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• Gênero, violência e conjugalidade:
superando desafios
Adelia Moreira Pessoa
adeliampessoa@gmail.com

Adélia Moreira Pessoa

1
GÊNERO
Construção Cultural de Gênero: diferenciação de
papéis a serem desempenhados pelo homem/
mulher.
 crença de que a natureza(???) teria demarcado
espaços para cada sexo.
Feminino e masculino: criação social e cultural:
- “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher” (Simone
de Beauvoir, „O segundo sexo‟, 1949)

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: emerge de uma
combinação complexa de fatores

-

Religiões, filósofos, políticos, direito
2
Visão binária, dicotômica
e oposta de gênero
• Mulher - alma inferior;
-menor racionalidade;
emocional; - causadora do mal.
• Homem: - ser superior;
- racional; objetivo e controlado

Adélia Moreira Pessoa

3
A mulher e o direito no
Brasil: séculos de sujeição
• Ordenações Filipinas: o controle feminino

pela violência - Direito do marido castigar
“SUA mulher, ou seu filho, ou seu
escravo”.
• No Direito Brasileiro sec. XIX e XX : a
discriminação nas leis - Código Criminal do
Império, Código Civil de 1916, CLT , etc e na
jurisprudência dos tribunais
• nas constituições brasileiras desde 1891:
Adélia Moreira Pessoa
“todos são iguais perante a lei”, com acréscimo da
4
“O lugar da mulher é no lar”: REVISTAS
FEMININAS ( “GUIAS PRÁTICOS PARA A DOMESTICAÇÃO?!”)

Adélia Moreira Pessoa

5
Transformações
sociais e econômicas
 O novo espaço da mulher




O desmoronamento da família tradicional
Transformação da economia e do mercado de trabalho
associada à abertura de oportunidade para mulheres
Transformações tecnológicas – biologia, farmacologia e
medicina => controle da reprodução



Movimentos sociais da década de 60 => temas
multidimensionais => afirmação de feminismo



Rápida difusão de idéias em uma cultura globalizada
Adélia Moreira Pessoa

6
Contexto internacional: Reconhecimento da
Discriminação e desigualdade de gênero como
problema social e político

Anos 70/80: EUA, Canadá e países europeus:
pressão para que a violência contra as mulheres
fosse tratada na pauta política de cada país.
•Convenção sobre a eliminação de todas as formas de
Discriminação contra a mulher (1979)
•Conferência Mundial sobre Direitos Humanos Viena

(1993): "Os Direitos das Mulheres também são
Direitos Humanos“

•Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e
Erradicar a Violência contra a Mulher (1994)

• garantir por lei e na prática a igualdade
de direitos entre homens e mulheres
7
Adélia Moreira Pessoa
Violência contra as mulheres como
problema social e político no Brasil
 Década de 80 - BRASIL: redemocratização política

Movimentos de mulheres denunciavam:
 discriminação baseada no gênero inscrita nas
leis;
 descaso policial no registro de ocorrências de
violência sexual;

 atuação discriminatória da justiça
criminal:
 Decisões que absolviam homens que matavam
ou lesionavam suas esposas
.......... Discriminavam as mulheres e
8
legitimavam o comportamento masculino
Adélia Moreira Pessoa
Reconhecimento da violência contra as
mulheres como problema social e político
no Brasil
Pressão para formulação
de políticas públicas
para enfrentar a
violência e a
discriminação
acabar com a
impunidade nos casos
de violência praticadas
contra as mulheres

Delegacias de Defesa
da Mulher
impulsionadora dos
debates, políticas e
estudos sobre a
violência contra as
mulheres

Visibilidade
ao problema
9

Adélia Moreira Pessoa
Tratados Internacionais RATIFICADOS pelo Brasil
GARANTEM: Reconhecimento dos direitos das
mulheres
• Os direitos das mulheres são direitos humanos.
• Igualdade.
• Dignidade.
• Assistência plena à saúde.
• Saúde sexual e reprodutiva.
• Eliminação de discriminação, de preconceito, de
qualquer forma de tortura e de qualquer forma de
tratamento cruel.

• Erradicação da violência.
Adélia Moreira Pessoa

10
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
art.3º- OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL...Construir uma sociedade
livre, justa e solidária... Promover o bem de todos, sem

preconceito de origem, raça, sexo, cor idade
e quaisquer outras formas de discriminação.

IGUALDADE entre HOMEM E
MULHER
Adélia Moreira Pessoa

11
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
“CF - Art. 226. A família, base da
(art.5º)

sociedade, tem especial proteção
do Estado. § 8o O Estado
assegurará a assistência à família na
pessoa de cada um dos que a
integram, criando mecanismos
para coibir a violência no âmbito
de suas relações.
Adélia Moreira Pessoa

12
JHRTorres
Década de
2000...

• Comissão Interamericana de
Direitos Humanos (CIDH) da OEA
acata denúncias do caso de Maria
da Penha Maia Fernandes, e
recomenda ao Estado Brasileiro
a resolução do caso.
Brasil : CONDENADO em 2001 a
pagar uma indenização a Maria
da Penha e responsabilizado
por negligência e omissão em
relação à violência
doméstica, com a
recomendação de adotar várias
medidas, entre as quais
“simplificar os procedimentos
judiciais penais a fim de que
possa ser reduzido o tempo
Adélia Moreira PENHA
processual” VÍDEO MARIA DA Pessoa13
LEI 11.340, de 7 DE AGOSTO de 2006

um novo capítulo na luta pelo fim
da violência contra as mulheres
Enfrentamento da violência doméstica
e familiar contra as mulheres em três
eixos :
-Proteção

e assistência
-Prevenção e educação
-Combate e Responsabilização
14

Adélia Moreira Pessoa
Previsão legal de Politicas
preventivas
•Implementar ações que desconstruam

mitos e
estereótipos de gênero e que modifiquem os
padrões
sexistas,
perpetuadores
das
desigualdades de poder entre homens e mulheres
e da violência contra as mulheres.

•Inclui ações educativas e também culturais que
disseminem atitudes igualitárias e valores
éticos de irrestrito respeito à diversidade de
gênero, raça/etnia, geracionais e de valorização da
paz.

• campanhas

educativas,

programas

educacionais e Inclusão nos currículos escolares
de todos os níveis de ensino, de conteúdos
relativos aos direitos humanos, à equidade de
15
gênero e de raça
Aspectos relevantes na
aplicação da “Lei Maria da
ação
Penha”afirmativa
 normas diretivas de políticas públicas
De caráter protetivo (atenção à vítima)
e de intervenção(educação e
reabilitação de agressores)
Reconhecimento da violência contra
as mulheres como problema de
múltiplas dimensões: não pode ser
tratada apenas como problema de
justiça criminal
 CORDEL
16

Adélia Moreira Pessoa
• A VIOLÊNCIA E DISCRIMINAÇÃO
PERSISTEM?
• Qual o papel de fatores como
poder, autoridade, hierarquia, impunid
ade, ainda presentes na sociedade
brasileira?
PRECONCEITOS E ESTEREÓTIPOS DE
GÊNERO (??)ainda estão presentes na
sociedade brasileira???
VAMOS TESTAR?!
Adélia Moreira Pessoa

17
Quando uma pessoa
se comporta de forma:
Ativa
Insistente

Desinibida

Se for homem
dizemos que ele é:

Se for mulher
dizemos que ela é:
Nervosa
Teimosa

Inquieto
Tenaz
Espontâneo

Desavergonhada

Temperamental

Exaltado

Histérica

Extrovertida

Comunicativo

Assanhada

Não submissa

Firme, forte

Dominadora

Reconhece os erros

Insegura

Se muda de opinião
Obediente

Respeitoso

Submissa, fraca

Se revela um segredo Age por uma causa nobre Fofoqueira
18
Adélia Moreira Pessoa
• COMO É A DIVISÃO DO TRABALHO
PROFISSIONAL/ DOMÉSTICO ? (Helena Hirata, 2010)
modelo tradicional: o homem é provedor e a
mulher cuida da casa e dos filhos;
•modelo de conciliação: a mulher trabalha fora, mas
concilia trabalho profissional e trabalho doméstico.
Homem não concilia, não há exigências culturais
nesse sentido;
•modelo da parceria: homens e mulheres

repartem as tarefas domésticas e de
cuidado da família
• modelo da delegação: a mulher delega a outras
mulheres o cuidado com a casa, com a família, as
crianças ...
19

O TEMPO DO HOMEM/ MULHER

Adélia Moreira Pessoa
Para pensar...
Para pensar...
Para pensar...
O QUE SIGNIFICA Violência ?
•Que tipos de
• Violência de
comportamentos, acontec Gênero :Revela-se
imentos cada um dos
através de várias
parceiros/cônjuges
molduras
nomeia como violência?
• expressa-se por
•O que os “outros”
diversas formas que
chamam/nomeiam como
violência?
não se excluem
•Como a idéia de limite
aparece em contextos
marcados pela violência?

mutuamente
(física, moral, psicol
ógica, patrimonial e
23
sexual). Adélia Moreira Pessoa
CONJUGALIDADE e VIOLÊNCIA

• Se a Conjugalidade foi construída
como projeto de
completude, cercado de
expectativas

•Como suportar a falência de um
sonho, de um ideal, de um projeto
de vida, da busca da
felicidade???
24

Adélia Moreira Pessoa
Paradoxos e Contradições do vínculo violento

• “(...) Por vezes, o ódio é a única prova de que
realmente amo. (Slavoj Zizek)
• Violência, afeto e erotismo

Adélia Moreira Pessoa

25
“”Quando

olhaste bem nos olhos meus,
e o teu olhar era de adeus,
Juro que não acreditei.
Eu te estranhei,
me debrucei sobre o teu corpo,
e duvidei e me arrastei e te arranhei...(...)
Dei pra maldizer o nosso lar,

pra sujar teu nome, te humilhar
e me vingar a qualquer preço
te adorando pelo avesso.....”
(Atrás da porta-Francis Hime – Chico Buarque)

26

Adélia Moreira Pessoa
QUAL O PERFIL do autor de violências conjugais
???
• PONTOS EM COMUM:
•Concepções sexistas
•Baixa expressão emocional
•Obsessão pelo controle da mulher
• Tendência a

negar , minimizar e

justificar comportamento violento
• Pouco ou nenhum antecedente criminal

•O autor desse tipo de violência PODE
MUDAR?
27

Adélia Moreira Pessoa
- O que faz com que “vítimas”
não denunciem situações de
violência, ou não sustentem a
denúncia?
• pressões e ameaças de
“doses” ainda maiores de
violência?
•Medo de expor detalhes da
intimidade ser desvalorizada ou
MEDO???
estigmatizada? VERGONHA?
VERGONHA?
•Medo de ser cobrada e
Falta de apoio?
culpabilizada?
PAPEL DOS
•Medo de não ser compreendida
MITOS
e de não receber apoio? Medo
28
dos filhos serem maltratados?
Adélia Moreira Pessoa
O QUE FAZ COM QUE MULHERES
PERMANEÇAM COM HOMENS
QUE AS MALTRATAM?

- Sentimento de lealdade, amor, apego (violência
como “uma” dimensão da relação)
- Sentimento de dependência
- Sentimento de proteção e preocupação com o
impacto da denúncia sobre outros membros da
família (medo da desintegração)
-Equilíbrio entre os benefícios da relação e os custos
da violência- ausência de alternativas reais
econômicas e sociais
- Mitos

culturais e religiosos

- A ilusão que conseguirá mudar o parceiro

- Auto - culpabilização

Adélia Moreira Pessoa

29
A NECESSIDADE DE REENCONTRAR-SE

“Começar de novo/ E contar comigo/ Vai
valer a pena/ Ter amanhecido/ Sem as tuas
garras/ Sempre tão seguras/ Sem o teu
fantasma/ Sem tua moldura/ Sem tuas
escoras/ Sem o teu domínio/ Sem tuas
esporas/ Sem o teu fascínio
Começar de novo/ E contar comigo/ Vai
valer a pena/ Já ter te esquecido / Começar
de novo”...... (Ivan Lins & Vitor Martins)
Adélia Moreira Pessoa

30
PRECONCEITOS E
ESTEREÓTIPOS DE
GÊNERO
(??) ainda estão
presentes na sociedade
brasileira???
Adélia Moreira Pessoa

31
MITOS?

• 1 - Ser homem significa ser forte, responsável e
provedor?
2 - Ser mulher significa ser
amável, fiel, sincera, compreensível, companheira
e saber cuidar de si e do outro?
• 3-É da natureza dos meninos brincarem de
carrinho, de “luta” e de futebol, enquanto meninas
gostam de brincar de boneca e de casinha?
• 4 - A violência doméstica acontece mais entre as
famílias pobres e de pouca instrução?
• 5 – O homem agride porque bebe?
• 5 – A violência doméstica é um ato isolado?
32
Adélia Moreira Pessoa
Papeis de Gênero construídos
•VIOLÊNCIA de Gênero ocorre em todas
classes sociais(Famílias de baixa renda: mais
expostas; Classe Média e Alta: omissão,
silêncios e segredos proteger e resguardar imagem
social -Diniz & Angelim, 2003).

• Álcool: Fator associado; desinibidor, não é
condição causal; homem agride sóbrio e
alcoolizado; o álcool diminui a censura mas
não é motivo da violência contra a mulher.
• REITERAÇÃO DA VIOLÊNCIA: Ciclo da
Adélia Moreira Pessoa
violência conjugal (Lenore E. Walker, 1979) 33
CIC

CICLO DE VIOLÊNCIA

Adélia Moreira Pessoa

34
Reflexão sobre Mitos:
• Negligências e omissões das instituições:
justificadas com base nesses mitos;
• Compreensão dos mitos: etapa importante do trabalho
de compreensão e de intervenção (Diniz &

Angelim, 2003).
• práticas
(re)conhecidas, naturalizadas, banalizadas;
• Culpar a mulher: fruto da estrutura machista e
patriarcal;
• LEGITIMAÇÃO
da
Violência:
atribuída
ao
comportamento provocativo e sedutor da mulher;
“mereceu”o abuso;
35
Adélia Moreira Pessoa
Para pensar...

Diferentes, sim!
Desiguais, não!
UM LONGO CAMINHO
JÁ
PERCORRIDO...
UM LONGO CAMINHO
A
PERCORRER...
Adélia Moreira Pessoa

37
SUPERANDO DESAFIOS
Tecendo a REDE
Assistência Social e
Prevenção: ações educativas e culturais
que interfiram nos padrões sexistas Mudanças de posturas quanto aos
direitos humanos das mulheres=>
não são consequência automática da
sociedade democrática

à vítima e
família
–

Saúde –

à

Rede de Atendimento
interdisciplinarCapacitação
dos
profissionais

Enfrentamento– ações de
responsabilização
do
autor da agressão e
cumprimento
da
Lei
Maria
da
Penhaintervenção terapêutica
em relação ao autor da

Garantia de Direitos
Cumprimento
da
legislação nacional /
internacional e políticas
públicas
para
o
empoderamento/autono38
mia das mulheres.

Adélia Moreira Pessoa
Efetivando Direitos no

cotidiano

- Quais profissionais estão preparados
para lidar com a violência de gênero??

- Qual o tipo de olhar que as
pessoas precisam obter do
sistema de Justiça, da
Polícia, da Saúde, da
Educação, da Psicologia ou da
Assistencia social, por exemplo?
- Qual o papel de cada um?
Adélia Moreira Pessoa

39
• Violência contra as mulheres, é um
fenômeno complexo, de difícil definição
e de causas múltiplas. No entanto, suas
consequências são devastadoras para
mulheres, crianças, adolescentes, idosos
, vítimas diretas ou indiretas dessas
agressões: vão muito além daquele ato e
de seus efeitos imediatos, gerando uma
reprodução geracional dessa violência.
Adélia Moreira Pessoa

40
• MENSAGEM FINAL

Adélia Moreira Pessoa

41
Nada é impossível de mudar Bertold Brecht)
Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é
de hábito
como coisa natural,
pois em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada, de arbitrariedade
consciente,
de humanidade desumanizada,
nada deve parecer natural
nada deve parecer impossível de mudar.
42
L UGAR
A FETO
RESPEITO
Obrigada!!!!
adeliampessoa@gmail.com

43

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Gênero violência e conjugalidade superando desafios - Dra. adélia moreira

  • 1. • Gênero, violência e conjugalidade: superando desafios Adelia Moreira Pessoa adeliampessoa@gmail.com Adélia Moreira Pessoa 1
  • 2. GÊNERO Construção Cultural de Gênero: diferenciação de papéis a serem desempenhados pelo homem/ mulher.  crença de que a natureza(???) teria demarcado espaços para cada sexo. Feminino e masculino: criação social e cultural: - “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher” (Simone de Beauvoir, „O segundo sexo‟, 1949) VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: emerge de uma combinação complexa de fatores - Religiões, filósofos, políticos, direito 2
  • 3. Visão binária, dicotômica e oposta de gênero • Mulher - alma inferior; -menor racionalidade; emocional; - causadora do mal. • Homem: - ser superior; - racional; objetivo e controlado Adélia Moreira Pessoa 3
  • 4. A mulher e o direito no Brasil: séculos de sujeição • Ordenações Filipinas: o controle feminino pela violência - Direito do marido castigar “SUA mulher, ou seu filho, ou seu escravo”. • No Direito Brasileiro sec. XIX e XX : a discriminação nas leis - Código Criminal do Império, Código Civil de 1916, CLT , etc e na jurisprudência dos tribunais • nas constituições brasileiras desde 1891: Adélia Moreira Pessoa “todos são iguais perante a lei”, com acréscimo da 4
  • 5. “O lugar da mulher é no lar”: REVISTAS FEMININAS ( “GUIAS PRÁTICOS PARA A DOMESTICAÇÃO?!”) Adélia Moreira Pessoa 5
  • 6. Transformações sociais e econômicas  O novo espaço da mulher    O desmoronamento da família tradicional Transformação da economia e do mercado de trabalho associada à abertura de oportunidade para mulheres Transformações tecnológicas – biologia, farmacologia e medicina => controle da reprodução  Movimentos sociais da década de 60 => temas multidimensionais => afirmação de feminismo  Rápida difusão de idéias em uma cultura globalizada Adélia Moreira Pessoa 6
  • 7. Contexto internacional: Reconhecimento da Discriminação e desigualdade de gênero como problema social e político Anos 70/80: EUA, Canadá e países europeus: pressão para que a violência contra as mulheres fosse tratada na pauta política de cada país. •Convenção sobre a eliminação de todas as formas de Discriminação contra a mulher (1979) •Conferência Mundial sobre Direitos Humanos Viena (1993): "Os Direitos das Mulheres também são Direitos Humanos“ •Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher (1994) • garantir por lei e na prática a igualdade de direitos entre homens e mulheres 7 Adélia Moreira Pessoa
  • 8. Violência contra as mulheres como problema social e político no Brasil  Década de 80 - BRASIL: redemocratização política Movimentos de mulheres denunciavam:  discriminação baseada no gênero inscrita nas leis;  descaso policial no registro de ocorrências de violência sexual;  atuação discriminatória da justiça criminal:  Decisões que absolviam homens que matavam ou lesionavam suas esposas .......... Discriminavam as mulheres e 8 legitimavam o comportamento masculino Adélia Moreira Pessoa
  • 9. Reconhecimento da violência contra as mulheres como problema social e político no Brasil Pressão para formulação de políticas públicas para enfrentar a violência e a discriminação acabar com a impunidade nos casos de violência praticadas contra as mulheres Delegacias de Defesa da Mulher impulsionadora dos debates, políticas e estudos sobre a violência contra as mulheres Visibilidade ao problema 9 Adélia Moreira Pessoa
  • 10. Tratados Internacionais RATIFICADOS pelo Brasil GARANTEM: Reconhecimento dos direitos das mulheres • Os direitos das mulheres são direitos humanos. • Igualdade. • Dignidade. • Assistência plena à saúde. • Saúde sexual e reprodutiva. • Eliminação de discriminação, de preconceito, de qualquer forma de tortura e de qualquer forma de tratamento cruel. • Erradicação da violência. Adélia Moreira Pessoa 10
  • 11. CONSTITUIÇÃO FEDERAL art.3º- OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL...Construir uma sociedade livre, justa e solidária... Promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor idade e quaisquer outras formas de discriminação. IGUALDADE entre HOMEM E MULHER Adélia Moreira Pessoa 11
  • 12. CONSTITUIÇÃO FEDERAL “CF - Art. 226. A família, base da (art.5º) sociedade, tem especial proteção do Estado. § 8o O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações. Adélia Moreira Pessoa 12 JHRTorres
  • 13. Década de 2000... • Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da OEA acata denúncias do caso de Maria da Penha Maia Fernandes, e recomenda ao Estado Brasileiro a resolução do caso. Brasil : CONDENADO em 2001 a pagar uma indenização a Maria da Penha e responsabilizado por negligência e omissão em relação à violência doméstica, com a recomendação de adotar várias medidas, entre as quais “simplificar os procedimentos judiciais penais a fim de que possa ser reduzido o tempo Adélia Moreira PENHA processual” VÍDEO MARIA DA Pessoa13
  • 14. LEI 11.340, de 7 DE AGOSTO de 2006 um novo capítulo na luta pelo fim da violência contra as mulheres Enfrentamento da violência doméstica e familiar contra as mulheres em três eixos : -Proteção e assistência -Prevenção e educação -Combate e Responsabilização 14 Adélia Moreira Pessoa
  • 15. Previsão legal de Politicas preventivas •Implementar ações que desconstruam mitos e estereótipos de gênero e que modifiquem os padrões sexistas, perpetuadores das desigualdades de poder entre homens e mulheres e da violência contra as mulheres. •Inclui ações educativas e também culturais que disseminem atitudes igualitárias e valores éticos de irrestrito respeito à diversidade de gênero, raça/etnia, geracionais e de valorização da paz. • campanhas educativas, programas educacionais e Inclusão nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, de conteúdos relativos aos direitos humanos, à equidade de 15 gênero e de raça
  • 16. Aspectos relevantes na aplicação da “Lei Maria da ação Penha”afirmativa  normas diretivas de políticas públicas De caráter protetivo (atenção à vítima) e de intervenção(educação e reabilitação de agressores) Reconhecimento da violência contra as mulheres como problema de múltiplas dimensões: não pode ser tratada apenas como problema de justiça criminal  CORDEL 16 Adélia Moreira Pessoa
  • 17. • A VIOLÊNCIA E DISCRIMINAÇÃO PERSISTEM? • Qual o papel de fatores como poder, autoridade, hierarquia, impunid ade, ainda presentes na sociedade brasileira? PRECONCEITOS E ESTEREÓTIPOS DE GÊNERO (??)ainda estão presentes na sociedade brasileira??? VAMOS TESTAR?! Adélia Moreira Pessoa 17
  • 18. Quando uma pessoa se comporta de forma: Ativa Insistente Desinibida Se for homem dizemos que ele é: Se for mulher dizemos que ela é: Nervosa Teimosa Inquieto Tenaz Espontâneo Desavergonhada Temperamental Exaltado Histérica Extrovertida Comunicativo Assanhada Não submissa Firme, forte Dominadora Reconhece os erros Insegura Se muda de opinião Obediente Respeitoso Submissa, fraca Se revela um segredo Age por uma causa nobre Fofoqueira 18 Adélia Moreira Pessoa
  • 19. • COMO É A DIVISÃO DO TRABALHO PROFISSIONAL/ DOMÉSTICO ? (Helena Hirata, 2010) modelo tradicional: o homem é provedor e a mulher cuida da casa e dos filhos; •modelo de conciliação: a mulher trabalha fora, mas concilia trabalho profissional e trabalho doméstico. Homem não concilia, não há exigências culturais nesse sentido; •modelo da parceria: homens e mulheres repartem as tarefas domésticas e de cuidado da família • modelo da delegação: a mulher delega a outras mulheres o cuidado com a casa, com a família, as crianças ... 19 O TEMPO DO HOMEM/ MULHER Adélia Moreira Pessoa
  • 23. O QUE SIGNIFICA Violência ? •Que tipos de • Violência de comportamentos, acontec Gênero :Revela-se imentos cada um dos através de várias parceiros/cônjuges molduras nomeia como violência? • expressa-se por •O que os “outros” diversas formas que chamam/nomeiam como violência? não se excluem •Como a idéia de limite aparece em contextos marcados pela violência? mutuamente (física, moral, psicol ógica, patrimonial e 23 sexual). Adélia Moreira Pessoa
  • 24. CONJUGALIDADE e VIOLÊNCIA • Se a Conjugalidade foi construída como projeto de completude, cercado de expectativas •Como suportar a falência de um sonho, de um ideal, de um projeto de vida, da busca da felicidade??? 24 Adélia Moreira Pessoa
  • 25. Paradoxos e Contradições do vínculo violento • “(...) Por vezes, o ódio é a única prova de que realmente amo. (Slavoj Zizek) • Violência, afeto e erotismo Adélia Moreira Pessoa 25
  • 26. “”Quando olhaste bem nos olhos meus, e o teu olhar era de adeus, Juro que não acreditei. Eu te estranhei, me debrucei sobre o teu corpo, e duvidei e me arrastei e te arranhei...(...) Dei pra maldizer o nosso lar, pra sujar teu nome, te humilhar e me vingar a qualquer preço te adorando pelo avesso.....” (Atrás da porta-Francis Hime – Chico Buarque) 26 Adélia Moreira Pessoa
  • 27. QUAL O PERFIL do autor de violências conjugais ??? • PONTOS EM COMUM: •Concepções sexistas •Baixa expressão emocional •Obsessão pelo controle da mulher • Tendência a negar , minimizar e justificar comportamento violento • Pouco ou nenhum antecedente criminal •O autor desse tipo de violência PODE MUDAR? 27 Adélia Moreira Pessoa
  • 28. - O que faz com que “vítimas” não denunciem situações de violência, ou não sustentem a denúncia? • pressões e ameaças de “doses” ainda maiores de violência? •Medo de expor detalhes da intimidade ser desvalorizada ou MEDO??? estigmatizada? VERGONHA? VERGONHA? •Medo de ser cobrada e Falta de apoio? culpabilizada? PAPEL DOS •Medo de não ser compreendida MITOS e de não receber apoio? Medo 28 dos filhos serem maltratados? Adélia Moreira Pessoa
  • 29. O QUE FAZ COM QUE MULHERES PERMANEÇAM COM HOMENS QUE AS MALTRATAM? - Sentimento de lealdade, amor, apego (violência como “uma” dimensão da relação) - Sentimento de dependência - Sentimento de proteção e preocupação com o impacto da denúncia sobre outros membros da família (medo da desintegração) -Equilíbrio entre os benefícios da relação e os custos da violência- ausência de alternativas reais econômicas e sociais - Mitos culturais e religiosos - A ilusão que conseguirá mudar o parceiro - Auto - culpabilização Adélia Moreira Pessoa 29
  • 30. A NECESSIDADE DE REENCONTRAR-SE “Começar de novo/ E contar comigo/ Vai valer a pena/ Ter amanhecido/ Sem as tuas garras/ Sempre tão seguras/ Sem o teu fantasma/ Sem tua moldura/ Sem tuas escoras/ Sem o teu domínio/ Sem tuas esporas/ Sem o teu fascínio Começar de novo/ E contar comigo/ Vai valer a pena/ Já ter te esquecido / Começar de novo”...... (Ivan Lins & Vitor Martins) Adélia Moreira Pessoa 30
  • 31. PRECONCEITOS E ESTEREÓTIPOS DE GÊNERO (??) ainda estão presentes na sociedade brasileira??? Adélia Moreira Pessoa 31
  • 32. MITOS? • 1 - Ser homem significa ser forte, responsável e provedor? 2 - Ser mulher significa ser amável, fiel, sincera, compreensível, companheira e saber cuidar de si e do outro? • 3-É da natureza dos meninos brincarem de carrinho, de “luta” e de futebol, enquanto meninas gostam de brincar de boneca e de casinha? • 4 - A violência doméstica acontece mais entre as famílias pobres e de pouca instrução? • 5 – O homem agride porque bebe? • 5 – A violência doméstica é um ato isolado? 32 Adélia Moreira Pessoa
  • 33. Papeis de Gênero construídos •VIOLÊNCIA de Gênero ocorre em todas classes sociais(Famílias de baixa renda: mais expostas; Classe Média e Alta: omissão, silêncios e segredos proteger e resguardar imagem social -Diniz & Angelim, 2003). • Álcool: Fator associado; desinibidor, não é condição causal; homem agride sóbrio e alcoolizado; o álcool diminui a censura mas não é motivo da violência contra a mulher. • REITERAÇÃO DA VIOLÊNCIA: Ciclo da Adélia Moreira Pessoa violência conjugal (Lenore E. Walker, 1979) 33
  • 34. CIC CICLO DE VIOLÊNCIA Adélia Moreira Pessoa 34
  • 35. Reflexão sobre Mitos: • Negligências e omissões das instituições: justificadas com base nesses mitos; • Compreensão dos mitos: etapa importante do trabalho de compreensão e de intervenção (Diniz & Angelim, 2003). • práticas (re)conhecidas, naturalizadas, banalizadas; • Culpar a mulher: fruto da estrutura machista e patriarcal; • LEGITIMAÇÃO da Violência: atribuída ao comportamento provocativo e sedutor da mulher; “mereceu”o abuso; 35 Adélia Moreira Pessoa
  • 37. UM LONGO CAMINHO JÁ PERCORRIDO... UM LONGO CAMINHO A PERCORRER... Adélia Moreira Pessoa 37
  • 38. SUPERANDO DESAFIOS Tecendo a REDE Assistência Social e Prevenção: ações educativas e culturais que interfiram nos padrões sexistas Mudanças de posturas quanto aos direitos humanos das mulheres=> não são consequência automática da sociedade democrática à vítima e família – Saúde – à Rede de Atendimento interdisciplinarCapacitação dos profissionais Enfrentamento– ações de responsabilização do autor da agressão e cumprimento da Lei Maria da Penhaintervenção terapêutica em relação ao autor da Garantia de Direitos Cumprimento da legislação nacional / internacional e políticas públicas para o empoderamento/autono38 mia das mulheres. Adélia Moreira Pessoa
  • 39. Efetivando Direitos no cotidiano - Quais profissionais estão preparados para lidar com a violência de gênero?? - Qual o tipo de olhar que as pessoas precisam obter do sistema de Justiça, da Polícia, da Saúde, da Educação, da Psicologia ou da Assistencia social, por exemplo? - Qual o papel de cada um? Adélia Moreira Pessoa 39
  • 40. • Violência contra as mulheres, é um fenômeno complexo, de difícil definição e de causas múltiplas. No entanto, suas consequências são devastadoras para mulheres, crianças, adolescentes, idosos , vítimas diretas ou indiretas dessas agressões: vão muito além daquele ato e de seus efeitos imediatos, gerando uma reprodução geracional dessa violência. Adélia Moreira Pessoa 40
  • 41. • MENSAGEM FINAL Adélia Moreira Pessoa 41
  • 42. Nada é impossível de mudar Bertold Brecht) Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual. Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar. 42