O documento resume o Livro do Êxodo da Bíblia, que narra a saída do povo hebreu do Egito sob a liderança de Moisés. O livro descreve as 10 pragas sobre o Egito, a passagem do Mar Vermelho, a travessia do deserto e a recepção dos Dez Mandamentos no Monte Sinai. É um relato fundador do povo de Israel e apresenta temas teológicos como a presença de Deus e a aliança com ele.
2. O Livro do Êxodo
– É o segundo livro da Bíblia
– Recebeu este título na sua versão grega dos LXX.
– Êxodo significa “sair de”, “caminhar para fora de”.
– É o prolongamento da narração do Génesis, que
termina com a permanência dos filhos Jacob no
Egito.
– Fala-nos de Deus a intervir na história do seu povo.
– Essa intervenção é libertadora.
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3. O livro compõe-se de 3 grandes partes:
• a saída do Egipto (1-15),
• a travessia do deserto (16-18)
• a aliança do Sinai (19-40) – o motivo em vista da
qual se deu o êxodo – a comunhão com Deus.
O êxodo não é um fim em si próprio, mas é o motivo
teológico para que aconteça a verdadeira comunhão
com Deus.
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4. –
O Livro do Êxodo é central no Pentateuco (o
conjunto dos 5 primeiros livros do AT).
– É nele que se encontram os temas mais importantes
da teologia do A T.
– Este êxodo é o primeiro e o modelo para dois outros
êxodos que a Bíblia nos descreve:
• O regresso do povo do exílio para a sua pátria.
(descrito em termos que evocam o primeiro êxodo)
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5. • O êxodo realizado por Jesus em Jerusalém com a
sua morte e ressurreição
• João descreve o caminho da Galileia a
Jerusalém como um êxodo – passagem do
pecado para a vida nova, da morte para a vida;
• Lucas 9,31, chama êxodo ao momento da
transfiguração – Moisés é o Homem do Êxodo.
No Livro do Êxodo a tenda era o símbolo da Aliança
no meio do povo. Agora o símbolo da presença de
Deus no meio de nós é o próprio Jesus Cristo.
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6. Os egípcios não mencionam o êxodo, mas ele deve
ter sido um acontecimento histórico, mas de menor
dimensão do que apresenta a narração.
O tom geral da narração é épico, tudo decorre no
clima do maravilhoso e do prodigioso.
É uma epopeia religiosa, sobretudo até ao cap. 18.
Depois é uma longa teofania descrita com todas as
suas características próprias, sobretudo as pragas e a
da passagem do Mar Vermelho.
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7. É um relato que tenciona exaltar as suas personagens
como heróis. Para isso multiplica os obstáculos para
que os heróis da sua epopeia se notabilizem.
Também há uma grande teatralidade e não há
problema em a realizar.
Os prodígios de Moisés e Aarão pertencem ao folclore
egípcio e foram-lhes atribuídos com a intenção
teológica de que Deus passe a ser visto como próximo
das pessoas.
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8. O cap. 2, que relata as
grandes construções dos
faraós
no
Egito
com
verdadeiros exércitos de
escravos.
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9. As 10 Pragas do Egipto
Nas pragas encontramos várias contradições entre
elas e dentro da mesma praga.
As pragas aconteceram e acontecem ainda hoje.
Podem ter acontecido no Egipto, em Israel ou ambos
os países.
Só não aconteciam tão juntas em tão pouco tempo.
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10. Os escritores bíblicos conservavam a memória do que
os seus antepassados tinham presenciado no Egipto.
Para darem um carácter grandioso ao acto,
associaram os fenómenos naturais a essa saída,
atribuindo-os à força de Deus para O apresentar como
o verdadeiro libertador do povo oprimido.
Estes acontecimentos estão aqui reunidos, de forma
religiosa.
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11. É um texto de épica religiosa. É a fé a ver Deus em
acção a favor do seu povo.
As Pragas são fenómenos naturais aqui reunidos para
que a fé exprima a visão de Deus como libertador.
A descrição está feita a partir da fé do autor e dos seus
semelhantes para iluminar a fé e não se preocupando
com o aspecto histórico do facto.
A tradição juntou aqui 10 fenómenos para dizer que
Deus dobrou o opressor para libertar os oprimidos.
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12. A Saída do Egipto
Nenhum documento egípcio refere a saída do Egipto.
Não era importante nem glorioso para o faraó e não
deve ter sido nenhum acontecimento de grande vulto
para o Egipto.
Não temos ao nosso dispor qualquer texto bíblico
escrito nesta época, porque não foi feito. Mas temos
acesso à memória que Israel guardou do êxodo.
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13. É preciso ter em atenção o género literário. Não são
relatos do acontecimento, mas narrações épicas,
cantos de vitória.
Eles testemunham o modo como Israel representa a
intervenção maravilhosa de Javé para libertar o seu
povo – é uma epopeia.
De novo o fogo, o fumo e a nuvem foram utilizados
para representar Deus.
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14. Quantos Hebreus saíram do Egipto?
Ex 12,37 e Nm 11,21 fazem menção de 600.000 homens.
Este número refere-se apenas aos homens entre os 16 e
os 50 anos. Deixa de fora todos os outros, as mulheres e
as crianças.
Contando com toda essa gente chegar-se-ia a 2 ou 3
milhões.
Uma tal multidão levaria muito tempo a atravessar o
Mar Vermelho.
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15. Teria formado uma coluna compacta com cerca de 150
km. Como poderia ter subsistido no Sinai? Onde estava
a água e a comida?
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16. É importante estabelecer a diferença entre a narração
épica do Êxodo (escrita muitos séculos depois) e a
realidade histórica muito mais humilde.
Podemos falar de um reduzido grupo de Hebreus
saindo com Moisés do Egipto (talvez 150 pessoas).
No máximo 2 a 3 mil fugitivos em várias levas.
Talvez algum destacamento fronteiriço fosse no seu
encalço porque os escravos faziam falta ao faraó como
mão-de-obra.
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17. Tudo isto pretende concretizar o que estava escrito no
Génesis como promessa a Abraão (mais do que as
estrelas e do que as areias).
O cap. XIV do Êxodo é uma visão espiritual e religiosa
de um acontecimento humano – a passagem da
situação de escravidão para uma situação de liberdade.
Terão passado muitas dificuldades – o caminho, o
deserto, a falta de comida, a perseguição, etc.
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18. Esse
acontecimento,
cujos
pormenores
não
conhecemos, ao longo dos séculos e até à data do
narrador,
foi
sendo
objecto
de
meditação
e
considerado o acontecimento fundador do povo.
Em todo o AT isso acontece e foi utilizado para ensinar
o povo a ler os acontecimentos à luz da fé.
Não sabemos o que se passou historicamente, mas o
narrador contou o desconhecido para salientar, à luz da
fé, o papel de Deus.
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19. Trata-se de uma interpretação religiosa de um
acontecimento fundador. A fé vê Deus em acção.
Nesta narração Deus salva, mas mata os outros. A fé
ainda não era capaz de perceber uma imagem mais
perfeita de Deus.
É uma fase histórica da procura de Deus. Na época
Israel captava assim.
Só mais tarde, com a pessoa de Jesus, se percebe que
Deus só quer salvar gratuitamente.
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20. Estes textos do livro de Josué e do Deuteronómio
pertencem a uma época de fé imperfeita onde os
narradores ainda não conseguem expressar uma
imagem mais perfeita de Deus.
Israel sentia-se amado pelo seu Deus – Deus nacional
que protegia o próprio povo, mas até castigava os
outros povos.
Os outros povos também viam os seus deuses do
mesmo modo.
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21. A Lei e as leis
A lei de Moisés não caiu do céu. Alguns parágrafos do
Código de Hamurabi (1750 a.C. – 5 séc. antes de
Moisés) permitem apreciar as semelhanças e as
diferenças com a legislação do Sinai.
Israel vem do Egipto.
Este velho país possui um direito e uma legislação
social. Conhecemo-lo através do Livro dos Mortos.
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22. Alguns extractos do Livros dos Mortos:
Eu não blasfemei contra nenhum deus...
Eu não difamei um escravo junto do seu superior...
Eu não matei...
Eu não dei ordem para matar...
Eu não falseei o peso da balança...
Eu não roubei...
Eu não disse mentiras...
Eu não cometi o adultério...
Eu não fiz nenhum mal...
Eu não blasfemei contra o meu deus local...
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23. Estas
declarações
são
semelhantes
aos
dez
mandamentos. Mas destinam-se a ser feitas depois da
morte.
No Êxodo são regras de vida a aplicar e exprimem a
libertação do povo. Começam pela frase: «Eu sou Javé,
teu Deus, que te fez sair da terra do Egipto».
Os textos egípcios supõem a existência de diferentes
divindades. No Êxodo, a lei é a expressão de Javé, o
único Deus de Israel.
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24. As Tábuas da Lei
No terceiro mês após a partida do Egipto, os israelitas
chegaram ao Monte Sinai.
Moisés reuniu o povo e subiu à montanha, onde Deus lhe
entregou os Dez Mandamentos escritos em tábuas de
pedra.
Moisés subiu uma segunda vez ao Monte e Deus
ordenou-lhe que construísse a Arca da Aliança com
madeira de acácia e ouro.
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25. Esta Arca guardaria as
Tábuas da Lei e seria
mantida num Tabernáculo
– um santuário sagrado
que os israelitas transportariam consigo.
Moisés
esteve
ausente
durante 40 dias e 40 noites e durante este período o
povo persuadiu Aarão a fazer um ídolo que eles
pudessem adorar.
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26. Aarão cumpriu o que
lhe foi pedido, derreteu
todas
as
jóias
e
fabricou um bezerro.
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27. Quando Moisés desceu do
monte e viu o povo a
dançar diante do bezerro
de ouro, enfureceu-se e
atirou
com
as
tábuas
partindo-as.
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28. A Arca da Aliança
A arca da aliança é um relicário
em madeira transportado com
a ajuda de duas barras. É
olhada como sinal da presença
de Javé e como uma garantia de vida para as tribos.
Acompanhava o povo durante a sua peregrinação no
deserto e os seus combates em Canaã. Dava-lhe a
esperança da vitória.
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29. A arca esteve numa primeira
fase guardada na tenda
da reunião, depois
nos santuários locais:
Guilgal, Siquém,
Betel e Silo.
David transferiu-a
com grande pompa para
a sua nova capital, Jerusalém.
O Tabernáculo
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30. Sob Salomão, a arca encontra o seu lugar no local mais
sagrado do templo construído, o Santo dos Santos,
sob as asas
abertas
de dois
imensos
querubins.
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31. Quando o texto do Êxodo foi escrito, a arca já tinha
desaparecido aquando da destruição do templo por
Nabucodonosor em 587 a.C..
A descrição da arca também éuma reconstrução graças
às recordações e à liturgia dos sacerdotes-autores.
A arca lembra a presença de Javé, simultaneamente,
localizado e invisível.
Só no Novo Testamento a presença de Deus não está
ligada nem limitada a um objecto ou a um lugar.
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32. O Maná
O maná é um dos alimentos dos Hebreus no deserto.
Segundo a Bíblia, assemelha-se aos grãos de coriandro
que cobrem a terra como o orvalho. Sabem a mel.
Ainda hoje os beduínos amassam estes grãos e
utilizam-nos como açúcar. De onde vêm? São
produzidos por secreções de insectos sobre as
tamargas. As gotas cristalizam-se em poucos dias e
caem para o chão.
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33. Para os Hebreus que andavam no deserto, e para
aqueles que escreveram a sua história, o maná era um
alimento enviado por Deus.
Era um dos sinais de que Javé não tinha abandonado o
seu povo saído do Egipto.
Outros alimentos foram as codornizes, a água que
provinha da rocha e da nuvem.
A reflexão posterior aumentará muito a quantidade do
maná que será visto como o pão do céu. (Sl 105,40).
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34. A nuvem
As nuvens impressionaram sempre os povos antigos. A
sua altitude, inacessíveis aos homens.
As suas cores e formas sempre variadas, as suas
deslocações
imprevisíveis
encantavam-nos
ou
causavam-lhes medo.
Podiam trazer uma chuva benéfica, mas podiam
também conter tempestades devastadoras.
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35. O livro do Êxodo utiliza, muitas vezes, a imagem da
nuvem:
• É nela que se manifesta a glória de Deus (16,10; 19,9;
24,15-18).
• A nuvem aproxima-se do povo descendo sobre a tenda
da reunião (Ex 33,9-10).
• Conduz o povo rumo à liberdade (Ex 13,22; 14,19.24;
40,36-38).
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36. A imagem da nuvem é feliz. É simultaneamente luz e
opacidade.
Pode manifestar a presença de Deus e, ao mesmo
tempo, esconder o seu mistério.
Será, frequentemente, utilizada através dos diversos
livros bíblicos.
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38. O Nome – MOISÉS
A palavra Moisés, em
hebraico Moché, tem a sua
raiz numa palavra egípcia
que significa dar à luz.
O texto bíblico prefere dar
uma explicação popular do
nome de Moisés através
do verbo hebraico mashá
que significa retirar.
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39. Moisés é aquele que foi retirado (salvo) das águas.
Mas há paralelismos extrabíblicos à Lenda do
salvamento de Moisés.
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40. O salvamento de Moisés é uma indicação à sua acção
futura – ele é o primeiro a ser salvo das águas e é
chamado a salvar das águas o seu povo perseguido
pelos carros egípcios.
A ordem dada às parteiras é contraditória – o faraó
queria mão-de-obra masculina e musculada. Toda a
descrição prepara a origem de Moisés.
Começa aqui a epopeia – Moisés, apresentado como
o libertador, também é apresentado como o
necessitado de ser libertado.
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41. Moisés – a sua história
Entendendo o texto de acordo com a História,
encontramos
contradições
e
dificuldades
sem
resolução dessa forma.
As aparentes dificuldades têm solução entendendo o
género literário do texto – é uma epopeia semelhante
a outros textos dos povos vizinhos da época.
São lendas do nascimento ou infância de herói, tal
como a lenda do nascimento de Sargon de Acad, séc.
24 e 23 a.C..
41
42. Nestas histórias só se conhece a origem das
personagens quando eles se tornam importantes. Só
quando isso acontece é que os seus biógrafos vão à
procura das suas origens.
Com Moisés, séc. XIII a.C, isso deve ter sido difícil e,
por isso, inventaram a partir de alguma coisa que era
conhecida.
A mensagem que os autores queriam passar era que o
libertador dos israelitas também precisou ser salvo
para dizer que o único salvador é Deus.
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43. Como Moisés foi sempre
considerado uma pessoa
muito importante, foram
muitas
e
variadas
as
tradições que escreveram
sobre Moisés. Temos, por
isso, uma figura de Moisés
muito composta.
A cabeça de Moisés
San Pietro in Vincolli, Roma
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44. Vocação de Moisés
Todo o texto de Ex 2,23 até 4,18 (vocação de Moisés) é
uma teofania.
Já não se trata de uma lenda, mas de uma introdução
teológica com intenção de situar o leitor.
No v. 25 – O verbo “conhecer” tem o sentido vital de
“tomar conhecimento da ocorrência”, “dispor-se a
actuar”.
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45. É uma teologia feita com base no direito hebraico,
segundo o qual quando determinada pessoa era
ofendida na sua dignidade ou desonrada, um parente
próximo da vítima tinha o dever inalienável de ir em
socorro da vítima e de vingar a justiça pisada.
Este parente próximo era o vingador defensor ou
libertador. O narrador usa essa metáfora aplicando-a a
Deus – o povo de Israel é a vítima e Deus é o seu
libertador e vingador.
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46. Deus é muitas vezes designado com estes nomes no
Antigo Testamento.
Este Deus é o "Deus do Pai", mas agora vai ser
apresentado a revelar um seu nome a Moisés.
O que se segue é uma teofania com os ingredientes
literários característicos das teofanias.
A teofania auto-revelação de Deus – usa dados
históricos e geográficos, mas acrescenta outros que
fundamentados nas tradições.
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47. Era habitual colocar Deus a falar aos homens em locais
elevados. Também Israel faz esse tipo de teofanias:
V. 2 – O Anjo de Javé – apareceu sob a forma de uma chama de
fogo;
V. 4 – Quando Javé viu Moisés.
Não se está a falar de duas realidades diferentes. É o
mesmo Deus. O Anjo de Javé é o próprio Deus, mas em
estado de comunicação/revelação aos homens.
O Anjo de Javé ou de Deus é uma forma literária para
representar o próprio Deus em contacto com os
humanos.
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48. Também “Palavra de Deus”, “Nome de Deus”, “O
Espírito de Deus” é o transcendente a tornar-se
imanente, são formas de falar de Deus em
comunicação com os homens.
Também o fogo é uma forma de falar de Deus.
Da mesma forma não se sabe exactamente qual é o
local referido onde Deus se revelou. Está “localizado”
no Sinai, mas essa é mais uma questão historicista.
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49. Ver a Deus é ver pela fé – o narrador põe Deus a intervir
na história do seu povo pela mediação de Moisés. Tratase de uma perspectiva intervencionista de Deus.
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50. As montanhas da Península do Sinai, das quais fará
parte o Monte no qual, segundo a tradição, Deus
falou a Moisés
50
51. O Nome de Deus
A teofania põe Deus a revelar o nome de Javé a Moisés
– é a única explicação na Bíblia do nome de Javé – este
é um nome novo com o qual Deus queria ser invocado
daí em diante.
Javé – é aqui explicado a partir de uma raiz hebraica
que significa ser, estar, existir.
O povo de Israel depois da passagem pela península do
Sinai passou a dar um nome próprio ao seu Deus –
JAVÉ.
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52. O teólogo israelita quis explicar teologicamente o nome
Javé e fê-lo através de uma assonância (som que se
parece com outro).
Essa assonância foi encontrada colocando Deus a dizer
a Moisés “Eu serei aquele que serei”.
Mas como o narrador não deve ter querido pôr Deus a
exprimir-se no futuro, deve entender-se a expressão
como “Eu sou aquele que sou”.
Esta expressão queria indicar o ser de Deus em termos
de ser e existir.
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53. Esta fórmula podia ser entendida como:
“Eu sou o existente para libertar o meu povo”, ou
“Eu sou o existente em relação ao meu povo”.
Isto é o que aparece de todo o contexto da epifania.
É um “Deus com...”
e agora aparece como um “Deus para...” (libertar o ser
humano, é o Deus da Aliança como será cantado no
tempo dos profetas).
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54. É o Deus que salva por fidelidade à sua Aliança, ao seu
compromisso. É nessa medida que Deus se diz justo.
Justiça aqui quer dizer fidelidade aos seus próprios
compromissos dentro da sua Aliança com os humanos.
O nome (tetragrama = 4 letras) hebraico,
lido da
direita para a esquerda, significa “hwhy”, em português
“yhwh”.
A partir do séc. IV a.C. os sábios masoretas apuseram
ao tetragrama as vogais de ’adonay (meu senhor)
porque deixaram de pronunciar “yhwh”.
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55. Assim, sempre que aparecia a palavra “yhwh” não a
liam, mas liam ’adonay surgindo a forma híbrida
“yachowah”
(Jeová).
Não se sabe qual a etimologia original da palavra
“yhwh”. Sabe-se que os israelitas a conheceram na
passagem pelo Sinai e deram-na ao seu Deus.
Devem tê-la ouvido a alguma tribo desta zona. Alguns
atribuem à tribo Madianita com a qual Moisés entrou
em contacto. Outros atribuem aos Qanitas.
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56. Pode ter havido uma transferência do nome de um
deus local para o seu Deus.
Passou a ser o nome do Deus verdadeiramente
existente em oposição aos outros não existentes.
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