SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 41
PROFESSORA : ADRIANNE MENDONÇA
Entenda um pouco mais sobre
  estes mecanismos e, talvez,
 perceba que todos os outros
  seguem uma lógica similar.
SN2: Substituição nucleofílica
                 bimolecular
De uma forma geral, quando
 um nucleófilo encontra um
  haleto de alquila ele pode
          fazer duas coisas:
Atacar o carbono diretamente e
   deslocar o íon haleto, ou atuar como
        uma base, induzindo a de-hidro-
     halogenação do haleto de alquila e
     produzir um alceno. O último caso,
refere-se à eliminação bimolecular (E2).
  O primeiro, à substituição nucleofílica
                     bimolecular - SN2.
Mas a pergunta é: por quê cargas d'água
 iria um nucleófilo atacar um carbono?! A
      resposta está no simples fato de que
cargas opostas se atraem. Um nucleófilo é
    uma espécie química que é atraída por
 cargas positivas - algumas vezes, chega a
          possuir, de fato, carga negativa.
Como o grupo de saída ligado ao carbono que irá sofrer o
     ataque do nucleófilo invariavelmente saca elétrons do
carbono, deixa-o com uma carga parcialmente positiva - um
           forte candidato para a substituição nucleofílica.
O ataque do nucleófilo sempre é ao
        longo do eixo de ligação C-X - o
      caminho de menos energia para a
             reação. Uma das principais
características da SN2 é que o processo
 provoca uma inversão da configuração
  do átomo de carbono ligado ao grupo
                              de saída.
A inversão da estereoquímica em átomos de
   carbonos assimétricos durante uma reação
 SN2 é um forte indício de que a reação passa
por um mecanismo concertado, envolvendo a
  formação de um estado de transição onde o
       átomo de carbono faz "5 ligações"! Na
  verdade, existe a formação de duas ligações
                        parciais (Nu-C e C-X).
Outro detalhe importante nesta reação
é que não se observa a formação de um
            intermediário iônico. Como
 consequência, nos casos onde, via SN1,
       o haleto de alquila formasse um
      carbocátion primário - altamente
    instável - as reações parecem optar
                   pelo mecanismo SN2.
Em solventes menos polares,
  também, onde o carbocátion do
     SN1 é pouco estável, a reação
ocorre preferencialmente via SN2.
Efeitos que influenciam o
                          mecanismos SN2
  Os solventes próticos, com grupos N-H ou O-H, não são
         favoráveis ao mecanismo SN2, pois estabilizam o
nucleófilo. Para satisfazer este mecanismo, o ideal é o uso
          de solventes polares apróticos, que, embora não
 establizem tanto o nucleófilo, podem estabilizar o grupo
           de saída, deslocando o equilíbrio para a direita.
Nucleofilicidade não é sinônimo de
basicidade: é a velocidade de ataque de
       um nucleófilo sobre um carbono
 eletrófilo. Por exemplo: o t-butóxido é
       uma base forte mas um péssimo
     nucleófilo, devido a impedimentos
                    estéricos ao ataque.
Para favorecer o mecanismo SN2, o nucleófilo deve ser forte
                                            ou moderado.
                                        Nucleófilos bons:
                                       MetO-, HO-, I-, CN-
                                         Nucleófilos ruins:
                                    MetOH, H2O, F-, HCN
O grupo de saída é extremamente importante neste
mecanismo. Um bom grupo de saída deve possuir um ânion
                           estável após deixar o carbono.
Os haletos são excelentes grupos de saída, por que eles
                     atendem aos principais requisitos:
            1. capacidade de sacar elétrons do carbono
                2. não ser uma base forte ao deixar o C
3. ser polarizável (para estabilizar o estado de transição)
Os haletos atendem a estes critérios, mas um dos melhores
    grupos de saída é o tosilato (um tioéster) que, devido à
       ressonância do anel, possui um ânion muito estável.
SN1: Substituição nucleofílica
                  unimolecular

Os produtos de uma reação SN1 são
 similares aos da reação SN2, mas o
      mecanismo é completamente
                          diferente.
Nesta reação, não ocorre inversão do configuração do
   carbono eletrófilo, e pode acontecer rearranjos do
 carbocátion: neste mecanismo, há a formação de um
                                intermediário iônico.
Embora a velocidade da reação dependa
da concentração do substrato, a alteração
   da concentração do nucleófilo não tem
 qualquer efeito na velocidade da reação.
   Isto significa que a etapa limitante não
     envolve a participação do nucleófilo.
  Neste mecanismo, a velocidade segue a
              seguinte lei: v=k.[substrato].
Como o nucleófilo não participa da etapa limitante da
velocidade, a nucleofilicidade do nucleófilo não tem efeito
sobre a reação: isto significa que nucleófilos pobres, como
                     água e álcoois, podem reagir via SN1.
Esta reação envolve a formação de um carbocátion na
                  etapa determinante da velocidade.
Neste caso, podem ocorrer rearranjos na estrutura do
carbocátion - como a migração de um grupo metila ou de um
     próton ligados aos carbonos adjacentes - no sentido da
                     formação do carbocátion mais estável.
Por isso, a estrutura do produto nem sempre se
            assemelha a do substrato de partida.
E1: Eliminação de primeira ordem
A reação de eliminação que ocorre pelo mecanismo
  E1 passa por uma etapa inicial com a formação de
um carbocátion. Esta é a etapa lenta, que envolve o
                desprendimento do grupo de saída.
A etapa seguinte é o ataque do nucleófilo - mas não sobre o
      carbono e sim sobre um átomo de hidrogênio (próton)
  ligado ao carbono adjacente. O resultado é a produção de
      dois carbonos sp2, ou seja, a formação de uma ligação
                                                     dupla.
A velocidade da reação depende somente da etapa lenta -
não é influenciada pela concentração do nucleófilo. A lei da
                      velocidade, então, é v=k.[substrato].
O solvente ideal para uma reação acontecer via SN1 é um
 que estabilize o ânion liberado e também o carbocátion
   formado. O substrato deve ser um carbono altamente
 substituído: carbonos primários e haletos de metila não
                                         reagem via E1.
O substrato deve ter um bom grupo de saída, como haletos
ou tosilato. A natureza do base não é muito importante, pois
                           esta não participa da etapa lenta.
Como a reação ocorre via formação de um carbocátion,
podem ocorrer rearranjos, assim como no caso das reações
 SN1, no sentido da formação do carbocátion mais estável.
E2: Eliminação de segunda ordem
O termo E2 significa "Eliminação
Bimolecular", ou "Eliminação de
              segunda ordem".
Como em qualquer reação de eliminação, o produto tem um
grau a mais de insaturação que o substrato de partida. A de-
   hidro-halogenação de um haleto de alquila, por exemplo,
                                        produz um alceno.
Em contraste às reações E1, as reações E2
    são promovidas por uma base forte: a
         base é vital para a reação, e está
          diretamente envolvida na etapa
     determinante da velocidade. Como a
       reação é bimolecular, envolve uma
  cinética de segunda ordem, isto é, duas
    moléculas precisam colidir para que a
                            reação ocorra.
A lei da velocidade para uma reação via E2 é v=k.[substrato].
          [base]. Como mostra o mecanismo, os átomos H e X
 precisam estar em carbonos adjacentes, e o ataque da base
                                  sempre é antiperiplanar.
A polaridade do solvente não é muito importante. Tal como
  na reação E1, o substrato deve ser altamente substituído.
Como E2 não passa pela formação de intermediário iônico
   (carbocátion), não ocorrem rearranjos na estrutura do
    substrato. Este deve possuir um bom grupo de saída.
Esta reação provoca o surgimento de uma
estereoquímica preferencial: se os grupos
R ligados ao carbono que possui o grupo X
forem diferentes, assim como os grupos R
       ligados ao carbono que irá perder o
hidrogênio, existe apenas uma orientação
                                 possível.
Na qual o hidrogênio e o grupo X estão em posição
antiperiplanar. Isto pode levar à formação de apenas
                          isômeros R ou S do alceno.




         Fonte: QMCWEB

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Reações de Subst. Nucleofïlicas em Compostos Aromáticos
Reações de Subst. Nucleofïlicas em Compostos AromáticosReações de Subst. Nucleofïlicas em Compostos Aromáticos
Reações de Subst. Nucleofïlicas em Compostos AromáticosJosé Nunes da Silva Jr.
 
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenos
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenosAula 21 24 adição eletrofílica a alcenos
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenosGustavo Silveira
 
Compostos de coordenação
Compostos de coordenaçãoCompostos de coordenação
Compostos de coordenaçãoLarissa Cadorin
 
Haletos de alquila: reações de substituição nucleofílica
Haletos de alquila: reações de substituição nucleofílicaHaletos de alquila: reações de substituição nucleofílica
Haletos de alquila: reações de substituição nucleofílicaEduardo Macedo
 
Relatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do Vinagre
Relatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do VinagreRelatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do Vinagre
Relatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do VinagreDhion Meyg Fernandes
 
Texto nº 3 Volumetria de Neutralização
Texto nº 3   Volumetria de NeutralizaçãoTexto nº 3   Volumetria de Neutralização
Texto nº 3 Volumetria de NeutralizaçãoMarta Pinheiro
 
Substituição aromática eletrofilíca
Substituição aromática eletrofilícaSubstituição aromática eletrofilíca
Substituição aromática eletrofilícaAdrianne Mendonça
 
Grupos Funcionais - Estrutura e Nomenclatura
Grupos Funcionais - Estrutura e NomenclaturaGrupos Funcionais - Estrutura e Nomenclatura
Grupos Funcionais - Estrutura e NomenclaturaJosé Nunes da Silva Jr.
 
Relatorio de Química analítica Qualitativa cátions grupo II
Relatorio de Química analítica Qualitativa cátions grupo IIRelatorio de Química analítica Qualitativa cátions grupo II
Relatorio de Química analítica Qualitativa cátions grupo IIErica Souza
 
Reações Ácido-Base para Separação de Compostos Orgânicos
Reações Ácido-Base para Separação de Compostos OrgânicosReações Ácido-Base para Separação de Compostos Orgânicos
Reações Ácido-Base para Separação de Compostos OrgânicosLuís Rita
 
Aula 5 substituição nucleofílica 1
Aula 5  substituição nucleofílica 1Aula 5  substituição nucleofílica 1
Aula 5 substituição nucleofílica 1Katyuscya Veloso
 

Mais procurados (20)

Reações de Subst. Nucleofïlicas em Compostos Aromáticos
Reações de Subst. Nucleofïlicas em Compostos AromáticosReações de Subst. Nucleofïlicas em Compostos Aromáticos
Reações de Subst. Nucleofïlicas em Compostos Aromáticos
 
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenos
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenosAula 21 24 adição eletrofílica a alcenos
Aula 21 24 adição eletrofílica a alcenos
 
Introdução às Reações Orgânicas
Introdução às Reações OrgânicasIntrodução às Reações Orgânicas
Introdução às Reações Orgânicas
 
Complexos aula 1 (1)
Complexos aula 1 (1)Complexos aula 1 (1)
Complexos aula 1 (1)
 
Compostos de coordenação
Compostos de coordenaçãoCompostos de coordenação
Compostos de coordenação
 
Haletos de alquila: reações de substituição nucleofílica
Haletos de alquila: reações de substituição nucleofílicaHaletos de alquila: reações de substituição nucleofílica
Haletos de alquila: reações de substituição nucleofílica
 
Lei de lambert beer
Lei de lambert beerLei de lambert beer
Lei de lambert beer
 
Ácidos e Bases
Ácidos e BasesÁcidos e Bases
Ácidos e Bases
 
Ácidos e Bases
Ácidos e BasesÁcidos e Bases
Ácidos e Bases
 
Relatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do Vinagre
Relatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do VinagreRelatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do Vinagre
Relatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do Vinagre
 
Texto nº 3 Volumetria de Neutralização
Texto nº 3   Volumetria de NeutralizaçãoTexto nº 3   Volumetria de Neutralização
Texto nº 3 Volumetria de Neutralização
 
Substituição aromática eletrofilíca
Substituição aromática eletrofilícaSubstituição aromática eletrofilíca
Substituição aromática eletrofilíca
 
Reações periciclicas
Reações periciclicasReações periciclicas
Reações periciclicas
 
Grupos Funcionais - Estrutura e Nomenclatura
Grupos Funcionais - Estrutura e NomenclaturaGrupos Funcionais - Estrutura e Nomenclatura
Grupos Funcionais - Estrutura e Nomenclatura
 
Substituição Eletrofílica Aromática
Substituição Eletrofílica AromáticaSubstituição Eletrofílica Aromática
Substituição Eletrofílica Aromática
 
Analise conformacional
Analise conformacionalAnalise conformacional
Analise conformacional
 
Relatorio de Química analítica Qualitativa cátions grupo II
Relatorio de Química analítica Qualitativa cátions grupo IIRelatorio de Química analítica Qualitativa cátions grupo II
Relatorio de Química analítica Qualitativa cátions grupo II
 
Reações Ácido-Base para Separação de Compostos Orgânicos
Reações Ácido-Base para Separação de Compostos OrgânicosReações Ácido-Base para Separação de Compostos Orgânicos
Reações Ácido-Base para Separação de Compostos Orgânicos
 
Equilibrio de precipitação
Equilibrio de precipitaçãoEquilibrio de precipitação
Equilibrio de precipitação
 
Aula 5 substituição nucleofílica 1
Aula 5  substituição nucleofílica 1Aula 5  substituição nucleofílica 1
Aula 5 substituição nucleofílica 1
 

Semelhante a Mecanismos de reação sn1 e sn2

Aula 5 substituição nucleofílica 1
Aula 5  substituição nucleofílica 1Aula 5  substituição nucleofílica 1
Aula 5 substituição nucleofílica 1Katyuscya Veloso
 
Aula 11 Reações substituição mecanismo
Aula 11 Reações substituição mecanismoAula 11 Reações substituição mecanismo
Aula 11 Reações substituição mecanismoJOQUEBEDEFERREIRADAC
 
2974660 apostila-quimica-alcanos-i
2974660 apostila-quimica-alcanos-i2974660 apostila-quimica-alcanos-i
2974660 apostila-quimica-alcanos-iDuda Gomes
 
REAÇÃO ORGÂNICA- ELIMINAÇÃO.pptx
REAÇÃO  ORGÂNICA- ELIMINAÇÃO.pptxREAÇÃO  ORGÂNICA- ELIMINAÇÃO.pptx
REAÇÃO ORGÂNICA- ELIMINAÇÃO.pptxFernandoDaSilvaReis2
 
Aula 08 química geral
Aula 08 química geralAula 08 química geral
Aula 08 química geralTiago da Silva
 
HIDROCARBONETOS INSATURADOS.pdf
HIDROCARBONETOS INSATURADOS.pdfHIDROCARBONETOS INSATURADOS.pdf
HIDROCARBONETOS INSATURADOS.pdfMichaelLima69
 
Reações de substituicao nucleofilica no carbno saturado
Reações de substituicao nucleofilica no carbno saturado Reações de substituicao nucleofilica no carbno saturado
Reações de substituicao nucleofilica no carbno saturado Ellen Bastos
 
Exercicios reações de substituição
Exercicios   reações de substituiçãoExercicios   reações de substituição
Exercicios reações de substituiçãoProfª Alda Ernestina
 
Relatório pilhas e eletrólise
Relatório pilhas e eletrólise Relatório pilhas e eletrólise
Relatório pilhas e eletrólise Railane Freitas
 

Semelhante a Mecanismos de reação sn1 e sn2 (20)

Mecanismos de reação sn1 e sn2
Mecanismos de reação sn1 e sn2Mecanismos de reação sn1 e sn2
Mecanismos de reação sn1 e sn2
 
Aula 5 substituição nucleofílica 1
Aula 5  substituição nucleofílica 1Aula 5  substituição nucleofílica 1
Aula 5 substituição nucleofílica 1
 
aula_8.pdf
aula_8.pdfaula_8.pdf
aula_8.pdf
 
Aula 11 Reações substituição mecanismo
Aula 11 Reações substituição mecanismoAula 11 Reações substituição mecanismo
Aula 11 Reações substituição mecanismo
 
Enzima
EnzimaEnzima
Enzima
 
Reação de eliminação
Reação de eliminaçãoReação de eliminação
Reação de eliminação
 
Roteiros de Química - Farmácia
Roteiros de Química - FarmáciaRoteiros de Química - Farmácia
Roteiros de Química - Farmácia
 
2974660 apostila-quimica-alcanos-i
2974660 apostila-quimica-alcanos-i2974660 apostila-quimica-alcanos-i
2974660 apostila-quimica-alcanos-i
 
REAÇÃO ORGÂNICA- ELIMINAÇÃO.pptx
REAÇÃO  ORGÂNICA- ELIMINAÇÃO.pptxREAÇÃO  ORGÂNICA- ELIMINAÇÃO.pptx
REAÇÃO ORGÂNICA- ELIMINAÇÃO.pptx
 
Aula 08 química geral
Aula 08 química geralAula 08 química geral
Aula 08 química geral
 
HIDROCARBONETOS INSATURADOS.pdf
HIDROCARBONETOS INSATURADOS.pdfHIDROCARBONETOS INSATURADOS.pdf
HIDROCARBONETOS INSATURADOS.pdf
 
Eletroquimica
EletroquimicaEletroquimica
Eletroquimica
 
Pr tica 9
Pr tica 9Pr tica 9
Pr tica 9
 
Leveson
LevesonLeveson
Leveson
 
Reações de substituicao nucleofilica no carbno saturado
Reações de substituicao nucleofilica no carbno saturado Reações de substituicao nucleofilica no carbno saturado
Reações de substituicao nucleofilica no carbno saturado
 
Q dos c organicos i aula 10 compostos aromáticos
Q dos c organicos i aula 10 compostos aromáticos Q dos c organicos i aula 10 compostos aromáticos
Q dos c organicos i aula 10 compostos aromáticos
 
Aula+escrita+eletrólise
Aula+escrita+eletróliseAula+escrita+eletrólise
Aula+escrita+eletrólise
 
Eletroquímica
EletroquímicaEletroquímica
Eletroquímica
 
Exercicios reações de substituição
Exercicios   reações de substituiçãoExercicios   reações de substituição
Exercicios reações de substituição
 
Relatório pilhas e eletrólise
Relatório pilhas e eletrólise Relatório pilhas e eletrólise
Relatório pilhas e eletrólise
 

Mais de Adrianne Mendonça (20)

Lei de hess
Lei de hessLei de hess
Lei de hess
 
Fissão e fusão nuclear
Fissão e fusão nuclearFissão e fusão nuclear
Fissão e fusão nuclear
 
Ponto crítico de uma função derivável
Ponto crítico de uma função derivávelPonto crítico de uma função derivável
Ponto crítico de uma função derivável
 
Cálculo (DERIVADAS)
Cálculo (DERIVADAS)Cálculo (DERIVADAS)
Cálculo (DERIVADAS)
 
Alzheimer ppt
Alzheimer pptAlzheimer ppt
Alzheimer ppt
 
Determinação de calcio no leite
Determinação de  calcio no leiteDeterminação de  calcio no leite
Determinação de calcio no leite
 
Determinação da dureza total de água com EDTA
Determinação da dureza total de água com EDTADeterminação da dureza total de água com EDTA
Determinação da dureza total de água com EDTA
 
Cnidários ou celenterados
Cnidários  ou  celenteradosCnidários  ou  celenterados
Cnidários ou celenterados
 
Biologia molecular bioquímica (compostos inorgânicos)
Biologia molecular   bioquímica (compostos inorgânicos)Biologia molecular   bioquímica (compostos inorgânicos)
Biologia molecular bioquímica (compostos inorgânicos)
 
Anagramas
AnagramasAnagramas
Anagramas
 
Produto de solubilidade
Produto de solubilidadeProduto de solubilidade
Produto de solubilidade
 
Reaçoes quimicas
Reaçoes quimicasReaçoes quimicas
Reaçoes quimicas
 
Matemática financeira
Matemática financeiraMatemática financeira
Matemática financeira
 
Tecido ósseo pdf
Tecido ósseo pdfTecido ósseo pdf
Tecido ósseo pdf
 
Ciclos biogeoquímicos pdf
Ciclos biogeoquímicos pdfCiclos biogeoquímicos pdf
Ciclos biogeoquímicos pdf
 
Relações ecológicas
Relações ecológicasRelações ecológicas
Relações ecológicas
 
Equilíbrio químico
Equilíbrio químicoEquilíbrio químico
Equilíbrio químico
 
Mruv – exercícios
Mruv – exercíciosMruv – exercícios
Mruv – exercícios
 
Nomenclatura dos COMPOSTOS ORGÂNICOS
Nomenclatura dos COMPOSTOS  ORGÂNICOS Nomenclatura dos COMPOSTOS  ORGÂNICOS
Nomenclatura dos COMPOSTOS ORGÂNICOS
 
Química orgânica módulo 2
Química  orgânica módulo 2Química  orgânica módulo 2
Química orgânica módulo 2
 

Último

Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfO Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfPastor Robson Colaço
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...LizanSantos1
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirIedaGoethe
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfAnaGonalves804156
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOMarcosViniciusLemesL
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 

Último (20)

Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfO Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 

Mecanismos de reação sn1 e sn2

  • 2. Entenda um pouco mais sobre estes mecanismos e, talvez, perceba que todos os outros seguem uma lógica similar.
  • 3. SN2: Substituição nucleofílica bimolecular De uma forma geral, quando um nucleófilo encontra um haleto de alquila ele pode fazer duas coisas:
  • 4. Atacar o carbono diretamente e deslocar o íon haleto, ou atuar como uma base, induzindo a de-hidro- halogenação do haleto de alquila e produzir um alceno. O último caso, refere-se à eliminação bimolecular (E2). O primeiro, à substituição nucleofílica bimolecular - SN2.
  • 5.
  • 6. Mas a pergunta é: por quê cargas d'água iria um nucleófilo atacar um carbono?! A resposta está no simples fato de que cargas opostas se atraem. Um nucleófilo é uma espécie química que é atraída por cargas positivas - algumas vezes, chega a possuir, de fato, carga negativa.
  • 7. Como o grupo de saída ligado ao carbono que irá sofrer o ataque do nucleófilo invariavelmente saca elétrons do carbono, deixa-o com uma carga parcialmente positiva - um forte candidato para a substituição nucleofílica.
  • 8. O ataque do nucleófilo sempre é ao longo do eixo de ligação C-X - o caminho de menos energia para a reação. Uma das principais características da SN2 é que o processo provoca uma inversão da configuração do átomo de carbono ligado ao grupo de saída.
  • 9. A inversão da estereoquímica em átomos de carbonos assimétricos durante uma reação SN2 é um forte indício de que a reação passa por um mecanismo concertado, envolvendo a formação de um estado de transição onde o átomo de carbono faz "5 ligações"! Na verdade, existe a formação de duas ligações parciais (Nu-C e C-X).
  • 10. Outro detalhe importante nesta reação é que não se observa a formação de um intermediário iônico. Como consequência, nos casos onde, via SN1, o haleto de alquila formasse um carbocátion primário - altamente instável - as reações parecem optar pelo mecanismo SN2.
  • 11. Em solventes menos polares, também, onde o carbocátion do SN1 é pouco estável, a reação ocorre preferencialmente via SN2.
  • 12. Efeitos que influenciam o mecanismos SN2 Os solventes próticos, com grupos N-H ou O-H, não são favoráveis ao mecanismo SN2, pois estabilizam o nucleófilo. Para satisfazer este mecanismo, o ideal é o uso de solventes polares apróticos, que, embora não establizem tanto o nucleófilo, podem estabilizar o grupo de saída, deslocando o equilíbrio para a direita.
  • 13. Nucleofilicidade não é sinônimo de basicidade: é a velocidade de ataque de um nucleófilo sobre um carbono eletrófilo. Por exemplo: o t-butóxido é uma base forte mas um péssimo nucleófilo, devido a impedimentos estéricos ao ataque.
  • 14. Para favorecer o mecanismo SN2, o nucleófilo deve ser forte ou moderado. Nucleófilos bons: MetO-, HO-, I-, CN- Nucleófilos ruins: MetOH, H2O, F-, HCN
  • 15. O grupo de saída é extremamente importante neste mecanismo. Um bom grupo de saída deve possuir um ânion estável após deixar o carbono.
  • 16. Os haletos são excelentes grupos de saída, por que eles atendem aos principais requisitos: 1. capacidade de sacar elétrons do carbono 2. não ser uma base forte ao deixar o C
  • 17. 3. ser polarizável (para estabilizar o estado de transição) Os haletos atendem a estes critérios, mas um dos melhores grupos de saída é o tosilato (um tioéster) que, devido à ressonância do anel, possui um ânion muito estável.
  • 18. SN1: Substituição nucleofílica unimolecular Os produtos de uma reação SN1 são similares aos da reação SN2, mas o mecanismo é completamente diferente.
  • 19. Nesta reação, não ocorre inversão do configuração do carbono eletrófilo, e pode acontecer rearranjos do carbocátion: neste mecanismo, há a formação de um intermediário iônico.
  • 20.
  • 21. Embora a velocidade da reação dependa da concentração do substrato, a alteração da concentração do nucleófilo não tem qualquer efeito na velocidade da reação. Isto significa que a etapa limitante não envolve a participação do nucleófilo. Neste mecanismo, a velocidade segue a seguinte lei: v=k.[substrato].
  • 22. Como o nucleófilo não participa da etapa limitante da velocidade, a nucleofilicidade do nucleófilo não tem efeito sobre a reação: isto significa que nucleófilos pobres, como água e álcoois, podem reagir via SN1.
  • 23. Esta reação envolve a formação de um carbocátion na etapa determinante da velocidade.
  • 24. Neste caso, podem ocorrer rearranjos na estrutura do carbocátion - como a migração de um grupo metila ou de um próton ligados aos carbonos adjacentes - no sentido da formação do carbocátion mais estável.
  • 25. Por isso, a estrutura do produto nem sempre se assemelha a do substrato de partida.
  • 26. E1: Eliminação de primeira ordem A reação de eliminação que ocorre pelo mecanismo E1 passa por uma etapa inicial com a formação de um carbocátion. Esta é a etapa lenta, que envolve o desprendimento do grupo de saída.
  • 27. A etapa seguinte é o ataque do nucleófilo - mas não sobre o carbono e sim sobre um átomo de hidrogênio (próton) ligado ao carbono adjacente. O resultado é a produção de dois carbonos sp2, ou seja, a formação de uma ligação dupla.
  • 28.
  • 29. A velocidade da reação depende somente da etapa lenta - não é influenciada pela concentração do nucleófilo. A lei da velocidade, então, é v=k.[substrato].
  • 30. O solvente ideal para uma reação acontecer via SN1 é um que estabilize o ânion liberado e também o carbocátion formado. O substrato deve ser um carbono altamente substituído: carbonos primários e haletos de metila não reagem via E1.
  • 31. O substrato deve ter um bom grupo de saída, como haletos ou tosilato. A natureza do base não é muito importante, pois esta não participa da etapa lenta.
  • 32. Como a reação ocorre via formação de um carbocátion, podem ocorrer rearranjos, assim como no caso das reações SN1, no sentido da formação do carbocátion mais estável.
  • 33. E2: Eliminação de segunda ordem O termo E2 significa "Eliminação Bimolecular", ou "Eliminação de segunda ordem".
  • 34. Como em qualquer reação de eliminação, o produto tem um grau a mais de insaturação que o substrato de partida. A de- hidro-halogenação de um haleto de alquila, por exemplo, produz um alceno.
  • 35. Em contraste às reações E1, as reações E2 são promovidas por uma base forte: a base é vital para a reação, e está diretamente envolvida na etapa determinante da velocidade. Como a reação é bimolecular, envolve uma cinética de segunda ordem, isto é, duas moléculas precisam colidir para que a reação ocorra.
  • 36. A lei da velocidade para uma reação via E2 é v=k.[substrato]. [base]. Como mostra o mecanismo, os átomos H e X precisam estar em carbonos adjacentes, e o ataque da base sempre é antiperiplanar.
  • 37.
  • 38. A polaridade do solvente não é muito importante. Tal como na reação E1, o substrato deve ser altamente substituído.
  • 39. Como E2 não passa pela formação de intermediário iônico (carbocátion), não ocorrem rearranjos na estrutura do substrato. Este deve possuir um bom grupo de saída.
  • 40. Esta reação provoca o surgimento de uma estereoquímica preferencial: se os grupos R ligados ao carbono que possui o grupo X forem diferentes, assim como os grupos R ligados ao carbono que irá perder o hidrogênio, existe apenas uma orientação possível.
  • 41. Na qual o hidrogênio e o grupo X estão em posição antiperiplanar. Isto pode levar à formação de apenas isômeros R ou S do alceno. Fonte: QMCWEB