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RESENH
              LOGÍSTICA EMPRESARIAL HOSPITALAR
A




          Professor José Beker

           Adriana Martins dos Santo Moraes de Carvalho

                                e

          Daniele Cristina P. da Silva Lopes


         Página 1 de 51
Sumário
RESUMO...................................................................................3

1 INTRODUÇÃO....................................................................4

1.2 JUSTIFICATIVA.........................................................5

1.4 ESCOPO DO TRABALHO.............................................7

1.5     FORMULAÇÃO DE HIPÓTESES............................7

1.6 ELABORAÇÃO DOS OBJETIVOS............................8




1.7 DEFINIÇÃO DA METODOLOGIA............................8

2 REVISÃO DE LITERATURA........................................9

2.2 - PLANEJAMENTO LOGÍSTICO..........................10

2.3 SISTEMA DE INFORMAÇÃO NA CADEIA DE

SUPRIMENTOS...................................................................12

2.6     PROCESSO DE COMPRAS.....................................16




2.7 Pretensão e realidade ..................................19

2.9     INDICADORES DE DESEMPENHO....................20

3.0 CONCEITOS LEAN....................................................23

3. 1 GESTÃO DE FORNECEDORES.............................26

3.2     METAS DO DEPARTAMENTO..............................27




   Página 2 de 51
3.3      NOVAS FERRAMENTAS DE MELHORIAS NO

    PROCESSO DE COMPRAS...............................................28

    4.0 Custos logísticos hospitalares..............37

    4.1 Contabilidade de custos ..............................38

    5 .0 CONCLUSÕES............................................................47

    REFERÊNCIAS....................................................................50




    RESUMO


A presente resenha busca apresentar uma visão macro da Logística Empresarial. Nas últimas
Quatro décadas, a logística avançou do transporte/depósito/armazenagem para o nível
Estratégico da empresa.
Na base do moderno conceito de Logística integrada está o entendimento de que a Logística
Deve ser vista como um instrumento de marketing, uma ferramenta gerencial, capaz de
Agregar valor por meio dos serviços prestados, além de constituir-se em oportunidade de
Redução de custos. No cenário atual, preocupar-se com a logística tornou-se fundamental nas
empresas. O ambiente em que as empresas operam atualmente é muito complexo e fortemente
 competitivo. Portanto, elas estão buscando a diferenciação e o estabelecimento de vantagens
 competitivas em relação aos seus concorrentes.
Para alcançar esses objetivos, cada um tenta encontrar o seu próprio caminho; porém, um
ponto comum pode ser observado: a opção pela aplicação da logística, que deve ser entendida
como o gerenciamento estratégico dos fluxos de materiais e das informações correlatas para
levar, de forma eficiente e eficaz, os produtos de uma origem a um destino.


A globalização, a mudança no comportamento dos consumidores, a redução do ciclo de vida
dos produtos e o enfraquecimento das marcas exigem que as organizações adquiram e
desenvolvam novas competências para conquistar e manter clientes. Ampliam-se as dimensões
da competitividade, a qual deixa de ser regional para ser global. A concorrência passa a
acontecer entre cadeias produtivas e não mais entre empresas isoladas. Nesse contexto, as



        Página 3 de 51
vantagens e diferenciais competitivos são cada vez mais efêmeros. Rapidez e flexibilidade
deixam de ser apenas um discurso e tornam-se obrigatória.


A logística empresarial inclui todas as atividades de movimentação de produtos e a
transferência de informações, porém para a que seja gerenciada de forma integrada, a logística
deve ser trabalhada como um sistema, ou seja, um conjunto de componentes interligados,
trabalhando de forma coordenada, com o objetivo de atingir um objetivo comum. A tentativa
de otimização de cada um dos componentes, isoladamente, não leva a otimização de todo o
sistema. Ao contrário, leva a sub-otimização. Tal princípio é normalmente conhecido como
trade-off, ou seja, o princípio das compensações, ou perdas e ganhos.
Desta forma, pretendem-se apresentar as principais implicações da logística, citações das
práticas logísticas existentes, bem como a descrição de formas e meios de aplicar princípios
logísticos, proporcionando uma base conceitual para integração da logística como
competência central na estratégia empresarial.




    1 INTRODUÇÃO


 1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS


 Diante do ambiente competitivo das empresas, surge a preocupação com a melhoria
 contínua da qualidade dos produtos e processos oferecidos por uma organização. Uma forma
 eficaz de se obter vantagem nesta competição é através do gerenciamento da cadeia de
 suprimentos, a qual aborda o projeto, o planejamento, a gestão e a coordenação do fluxo de
 materiais e informações desde o fornecedor até o consumidor final, buscando a integração de
 recursos humanos e físicos que possibilite o alcance do objetivo final de satisfação do cliente,
 com entregas no prazo e com qualidade.
 A análise da Cadeia de Suprimentos permite identificar potenciais oportunidades de
 melhorias na gestão e na tomada de decisão dos diversos elos das cadeias, através da
 coordenação do fluxo de produtos e informações na cadeia. Como forma de facilitar essa
 coordenação, sistemas de informação estão sendo utilizados para o gerenciamento da cadeia
 de suprimentos. Para Chopra e Meindl (2003), a tecnologia da informação proporciona o
 conhecimento do escopo global necessário para tomar boas decisões, utilizando-se de
 ferramentas para reunir essas informações e analisá-las objetivando tomar as melhores
 decisões sobre a cadeia de suprimentos.

        Página 4 de 51
Para análise dos resultados obtidos com o gerenciamento da cadeia de suprimentos, é
de fundamental importância que sejam criados indicadores de desempenho como forma de
avaliação dos resultados obtidos, monitorando e guiando a empresa em direção aos seus
objetivos estratégicos. Os indicadores permitem que o gestor compreenda o funcionamento
organizacional, gerando informações relevantes para a tomada de decisão.
O processo da cadeia de suprimentos, que é abordado neste trabalho, refere-se ao
processo de Compras, o qual consiste em garantir que os materiais necessários em uma
organização estejam disponíveis no tempo, quantidade e especificações corretos. É
apresentada a evolução do processo de compras que vem de uma atividade extremamente
operacional para uma função de análise e participação nas estratégias da organização. As
melhorias do processo de Compras possibilitam a otimização da operação de compras,
buscando vantagens na negociação de preços, melhor eficiência, controle mais rigoroso dos
gastos e melhores níveis de serviços. Outra função fundamental do processo de Compras está
na avaliação e seleção de fornecedores, buscando uma relação de longo prazo para aquisição
de materiais que atendam as necessidades da organização.
O conceito lean também é abordado neste trabalho, através de uma nova concepção,
apresentada por Womack e Jones (2005), em que a logística lean leva a filosofia fundamental
do sistema Toyota de produção e estende esse conceito sem interrupções por toda a cadeia
de suprimento, desde a extração da matéria prima até o consumidor final. Dentro da logística
Lean, a idéia de um consumo lean também é abordada, mostrando a necessidade das
organizações de buscarem por processos que ofereçam a seus clientes uma compra mais
eficiente e com menos sacrifício.




   1.2 JUSTIFICATIVA


A crescente competição por redução de custos e prazos de entrega, o lançamento de
produtos com ciclos de vida cada vez mais curtos, a desregulamentação de barreiras
comerciais e alfandegárias e a crescente expectativa dos clientes por maiores níveis de
serviço têm levado as empresas a direcionar suas atenções para suas cadeias de suprimento.
Dessa forma, o tema escolhido visa apresentar conceitos e práticas de gerenciamento da
cadeia de suprimentos que busquem melhorar os processos de uma organização,
preocupando-se em analisar indicadores de desempenho que sejam capazes de avaliar se os
resultados obtidos estão de acordo com os objetivos estratégicos da organização. Além disso,
o tema do trabalho está diretamente relacionado às atividades de estágio na empresa, a qual

       Página 5 de 51
será tomada como exemplo em muitos conceitos, visando analisar oportunidades de
 melhorias com base nas práticas da empresa e no estudo de novas ferramentas que possam
 ser aplicadas para otimização de processos.




1.3 POR QUE SE PREOCUPAR COM A LOGÍSTICA?


A pergunta que muitos se fazem é: quais as razões para a logística mostrar-se como uma
escolha lógica e oportuna para fazer frente a essas exigências?
Algumas respostas podem ser encontradas ao analisar os aspectos seguintes:


a) a evolução de seu conceito: ao incorporar e utilizar preceitos de marketing, qualidade,
finanças e planejamento, a logística tornou-se uma disciplina multifuncional e, assim,
aumentou sua contribuição para a eficiência e a eficácia da gestão. Ainda mais, é capaz de
manter a
atenção às necessidades internas da empresa e, ao mesmo tempo, voltar os seus olhos aos
desejos dos clientes;


b) o aumento de seu escopo: com o tempo, a logística passou a se preocupar com um número
cada vez maior de atividades e deixou de ser vista como operacional para tornar-se estratégica.
Assim, deve ser considerada em decisões importantes e receber a atenção dos mais
altos escalões da empresa;


c) a ampliação de sua abrangência: inicialmente tratada de forma funcional, passou a integrar
as diversas funções internas da empresa e, hoje, funciona como elo entre clientes e
fornecedores;


d) enfoque sistêmico e orientação para processos: permitem uma visão global da empresa e da
cadeia produtiva como um todo. Desse modo, de forma integradora, propicia que todos os
interesses e pontos relevantes sejam analisados na tomada de decisão;


e) preocupação com a gestão de fluxos. O primeiro fluxo é o dos materiais, o qual se inicia no
fornecedor e termina na entrega ao consumidor final. O segundo é o das informações, o qual
tem um sentido inverso ao do anterior. Então, pela sincronização e racionalização destes
fluxos, procura-se, simultaneamente, a redução de estoques, que são consumidores de
recursos, e o aumento da disponibilidade dos produtos. Essa sinergia favorece, também, o

        Página 6 de 51
fluxo financeiro da empresa.




    1.4 ESCOPO DO TRABALHO


 A logística teve sua interpretação inicial ligada à estratégia militar, quase equivalente a
 filosofia de guerra, quando estava relacionada a movimentação e coordenação de tropas,
 armamentos e munições para os locais necessários.
 Desta forma, o sistema logístico foi desenvolvido com o intuito de abastecer, transportar e
 alojar tropas – propiciando que os recursos certos estivessem no local certo e na hora certa.
 Este sistema operacional permitia que as campanhas militares fossem realizadas e contribuía
 para a vitória das tropas nos combates.Atualmente temos o conceito expandido, aplicado a
 gestão empresarial, conforme autores abaixo:
 Segundo Ballou (1998), a logística empresarial estuda como a administração pode prover
 melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores,
 através de planejamento, organização e controle efetivo para as atividades de
 movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos.
 Para Pires (1998), a logística engloba o processo de planejamento, implementação e controle
 da eficiência, custos efetivos de fluxos e estoque de matéria-prima, estoque circulante,
 mercadorias acabadas e informações relacionadas do ponto de origem ao ponto de consumo
 com a finalidade de atender aos requisitos do cliente.
 Novaes (2003) comenta que a Logística moderna procura coligar todos os elementos do
 processo – prazos, integração de setores da empresa e formação de parcerias com
 fornecedores e clientes – para satisfazer as necessidades e preferências dos consumidores
 finais.




    1.5 FORMULAÇÃO DE HIPÓTESES


 A Logística empresarial nasceu da importância da redução de custos nas empresas e na maior
 importância que se dá hoje em atendimento das necessidades dos clientes. Quando todos os
 produtos se tornam iguais, a empresa mais competitiva será aquela que conseguir ser mais
 eficiente e eficaz, se antecipando a prováveis problemas que possa vir a enfrentar.
 Some-se a isso, que o mundo está se tornando cada vez mais um mercado global, as fronteiras

           Página 7 de 51
será tomada como exemplo em muitos conceitos, visando analisar oportunidades de
 melhorias com base nas práticas da empresa e no estudo de novas ferramentas que possam
 ser aplicadas para otimização de processos.




1.3 POR QUE SE PREOCUPAR COM A LOGÍSTICA?


A pergunta que muitos se fazem é: quais as razões para a logística mostrar-se como uma
escolha lógica e oportuna para fazer frente a essas exigências?
Algumas respostas podem ser encontradas ao analisar os aspectos seguintes:


a) a evolução de seu conceito: ao incorporar e utilizar preceitos de marketing, qualidade,
finanças e planejamento, a logística tornou-se uma disciplina multifuncional e, assim,
aumentou sua contribuição para a eficiência e a eficácia da gestão. Ainda mais, é capaz de
manter a
atenção às necessidades internas da empresa e, ao mesmo tempo, voltar os seus olhos aos
desejos dos clientes;


b) o aumento de seu escopo: com o tempo, a logística passou a se preocupar com um número
cada vez maior de atividades e deixou de ser vista como operacional para tornar-se estratégica.
Assim, deve ser considerada em decisões importantes e receber a atenção dos mais
altos escalões da empresa;


c) a ampliação de sua abrangência: inicialmente tratada de forma funcional, passou a integrar
as diversas funções internas da empresa e, hoje, funciona como elo entre clientes e
fornecedores;


d) enfoque sistêmico e orientação para processos: permitem uma visão global da empresa e da
cadeia produtiva como um todo. Desse modo, de forma integradora, propicia que todos os
interesses e pontos relevantes sejam analisados na tomada de decisão;


e) preocupação com a gestão de fluxos. O primeiro fluxo é o dos materiais, o qual se inicia no
fornecedor e termina na entrega ao consumidor final. O segundo é o das informações, o qual
tem um sentido inverso ao do anterior. Então, pela sincronização e racionalização destes
fluxos, procura-se, simultaneamente, a redução de estoques, que são consumidores de
recursos, e o aumento da disponibilidade dos produtos. Essa sinergia favorece, também, o

        Página 6 de 51

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Resenha de logítica

  • 1. [2012] RESENH LOGÍSTICA EMPRESARIAL HOSPITALAR A Professor José Beker Adriana Martins dos Santo Moraes de Carvalho e Daniele Cristina P. da Silva Lopes Página 1 de 51
  • 2. Sumário RESUMO...................................................................................3 1 INTRODUÇÃO....................................................................4 1.2 JUSTIFICATIVA.........................................................5 1.4 ESCOPO DO TRABALHO.............................................7 1.5 FORMULAÇÃO DE HIPÓTESES............................7 1.6 ELABORAÇÃO DOS OBJETIVOS............................8 1.7 DEFINIÇÃO DA METODOLOGIA............................8 2 REVISÃO DE LITERATURA........................................9 2.2 - PLANEJAMENTO LOGÍSTICO..........................10 2.3 SISTEMA DE INFORMAÇÃO NA CADEIA DE SUPRIMENTOS...................................................................12 2.6 PROCESSO DE COMPRAS.....................................16 2.7 Pretensão e realidade ..................................19 2.9 INDICADORES DE DESEMPENHO....................20 3.0 CONCEITOS LEAN....................................................23 3. 1 GESTÃO DE FORNECEDORES.............................26 3.2 METAS DO DEPARTAMENTO..............................27 Página 2 de 51
  • 3. 3.3 NOVAS FERRAMENTAS DE MELHORIAS NO PROCESSO DE COMPRAS...............................................28 4.0 Custos logísticos hospitalares..............37 4.1 Contabilidade de custos ..............................38 5 .0 CONCLUSÕES............................................................47 REFERÊNCIAS....................................................................50 RESUMO A presente resenha busca apresentar uma visão macro da Logística Empresarial. Nas últimas Quatro décadas, a logística avançou do transporte/depósito/armazenagem para o nível Estratégico da empresa. Na base do moderno conceito de Logística integrada está o entendimento de que a Logística Deve ser vista como um instrumento de marketing, uma ferramenta gerencial, capaz de Agregar valor por meio dos serviços prestados, além de constituir-se em oportunidade de Redução de custos. No cenário atual, preocupar-se com a logística tornou-se fundamental nas empresas. O ambiente em que as empresas operam atualmente é muito complexo e fortemente competitivo. Portanto, elas estão buscando a diferenciação e o estabelecimento de vantagens competitivas em relação aos seus concorrentes. Para alcançar esses objetivos, cada um tenta encontrar o seu próprio caminho; porém, um ponto comum pode ser observado: a opção pela aplicação da logística, que deve ser entendida como o gerenciamento estratégico dos fluxos de materiais e das informações correlatas para levar, de forma eficiente e eficaz, os produtos de uma origem a um destino. A globalização, a mudança no comportamento dos consumidores, a redução do ciclo de vida dos produtos e o enfraquecimento das marcas exigem que as organizações adquiram e desenvolvam novas competências para conquistar e manter clientes. Ampliam-se as dimensões da competitividade, a qual deixa de ser regional para ser global. A concorrência passa a acontecer entre cadeias produtivas e não mais entre empresas isoladas. Nesse contexto, as Página 3 de 51
  • 4. vantagens e diferenciais competitivos são cada vez mais efêmeros. Rapidez e flexibilidade deixam de ser apenas um discurso e tornam-se obrigatória. A logística empresarial inclui todas as atividades de movimentação de produtos e a transferência de informações, porém para a que seja gerenciada de forma integrada, a logística deve ser trabalhada como um sistema, ou seja, um conjunto de componentes interligados, trabalhando de forma coordenada, com o objetivo de atingir um objetivo comum. A tentativa de otimização de cada um dos componentes, isoladamente, não leva a otimização de todo o sistema. Ao contrário, leva a sub-otimização. Tal princípio é normalmente conhecido como trade-off, ou seja, o princípio das compensações, ou perdas e ganhos. Desta forma, pretendem-se apresentar as principais implicações da logística, citações das práticas logísticas existentes, bem como a descrição de formas e meios de aplicar princípios logísticos, proporcionando uma base conceitual para integração da logística como competência central na estratégia empresarial. 1 INTRODUÇÃO 1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS Diante do ambiente competitivo das empresas, surge a preocupação com a melhoria contínua da qualidade dos produtos e processos oferecidos por uma organização. Uma forma eficaz de se obter vantagem nesta competição é através do gerenciamento da cadeia de suprimentos, a qual aborda o projeto, o planejamento, a gestão e a coordenação do fluxo de materiais e informações desde o fornecedor até o consumidor final, buscando a integração de recursos humanos e físicos que possibilite o alcance do objetivo final de satisfação do cliente, com entregas no prazo e com qualidade. A análise da Cadeia de Suprimentos permite identificar potenciais oportunidades de melhorias na gestão e na tomada de decisão dos diversos elos das cadeias, através da coordenação do fluxo de produtos e informações na cadeia. Como forma de facilitar essa coordenação, sistemas de informação estão sendo utilizados para o gerenciamento da cadeia de suprimentos. Para Chopra e Meindl (2003), a tecnologia da informação proporciona o conhecimento do escopo global necessário para tomar boas decisões, utilizando-se de ferramentas para reunir essas informações e analisá-las objetivando tomar as melhores decisões sobre a cadeia de suprimentos. Página 4 de 51
  • 5. Para análise dos resultados obtidos com o gerenciamento da cadeia de suprimentos, é de fundamental importância que sejam criados indicadores de desempenho como forma de avaliação dos resultados obtidos, monitorando e guiando a empresa em direção aos seus objetivos estratégicos. Os indicadores permitem que o gestor compreenda o funcionamento organizacional, gerando informações relevantes para a tomada de decisão. O processo da cadeia de suprimentos, que é abordado neste trabalho, refere-se ao processo de Compras, o qual consiste em garantir que os materiais necessários em uma organização estejam disponíveis no tempo, quantidade e especificações corretos. É apresentada a evolução do processo de compras que vem de uma atividade extremamente operacional para uma função de análise e participação nas estratégias da organização. As melhorias do processo de Compras possibilitam a otimização da operação de compras, buscando vantagens na negociação de preços, melhor eficiência, controle mais rigoroso dos gastos e melhores níveis de serviços. Outra função fundamental do processo de Compras está na avaliação e seleção de fornecedores, buscando uma relação de longo prazo para aquisição de materiais que atendam as necessidades da organização. O conceito lean também é abordado neste trabalho, através de uma nova concepção, apresentada por Womack e Jones (2005), em que a logística lean leva a filosofia fundamental do sistema Toyota de produção e estende esse conceito sem interrupções por toda a cadeia de suprimento, desde a extração da matéria prima até o consumidor final. Dentro da logística Lean, a idéia de um consumo lean também é abordada, mostrando a necessidade das organizações de buscarem por processos que ofereçam a seus clientes uma compra mais eficiente e com menos sacrifício. 1.2 JUSTIFICATIVA A crescente competição por redução de custos e prazos de entrega, o lançamento de produtos com ciclos de vida cada vez mais curtos, a desregulamentação de barreiras comerciais e alfandegárias e a crescente expectativa dos clientes por maiores níveis de serviço têm levado as empresas a direcionar suas atenções para suas cadeias de suprimento. Dessa forma, o tema escolhido visa apresentar conceitos e práticas de gerenciamento da cadeia de suprimentos que busquem melhorar os processos de uma organização, preocupando-se em analisar indicadores de desempenho que sejam capazes de avaliar se os resultados obtidos estão de acordo com os objetivos estratégicos da organização. Além disso, o tema do trabalho está diretamente relacionado às atividades de estágio na empresa, a qual Página 5 de 51
  • 6. será tomada como exemplo em muitos conceitos, visando analisar oportunidades de melhorias com base nas práticas da empresa e no estudo de novas ferramentas que possam ser aplicadas para otimização de processos. 1.3 POR QUE SE PREOCUPAR COM A LOGÍSTICA? A pergunta que muitos se fazem é: quais as razões para a logística mostrar-se como uma escolha lógica e oportuna para fazer frente a essas exigências? Algumas respostas podem ser encontradas ao analisar os aspectos seguintes: a) a evolução de seu conceito: ao incorporar e utilizar preceitos de marketing, qualidade, finanças e planejamento, a logística tornou-se uma disciplina multifuncional e, assim, aumentou sua contribuição para a eficiência e a eficácia da gestão. Ainda mais, é capaz de manter a atenção às necessidades internas da empresa e, ao mesmo tempo, voltar os seus olhos aos desejos dos clientes; b) o aumento de seu escopo: com o tempo, a logística passou a se preocupar com um número cada vez maior de atividades e deixou de ser vista como operacional para tornar-se estratégica. Assim, deve ser considerada em decisões importantes e receber a atenção dos mais altos escalões da empresa; c) a ampliação de sua abrangência: inicialmente tratada de forma funcional, passou a integrar as diversas funções internas da empresa e, hoje, funciona como elo entre clientes e fornecedores; d) enfoque sistêmico e orientação para processos: permitem uma visão global da empresa e da cadeia produtiva como um todo. Desse modo, de forma integradora, propicia que todos os interesses e pontos relevantes sejam analisados na tomada de decisão; e) preocupação com a gestão de fluxos. O primeiro fluxo é o dos materiais, o qual se inicia no fornecedor e termina na entrega ao consumidor final. O segundo é o das informações, o qual tem um sentido inverso ao do anterior. Então, pela sincronização e racionalização destes fluxos, procura-se, simultaneamente, a redução de estoques, que são consumidores de recursos, e o aumento da disponibilidade dos produtos. Essa sinergia favorece, também, o Página 6 de 51
  • 7. fluxo financeiro da empresa. 1.4 ESCOPO DO TRABALHO A logística teve sua interpretação inicial ligada à estratégia militar, quase equivalente a filosofia de guerra, quando estava relacionada a movimentação e coordenação de tropas, armamentos e munições para os locais necessários. Desta forma, o sistema logístico foi desenvolvido com o intuito de abastecer, transportar e alojar tropas – propiciando que os recursos certos estivessem no local certo e na hora certa. Este sistema operacional permitia que as campanhas militares fossem realizadas e contribuía para a vitória das tropas nos combates.Atualmente temos o conceito expandido, aplicado a gestão empresarial, conforme autores abaixo: Segundo Ballou (1998), a logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controle efetivo para as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. Para Pires (1998), a logística engloba o processo de planejamento, implementação e controle da eficiência, custos efetivos de fluxos e estoque de matéria-prima, estoque circulante, mercadorias acabadas e informações relacionadas do ponto de origem ao ponto de consumo com a finalidade de atender aos requisitos do cliente. Novaes (2003) comenta que a Logística moderna procura coligar todos os elementos do processo – prazos, integração de setores da empresa e formação de parcerias com fornecedores e clientes – para satisfazer as necessidades e preferências dos consumidores finais. 1.5 FORMULAÇÃO DE HIPÓTESES A Logística empresarial nasceu da importância da redução de custos nas empresas e na maior importância que se dá hoje em atendimento das necessidades dos clientes. Quando todos os produtos se tornam iguais, a empresa mais competitiva será aquela que conseguir ser mais eficiente e eficaz, se antecipando a prováveis problemas que possa vir a enfrentar. Some-se a isso, que o mundo está se tornando cada vez mais um mercado global, as fronteiras Página 7 de 51
  • 8. será tomada como exemplo em muitos conceitos, visando analisar oportunidades de melhorias com base nas práticas da empresa e no estudo de novas ferramentas que possam ser aplicadas para otimização de processos. 1.3 POR QUE SE PREOCUPAR COM A LOGÍSTICA? A pergunta que muitos se fazem é: quais as razões para a logística mostrar-se como uma escolha lógica e oportuna para fazer frente a essas exigências? Algumas respostas podem ser encontradas ao analisar os aspectos seguintes: a) a evolução de seu conceito: ao incorporar e utilizar preceitos de marketing, qualidade, finanças e planejamento, a logística tornou-se uma disciplina multifuncional e, assim, aumentou sua contribuição para a eficiência e a eficácia da gestão. Ainda mais, é capaz de manter a atenção às necessidades internas da empresa e, ao mesmo tempo, voltar os seus olhos aos desejos dos clientes; b) o aumento de seu escopo: com o tempo, a logística passou a se preocupar com um número cada vez maior de atividades e deixou de ser vista como operacional para tornar-se estratégica. Assim, deve ser considerada em decisões importantes e receber a atenção dos mais altos escalões da empresa; c) a ampliação de sua abrangência: inicialmente tratada de forma funcional, passou a integrar as diversas funções internas da empresa e, hoje, funciona como elo entre clientes e fornecedores; d) enfoque sistêmico e orientação para processos: permitem uma visão global da empresa e da cadeia produtiva como um todo. Desse modo, de forma integradora, propicia que todos os interesses e pontos relevantes sejam analisados na tomada de decisão; e) preocupação com a gestão de fluxos. O primeiro fluxo é o dos materiais, o qual se inicia no fornecedor e termina na entrega ao consumidor final. O segundo é o das informações, o qual tem um sentido inverso ao do anterior. Então, pela sincronização e racionalização destes fluxos, procura-se, simultaneamente, a redução de estoques, que são consumidores de recursos, e o aumento da disponibilidade dos produtos. Essa sinergia favorece, também, o Página 6 de 51