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CADERNOS COMO
REGISTRO HISTÓRICO:
relatos da cultura escolar e familiar
Adriana Tomaz
(PUC-Rio)
A pesquisa
 O estudo faz parte do Projeto Inconsistências na
Aprendizagem de Leitura e Matemática nos anos Iniciais do
Ensino Fundamental – Observatório da Educação (CAPES).
 O projeto utiliza dados do Estudo Longitudinal da Geração
Escolar 2005 – GERES – de mais 300 escolas públicas e
privadas das seguintes cidades: Rio de Janeiro, Belo Horizonte,
Campinas, Campo Grande e Salvador.
 Em comparação com as escolas particulares e federais, os
alunos das escolas municipais e estaduais apresentam um
desempenho inferior em leitura no início da escolaridade, e
essa desigualdade se mantém ao longo dos anos.
 Os resultados também indicam ritmos diferenciados de
aprendizagem de habilidades de leitura e matemática ao longo
dos anos iniciais do ensino fundamental nas escolas e redes de
ensino.
Metodologia
 Como parte das estratégias de investigação dessas
inconsistências, foram recolhidos cadernos escolares em
escolas municipais selecionadas na cidade do Rio de Janeiro
por apresentarem situações contrastantes de aprendizagem:
◦ Escolas que apresentaram uma desaceleração e escolas que
apresentaram um aumento no ritmo de aprendizagem nas
habilidades de leitura, entre o 2º e o 3º ano do ensino
fundamental.
Por que analisar os cadernos
escolares?
E também porque os cadernos escolares são:
 expressão do currículo ensinado, que permite uma
aproximação ao currículo real, e instrumentos que permitem
apreender parte das práticas escolares já vivenciadas.
 documentos tipicamente escolares que informam, mesmo que
parcialmente, sobre as atividades organizadas de ensino e
aprendizagem, especialmente de escrita.
• Para perceber que práticas de sala de aula e quais
conhecimentos e habilidades foram registrados com
maior ou menor frequência em cada um dos quatro
anos iniciais do ensino fundamental.
Objetivos
 Investigar o currículo de Matemática e Português ensinado
pelos professores de escolas participantes no Geres, com
base em cadernos escolares.
 Compreender os motivos pelos quais os cadernos escolares
foram guardados pelas famílias ao longo de decorridos anos.
 Investigar as relações das famílias que forneceram cadernos
à pesquisa com a educação dos filhos e as influências desses
hábitos na trajetória escolar.
Perspectivas teóricas
 Caderno de classe como um espaço de interação entre
professores e alunos, por meio das tarefas escolares, como
fonte de registro do ensino do professor, como indicador de
rendimento escolar dos alunos e como espaço de registro das
práticas de ensino (GVIRTZ, 1999) .
 Os cadernos são ―uma fonte que fornece informação – por
meio, sobretudo, de redações e composições escritas – da
realidade material da escola e do que nela se faz‖
(VIÑAO, 2008).
 Os cadernos escolares, à medida que são utilizados nas
escolas, tornam-se registros do cotidiano e das relações no
contexto de ensino, porém, não são objetos neutros que
unicamente registram aquilo que se passa, também imprimem
ao cotidiano escolar especificidades relativas ao seu
uso, implicando na exigência e domínio de alguns saberes que
são específicos ao seu manuseio e preenchimento
(VIÑAO, apud... Mignon,2008).
•Estruturadas em torno do grau de autonomia das práticas e das
estratégias educativas familiares em relação à sua classe social. Estudos
mostram que famílias pertencentes à mesma classe social podem
revelar-se bastante diferentes no que concerne à escolarização dos
filhos, indicando que as práticas educativas familiares podem ser mais
preditoras dos destinos escolares do que a origem social, mesmo que
essas práticas não sejam totalmente independentes da posição da
família na estrutura social (FORQUIN, 1995; VAN ZANTEN, 1999;
NOGUEIRA, 2005; BRANDÃO, 2005; 2007).
•Estudos que consideram as situações escolares dos alunos em suas
relações com as estratégias familiares, partindo do princípio de que as
famílias podem favorecer ou dificultar a adaptação dos filhos na escola,
bem como influenciar a aprendizagem deles e, consequentemente, seus
resultados e trajetórias escolares (LAURENS, 1992; LAHIRE 1997;
NOGUEIRA, 2004; BRANDÃO, 2007).
Perspectivas teóricas
Etapas do estudo
 2010 – Chamada de solicitação de cadernos em seis escolas
da rede municipal do Rio de Janeiro e coleta de cadernos
em duas dessas escolas.
 2011 – Seleção e análise dos cadernos recebidos quanto ao
currículo de língua portuguesa e matemática e a aspectos
relacionados à organização do conteúdo.
 2012 - Entrevista semiestruturada com as famílias dos
alunos que forneceram seus cadernos.
Demonstração da estrutura da
planilha de análise dos
cadernos
Entrevistas
 Procuramos identificar se existiam, além do
ato de guardar os cadernos, outras práticas
familiares de valorização e envolvimento
escolar, que pudessem contribuir para
explicar o bom desempenho que esses alunos
apresentaram no Geres.
Análise das entrevistas
As entrevistas foram analisadas em dois grupos, de acordo
com a comunidade onde as famílias residem.
Aspectos analisados:
◦ Falas apresentadas pelas famílias sobre o ato de
guardar os cadernos escolares.
◦ Práticas familiares que podem se relacionar ao processo
de escolarização.
◦ Valorização do saber escolar e da continuidade dos
estudos.
◦ Acesso a materiais de leitura, utilização da escrita no
cotidiano familiar e acesso a bens culturais.
◦ Identidades culturais que as famílias constroem para si
mesmas e para a escola.
Cruzamento entre práticas
observadas e declaradas
2005
 A professora responsável pela turma que cursava o 2º Ano declarou optar
por práticas de alfabetização mais contextualizadas. Suas escolhas
compreendem ―trabalhar com as vivências dos alunos‖, ―utilizar pequenos
textos significativos‖, ―identificar as hipóteses dos estudantes sobre o
funcionamento da escrita‖.
 A análise das atividades de ensino do sistema de escrita registradas nos
cadernos utilizados pelos alunos desta professora mostra ênfase no
trabalho com famílias silábicas, separação de sílabas e formação de
palavras por meio da junção de sílabas dadas.
2006
 A professora que lecionava para o 3º ano declarou partir das vivências dos
alunos e de pequenos textos, decompondo-os em palavras, frases, sílabas
e fonemas, para alfabetizar seus alunos.
 Os registros dos cadernos dos alunos mostram uma boa frequência para as
práticas de leitura, embora direcionadas principalmente à leitura de
palavras.
 As atividades voltadas para a aquisição do sistema de escrita incluíram:
separação silábica, formação de frase, abordagem das famílias
silábicas, atividades de escrita, além de uma frequência ainda maior de
exercícios relacionados a categorias gramaticais.
Cruzamento entre práticas
observadas e declaradas
2007
 A professora do 4º ano declarou desenvolver todas as
modalidades de leitura muitas vezes por semana. Com relação
à prática de redação, a professora afirmou que nunca solicitava
aos alunos que escrevessem sobre um tema escolhido por eles.
 As práticas observadas nos cadernos evidenciaram uma baixa
frequência de atividades referentes à leitura. Quanto à
redação, houve apenas a escrita de um conto. Já as cópias e as
questões gramaticais foram as atividades mais enfatizadas.
2008
 A professora do 5º ano não respondeu o questionário GERES.
 Nos cadernos de seus alunos, no que se refere à produção de
textos, foi encontrada apenas a escrita de um conto.
 A atividade de cópia se limitou a enunciados do livro didático.
 As atividades relacionadas a categorias gramaticais ocorreram
com frequência relativamente alta ao longo do ano letivo.
Entrevistas
 Quatro das seis famílias entrevistadas associaram a guarda dos
cadernos a uma prática afetiva.
 Três famílias manifestaram preocupação com a trajetória escolar
dos filhos dimensionada na perspectiva da conclusão do ensino
médio. O prosseguimento dos estudos em nível superior é
entendido como algo não tangível, inviável face às condições
materiais de existência, ou como um sonho de difícil
materialização.
 Três famílias mostraram que as expectativas e aspirações
escolares futuras incluem o ensino superior. Uma das famílias vive
na comunidade situada na zona sul e a outra no subúrbio do Rio.
Ambas são compostas por três irmãos, mas com trajetórias e
faixas etárias bastante distintas.
 As famílias do primeiro grupo revelaram não serem presentes no
cotidiano escolar dos filhos, mantendo-se distantes da escola.
 As outras três famílias posicionaram-se como famílias presentes,
que conhecem a escola dos filhos e procuram incentivar o processo
de escolarização através de cursos e atividades extras. Elas
informaram que almejam que seus filhos concluam o Ensino
Superior e que se esforçam para que essa meta seja alcançada.
Alguns relatos das entrevistas
 Mãe de ―E‖: Ah porque eu já joguei muita coisa fora e guardei
as mais importantes né? Na verdade eu acho legal ver os
desenhinhos deles, os boletins deles, tá sempre olhando os
boletins deles, certinho, bonitinho, tá tudo grampeado. Tudo
em ordem. Eu deixo assim tudo em ordem... (Falando
enquanto mostra o material cuidadosamente guardado).
 Mãe de ―A‖: Ah, não sei. Acho que é de família, que :: na
minha família todo mundo guardou. Aí todo mundo guardou o
caderno, guardou o primeiro lençol, o primeiro macacão
((risos)). Essas coisas assim. Tanto que minha prima teve
nenê agora vai fazer um mês agora dia vinte e cinco ela tem o
cobertor que foi da minha prima que tá com vinte e nove,
entendeu? A gente passa de um pro outro assim... acho que é
por causa disso.
Conclusão
Por fim, concluímos a partir das respostas das
entrevistas, que a preservação e guarda de cadernos
escolares indicia estreita relação com a afetividade e com
expectativas de sucesso escolar na medida em que se
traduz numa espécie de memória, uma representação de
trajetórias, para algumas, como uma lembrança que os
filhos devem ter de sua trajetória escolar; para outras,
como fonte de consulta e, para uma família em particular,
única com histórico de longevidade escolar em nível
superior no próprio contexto familiar, como parte da
história socioafetiva do grupo familiar.
Mediante as análises realizadas dos cadernos e dos itens
do questionário respondidos pelas professoras,os mesmos
permitiram, até o momento, um mapeamento descritivo e
comparativo das práticas observadas e das práticas
declaradas.
Referências Bibliográficas
 BOURDIEU, Pierre. A escola conservadora: as desigualdades frente à escola e à cultura. In: NOGUEIRA, Maria Alice;
CATANI, Afrânio. (Org.). Escritos de educação. Petrópolis: Vozes, 1998. p.39-64.
 ___.Compreender. In: BOURDIEU, Pierre. (Org.). A miséria do mundo. 2.ed. Petrópolis: Perspectiva, 1997, p.693-713.
 BOURDIEU, Pierre; CHAMPAGNE, Patrick. Os excluídos do interior. In: BOURDIEU, P. (Org.). A miséria do mundo.
Petrópolis: Vozes, 1998a, p.481-486.
 BRANDÃO, Zaia. A produção das elites escolares: escolas, famílias e cultura. Cadernos do CRH (UFBA), v. 20, p.15-22,
2007.
 BRANDÃO, Zaia; MANDELERT, Diana; PAULA, Lucília de. A Circularidade Virtuosa: investigação sobre duas escolas
no Rio de Janeiro. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 35, n. 126, p.747-758, 2005.
 CASTILHO, Ataliba de. A língua falada no ensino de português. São Paulo: Contexto, 2002.
 CHARLOT, Bernard. Relação com o saber e com a escola entre estudantes de periferia. Cadernos de Pesquisa, São
Paulo, n. 97, p.47-63, 1996.
 COLEMAN, James et al. (1966) Equality of educational opportunity (Coleman Report). Washington, U.S. Government
Priinting Office.
 FORQUIN, Jean Claude. (org.).Sociologia da Educação.Dez anos de pesquisa. Petrópolis: Vozes, 1995, p.145-174.
 LAACHER, Smain. L'école et ses miracles: notes sur les déterminants sociaux des trajectoires scolaires des enfants de
familles immigrées. Politix, Paris, n.12, p.25-37, 1990.
 LAGES, Elizabeth Dias Munaier. Família e escola na configuração de percursos escolares de alunos de turmas de
aceleração de aprendizagem. 2001. Dissertação. (Mestrado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais.
 LAHIRE, Bernard. Sucesso escolar nos meios populares: as razões do improvável. São Paulo: Ática, 1997.
 LAURENS, Jean-Paul. 1 sur 500 – La réussite scolaire en milieu populaire. Tolouse: PressesUniversistairesduMirail,
1992.
 NOGUEIRA, Maria Alice. A relação família-escola na contemporaneidade: fenômeno social/interrogações sociológicas.
Análise Social, Lisboa, vol. XL, 2005, p.563-578.
 ___. Favorecimento econômico e excelência escolar: um mito em questão. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro, n. 26, Aug.
2004.<http://www.scielo.br/scielo>. In:dec. 2011.
 NOGUEIRA, Claudio. Marques; NOGUEIRA, Maria Alice. A sociologia da educação de Pierre Bourdieu: limites e
contribuições. Educação & Sociedade, n.78, abr2002, p.15-36.
Referências Bibliográficas
GVIRTZ, Silvina. El discurso escolar a través de los cuadernos de clase. Buenos
Aires, Eudeba, 1999.
GVIRTZ, Silvina & LARRONDO, Marina. Os cadernos de classe como fonte primária de
pesquisa: alcances e limites teóricos e metodológicos para a sua abordagem. In:
MIGNOT, Ana Chrystina Venâncio. Cadernos à vista: Escola, Memória e Cultura escrita.
Rio de Janeiro, EdUERJ, 2008.
GVIRTZ, Silvina. Del curriculum prescrito al curriculum enseñado. Una mirada a los
cuadernos de clase. Ciudad de Buenos Aires, AIQUE Educación, 2009.
HÉBRARD, J. Por uma bibliografia material das escritas ordinárias: o espaço gráfico do
caderno escolar (França — séculos XIX e XX). Trad. Laura Hansen. Revista Brasileira
de História da Educação. Campinas, Autores Associados, n.1, p.115-41, jan./jun.
2001.
LAHIRE, B. Sucesso Escolar nos Meios Populares – As Razões do Improvável. São
Paulo, Ática, 2008.
MIGNOT, Ana Crystina Venancio (Org). Cadernos à vista: escola, memória e cultura
escrita. Rio de Janeiro, EdUERJ, 2008.
MIGNOT, Ana Crystina Venancio. Um objeto quase invisível. In: Cadernos à vista:
escola, memória e cultura escrita. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2008.
SAVIANI, D. Pedagogia historicocrítica: primeiras aproximações. Campinas, Autores
Associados, 2005.
VIÑAO, Antonio. Os cadernos escolares como fonte histórica: aspectos metodológicos e
históricos. In: MIGNOT, A. C. V. Cadernos à vista: Escola, memória e cultura escrita.
Rio de Janeiro, EdUERJ, 2008.

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Cadernos escolares como registro histórico

  • 1. CADERNOS COMO REGISTRO HISTÓRICO: relatos da cultura escolar e familiar Adriana Tomaz (PUC-Rio)
  • 2. A pesquisa  O estudo faz parte do Projeto Inconsistências na Aprendizagem de Leitura e Matemática nos anos Iniciais do Ensino Fundamental – Observatório da Educação (CAPES).  O projeto utiliza dados do Estudo Longitudinal da Geração Escolar 2005 – GERES – de mais 300 escolas públicas e privadas das seguintes cidades: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campinas, Campo Grande e Salvador.  Em comparação com as escolas particulares e federais, os alunos das escolas municipais e estaduais apresentam um desempenho inferior em leitura no início da escolaridade, e essa desigualdade se mantém ao longo dos anos.  Os resultados também indicam ritmos diferenciados de aprendizagem de habilidades de leitura e matemática ao longo dos anos iniciais do ensino fundamental nas escolas e redes de ensino.
  • 3. Metodologia  Como parte das estratégias de investigação dessas inconsistências, foram recolhidos cadernos escolares em escolas municipais selecionadas na cidade do Rio de Janeiro por apresentarem situações contrastantes de aprendizagem: ◦ Escolas que apresentaram uma desaceleração e escolas que apresentaram um aumento no ritmo de aprendizagem nas habilidades de leitura, entre o 2º e o 3º ano do ensino fundamental.
  • 4. Por que analisar os cadernos escolares? E também porque os cadernos escolares são:  expressão do currículo ensinado, que permite uma aproximação ao currículo real, e instrumentos que permitem apreender parte das práticas escolares já vivenciadas.  documentos tipicamente escolares que informam, mesmo que parcialmente, sobre as atividades organizadas de ensino e aprendizagem, especialmente de escrita. • Para perceber que práticas de sala de aula e quais conhecimentos e habilidades foram registrados com maior ou menor frequência em cada um dos quatro anos iniciais do ensino fundamental.
  • 5. Objetivos  Investigar o currículo de Matemática e Português ensinado pelos professores de escolas participantes no Geres, com base em cadernos escolares.  Compreender os motivos pelos quais os cadernos escolares foram guardados pelas famílias ao longo de decorridos anos.  Investigar as relações das famílias que forneceram cadernos à pesquisa com a educação dos filhos e as influências desses hábitos na trajetória escolar.
  • 6. Perspectivas teóricas  Caderno de classe como um espaço de interação entre professores e alunos, por meio das tarefas escolares, como fonte de registro do ensino do professor, como indicador de rendimento escolar dos alunos e como espaço de registro das práticas de ensino (GVIRTZ, 1999) .  Os cadernos são ―uma fonte que fornece informação – por meio, sobretudo, de redações e composições escritas – da realidade material da escola e do que nela se faz‖ (VIÑAO, 2008).  Os cadernos escolares, à medida que são utilizados nas escolas, tornam-se registros do cotidiano e das relações no contexto de ensino, porém, não são objetos neutros que unicamente registram aquilo que se passa, também imprimem ao cotidiano escolar especificidades relativas ao seu uso, implicando na exigência e domínio de alguns saberes que são específicos ao seu manuseio e preenchimento (VIÑAO, apud... Mignon,2008).
  • 7. •Estruturadas em torno do grau de autonomia das práticas e das estratégias educativas familiares em relação à sua classe social. Estudos mostram que famílias pertencentes à mesma classe social podem revelar-se bastante diferentes no que concerne à escolarização dos filhos, indicando que as práticas educativas familiares podem ser mais preditoras dos destinos escolares do que a origem social, mesmo que essas práticas não sejam totalmente independentes da posição da família na estrutura social (FORQUIN, 1995; VAN ZANTEN, 1999; NOGUEIRA, 2005; BRANDÃO, 2005; 2007). •Estudos que consideram as situações escolares dos alunos em suas relações com as estratégias familiares, partindo do princípio de que as famílias podem favorecer ou dificultar a adaptação dos filhos na escola, bem como influenciar a aprendizagem deles e, consequentemente, seus resultados e trajetórias escolares (LAURENS, 1992; LAHIRE 1997; NOGUEIRA, 2004; BRANDÃO, 2007). Perspectivas teóricas
  • 8. Etapas do estudo  2010 – Chamada de solicitação de cadernos em seis escolas da rede municipal do Rio de Janeiro e coleta de cadernos em duas dessas escolas.  2011 – Seleção e análise dos cadernos recebidos quanto ao currículo de língua portuguesa e matemática e a aspectos relacionados à organização do conteúdo.  2012 - Entrevista semiestruturada com as famílias dos alunos que forneceram seus cadernos.
  • 9. Demonstração da estrutura da planilha de análise dos cadernos
  • 10. Entrevistas  Procuramos identificar se existiam, além do ato de guardar os cadernos, outras práticas familiares de valorização e envolvimento escolar, que pudessem contribuir para explicar o bom desempenho que esses alunos apresentaram no Geres.
  • 11. Análise das entrevistas As entrevistas foram analisadas em dois grupos, de acordo com a comunidade onde as famílias residem. Aspectos analisados: ◦ Falas apresentadas pelas famílias sobre o ato de guardar os cadernos escolares. ◦ Práticas familiares que podem se relacionar ao processo de escolarização. ◦ Valorização do saber escolar e da continuidade dos estudos. ◦ Acesso a materiais de leitura, utilização da escrita no cotidiano familiar e acesso a bens culturais. ◦ Identidades culturais que as famílias constroem para si mesmas e para a escola.
  • 12. Cruzamento entre práticas observadas e declaradas 2005  A professora responsável pela turma que cursava o 2º Ano declarou optar por práticas de alfabetização mais contextualizadas. Suas escolhas compreendem ―trabalhar com as vivências dos alunos‖, ―utilizar pequenos textos significativos‖, ―identificar as hipóteses dos estudantes sobre o funcionamento da escrita‖.  A análise das atividades de ensino do sistema de escrita registradas nos cadernos utilizados pelos alunos desta professora mostra ênfase no trabalho com famílias silábicas, separação de sílabas e formação de palavras por meio da junção de sílabas dadas. 2006  A professora que lecionava para o 3º ano declarou partir das vivências dos alunos e de pequenos textos, decompondo-os em palavras, frases, sílabas e fonemas, para alfabetizar seus alunos.  Os registros dos cadernos dos alunos mostram uma boa frequência para as práticas de leitura, embora direcionadas principalmente à leitura de palavras.  As atividades voltadas para a aquisição do sistema de escrita incluíram: separação silábica, formação de frase, abordagem das famílias silábicas, atividades de escrita, além de uma frequência ainda maior de exercícios relacionados a categorias gramaticais.
  • 13. Cruzamento entre práticas observadas e declaradas 2007  A professora do 4º ano declarou desenvolver todas as modalidades de leitura muitas vezes por semana. Com relação à prática de redação, a professora afirmou que nunca solicitava aos alunos que escrevessem sobre um tema escolhido por eles.  As práticas observadas nos cadernos evidenciaram uma baixa frequência de atividades referentes à leitura. Quanto à redação, houve apenas a escrita de um conto. Já as cópias e as questões gramaticais foram as atividades mais enfatizadas. 2008  A professora do 5º ano não respondeu o questionário GERES.  Nos cadernos de seus alunos, no que se refere à produção de textos, foi encontrada apenas a escrita de um conto.  A atividade de cópia se limitou a enunciados do livro didático.  As atividades relacionadas a categorias gramaticais ocorreram com frequência relativamente alta ao longo do ano letivo.
  • 14. Entrevistas  Quatro das seis famílias entrevistadas associaram a guarda dos cadernos a uma prática afetiva.  Três famílias manifestaram preocupação com a trajetória escolar dos filhos dimensionada na perspectiva da conclusão do ensino médio. O prosseguimento dos estudos em nível superior é entendido como algo não tangível, inviável face às condições materiais de existência, ou como um sonho de difícil materialização.  Três famílias mostraram que as expectativas e aspirações escolares futuras incluem o ensino superior. Uma das famílias vive na comunidade situada na zona sul e a outra no subúrbio do Rio. Ambas são compostas por três irmãos, mas com trajetórias e faixas etárias bastante distintas.  As famílias do primeiro grupo revelaram não serem presentes no cotidiano escolar dos filhos, mantendo-se distantes da escola.  As outras três famílias posicionaram-se como famílias presentes, que conhecem a escola dos filhos e procuram incentivar o processo de escolarização através de cursos e atividades extras. Elas informaram que almejam que seus filhos concluam o Ensino Superior e que se esforçam para que essa meta seja alcançada.
  • 15. Alguns relatos das entrevistas  Mãe de ―E‖: Ah porque eu já joguei muita coisa fora e guardei as mais importantes né? Na verdade eu acho legal ver os desenhinhos deles, os boletins deles, tá sempre olhando os boletins deles, certinho, bonitinho, tá tudo grampeado. Tudo em ordem. Eu deixo assim tudo em ordem... (Falando enquanto mostra o material cuidadosamente guardado).  Mãe de ―A‖: Ah, não sei. Acho que é de família, que :: na minha família todo mundo guardou. Aí todo mundo guardou o caderno, guardou o primeiro lençol, o primeiro macacão ((risos)). Essas coisas assim. Tanto que minha prima teve nenê agora vai fazer um mês agora dia vinte e cinco ela tem o cobertor que foi da minha prima que tá com vinte e nove, entendeu? A gente passa de um pro outro assim... acho que é por causa disso.
  • 16. Conclusão Por fim, concluímos a partir das respostas das entrevistas, que a preservação e guarda de cadernos escolares indicia estreita relação com a afetividade e com expectativas de sucesso escolar na medida em que se traduz numa espécie de memória, uma representação de trajetórias, para algumas, como uma lembrança que os filhos devem ter de sua trajetória escolar; para outras, como fonte de consulta e, para uma família em particular, única com histórico de longevidade escolar em nível superior no próprio contexto familiar, como parte da história socioafetiva do grupo familiar. Mediante as análises realizadas dos cadernos e dos itens do questionário respondidos pelas professoras,os mesmos permitiram, até o momento, um mapeamento descritivo e comparativo das práticas observadas e das práticas declaradas.
  • 17. Referências Bibliográficas  BOURDIEU, Pierre. A escola conservadora: as desigualdades frente à escola e à cultura. In: NOGUEIRA, Maria Alice; CATANI, Afrânio. (Org.). Escritos de educação. Petrópolis: Vozes, 1998. p.39-64.  ___.Compreender. In: BOURDIEU, Pierre. (Org.). A miséria do mundo. 2.ed. Petrópolis: Perspectiva, 1997, p.693-713.  BOURDIEU, Pierre; CHAMPAGNE, Patrick. Os excluídos do interior. In: BOURDIEU, P. (Org.). A miséria do mundo. Petrópolis: Vozes, 1998a, p.481-486.  BRANDÃO, Zaia. A produção das elites escolares: escolas, famílias e cultura. Cadernos do CRH (UFBA), v. 20, p.15-22, 2007.  BRANDÃO, Zaia; MANDELERT, Diana; PAULA, Lucília de. A Circularidade Virtuosa: investigação sobre duas escolas no Rio de Janeiro. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 35, n. 126, p.747-758, 2005.  CASTILHO, Ataliba de. A língua falada no ensino de português. São Paulo: Contexto, 2002.  CHARLOT, Bernard. Relação com o saber e com a escola entre estudantes de periferia. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 97, p.47-63, 1996.  COLEMAN, James et al. (1966) Equality of educational opportunity (Coleman Report). Washington, U.S. Government Priinting Office.  FORQUIN, Jean Claude. (org.).Sociologia da Educação.Dez anos de pesquisa. Petrópolis: Vozes, 1995, p.145-174.  LAACHER, Smain. L'école et ses miracles: notes sur les déterminants sociaux des trajectoires scolaires des enfants de familles immigrées. Politix, Paris, n.12, p.25-37, 1990.  LAGES, Elizabeth Dias Munaier. Família e escola na configuração de percursos escolares de alunos de turmas de aceleração de aprendizagem. 2001. Dissertação. (Mestrado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.  LAHIRE, Bernard. Sucesso escolar nos meios populares: as razões do improvável. São Paulo: Ática, 1997.  LAURENS, Jean-Paul. 1 sur 500 – La réussite scolaire en milieu populaire. Tolouse: PressesUniversistairesduMirail, 1992.  NOGUEIRA, Maria Alice. A relação família-escola na contemporaneidade: fenômeno social/interrogações sociológicas. Análise Social, Lisboa, vol. XL, 2005, p.563-578.  ___. Favorecimento econômico e excelência escolar: um mito em questão. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro, n. 26, Aug. 2004.<http://www.scielo.br/scielo>. In:dec. 2011.  NOGUEIRA, Claudio. Marques; NOGUEIRA, Maria Alice. A sociologia da educação de Pierre Bourdieu: limites e contribuições. Educação & Sociedade, n.78, abr2002, p.15-36.
  • 18. Referências Bibliográficas GVIRTZ, Silvina. El discurso escolar a través de los cuadernos de clase. Buenos Aires, Eudeba, 1999. GVIRTZ, Silvina & LARRONDO, Marina. Os cadernos de classe como fonte primária de pesquisa: alcances e limites teóricos e metodológicos para a sua abordagem. In: MIGNOT, Ana Chrystina Venâncio. Cadernos à vista: Escola, Memória e Cultura escrita. Rio de Janeiro, EdUERJ, 2008. GVIRTZ, Silvina. Del curriculum prescrito al curriculum enseñado. Una mirada a los cuadernos de clase. Ciudad de Buenos Aires, AIQUE Educación, 2009. HÉBRARD, J. Por uma bibliografia material das escritas ordinárias: o espaço gráfico do caderno escolar (França — séculos XIX e XX). Trad. Laura Hansen. Revista Brasileira de História da Educação. Campinas, Autores Associados, n.1, p.115-41, jan./jun. 2001. LAHIRE, B. Sucesso Escolar nos Meios Populares – As Razões do Improvável. São Paulo, Ática, 2008. MIGNOT, Ana Crystina Venancio (Org). Cadernos à vista: escola, memória e cultura escrita. Rio de Janeiro, EdUERJ, 2008. MIGNOT, Ana Crystina Venancio. Um objeto quase invisível. In: Cadernos à vista: escola, memória e cultura escrita. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2008. SAVIANI, D. Pedagogia historicocrítica: primeiras aproximações. Campinas, Autores Associados, 2005. VIÑAO, Antonio. Os cadernos escolares como fonte histórica: aspectos metodológicos e históricos. In: MIGNOT, A. C. V. Cadernos à vista: Escola, memória e cultura escrita. Rio de Janeiro, EdUERJ, 2008.