bíblica de Noé parece plágio de um relato babilônico chamado
“Epopéia de Gilgamés", escrito centenas de anos antes da Bíblia
cristã, dizer que o Corinthians deveria estar na segunda divisão
ou tocar em qualquer outro ponto polêmico envolvendo fé e
paixão, é criar inimizades e até correr riscos, quando no caso das
discussões sobre futebol. A lógica e racionalidade ficam em
segundo plano.
Para ser um hacker habilidoso você precisa aprender Linux. Não é
opção não aprender. Nos demais casos, você prcisa ver o que é
melhor para você. Um amigo meu falou tanto do Linux na
empresa onde trabalhava que os donos resolveram mudar para
este sistema. O que meu amigo não esperava é de ele próprio
não estar preparado para o Linux e teve de ser substituído em
suas funções. Um outro, que comprou um notebook popular com
Linux instalado, em menos de 24 horas me procurou para instalar
www.escoladehackers.com.br [59]
61. Escola de Hackers – Nível 1
o Windows, pois alguns dos programas que precisava usar não
rodam no Linux. A conclusão é esta mesma: o melhor é o melhor
para você. Mas para melhores ações hacker, a escolha não é
entre Windows e Linux é entre Linux e Linux.
O tema Windows x Linux costuma gerar calorosos debates,
geralmente inconclusivos, pois é difícil o entusista de uma
plataforma aceitar os argumentos do outro.
Para enriquecer as discussões deste terceiro dia, foi pedido para
os participantes apontarem um ponto forte e um ponto fraco de
cada plataforma.
Vamos conhecer as contribuições dos participantes, transcritas
tais como foram apresentadas ao grupo, mantendo inclusive, a
escrita típica da Internet:
Diego Santos <diego_hotpc@>
WINDOWS
Ponto forte (apenas um) ‐Compatibilidade com drivers.
Ponto fraco (apenas um) ‐Não ser código aberto.
LINUX
Ponto forte (apenas um) ‐ S.O criado para trabalhar em redes.
Ponto fraco (apenas um) ‐ Dificuldades de configuração para
quem não tenha intimidade com o sistema.
[60] A maior do mundo em língua portuguesa.
62. Iniciação Linux
André Luiz Prado <pradolas@>
Acho que realmente gera uma grande discussão sobre este
assunto Windows X Linux.
E sempre terá os defensores e os que nos convecem que este ou
aquele é o melhor
( como o professor mesmo já colocou os links ).
Mas, para tal opção de cada um, vai de acordo com a
necessidade do dia a dia, minha escolha de sistema é devido ao
meu trabalho, ao que uso no trabalho ( empresa ) e ao que
domina em minha região ( digo isto porque atendo meus clientes
em horarios extras que só utilizam Windows e não há ninguem
na região que trabalha com o Linux, que utilize o Linux.
Além de contar o fato de que não conheço bem o Linux, então
dái o fato de extrema importância de conhecer, saber, utilizar o
Linux, pois , amanhã ou depois como fica ? REsponderei assim :
Ah, não vou mexer porque não sei ! Num dá né ! Tem de se
preparar e estar preparado para atender estas pessoas.
Referente a Pontos Fortes e FRAcos vai de acordo com suas
necessidades, por isto mencionei acima.
Windows ( Ponto Forte ) : Facilidade de uso ( dizem Ah ! è mais
de usar, ou compram o PC com Linux e já pedem pra trocar pra
Windows )
Windows ( ponto Fraco ) : SEGURANÇA
www.escoladehackers.com.br [61]
65. Escola de Hackers – Nível 1
descobertos vulnerabilidades.
LINUX:*
1. Pontos Fortes:
Código fonte aberto.
2. Pontos Fracos:
Demanda de profissionais mais qualificados devido sua relativa
dificuldade de configuração.
danubio santos <nubiod2@>
WINDOWS
Ponto forte (Roda vários Programas) ‐
Ponto fraco (Muitos Bug) ‐
LINUX
Ponto forte (Codigo fonte aberto) ‐
bad_religion <cyber_gb@>
WINDOWS
Ponto forte ‐ Facilidade em encontrar programas para o mesmo.
Ponto fraco ‐ Inúmeras Falhas.
LINUX
Ponto forte ‐ Sistema operacional robusto, você pode deixa‐lo
como quiser.
[64] A maior do mundo em língua portuguesa.
67. Escola de Hackers – Nível 1
Capítulo 4:
Quantas distros existem?
Principais distribuições
Qual é a melhor?
Quantas distros existem?
Já vimos aqui mesmo no seminário que a principal característica
do Linux é ser um sistema de código aberto. Esta característica
permitiu que qualquer um, desde que tendo o conhecimento
necessário, possa criar uma versão personalizada deste sistema
operacional.
Não é difícil entender isto quando lembra‐mos que o Linux é
formado pelo kernel e seus complementos. A recriação do Linux
não envolve a recriação do kernel. O kernel permanece, podendo
variar a versão de uma distribuição para outra.
O que os recriadores do Linux fazem é juntar ao kernel módulos e
programas, personalizando e destinando o Linux para funções
específicas.
Distro ou distribuição quer dizer isto: alguém, grupo ou empresa,
montou um sistema operacional agregando módulos e scripts ao
[66] A maior do mundo em língua portuguesa.
68. Iniciação Linux
kernel original. Deu um nome a este conjunto, criou os
procedimentos automáticos de instalação e lançou no mercado
com o nome Linux isso ou aquilo.
O problema das distros personalizadas é que se o(s) criador(a)
não tiver mais tempo ou interesse no projeto, aquela versão
deixa de ser atualizada e em pouco tempo começa a apresentar
problemas de segurança e compatibilidade. Mesmo o Linux
apresenta falhas de segurança vinculadas ao kernel. Um novo
kernel, ao ser lançado, corrige as vulnerabilidades e agrega novas
funções ao Linux. Uma distribuição desativada não acompanha
esta evolução.
O Kurumin por exemplo, apesar de popularizar o uso em Live CD
e facilitar bastante o uso do Linux, é um projeto amador e está
perdendo espaço para distribuições mais robustas, como a
Ubuntu. Se uma empresa com muitas estações foi louca o
suficiente para adotar o Kurumin, em breve será forçada a optar
por outra distribuição e isto corresponde a instalar desde o zero
e lidar com inúmeros problemas de compatibilidade entre
softwares e software e hardware.
O fenômeno das distribuições personalizadas faz com que
encontremos o Linux com a parte gráfica muito próxima a do
Windows XP (Famelix), versões otimizadas para trabalhar como
roteador, firewall (Sentry Firewall) ou servidor, otimizada para
produção musical (Ubuntu Studio), jogos (Kurumin Games) e
pronta para uso em testes de segurança (BackTrack).
www.escoladehackers.com.br [67]
69. Escola de Hackers – Nível 1
Quando o kernel foi lançado em 1991, pouca gente era capaz de
montar uma distribuição Linux. Com o tempo isto foi ficando
mais fácil e já existem distribuições que permitem a criação de
outra distribuição, bastando escolher entre quais pacotes deseja,
ambiente gráfico, fundo de tela e outras personalizações.
Este excesso de personalização também trouxe um problema:
não existe um Linux, existem centenas, derivados de uma dezena
de distribuições que possuem características às vezes
incompatíveis entre si. Ou seja, o programa feito para um não
roda no outro.
O futuro: sistemas operacionais embarcados na TV digital
interativa
O mercado anseia por um sistema de código fonte livre, estável,
não sujeito a pragas virtuais. O Linux ainda não se mostrou
adequado para o usuário final e o Windows acaba saindo de
graça para a maioria, apesar de ser um software comercial e
muito sujeito a vírus.
Acredito que no médio prazo podemos presencial o lançamento
de um sistema operacional embarcado, com funções mínimas e
fazendo uso exclusivo de aplicações online. Nesta projeção não
haverá necessidade do PC, ficando este equipamento apenas
para hard users e quem necessita de alta poder de
processamento, como músicos, videomakers, programadores e
gamers.
[68] A maior do mundo em língua portuguesa.