Aula da disciplina Ferramentas para Coleta de Dados, 2013. Pós-graduação em Ergodesign de Interfaces, Usabilidade e Arquitetura de Informação. Prof. Luiz Agner
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
Palestra - Ferramentas de Coleta de Dados - Questionários
1. Ferramentas de
coleta de dados
PUC-RIO / CCEPUC-RIO / CCE
Pós-graduação em Ergodesign de InterfacesPós-graduação em Ergodesign de Interfaces
20132013
LUIZ AGNERLUIZ AGNER
2. Plano de aulaPlano de aula
Atividade em gruposAtividade em grupos
O que é uma pesquisaO que é uma pesquisa
Elementos do método científicoElementos do método científico
Epistemologia do trabalho científicoEpistemologia do trabalho científico
Pesquisa em ergonomia e em usabilidadePesquisa em ergonomia e em usabilidade
Passos de uma pesquisaPassos de uma pesquisa
Objetivos, problema e hipóteseObjetivos, problema e hipótese
AmostragemAmostragem
Ferramentas de coleta de dadosFerramentas de coleta de dados
QuestionáriosQuestionários
QUIS – Usabilidade e satisfaçãoQUIS – Usabilidade e satisfação
Atividade em grupos: questionárioAtividade em grupos: questionário
3. Atividade em gruposAtividade em grupos
DEFINIR em uma frase os conceitos de:DEFINIR em uma frase os conceitos de:
CiênciaCiência
PesquisaPesquisa
Dados e informaçãoDados e informação
ConhecimentoConhecimento
Senso comumSenso comum
TécnicaTécnica
HipóteseHipótese
TeoriaTeoria
Método de pesquisaMétodo de pesquisa
Técnica de pesquisaTécnica de pesquisa
Ferramenta de coleta de dadosFerramenta de coleta de dados
4. Princípios do DesignPrincípios do Design
Centrado no UsuárioCentrado no Usuário
Foco nos usuários e tarefasFoco nos usuários e tarefas
Coletar de modo sistemático dadosColetar de modo sistemático dados
estruturados e requisitos de uso.estruturados e requisitos de uso.
Observações empíricas do usoObservações empíricas do uso
Testes com protótipos de baixa, média eTestes com protótipos de baixa, média e
alta fidelidade.alta fidelidade.
Projeto iterativoProjeto iterativo
O produto é desenhado, testado eO produto é desenhado, testado e
modificado, repetidamente.modificado, repetidamente.
6. Ciclo de vida + U.C.D.Ciclo de vida + U.C.D.
ConceitoConceito
Objetivos; perfis de usuários; personasObjetivos; perfis de usuários; personas
Entrevistas, estudo de campo, análise da tarefaEntrevistas, estudo de campo, análise da tarefa
DesignDesign
Walkthroughs; aval. heurísticasWalkthroughs; aval. heurísticas
Entrevistas, focus groups, card sortingEntrevistas, focus groups, card sorting
DesenvolvimentoDesenvolvimento
Avaliações heurísticas; testes de usabilidadeAvaliações heurísticas; testes de usabilidade
LançamentoLançamento
Testes de usabilidade, questionários,Testes de usabilidade, questionários,
entrevistas, observações de campo.entrevistas, observações de campo.
7. Exemplo de requisitosExemplo de requisitos
Todas as páginas devem carregar em atéTodas as páginas devem carregar em até
5 segundos5 segundos
Usuários devem se registrar no site antesUsuários devem se registrar no site antes
de comprarde comprar
O site deve estar disponível em Inglês,O site deve estar disponível em Inglês,
Português e EspanholPortuguês e Espanhol
Os usuários não precisarão de treinamentoOs usuários não precisarão de treinamento
O site deve possuir apelo para diversosO site deve possuir apelo para diversos
perfis demográficosperfis demográficos
8. Para que pesquisar?Para que pesquisar?
Adquirir conhecimento;Adquirir conhecimento;
construir uma porção do saber.construir uma porção do saber.
Confronto entre dados, asConfronto entre dados, as
evidências, as informaçõesevidências, as informações
coletadas sobre determinadocoletadas sobre determinado
assunto e o conhecimentoassunto e o conhecimento
acumulado a respeito dele.acumulado a respeito dele.
9. Objetivos da pesquisaObjetivos da pesquisa
1.1. Resolver problemas práticosResolver problemas práticos
2.2. Gerar teoriasGerar teorias
3.3. Avaliar teorias existentesAvaliar teorias existentes
A maneira de testar a validade de umaA maneira de testar a validade de uma
afirmação é submetê-la a exameafirmação é submetê-la a exame
empírico.empírico.
10. Pensar como cientistaPensar como cientista
1.1. Pensar a realidade criticamentePensar a realidade criticamente
2.2. Usar a evidência empíricaUsar a evidência empírica
3.3. Ter raciocínio lógicoTer raciocínio lógico
4.4. Ter atitude céticaTer atitude cética
(questionamento constante de(questionamento constante de
crenças e conclusões).crenças e conclusões).
11. Problemas da ciênciaProblemas da ciência
1.1. Conhecimento indutivo é incompleto.Conhecimento indutivo é incompleto.
2.2. Muita ênfase na lógica e matemática.Muita ênfase na lógica e matemática.
3.3. Pressupõe que todos os fenômenosPressupõe que todos os fenômenos
têm causas.têm causas.
4.4. Confiança na percepção doConfiança na percepção do
pesquisador.pesquisador.
5.5. Todo fenômeno deve ser perceptível,Todo fenômeno deve ser perceptível,
classificável e mensurável.classificável e mensurável.
6.6. É poderosa ferramenta de convicção.É poderosa ferramenta de convicção.
Mas há outras: aceitação da autoridade,Mas há outras: aceitação da autoridade,
12. Epistemologia científicaEpistemologia científica
O pressuposto ontológico coloca a
questão sobre “qual é a natureza da
realidade?”
O pressuposto epistemológico pergunta
“como sabemos o que sabemos?”.
“Qual a relação entre o pesquisador e o
objeto pesquisado?
13. Epistemologia científicaEpistemologia científica
Pressupostos ontológicos e de
natureza humana que representam o
ponto de vista do pesquisador
sobre o mundo.
A perspectiva epistemológica do
pesquisador vai orientar a escolha do
método, metodologia e técnicas
de uma pesquisa.
15. Positivismo lógicoPositivismo lógico
Surgiu na primeira metade do séc. XIX
Teoria evolucionista de Darwin; teoria
da formação do sistema solar (E. Kant
& Laplace)
Fé absoluta no poder da investigação
experimental
Atração pelos métodos empíricos
Técnicas das ciências naturais devem
ser aplicadas às ciências sociais.
17. Positivismo lógicoPositivismo lógico
Uma proposição é significativa quando
verificável e provável a partir da
experiência.
Uma proposição é significativa se for
tautológica *
(como a matemática e as leis da lógica).
São descartadas a filosofia, a ética, a
teologia e a estética, pois não
cumprem estas condições.
* Um sistema é tautológico quando não apresenta saídas à sua própria
lógica interna.
19. EstruturalismoEstruturalismo
Conceito básico:
Estrutura social – correspondia àquilo que
não pode ser observado, mas apreendido
pela interpretação científica.
A sociedade funciona como um modelo, de
acordo com as regras intrinsecamente
coerentes e válidas, cujo entendimento
escapava ao senso comum.
20. EstruturalismoEstruturalismo
Estrutura social – esse conceito já foi
utilizado pelos funcionalistas, mas que
correspondia , para eles , à organização
de dados empíricos, estabelecendo-se,
assim, uma correspondência entre os
fenômenos observáveis e a estrutura da qual
faziam parte.
Ideia é de elementos não visíveis na
construção de um edifício.
O objetivo da Ciência seria identificar as estruturas
invisíveis.
21. EstruturalismoEstruturalismo
• Nega a realidade como algo singular
• Rejeita o império da experiência sensível
• Considera insignificante o estudo dos fatos
isolados
• Considera a relação cultura-indivíduo
• Usa o conceito de inconsciente
• Alternativa para o Positivismo
• Problemas: Excesso de pessimismo;
Não considera a História
25. Materialismo dialéticoMaterialismo dialético
PRINCÍPIOS:
1 – Conexão universal
Todos os fenômenos da natureza são
interconectados e determinados
mutuamente.
2 – Movimento permanente e
desenvolvimento
Tudo está em movimento. A sua fonte são as
contradições internas dos objetos e
26. Materialismo dialéticoMaterialismo dialético
LEIS:
1 – Unidade e luta dos contrários
Ex.: o átomo; o ímã; o capitalismo
2 – Transformação da quantidade em
qualidade. Ex: água fervendo
3 – A negação da negação
O desenvolvimento está ligado à morte do
velho e ao nascimento do novo.
27. Resumo: 2 grandesResumo: 2 grandes
abordagens da ciênciaabordagens da ciência
1. Quantitativa
2. Qualitativa
28. QuantitativaQuantitativa
1. Formulação de hipóteses,
2. definições operacionais de variáveis,
3. quantificação nas modalidades de coleta de
dados e de informações,
4. utilização de tratamentos estatísticos.
Os critérios de cientificidade são a verificação, a
demonstração, os testes e a lógica matemática.
29. QualitativaQualitativa
1. Não emprega instrumentos estatísticos como
base para a análise.
2. busca descrever a complexidade de
determinado problema – não envolvendo
manipulação de variáveis ou estudos
experimentais.
3. busca levar em consideração todos os
componentes de uma situação e suas
interações e influências recíprocas, numa
visão holística.
30. QualitativaQualitativa
Objeto de estudo: as situações complexas
ou bastante particulares
descreve melhor a complexidade dos
problemas.
OBS.: há possibilidade de aporte do
potencial do método quantitativo ao método
qualitativo.
31. Pesquisa em ergonomiaPesquisa em ergonomia
• Ergonomia é uma disciplina científica que
trata da interação entre os homens e a
tecnologia.
• Segundo MORAES & MONT´ALVÃO (1998),
o objeto da Ergonomia – seja qual for a sua
linha de atuação ou as estratégias e
métodos que utiliza – é o homem no seu
trabalho trabalhando.
32. Pesquisa em ergonomiaPesquisa em ergonomia
• O homem como ser integral
• Valorização do trabalho como agir humano
• Contra a alienação do trabalhador
• Gerar conhecimento atuante e reformador
• Transformação do homem e da sociedade
• Livre expressão da atividade criadora
• Superação dos limites da natureza pela
espécie humana
(MORAES e MONTALVÃO)
33. Pesquisa em usabilidadePesquisa em usabilidade
A ideologia da usabilidade representa a
crença em direitos do ser humano:
• o direito a ser superior à tecnologia;
• o direito ao empoderamento (os usuários devem
compreender o que está acontecendo e devem
poder controlar o computador e seus resultados);
• o direito à simplicidade (os usuários devem
encontrar seu caminho nos sistemas, sem esforços
cognitivos demasiados); e
• o direito a ter seu tempo pessoal respeitado.
34. Pesquisa em usabilidadePesquisa em usabilidade
Segundo NIELSEN (2004), existem dois tipos
principais de pesquisas com usuários:
• a pesquisa quantitativa (estatísticas) e
• a pesquisa qualitativa (insights).
A pesquisa qualitativa apresenta melhores
resultados. Além disso, estudos quantitativos
são reducionistas demais para serem úteis e
podem gerar interpretações enganosas.
35. Pesquisa em usabilidadePesquisa em usabilidade
• O benefício dos estudos quantitativos seria
que eles reduzem uma situação complexa a
um número – fácil de ser compreendido e
discutido.
• Mas é um erro acreditar que a pesquisa
estatística seria de algum modo mais
científica ou crível do que os insights de
ensaios observacionais qualitativos.
36. Pesquisa em usabilidadePesquisa em usabilidade
• A pesquisa em usabilidade de interfaces não
é a mesma coisa que a ciência médica; os
estudos etnográficos seriam a sua analogia
mais próxima no campo das ciências
tradicionais.
• Os estudos sobre interfaces e usabilidade
são conceituais e dependem da
compreensão sobre o comportamento
humano.
37. Pesquisa em usabilidadePesquisa em usabilidade
• Questões que são tão específicas, a ponto
de uma fórmula estatística poder resumi-las,
são irrelevantes para o Design de interfaces.
• O emprego de estatísticas pode levar a
análises simplistas, resultados aleatórios ou
mensurações distorcidas.
38. Passos de uma pesquisaPassos de uma pesquisa
1. observações preliminares;
2. problema;
3. fundamentação teórica;
4. amostragem;
5. instrumentos;
6. coleta de dados;
7. organização dos dados;
8. análise, inferências e conclusões.
39. Problema de pesquisaProblema de pesquisa
O problema é uma questão não resolvida,
algo para o qual vai-se buscar uma resposta,
através de pesquisa.
Pode estar referido a alguma lacuna
epistemológica ou metodológica percebida, a
alguma dúvida quanto à sustentação de uma
afirmação geralmente aceita, à necessidade
de pôr à prova uma suposição, a interesses
práticos ou à vontade de compreender e
explicar uma situação do cotidiano
40. Problema: exemploProblema: exemplo
“O portal IBGE é um site emblemático para
os serviços de governo eletrônico (e-Gov).
Publica informações estatísticas que
embasam políticas e ações sociais do
Estado e da sociedade civil. Porém, segundo
o próprio IBGE, os usuários do portal têm
dificuldades em encontrar as informações
disponibilizadas. Isto se configura num
problema de usabilidade de interfaces e de
Arquitetura de Informação.”
41. Hipótese de pesquisaHipótese de pesquisa
é uma suposição que se faz na tentativa de
explicar o que se desconhece.
a hipótese pode ser a suposição de uma
causa ou de uma lei destinada a explicar
provisoriamente um fenômeno, até que
apareçam fatos que a contradigam ou a
reafirmem.
42. Hipótese: exemploHipótese: exemplo
“Devido a sua alta complexidade
informacional, a Arquitetura de Informação
do portal IBGE não espelha as expectativas
dos usuários. Isto dificulta o acesso de
pesquisadores e de cidadãos comuns, que
não conhecem previamente a estrutura de
produção e divulgação das pesquisas do
IBGE, gerando problemas de
encontrabilidade de informações. O fato está
em desacordo com princípios nacionais e
internacionais aceitos para os portais de
governo eletrônico (e-Gov).”
44. Objetivos: exemplosObjetivos: exemplos
Geral
– Contribuir para o aprimoramento do portal IBGE e do e-Gov,
levando em consideração questões práticas relacionadas à
usabilidade e à Arquitetura de Informação.
Específicos
- Relacionar as recomendações de usabilidade e de
Arquitetura de Informação estudadas com as recomendações
gerais para portais de e-Gov, visando a transparência do
Estado e a inclusão digital.
- Gerar uma contribuição para a linha de pesquisa de
Ergonomia e Usabilidade de Interfaces Humano-Computador
do programa de Pós-graduação em Design da PUC-Rio.
45. Objetivos: exemplosObjetivos: exemplos
• Operacionais
– Aprofundar referências teóricas em Interação Humano-
Computador (IHC) e Arquitetura de Informação.
– Levantar as necessidades, opiniões e sugestões de usuários em
relação à Arquitetura de Informação do portal IBGE, a partir de
testes.
– Explicitar dificuldades e constrangimentos dos usuários no
referido portal quanto a aspectos ergonômicos das interfaces.
– Aplicar técnicas de pesquisa para levantamento de dados
qualitativos.
– Observar representantes do público-alvo do portal e registrar
seu comportamento e opiniões durante a interação com a
interface avaliada.
46. AmostragemAmostragem
Principais tipos de pesquisas:
• PESQUISAS CENSITÁRIAS
Coletam informações sobre TODAS as
unidades da população.
• PESQUISAS POR AMOSTRA
Coletam informações sobre uma parte da
população.
Fonte: IBGE –Curso de Desenvolvimento de Habilidades de Pesquisa, 2013
47. Processo de Amostragem:
• consiste em selecionar parte de uma
população para estudo, de modo que
seja possível generalizar os resultados
para toda a população.
Fonte: IBGE –Curso de Desenvolvimento de Habilidades de Pesquisa, 2013
AmostragemAmostragem
48. Exemplos: pesquisas censitárias:
• Censo Demográfico (2010)
• Censo Agropecuário (2006)
• Munic (2011)
• Estadic (2012)
Fonte: IBGE –Curso de Desenvolvimento de Habilidades de Pesquisa, 2013
AmostragemAmostragem
49. Exemplos: pesquisas amostrais
• Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios
(PNAD) e seus Suplementos.
• Pesquisa Mensal de Emprego (PME).
• Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF).
• Pesquisa Anual de Comércio (PAC).
• Pesquisa Mensal de Comércio (PMC).
• Pesquisa Industrial Anual (PIA).
Fonte: IBGE –Curso de Desenvolvimento de Habilidades de Pesquisa, 2013
AmostragemAmostragem
50. Pesquisas amostraisPesquisas amostrais
VANTAGENS:
• Custo menor.
• Velocidade maior.
• Precisão controlada.
• Redução da carga de coleta sobre
unidades da população.
Fonte: IBGE –Curso de Desenvolvimento de Habilidades de Pesquisa, 2013
51. Censos x amostrasCensos x amostras
Por quê não fazer sempre pesquisa
por amostragem e esquecer o Censo?
• Há ocasiões onde a natureza da
informação faz com que o Censo seja
não apenas desejável, mas essencial:
– Eleições;
– Pequenas populações.
Fonte: IBGE –Curso de Desenvolvimento de Habilidades de Pesquisa, 2013
52. AmostrasAmostras
Características desejáveis:
• Capacidade de generalizar estimativas da
amostra para toda a população.
• “Imparcialidade”.
• Menor erro amostral possível, dado o custo,
tempo e restrições operacionais.
• Capacidade de medir a precisão das
estimativas.
Fonte: IBGE –Curso de Desenvolvimento de Habilidades de Pesquisa, 2013
53. Tipos de amostrasTipos de amostras
• Probabilísticas
• Não probabilísticas
Fonte: IBGE –Curso de Desenvolvimento de Habilidades de Pesquisa, 2013
54. Amostra probabilísticaAmostra probabilística
• Cada unidade da população tem
probabilidade positiva de ser incluída na
amostra, e esta probabilidade pode ser
calculada.
• Amostra extraída por algum método de
seleção aleatória (ao acaso, por sorteio).
• Probabilidades de seleção incorporadas na
obtenção de estimativas para população.
Fonte: IBGE –Curso de Desenvolvimento de Habilidades de Pesquisa, 2013
55. Amostra nãoAmostra não
probabilísticaprobabilística
Amostras que não satisfazem esses critérios:
• Podem não permitir generalizar inferências
para a população.
• Exemplos:
• amostras de conveniência
• amostras de voluntários
• amostras intencionais (de "corte”)
• amostras por cotas
Fonte: IBGE –Curso de Desenvolvimento de Habilidades de Pesquisa, 2013
56. Amostra intencionalAmostra intencional
Amostra não probabilística subordinada
a objetivos específicos do pesquisador.
Exemplo: estudantes entre 15 e 18 anos
usuários de smartphones na Zona Sul
da cidade do Rio de Janeiro.
Fonte: IBGE –Curso de Desenvolvimento de Habilidades de Pesquisa, 2013
57. Amostras probabilísticasAmostras probabilísticas
• Amostra Aleatória Simples (AAS)
• Amostra Sistemática (AS)
• Amostra Estratificada (AE)
Fonte: IBGE –Curso de Desenvolvimento de Habilidades de Pesquisa, 2013
58. Amostra aleatóriaAmostra aleatória
simples (AAS)simples (AAS)
• Processo de amostragem consistindo em
selecionar n unidades distintas de um
cadastro ou lista com N unidades tal que:
1.todas as amostras (de tamanho n) têm igual
chance de seleção;
2. as unidades são selecionadas sem
repetição (sem reposição); e
3. as unidades têm chance igual a n/N de
pertencerem à amostra.
Fonte: IBGE –Curso de Desenvolvimento de Habilidades de Pesquisa, 2013
59. Amostra aleatóriaAmostra aleatória
simples (AAS)simples (AAS)
Fonte: IBGE –Curso de Desenvolvimento de Habilidades de Pesquisa, 2013
• Tamanho do universo
(população ou cadastro):
N = 36.
• Tamanho da amostra:
n = 9 (amostra=azuis).
• Probabilidade de uma
unidade qualquer
pertencer à amostra: 9/36
= 1/4.
60. Amostra sistemática (AS)Amostra sistemática (AS)
Fonte: IBGE –Curso de Desenvolvimento de Habilidades de Pesquisa, 2013
• Consiste em selecionar uma unidade a cada
K
unidades de um cadastro, começando de uma
partida aleatória (sorteada).
• Unidades selecionadas sem reposição (sem
repetição);
• Unidades têm a mesma chance de serem
selecionadas (1/K).
• Esquema usado nos Censos Demográficos.
63. Amostra estratificadaAmostra estratificada
É o processo de amostragem que
requer:
• Dividir a população em grupos (mais)
homogêneos chamados estratos;
• Selecionar amostras independentes
em cada um dos estratos;
• Estimar parâmetros para cada estrato;
• Agregar estimativas para o conjunto
da população.Fonte: IBGE –Curso de Desenvolvimento de Habilidades de Pesquisa, 2013
64. Amostra estratificadaAmostra estratificada
• População é dividida em 2 ou mais
grupos de acordo com alguma
característica.
• Retira-se uma amostra aleatória
simples (ou outro tipo) em cada
estrato.
• As amostras são combinadas em uma
amostra total.
Fonte: IBGE –Curso de Desenvolvimento de Habilidades de Pesquisa, 2013
66. Amostra estratificadaAmostra estratificada
• Amostragem estratificada mais
eficiente que AAS de igual tamanho.
• AES requer cadastro com variável(is)
para estratificação.
• Estratificação é quase sempre usada
nas pesquisas amostrais para garantir
obtenção de amostras nos domínios de
interesse.
Fonte: IBGE –Curso de Desenvolvimento de Habilidades de Pesquisa, 2013
68. Ferramentas de coletaFerramentas de coleta
de dados em IHCde dados em IHC
QuestionáriosQuestionários
EntrevistasEntrevistas
Card sortingCard sorting
Análise da TarefaAnálise da Tarefa
Lista de desejos/necessidadesLista de desejos/necessidades
Grupos de FocoGrupos de Foco
Observações de campoObservações de campo
Testes de usabilidadeTestes de usabilidade
69. QuestionárioQuestionário
É uma sequência de perguntasÉ uma sequência de perguntas
As questões e como perguntá-lasAs questões e como perguntá-las
são os fatores mais críticos.são os fatores mais críticos.
Pode atingir grande número dePode atingir grande número de
pessoas:pessoas:
Análise quantitativa/estatísticaAnálise quantitativa/estatística
Em IHC, pode ser uma pesquisa emEm IHC, pode ser uma pesquisa em
si ou um complemento de outrasi ou um complemento de outra
(p. ex.: card sort ou teste).(p. ex.: card sort ou teste).
70. Questionários na IHCQuestionários na IHC
Quando usá-los?Quando usá-los?
Principais fatoresPrincipais fatores
Como criar e distribuirComo criar e distribuir
Análise e interpretaçãoAnálise e interpretação
71. Questionários:Questionários:
quando usarquando usar
PRODUTO NOVO:PRODUTO NOVO:
Identificar população de usuáriosIdentificar população de usuários
Descobrir necessidades e desejosDescobrir necessidades e desejos
Como desempenham as tarefasComo desempenham as tarefas
72. Questionários:Questionários:
quando usarquando usar
PRODUTO EXISTENTE:PRODUTO EXISTENTE:
Características da população deCaracterísticas da população de
usuáriosusuários
Forças e fraquezas do produtoForças e fraquezas do produto
existenteexistente
Como este produto é usado hojeComo este produto é usado hoje
73. Questionários:Questionários:
fatores de sucessofatores de sucesso
Tendenciamento nas respostasTendenciamento nas respostas
(bias)(bias)
Respostas socialmente desejáveisRespostas socialmente desejáveis
Prover anonimatoProver anonimato
Evitar perguntas sensíveisEvitar perguntas sensíveis
Taxa de respostaTaxa de resposta
Somente alguns responderãoSomente alguns responderão
Taxa de até 20%Taxa de até 20%
Há algumas dicas para melhorar aHá algumas dicas para melhorar a
taxa de resposta.taxa de resposta.
74. Questionários:Questionários:
fatores de sucessofatores de sucesso
Como melhorar a taxa de resposta:Como melhorar a taxa de resposta:
Incluir carta personalizadaIncluir carta personalizada
Reduzir perguntas abertasReduzir perguntas abertas
Ser curtoSer curto
Atraente e de fácil compreensãoAtraente e de fácil compreensão
Facilitar o retorno do questionárioFacilitar o retorno do questionário
Oferecer pequena recompensaOferecer pequena recompensa
Contatar não-respondentes deContatar não-respondentes de
modo diferenciadomodo diferenciado
75. Questionários:Questionários:
fatores de sucessofatores de sucesso
Tempo de preparação é grande:Tempo de preparação é grande:
Identificar objetivosIdentificar objetivos
Identificar os respondentesIdentificar os respondentes
Compor as questõesCompor as questões
Determinar a forma de análiseDeterminar a forma de análise
Construir o questionárioConstruir o questionário
Forma de distribuiçãoForma de distribuição
Testar o questionárioTestar o questionário
76. Questionários:Questionários:
fatores de sucessofatores de sucesso
Redigindo as questões:Redigindo as questões:
Manter curtoManter curto
Perguntas sensíveisPerguntas sensíveis
Formatação e redaçãoFormatação e redação
Evitar erros comunsEvitar erros comuns
Itens-padrãoItens-padrão
77. Questionários:Questionários:
fatores de sucessofatores de sucesso
Redigindo as questões:Redigindo as questões:
Entre 15 e 25 questõesEntre 15 e 25 questões
Até 20 minutos de duraçãoAté 20 minutos de duração
Cada pergunta deve agregar aoCada pergunta deve agregar ao
objetivo, caso contrário deve serobjetivo, caso contrário deve ser
eliminada da listaeliminada da lista
Equipe dá notas de 1 a 3 a cadaEquipe dá notas de 1 a 3 a cada
pergunta para facilitar o descarte.pergunta para facilitar o descarte.
78. Questionários:Questionários:
fatores de sucessofatores de sucesso
Perguntas sensíveisPerguntas sensíveis
Somente se realmente necessáriasSomente se realmente necessárias
Adicionar pequena explicação doAdicionar pequena explicação do
porquê ou objetivoporquê ou objetivo
Não colocar no inícioNão colocar no início
Nunca tornar este campoNunca tornar este campo
mandatório no questionáriomandatório no questionário
79. Questionários:Questionários:
fatores de sucessofatores de sucesso
FormataçãoFormatação
Layout claro e concisoLayout claro e conciso
Usar perguntas fechadas:Usar perguntas fechadas:
Valor ou fato simplesValor ou fato simples
Selecionar de uma listaSelecionar de uma lista
Escala de opiniãoEscala de opinião
Evitar as perguntas abertas:Evitar as perguntas abertas:
Análise torna-se tediosa e complexaAnálise torna-se tediosa e complexa
Maior dificuldade de compreensãoMaior dificuldade de compreensão
Aumento no tempo de preenchimentoAumento no tempo de preenchimento
80. Questionários:Questionários:
fatores de sucessofatores de sucesso
Formatos de múltipla-escolhaFormatos de múltipla-escolha
1.1. Resposta múltiplaResposta múltipla
2.2. Resposta únicaResposta única
3.3. Resposta bináriaResposta binária
Escalas de avaliaçãoEscalas de avaliação
1.1. Escala LikertEscala Likert
2.2. Escalas de ranqueamentoEscalas de ranqueamento
81. Questionários:Questionários:
fatores de sucessofatores de sucesso
Evitar os erros comuns:Evitar os erros comuns:
Evitar respostas vagas: “poucas”,Evitar respostas vagas: “poucas”,
“muitas”, “bastante”.“muitas”, “bastante”.
Distâncias equivalentes em tamanho eDistâncias equivalentes em tamanho e
sem interseções: 0-4, 5-10, 11-15.sem interseções: 0-4, 5-10, 11-15.
Oferecer saídas alternativas: “semOferecer saídas alternativas: “sem
opinião”, “nenhuma das respostas”,opinião”, “nenhuma das respostas”,
“não aplicável”.“não aplicável”.
Resposta “Outros” - deve ser seguida deResposta “Outros” - deve ser seguida de
um campo aberto.um campo aberto.
82. Questionários:Questionários:
fatores de sucessofatores de sucesso
Redação das perguntasRedação das perguntas
Redação é fator críticoRedação é fator crítico
Pode influenciar as respostasPode influenciar as respostas
Devem ser claras e semDevem ser claras e sem
tendenciamentostendenciamentos
83. Redação do questionárioRedação do questionário
O QUE FAZERO QUE FAZER
Perguntas de até 20 palavrasPerguntas de até 20 palavras
Um assunto de cada vezUm assunto de cada vez
Perguntar com clarezaPerguntar com clareza
Opções de resposta precisasOpções de resposta precisas
Respostas com distânciasRespostas com distâncias
equivalentesequivalentes
Perguntas concretas e baseadas naPerguntas concretas e baseadas na
experiência do usuárioexperiência do usuário
84. Redação do questionárioRedação do questionário
O QUE FAZERO QUE FAZER
Usuários podem usar um diárioUsuários podem usar um diário
para anotar seu comportamentopara anotar seu comportamento
Fornecer auxílios à memória comoFornecer auxílios à memória como
calendárioscalendários
Empregar termos familiaresEmpregar termos familiares
Usar vocabulário neutroUsar vocabulário neutro
Perguntas sensíveis só quandoPerguntas sensíveis só quando
realmente necessáriasrealmente necessárias
85. Redação do questionárioRedação do questionário
O QUE NÃO FAZERO QUE NÃO FAZER
Forçar usuários a escolher umaForçar usuários a escolher uma
resposta que não representa suaresposta que não representa sua
opiniãoopinião
Basear as perguntas em premissasBasear as perguntas em premissas
falsasfalsas
Usar números e estatísticas paraUsar números e estatísticas para
tendenciar as respostastendenciar as respostas
Pedir aos usuários para prever oPedir aos usuários para prever o
futurofuturo
86. Redação do questionárioRedação do questionário
O QUE NÃO FAZERO QUE NÃO FAZER
Pedir para criar soluçõesPedir para criar soluções
Discutir temas não relembradosDiscutir temas não relembrados
Usar jargões, siglas, gírias ouUsar jargões, siglas, gírias ou
geek-speakgeek-speak
Usar palavras com apeloUsar palavras com apelo
emocionalemocional
Usar dupla-negativaUsar dupla-negativa
Perguntas sensíveis ou pessoaisPerguntas sensíveis ou pessoais
por simples curiosidadepor simples curiosidade
88. VantagensVantagens
Obter informações de um grandeObter informações de um grande
número de pessoasnúmero de pessoas
Abrange área geográfica grandeAbrange área geográfica grande
Uniformidade de medições:Uniformidade de medições:
vocabulário, ordenação e instruçõesvocabulário, ordenação e instruções
iguaisiguais
Proporciona o anonimatoProporciona o anonimato
Respostas no tempo do entrevistadoRespostas no tempo do entrevistado
Tabulação de dados mais rápidaTabulação de dados mais rápida
89. DesvantagensDesvantagens
Não se obtém 100% de respostasNão se obtém 100% de respostas
Problemas de viés na amostragemProblemas de viés na amostragem
Informação pode não corresponder àInformação pode não corresponder à
realidaderealidade
Imposição da problemáticaImposição da problemática
Imposição de informação nasImposição de informação nas
respostas fechadas.respostas fechadas.
90. Exemplo de questionárioExemplo de questionário
QUISQUIS
Questionnaire of UserQuestionnaire of User
Interface SatisfactionInterface Satisfaction
Universidade de MaryLand, EUAUniversidade de MaryLand, EUA
Ben SchneidermanBen Schneiderman