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Escola de Hackers
    Iniciação Linux 
             

             

             

             

             

             

             

             


             

        = 2008 = 
Escola de Hackers – Nível 1 
 
 


 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 




[2]                            A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
Sumário 
Capítulo 1: 
       O que é Linux, 6 
       O que é firmware?, 6 
       O que é sistema operacional?, 6 
       O que é kernel?, 6 
       Windows x Unix x Linux x BSD x MacOS, 13 
Capítulo 2: 
       Quem é Linus?, 36 
       Breve história do Linux, 38 
       Tux e Daemon, 41 
       O que é GNU?, 42 
       O que é software livre?, 44 
       O que é a Linux Foundation?, 47 
Capítulo 3: 
       Aspectos políticos do GNU, 52 
       Grátis agora, pago depois?, 54 
       Linux x Windows, 57 
       Se é superior, por que não é o mais usado?, 60 
Capítulo 4: 
       Quantas distros existem?, 68 
       Principais distribuições, 74 
       Qual é a melhor?, 77 
 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 
Capítulo 5: 
       Formas de obter o Linux, 87 
       ‐ Live CD, 89 
       ‐ Pen drive, 91 
       ‐ Shell online, 93 
       ‐ Máquina virtual, 94 
       ‐ Instalado no Windows, 95 
       ‐ CygWin, 95 
Capítulo 6: 
       Login no Linux, 107 
       Sistema de contas de usuário, 109 
       Modo Shell, 111 
       Modo gráfico, 115 
Capítulo 7: 
       Linux BackTrack, 132 
 

 

 




 




[4]                            A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 


Capítulo 1:
                       O que é Linux?
                    O que é firmware?
         O que é sistema operacional?
                      O que é kernel?
       Windows x Unix x Linux x BSD x
                                MacOS
 
L: O que é Linux? 
H:  Linux  é  um  sistema  operacional,  mas  você  vai  encontrar 
definições de Linux também como kernel, então vamos começar 
esclarecendo: 
 
MINIDICIONÁRIO 
FIRMWARE 
Quando  o computador  é fabricado, ele não passa de um monte 
de  componentes eletrônicos.  Para  a  CPU  se comportar  como  se 
espera  de  um  computador,  o  fabricante  instala  alguns 
programinhas  na  memória  ROM.  Quando  o  programa  já  vem 
instalado  no  hardware  é  conhecido  como  software  embarcado. 
 




[6]                            A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
Firmware  é  qualquer  software  armazenado  sob  a  forma  de 
memória  de  leitura,  ROM,  EPROM,  EEPROM,  e  que,  portanto, 
preserva seu conteúdo mesmo quando a eletricidade é desligada. 
Você já reparou que um computador montado com peças novas, 
ao  ser  ligado  já  traz  vários  utilitários?  Quando  o  computador  é 
ligado,  você  já  percebeu  que  aparece  no  monitor  algums 
informações sobre os periféricos conectados? Neste momento o 
computador também faz um teste nele mesmo para ver se está 
tudo  OK.  E  só  então  busca  pelo  sistema  operacional  no  disco 
rígido ou em uma unidade de CD‐Rom. 
Antes do Windows, Linux ou qualquer outro sistema operacional, 
o  computador  já  tem  um  programa  rodando,  gravado  pelo 
fabricante  na  memória  ROM.  Os  nomes  mais  comuns  para  este 
sistema: BIOS, CMOS, Setup. 

SISTEMA OPERACIONAL 
É  o  principal  programa  de  um  computador.  Sem  o  sistema 
operacional o computador até liga devido ao firmware, mas não 
permite  a  instalação  de  nenhum  outro  programa.  Cada  ação  do 
usuário (clicar o mouse, digitar, abrir e salvar arquivos, imprimir) 
é recebida e interpretada pelo sistema operacional, que toma as 
devidas  providencias  para  a  execução.  O  sistema  operacional 
pode  ser  considerado  o  programa  mãe  que  comanda  todas  as 
operações  do  computador.  Para  que  um  programa  rode  dentro 


 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 
do  seu  computador,  é  necessário  que  este  seja  compatível  com 
com o seu sistema operacional. 

KERNEL 
Pronuncia‐se:  quérnel.  Traduções:  cerne,  miolo,  núcleo,  centro, 
parte principal.  
Kernel  é  o  núcleo  do  sistema  operacional.  É  a  parte  do  sistema 
que gerencia a memória, os arquivos e os dispositivos periféricos, 
mantém a data e a hora, ativa aplicações e aloca os recursos do 
sistema. 
H:  Linux  é  um  sistema  operacional  e  como  todo  sistema 
operacional, possui um kernel. Quando você estiver lendo sobre 
o Linux, verifique se o texto ou mensagem diz respeito ao sistema 
como um todo ou apenas a parte principal, o kernel, que é muito 
discutido, conforme veremos posteriormente. 

L: Quer dizer que quando um computador é fabricado ele só vem 
com o firmware? 

H: Isso mesmo. Mas alguns fabricantes, lojistas ou distribuidores, 
também gravam o sistema operacional. Os modelos mais baratos 
vem  com  o  Linux,  alguns  modelos  vem  com  o  Windows  Starter 
Edition,  que  é  uma  versão  do  Windows  Vista  com  algumas 
limitações.  Há  quem  venda  o  computador  com  o  sistema 
operacional  Windows  pirateado.  Isto  é  feito  até  por  lojas 
famosas.  O  famoso  Windows  pré‐instalado.  E  há  também  quem 
 




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Iniciação Linux 
 
venda  o  computador  sem  nenhum  sistema  operacional.  Esta 
situação é mais comum na venda de servidores para empresas. 

L: Onde fica armazenado o firmware? Firmware é um programa, 
certo? 

H:  Sim.  Firmware  é  um  programa  que  fica  armazenado  na 
memória do computador. 

L: Na memória RAM? 

H:  Não.  Na  memória  ROM.  A  RAM  é  para  você  usar  com  seus 
programas. A ROM é a quem tem o firmware gravado. 
 
MINIDICIONÁRIO: 
ROM  ‐  Memória  Somente  para  Leitura  (Read‐Only  Memory).  É 
utilizada  para  guardar  programas  que  precisam  ser  utilizados 
após o computador ser desligado. O firmware do PC é guardado 
na  ROM.  Alguns  modelos  permitem  gravação,  como  quando 
fazemos  o  upgrade  da  BIOS  por  exemplo,  mas  a  principal 
característica da ROM é que ela mantém as informações mesmo 
com a interrupção de energia. 

RAM  ‐  Memória  de  Acesso  Randômico  ou  Aleatório  (Random 
Access  Memory).  Memória  utilizada  para  manter  programas 
enquanto  estão  sendo  executados,  além  dos  dados  que  estão 
sendo  processados.  Os  dados  são  perdidos  caso  haja  falha  na 
 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 
energia,  por  exemplo  (isto  quer  dizer  que  a  RAM  é  volátil).  Os 
programas não rodam no disco rígido, nem no CD‐Rom ou no pen 
drive.  Uma  cópia  do  programa  roda  na  memória  do  tipo  RAM. 
Quando você está usando o Word  por exemplo, tem uma cópia 
gravada  no  disco  rígido,  mas  a  que  você  está  usando  está  na 
memória  RAM.  Ela  perde  os  dados  quando  a  energia  é 
interrompida ou o computador é desligado. Por este motivo você 
precisa salvar os arquivos. 
MEMÓRIA  AUXILIAR  ‐  não  sendo  ROM  ou  RAM,  as  demais 
memórias  são  auxiliares:  disco  rígido,  disquete,  pen  drive,  fita, 
CD‐Rom, DVD‐Rom, etc. 

L: Veja se eu entendi: 

1) O computador é formado por componentes eletrônicos e sem 
os programas, não serve pra nada. 

2)  Para  o  computador  começar  a  funcionar  é  preciso  uns 
programas  que  são  gravados  na  memória  ROM  pelo  fabricante. 
Quando  os  programas  são  gravados  pelo  fabricante  eles  são 
conhecidos como firmware. 

3)  O  firmware  dá  acesso  ao  relógio  interno,  fornece  no  monitor 
diversas  informações  sobre  o  hardware  e  sobre  o  que  está 
acontecendo  quando  o  computador  é  ligado,  tem  uma  parte  do 
firmware que testa o hardware para ver se está tudo bem. É isto 
mesmo? 
 




[10]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
H: Sim 

L: E onde entra o Linux ou o Windows? 

H:  O  Linux  ou  o  Windows  são  necessários  para  você  poder 
instalar os programas. 

L: Então o sistema operacional serve pra isso? Para eu instalar os 
programas que vou usar no computador? 

H:  Sim.  O  sistema  operacional  cuida  do  gerenciamento  da 
memória,  do  disco  e  demais  dispositivos  de  armazenamento  e 
também cuida para os programas se comunicarem entre si e com 
os  demais  periféricos.  Para  você  ele  só  serve  para  permitir  a 
instalação  dos  programas.  Para  os  programas,  ele  serve  para 
fazer  a  comunicação  do  programa  com  os  discos,  memória, 
impressora, etc. 

L: É só isso que eu peciso saber sobre sistema operacional? 

H: Não. Isto é o conhecimento mínimo para você entender Linux. 
Em aulas mais avançadas vamos estudar detalhadamente sobre o 
funcionamento  do  núcleo  do  sistema  operacional.  Quando  você 
entender  o  funcionamento  do  núcleo,  será  capaz  de  ínteragir 
com ele de uma forma que jamais sonhou. 

L:  Windows  e  LInux  são  sistemas  operacionais,  certo?  Existem 
outros? Qual a diferença entre eles? 
 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 
H:  Existem  muitos  sistemas  operacionais,  alguns  bem  antigos  e 
que ainda estão em uso, como por exemplo o MS‐DOS, precursor 
do  Windows.  Segue  uma  breve  descrição  de  alguns  sistemas 
operacionais: 

Windows ‐ este é o sistema operacional fabricado pela Microsoft. 
É  o  mais  usado  no  mundo  e  existe  em  diferentes  versões: 
Windows  95,  Windows  98,  Windows  NT,  Windows  2000, 
Windows  XP,  Windows  CE,  Windows  2003,  Windows  Vista, 
Windows 2008, Windows 7 (a ser lançado em 2010). O Windows 
da mesma versão pode existir em diferentes opções. Algo como a 
versão da versão. O Windows Vista por exemplo, existe em seis 
edições: Starter, Home Basic, Home Premium, Business, Ultimate 
e Enterprise Edition. 

Unix  ‐  Sistema  operacional,  multiusuário  e  multitarefa, 
desenvolvido,  no  início  da  década  dos  70,  por  Ken  Thompson  e 
Dennis  Ritchie,  no  Bell  Laboratories  da  AT&T.  Trata‐se  de  um 
sistema  operacional  que  foi  e  continua  sendo  muito  importante 
no  desenvolvimento  da  Internet.  A  maioria  dos  servidores  da 
Internet  utiliza  o  sistema  operacional  Unix.  É  um  sistema 
comercial adquirido por encomenda. Não é encontrado a venda. 

Linux  ‐  Sistema  operacional  inicialmente  desenvolvido  por  Linus 
Torvalds e 1991. Vamos conhecer mais sobre o Linux no decorrer 
deste  seminário.  Para  entendermos  o  surgimento  do  Linux  é 
preciso,  primeiramente,  sabermos  que  ele  é  resultado  de  um 
 




[12]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
sistema  padrão  chamado  Posix  o  que  faz  com  que  ele  seja 
semelhante  a  um  Unix.  O  Linux  não  é  Unix,  mas  é  um  Unix.  Se 
ficou confuso, vai entender melhor no segundo dia do seminário. 

BSD  ‐  O  BSD  (Berkeley  Software  Distribution)  é  um  Sistema 
Operacional  UNIX  desenvolvido  pela  Universidade  de  Berkeley, 
na Califórnia, durante os anos 70 e 80. Atualmente, o BSD não é 
um  único  Sistema  Operacional  mas  sim  uma  larga  família 
derivada  do  original,  sendo  os  mais  conhecidos  membros  da 
família: FreeBSD, NetBSD e OpenBSD. 

MacOS ‐ Mac OS ou Mac OS X (lê‐se Mac OS dez, e não Mac OS 
xis)  é  um  sistema  operacional  criado  pela  empresa  Apple  e 
destinado  aos  computadores  Macintosh  com  um  estável  e 
comprovado kernel UNIX. 

L: São muitos. 

H: Você achou a lista acima grande? O que me diz desta lista de 
sistemas operacionais: 

    * AtheOS                  * KeyKOS                   * MenuetOS 

    * Cosmoe                  * BS2000                   * KolibriOS 
                              * CP/M                     * Mini‐FLEX 
    * Amoeba 
                              * FLEX9                    * Multics 
    * CapROS 
    * Coyotos                 * FLEX                     * NetWare 
                              * MP/M‐80                  * Plan 9 
 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 
    * PrimOS                  * Syllable                 * TripOS 
    * ReactOS                 * Visopsys                 * TRON 
    * RiscOS                  * SSB‐DOS                  
    * SkyOS                   * TUNES 

Fonte: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_sistemas_operativos 

L: Imensa. Como escolho entre tantos? 

H:  A  escolha  costuma  ser  feita  em  função  da  facilidade  de 
aquisição  e  uso.  O  Unix  nem  contamos  com  ele,  por  ser  um 
sistema de muito específico. O Mac OS é o sonho de consumo de 
muita gente, mas só vem instalado nos computadores Apple, que 
são  mais  caros  que  o  PC.  Já  a  escolha  do  Windows  é  a  mais 
comum,  pois  qualquer  periférico  funciona  no  Windows  e  no 
Linux  isto  nem  sempre  ocorre.  O  Windows  é  fácil  de  usar,  de 
instalar e as pessoas não se importam de instalar cópias piratas. 
O BSD é mais comum  em servidores e o Linux é especial para os 
estudantes de técnicas de invasão, pois é o sistema operacional 
que  oferece  as  melhores  ferramentas  de  ataque.  Quanto  aos 
outros da segunda lista, você saber que eles existem ou não, não 
faz a menor diferença. 

Esta  foi  a  apresentação  do  primeiro  dia  de  seminário.  A  partir 
destas  reflexões  fizemos  as  seguintes  perguntas  aos 
participantes: 
 




[14]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
_”O que é firmware?” 
_”Além do computador, onde mais usamos firmwares?” 
_”É possível alterar os dados do firmware? Como?” 
_”O que é software embarcado?” 
_”É possível usar um computador só com o firmware? Por quê?” 
_”É possível comprar um firmware? Por quê?” 
_”Sistema operacional e kernel são a mesma coisa? Justifique sua 
resposta.” 
_”Como  você  escolheu  o  sistema  operacional  que  você  usar 
atualmente?” 
_”Qual é a sua segunda opção de sistema operacional?” 
_”Por que quer aprender Linux?” 
_”O  sistema  RLS  adotado  para  este  seminário  facilita  a 
compreensão e memorização dos assuntos?” 

Vamos  conhecer  as  contribuições  dos  participantes,  transcritas 
tais  como  foram  apresentadas  ao  grupo,  mantendo  inclusive,  a 
escrita típica da Internet: 
"Emerson Santos" <epsguitar@ >  
_”O que é firmware?” 
Um  programa  de  computador  gravado  pelo  fabricante  em 
memória  não  volátil  (que  não  se  apaga  quando  o  aparelho  é 
 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 
desligado). No PC o firmware é quem permite o reconhecimento 
das  unidades  de  disco  e  busca  pelo  sistema  operacional  para 
instalação  a  partir  do  CD  ou  DVD‐Rom.  Outros  equipamentos 
funcionam  apenas  com  o  firmware,  como  por  exemplo  o  forno 
de micro‐ondas, centrais PABX,   
_”Além do computador, onde mais usamos firmwares?” 
Impressoras,  scanners,  monitores,  modem,  roteador,  switch, 
telefone celular, PDA, iPod, fornos de microondas, aparelhos de 
TV,  de  som,  de  DVD,  MP3,  MP4,  MP5,  câmera  fotográfica  e 
filmadora  digital,  videogames,  set  top  box  de  TV  digital  e  por 
assinatura,  etc.  Mesmo  nestes  aparelhos,  além  do  firmware  é 
possível  que  exista  algum  outro  programa  rodando.  O  telefone 
celular do tipo smartphone por exemplo, além do firmware roda 
também  um  sistema  operacional  como  o  Symbian  ou  Windows 
CE. 
Um lembrete: vários aparelhos podem ou não usar firmwares. Os 
aparelhos mais antigos ou mais simples não usam firmware, mas 
uma  geladeira,  máquina  de  lavar  roupas,  ferro  de  passar, 
automóvel,  liquidificador  ou  processador  de  alimentos,  entre 
outros,  podem  incluir  sistemas  microprocessados.  Alguns 
aparelhos  isto  é  bem  visível,  outros  nem  tanto.  Um  ferro  de 
passar inteligente, que desliga se for deixado imóvel por mais de 
um  minuto  na  posição  horizontal,  pode  ser  controlado  apenas 
por  sensor  e  termostato  analógico,  nada  tendo  de  digital  ou  de 
sistema embarcado.  
 




[16]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
Uma curiosidade: o drive de DVD‐Rom vem com um firmware e 
quando você executa algumas vezes DVD de determinada região, 
ele  se  autoconfigura  para  ler  DVDs  somente  daquela  região, 
necessitando ser crackeado para ler DVDs de outras regiões. 
_”É possível alterar os dados do firmware? Como?” 
Depende. 
Os firmwares mais antigos e alguns atuais não admitem alteração 
do  conteúdo.  Em  alguns  casos,  mesmo  quando  esta  alteração 
não  é  possível,  pode  ser  feita  a  substituição  da  memória  por 
outra, contendo uma versão do firmware atualizada ou alterada. 
Nas condiçõs que é possível alterar um firmware, podemos fazê‐
lo em dois níveis: 
Nível  do  usuário  ‐>  através  da  interface  com  o  usuário,  como 
quando configuramos o SETUP do PC ou quando desbloqueamos 
a região de um DVD usando o controle remoto. 
Nível  do  técnico  ‐>  O  segundo  nível  de  alteração  do  firmware 
exige  conhecimento  técnico  para  acessar  e  alterar  o  conteúdo 
mediante linguagem de programação, geralmente assembly ou C. 
O acesso técnico pode ser feito através de: 
‐ porta de serviço existente no equipamento 
‐  qualquer  outra  porta,  barramento  ou  meio  de  comunicação 
disponível: COM, LPT, USB, IrDA, Bluetooth, Wi‐Fi, IEEE 1394, etc. 


 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 
‐  via  interface  Web,  como  quando  acessamos  o  firmware  do 
modem ADSL para torná‐lo router ou bridge 
‐  removendo  a  memória  e  fazendo  o  acesso  a  partir  de  um 
leitor/gravador  de  memórias.  Exemplo  de  um  gravador  de 
memória: 
http://www.tminstruments.com.br/tm2/un/Gravador%20de%20
EPROM.htm 
Outros  programas  de  alteração  de  firmware:  S1fwx,  S1res,  MP3 
player Utilies, BIOS Utilities,   
Importante lembrar que a alteração do firmware acarreta risco se 
não  for  realizada  por  quem  realmente  entenda  do  assunto. 
Corromper  as  informações  do  firmware  pode  tornar  o 
equipamento  imprestável,  pois  na  maioria  das  vezes  não  é 
possível obter uma cópia do firmware para fazer a regravação da 
memória. Para evitar alterações indevidas, alguns equipamentos 
permitem  o  uso  de  senha  de  acesso  ou  criptografia.  O  próprio 
SETUP do micro tem o exemplo da proteção por senha. 
_”O que é software embarcado?” 
Fácil:  o  mesmo  que  software  embutido  ou  embedded  software. 
São  termos  usados  para  definir  os  programas  que  são  gravados 
em memória não volátil pelo fabricante e servem para tarefas e 
dispositivos  específicos.  Um  software  embedded  de  um  MP3  só 
serve  para  este  dispositivo  e  para  mais  nenhum.  Não  confundir 
com  sistema  operacional  embarcado,  que  é  o  que  vem  nos 
smartphones por exemplo, mas não são firmwares. 
 




[18]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
_”É possível usar um computador só com o firmware? Por quê?” 
Usar  não.  Ligar  sim.  Para  usar  um  computador  plenamente 
precisamos  de  programas  aplicativos,  como  processadores  de 
texto, planilhas, sistemas de banco de dados, etc. Atente para a 
necessidade  de  separar  os  programas  usados  pelo  usuário  dos 
programas necessários ao sistema. O usuário não precisa de um 
anti‐vírus, o sistema sim.  
_”É possível comprar um firmware? Por quê?” 
Não é possível comprar um firmware, eles não estão a venda. O 
mais comum é o fabricante disponibilizar versões atualizadas de 
firmwares por download.  
Quem cria o firmware? 
Por  ser  um  programa  gravado  de  fábrica,  geralmente  o  próprio 
fabricante tem um ou mais funcionários encarregados de criar os 
firmwares  para  seus  produtos,  podendo  terceirizar  este  serviço. 
O  usuário  não  tem  motivo  para  querer  comprar  um  firmware, 
pois  quando  existem  atualizações,  o  próprio  fabricante 
disponibiliza  o  novo  firmware  para  download.  Isto  é  muito 
comum  entre  os  fabricantes  de  placa  mãe  e  modem  ADSL.  E 
mesmo  que  o  usuário  quisesse  comprar  um  firmware,  não  o 
encontraria a venda. 
Exceção:  o  que  existe  a  venda  são  firmwares  crackeados, 
vendidos gravados em memória a ser substituída pela original do 
aparelho.  Os  mais  comuns  são  os  usados  para  desbloquear 
 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 
impressoras,  permitindo  o  uso  de  cartuchos  não  originais  e 
sistemas  bulk  in,  os  usados  para  desbloquear  videogames  e 
alguns comprados por oficianas mecânicas, usados para melhorar 
ou adulterar as características do veículo. 
_”Sistema operacional e kernel são a mesma coisa? Justifique sua 
resposta.” 
Não são a mesma coisa. O kernel é o núcleo principal e o sistema 
operacional é um complemento deste núcleo. O kernel faz parte 
do  sistema  operacional,  mas  o  sistema  operacional  não  se 
resume  ao  kernel.  Um  exemplo:  o  bloco  de  notas  que  vem  no 
Windows está bem longe de ser o kernel, mas é integrante deste 
sistema  operacional.  Em  nossos  estudos  mais  avançados  sobre 
Linux veremos melhor a composição do kernel e suas diferenças 
em relação ao sistema operacional como um todo. 
_”Como  você  escolheu  o  sistema  operacional  que  você  usar 
atualmente?” 
Bom  uso  Windows  XP,  comecei  a  usá‐lo  por  ver  amigos  usando 
(isso mesmo, sou filho caçula, comecei meus estudos já no XP) e 
pela  facilidade,  apos  um  tempo,  e  alguma  experiência  já  
adquirida  comecei  a  testar  outras  versões  do  próprio  Windows 
(do 95 ao Vista), e algumas distros Linux, cheguei ate a 
testar o Mac OS e o FreeBSD, mais por menos de uma semana, 
pois  vi  que    no  momento  em  questão,  seria  mais  interessante 
dominar o Linux. O que me fez permanecer no Windows mesmo 
depois de ter conhecido o fantástico mundo OPEN SOURCE, foi o 
 




[20]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
simples fato de eu gostar de jogos e trabalhar em empresas que 
só  usam  Windows  (no  momento,  sou  suporte  de  uma  empresa 
de  revelação  fotográfica,  e  a  fujifilm  só  disponibiliza  minilabs, 
com suporte a Windows 2000) e por esse fato tive que deixar o 
Linux um pouco de lado, pois necessitei de muita pesquisa para 
estudar redes no 2000, pois no XP minha experiência tinha sido 
básica ate então.  
"Emerson Santos" <epsguitar@>  
Na verdade utilizo a técnica de dual boot, ou seja, utilizo tanto o 
Windows  quanto  o  Linux.  Atualmente  só  utilizo  Windows  se  os 
programas  que  necessito  não  possuírem  versões  para  o  Linux. 
Acho  o  Linux  mais  robusto  e  confiável  que  o  Windows.  Outros 
motivos no qual passei a utilizar o Linux foi porque entrei em um 
projeto  de  pesquisa  e  as  máquinas  dos  laboratórios  são 
equipadas apenas com Linux. Também estou participando de um 
projeto  da  prefeitura  no  qual  o  Linux  é  o  sistema  operacional 
utilizado.  
"Osvaldo Filho" <osvaldofilho.redes@ >  
Pela facilidade de uso: criar, excluir, deletar, alterar pastas; pela 
facilidade  de  instalação  e  configuração  de  hardware  e  pela 
compatibilidade com software e hardware de terceiros.  
"Carla" <carla@> 
Devido ao conhecimento que continha sobre o mesmo e de sua 
facilidade de manuseio, facilidade de uso.  
 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 
Adriano Lucas da Silva <dorff_10@> 
Escolhi  meu  sistema  operacional  por  ter  uma  praticidade 
enorme. Ele é o Windows XP da Microsoft. 
cleriton geremia freire <clebill@> 
O que mais se adequou ao meu tipo de trabalho.  
Christopher Andreas <christopherandreas@> 
Pela facilidade que tenho de encontrar no mercado e a maneira 
fácil de ser instalado.  
Cleber Ferreira da Silva <clefersilva@ >  
Windows  XP  por  causa  dos  outros  usuáris  em  cãs.  É  difícil  se 
acostumar com um sistema novo (kurumin ou,outra distribuição, 
pois, na verdade o Linux ainda não é bem claro para iniciantes.  
"Rafaela" <fire390_indeterminada@> 
Actualmente  utilizo  o  Windows  XP  Profissional.  escolhe  este 
sistema  primeiro  porque  é  fácil  utiliza‐lo,  segundo  porque  é  o 
mais popular.  
patrício dos santos <pj_santos2003@> 
Não foi exatamente uma escolha me foi empurrado o windows, 
acho  que  talvez  por  desconhecer  os  demais  e  pela  sua  maio 
facilidade de uso, acabei ficando com ele.  
Adriano Fernandes Azevedo <adrianof6@ >  
Escolhi baseado na praticidade e autonomia.  
 




[22]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
Juniore <yah_rr@ >  
Eu escolhi o Windows, porque no momento não tenho máquina e 
tempo para estudar o funcionamento de outros SO. 
bad_religion <cyber_gb@ >  
O  Sistema  que  uso  atualmente  (Windows  XP)  foi  escolhido  de 
forma  empírica,  pois  as  experiências  com  outros  sistemas  não 
ofereceram as facilidades do Sistema atual de minha máquina.  
"Willis" <willis@> 
Hoje  eu  uso  o  linux,  pois  me  proporciona  uma  aprendizagem 
diária  
guanaes <golasguanaes@ >  
Na época que eu escolhi o Windows XP foi por indicação e assim 
mesmo não é original,devido ao preço de um XP original.  
Diego Santos <diego_hotpc@ >  
_”Qual é a sua segunda opção de sistema operacional?” 
Minha  segunda  opção  de  sistema  é  o  LINUX.  Uso  geralmente  o 
Slackware,  mais  estou  testando  (e  gostando)  do  UBUNTU.  E 
pretendo  com  a  experiência  adquida  nos  seminários  que  serão 
vistos, inverter esta posição e passar a usar o Linux como sistema 
principal.  
"Emerson Santos" <epsguitar@ >  
Windows  
 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 
"Osvaldo Filho" <osvaldofilho.redes@ >  
Slackware 12, em dual boot.  
"Carla" <carla@ >  
Linux.  
Adriano Lucas da Silva <dorff_10@ >  
Possuo  o  Windows  XP,  mas  mesmo  assim  considero‐o  como 
minha  segunda  opção  de  sistema  operacional.  Ficando  como  a 
primeira, o Linux.  
cleriton geremia freire <clebill@ >  
Não posso dizer que tenho uma segunda opção, sempre convivi 
com  a  família  Windows,  e  pouco  conheço  de  outros  sistemas, 
mas gostaria de aprofundar o meu conhecimento sobre eles.  
Christopher Andreas <christopherandreas@ > 
O  Linux,  por  ser  um  software  aberto,  gratuito,  com  interface 
gráfica  amigável,  mas  seguro  em  relação  a  vírus  (quando 
comparado  ao  Windows)  e  excelente  para  quem  quer 
desenvolver técnicas hacker.  
Cleber Ferreira da Silva <clefersilva@ >  
O Kurumin ou ubutun  
"Rafaela" <fire390_indeterminada@ >  
 
Linux, sem duvida :‐).  
 




[24]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
patrício dos santos <pj_santos2003@ > 
Linux  
Adriano Fernandes Azevedo <adrianof6@ >  
Linux  
Juniore <yah_rr@ >  
Linux  
"Alexandre Jose Barros Machado"<alexandretopeca@ >  
Linux concerteza.  
bad_religion <cyber_gb@ >  
Não  tenho  uma  segunda  opção,  a  não  ser  uma  outra  versão  do 
Windows, o Vista, que ora uso em meu note.  
"Willis" <willis@ >  
Windows  
guanaes <golasguanaes@ >  
Ainda  continuo  com  o  windows  devido  a  dificuldades  de 
configuração que encontrei no linux.  
Diego Santos <diego_hotpc@ >  
_”Por que quer aprender Linux?” 
Minha  admiração  pelo  Linux  começou  quando  li  algumas  coisas 
sobre  a  historia  dele,  achei  muito  motivadora  a  idéia  do  Linus 

 




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Torvalds,  depois  disso,  a  mensagem  proposta  pela  comunidade 
OPEN SOURCE também me cativou. 
Dai  só  vieram  coisas  boas,  o  estudo  do  Linux  me  abriu  mais  a 
mente, o valor emocional envolvido no Linux faz com que você se 
sinta  mais  "útil",  pois  se  achar  que  pode  melhorar  algo  é  só 
meter bronca!!!! Basicamente foi isso que me fez pensar "apesar 
dos pesares, quero o TUX do meu lado". Mais nem por isso quero 
deixar  o  Windows  de  lado  (ate  por  que  não  da  né...)  ainda  tem 
coisas que só funcionam se os "bugs" estiverem em dia!!!!   
"Emerson Santos" <epsguitar@ >  
Creio que devamos aprender ao máximo que pudermos e que as 
oportunidades nos permitirem. Essa prática de sermos xiitas com 
relação a software não faz meu gênero. Pra eu usar lógico, tudo 
bem  que  uso  o  Linux  sempre  que  dá.  Mas  aprender,  quero 
aprender o máximo de SO's que eu puder. Não sou partidário de 
nenhum e apenas aprendo com o objetivo de ser um profissional 
melhor e mais capacitado a cada dia.  
"Osvaldo Filho" <osvaldofilho.redes@>  
Linux  é  fundamental  para  compreender  a  adminstração de  uma 
rede,  tanto  na  parte  de  instalação  de  servidores,  como  na  de 
configuração  de  serviços.  Também  por  que  a  arquitetura  Linux 
está  na  maior  parte  dos  servidores  da  Internet  e  tem 
excepcionais ferramentas nativas que possam  ser usadas  para a 
realização de pen‐tests. Outra grande vantagem é a possibilidade 
de criar redes LTSP.  
 




[26]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
"Carla" <carla@>  
Devido  ao  seu  poder!  Sua  capacidade  de  uso  nao  tem  limites 
quando o domina.  
Adriano Lucas da Silva <dorff_10@>  
Quero aprender Linux, juntamente porque como todos falam, ele 
é  o  melhor  para  uso  de  invasões  de  sistemas.  Também  porque 
gosto muito mais da interface, do conteúdo do Linux do que dos 
demais sistemas operacionais.  
cleriton geremia freire <clebill@>  
É uma necessidade de não ser refém de uma unica empresa, de 
um único tipo de OS.  
Christopher Andreas <christopherandreas@> 
Quanto  mais  aprendemos,  mas  ficamos  certos  de  que  nada 
sabemos (disse um famoso filosofo...), portanto para quem quer 
ganha dinheiro usando as tecnologias de informatização, precisa 
estar  por  dentro  e  conhecer  um  pouco  de  tudo  que  há  no 
mercado a disposição dos usuários.  
Acredito  que  o  Linux  esta  crescendo  e  ficando  cada  vez  mais 
conhecido  por  todos,  isso  indica  que  ele  é  uma  tendência  forte 
de mercado e que em pouco tempo estaremos com um maioria 
de empresas e pessoas precisando profissionais que entendam o 
funcionamento  do  sistema,  afim  de  que  esse  encotre  soluções 
para resolva os problemas que venham surgir.   

 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 
Cleber Ferreira da Silva <clefersilva@>  
Além de  ser open, tem mais a oferecer em termos de segurança 
e estabilidade.  
"Rafaela" <fire390_indeterminada@>  
Não  só  por  questões  profissionais,  mas  também  porque  quero 
aperfeiçoar  os  meus  conhecimentos  no  que  diz  respeito  a 
segurança na rede, a redes com servidores linux...  
patrício dos santos <pj_santos2003@>  
Aprender por que este sistema operacional está se pupolarizando 
e é o melhor para servidores, muitas pessoas sentem dificuldade 
com  tal  sistema  operacional  entao  aprender  linux  é  um 
diferencial.  
Adriano Fernandes Azevedo <adrianof6@>  
Podemos ser excelentes no senso comum, porém é vital sermos 
profissionais em nichos "por enquanto" restritos.  
Juniore <yah_rr@>  
Para  melhorar  meus  conhecimentos  na  área  hacker  e  mercado 
de trabalho.  
"Alexandre Jose Barros Machado" <alexandretopeca@>  
Além de ser um sistema operacional muito robusto, as melhores 
ferramentas de ataque são fabricadas para o mesmo.  
bad_religion <cyber_gb@>  
 




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Iniciação Linux 
 
Na verdade eu sempre tentei fugir do Linux, sempre recomendei 
aos  meu  amigos  que  ao  comprar  máquinas  com  Linux  que 
retirassem  logo  aquele  Sistema  fajuto,  passando  a  usar  um 
Sistema  comprovado  e  que  nele  todos  os  programas  rodam. 
Sendo  que  no  Linux,  muitos  dos  programas  usuais  não  eram 
reconhecidos. Outra, que existem muitas versões de Linux e isso 
demonstra  falta  de  base  no  programa  para  que  ele  venha  a 
"emplacar"  de  verdade.    Mas,  vejo  que  aquelas  idéias  todas 
podem ter sido formadas por desconhecimento e por isso quero 
aprender Linux. 
"Willis" <willis@>  
As vantagem são inumeras, é um S.O, like unix, gratuito,  código 
aberto, livre de pragas, rápido e estável,  aumentar meus ganhos.  
guanaes <golasguanaes@>  
Por  ser  um  sistema  mais  leve  do  que  o  windows&nbsp;,  com 
menos defeitos.  
Diego Santos <diego_hotpc@>  
_”O  sistema  RLS  adotado  para  este  seminário  facilita  a 
compreensão e memorização dos assuntos?” 
No meu caso sim, pois gosto de "quantidade" para converter em 
"qualidade",  pois  usando  o  método  comum  acho  que  se  passa 
muito tempo em um mesmo assunto, fazendo com que o aluno 
fique meio "saturado", e com o  RLS o aluno vê a base da coisa, e 

 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 
aprimora  o  que  achar  que  deve  em  pesquisas  (que  ajuda  a 
aposentar o "preguiçômetro")  

"Emerson Santos" <epsguitar@> 

Facilita bastante. Mesmo assim, procurei material falando sobre 
o sistema e não achei muita coisa. Entretanto, o sistema facilita o 
aprendizado.  Professor,  se  o  senhor  puder  disponibilizar  algum 
material  que  fale  mais  sobre  o  tema  (ou  indicar  fontes  de 
pesquisa ‐ sites ou livros) seria de bastante proveito.  

"Osvaldo Filho" <osvaldofilho.redes@ >  

*  RLS  (Rapid  Learning  System)  são  técnicas  de  aceleração  da 
aprendizagem. Estamos implementando nossa adaptação do RLS 
americano  em  todo  o  material  produzido  a  partir  de  junho  de 
2008. 
Sim,  até  por  que  as  perguntas  não  estão  todas  respondidas  na 
teoria. Logo, os estudantes são obrigados a pesquisar, a procurar 
outros pontos de vista sobre os tópicos aqui tratados e construir 
uma opinião na forma de resposta.É uma metodologia que exige 
pró‐atividade, não passividade.  
"Carla" <carla@> ) 
Sim.  
 
 
 




[30]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
Adriano Lucas da Silva <dorff_10@>  
Facilita  e  muito.  Responde  automaticamente  perguntas  já 
formuladas na hora da leitura.  
cleriton geremia freire <clebill@>  
Aparentemente sim.  
Christopher Andreas <christopherandreas@> 
Sim,  esse  sistema  ajuda  bastante  na  compreensão  dos  assuntos 
aqui discutidos.  
Cleber Ferreira da Silva <clefersilva@>  
Facilita,  pois,  se  você  não  nenhuma  noção  do  que  está  sendo 
dito, com este sistema você de cara já fica mais familiarizado com 
assunto que ajuda na hora de pesquisar determinado tema.  
"Rafaela" <fire390_indeterminada@>  
Gostei deste novo método. dá para entender.  
patrício dos santos <pj_santos2003@>  
Na  minha  visao  facilita  sim  pois  os  assuntos  estao  sendo 
abordados de uma forma mais natural.  
Adriano Fernandes Azevedo <adrianof6@>  
Creio que sim  
 
 
 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 
"Alexandre Jose Barros Machado" <alexandretopeca@ >  
Sim muito, pois é apenas com questões que medimos nosso nível 
de conhecimento.  
bad_religion <cyber_gb@>  
Sim, o sistema RLS possibilita a interação e abstração quando se 
faz a leitura dos textos do seminário.  
"Willis" <willis@>  
Sim,  achei  interessante  este  abordagem  de  estudo  passarei 
utiliza‐la.  
guanaes <golasguanaes@>  
Sim,  o  sistema  é  bem  explicativo  facilitando  o  entedimento, 
porque as vezes as pessoas têm certas duvidas, mas não sabem 
como perguntar.  
Diego Santos <diego_hotpc@ >  
 
 
 
 
 




 




[32]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 


Capítulo 2:
                  Quem é Linus?
       Breve história do Linux.
                  Tux e Daemon.
                   O que é GNU?
        O que é software livre?
                O que é a Linux
                    Foundation?

Neste segundo dia do seminário vamos conhecer quem está por 
trás do Linux, seu criador e as polêmicas em torno desta criação. 
Sobre  todos  os  temas  acima  existe  farto  material  na  Internet, 
então,  já  ancorados  nas  técnicas  de  RLS  que  estamos  usando 
neste  seminário,  as  explanações  serão  breves,  com  a 
disponibilização  de  links  para  quem  desejar  se  aprofundar  nos 
tópicos. 
 
 
 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 
1. Quem é Linus? 
Resumo adaptado da Wikipedia: 
Linus  Benedict  Torvalds  nasceu  na  cidade  de  Helsínquia, 
Finlândia, em 28 de Dezembro de 1969. 
Iniciou‐se  no  mundo  dos  computadores  em  1980,  quando  aos 
onze  anos  de  idade  precisou  ajudar  seu  avô  a  usar  um  recém 
adquirido micro da linha Comodore. 
No  fim  dos  anos  80  ele  tomou  contato  com  os  computadores 
IBM/PC  compatíveis  e  em  1991  comprou  um  80386.  Com  21 
anos, 5 já de experiência programando (em C), ele tinha contato 
com o Sistema Unix da Universidade (SunOS, atualmente Solaris) 
e  desejava  rodar  a  versão  Unix  de  Andrew  S.  Tannenbaum,  o 
Minix, no seu recém adquido 80386. 
Descontente  com  os  recursos  do  Minix,  especialmente  em 
relação ao emulador de terminal do Minix que ele utilizaria para 
acessar  remotamente  o  Unix  da  Universidade,  começou  a 
desenvolver o seu próprio emulador de terminal que não rodaria 
sobre  o  Minix,  mas  diretamente  no  hardware  do  386.  Este 
projeto pessoal foi sendo modificado gradualmente e adquirindo 
características  de  um  Sistema  Operacional  independente  do 
Minix.  Este  é  o  início  do  desenvolvimento  do  Kernel  Linux, 
relatado pelo próprio Linus Torvalds em seu livro "Só Por Prazer". 




 




[34]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
Vive atualmente em Santa Clara, na Califórnia, com a sua mulher 
Tove  e  suas  três  filhas.  Ele  é  um  empregado  do  Open  Source 
Development Lab (OSDL). 
__________ 

L: Fiquei com a impressão de que o Linus era um descontente com 
o  sistema  da  época  e  só  pensava  em  resolver  seu  próprio 
problema de usabilidade do sistema. Estou certo? 

H:  Aparentemente  foi  isto  que  aconteceu.  Basicamente  com  o 
conhecimento  dele  em  programação  em  C  e  do  Unix  a  fundo, 
conseguiu criar um sistema operacional revolucionário. Mas você 
percebeu  que  em  nenhum  momento  Linus  demonstra  ter 
interesse  ou  conhecimento  sobre  burlar  segurança  de  sistemas 
informáticos, que é o que caracteriza os hackers? Percebeu que 
quando  lemos  sobre  Linus  Torvalds  ser  exemplo  de  hacker, 
estamos  falando  de  uma  época  que  não  existe  mais,  pois  os 
hackers de hoje são outros? 

L:  Vimos  isto  no  seminário  de  iniciação  hacker.  Quer  dizer  que 
Linus  Torvalds  pode  ser  considerado  hacker  naquela  época,  mas 
hoje não o seria? 

H: Sim. Pelo conceito que temos do hacker atualmente, ele não 
se  enquadra  nesta  definição.  Um  fato  interessante  é  como  um 
projeto  pessoal  tornou‐se  tão  grande,  a  ponto  de  abalar  a 
supremacia dos maiores fabricantes de sistemas operacionais. E 
 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 
tudo começou com uma mensagem, convidado colaboradores a 
participar do projeto. 

2. Breve história do Linux. 
Resumo adaptado da Wikipedia: 
O kernel Linux foi originalmente escrito por Linus Torvalds, com a 
ajuda  de  vários  programadores  voluntários  através  da  Usenet. 
Tudo começou com uma mensagem que ainda pode ser lida aqui: 
http://groups.google.com/group/comp.os.minix/msg/2194d2532
68b0a1b 
Linus  Torvalds  começou  o  desenvolvimento  do  kernel  como  um 
projecto  particular,  inspirado  pelo  seu  interesse  no  Minix,  um 
pequeno sistema UNIX desenvolvido por Andrew S. Tanenbaum. 
Ele  limitou‐se  a  criar,  nas  suas  próprias  palavras,  "um  Minix 
melhor  que  o  Minix"  ("a  better  Minix  than  Minix").  E  depois  de 
algum  tempo  de  trabalho  no  projecto,  sozinho,  ele  enviou  a 
seguinte mensagem para comp.os.minix: 
"Você  suspira  pelos  bons  tempos  do  Minix‐1.1,  quando  os 
homens  eram  homens  e  escreviam  seus  próprios  drivers  de 
dispositivo?  Você  está  sem  um  bom  projeto  em  mãos  e  está 
desejando trabalhar em um sistema operacional que você possa 
modificar  de  acordo  com  as  suas  necessidades?  Está  achando 
frustrante quando nem tudo funciona no Minix? Chega de noite 
ao  computador  para  conseguir  que  os  programas  funcionem? 
Então esta mensagem pode ser para você. 
 




[36]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
Como  eu  mencionei  há  um  mês  atrás,  estou  trabalhando  numa 
versão  independente  de  um  S.O.  similar  ao  Minix  para 
computadores  AT‐386.  Ele  está,  finalmente,  próximo  do  estado 
em  que  poderá  ser  utilizado  (embora  possa  não  ser  o  que  você 
está  esperando),  e  eu  estou  disposto  a  disponibilizar  o  código‐
fonte para ampla distribuição. Ele está na versão 0.02... contudo 
eu  tive  sucesso  ao  executar  bash,  gcc,  gnu‐make,  gnu‐sed, 
compressão, etc. nele." 
A  mensagem  acima  foi  o  ponto  de  partida  para  a  criação  da 
maior  comunidade  de  programadores  independentes  reunidas 
até hoje. E que continuam a se reunir, para criar e recriar versões 
e novas distribuições do Linux,  independente de convite.  
A  diferença  é  que  a  mensagem  original  se  refere  ao  núcleo  e  a 
maioria  dos  grupos  de  hoje  desenvolvem  sistemas 
personalizados,  alguns  com  mais  ou  menos  sucesso,  a  exemplo 
do Kurumin e Ubuntu. 
Curiosamente,  o  nome  Linux  foi  criado  por  Ari  Lemmke, 
administrador do site ftp.funet.fi que deu esse nome ao diretório 
FTP  onde  o  kernel  Linux  estava  inicialmente  disponível  (Linus 
tinha‐o batizado inicialmente como "Freax"[carece de fontes] 
No dia 5 de outubro de 1991 Linus Torvalds anunciou a primeira 
versão "oficial" do kernel Linux, versão 0.02. Desde então muitos 
programadores têm respondido ao seu chamado, e têm ajudado 
a fazer do Linux o sistema operacional que é hoje. No início era 
utilizado  por  programadores  ou  só  por  quem  tinha 
 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 
conhecimentos,  usavam  linhas  de  comando.  Hoje  isso  mudou, 
existem  diversas  empresas  que  criam  os  ambientes  gráficos,  as 
distribuições cada vez mais amigáveis de forma que uma pessoa 
com poucos conhecimentos consegue usar o Linux. Hoje o Linux 
é um sistema estável e consegue reconhecer todos os periféricos 
sem  a  necessidade  de  se  instalar  os  drivers  de  som,  vídeo, 
modem,  rede,  entre  outros.  (esta  informação  está  correta  em 
parte,  ainda  existe  muita  incompatibilidade  de  hardware,  pois 
nem todo fabricante dá suporte aos sistemas Linux). 

L:  Li  em  algum  lugar  que  Linus  se  apropriou  de  algumas  boas 
idéias e códigos enviados por seus colaboradores. Isto é verdade? 

H:  Você  deve  ter  lido  isto  no  livro  "Só  Por  Prazer",  onde  até 
acusações  de  homossexualismo  ele  conta  ter  sido  vítima.  Não 
temos como saber de fato o que se passou, mas certamente todo 
o  crédido  das  dezenas,  depois  centenas  e  depois  milhares  de 
colaboradores,  ficou  mesmo  para  o  Linus  e  isto  deve  ter 
desagradado  a  muita  gente.  Que  tivessem  a  idéia  original  pelo 
menos.  

Reflita sobre isto: 
    •   Você  acha  que  o  Linux  teria  crescido  tanto  se  não  fosse 
        por seus colaboradores? 
    •   Se  Linus  tivesse  patenteado  o  kernel  do  Linux,  hoje  ele 
        seria tão ou mais rico que o Bill Gates ou será que o cunho 
        comercial afastaria os voluntários? 
 




[38]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
     •   Você acha mesmo que Linus criou o Linux sozinho? 
3. Tux e Daemon. 
O  Tux  é  a  mascote  oficial  do  Linux.  Criado  por  Larry  Ewing  em 
1996,  é  um  pinguim  com  expressão  de  satisfação.  A  idéia  da 
mascote  do  Linux  ser  um  pinguim  veio  de  Linus  Torvalds,  o 
criador do núcleo do Linux, sugerindo que o nome deriva de [T] 
orvalds  [U]  ni  [X].  Já  o  Daemon  é  outro  mascote,  o  diabinho 
símbolo dos BSD. 
__________ 

L: Onde posso ver estes mascotes? 

H: Veja‐os nas figuras abaixo: 
 




                                               

        Daemon                   Gnu                       Tux 
    (mascote do BSD)       (mascote do GNU          (mascote do Linux) 
                               Project) 
 
 
 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 
4. O que é GNU? 
Aqui está o ponto de ruptura que catapultou o Linus Torvalds a 
fama mundial. Já existia desde 1984 uma comunidade buscando 
por  um  sistema  operacional  totalmente  livre,  que  qualquer 
pessoa  teria  direito  de  usar,  modificar  e  redistribuir,  desde  que 
garantido  para  todos  os  mesmos  direitos.  Esta  comunidade  se 
reunia  sob  o  nome  de  projeto  GNU,  tendo  como  seu  principal 
mentor  a  figura  de  Richard  Stallman.  Este  sistema  operacional 
GNU  deveria  ser  compatível  com  o  sistema  operacional  UNIX, 
porém  não  deveria  utilizar‐se  do  código  fonte  do  UNIX,  por 
tratar‐se  de  um  sistema  comercial.  Stallman  escolheu  o  nome 
GNU porque este nome, além do significado original do mamífero 
Gnu,  é  um  acrônimo  recursivo  de:  GNU  is  Not  Unix  (em 
português:  GNU  não  é  Unix).  O  pojeto  GNU  também  tem  um 
mascote que é um... Gnu. 
Acontece que po volta de 1990, os membros do projeto GNU só 
haviam  criado  os  aplicativos  e  utilitários  para  o  sistema 
operacional  que  ainda  não  existia.  Ou  seja,  criaram  quase  tudo, 
menos o núcleo. 
Foi  aí  que  entrou  o  Linus  Torvalds,  não  no  projero  GNU,  mas 
criando  o  núcleo  que  faltava  ao  projeto  GNU,  permitindo  aos 
programadores  reunir  aqueles  programas  previstos  para  o 
sistema  operacional  GNU  (que  não  existiu)  em  torno  do  núcleo 
(kernel) criado pelo Linus. 
Imagine  a  raiva  que  o  Satallman  deve  ter  ficado,  pois  o  Linus 
sozinho  levou  praticamente  toda  a  fama  pela  existência  do 
 




[40]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
sistema  operacional  livre,  que  não  era  nem  a  idéia  inicial  dele. 
Lembre‐se que Linus criou o Linux devido a sua insatisfação com 
os  sistemas  da  época,  independente  da  proposta  de  software 
livre. 
Percebeu  que  Linus  Torvalds  fez  a  coisa  certa  na  hora  certa? 
Percebeu que tanto Linus como Stallman não estão diretamente 
envolvidos  com  segurança  de  sistemas  para  serem  adorados 
como hackers?  
__________ 

L:  Então  Linus  foi  um  oportunista  e  passou  a  perna  em  todo  o 
pessoal do projeto GNU? 

H:  Não  é  bem  assim.  O  pessoal  do  projeto  GNU  estava  se 
desetendo  quanto  ao  kernel.  Prova  disso  é  que  o  kernel  do 
projeto  GNU  nunca  ficou  pronto.  Linus  começou  a  trabalhar 
sozinho e não dependia de convencer ninguém a aceitar o kernel 
desta ou de outra maneira. Então fez um kernel em bem menos 
tempo.  Como  os  programas  para  usar  um  kernel  baseado  em 
Unix  já  existia,  ninguém  quis  mais  saber  de  esperar  o  kernel  do 
projeto  GNU.  Passaram  a  criar  as  primeiras  distribuições  Linux, 
que é o kernel + todo o resto, incluindo os programas, interface 
gráfica, etc. 
 
 

 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 
5. O que é software livre? 
Software  livre,  segundo  a  definição  criada  pela  Free  Software 
Foundation  é  qualquer  programa  de  computador  que  pode  ser 
usado,  copiado,  estudado,  modificado  e  redistribuído  sem 
nenhuma restrição. A maneira usual de distribuição de software 
livre  é  anexar  a  este  uma  licença  de  software  livre,  e  tornar  o 
código fonte do programa disponível. 
No  software  proprietário,  que  pode  ser  comercial  ou  gratuito 
(freeware),  o  autor  não  permite  cópias  ou  distribuição  e 
geralmente não divulga o código fonte. 
Percebeu  que  software  gratuito  não  é  o  mesmo  que  software 
livre?  Um  freeware  é  um  software  gratuito,  mas  o  autor 
geralmente  não  permite  que  as  pessoas  o  modifiquem  e  nem 
distribui seu código fonte. 
Um  software  livre  pode  ser  comercializado,  como  é  o  caso  de 
diversas distribuições Linux. Neste caso as pessoas podem alterá‐
lo a vontade, mas não podem comercializá‐lo usando o nome da 
empresa. Exemplo: Linux da Conectiva. Você pode alterá‐lo, mas 
não  pode  fazer  crer  ao  mercado  que  suas  cópias  são  vendidas 
pela Conectiva. 

Software Livre e Software em Domínio Público 
Software  livre  é  diferente  de  software  em  domínio  público.  O 
primeiro,  quando  utilizado  em  combinação  com  licenças  típicas 
(como  as  licenças  GPL  e  BSD),  garante  a  autoria  do 
 




[42]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
desenvolvedor ou organização. O segundo caso acontece quando 
o autor do software relega a propriedade do programa e este se 
torna  bem  comum.  Ainda  assim,  um  software  em  domínio 
público pode ser considerado como um software livre. 

Software Livre e Copyleft 
Licenças  como  a  GPL  contêm  um  conceito  adicional,  conhecido 
como  Copyleft,  que  se  baseia  na  propagação  dos  direitos.  Um 
software  livre  sem  copyleft  pode  ser  tornado  não‐livre  por  um 
usuário, caso assim o deseje. Já um software livre protegido por 
uma licença que ofereça copyleft, se distribuído, deverá ser sob a 
mesma licença, ou seja, repassando os direitos. 

Associando os conceitos de copyleft e software livre, programas 
e serviços derivados de um código livre devem obrigatoriamente 
permanecer  com  uma  licença  livre  (os  detalhes  de  quais 
programas,  quais  serviços  e  quais  licenças  são  definidos  pela 
licença original do programa). O usuário, porém, permanece com 
a  possibilidade  de  não  distribuir  o  programa  e  manter  as 
modificações ou serviços utilizados para si próprio. 

Venda de Software Livre 
As licenças de software livre permitem que eles sejam vendidos, 
mas  estes  em  sua  grande  maioria  estão  disponíveis 
gratuitamente. 


 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 
Uma vez que o comprador do software livre tem direito as quatro 
liberdades  listadas,  este  poderia  redistribuir  este  software 
gratuitamente ou por um preço menor que aquele que foi pago. 
Como exemplo poderíamos citar o Red Hat Enterprise Linux que 
é  comercializado  pela  Red  Hat,  a  partir  dele  foram  criados 
diversos  clones  como  o  CentOS  que  pode  ser  baixado 
gratuitamente. 
Muitas  empresas  optam  então  por  distribuir  o  mesmo  produto 
sobre duas ou mais licenças, geralmente uma sobre uma licença 
copyleft  e  gratuita  como  a  GPL  e  outra  sobre  uma  licença 
proprietária e paga. 
O  termo  GNU/Linux  refere‐se  ao  fato  do  Linux  estar  licenciado 
sob a licença GNU. 

Ficou confuso? 

Eis um resumo: 
Software  proprietário  ‐  o  dono  (programador  ou  empresa  de 
software)  não  permite  cópias  ou  distribuição.  se  aplica  a 
programas pagos e gratuitos (freeware). 
Software livre ‐ pode ser alterado e redistribuído. 
Copyleft  ‐  obrigatoriedade  de  propagar  os  mesmos  direitos  da 
licença  adquirida.  Exemplo:  um  software  livre  só  pode  ser 
distribuído  como  software  livre.  Um  freeware,  apenas  como 
freeware. 
 




[44]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
Software  em  domínio  público  ‐  a  autoria  é  desconhecida  ou  foi 
relegada pelo autor. 
GPL  ‐  sigla  de  General  Public  License  (Licença  Pública  Geral),  a 
licença para programas da Free Software Foundation 
BSD ‐ abreviação de BSD ‐ Berkeley Software Distribution 
__________ 

L: São tantas definições, preciso memso memorizar isto? 

H: Creio que não, há não ser que você seja programador e queira 
saber  a  melhor  forma  de  proteger  seu  software.  Estas  questões 
legais envolvendo licenciamento são tão complexas que existem 
instituições  dedicadas  somente  a  este  assunto.  Uma  delas  é  a 
Free Software Foundation. O mínimo que você precisa lembrar é 
que o mesmo software pode ter mais de uma licença ou licenças 
combinadas. Ele pode ser gratuito para o usuário e pago se usado 
em empresas. Você já viu isto nas licenças dos antivírus gratuitos. 
E que o software livre permite alterações. 
 
6. O que é a Linux Foundation? 
Recentemente  a  já  ampla  comunidade  internacional  do  Open 
Source  ganhou  um  novo  impulso  para  a  sua  consolidação.  A 
Open  source  Development  Labs  e  a  Free  Standards  Group,  dois 
dos  mais  importantes  representantes  do  mundo  Linux, 
anunciaram publicamente sua fusão. 
 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 
O  resultado  dessa  união  é  a  Linux  Foundation,  a  qual  colhe  o 
apoio  de  70  fabricantes  mundiais,  incluindo  as  poderosas  IBM  , 
HP, Oracle, Novell e Intel , contando ainda com a Fujitsu, Hitachi 
e  NEC.  Os  principais  objetivos  da  Linux  Foundation  incluem 
promoção,  proteção  e  padronização  do  Linux.  Segundo  o 
comunicado emitido, a Linux Foundation ajudará e promoverá a 
aproximar  o  Open  Source  de  plataformas  proprietárias,  mas 
continuará a respeitar o código aberto, liberdade de escolha e a 
superioridade técnica do Open Source. 
__________ 

L: Me parece que o Linux está se profissionalizando para competir 
a altura das empresas comerciais. É isto mesmo? 

H:  Sim.  O  Linux  está  deixando  de  ser  um  sistema  operacional 
artesanal,  mantido  por  entusiastas,  para  tornar‐se  um  sistema 
comercial  indústrial.  A  pergunta  que  vamos  discutir  amanhã  é 
sobre a possibilidade de isto ser o início do Linux comercial. 

Conheça também a Free Software Foundation: 
A  Free  Software  Foundation  (FSF,  Fundação  para  o  Software 
Livre)  é  uma  organização  sem  fins  lucrativos,  fundada  em  1985 
por Richard Stallman e que se dedica à eliminação de restrições 
sobre  a  cópia,  redistribuição,  entendimento  e  modificação  de 
programas  de  computadores  –  bandeiras  do  movimento  do 
software  livre,  em  essência.  Faz  isso  promovendo  o 
desenvolvimento e o uso de software livre em todas as áreas da 
 




[46]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
computação  mas,  particularmente,  ajudando  a  desenvolver  o 
sistema operacional GNU e suas ferramentas. 
Até  meados  da  década  de  1990  a  fundação  dedicava‐se  mais  à 
escrita  do  software.  Como  hoje  existem  muitos  projetos 
independentes  de  software  livre,  a  FSF  dedica‐se  mais  aos 
aspectos  legais  e  estruturais  da  comunidade  do  software  livre. 
Entre  suas  atribuições  atuais,  encarrega‐se  de  aperfeiçoar 
licenças  de  software  e  de  documentação  (como  a  GNU  General 
Public  License,  GPL  ou  a  GNU  Free  Documentation  License, 
GFDL),  de  desenvolver  um  aparato  legal  acerca  dos  direitos 
autorais dos programas criados sob essas licenças, de catalogar e 
disponibilizar  um  serviço  com  os  softwares  livres  desenvolvidos 
(o Free Software Directory), e de discutir e aperfeiçoar a própria 
definição de software livre. 
Para  este  segundo  dia  não  temos  questionário,  mas  fique  a 
vontade para enviar contribuições que acrescentem contéudo ao 
tema de hoje. 
Abaixo segue os links prometidos, através dos quais você poderá 
aprofundar‐se nos temas deste segundo dia: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Just_for_fun 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Linus_Torvalds 
http://pt.wikipedia.org/wiki/GNU_is_Not_UNIX 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Minix 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Linux 
 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tux 
http://en.wikipedia.org/wiki/BSD_Daemon 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Stallman 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Free_Software_Foundation 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Projeto_GNU 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gnu 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Software_livre 
http://pt.wikipedia.org/wiki/GPL 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jon_Hall 
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. 
 
Jon Hall 
Jon  "Maddog"  Hall  é  o  fundador  do  Open  Source  internacional. 
Trabalha com informática desde 1969, é utilizador de Unix desde 
1977 e de Linux desde 1994. Desde 1995 é diretor‐presidente da 
Linux  International  [1],  uma  associação  sem  fins  lucrativos 
patrocinada por empresas de grande relevância internacional na 
área de TI. A Linux International tem sede nos Estados Unidos e 
tem por objetivo dar apoio à adoção do sistema operativo Linux. 
Estudou  na  Drexel  University  e,  mais  tarde,  no  Rensselaer 
Politechnic  Institute  na  cidade  de  Troy  (Nova  York).  Após 
terminar  seus  estudos,  trabalhou  com  mainframes  IBM  na 
 




[48]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
empresa Aetna Life and Casualty. De seguida, tornou‐se reitor da 
faculdade  de  Informática  do  Hartford  State  Technical  College, 
onde os estudantes o apelidaram de maddog (“cachorro louco”), 
alcunha pela qual prefere ser chamado. Mais tarde, assumiu uma 
posição  como  administrador  de  sistemas  nos  Bell  Laboratories, 
acabando por ingressar na Digital Equipment Corporation (DEC), 
onde trabalhou durante 16 anos. 
Nesse  período,  conheceu  Linus  Torvalds,  a  quem  forneceu 
suporte  para  o  desenvolvimento  da  versão  do  Linux  para 
hardware baseado na arquitetura Alpha, de 64 bits. 
Maddog  é  um  orador  excepcional,  que  contagia  seus  ouvintes 
através  do  seu  carisma  pessoal  e  de  analogias  e  exemplos  que 
encantam o público.




 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 


Capítulo 3:
    Aspectos políticos do GNU.
    Grátis agora, pago depois?
              Linux x Windows.
    Se é superior, por que não
               é o mais usado?

Hoje  vamos  discutir  alguns  pontos  que  a  comunidade  Linux 
precisa  ter  em  mente,  quando  fazem  a  defesa  radical  deste 
sistema. 
 
Aspectos políticos do GNU. 
Vocês  já  devem  ter  percebido  que  existe  um  lobby  para 
convencer  a  sociedade  sobre  a  necessidade  de  usarmos  o  Linux 
no  lugar  do  Windows.  Lobby  são  atividades  que  procuram 
influenciar  os  detentores  de  poder  decisório,  visando  o 
atendimento  de  interesses  específicos  de  grupos.  Em  outras 
palavras,  lobby  é  fazer  pressão  sobre  quem  tem  o  poder  de 
decisão, com a finalidade de conseguir que a decisão favoreça o 
grupo representado pelo lobista. 
 




[50]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
Basicamente  o  lobby  é  feito  de  duas  formas:  junto  ao  dirigente 
ou pessoa de influência e junto a opinião pública. 
O filme Obrigado por fumar (2005) retrata a ação de um lobista 
americano  que  defende  a  indústria  do  fumo.  O  lobista 
geralmente  é  uma  pessoa  carismática,  bem  falante,  com  alto 
poder  persuasão.  Em  defesa  do  Linux,  quem  faz  este  papel  é  o 
Jon  "Maddog"  Hall,  fundador  do  Open  Source  internacional. 
Maddog  é  um  orador  excepcional,  que  contagia  seus  ouvintes 
através  do  seu  carisma  pessoal  e  eloquencia.  Não  sei  o  que  os 
americanos  acham  de  um  sujeito  que  se  apresenta  como  João 
Cara  de  Cachorro,  mas  por  aqui  ele  faz  muito  sucesso. 
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Jon_Hall) 
No  Brasil  a  figura  do  lobista  está  mais  relacionada  aos  casos  de 
corrupção  ativa  e  passiva,  suborno,  corrupção,  propina, 
prevaricação. Nosso mais recente escândalo deste tipo envolve a 
ministra‐chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, e a compra da Varig. 
O  Linux  também  tem  seus  lobistas,  mas  creio  que  a  corrupção 
não faça parte dos métodos de convencimento. 
Curiosamente,  assim  como  o  Linux  surgiu  de  um  processo 
colaborativo,  o  lobby  pelo  uso  do  Linux  também  é  feito  por  um 
batalhão  de  pessoas,  algumas  esclarecidas,  outras  nem  tanto, 
dispostas a defender o Linux a qualquer custo. 
Hoje  vamos  discutir  até  que  ponto  devemos  acreditar  nestas 
pessoas. 

 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 
Grátis agora, pago depois? 
Os três principais argumentos a favor do uso do Linux são: 
‐ não é uma caixa preta 
‐ é mais seguro e estável 
‐ é grátis 

CAIXA PRETA 
Caixa  preta  é  uma  forma  de  dizer  que,  no  Windows,  a  maior 
parte do código fonte não é conhecida e assim não temos certeza 
de  que  o  Windows  só  faz  o  que  diz  fazer  ou  se  estamos  sendo 
espionados  pelos  americanos,  fora  a  possibilidade  de  todos  os 
PCs rodando Windows no país inimigo, deixarem de funcionar em 
caso de guerra. 
Como  o  Linux  tem  o  código  fonte  divulgado,  é  possível  saber 
exatamente o que faz o sistema operacional, além de podermos 
alterá‐lo conforme nossas necessidades. 
Mas  alterar  um  sistema  operacional  não  é  para  qualquer  um, 
então esta vantagem fica restrita a algumas empresas e pessoas 
com real interesse em perscutar cada linha de código do Linux. 
Conclusão: sob este ponto de vista, o Linux é mais confiável que 
o Windows. 
 
 
 




[52]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
SEGURANÇA E ESTABILIDADE 
Apesar de existir, o número de pragas virtuais que ataca o Linux é 
muitíssimo  inferior  as  pragas  existentes  para  os  sistemas  da 
Microsoft.  A  forma  como  o  núcleo  do  Linux  foi  construída, 
também o torna mais seguro que o Windows.  
No  quesito  estabilidade,  faz  tempo  que  o  Windows  não 
apresenta problemas com tela azul e travamento. Mas quando o 
usuário baixa de tudo, de qualquer lugar e faz do seu micro uma 
centra  de  instalação  e  desinstalaçõ  de  programas  de  origem 
duvidosa, não há como manter um sistema estável deste jeito. 
Os  sites  que  oferecem  treinamento  hacker:  hackerteen, 
thehacker  e  invasão  rodam  sob  plataforma  Linux  e  já  foram 
invadidos. O thehacker pelo menos quatro vezes, o invasão doze 
vezes. O site do Curso de Hacker roda sob plataforma Windows e 
nunca foi invadido. O que podemos dizer é que a segurança tem 
mais  a  ver  com  a  competência  do  administrador  do  que  com  o 
sistema operacional. 
Conclusão: sob este ponto de vista, o Linux é mais seguro que o 
Windows.  Você  quase  não  se  preocupa  com  vírus,  trojans  ou 
invasões.  Mas  um  sistema  verdadeiramente  seguro  é  resultado 
da competência de seu administrador.  
 
 
 
 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 
GRATUIDADE 
Este  aspecto  das  vantagens  do  Linux  deve  fazer  diferença  nos 
EUA  e  talvez  também  na  Europa.  São  países  que  a  pirataria  é 
combatida e é notório o caso de pessoas processadas por baixar 
MP3.  No  Brasil,  o  licenciamento  do  Windows  não  é  critério  de 
decisão para o usuário final, pois a maioria utiliza cópias piratas. 
Tente responder sem pesquisar: qual o preço de uma licença do 
Windows Vista Ultimate Edition? Para facilitar: quanto custa uma 
licença  do  Windows  (qualquer  versão)?  Não  vale  chute  nem 
pesquisar no Google. Por falar nisso, quanto custou a sua licença 
de uso? 
Para  as  empresas,  mais  atentas  quanto  a  legalidade  de  seus 
negócios,  o  licenciamento  do  Windows  pode  pesar  no 
orçamento, principalmente quando estamos falando de dezenas 
ou centenas de estações de trabalho. Mas é claro que o custo do 
licenciamento por volume é menor que os praticado no varejo. 
Mas o licenciamento não é o único custo envolvido quando uma 
empresa adota um sistema operacional. É preciso levar em conta 
o Custo Total de Propriedade (ou TCO ‐ Total Cost of Ownership), 
suporte e manutenção. E muitas cidades brasileiras não contam 
com profissionais habilitados para gerir redes no ambiente Linux, 
fazendo com que o TCO seja maior. 
Conclusão:  a  questão  da  gratuidade  não  é  relevante  para  a 
maioria  dos  usuário  finais,  pois  não  pagam  pelo  Windows. 
Quando  se  trata  da  adoação  do  Linux  nas  empresas,  é  preciso 
 




[54]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
comparar  o  TCO  e  a  disponibilidade  de  técnicos  na  região.  Se 
você  quiser  desarmar  alguém  que  defenda  o  Linux 
enfaticamente, peça a ele para mostrar o TCO comparando o uso 
do Windows e Linux na sua casa ou empresa. 
No  início  desta  discussão  comentei  sobre  o  lobby  envolvendo  o 
Linux.  Com  a  criação  da  Linux  Foundation,  fica  mais  evidente  o 
interesse  das  grandes  empresas  em  industrializar  a  distribuição 
do  Linux.  A  própria  Microsoft    tem  equipes  trabalhando  na 
interoperabilidade  entre  plataformas  e  financia  grupos  de 
desenvolvedores  Linux.  Gostaria  de  lembrá‐los  que  estas 
empresas não são filantrópicas, são empresas comerciais. 
Na prática isto quer dizer que estão procurando formas de fazer 
dinheiro  com  o  Linux,  como  tantas  outras  já  conseguiram: 
Conectiva, RedHat, SuSE, entre outras. 
O foco não é o usuário final, pois este vai continuar pirateando, 
seja o Windows ou Linux. O foco são as compras governamentais 
e empresariais. 
O enorme grupo de defensores do Linux está sendo manipulado 
em  favor  de  interesses  econômicos.  Popularizar  e  incentivar  o 
uso do Linux não tem só a ver com estabilidade, TCO, segurança, 
tem  muito  mais  a  ver  com  a  lucratividade  das  companhias 
envolvidas. 

 

 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 
Linux x Windows 
Se  formos  comparar  pontos  positivos  e  negativos,  sempre 
encontraremos pontos de sustentação para um ou outro sistema, 
ambos possuem pontos fortes e fracos e quem domina o mínimo 
de  teécnicas  de  negociação  e  persuasão,  consegue  convencê‐lo 
até de deixar sua mulher dormir sozinha na casa dele. 
Aqui  estão  alguns  estudos  'provando'  que  um  é  melhor  que  o 
outro.  Repare  que,  quem  quer  provar  que  o  Linux  é  melhor, 
consegue,  e  quem  quer  provar  que  o  Windows  é  melhor, 
consegue também: 
http://www.microsoft.com/brasil/servidores/compare/compare_linux.mspx 
http://www.tuxresources.org/blog/winlin/ 
http://www.timaster.com.br/revista/materias/main_materia.asp?codigo=720 

http://www.guiadohardware.net/comunidade/linux‐windows/197798/ 
http://www.administradores.com.br/producao_academica/linux_x_windows_
as_vantagens_e_desvantagens/540/ 
http://www.novell.com/pt‐br/linux/truth/better_choice.html 
http://download.microsoft.com/download/f/a/7/fa770d1f‐c3de‐4852‐ba05‐
434fda6b51e6/AISP‐12953_Portuguese_final.pdf 

L: Fiquei um pouco confuso. Se quem quer provar que o Windows 
é  mellhor  consegue.  E  quem  quer  provar  que  o  Linux  é  melhor, 
também consegue. Afinal, qual é o melhor? 



 




[56]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
H:  Para  as  empresa,  é  preciso  fazer  um  levantamento  do  TCO 
para  tomar  a  decisão  baseada  na  relação  CUSTO  x  BENEFÍCIO. 
Para  o  usuário  final,  o  Windows  é  o  mais  indicado,  devido  a 
compatibilidade,  praticidade  e  facilidade  de  uso.  Para  nós 
hackers  e  postulantes,  vamos  precisar  dos  dois  sistemas. 
Usaremos  o  melhor  dos  dois  e  deixaremos  as  briguinhas  de 
fórum para quem não tem mais o que fazer. 

L:  Soube  lendo  em  alguns  fóruns  que  todos  os  principais 
programas do Windows existem em versão gratuita para o Linux. 
Então  eu  poderei  ter  um  PC  rodando  o  Linux e  fazer  tudo  que  o 
Windows faz? 

H:  Isto  é  verdade.  Mas  na  prática  costuma  ocorrer 
incompatibilidade  entre  os  arquivos  gerados  no  Windows  e 
abertos  no  Linux  e  vice‐versa.  Apesar  dos  substitutos  do  Office 
prometerem  compatibilidade,  muitos  dos  recursos  de 
formatação  do  Office  2007  não  funcionam  no  Linux.  Já  tive  que 
socorrer  colegas  em  palestras,  que  fizeram  uma  belíssima 
apresentação  no  BrOffice  que  se  perdeu  quando  foi  aberta  no 
Powerpoint,  o  sistema  disponível  no  auditório.  Tirando  estas 
eventuais  surpresas,  os  principais  programas  Windows  estão 
mesmo disponíveis para o Linux. 

L:  Sempre  leio  que  os  servidores  Linux  são  mais  seguros  que  os 
servidores Windows. Isto é verdade? 


 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 
H:  O  fato  de  ser  supostamente  mais  seguro  não  impediu  o 
hackerteen,  thehacker  e  invasão  de  serem  invadidos.  A 
segurança é competência do administrador, não do sistema. Num 
recente concurso de invasão, envolvendo Linux, Windows e Mac 
OS,  o  Mac  foi  invadido  em  apenas  dois  minutos,  mesmo  sendo 
um sistema derivado do Unix. 
Veja em:  
http://info.abril.com.br/aberto/infonews/032008/28032008‐
11.shl 

L: E para o hacker? Qual o melhor sistema operacional? 

H: Entendo que o sistema operacional é parte de uma estratégia, 
então  o  hacker  pode  atingir  resultados  com  Linux,  Windows, 
Symbian  ou  qualquer  outro.  O  Linux  certamente  oferece  mais 
recursos para o invasor do que o Windows. Isto se deve ao Linux 
estar pronto para as redes desde que foi criado e o Windows foi 
adaptado para trabalhar em redes. Houve um tempo que existiu 
versões do Windows com (Windows 3.11) e sem (Windows 3.1) 
suporte a redes. Mas o hacker que opte por não adotar o Linux, 
estará em grande desvantagem em relação aos demais. 

L: Se é superior, por que não é o mais usado? 

H: Esta é uma boa pergunta. Os defensores do Linux usam muita 
energia  para  convencer  as  pessoas  de  que  devem  jogar  o 
Windows fora e usar o Linux. O que o usuário comum tem feito é 
 




[58]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
jogar  o  Linux  pré‐instalado  fora  e  usar  o  Windows,  geralmente 
versão pirata. Quando o Linux for mesmo a melhor opção para o 
usuário  comum,  naturalmente  ele  irá  substituir  o  Windows  nos 
sistemas  desktops.  Até  lá  fiquemos  com  o  burburinho  dos 
linuxers apaixonados. 
Conclusão: 
Discutir Linux com um entusiasta é como discutir futebol, política 
ou religião. Por mais absurdo que possa ser o argumento, quem 
acredita, não abre mão da crença: é Linux e pronto. Duvidar das 
plaquinhas de ouro extraterrestres que deram origem a Igreja de 
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, mostrar que a história 
bíblica  de  Noé  parece  plágio  de  um  relato  babilônico  chamado 
“Epopéia de Gilgamés", escrito centenas de anos antes da Bíblia 
cristã,  dizer  que  o  Corinthians  deveria  estar  na  segunda  divisão 
ou  tocar  em  qualquer  outro  ponto  polêmico  envolvendo  fé  e 
paixão, é criar inimizades e até correr riscos, quando no caso das 
discussões  sobre  futebol.  A  lógica  e  racionalidade  ficam  em 
segundo plano. 
Para ser um hacker habilidoso você precisa aprender Linux. Não é 
opção não aprender. Nos demais casos, você prcisa ver o que é 
melhor  para  você.  Um  amigo  meu  falou  tanto  do  Linux  na 
empresa  onde  trabalhava  que  os  donos  resolveram  mudar  para 
este  sistema.  O  que  meu  amigo  não  esperava  é  de  ele  próprio 
não  estar  preparado  para  o  Linux  e  teve  de  ser  substituído  em 
suas funções. Um outro, que comprou um notebook popular com 
Linux instalado, em menos de 24 horas me procurou para instalar 
 




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Escola de Hackers – Nível 1 
 
o  Windows,  pois  alguns  dos  programas  que  precisava  usar  não 
rodam no Linux. A conclusão é esta mesma: o melhor é o melhor 
para  você.  Mas  para  melhores  ações  hacker,  a  escolha  não  é 
entre Windows e Linux é entre Linux e Linux. 
O  tema  Windows  x  Linux  costuma  gerar  calorosos  debates, 
geralmente  inconclusivos,  pois  é  difícil  o  entusista  de  uma 
plataforma aceitar os argumentos do outro. 

Para enriquecer as discussões deste terceiro dia, foi pedido para 
os participantes apontarem um ponto forte e um ponto fraco de 
cada plataforma. 
Vamos  conhecer  as  contribuições  dos  participantes,  transcritas 
tais  como  foram  apresentadas  ao  grupo,  mantendo  inclusive,  a 
escrita típica da Internet: 
Diego Santos <diego_hotpc@> 
WINDOWS 
Ponto forte (apenas um) ‐Compatibilidade com drivers. 
Ponto fraco (apenas um) ‐Não ser código aberto. 
 
LINUX 
Ponto forte (apenas um) ‐ S.O criado para trabalhar em redes. 
Ponto  fraco  (apenas  um)  ‐  Dificuldades  de  configuração  para 
quem não tenha intimidade com o sistema. 
 




[60]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
André Luiz Prado <pradolas@> 
Acho  que  realmente  gera  uma  grande  discussão  sobre  este 
assunto Windows X Linux. 
E sempre terá os defensores e os que nos convecem que este ou 
aquele é o melhor 
( como o professor mesmo já colocou os links ). 
Mas,  para  tal  opção  de  cada  um,  vai  de  acordo  com  a 
necessidade do dia a dia, minha escolha de sistema é devido ao 
meu  trabalho,  ao  que  uso  no  trabalho  (  empresa  )  e  ao  que 
domina em minha região ( digo isto porque atendo meus clientes 
em  horarios  extras  que  só  utilizam  Windows  e  não  há  ninguem 
na região que trabalha com o Linux, que utilize o Linux.  
Além  de  contar  o  fato  de  que  não  conheço  bem  o  Linux,  então 
dái o fato de extrema importância de conhecer, saber, utilizar o 
Linux, pois , amanhã ou depois como fica ? REsponderei assim : 
Ah,  não  vou  mexer  porque  não  sei  !  Num  dá  né  !  Tem  de  se 
preparar e estar preparado para atender estas pessoas. 
Referente  a  Pontos  Fortes  e  FRAcos  vai  de  acordo  com  suas 
necessidades, por isto mencionei acima. 
Windows ( Ponto Forte ) : Facilidade de uso ( dizem Ah ! è mais 
de usar, ou compram o PC com Linux e já pedem pra trocar pra 
Windows ) 
Windows ( ponto Fraco ) : SEGURANÇA 

 




www.escoladehackers.com.br                                        [61]
 
Escola de Hackers – Nível 1 
 
LINUX ( PONTO FORTE ) : Mais Confiável 
LINUX ( PONTO FRACO ) : MISTIFICAÇAO ( POR ACHAREM QUE È 
MAIS DIFICIL USA LO ) 
guanaes <golasguanaes@> 
WINDOWS 
Ponto forte (apenas um) ‐ Ter a quem culpar em caso de falha. 
Ponto fraco (apenas um) ‐  depender de correções de uma única 
fonte. 
LINUX 
Ponto forte (apenas um) ‐ estabilidade 
Ponto fraco (apenas um) ‐ drivers de dispositivos 
Christopher Andreas <christopherandreas@> 
WINDOWS 
Ponto  forte  (apenas  um)  ‐  Facilidade  de  integração  com  os 
hardwares e software disponíveis no mercado. 
Ponto fraco (apenas um) ‐ Vulnerabilidade 
 LINUX 
Ponto forte (apenas um) ‐ Ser um software livre. 
Ponto fraco (apenas um) ‐ A integração com outros O.S. 
 
 
 




[62]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
cleriton geremia freire <clebill@> 
WINDOWS  
Ponto forte:  Sistema Operacional muito conhecido, o que torna 
o mais fácil de se usar. 
Ponto fraco 
Muito fraco em questão de segurança. 
LINUX  
Ponto forte 
Ótimo para utilidades de hack em redes. 
 
Ponto fraco 
TCO caro diante do Linux. 
"Osvaldo Filho" <osvaldofilho.redes@> 
WINDOWS: 
1. Pontos Fortes: 
Facilidade de uso e configuração (Plug and Play). 
 
2. Pontos Fracos: 
Em  geral,  a  maioria  dos  packs  de  correção  demoram  a  sair 
quando são 
 




www.escoladehackers.com.br                                     [63]
 
Escola de Hackers – Nível 1 
 
descobertos vulnerabilidades. 
LINUX:* 
1. Pontos Fortes: 
Código fonte aberto. 
 
2. Pontos Fracos: 
Demanda  de  profissionais  mais  qualificados  devido  sua  relativa 
dificuldade de configuração. 
danubio santos <nubiod2@> 
WINDOWS 
Ponto forte (Roda vários Programas) ‐ 
Ponto fraco (Muitos Bug) ‐ 
LINUX 
Ponto forte (Codigo fonte aberto) ‐ 
bad_religion <cyber_gb@> 
WINDOWS 
Ponto forte  ‐ Facilidade em encontrar programas para o mesmo. 
Ponto fraco ‐ Inúmeras Falhas. 
LINUX 
Ponto  forte    ‐  Sistema  operacional  robusto,  você  pode  deixa‐lo 
como quiser. 
 




[64]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
Ponto fraco ‐ Sistema operacional complexo, dificil configuração. 
"Alexandre Jose Barros Machado" <alexandretopeca@> 
WINDOWS 
Ponto forte (apenas um) ‐ Fácil utilização para usuários leigos 
Ponto fraco (apenas um) ‐ Vários bugs 
 
LINUX 
Ponto forte (apenas um) ‐ Várias ferramentas para administração 
de redes 
Ponto  fraco  (apenas  um)  ‐  Falta  de  compatibilidade  com  alguns 
hardwares e softwares 




 




www.escoladehackers.com.br                                       [65]
 
Escola de Hackers – Nível 1 
 


Capítulo 4:
        Quantas distros existem?
        Principais distribuições
                Qual é a melhor?

Quantas distros existem? 
Já vimos aqui mesmo no seminário que a principal característica 
do  Linux  é  ser  um  sistema  de  código  aberto.  Esta  característica 
permitiu  que  qualquer  um,  desde  que  tendo  o  conhecimento 
necessário,  possa  criar  uma  versão  personalizada  deste  sistema 
operacional. 
Não  é  difícil  entender  isto  quando  lembra‐mos  que  o  Linux  é 
formado pelo kernel e seus complementos. A recriação do Linux 
não envolve a recriação do kernel. O kernel permanece, podendo 
variar a versão de uma distribuição para outra. 
O que os recriadores do Linux fazem é juntar ao kernel módulos e 
programas,  personalizando  e  destinando  o  Linux  para  funções 
específicas. 
Distro ou distribuição quer dizer isto: alguém, grupo ou empresa, 
montou um sistema operacional agregando módulos e scripts ao 
 




[66]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Iniciação Linux 
 
kernel  original.  Deu  um  nome  a  este  conjunto,  criou  os 
procedimentos  automáticos  de  instalação  e  lançou  no  mercado 
com o nome Linux isso ou aquilo. 
O  problema  das  distros  personalizadas  é  que  se  o(s)  criador(a) 
não  tiver  mais  tempo  ou  interesse  no  projeto,  aquela  versão 
deixa de ser atualizada e em pouco tempo começa a apresentar 
problemas  de  segurança  e  compatibilidade.  Mesmo  o  Linux 
apresenta  falhas  de  segurança  vinculadas  ao  kernel.  Um  novo 
kernel, ao ser lançado, corrige as vulnerabilidades e agrega novas 
funções  ao  Linux.  Uma  distribuição  desativada  não  acompanha 
esta evolução. 
O Kurumin por exemplo, apesar de popularizar o uso em Live CD 
e  facilitar  bastante  o  uso  do  Linux,  é  um  projeto  amador  e  está 
perdendo  espaço  para  distribuições  mais  robustas,  como  a 
Ubuntu.  Se  uma  empresa  com  muitas  estações  foi  louca  o 
suficiente para adotar o Kurumin, em breve será forçada a optar 
por outra distribuição e isto corresponde a instalar desde o zero 
e  lidar  com  inúmeros  problemas  de  compatibilidade  entre 
softwares e software e hardware. 
O  fenômeno  das  distribuições  personalizadas  faz  com  que 
encontremos  o  Linux  com  a  parte  gráfica  muito  próxima  a  do 
Windows  XP  (Famelix),  versões  otimizadas  para  trabalhar  como 
roteador,  firewall  (Sentry  Firewall)  ou  servidor,  otimizada  para 
produção  musical  (Ubuntu  Studio),  jogos  (Kurumin  Games)  e 
pronta para uso em testes de segurança (BackTrack).  
 




www.escoladehackers.com.br                                            [67]
 
Escola de Hackers – Nível 1 
 
Quando o kernel foi lançado em 1991, pouca gente era capaz de 
montar  uma  distribuição  Linux.  Com  o  tempo  isto  foi  ficando 
mais  fácil  e  já  existem  distribuições  que  permitem  a  criação  de 
outra distribuição, bastando escolher entre quais pacotes deseja, 
ambiente gráfico, fundo de tela e outras personalizações. 
Este  excesso  de  personalização  também  trouxe  um  problema: 
não existe um Linux, existem centenas, derivados de uma dezena 
de  distribuições  que  possuem  características  às  vezes 
incompatíveis  entre  si.  Ou  seja,  o  programa  feito  para  um  não 
roda no outro. 
O  futuro:  sistemas  operacionais  embarcados  na  TV  digital 
interativa 
O mercado anseia por um sistema de código fonte livre, estável, 
não  sujeito  a  pragas  virtuais.  O  Linux  ainda  não  se  mostrou 
adequado  para  o  usuário  final  e  o  Windows  acaba  saindo  de 
graça  para  a  maioria,  apesar  de  ser  um  software  comercial  e 
muito sujeito a vírus. 
Acredito que no médio prazo podemos presencial o lançamento 
de  um  sistema  operacional  embarcado,  com  funções  mínimas  e 
fazendo  uso  exclusivo  de  aplicações  online.  Nesta  projeção  não 
haverá  necessidade  do  PC,  ficando  este  equipamento  apenas 
para  hard  users  e  quem  necessita  de  alta  poder  de 
processamento,  como  músicos,  videomakers,  programadores  e 
gamers. 
 
 




[68]                           A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Seminario linux
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  • 1.
  • 2.             Escola de Hackers Iniciação Linux                    = 2008 = 
  • 4. Iniciação Linux    Sumário  Capítulo 1:    O que é Linux, 6  O que é firmware?, 6  O que é sistema operacional?, 6  O que é kernel?, 6  Windows x Unix x Linux x BSD x MacOS, 13  Capítulo 2:    Quem é Linus?, 36  Breve história do Linux, 38  Tux e Daemon, 41  O que é GNU?, 42  O que é software livre?, 44  O que é a Linux Foundation?, 47  Capítulo 3:    Aspectos políticos do GNU, 52  Grátis agora, pago depois?, 54  Linux x Windows, 57  Se é superior, por que não é o mais usado?, 60  Capítulo 4:    Quantas distros existem?, 68  Principais distribuições, 74  Qual é a melhor?, 77    www.escoladehackers.com.br  [3]  
  • 5. Escola de Hackers – Nível 1    Capítulo 5:    Formas de obter o Linux, 87  ‐ Live CD, 89  ‐ Pen drive, 91  ‐ Shell online, 93  ‐ Máquina virtual, 94  ‐ Instalado no Windows, 95  ‐ CygWin, 95  Capítulo 6:    Login no Linux, 107  Sistema de contas de usuário, 109  Modo Shell, 111  Modo gráfico, 115  Capítulo 7:    Linux BackTrack, 132          [4]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 7. Escola de Hackers – Nível 1    Capítulo 1: O que é Linux? O que é firmware? O que é sistema operacional? O que é kernel? Windows x Unix x Linux x BSD x MacOS   L: O que é Linux?  H:  Linux  é  um  sistema  operacional,  mas  você  vai  encontrar  definições de Linux também como kernel, então vamos começar  esclarecendo:    MINIDICIONÁRIO  FIRMWARE  Quando  o computador  é fabricado, ele não passa de um monte  de  componentes eletrônicos.  Para  a  CPU  se comportar  como  se  espera  de  um  computador,  o  fabricante  instala  alguns  programinhas  na  memória  ROM.  Quando  o  programa  já  vem  instalado  no  hardware  é  conhecido  como  software  embarcado.    [6]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 8. Iniciação Linux    Firmware  é  qualquer  software  armazenado  sob  a  forma  de  memória  de  leitura,  ROM,  EPROM,  EEPROM,  e  que,  portanto,  preserva seu conteúdo mesmo quando a eletricidade é desligada.  Você já reparou que um computador montado com peças novas,  ao  ser  ligado  já  traz  vários  utilitários?  Quando  o  computador  é  ligado,  você  já  percebeu  que  aparece  no  monitor  algums  informações sobre os periféricos conectados? Neste momento o  computador também faz um teste nele mesmo para ver se está  tudo  OK.  E  só  então  busca  pelo  sistema  operacional  no  disco  rígido ou em uma unidade de CD‐Rom.  Antes do Windows, Linux ou qualquer outro sistema operacional,  o  computador  já  tem  um  programa  rodando,  gravado  pelo  fabricante  na  memória  ROM.  Os  nomes  mais  comuns  para  este  sistema: BIOS, CMOS, Setup.  SISTEMA OPERACIONAL  É  o  principal  programa  de  um  computador.  Sem  o  sistema  operacional o computador até liga devido ao firmware, mas não  permite  a  instalação  de  nenhum  outro  programa.  Cada  ação  do  usuário (clicar o mouse, digitar, abrir e salvar arquivos, imprimir)  é recebida e interpretada pelo sistema operacional, que toma as  devidas  providencias  para  a  execução.  O  sistema  operacional  pode  ser  considerado  o  programa  mãe  que  comanda  todas  as  operações  do  computador.  Para  que  um  programa  rode  dentro    www.escoladehackers.com.br  [7]  
  • 9. Escola de Hackers – Nível 1    do  seu  computador,  é  necessário  que  este  seja  compatível  com  com o seu sistema operacional.  KERNEL  Pronuncia‐se:  quérnel.  Traduções:  cerne,  miolo,  núcleo,  centro,  parte principal.   Kernel  é  o  núcleo  do  sistema  operacional.  É  a  parte  do  sistema  que gerencia a memória, os arquivos e os dispositivos periféricos,  mantém a data e a hora, ativa aplicações e aloca os recursos do  sistema.  H:  Linux  é  um  sistema  operacional  e  como  todo  sistema  operacional, possui um kernel. Quando você estiver lendo sobre  o Linux, verifique se o texto ou mensagem diz respeito ao sistema  como um todo ou apenas a parte principal, o kernel, que é muito  discutido, conforme veremos posteriormente.  L: Quer dizer que quando um computador é fabricado ele só vem  com o firmware?  H: Isso mesmo. Mas alguns fabricantes, lojistas ou distribuidores,  também gravam o sistema operacional. Os modelos mais baratos  vem  com  o  Linux,  alguns  modelos  vem  com  o  Windows  Starter  Edition,  que  é  uma  versão  do  Windows  Vista  com  algumas  limitações.  Há  quem  venda  o  computador  com  o  sistema  operacional  Windows  pirateado.  Isto  é  feito  até  por  lojas  famosas.  O  famoso  Windows  pré‐instalado.  E  há  também  quem    [8]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 10. Iniciação Linux    venda  o  computador  sem  nenhum  sistema  operacional.  Esta  situação é mais comum na venda de servidores para empresas.  L: Onde fica armazenado o firmware? Firmware é um programa,  certo?  H:  Sim.  Firmware  é  um  programa  que  fica  armazenado  na  memória do computador.  L: Na memória RAM?  H:  Não.  Na  memória  ROM.  A  RAM  é  para  você  usar  com  seus  programas. A ROM é a quem tem o firmware gravado.    MINIDICIONÁRIO:  ROM  ‐  Memória  Somente  para  Leitura  (Read‐Only  Memory).  É  utilizada  para  guardar  programas  que  precisam  ser  utilizados  após o computador ser desligado. O firmware do PC é guardado  na  ROM.  Alguns  modelos  permitem  gravação,  como  quando  fazemos  o  upgrade  da  BIOS  por  exemplo,  mas  a  principal  característica da ROM é que ela mantém as informações mesmo  com a interrupção de energia.  RAM  ‐  Memória  de  Acesso  Randômico  ou  Aleatório  (Random  Access  Memory).  Memória  utilizada  para  manter  programas  enquanto  estão  sendo  executados,  além  dos  dados  que  estão  sendo  processados.  Os  dados  são  perdidos  caso  haja  falha  na    www.escoladehackers.com.br  [9]  
  • 11. Escola de Hackers – Nível 1    energia,  por  exemplo  (isto  quer  dizer  que  a  RAM  é  volátil).  Os  programas não rodam no disco rígido, nem no CD‐Rom ou no pen  drive.  Uma  cópia  do  programa  roda  na  memória  do  tipo  RAM.  Quando você está usando o Word  por exemplo, tem uma cópia  gravada  no  disco  rígido,  mas  a  que  você  está  usando  está  na  memória  RAM.  Ela  perde  os  dados  quando  a  energia  é  interrompida ou o computador é desligado. Por este motivo você  precisa salvar os arquivos.  MEMÓRIA  AUXILIAR  ‐  não  sendo  ROM  ou  RAM,  as  demais  memórias  são  auxiliares:  disco  rígido,  disquete,  pen  drive,  fita,  CD‐Rom, DVD‐Rom, etc.  L: Veja se eu entendi:  1) O computador é formado por componentes eletrônicos e sem  os programas, não serve pra nada.  2)  Para  o  computador  começar  a  funcionar  é  preciso  uns  programas  que  são  gravados  na  memória  ROM  pelo  fabricante.  Quando  os  programas  são  gravados  pelo  fabricante  eles  são  conhecidos como firmware.  3)  O  firmware  dá  acesso  ao  relógio  interno,  fornece  no  monitor  diversas  informações  sobre  o  hardware  e  sobre  o  que  está  acontecendo  quando  o  computador  é  ligado,  tem  uma  parte  do  firmware que testa o hardware para ver se está tudo bem. É isto  mesmo?    [10]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 12. Iniciação Linux    H: Sim  L: E onde entra o Linux ou o Windows?  H:  O  Linux  ou  o  Windows  são  necessários  para  você  poder  instalar os programas.  L: Então o sistema operacional serve pra isso? Para eu instalar os  programas que vou usar no computador?  H:  Sim.  O  sistema  operacional  cuida  do  gerenciamento  da  memória,  do  disco  e  demais  dispositivos  de  armazenamento  e  também cuida para os programas se comunicarem entre si e com  os  demais  periféricos.  Para  você  ele  só  serve  para  permitir  a  instalação  dos  programas.  Para  os  programas,  ele  serve  para  fazer  a  comunicação  do  programa  com  os  discos,  memória,  impressora, etc.  L: É só isso que eu peciso saber sobre sistema operacional?  H: Não. Isto é o conhecimento mínimo para você entender Linux.  Em aulas mais avançadas vamos estudar detalhadamente sobre o  funcionamento  do  núcleo  do  sistema  operacional.  Quando  você  entender  o  funcionamento  do  núcleo,  será  capaz  de  ínteragir  com ele de uma forma que jamais sonhou.  L:  Windows  e  LInux  são  sistemas  operacionais,  certo?  Existem  outros? Qual a diferença entre eles?    www.escoladehackers.com.br  [11]  
  • 13. Escola de Hackers – Nível 1    H:  Existem  muitos  sistemas  operacionais,  alguns  bem  antigos  e  que ainda estão em uso, como por exemplo o MS‐DOS, precursor  do  Windows.  Segue  uma  breve  descrição  de  alguns  sistemas  operacionais:  Windows ‐ este é o sistema operacional fabricado pela Microsoft.  É  o  mais  usado  no  mundo  e  existe  em  diferentes  versões:  Windows  95,  Windows  98,  Windows  NT,  Windows  2000,  Windows  XP,  Windows  CE,  Windows  2003,  Windows  Vista,  Windows 2008, Windows 7 (a ser lançado em 2010). O Windows  da mesma versão pode existir em diferentes opções. Algo como a  versão da versão. O Windows Vista por exemplo, existe em seis  edições: Starter, Home Basic, Home Premium, Business, Ultimate  e Enterprise Edition.  Unix  ‐  Sistema  operacional,  multiusuário  e  multitarefa,  desenvolvido,  no  início  da  década  dos  70,  por  Ken  Thompson  e  Dennis  Ritchie,  no  Bell  Laboratories  da  AT&T.  Trata‐se  de  um  sistema  operacional  que  foi  e  continua  sendo  muito  importante  no  desenvolvimento  da  Internet.  A  maioria  dos  servidores  da  Internet  utiliza  o  sistema  operacional  Unix.  É  um  sistema  comercial adquirido por encomenda. Não é encontrado a venda.  Linux  ‐  Sistema  operacional  inicialmente  desenvolvido  por  Linus  Torvalds e 1991. Vamos conhecer mais sobre o Linux no decorrer  deste  seminário.  Para  entendermos  o  surgimento  do  Linux  é  preciso,  primeiramente,  sabermos  que  ele  é  resultado  de  um    [12]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 14. Iniciação Linux    sistema  padrão  chamado  Posix  o  que  faz  com  que  ele  seja  semelhante  a  um  Unix.  O  Linux  não  é  Unix,  mas  é  um  Unix.  Se  ficou confuso, vai entender melhor no segundo dia do seminário.  BSD  ‐  O  BSD  (Berkeley  Software  Distribution)  é  um  Sistema  Operacional  UNIX  desenvolvido  pela  Universidade  de  Berkeley,  na Califórnia, durante os anos 70 e 80. Atualmente, o BSD não é  um  único  Sistema  Operacional  mas  sim  uma  larga  família  derivada  do  original,  sendo  os  mais  conhecidos  membros  da  família: FreeBSD, NetBSD e OpenBSD.  MacOS ‐ Mac OS ou Mac OS X (lê‐se Mac OS dez, e não Mac OS  xis)  é  um  sistema  operacional  criado  pela  empresa  Apple  e  destinado  aos  computadores  Macintosh  com  um  estável  e  comprovado kernel UNIX.  L: São muitos.  H: Você achou a lista acima grande? O que me diz desta lista de  sistemas operacionais:      * AtheOS      * KeyKOS      * MenuetOS      * Cosmoe      * BS2000      * KolibriOS      * CP/M      * Mini‐FLEX      * Amoeba      * FLEX9      * Multics      * CapROS      * Coyotos      * FLEX      * NetWare      * MP/M‐80      * Plan 9    www.escoladehackers.com.br  [13]  
  • 15. Escola de Hackers – Nível 1        * PrimOS      * Syllable      * TripOS      * ReactOS      * Visopsys      * TRON      * RiscOS      * SSB‐DOS           * SkyOS      * TUNES  Fonte:  http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_sistemas_operativos  L: Imensa. Como escolho entre tantos?  H:  A  escolha  costuma  ser  feita  em  função  da  facilidade  de  aquisição  e  uso.  O  Unix  nem  contamos  com  ele,  por  ser  um  sistema de muito específico. O Mac OS é o sonho de consumo de  muita gente, mas só vem instalado nos computadores Apple, que  são  mais  caros  que  o  PC.  Já  a  escolha  do  Windows  é  a  mais  comum,  pois  qualquer  periférico  funciona  no  Windows  e  no  Linux  isto  nem  sempre  ocorre.  O  Windows  é  fácil  de  usar,  de  instalar e as pessoas não se importam de instalar cópias piratas.  O BSD é mais comum  em servidores e o Linux é especial para os  estudantes de técnicas de invasão, pois é o sistema operacional  que  oferece  as  melhores  ferramentas  de  ataque.  Quanto  aos  outros da segunda lista, você saber que eles existem ou não, não  faz a menor diferença.  Esta  foi  a  apresentação  do  primeiro  dia  de  seminário.  A  partir  destas  reflexões  fizemos  as  seguintes  perguntas  aos  participantes:    [14]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 16. Iniciação Linux    _”O que é firmware?”  _”Além do computador, onde mais usamos firmwares?”  _”É possível alterar os dados do firmware? Como?”  _”O que é software embarcado?”  _”É possível usar um computador só com o firmware? Por quê?”  _”É possível comprar um firmware? Por quê?”  _”Sistema operacional e kernel são a mesma coisa? Justifique sua  resposta.”  _”Como  você  escolheu  o  sistema  operacional  que  você  usar  atualmente?”  _”Qual é a sua segunda opção de sistema operacional?”  _”Por que quer aprender Linux?”  _”O  sistema  RLS  adotado  para  este  seminário  facilita  a  compreensão e memorização dos assuntos?”  Vamos  conhecer  as  contribuições  dos  participantes,  transcritas  tais  como  foram  apresentadas  ao  grupo,  mantendo  inclusive,  a  escrita típica da Internet:  "Emerson Santos" <epsguitar@ >   _”O que é firmware?”  Um  programa  de  computador  gravado  pelo  fabricante  em  memória  não  volátil  (que  não  se  apaga  quando  o  aparelho  é    www.escoladehackers.com.br  [15]  
  • 17. Escola de Hackers – Nível 1    desligado). No PC o firmware é quem permite o reconhecimento  das  unidades  de  disco  e  busca  pelo  sistema  operacional  para  instalação  a  partir  do  CD  ou  DVD‐Rom.  Outros  equipamentos  funcionam  apenas  com  o  firmware,  como  por  exemplo  o  forno  de micro‐ondas, centrais PABX,    _”Além do computador, onde mais usamos firmwares?”  Impressoras,  scanners,  monitores,  modem,  roteador,  switch,  telefone celular, PDA, iPod, fornos de microondas, aparelhos de  TV,  de  som,  de  DVD,  MP3,  MP4,  MP5,  câmera  fotográfica  e  filmadora  digital,  videogames,  set  top  box  de  TV  digital  e  por  assinatura,  etc.  Mesmo  nestes  aparelhos,  além  do  firmware  é  possível  que  exista  algum  outro  programa  rodando.  O  telefone  celular do tipo smartphone por exemplo, além do firmware roda  também  um  sistema  operacional  como  o  Symbian  ou  Windows  CE.  Um lembrete: vários aparelhos podem ou não usar firmwares. Os  aparelhos mais antigos ou mais simples não usam firmware, mas  uma  geladeira,  máquina  de  lavar  roupas,  ferro  de  passar,  automóvel,  liquidificador  ou  processador  de  alimentos,  entre  outros,  podem  incluir  sistemas  microprocessados.  Alguns  aparelhos  isto  é  bem  visível,  outros  nem  tanto.  Um  ferro  de  passar inteligente, que desliga se for deixado imóvel por mais de  um  minuto  na  posição  horizontal,  pode  ser  controlado  apenas  por  sensor  e  termostato  analógico,  nada  tendo  de  digital  ou  de  sistema embarcado.     [16]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 18. Iniciação Linux    Uma curiosidade: o drive de DVD‐Rom vem com um firmware e  quando você executa algumas vezes DVD de determinada região,  ele  se  autoconfigura  para  ler  DVDs  somente  daquela  região,  necessitando ser crackeado para ler DVDs de outras regiões.  _”É possível alterar os dados do firmware? Como?”  Depende.  Os firmwares mais antigos e alguns atuais não admitem alteração  do  conteúdo.  Em  alguns  casos,  mesmo  quando  esta  alteração  não  é  possível,  pode  ser  feita  a  substituição  da  memória  por  outra, contendo uma versão do firmware atualizada ou alterada.  Nas condiçõs que é possível alterar um firmware, podemos fazê‐ lo em dois níveis:  Nível  do  usuário  ‐>  através  da  interface  com  o  usuário,  como  quando configuramos o SETUP do PC ou quando desbloqueamos  a região de um DVD usando o controle remoto.  Nível  do  técnico  ‐>  O  segundo  nível  de  alteração  do  firmware  exige  conhecimento  técnico  para  acessar  e  alterar  o  conteúdo  mediante linguagem de programação, geralmente assembly ou C.  O acesso técnico pode ser feito através de:  ‐ porta de serviço existente no equipamento  ‐  qualquer  outra  porta,  barramento  ou  meio  de  comunicação  disponível: COM, LPT, USB, IrDA, Bluetooth, Wi‐Fi, IEEE 1394, etc.    www.escoladehackers.com.br  [17]  
  • 19. Escola de Hackers – Nível 1    ‐  via  interface  Web,  como  quando  acessamos  o  firmware  do  modem ADSL para torná‐lo router ou bridge  ‐  removendo  a  memória  e  fazendo  o  acesso  a  partir  de  um  leitor/gravador  de  memórias.  Exemplo  de  um  gravador  de  memória:  http://www.tminstruments.com.br/tm2/un/Gravador%20de%20 EPROM.htm  Outros  programas  de  alteração  de  firmware:  S1fwx,  S1res,  MP3  player Utilies, BIOS Utilities,    Importante lembrar que a alteração do firmware acarreta risco se  não  for  realizada  por  quem  realmente  entenda  do  assunto.  Corromper  as  informações  do  firmware  pode  tornar  o  equipamento  imprestável,  pois  na  maioria  das  vezes  não  é  possível obter uma cópia do firmware para fazer a regravação da  memória. Para evitar alterações indevidas, alguns equipamentos  permitem  o  uso  de  senha  de  acesso  ou  criptografia.  O  próprio  SETUP do micro tem o exemplo da proteção por senha.  _”O que é software embarcado?”  Fácil:  o  mesmo  que  software  embutido  ou  embedded  software.  São  termos  usados  para  definir  os  programas  que  são  gravados  em memória não volátil pelo fabricante e servem para tarefas e  dispositivos  específicos.  Um  software  embedded  de  um  MP3  só  serve  para  este  dispositivo  e  para  mais  nenhum.  Não  confundir  com  sistema  operacional  embarcado,  que  é  o  que  vem  nos  smartphones por exemplo, mas não são firmwares.    [18]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 20. Iniciação Linux    _”É possível usar um computador só com o firmware? Por quê?”  Usar  não.  Ligar  sim.  Para  usar  um  computador  plenamente  precisamos  de  programas  aplicativos,  como  processadores  de  texto, planilhas, sistemas de banco de dados, etc. Atente para a  necessidade  de  separar  os  programas  usados  pelo  usuário  dos  programas necessários ao sistema. O usuário não precisa de um  anti‐vírus, o sistema sim.   _”É possível comprar um firmware? Por quê?”  Não é possível comprar um firmware, eles não estão a venda. O  mais comum é o fabricante disponibilizar versões atualizadas de  firmwares por download.   Quem cria o firmware?  Por  ser  um  programa  gravado  de  fábrica,  geralmente  o  próprio  fabricante tem um ou mais funcionários encarregados de criar os  firmwares  para  seus  produtos,  podendo  terceirizar  este  serviço.  O  usuário  não  tem  motivo  para  querer  comprar  um  firmware,  pois  quando  existem  atualizações,  o  próprio  fabricante  disponibiliza  o  novo  firmware  para  download.  Isto  é  muito  comum  entre  os  fabricantes  de  placa  mãe  e  modem  ADSL.  E  mesmo  que  o  usuário  quisesse  comprar  um  firmware,  não  o  encontraria a venda.  Exceção:  o  que  existe  a  venda  são  firmwares  crackeados,  vendidos gravados em memória a ser substituída pela original do  aparelho.  Os  mais  comuns  são  os  usados  para  desbloquear    www.escoladehackers.com.br  [19]  
  • 21. Escola de Hackers – Nível 1    impressoras,  permitindo  o  uso  de  cartuchos  não  originais  e  sistemas  bulk  in,  os  usados  para  desbloquear  videogames  e  alguns comprados por oficianas mecânicas, usados para melhorar  ou adulterar as características do veículo.  _”Sistema operacional e kernel são a mesma coisa? Justifique sua  resposta.”  Não são a mesma coisa. O kernel é o núcleo principal e o sistema  operacional é um complemento deste núcleo. O kernel faz parte  do  sistema  operacional,  mas  o  sistema  operacional  não  se  resume  ao  kernel.  Um  exemplo:  o  bloco  de  notas  que  vem  no  Windows está bem longe de ser o kernel, mas é integrante deste  sistema  operacional.  Em  nossos  estudos  mais  avançados  sobre  Linux veremos melhor a composição do kernel e suas diferenças  em relação ao sistema operacional como um todo.  _”Como  você  escolheu  o  sistema  operacional  que  você  usar  atualmente?”  Bom  uso  Windows  XP,  comecei  a  usá‐lo  por  ver  amigos  usando  (isso mesmo, sou filho caçula, comecei meus estudos já no XP) e  pela  facilidade,  apos  um  tempo,  e  alguma  experiência  já   adquirida  comecei  a  testar  outras  versões  do  próprio  Windows  (do 95 ao Vista), e algumas distros Linux, cheguei ate a  testar o Mac OS e o FreeBSD, mais por menos de uma semana,  pois  vi  que    no  momento  em  questão,  seria  mais  interessante  dominar o Linux. O que me fez permanecer no Windows mesmo  depois de ter conhecido o fantástico mundo OPEN SOURCE, foi o    [20]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 22. Iniciação Linux    simples fato de eu gostar de jogos e trabalhar em empresas que  só  usam  Windows  (no  momento,  sou  suporte  de  uma  empresa  de  revelação  fotográfica,  e  a  fujifilm  só  disponibiliza  minilabs,  com suporte a Windows 2000) e por esse fato tive que deixar o  Linux um pouco de lado, pois necessitei de muita pesquisa para  estudar redes no 2000, pois no XP minha experiência tinha sido  básica ate então.   "Emerson Santos" <epsguitar@>   Na verdade utilizo a técnica de dual boot, ou seja, utilizo tanto o  Windows  quanto  o  Linux.  Atualmente  só  utilizo  Windows  se  os  programas  que  necessito  não  possuírem  versões  para  o  Linux.  Acho  o  Linux  mais  robusto  e  confiável  que  o  Windows.  Outros  motivos no qual passei a utilizar o Linux foi porque entrei em um  projeto  de  pesquisa  e  as  máquinas  dos  laboratórios  são  equipadas apenas com Linux. Também estou participando de um  projeto  da  prefeitura  no  qual  o  Linux  é  o  sistema  operacional  utilizado.   "Osvaldo Filho" <osvaldofilho.redes@ >   Pela facilidade de uso: criar, excluir, deletar, alterar pastas; pela  facilidade  de  instalação  e  configuração  de  hardware  e  pela  compatibilidade com software e hardware de terceiros.   "Carla" <carla@>  Devido ao conhecimento que continha sobre o mesmo e de sua  facilidade de manuseio, facilidade de uso.     www.escoladehackers.com.br  [21]  
  • 23. Escola de Hackers – Nível 1    Adriano Lucas da Silva <dorff_10@>  Escolhi  meu  sistema  operacional  por  ter  uma  praticidade  enorme. Ele é o Windows XP da Microsoft.  cleriton geremia freire <clebill@>  O que mais se adequou ao meu tipo de trabalho.   Christopher Andreas <christopherandreas@>  Pela facilidade que tenho de encontrar no mercado e a maneira  fácil de ser instalado.   Cleber Ferreira da Silva <clefersilva@ >   Windows  XP  por  causa  dos  outros  usuáris  em  cãs.  É  difícil  se  acostumar com um sistema novo (kurumin ou,outra distribuição,  pois, na verdade o Linux ainda não é bem claro para iniciantes.   "Rafaela" <fire390_indeterminada@>  Actualmente  utilizo  o  Windows  XP  Profissional.  escolhe  este  sistema  primeiro  porque  é  fácil  utiliza‐lo,  segundo  porque  é  o  mais popular.   patrício dos santos <pj_santos2003@>  Não foi exatamente uma escolha me foi empurrado o windows,  acho  que  talvez  por  desconhecer  os  demais  e  pela  sua  maio  facilidade de uso, acabei ficando com ele.   Adriano Fernandes Azevedo <adrianof6@ >   Escolhi baseado na praticidade e autonomia.     [22]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 24. Iniciação Linux    Juniore <yah_rr@ >   Eu escolhi o Windows, porque no momento não tenho máquina e  tempo para estudar o funcionamento de outros SO.  bad_religion <cyber_gb@ >   O  Sistema  que  uso  atualmente  (Windows  XP)  foi  escolhido  de  forma  empírica,  pois  as  experiências  com  outros  sistemas  não  ofereceram as facilidades do Sistema atual de minha máquina.   "Willis" <willis@>  Hoje  eu  uso  o  linux,  pois  me  proporciona  uma  aprendizagem  diária   guanaes <golasguanaes@ >   Na época que eu escolhi o Windows XP foi por indicação e assim  mesmo não é original,devido ao preço de um XP original.   Diego Santos <diego_hotpc@ >   _”Qual é a sua segunda opção de sistema operacional?”  Minha  segunda  opção  de  sistema  é  o  LINUX.  Uso  geralmente  o  Slackware,  mais  estou  testando  (e  gostando)  do  UBUNTU.  E  pretendo  com  a  experiência  adquida  nos  seminários  que  serão  vistos, inverter esta posição e passar a usar o Linux como sistema  principal.   "Emerson Santos" <epsguitar@ >   Windows     www.escoladehackers.com.br  [23]  
  • 25. Escola de Hackers – Nível 1    "Osvaldo Filho" <osvaldofilho.redes@ >   Slackware 12, em dual boot.   "Carla" <carla@ >   Linux.   Adriano Lucas da Silva <dorff_10@ >   Possuo  o  Windows  XP,  mas  mesmo  assim  considero‐o  como  minha  segunda  opção  de  sistema  operacional.  Ficando  como  a  primeira, o Linux.   cleriton geremia freire <clebill@ >   Não posso dizer que tenho uma segunda opção, sempre convivi  com  a  família  Windows,  e  pouco  conheço  de  outros  sistemas,  mas gostaria de aprofundar o meu conhecimento sobre eles.   Christopher Andreas <christopherandreas@ >  O  Linux,  por  ser  um  software  aberto,  gratuito,  com  interface  gráfica  amigável,  mas  seguro  em  relação  a  vírus  (quando  comparado  ao  Windows)  e  excelente  para  quem  quer  desenvolver técnicas hacker.   Cleber Ferreira da Silva <clefersilva@ >   O Kurumin ou ubutun   "Rafaela" <fire390_indeterminada@ >     Linux, sem duvida :‐).     [24]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 26. Iniciação Linux    patrício dos santos <pj_santos2003@ >  Linux   Adriano Fernandes Azevedo <adrianof6@ >   Linux   Juniore <yah_rr@ >   Linux   "Alexandre Jose Barros Machado"<alexandretopeca@ >   Linux concerteza.   bad_religion <cyber_gb@ >   Não  tenho  uma  segunda  opção,  a  não  ser  uma  outra  versão  do  Windows, o Vista, que ora uso em meu note.   "Willis" <willis@ >   Windows   guanaes <golasguanaes@ >   Ainda  continuo  com  o  windows  devido  a  dificuldades  de  configuração que encontrei no linux.   Diego Santos <diego_hotpc@ >   _”Por que quer aprender Linux?”  Minha  admiração  pelo  Linux  começou  quando  li  algumas  coisas  sobre  a  historia  dele,  achei  muito  motivadora  a  idéia  do  Linus    www.escoladehackers.com.br  [25]  
  • 27. Escola de Hackers – Nível 1    Torvalds,  depois  disso,  a  mensagem  proposta  pela  comunidade  OPEN SOURCE também me cativou.  Dai  só  vieram  coisas  boas,  o  estudo  do  Linux  me  abriu  mais  a  mente, o valor emocional envolvido no Linux faz com que você se  sinta  mais  "útil",  pois  se  achar  que  pode  melhorar  algo  é  só  meter bronca!!!! Basicamente foi isso que me fez pensar "apesar  dos pesares, quero o TUX do meu lado". Mais nem por isso quero  deixar  o  Windows  de  lado  (ate  por  que  não  da  né...)  ainda  tem  coisas que só funcionam se os "bugs" estiverem em dia!!!!    "Emerson Santos" <epsguitar@ >   Creio que devamos aprender ao máximo que pudermos e que as  oportunidades nos permitirem. Essa prática de sermos xiitas com  relação a software não faz meu gênero. Pra eu usar lógico, tudo  bem  que  uso  o  Linux  sempre  que  dá.  Mas  aprender,  quero  aprender o máximo de SO's que eu puder. Não sou partidário de  nenhum e apenas aprendo com o objetivo de ser um profissional  melhor e mais capacitado a cada dia.   "Osvaldo Filho" <osvaldofilho.redes@>   Linux  é  fundamental  para  compreender  a  adminstração de  uma  rede,  tanto  na  parte  de  instalação  de  servidores,  como  na  de  configuração  de  serviços.  Também  por  que  a  arquitetura  Linux  está  na  maior  parte  dos  servidores  da  Internet  e  tem  excepcionais ferramentas nativas que possam  ser usadas  para a  realização de pen‐tests. Outra grande vantagem é a possibilidade  de criar redes LTSP.     [26]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 28. Iniciação Linux    "Carla" <carla@>   Devido  ao  seu  poder!  Sua  capacidade  de  uso  nao  tem  limites  quando o domina.   Adriano Lucas da Silva <dorff_10@>   Quero aprender Linux, juntamente porque como todos falam, ele  é  o  melhor  para  uso  de  invasões  de  sistemas.  Também  porque  gosto muito mais da interface, do conteúdo do Linux do que dos  demais sistemas operacionais.   cleriton geremia freire <clebill@>   É uma necessidade de não ser refém de uma unica empresa, de  um único tipo de OS.   Christopher Andreas <christopherandreas@>  Quanto  mais  aprendemos,  mas  ficamos  certos  de  que  nada  sabemos (disse um famoso filosofo...), portanto para quem quer  ganha dinheiro usando as tecnologias de informatização, precisa  estar  por  dentro  e  conhecer  um  pouco  de  tudo  que  há  no  mercado a disposição dos usuários.   Acredito  que  o  Linux  esta  crescendo  e  ficando  cada  vez  mais  conhecido  por  todos,  isso  indica  que  ele  é  uma  tendência  forte  de mercado e que em pouco tempo estaremos com um maioria  de empresas e pessoas precisando profissionais que entendam o  funcionamento  do  sistema,  afim  de  que  esse  encotre  soluções  para resolva os problemas que venham surgir.      www.escoladehackers.com.br  [27]  
  • 29. Escola de Hackers – Nível 1    Cleber Ferreira da Silva <clefersilva@>   Além de  ser open, tem mais a oferecer em termos de segurança  e estabilidade.   "Rafaela" <fire390_indeterminada@>   Não  só  por  questões  profissionais,  mas  também  porque  quero  aperfeiçoar  os  meus  conhecimentos  no  que  diz  respeito  a  segurança na rede, a redes com servidores linux...   patrício dos santos <pj_santos2003@>   Aprender por que este sistema operacional está se pupolarizando  e é o melhor para servidores, muitas pessoas sentem dificuldade  com  tal  sistema  operacional  entao  aprender  linux  é  um  diferencial.   Adriano Fernandes Azevedo <adrianof6@>   Podemos ser excelentes no senso comum, porém é vital sermos  profissionais em nichos "por enquanto" restritos.   Juniore <yah_rr@>   Para  melhorar  meus  conhecimentos  na  área  hacker  e  mercado  de trabalho.   "Alexandre Jose Barros Machado" <alexandretopeca@>   Além de ser um sistema operacional muito robusto, as melhores  ferramentas de ataque são fabricadas para o mesmo.   bad_religion <cyber_gb@>     [28]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 30. Iniciação Linux    Na verdade eu sempre tentei fugir do Linux, sempre recomendei  aos  meu  amigos  que  ao  comprar  máquinas  com  Linux  que  retirassem  logo  aquele  Sistema  fajuto,  passando  a  usar  um  Sistema  comprovado  e  que  nele  todos  os  programas  rodam.  Sendo  que  no  Linux,  muitos  dos  programas  usuais  não  eram  reconhecidos. Outra, que existem muitas versões de Linux e isso  demonstra  falta  de  base  no  programa  para  que  ele  venha  a  "emplacar"  de  verdade.    Mas,  vejo  que  aquelas  idéias  todas  podem ter sido formadas por desconhecimento e por isso quero  aprender Linux.  "Willis" <willis@>   As vantagem são inumeras, é um S.O, like unix, gratuito,  código  aberto, livre de pragas, rápido e estável,  aumentar meus ganhos.   guanaes <golasguanaes@>   Por  ser  um  sistema  mais  leve  do  que  o  windows&nbsp;,  com  menos defeitos.   Diego Santos <diego_hotpc@>   _”O  sistema  RLS  adotado  para  este  seminário  facilita  a  compreensão e memorização dos assuntos?”  No meu caso sim, pois gosto de "quantidade" para converter em  "qualidade",  pois  usando  o  método  comum  acho  que  se  passa  muito tempo em um mesmo assunto, fazendo com que o aluno  fique meio "saturado", e com o  RLS o aluno vê a base da coisa, e    www.escoladehackers.com.br  [29]  
  • 31. Escola de Hackers – Nível 1    aprimora  o  que  achar  que  deve  em  pesquisas  (que  ajuda  a  aposentar o "preguiçômetro")   "Emerson Santos" <epsguitar@>  Facilita bastante. Mesmo assim, procurei material falando sobre  o sistema e não achei muita coisa. Entretanto, o sistema facilita o  aprendizado.  Professor,  se  o  senhor  puder  disponibilizar  algum  material  que  fale  mais  sobre  o  tema  (ou  indicar  fontes  de  pesquisa ‐ sites ou livros) seria de bastante proveito.   "Osvaldo Filho" <osvaldofilho.redes@ >   *  RLS  (Rapid  Learning  System)  são  técnicas  de  aceleração  da  aprendizagem. Estamos implementando nossa adaptação do RLS  americano  em  todo  o  material  produzido  a  partir  de  junho  de  2008.  Sim,  até  por  que  as  perguntas  não  estão  todas  respondidas  na  teoria. Logo, os estudantes são obrigados a pesquisar, a procurar  outros pontos de vista sobre os tópicos aqui tratados e construir  uma opinião na forma de resposta.É uma metodologia que exige  pró‐atividade, não passividade.   "Carla" <carla@> )  Sim.         [30]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 32. Iniciação Linux    Adriano Lucas da Silva <dorff_10@>   Facilita  e  muito.  Responde  automaticamente  perguntas  já  formuladas na hora da leitura.   cleriton geremia freire <clebill@>   Aparentemente sim.   Christopher Andreas <christopherandreas@>  Sim,  esse  sistema  ajuda  bastante  na  compreensão  dos  assuntos  aqui discutidos.   Cleber Ferreira da Silva <clefersilva@>   Facilita,  pois,  se  você  não  nenhuma  noção  do  que  está  sendo  dito, com este sistema você de cara já fica mais familiarizado com  assunto que ajuda na hora de pesquisar determinado tema.   "Rafaela" <fire390_indeterminada@>   Gostei deste novo método. dá para entender.   patrício dos santos <pj_santos2003@>   Na  minha  visao  facilita  sim  pois  os  assuntos  estao  sendo  abordados de uma forma mais natural.   Adriano Fernandes Azevedo <adrianof6@>   Creio que sim         www.escoladehackers.com.br  [31]  
  • 33. Escola de Hackers – Nível 1    "Alexandre Jose Barros Machado" <alexandretopeca@ >   Sim muito, pois é apenas com questões que medimos nosso nível  de conhecimento.   bad_religion <cyber_gb@>   Sim, o sistema RLS possibilita a interação e abstração quando se  faz a leitura dos textos do seminário.   "Willis" <willis@>   Sim,  achei  interessante  este  abordagem  de  estudo  passarei  utiliza‐la.   guanaes <golasguanaes@>   Sim,  o  sistema  é  bem  explicativo  facilitando  o  entedimento,  porque as vezes as pessoas têm certas duvidas, mas não sabem  como perguntar.   Diego Santos <diego_hotpc@ >               [32]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 34. Iniciação Linux    Capítulo 2: Quem é Linus? Breve história do Linux. Tux e Daemon. O que é GNU? O que é software livre? O que é a Linux Foundation? Neste segundo dia do seminário vamos conhecer quem está por  trás do Linux, seu criador e as polêmicas em torno desta criação.  Sobre  todos  os  temas  acima  existe  farto  material  na  Internet,  então,  já  ancorados  nas  técnicas  de  RLS  que  estamos  usando  neste  seminário,  as  explanações  serão  breves,  com  a  disponibilização  de  links  para  quem  desejar  se  aprofundar  nos  tópicos.        www.escoladehackers.com.br  [33]  
  • 35. Escola de Hackers – Nível 1    1. Quem é Linus?  Resumo adaptado da Wikipedia:  Linus  Benedict  Torvalds  nasceu  na  cidade  de  Helsínquia,  Finlândia, em 28 de Dezembro de 1969.  Iniciou‐se  no  mundo  dos  computadores  em  1980,  quando  aos  onze  anos  de  idade  precisou  ajudar  seu  avô  a  usar  um  recém  adquirido micro da linha Comodore.  No  fim  dos  anos  80  ele  tomou  contato  com  os  computadores  IBM/PC  compatíveis  e  em  1991  comprou  um  80386.  Com  21  anos, 5 já de experiência programando (em C), ele tinha contato  com o Sistema Unix da Universidade (SunOS, atualmente Solaris)  e  desejava  rodar  a  versão  Unix  de  Andrew  S.  Tannenbaum,  o  Minix, no seu recém adquido 80386.  Descontente  com  os  recursos  do  Minix,  especialmente  em  relação ao emulador de terminal do Minix que ele utilizaria para  acessar  remotamente  o  Unix  da  Universidade,  começou  a  desenvolver o seu próprio emulador de terminal que não rodaria  sobre  o  Minix,  mas  diretamente  no  hardware  do  386.  Este  projeto pessoal foi sendo modificado gradualmente e adquirindo  características  de  um  Sistema  Operacional  independente  do  Minix.  Este  é  o  início  do  desenvolvimento  do  Kernel  Linux,  relatado pelo próprio Linus Torvalds em seu livro "Só Por Prazer".    [34]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 36. Iniciação Linux    Vive atualmente em Santa Clara, na Califórnia, com a sua mulher  Tove  e  suas  três  filhas.  Ele  é  um  empregado  do  Open  Source  Development Lab (OSDL).  __________  L: Fiquei com a impressão de que o Linus era um descontente com  o  sistema  da  época  e  só  pensava  em  resolver  seu  próprio  problema de usabilidade do sistema. Estou certo?  H:  Aparentemente  foi  isto  que  aconteceu.  Basicamente  com  o  conhecimento  dele  em  programação  em  C  e  do  Unix  a  fundo,  conseguiu criar um sistema operacional revolucionário. Mas você  percebeu  que  em  nenhum  momento  Linus  demonstra  ter  interesse  ou  conhecimento  sobre  burlar  segurança  de  sistemas  informáticos, que é o que caracteriza os hackers? Percebeu que  quando  lemos  sobre  Linus  Torvalds  ser  exemplo  de  hacker,  estamos  falando  de  uma  época  que  não  existe  mais,  pois  os  hackers de hoje são outros?  L:  Vimos  isto  no  seminário  de  iniciação  hacker.  Quer  dizer  que  Linus  Torvalds  pode  ser  considerado  hacker  naquela  época,  mas  hoje não o seria?  H: Sim. Pelo conceito que temos do hacker atualmente, ele não  se  enquadra  nesta  definição.  Um  fato  interessante  é  como  um  projeto  pessoal  tornou‐se  tão  grande,  a  ponto  de  abalar  a  supremacia dos maiores fabricantes de sistemas operacionais. E    www.escoladehackers.com.br  [35]  
  • 37. Escola de Hackers – Nível 1    tudo começou com uma mensagem, convidado colaboradores a  participar do projeto.  2. Breve história do Linux.  Resumo adaptado da Wikipedia:  O kernel Linux foi originalmente escrito por Linus Torvalds, com a  ajuda  de  vários  programadores  voluntários  através  da  Usenet.  Tudo começou com uma mensagem que ainda pode ser lida aqui:  http://groups.google.com/group/comp.os.minix/msg/2194d2532 68b0a1b  Linus  Torvalds  começou  o  desenvolvimento  do  kernel  como  um  projecto  particular,  inspirado  pelo  seu  interesse  no  Minix,  um  pequeno sistema UNIX desenvolvido por Andrew S. Tanenbaum.  Ele  limitou‐se  a  criar,  nas  suas  próprias  palavras,  "um  Minix  melhor  que  o  Minix"  ("a  better  Minix  than  Minix").  E  depois  de  algum  tempo  de  trabalho  no  projecto,  sozinho,  ele  enviou  a  seguinte mensagem para comp.os.minix:  "Você  suspira  pelos  bons  tempos  do  Minix‐1.1,  quando  os  homens  eram  homens  e  escreviam  seus  próprios  drivers  de  dispositivo?  Você  está  sem  um  bom  projeto  em  mãos  e  está  desejando trabalhar em um sistema operacional que você possa  modificar  de  acordo  com  as  suas  necessidades?  Está  achando  frustrante quando nem tudo funciona no Minix? Chega de noite  ao  computador  para  conseguir  que  os  programas  funcionem?  Então esta mensagem pode ser para você.    [36]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 38. Iniciação Linux    Como  eu  mencionei  há  um  mês  atrás,  estou  trabalhando  numa  versão  independente  de  um  S.O.  similar  ao  Minix  para  computadores  AT‐386.  Ele  está,  finalmente,  próximo  do  estado  em  que  poderá  ser  utilizado  (embora  possa  não  ser  o  que  você  está  esperando),  e  eu  estou  disposto  a  disponibilizar  o  código‐ fonte para ampla distribuição. Ele está na versão 0.02... contudo  eu  tive  sucesso  ao  executar  bash,  gcc,  gnu‐make,  gnu‐sed,  compressão, etc. nele."  A  mensagem  acima  foi  o  ponto  de  partida  para  a  criação  da  maior  comunidade  de  programadores  independentes  reunidas  até hoje. E que continuam a se reunir, para criar e recriar versões  e novas distribuições do Linux,  independente de convite.   A  diferença  é  que  a  mensagem  original  se  refere  ao  núcleo  e  a  maioria  dos  grupos  de  hoje  desenvolvem  sistemas  personalizados,  alguns  com  mais  ou  menos  sucesso,  a  exemplo  do Kurumin e Ubuntu.  Curiosamente,  o  nome  Linux  foi  criado  por  Ari  Lemmke,  administrador do site ftp.funet.fi que deu esse nome ao diretório  FTP  onde  o  kernel  Linux  estava  inicialmente  disponível  (Linus  tinha‐o batizado inicialmente como "Freax"[carece de fontes]  No dia 5 de outubro de 1991 Linus Torvalds anunciou a primeira  versão "oficial" do kernel Linux, versão 0.02. Desde então muitos  programadores têm respondido ao seu chamado, e têm ajudado  a fazer do Linux o sistema operacional que é hoje. No início era  utilizado  por  programadores  ou  só  por  quem  tinha    www.escoladehackers.com.br  [37]  
  • 39. Escola de Hackers – Nível 1    conhecimentos,  usavam  linhas  de  comando.  Hoje  isso  mudou,  existem  diversas  empresas  que  criam  os  ambientes  gráficos,  as  distribuições cada vez mais amigáveis de forma que uma pessoa  com poucos conhecimentos consegue usar o Linux. Hoje o Linux  é um sistema estável e consegue reconhecer todos os periféricos  sem  a  necessidade  de  se  instalar  os  drivers  de  som,  vídeo,  modem,  rede,  entre  outros.  (esta  informação  está  correta  em  parte,  ainda  existe  muita  incompatibilidade  de  hardware,  pois  nem todo fabricante dá suporte aos sistemas Linux).  L:  Li  em  algum  lugar  que  Linus  se  apropriou  de  algumas  boas  idéias e códigos enviados por seus colaboradores. Isto é verdade?  H:  Você  deve  ter  lido  isto  no  livro  "Só  Por  Prazer",  onde  até  acusações  de  homossexualismo  ele  conta  ter  sido  vítima.  Não  temos como saber de fato o que se passou, mas certamente todo  o  crédido  das  dezenas,  depois  centenas  e  depois  milhares  de  colaboradores,  ficou  mesmo  para  o  Linus  e  isto  deve  ter  desagradado  a  muita  gente.  Que  tivessem  a  idéia  original  pelo  menos.   Reflita sobre isto:  • Você  acha  que  o  Linux  teria  crescido  tanto  se  não  fosse  por seus colaboradores?  • Se  Linus  tivesse  patenteado  o  kernel  do  Linux,  hoje  ele  seria tão ou mais rico que o Bill Gates ou será que o cunho  comercial afastaria os voluntários?    [38]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 40. Iniciação Linux    • Você acha mesmo que Linus criou o Linux sozinho?  3. Tux e Daemon.  O  Tux  é  a  mascote  oficial  do  Linux.  Criado  por  Larry  Ewing  em  1996,  é  um  pinguim  com  expressão  de  satisfação.  A  idéia  da  mascote  do  Linux  ser  um  pinguim  veio  de  Linus  Torvalds,  o  criador do núcleo do Linux, sugerindo que o nome deriva de [T]  orvalds  [U]  ni  [X].  Já  o  Daemon  é  outro  mascote,  o  diabinho  símbolo dos BSD.  __________  L: Onde posso ver estes mascotes?  H: Veja‐os nas figuras abaixo:      Daemon  Gnu Tux  (mascote do BSD)  (mascote do GNU  (mascote do Linux)  Project)        www.escoladehackers.com.br  [39]  
  • 41. Escola de Hackers – Nível 1    4. O que é GNU?  Aqui está o ponto de ruptura que catapultou o Linus Torvalds a  fama mundial. Já existia desde 1984 uma comunidade buscando  por  um  sistema  operacional  totalmente  livre,  que  qualquer  pessoa  teria  direito  de  usar,  modificar  e  redistribuir,  desde  que  garantido  para  todos  os  mesmos  direitos.  Esta  comunidade  se  reunia  sob  o  nome  de  projeto  GNU,  tendo  como  seu  principal  mentor  a  figura  de  Richard  Stallman.  Este  sistema  operacional  GNU  deveria  ser  compatível  com  o  sistema  operacional  UNIX,  porém  não  deveria  utilizar‐se  do  código  fonte  do  UNIX,  por  tratar‐se  de  um  sistema  comercial.  Stallman  escolheu  o  nome  GNU porque este nome, além do significado original do mamífero  Gnu,  é  um  acrônimo  recursivo  de:  GNU  is  Not  Unix  (em  português:  GNU  não  é  Unix).  O  pojeto  GNU  também  tem  um  mascote que é um... Gnu.  Acontece que po volta de 1990, os membros do projeto GNU só  haviam  criado  os  aplicativos  e  utilitários  para  o  sistema  operacional  que  ainda  não  existia.  Ou  seja,  criaram  quase  tudo,  menos o núcleo.  Foi  aí  que  entrou  o  Linus  Torvalds,  não  no  projero  GNU,  mas  criando  o  núcleo  que  faltava  ao  projeto  GNU,  permitindo  aos  programadores  reunir  aqueles  programas  previstos  para  o  sistema  operacional  GNU  (que  não  existiu)  em  torno  do  núcleo  (kernel) criado pelo Linus.  Imagine  a  raiva  que  o  Satallman  deve  ter  ficado,  pois  o  Linus  sozinho  levou  praticamente  toda  a  fama  pela  existência  do    [40]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 42. Iniciação Linux    sistema  operacional  livre,  que  não  era  nem  a  idéia  inicial  dele.  Lembre‐se que Linus criou o Linux devido a sua insatisfação com  os  sistemas  da  época,  independente  da  proposta  de  software  livre.  Percebeu  que  Linus  Torvalds  fez  a  coisa  certa  na  hora  certa?  Percebeu que tanto Linus como Stallman não estão diretamente  envolvidos  com  segurança  de  sistemas  para  serem  adorados  como hackers?   __________  L:  Então  Linus  foi  um  oportunista  e  passou  a  perna  em  todo  o  pessoal do projeto GNU?  H:  Não  é  bem  assim.  O  pessoal  do  projeto  GNU  estava  se  desetendo  quanto  ao  kernel.  Prova  disso  é  que  o  kernel  do  projeto  GNU  nunca  ficou  pronto.  Linus  começou  a  trabalhar  sozinho e não dependia de convencer ninguém a aceitar o kernel  desta ou de outra maneira. Então fez um kernel em bem menos  tempo.  Como  os  programas  para  usar  um  kernel  baseado  em  Unix  já  existia,  ninguém  quis  mais  saber  de  esperar  o  kernel  do  projeto  GNU.  Passaram  a  criar  as  primeiras  distribuições  Linux,  que é o kernel + todo o resto, incluindo os programas, interface  gráfica, etc.        www.escoladehackers.com.br  [41]  
  • 43. Escola de Hackers – Nível 1    5. O que é software livre?  Software  livre,  segundo  a  definição  criada  pela  Free  Software  Foundation  é  qualquer  programa  de  computador  que  pode  ser  usado,  copiado,  estudado,  modificado  e  redistribuído  sem  nenhuma restrição. A maneira usual de distribuição de software  livre  é  anexar  a  este  uma  licença  de  software  livre,  e  tornar  o  código fonte do programa disponível.  No  software  proprietário,  que  pode  ser  comercial  ou  gratuito  (freeware),  o  autor  não  permite  cópias  ou  distribuição  e  geralmente não divulga o código fonte.  Percebeu  que  software  gratuito  não  é  o  mesmo  que  software  livre?  Um  freeware  é  um  software  gratuito,  mas  o  autor  geralmente  não  permite  que  as  pessoas  o  modifiquem  e  nem  distribui seu código fonte.  Um  software  livre  pode  ser  comercializado,  como  é  o  caso  de  diversas distribuições Linux. Neste caso as pessoas podem alterá‐ lo a vontade, mas não podem comercializá‐lo usando o nome da  empresa. Exemplo: Linux da Conectiva. Você pode alterá‐lo, mas  não  pode  fazer  crer  ao  mercado  que  suas  cópias  são  vendidas  pela Conectiva.  Software Livre e Software em Domínio Público  Software  livre  é  diferente  de  software  em  domínio  público.  O  primeiro,  quando  utilizado  em  combinação  com  licenças  típicas  (como  as  licenças  GPL  e  BSD),  garante  a  autoria  do    [42]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 44. Iniciação Linux    desenvolvedor ou organização. O segundo caso acontece quando  o autor do software relega a propriedade do programa e este se  torna  bem  comum.  Ainda  assim,  um  software  em  domínio  público pode ser considerado como um software livre.  Software Livre e Copyleft  Licenças  como  a  GPL  contêm  um  conceito  adicional,  conhecido  como  Copyleft,  que  se  baseia  na  propagação  dos  direitos.  Um  software  livre  sem  copyleft  pode  ser  tornado  não‐livre  por  um  usuário, caso assim o deseje. Já um software livre protegido por  uma licença que ofereça copyleft, se distribuído, deverá ser sob a  mesma licença, ou seja, repassando os direitos.  Associando os conceitos de copyleft e software livre, programas  e serviços derivados de um código livre devem obrigatoriamente  permanecer  com  uma  licença  livre  (os  detalhes  de  quais  programas,  quais  serviços  e  quais  licenças  são  definidos  pela  licença original do programa). O usuário, porém, permanece com  a  possibilidade  de  não  distribuir  o  programa  e  manter  as  modificações ou serviços utilizados para si próprio.  Venda de Software Livre  As licenças de software livre permitem que eles sejam vendidos,  mas  estes  em  sua  grande  maioria  estão  disponíveis  gratuitamente.    www.escoladehackers.com.br  [43]  
  • 45. Escola de Hackers – Nível 1    Uma vez que o comprador do software livre tem direito as quatro  liberdades  listadas,  este  poderia  redistribuir  este  software  gratuitamente ou por um preço menor que aquele que foi pago.  Como exemplo poderíamos citar o Red Hat Enterprise Linux que  é  comercializado  pela  Red  Hat,  a  partir  dele  foram  criados  diversos  clones  como  o  CentOS  que  pode  ser  baixado  gratuitamente.  Muitas  empresas  optam  então  por  distribuir  o  mesmo  produto  sobre duas ou mais licenças, geralmente uma sobre uma licença  copyleft  e  gratuita  como  a  GPL  e  outra  sobre  uma  licença  proprietária e paga.  O  termo  GNU/Linux  refere‐se  ao  fato  do  Linux  estar  licenciado  sob a licença GNU.  Ficou confuso?  Eis um resumo:  Software  proprietário  ‐  o  dono  (programador  ou  empresa  de  software)  não  permite  cópias  ou  distribuição.  se  aplica  a  programas pagos e gratuitos (freeware).  Software livre ‐ pode ser alterado e redistribuído.  Copyleft  ‐  obrigatoriedade  de  propagar  os  mesmos  direitos  da  licença  adquirida.  Exemplo:  um  software  livre  só  pode  ser  distribuído  como  software  livre.  Um  freeware,  apenas  como  freeware.    [44]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 46. Iniciação Linux    Software  em  domínio  público  ‐  a  autoria  é  desconhecida  ou  foi  relegada pelo autor.  GPL  ‐  sigla  de  General  Public  License  (Licença  Pública  Geral),  a  licença para programas da Free Software Foundation  BSD ‐ abreviação de BSD ‐ Berkeley Software Distribution  __________  L: São tantas definições, preciso memso memorizar isto?  H: Creio que não, há não ser que você seja programador e queira  saber  a  melhor  forma  de  proteger  seu  software.  Estas  questões  legais envolvendo licenciamento são tão complexas que existem  instituições  dedicadas  somente  a  este  assunto.  Uma  delas  é  a  Free Software Foundation. O mínimo que você precisa lembrar é  que o mesmo software pode ter mais de uma licença ou licenças  combinadas. Ele pode ser gratuito para o usuário e pago se usado  em empresas. Você já viu isto nas licenças dos antivírus gratuitos.  E que o software livre permite alterações.    6. O que é a Linux Foundation?  Recentemente  a  já  ampla  comunidade  internacional  do  Open  Source  ganhou  um  novo  impulso  para  a  sua  consolidação.  A  Open  source  Development  Labs  e  a  Free  Standards  Group,  dois  dos  mais  importantes  representantes  do  mundo  Linux,  anunciaram publicamente sua fusão.    www.escoladehackers.com.br  [45]  
  • 47. Escola de Hackers – Nível 1    O  resultado  dessa  união  é  a  Linux  Foundation,  a  qual  colhe  o  apoio  de  70  fabricantes  mundiais,  incluindo  as  poderosas  IBM  ,  HP, Oracle, Novell e Intel , contando ainda com a Fujitsu, Hitachi  e  NEC.  Os  principais  objetivos  da  Linux  Foundation  incluem  promoção,  proteção  e  padronização  do  Linux.  Segundo  o  comunicado emitido, a Linux Foundation ajudará e promoverá a  aproximar  o  Open  Source  de  plataformas  proprietárias,  mas  continuará a respeitar o código aberto, liberdade de escolha e a  superioridade técnica do Open Source.  __________  L: Me parece que o Linux está se profissionalizando para competir  a altura das empresas comerciais. É isto mesmo?  H:  Sim.  O  Linux  está  deixando  de  ser  um  sistema  operacional  artesanal,  mantido  por  entusiastas,  para  tornar‐se  um  sistema  comercial  indústrial.  A  pergunta  que  vamos  discutir  amanhã  é  sobre a possibilidade de isto ser o início do Linux comercial.  Conheça também a Free Software Foundation:  A  Free  Software  Foundation  (FSF,  Fundação  para  o  Software  Livre)  é  uma  organização  sem  fins  lucrativos,  fundada  em  1985  por Richard Stallman e que se dedica à eliminação de restrições  sobre  a  cópia,  redistribuição,  entendimento  e  modificação  de  programas  de  computadores  –  bandeiras  do  movimento  do  software  livre,  em  essência.  Faz  isso  promovendo  o  desenvolvimento e o uso de software livre em todas as áreas da    [46]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 48. Iniciação Linux    computação  mas,  particularmente,  ajudando  a  desenvolver  o  sistema operacional GNU e suas ferramentas.  Até  meados  da  década  de  1990  a  fundação  dedicava‐se  mais  à  escrita  do  software.  Como  hoje  existem  muitos  projetos  independentes  de  software  livre,  a  FSF  dedica‐se  mais  aos  aspectos  legais  e  estruturais  da  comunidade  do  software  livre.  Entre  suas  atribuições  atuais,  encarrega‐se  de  aperfeiçoar  licenças  de  software  e  de  documentação  (como  a  GNU  General  Public  License,  GPL  ou  a  GNU  Free  Documentation  License,  GFDL),  de  desenvolver  um  aparato  legal  acerca  dos  direitos  autorais dos programas criados sob essas licenças, de catalogar e  disponibilizar  um  serviço  com  os  softwares  livres  desenvolvidos  (o Free Software Directory), e de discutir e aperfeiçoar a própria  definição de software livre.  Para  este  segundo  dia  não  temos  questionário,  mas  fique  a  vontade para enviar contribuições que acrescentem contéudo ao  tema de hoje.  Abaixo segue os links prometidos, através dos quais você poderá  aprofundar‐se nos temas deste segundo dia:  http://pt.wikipedia.org/wiki/Just_for_fun  http://pt.wikipedia.org/wiki/Linus_Torvalds  http://pt.wikipedia.org/wiki/GNU_is_Not_UNIX  http://pt.wikipedia.org/wiki/Minix  http://pt.wikipedia.org/wiki/Linux    www.escoladehackers.com.br  [47]  
  • 49. Escola de Hackers – Nível 1    http://pt.wikipedia.org/wiki/Tux  http://en.wikipedia.org/wiki/BSD_Daemon  http://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Stallman  http://pt.wikipedia.org/wiki/Free_Software_Foundation  http://pt.wikipedia.org/wiki/Projeto_GNU  http://pt.wikipedia.org/wiki/Gnu  http://pt.wikipedia.org/wiki/Software_livre  http://pt.wikipedia.org/wiki/GPL  http://pt.wikipedia.org/wiki/Jon_Hall  Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.    Jon Hall  Jon  "Maddog"  Hall  é  o  fundador  do  Open  Source  internacional.  Trabalha com informática desde 1969, é utilizador de Unix desde  1977 e de Linux desde 1994. Desde 1995 é diretor‐presidente da  Linux  International  [1],  uma  associação  sem  fins  lucrativos  patrocinada por empresas de grande relevância internacional na  área de TI. A Linux International tem sede nos Estados Unidos e  tem por objetivo dar apoio à adoção do sistema operativo Linux.  Estudou  na  Drexel  University  e,  mais  tarde,  no  Rensselaer  Politechnic  Institute  na  cidade  de  Troy  (Nova  York).  Após  terminar  seus  estudos,  trabalhou  com  mainframes  IBM  na    [48]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 50. Iniciação Linux    empresa Aetna Life and Casualty. De seguida, tornou‐se reitor da  faculdade  de  Informática  do  Hartford  State  Technical  College,  onde os estudantes o apelidaram de maddog (“cachorro louco”),  alcunha pela qual prefere ser chamado. Mais tarde, assumiu uma  posição  como  administrador  de  sistemas  nos  Bell  Laboratories,  acabando por ingressar na Digital Equipment Corporation (DEC),  onde trabalhou durante 16 anos.  Nesse  período,  conheceu  Linus  Torvalds,  a  quem  forneceu  suporte  para  o  desenvolvimento  da  versão  do  Linux  para  hardware baseado na arquitetura Alpha, de 64 bits.  Maddog  é  um  orador  excepcional,  que  contagia  seus  ouvintes  através  do  seu  carisma  pessoal  e  de  analogias  e  exemplos  que  encantam o público.   www.escoladehackers.com.br  [49]  
  • 51. Escola de Hackers – Nível 1    Capítulo 3: Aspectos políticos do GNU. Grátis agora, pago depois? Linux x Windows. Se é superior, por que não é o mais usado? Hoje  vamos  discutir  alguns  pontos  que  a  comunidade  Linux  precisa  ter  em  mente,  quando  fazem  a  defesa  radical  deste  sistema.    Aspectos políticos do GNU.  Vocês  já  devem  ter  percebido  que  existe  um  lobby  para  convencer  a  sociedade  sobre  a  necessidade  de  usarmos  o  Linux  no  lugar  do  Windows.  Lobby  são  atividades  que  procuram  influenciar  os  detentores  de  poder  decisório,  visando  o  atendimento  de  interesses  específicos  de  grupos.  Em  outras  palavras,  lobby  é  fazer  pressão  sobre  quem  tem  o  poder  de  decisão, com a finalidade de conseguir que a decisão favoreça o  grupo representado pelo lobista.    [50]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 52. Iniciação Linux    Basicamente  o  lobby  é  feito  de  duas  formas:  junto  ao  dirigente  ou pessoa de influência e junto a opinião pública.  O filme Obrigado por fumar (2005) retrata a ação de um lobista  americano  que  defende  a  indústria  do  fumo.  O  lobista  geralmente  é  uma  pessoa  carismática,  bem  falante,  com  alto  poder  persuasão.  Em  defesa  do  Linux,  quem  faz  este  papel  é  o  Jon  "Maddog"  Hall,  fundador  do  Open  Source  internacional.  Maddog  é  um  orador  excepcional,  que  contagia  seus  ouvintes  através  do  seu  carisma  pessoal  e  eloquencia.  Não  sei  o  que  os  americanos  acham  de  um  sujeito  que  se  apresenta  como  João  Cara  de  Cachorro,  mas  por  aqui  ele  faz  muito  sucesso.  (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jon_Hall)  No  Brasil  a  figura  do  lobista  está  mais  relacionada  aos  casos  de  corrupção  ativa  e  passiva,  suborno,  corrupção,  propina,  prevaricação. Nosso mais recente escândalo deste tipo envolve a  ministra‐chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, e a compra da Varig.  O  Linux  também  tem  seus  lobistas,  mas  creio  que  a  corrupção  não faça parte dos métodos de convencimento.  Curiosamente,  assim  como  o  Linux  surgiu  de  um  processo  colaborativo,  o  lobby  pelo  uso  do  Linux  também  é  feito  por  um  batalhão  de  pessoas,  algumas  esclarecidas,  outras  nem  tanto,  dispostas a defender o Linux a qualquer custo.  Hoje  vamos  discutir  até  que  ponto  devemos  acreditar  nestas  pessoas.    www.escoladehackers.com.br  [51]  
  • 53. Escola de Hackers – Nível 1    Grátis agora, pago depois?  Os três principais argumentos a favor do uso do Linux são:  ‐ não é uma caixa preta  ‐ é mais seguro e estável  ‐ é grátis  CAIXA PRETA  Caixa  preta  é  uma  forma  de  dizer  que,  no  Windows,  a  maior  parte do código fonte não é conhecida e assim não temos certeza  de  que  o  Windows  só  faz  o  que  diz  fazer  ou  se  estamos  sendo  espionados  pelos  americanos,  fora  a  possibilidade  de  todos  os  PCs rodando Windows no país inimigo, deixarem de funcionar em  caso de guerra.  Como  o  Linux  tem  o  código  fonte  divulgado,  é  possível  saber  exatamente o que faz o sistema operacional, além de podermos  alterá‐lo conforme nossas necessidades.  Mas  alterar  um  sistema  operacional  não  é  para  qualquer  um,  então esta vantagem fica restrita a algumas empresas e pessoas  com real interesse em perscutar cada linha de código do Linux.  Conclusão: sob este ponto de vista, o Linux é mais confiável que  o Windows.        [52]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 54. Iniciação Linux    SEGURANÇA E ESTABILIDADE  Apesar de existir, o número de pragas virtuais que ataca o Linux é  muitíssimo  inferior  as  pragas  existentes  para  os  sistemas  da  Microsoft.  A  forma  como  o  núcleo  do  Linux  foi  construída,  também o torna mais seguro que o Windows.   No  quesito  estabilidade,  faz  tempo  que  o  Windows  não  apresenta problemas com tela azul e travamento. Mas quando o  usuário baixa de tudo, de qualquer lugar e faz do seu micro uma  centra  de  instalação  e  desinstalaçõ  de  programas  de  origem  duvidosa, não há como manter um sistema estável deste jeito.  Os  sites  que  oferecem  treinamento  hacker:  hackerteen,  thehacker  e  invasão  rodam  sob  plataforma  Linux  e  já  foram  invadidos. O thehacker pelo menos quatro vezes, o invasão doze  vezes. O site do Curso de Hacker roda sob plataforma Windows e  nunca foi invadido. O que podemos dizer é que a segurança tem  mais  a  ver  com  a  competência  do  administrador  do  que  com  o  sistema operacional.  Conclusão: sob este ponto de vista, o Linux é mais seguro que o  Windows.  Você  quase  não  se  preocupa  com  vírus,  trojans  ou  invasões.  Mas  um  sistema  verdadeiramente  seguro  é  resultado  da competência de seu administrador.           www.escoladehackers.com.br  [53]  
  • 55. Escola de Hackers – Nível 1    GRATUIDADE  Este  aspecto  das  vantagens  do  Linux  deve  fazer  diferença  nos  EUA  e  talvez  também  na  Europa.  São  países  que  a  pirataria  é  combatida e é notório o caso de pessoas processadas por baixar  MP3.  No  Brasil,  o  licenciamento  do  Windows  não  é  critério  de  decisão para o usuário final, pois a maioria utiliza cópias piratas.  Tente responder sem pesquisar: qual o preço de uma licença do  Windows Vista Ultimate Edition? Para facilitar: quanto custa uma  licença  do  Windows  (qualquer  versão)?  Não  vale  chute  nem  pesquisar no Google. Por falar nisso, quanto custou a sua licença  de uso?  Para  as  empresas,  mais  atentas  quanto  a  legalidade  de  seus  negócios,  o  licenciamento  do  Windows  pode  pesar  no  orçamento, principalmente quando estamos falando de dezenas  ou centenas de estações de trabalho. Mas é claro que o custo do  licenciamento por volume é menor que os praticado no varejo.  Mas o licenciamento não é o único custo envolvido quando uma  empresa adota um sistema operacional. É preciso levar em conta  o Custo Total de Propriedade (ou TCO ‐ Total Cost of Ownership),  suporte e manutenção. E muitas cidades brasileiras não contam  com profissionais habilitados para gerir redes no ambiente Linux,  fazendo com que o TCO seja maior.  Conclusão:  a  questão  da  gratuidade  não  é  relevante  para  a  maioria  dos  usuário  finais,  pois  não  pagam  pelo  Windows.  Quando  se  trata  da  adoação  do  Linux  nas  empresas,  é  preciso    [54]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 56. Iniciação Linux    comparar  o  TCO  e  a  disponibilidade  de  técnicos  na  região.  Se  você  quiser  desarmar  alguém  que  defenda  o  Linux  enfaticamente, peça a ele para mostrar o TCO comparando o uso  do Windows e Linux na sua casa ou empresa.  No  início  desta  discussão  comentei  sobre  o  lobby  envolvendo  o  Linux.  Com  a  criação  da  Linux  Foundation,  fica  mais  evidente  o  interesse  das  grandes  empresas  em  industrializar  a  distribuição  do  Linux.  A  própria  Microsoft    tem  equipes  trabalhando  na  interoperabilidade  entre  plataformas  e  financia  grupos  de  desenvolvedores  Linux.  Gostaria  de  lembrá‐los  que  estas  empresas não são filantrópicas, são empresas comerciais.  Na prática isto quer dizer que estão procurando formas de fazer  dinheiro  com  o  Linux,  como  tantas  outras  já  conseguiram:  Conectiva, RedHat, SuSE, entre outras.  O foco não é o usuário final, pois este vai continuar pirateando,  seja o Windows ou Linux. O foco são as compras governamentais  e empresariais.  O enorme grupo de defensores do Linux está sendo manipulado  em  favor  de  interesses  econômicos.  Popularizar  e  incentivar  o  uso do Linux não tem só a ver com estabilidade, TCO, segurança,  tem  muito  mais  a  ver  com  a  lucratividade  das  companhias  envolvidas.      www.escoladehackers.com.br  [55]  
  • 57. Escola de Hackers – Nível 1    Linux x Windows  Se  formos  comparar  pontos  positivos  e  negativos,  sempre  encontraremos pontos de sustentação para um ou outro sistema,  ambos possuem pontos fortes e fracos e quem domina o mínimo  de  teécnicas  de  negociação  e  persuasão,  consegue  convencê‐lo  até de deixar sua mulher dormir sozinha na casa dele.  Aqui  estão  alguns  estudos  'provando'  que  um  é  melhor  que  o  outro.  Repare  que,  quem  quer  provar  que  o  Linux  é  melhor,  consegue,  e  quem  quer  provar  que  o  Windows  é  melhor,  consegue também:  http://www.microsoft.com/brasil/servidores/compare/compare_linux.mspx  http://www.tuxresources.org/blog/winlin/  http://www.timaster.com.br/revista/materias/main_materia.asp?codigo=720  http://www.guiadohardware.net/comunidade/linux‐windows/197798/  http://www.administradores.com.br/producao_academica/linux_x_windows_ as_vantagens_e_desvantagens/540/  http://www.novell.com/pt‐br/linux/truth/better_choice.html  http://download.microsoft.com/download/f/a/7/fa770d1f‐c3de‐4852‐ba05‐ 434fda6b51e6/AISP‐12953_Portuguese_final.pdf  L: Fiquei um pouco confuso. Se quem quer provar que o Windows  é  mellhor  consegue.  E  quem  quer  provar  que  o  Linux  é  melhor,  também consegue. Afinal, qual é o melhor?    [56]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 58. Iniciação Linux    H:  Para  as  empresa,  é  preciso  fazer  um  levantamento  do  TCO  para  tomar  a  decisão  baseada  na  relação  CUSTO  x  BENEFÍCIO.  Para  o  usuário  final,  o  Windows  é  o  mais  indicado,  devido  a  compatibilidade,  praticidade  e  facilidade  de  uso.  Para  nós  hackers  e  postulantes,  vamos  precisar  dos  dois  sistemas.  Usaremos  o  melhor  dos  dois  e  deixaremos  as  briguinhas  de  fórum para quem não tem mais o que fazer.  L:  Soube  lendo  em  alguns  fóruns  que  todos  os  principais  programas do Windows existem em versão gratuita para o Linux.  Então  eu  poderei  ter  um  PC  rodando  o  Linux e  fazer  tudo  que  o  Windows faz?  H:  Isto  é  verdade.  Mas  na  prática  costuma  ocorrer  incompatibilidade  entre  os  arquivos  gerados  no  Windows  e  abertos  no  Linux  e  vice‐versa.  Apesar  dos  substitutos  do  Office  prometerem  compatibilidade,  muitos  dos  recursos  de  formatação  do  Office  2007  não  funcionam  no  Linux.  Já  tive  que  socorrer  colegas  em  palestras,  que  fizeram  uma  belíssima  apresentação  no  BrOffice  que  se  perdeu  quando  foi  aberta  no  Powerpoint,  o  sistema  disponível  no  auditório.  Tirando  estas  eventuais  surpresas,  os  principais  programas  Windows  estão  mesmo disponíveis para o Linux.  L:  Sempre  leio  que  os  servidores  Linux  são  mais  seguros  que  os  servidores Windows. Isto é verdade?    www.escoladehackers.com.br  [57]  
  • 59. Escola de Hackers – Nível 1    H:  O  fato  de  ser  supostamente  mais  seguro  não  impediu  o  hackerteen,  thehacker  e  invasão  de  serem  invadidos.  A  segurança é competência do administrador, não do sistema. Num  recente concurso de invasão, envolvendo Linux, Windows e Mac  OS,  o  Mac  foi  invadido  em  apenas  dois  minutos,  mesmo  sendo  um sistema derivado do Unix.  Veja em:   http://info.abril.com.br/aberto/infonews/032008/28032008‐ 11.shl  L: E para o hacker? Qual o melhor sistema operacional?  H: Entendo que o sistema operacional é parte de uma estratégia,  então  o  hacker  pode  atingir  resultados  com  Linux,  Windows,  Symbian  ou  qualquer  outro.  O  Linux  certamente  oferece  mais  recursos para o invasor do que o Windows. Isto se deve ao Linux  estar pronto para as redes desde que foi criado e o Windows foi  adaptado para trabalhar em redes. Houve um tempo que existiu  versões do Windows com (Windows 3.11) e sem (Windows 3.1)  suporte a redes. Mas o hacker que opte por não adotar o Linux,  estará em grande desvantagem em relação aos demais.  L: Se é superior, por que não é o mais usado?  H: Esta é uma boa pergunta. Os defensores do Linux usam muita  energia  para  convencer  as  pessoas  de  que  devem  jogar  o  Windows fora e usar o Linux. O que o usuário comum tem feito é    [58]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 60. Iniciação Linux    jogar  o  Linux  pré‐instalado  fora  e  usar  o  Windows,  geralmente  versão pirata. Quando o Linux for mesmo a melhor opção para o  usuário  comum,  naturalmente  ele  irá  substituir  o  Windows  nos  sistemas  desktops.  Até  lá  fiquemos  com  o  burburinho  dos  linuxers apaixonados.  Conclusão:  Discutir Linux com um entusiasta é como discutir futebol, política  ou religião. Por mais absurdo que possa ser o argumento, quem  acredita, não abre mão da crença: é Linux e pronto. Duvidar das  plaquinhas de ouro extraterrestres que deram origem a Igreja de  Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, mostrar que a história  bíblica  de  Noé  parece  plágio  de  um  relato  babilônico  chamado  “Epopéia de Gilgamés", escrito centenas de anos antes da Bíblia  cristã,  dizer  que  o  Corinthians  deveria  estar  na  segunda  divisão  ou  tocar  em  qualquer  outro  ponto  polêmico  envolvendo  fé  e  paixão, é criar inimizades e até correr riscos, quando no caso das  discussões  sobre  futebol.  A  lógica  e  racionalidade  ficam  em  segundo plano.  Para ser um hacker habilidoso você precisa aprender Linux. Não é  opção não aprender. Nos demais casos, você prcisa ver o que é  melhor  para  você.  Um  amigo  meu  falou  tanto  do  Linux  na  empresa  onde  trabalhava  que  os  donos  resolveram  mudar  para  este  sistema.  O  que  meu  amigo  não  esperava  é  de  ele  próprio  não  estar  preparado  para  o  Linux  e  teve  de  ser  substituído  em  suas funções. Um outro, que comprou um notebook popular com  Linux instalado, em menos de 24 horas me procurou para instalar    www.escoladehackers.com.br  [59]  
  • 61. Escola de Hackers – Nível 1    o  Windows,  pois  alguns  dos  programas  que  precisava  usar  não  rodam no Linux. A conclusão é esta mesma: o melhor é o melhor  para  você.  Mas  para  melhores  ações  hacker,  a  escolha  não  é  entre Windows e Linux é entre Linux e Linux.  O  tema  Windows  x  Linux  costuma  gerar  calorosos  debates,  geralmente  inconclusivos,  pois  é  difícil  o  entusista  de  uma  plataforma aceitar os argumentos do outro.  Para enriquecer as discussões deste terceiro dia, foi pedido para  os participantes apontarem um ponto forte e um ponto fraco de  cada plataforma.  Vamos  conhecer  as  contribuições  dos  participantes,  transcritas  tais  como  foram  apresentadas  ao  grupo,  mantendo  inclusive,  a  escrita típica da Internet:  Diego Santos <diego_hotpc@>  WINDOWS  Ponto forte (apenas um) ‐Compatibilidade com drivers.  Ponto fraco (apenas um) ‐Não ser código aberto.    LINUX  Ponto forte (apenas um) ‐ S.O criado para trabalhar em redes.  Ponto  fraco  (apenas  um)  ‐  Dificuldades  de  configuração  para  quem não tenha intimidade com o sistema.    [60]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 62. Iniciação Linux    André Luiz Prado <pradolas@>  Acho  que  realmente  gera  uma  grande  discussão  sobre  este  assunto Windows X Linux.  E sempre terá os defensores e os que nos convecem que este ou  aquele é o melhor  ( como o professor mesmo já colocou os links ).  Mas,  para  tal  opção  de  cada  um,  vai  de  acordo  com  a  necessidade do dia a dia, minha escolha de sistema é devido ao  meu  trabalho,  ao  que  uso  no  trabalho  (  empresa  )  e  ao  que  domina em minha região ( digo isto porque atendo meus clientes  em  horarios  extras  que  só  utilizam  Windows  e  não  há  ninguem  na região que trabalha com o Linux, que utilize o Linux.   Além  de  contar  o  fato  de  que  não  conheço  bem  o  Linux,  então  dái o fato de extrema importância de conhecer, saber, utilizar o  Linux, pois , amanhã ou depois como fica ? REsponderei assim :  Ah,  não  vou  mexer  porque  não  sei  !  Num  dá  né  !  Tem  de  se  preparar e estar preparado para atender estas pessoas.  Referente  a  Pontos  Fortes  e  FRAcos  vai  de  acordo  com  suas  necessidades, por isto mencionei acima.  Windows ( Ponto Forte ) : Facilidade de uso ( dizem Ah ! è mais  de usar, ou compram o PC com Linux e já pedem pra trocar pra  Windows )  Windows ( ponto Fraco ) : SEGURANÇA    www.escoladehackers.com.br  [61]  
  • 63. Escola de Hackers – Nível 1    LINUX ( PONTO FORTE ) : Mais Confiável  LINUX ( PONTO FRACO ) : MISTIFICAÇAO ( POR ACHAREM QUE È  MAIS DIFICIL USA LO )  guanaes <golasguanaes@>  WINDOWS  Ponto forte (apenas um) ‐ Ter a quem culpar em caso de falha.  Ponto fraco (apenas um) ‐  depender de correções de uma única  fonte.  LINUX  Ponto forte (apenas um) ‐ estabilidade  Ponto fraco (apenas um) ‐ drivers de dispositivos  Christopher Andreas <christopherandreas@>  WINDOWS  Ponto  forte  (apenas  um)  ‐  Facilidade  de  integração  com  os  hardwares e software disponíveis no mercado.  Ponto fraco (apenas um) ‐ Vulnerabilidade   LINUX  Ponto forte (apenas um) ‐ Ser um software livre.  Ponto fraco (apenas um) ‐ A integração com outros O.S.        [62]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 65. Escola de Hackers – Nível 1    descobertos vulnerabilidades.  LINUX:*  1. Pontos Fortes:  Código fonte aberto.    2. Pontos Fracos:  Demanda  de  profissionais  mais  qualificados  devido  sua  relativa  dificuldade de configuração.  danubio santos <nubiod2@>  WINDOWS  Ponto forte (Roda vários Programas) ‐  Ponto fraco (Muitos Bug) ‐  LINUX  Ponto forte (Codigo fonte aberto) ‐  bad_religion <cyber_gb@>  WINDOWS  Ponto forte  ‐ Facilidade em encontrar programas para o mesmo.  Ponto fraco ‐ Inúmeras Falhas.  LINUX  Ponto  forte    ‐  Sistema  operacional  robusto,  você  pode  deixa‐lo  como quiser.    [64]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 67. Escola de Hackers – Nível 1    Capítulo 4: Quantas distros existem? Principais distribuições Qual é a melhor? Quantas distros existem?  Já vimos aqui mesmo no seminário que a principal característica  do  Linux  é  ser  um  sistema  de  código  aberto.  Esta  característica  permitiu  que  qualquer  um,  desde  que  tendo  o  conhecimento  necessário,  possa  criar  uma  versão  personalizada  deste  sistema  operacional.  Não  é  difícil  entender  isto  quando  lembra‐mos  que  o  Linux  é  formado pelo kernel e seus complementos. A recriação do Linux  não envolve a recriação do kernel. O kernel permanece, podendo  variar a versão de uma distribuição para outra.  O que os recriadores do Linux fazem é juntar ao kernel módulos e  programas,  personalizando  e  destinando  o  Linux  para  funções  específicas.  Distro ou distribuição quer dizer isto: alguém, grupo ou empresa,  montou um sistema operacional agregando módulos e scripts ao    [66]  A maior do mundo em língua portuguesa.  
  • 68. Iniciação Linux    kernel  original.  Deu  um  nome  a  este  conjunto,  criou  os  procedimentos  automáticos  de  instalação  e  lançou  no  mercado  com o nome Linux isso ou aquilo.  O  problema  das  distros  personalizadas  é  que  se  o(s)  criador(a)  não  tiver  mais  tempo  ou  interesse  no  projeto,  aquela  versão  deixa de ser atualizada e em pouco tempo começa a apresentar  problemas  de  segurança  e  compatibilidade.  Mesmo  o  Linux  apresenta  falhas  de  segurança  vinculadas  ao  kernel.  Um  novo  kernel, ao ser lançado, corrige as vulnerabilidades e agrega novas  funções  ao  Linux.  Uma  distribuição  desativada  não  acompanha  esta evolução.  O Kurumin por exemplo, apesar de popularizar o uso em Live CD  e  facilitar  bastante  o  uso  do  Linux,  é  um  projeto  amador  e  está  perdendo  espaço  para  distribuições  mais  robustas,  como  a  Ubuntu.  Se  uma  empresa  com  muitas  estações  foi  louca  o  suficiente para adotar o Kurumin, em breve será forçada a optar  por outra distribuição e isto corresponde a instalar desde o zero  e  lidar  com  inúmeros  problemas  de  compatibilidade  entre  softwares e software e hardware.  O  fenômeno  das  distribuições  personalizadas  faz  com  que  encontremos  o  Linux  com  a  parte  gráfica  muito  próxima  a  do  Windows  XP  (Famelix),  versões  otimizadas  para  trabalhar  como  roteador,  firewall  (Sentry  Firewall)  ou  servidor,  otimizada  para  produção  musical  (Ubuntu  Studio),  jogos  (Kurumin  Games)  e  pronta para uso em testes de segurança (BackTrack).     www.escoladehackers.com.br  [67]  
  • 69. Escola de Hackers – Nível 1    Quando o kernel foi lançado em 1991, pouca gente era capaz de  montar  uma  distribuição  Linux.  Com  o  tempo  isto  foi  ficando  mais  fácil  e  já  existem  distribuições  que  permitem  a  criação  de  outra distribuição, bastando escolher entre quais pacotes deseja,  ambiente gráfico, fundo de tela e outras personalizações.  Este  excesso  de  personalização  também  trouxe  um  problema:  não existe um Linux, existem centenas, derivados de uma dezena  de  distribuições  que  possuem  características  às  vezes  incompatíveis  entre  si.  Ou  seja,  o  programa  feito  para  um  não  roda no outro.  O  futuro:  sistemas  operacionais  embarcados  na  TV  digital  interativa  O mercado anseia por um sistema de código fonte livre, estável,  não  sujeito  a  pragas  virtuais.  O  Linux  ainda  não  se  mostrou  adequado  para  o  usuário  final  e  o  Windows  acaba  saindo  de  graça  para  a  maioria,  apesar  de  ser  um  software  comercial  e  muito sujeito a vírus.  Acredito que no médio prazo podemos presencial o lançamento  de  um  sistema  operacional  embarcado,  com  funções  mínimas  e  fazendo  uso  exclusivo  de  aplicações  online.  Nesta  projeção  não  haverá  necessidade  do  PC,  ficando  este  equipamento  apenas  para  hard  users  e  quem  necessita  de  alta  poder  de  processamento,  como  músicos,  videomakers,  programadores  e  gamers.      [68]  A maior do mundo em língua portuguesa.