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PROGRAMA DE POSICIONAMENTO
DO PACIENTE NEUROLÓGICO
Dr. Adriano Daudt
Crefito5 19368F
www.reabilitacaoneurologica.com.br
Tanto o ambiente hospitalar quanto o domiciliar
apresentam uma série de dificuldades e resistências
quanto ao posicionamento correto do paciente
neurológico que se encontra ainda no leito, acamado.
É função obrigatória do fisioterapeuta encontrar
alternativas e soluções para esses contratempos que,
diante da extrema necessidade de melhora do quadro do
paciente, não devem prevalecer.
Caso as resistências quanto ao posicionamento não sejam
vencidas, é provável, a médio prazo, uma evolução com
aumento da hipertonia, encurtamentos e deformidades.
Nesta apresentação, daremos ênfase para o Programa de
Posicionamento voltado para o paciente no hospital. No
entanto, todas as posições podem e devem ser utilizadas
em casa. A família e os auxiliares devem ser orientados e
incentivados a participar ativamente, dia e noite.
Basicamente,
dois tipos de
paciente neurológico
hospitalizado
apresentam-se ao
fisioterapeuta
hipotônico
(flácido)

Geralmente em
fase aguda

acometimento
neurológico
primário (AVC,
TCE, Lesões
periféricas... )
hipertônico
(rígido)

Geralmente em
fase crônica
(seqüela)

acometimento
não neurológico
respiratório,
ortopédico etc.;
ou recidiva
neurológica
Mesmo em um acometimento
neurológico primário (p. ex.,
trauma cranioencefálico), o
paciente poderá apresentar-se,
na fase aguda, com hipertonia.
Assim como, na fase crônica, o
paciente poderá estar ainda
hipotônico (p. ex. Guillain Barré).
Na prática, geralmente, as
lesões de primeiro neurônio
iniciam com hipotonia e evoluem
para a hipertonia. Já as lesões
totalmente periféricas são
hipotônicas.
hipotônico
(flácido)

• evitar
encurtamentos
musculares;
• evitar limitações
articulares;
• caso evolua
para hipertonia,
evitar fortes
padrões
anormais (p. ex.,
pronação do
antebraço ou
flexão plantar do
pé
hipertônico
(rígido)

• reduzir
encurtamentos
musculares;
• reduzir
limitações
articulares;
• diminuir
padrões
anormais de
hipertonia
Objetivos básicos
do Programa de
Posicionamento
nos dois tipos
de paciente
Na prática, apesar de importante, é
quase impossível que apenas o
posicionamento correto do paciente
consiga atingir tais objetivos.
Os motivos para isso são diversos:
pouco engajamento de familiares e
auxiliares, alterações de tônus que
requerem inibição ou facilitação por
manuseio objetivo, muito tempo
acamado...
Mesmo assim, o Programa de
Posicionamento dá a sua parcela
efetiva de contribuição, e deve ser
encorajado e seguido regularmente.
Algumas considerações necessárias
sobre o Programa de Posicionamento
do paciente neurológico
• Os diversos posicionamentos básicos devem ser aprendidos e utilizados
por todos que lidam com o paciente.
• Fundamentalmente, deve-se manter os segmentos afetados em posições
opostos aos padrões de espasticidade.
• No paciente espástico (hipertônico), certas posições serão difíceis de
manter-se; principalmente, se já houver encurtamentos ou deformidades.
• Todas as articulações devem ser consideradas. Para isso, deve-se dividir o
corpo em: cabeça, tronco, membros superiores e membros inferiores.
• Didaticamente, considera-se o paciente hemiplégico (com um lado do corpo
afetado) para apresentar o Programa de Posicionamento. Caso o paciente
tenha os dois lados afetados (ou todo o corpo), basta ampliar os conceitos
para tal situação.
• O Programa de Posicionamento deve ser observado nas seguintes
posições: decúbito dorsal (DD); decúbito lateral afetado (DLA); decúbito
lateral não afetado (DLNA); sentado (S).
Decúbito Dorsal:
O DD é uma posição que tende a aumentar a hipertonia extensora. Portanto, deve ser
evitada sempre que possível. O melhor posicionamento é feito através da colocação de
travesseiros.
MS: rotação externa e abduzido, extensão de cotovelo e punho, antebraço em
supinação (o que nem sempre é possível). Um travesseiro é colocado atrás do ombro
para elevá-lo para frente (fazer a protração), enquanto outro é colocado atrás do
cotovelo para deixar o ombro em ftexão anterior.
MI: linha média colocando-se um travesseiro embaixo do quadril para evitar a rotação
externa, e em semiftexão de quadril e joelho colocando-se um travesseiro atrás do
joelho.
Cabeça e Tronco: plano reto (ou levemente elevado) e na linha média.
Lado afetado = vermelho
Lado não afetado = azul
Decúbito Lateral Não Afetado (lado afetado para cima):
Esta é uma posição adequada, desde que o paciente esteja em DL completo e o lado
afetado corretamente posicionado.
MS afetado: apoiado em um ou dois travesseiros, em rotação neutra, com protração e
flexão (90°) de ombro, extensão de cotovelo e punho e prono-supinação neutra.
MI afetado: semiflexão de quadril e joelho, apoiado em um travesseiro, enquanto o MI
não afetado fica atrás, mas não totalmente estendido.
Cabeça e Tronco: o tronco deve ser mantido em plano reto e bem lateralizado,
evitando-se a curvatura para o lado afetado, enquanto a cabeça permanece na linha
média.
Lado afetado = vermelho
Lado não afetado = azul
Decúbito Lateral Afetado (lado afetado para baixo):
Esta é uma posição arriscada, porém, necessária. Por isso, deve ser bem executada.
MS afetado: deve ser trazido em rotação externa bem para a frente no ombro
(protração), a fim de que o ombro não fique por baixo do corpo. Cotovelo fica em
extensão (ou flexão) e punho-antebraço em supinação.
MI afetado: extensão de quadril com semiflexão de joelho. Já o MI não afetado: flexão
de quadril e joelho sobre um travesseiro.
Tronco e Cabeça: cabeça e tronco devem ficar como no DL não afetado, na linha
média; porém, admite-se um pouco mais de inclinação do tronco para a frente, o que
facilita a protração do ombro.
Repare no ombro afetado trazido
bem para frente, em protração
Lado afetado = vermelho
Lado não afetado = azul
Sentado
A posição sentada é inibidora pela flexão
de quadril. É preciso cuidado para que o
paciente sente sobre as nádegas, e não no
sacro ou coluna lombar.
MS afetado: rotação externa e supinação,
apoiado em um travesseiro que atinja o
ombro e o cotovelo, fazendo, ao mesmo
tempo, a protração e a ftexão de ombro.
MI afetado: linha média e em semiftexão
de joelho, com um travesseiro embaixo da
nádega, a fim de evitar a rotação externa,
e outro travesseiro embaixo do joelho.
Cabeça e Tronco: tronco alinhado com o
quadril, sem inclinações laterais.
Dependendo da condição de controle de
tronco do paciente, pode ser até 90º flexão
quadril. A cabeça deve ficar alinhada com
o tronco, evitando-se a inclinação para o
lado afetado.
Lado afetado = vermelho
Lado não afetado = azul
ERRADO
Repare que o paciente está
sentado na região lombo-
sacral da coluna
CERTO
Paciente sentado em
suas nádegas
Sentado
Lado afetado = vermelho
Lado não afetado = azul
Faça Fisioterapia
com fisioterapeuta!
FIM!

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Posicionamento do paciente neurológico

  • 1. PROGRAMA DE POSICIONAMENTO DO PACIENTE NEUROLÓGICO Dr. Adriano Daudt Crefito5 19368F www.reabilitacaoneurologica.com.br
  • 2. Tanto o ambiente hospitalar quanto o domiciliar apresentam uma série de dificuldades e resistências quanto ao posicionamento correto do paciente neurológico que se encontra ainda no leito, acamado. É função obrigatória do fisioterapeuta encontrar alternativas e soluções para esses contratempos que, diante da extrema necessidade de melhora do quadro do paciente, não devem prevalecer. Caso as resistências quanto ao posicionamento não sejam vencidas, é provável, a médio prazo, uma evolução com aumento da hipertonia, encurtamentos e deformidades. Nesta apresentação, daremos ênfase para o Programa de Posicionamento voltado para o paciente no hospital. No entanto, todas as posições podem e devem ser utilizadas em casa. A família e os auxiliares devem ser orientados e incentivados a participar ativamente, dia e noite.
  • 3. Basicamente, dois tipos de paciente neurológico hospitalizado apresentam-se ao fisioterapeuta hipotônico (flácido)  Geralmente em fase aguda  acometimento neurológico primário (AVC, TCE, Lesões periféricas... ) hipertônico (rígido)  Geralmente em fase crônica (seqüela)  acometimento não neurológico respiratório, ortopédico etc.; ou recidiva neurológica Mesmo em um acometimento neurológico primário (p. ex., trauma cranioencefálico), o paciente poderá apresentar-se, na fase aguda, com hipertonia. Assim como, na fase crônica, o paciente poderá estar ainda hipotônico (p. ex. Guillain Barré). Na prática, geralmente, as lesões de primeiro neurônio iniciam com hipotonia e evoluem para a hipertonia. Já as lesões totalmente periféricas são hipotônicas.
  • 4. hipotônico (flácido)  • evitar encurtamentos musculares; • evitar limitações articulares; • caso evolua para hipertonia, evitar fortes padrões anormais (p. ex., pronação do antebraço ou flexão plantar do pé hipertônico (rígido)  • reduzir encurtamentos musculares; • reduzir limitações articulares; • diminuir padrões anormais de hipertonia Objetivos básicos do Programa de Posicionamento nos dois tipos de paciente Na prática, apesar de importante, é quase impossível que apenas o posicionamento correto do paciente consiga atingir tais objetivos. Os motivos para isso são diversos: pouco engajamento de familiares e auxiliares, alterações de tônus que requerem inibição ou facilitação por manuseio objetivo, muito tempo acamado... Mesmo assim, o Programa de Posicionamento dá a sua parcela efetiva de contribuição, e deve ser encorajado e seguido regularmente.
  • 5. Algumas considerações necessárias sobre o Programa de Posicionamento do paciente neurológico • Os diversos posicionamentos básicos devem ser aprendidos e utilizados por todos que lidam com o paciente. • Fundamentalmente, deve-se manter os segmentos afetados em posições opostos aos padrões de espasticidade. • No paciente espástico (hipertônico), certas posições serão difíceis de manter-se; principalmente, se já houver encurtamentos ou deformidades. • Todas as articulações devem ser consideradas. Para isso, deve-se dividir o corpo em: cabeça, tronco, membros superiores e membros inferiores. • Didaticamente, considera-se o paciente hemiplégico (com um lado do corpo afetado) para apresentar o Programa de Posicionamento. Caso o paciente tenha os dois lados afetados (ou todo o corpo), basta ampliar os conceitos para tal situação. • O Programa de Posicionamento deve ser observado nas seguintes posições: decúbito dorsal (DD); decúbito lateral afetado (DLA); decúbito lateral não afetado (DLNA); sentado (S).
  • 6. Decúbito Dorsal: O DD é uma posição que tende a aumentar a hipertonia extensora. Portanto, deve ser evitada sempre que possível. O melhor posicionamento é feito através da colocação de travesseiros. MS: rotação externa e abduzido, extensão de cotovelo e punho, antebraço em supinação (o que nem sempre é possível). Um travesseiro é colocado atrás do ombro para elevá-lo para frente (fazer a protração), enquanto outro é colocado atrás do cotovelo para deixar o ombro em ftexão anterior. MI: linha média colocando-se um travesseiro embaixo do quadril para evitar a rotação externa, e em semiftexão de quadril e joelho colocando-se um travesseiro atrás do joelho. Cabeça e Tronco: plano reto (ou levemente elevado) e na linha média. Lado afetado = vermelho Lado não afetado = azul
  • 7. Decúbito Lateral Não Afetado (lado afetado para cima): Esta é uma posição adequada, desde que o paciente esteja em DL completo e o lado afetado corretamente posicionado. MS afetado: apoiado em um ou dois travesseiros, em rotação neutra, com protração e flexão (90°) de ombro, extensão de cotovelo e punho e prono-supinação neutra. MI afetado: semiflexão de quadril e joelho, apoiado em um travesseiro, enquanto o MI não afetado fica atrás, mas não totalmente estendido. Cabeça e Tronco: o tronco deve ser mantido em plano reto e bem lateralizado, evitando-se a curvatura para o lado afetado, enquanto a cabeça permanece na linha média. Lado afetado = vermelho Lado não afetado = azul
  • 8. Decúbito Lateral Afetado (lado afetado para baixo): Esta é uma posição arriscada, porém, necessária. Por isso, deve ser bem executada. MS afetado: deve ser trazido em rotação externa bem para a frente no ombro (protração), a fim de que o ombro não fique por baixo do corpo. Cotovelo fica em extensão (ou flexão) e punho-antebraço em supinação. MI afetado: extensão de quadril com semiflexão de joelho. Já o MI não afetado: flexão de quadril e joelho sobre um travesseiro. Tronco e Cabeça: cabeça e tronco devem ficar como no DL não afetado, na linha média; porém, admite-se um pouco mais de inclinação do tronco para a frente, o que facilita a protração do ombro. Repare no ombro afetado trazido bem para frente, em protração Lado afetado = vermelho Lado não afetado = azul
  • 9. Sentado A posição sentada é inibidora pela flexão de quadril. É preciso cuidado para que o paciente sente sobre as nádegas, e não no sacro ou coluna lombar. MS afetado: rotação externa e supinação, apoiado em um travesseiro que atinja o ombro e o cotovelo, fazendo, ao mesmo tempo, a protração e a ftexão de ombro. MI afetado: linha média e em semiftexão de joelho, com um travesseiro embaixo da nádega, a fim de evitar a rotação externa, e outro travesseiro embaixo do joelho. Cabeça e Tronco: tronco alinhado com o quadril, sem inclinações laterais. Dependendo da condição de controle de tronco do paciente, pode ser até 90º flexão quadril. A cabeça deve ficar alinhada com o tronco, evitando-se a inclinação para o lado afetado. Lado afetado = vermelho Lado não afetado = azul
  • 10. ERRADO Repare que o paciente está sentado na região lombo- sacral da coluna CERTO Paciente sentado em suas nádegas Sentado Lado afetado = vermelho Lado não afetado = azul