2. Área de urgência
Importância
↑ Demanda
Magnitude Social
Enfoque Multiprofissional
Necessidade de gerenciar e cuidar na atenção às urgências
3. O processo de cuidar e gerenciar no
trabalho do enfermeiro
Papel de destaque O cuidar:
•Observação
•Levantamento de dados
•Planejamento
•Implementação
•Evolução
•Avaliação
Interação entre:
•Pacientes ↔ Trabalhadores
da enfermagem ↔ diversos
profissionais de saúde
4. O PROCESSO DE TRABALHO DO
ENFERMEIRO
pesquisar
Processo de
trabalho do
enfermeiro
ensinar
gerenciar
assistir
5. O Processo de gerenciar
Foco:
• Organizar a assistência
• Proporcionar a qualificação do
pessoal de enfermagem
• Educação permanente/
continuada
Apropriando-se de:
• Modelos e métodos de
administração
• Força de trabalho da
enfermagem
• Equipamentos e materiais
6. GERENCIAR X CUIDAR
Distanciamento
• Gera inquietações pessoais e profissionais (Ex: Enfº.
assistencial)
Impõe um repensar da prática administrativa
• Voltado para a assistência
• Resgate do papel de gerente do cuidado.
7. Concepções de gerência de
enfermagem
clássica
Voltada para a burocracia
Centrada na divisão do trabalho
atual
Aproximação entre cuidar e gerenciar
Articulação entre os processos
Necessidade do usuários/instituição
8. Prática do enfermeiro dos
serviços de urgência
Deverá distanciar-se da concepção de gerenciamento burocrático.
Aproximar-se da perspectiva que articula as atividades assistenciais
e gerenciais.
Cuidar e gerenciar são dimensões indissociáveis do trabalho do
enfermeiro.
O cuidado como foco das ações
9. Objetos do trabalho da
enfermagem em urgências
Organização do trabalho e os recursos humanos de enfermagem.
• Planejamento
• Previsão e provisão de recursos humanos e materiais.
• Tomada de decisão.
• Uso de sistemas de informação em saúde.
• Educação continuada/permanente.
• Supervisão e avaliação
10. O trabalho nas emergências
brasileiras
Desafio
• Articular a centralidade do cuidado e a gerência de
enfermagem.
• Assistência de alta complexidade
• Coordenação e articulação da equipe.
• Mobilização de recursos subjetivos e objetivos.
• Conciliar os objetivos das equipes e os organizacionais.
11. CASO PRÁTICO
A Enfermeira M.A. trabalha há 10 anos na sala de urgência de um
hospital público, que atende atualmente a 120 leitos de internação,
sendo 25 de terapia intensiva e 10 em unidade de cuidados semi-intensivos,
distribuídos em quatro pavimentos, o primeiro
atendimento das urgência e emergência ocorre nos seguintes espaços:
Sala do ACCR,
Sala de trauma (5 leitos monitorizados),
Sala de estabilização clínica (5 leitos monitorizados para pacientes com
quadros clínicos estáveis)
7 consultórios (para atendimentos em diversas especialidades)
12. CASO PRÁTICO
No município, a Central de Regulação Médica é responsável pela regulação da
demanda de atendimentos. A equipe de enfermagem da sala de urgência é
constituída por 21 enfermeiros e 45 técnicos de enfermagem, que conforme escala
rotativa são alocados nos três espaços citados acima. No dia 16 de agosto de 2014,
plantão da manhã a enf.ª M.A. e dois técnicos de enfermagem estavam escalados na
sala de trauma, onde o enfermeiro é responsável pelos 5 leitos da unidade. Suas
atividades consistem em:
Orientar e supervisionar os auxiliares de enfermagem quanto aos cuidados a serem
prestados.
Verificar e testar o funcionamentos dos equipamentos
Controlar e realizar a previsão de materiais e o estoque de medicação.
Realizar os cuidados de maior complexidade principalmente aos pacientes
politraumatizados e com instabilidade hemodinâmica.
Ainda solicita avaliação médica dos paciente admitidos, requisita exames diagnósticos
13. CASO PRÁTICO
quando solicitados pelos médicos, admite e transfere os
pacientes, auxilia em procedimentos médicos, além de gerenciar
os conflitos que envolvem os pacientes, os familiares e os
profissionais.
Após receber o plantão M.A. delegou as ações aos técnicos de
enfermagem, que deveriam administrar a medicação e prestar os
cuidados de higiene e conforto aos 3 pacientes que se
encontravam na sala de trauma de o dia anterior, pois não
haviam leitos vagos para a internação.
14. CASO PRÁTICO
Os técnicos medicaram todos os pacientes e iniciaram o banho do
paciente politraumatizado (vítima de acidente de moto, com diagnóstico
médico de TCE, fratura de MIE e TRM à esclarecer), esse paciente exigia a
movimentação em bloco com pelo menos 3 profissionais.
A enfermeira M.A. antes de colaborar com os 2 técnicos nesse banho,
checou os materiais e equipamentos prioritários da sala (material de
intubação, respirados, desfibrilador, etc.), constatou que não havia
respirador infantil na unidade.
Sendo assim solicitou com urgência na central de material e, desse modo
os materiais e equipamentos necessários para o desenvolvimentos do
plantão ficaram completos.
15. CASO PRÁTICO
Quadro: além disso, acionou a equipe médica responsável pelo
paciente solicitando nova avaliação, com vistas a internação,
uma vez que o paciente não deve permanecer por tempo
prolongado na sala de trauma já que ao ser submetido a um
protocolo de triagem/classificação de risco recebeu a
classificação “vermelha” para atendimento imediato. Entretanto,
embora o paciente devesse ser internado, não haviam leitos
disponíveis.
Durante a realização do banho a enfermeira pôde observar o
modo como os técnicos executam o cuidado e a forma de
abordagem do paciente.
16. CASO PRÁTICO
Nesse caso é possível identificar aspectos relativos a:
Acesso regulado a serviços de maior densidade tecnológica;
Assistência do paciente baseada nas necessidades de saúde;
Gerenciamento de recursos materiais e equipamentos;
Gerenciamento e articulação de recursos humanos;
Supervisão;
Problema gerencial/planejamento: intervalo de tempo para alta.
17. PLANEJAMENTO
Instrumento gerencial.
• Inerente ao funcionamento do sistema
de saúde.
• Permite identificar os problemas de
saúde da população:
18. 18
- Pode dizer-me que caminho devo tomar?
- Isto depende do lugar para onde você quer ir.
(Respondeu com muito propósito o gato)
- Não tenho destino certo.
- Neste caso qualquer caminho serve.
(“Alice no País da Maravilhas” - Lewis
Carrol)
19. PLANEJAMENTO
Permite identificar os problemas de saúde da
população:
• Prioridade.
• Modificar a situação encontrada.
• Determinar as ações a serem desenvolvidas para o alcance dos
objetivos preestabelecidos.
• Avaliar os resultados obtidos pela aplicação das ações adotadas.
20. Planejamento em enfermagem -
PES
Mais utilizado é o Planejamento Estratégico
Situacional (PES).
• Voltado para resolução de problemas.
• Aquilo que o profissional (ator) detecta na realidade e
confronta com um padrão que considera inadequado ou
intolerável que o estimula a enfrentá-lo, visando a
promoção de mudanças (MATUS, 1996).
21. PES
Processamento de problemas atuais, potenciais e macroproblemas.
Como eles nasceram e se desenvolveram?
Planos para resolver as suas causas.
Viabilidade política do plano.
Ataca o problema na prática, o que representa ter uma visão real sem generalizá-lo na
descrição e nas propostas de solução.
22. PES
Considera a existência de
vários atores sociais:
• O conflito é algo inerente
às relações sociais
• O poder, a tomada de
decisão e o planejamento,
devem ser compartilhados.
Teoria da ação estratégica:
• Fundamentada em juízo
estratégico e amparada em
cálculos interativos, que
não se resumem apenas à
consideração dos
comportamentos sociais.
23. Como o PES colabora na
construção da competência
gerencial do enfermeiro?
Planejamento integrado e participativo:
• Organização dos serviços de saúde e para o enfrentamento de conflitos e problemas
institucionais.
Ferramenta potente para transformar a realidade:
• Proporciona um aumento na capacidade direção, gerência e controle do sistema social.
Método de processar problemas:
• aplicabilidade na gestão em saúde
Área da saúde:
• problemas complexos e não estruturados
24. Enfermeiro - Planejamento e
Coordenação da equipe
Emergência: Problemas complexos e não estruturados
Tecnologias disponíveis:
Potencializar o seu tempo e garantir um cuidado integral aos pacientes.
A administração do processo de trabalho, associado ao conhecimento científico e ao compromisso
profissional do enfermeiro, configura-se como ferramenta essencial para melhorar o cuidado prestado
25. Caso prático
O PES é composto de quarto momentos:
explicativo, normativo, estratégico, tático-operacional.
No caso descrito a seguir,
apresentamos um exercício para refletir
sobre o planejamento.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
32. Indicadores de Avaliação
São as medidas que quantificam e qualificam o impacto do
plano sobre o atendimento ao usuário e a melhoria da
organização hospitalar.
É o momento de propor indicadores que permitam monitorar e
avaliar a ação realizada. Por exemplo, tempo entre comunicação
de alta e a efetiva saída do paciente do hospital.
33. Referências
AZEVEDO, A. L. C. S.. Gerenciamento do cuidado de enfermagem em unidade de urgência/emergência traumática. 2010. Dissertação
(mestrado) - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP). Ribeirão Preto, 2010.
CIAMPONE, M.H.T.; MELLEIRO, M.M.. O Planejamento e o processo decisório como instrumentos do processo de trabalho gerencial. In:
KURCGANT, P. (Coord.). Gerenciamento em enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan: 2010. p. 35-50.
DAL SASSO, G. T. M.; DARLI, M. C. B. C., CHAVES, L. D. P.; ET AL. Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem:
Módulo V - Classificação de risco e acolhimento Florianópilis - SC: Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC/Programa de
Pósgraduação em enfermagem, 2013.
DAROLT, C.F.. Concepções dos enfermeiros sobre integralidade em saúde no processo de trabalho em uma unidade de emergência.
2007. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade do Vale do Itajaí. Itajaí, 2007.
HAUSMANN, M.; PEDUZZI, M. Articulação entre as dimensões gerencial e assistencial do processo de trabalho do enfermeiro. Texto e
Contexto Enfermagem, Florianópolis, v. 18, n. 2, p. 258-265, 2009.
LALUNA, M.C.M.C.; FERRAZ, C.A. Compreensão das bases teóricas do planejamento participativo no currículo integrado de um curso
de enfermagem. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v.11, n.6, p.771-777,2003.
MATUS,C. Política, planejamento e governo. Brasília: Ipea,1996.
PEDUZZI, M.. A inserção do enfermeiro na equipe de saúde da família na perspectiva da promoção da saúde. In: SEMINÁRIO
ESTADUAL: O ENFERMEIRO NO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA, 1., 2000, São Paulo. Anais... São Paulo: Secretaria de Estado da
Saúde, 2000. CD-ROM
WILLING, M. H.; LENARDT, M. H.. A prática gerencial do enfermeiro no processo de cuidar. Cogitare Enfermagem, Curitiba, v. 7, n. 1, p.
23-29, 2002.