2. Universidade Salgado de Oliveira
Adriana Maria do Nascimento Freitas
Priscila Nascimento de Alencar
PROJETO DE CIÊNCIAS NATURAIS
Projeto apresentado pelas Alunas
Adriana Maria do Nascimento Freitas e
Priscila Nascimento de Alencar da turma
60451M do curso de Pedagogia da
Universidade Salgado de Oliveira, como
avaliação de Estágio Supervisionado a
professora Ediana Rodrigues.
Recife, 2009
4. APRESENTAÇÃO
A proposta de ser trabalhada o tema água como projeto de intervenção na
disciplina de Estágio Supervisionado em Ciências, se deu a partir das
observações realizadas no campo de estagio, realizadas no Centro Educacional
Santa Mônica, Situada na UR- 12 Ibura. A proposta surgiu a partindo da realidade
dos alunos, pois pudemos observar um grande desperdício de água na escola e
na comunidade como um todo e pouca informação por parte dos alunos.
O projeto tem como tema “Água Fonte de vida”, Tendo pro objetivo transmitir ao
aluno e conscientiza-lo da importância da água como recurso natural para o nosso
dia a dia, assim como sua preservação, pois ela nos trará muitos benefícios.
Como recurso utilizamos: murais, cartazes, áudio- visuais, leituras de textos
informativos, livros, passeios e conversas informais sobre o tema.
A avaliação será durante o processo de aplicação do projeto, observando
aspectos como: a participação, interação, integração, compreensão dos conteúdos
estudados.
A conclusão do projeto se dará em uma mostra de conhecimentos, no qual os
alunos irão apresentar em duplas sob forma de cartazes, jograis, parodias, cordel
dentre outros meios que eles acharem oportuno, os conhecimentos adquiridos
através do processo de ensino aprendizagem.
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5. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
O presente relatório desenvolvido no Centro Educacional Santa Mônica situado na
UR – 2 Ibura, com os alunos do 3º ano do 1º ciclo. A escola possui uma estrutura
pedagógica composta por uma diretora, uma vice-diretora, cinco professores, uma
coordenadora de apoio, que se responsabiliza pelo hotelzinho e uma cozinheira.
Possui uma estrutura física de pequeno porte composta por uma sala de direção,
3 salas de aula, um pátio de recreação, três sanitários, sendo um masculino, um
feminino e o outro pertence ao espaço do hotelzinho com cama, berço, sofá,
cadeiras brinquedos e etc.
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6. TEMA: Água Fonte de Vida
SÉRIE: 4ª
OBJETIVO GERAL:
Transmitir ao aluno e conscientiza-lo da importância da água como recurso natural
para o nosso dia a dia, assim como sua preservação, pois ela nos trará muitos
benefícios.
OBJETIVO ESPECIFICO:
Saber sobre a necessidade de se economizar água.
Reconhecer a importância da água para a vida e suas diversas utilidades.
Compreender o ciclo da água.
Conhecer as causas da poluição da água.
Identificar os cuidados que devemos ter com a água potável.
Identificar o percurso da água do rio até as casas.
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7. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Sabe-se que os professores das séries Iniciais do Ensino Fundamental são
responsáveis Pelo trabalho pedagógico em diversas áreas do saber como
(Matemática, Ciências Naturais, Português, Estudos Sociais e Artes, entre outras),
têm trazido problemas para sua prática docente, sobretudo no que se refere ao
domínio dos conteúdos conceituais básicos de cada uma destas áreas do saber.
Como Pudemos observar em nosso campo de estágio os professores
responsáveis em trabalhar varias disciplinas, muitas vezes não tinham nem tempo
de fazer planejamento e quando o faziam nem sempre o seguiam. Percebemos
que os próprios professores sentiam dificuldades em trabalhar conteúdos de
ciências, limitando-se apenas ao livro didático, pois sentem um certo receio dos
questionamentos realizados pelos alunos como afirma (BIZZO, 1998 pg. 49) ao
dizer que “muitos professores confessam estar inseguros diante das aulas de
ciências pela simples razão de poderem ser inquiridos sobre questões as quais
não saberão responder. Isto tem prejudicado fortemente o ensino neste nível de
escolarização da Educação Básica. Pois os conteúdos de Ciências Naturais
acabam por ser trabalhados, em sua maioria, de forma reduzida, em termos de
tempo destinado a cada atividade e da quantidade de momentos específicos
destinados às discussões sobre cada assunto. Este contexto tem dificultado a
ocorrência de quantidade de práticas pedagógicas que busquem implementar no
Ensino Fundamental o processo de Alfabetização Científico-Tecnológica dos
alunos. Pois as aplicações tecnológicas são um grande campo a ser explorado
pelo professor, proporcionando a seus alunos a vivencia plena das aplicações de
princípios a situações diversas (BIZZO, 1998 pg. 54).
A pratica da professora observada é voltada para o livro didático, as aulas são
expositivas, com pouco dialogo, as dúvidas dos alunos são anotadas e esquecidas
pela professora.
Sabe-se, portanto que atualmente o ensino de Ciências Naturais nas Séries
Iniciais do Ensino Fundamental é pouco desenvolvido nas escolas.
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8. Quando acontece, na maioria das vezes é trabalhado de forma desvinculada da
realidade dos alunos, caracterizando-se como uma espécie de transcrição do livro
didático adotado. Para o tratamento dos temas escolhidos os professores não
costumam partir de informações e/ou situações que são familiares aos alunos, de
modo geral, as poucas aulas de Ciências ministradas não têm proporcionado aos
alunos uma aprendizagem mínima de conceitos científicos.
Diante deste cenário trazemos a proposta de trabalhar o tema água como Fonte
de vida pois ajudara o aluno na compreensão do mundo e suas transformações e
permitir que se reconheçam como parte integrante do universo. Por meio desse
saber poderão questionar e criticar o que vemos e ouvimos, intervir na natureza e
fazer uso de seus recursos de forma responsável. Ao ensinar ciências o professor
deve possibilitar condições para a produção do conhecimento cientifico orientando
suas ações de forma consciente e democrática, considerando o conhecimento
prévio do aluno, promovendo a reflexão expandindo até o campo cientifico para
tornar a aprendizagem significativa despertando o gosto pela ciência e pela
pesquisa. Como Afirma (MORAES 1988 pg. 14) quando diz que “o conhecimento
prévio do aluno deve ser o ponto de partida para a sua aprendizagem. Por isso é
importante iniciar as aulas com questionamentos e deixa-los falar”. A atitude do
professor é sempre uma referência para o aluno, por isso ele tem que desenvolver
posturas e valores coerentes entre os seres humanos, o meio ambiente e o
conhecimento. Porém sabemos que o ensino de ciências é pouco utilizado nas
escolas, pois exige maior aprofundamento e planejamento dos professores,
provocando insegurança nos docentes, diante dos conhecimentos das ciências
naturais causando uma grande preocupação, pois provoca o receio de discutir
temas que envolvam valores, pontos de vista, pois esse processo exige do
professor mudança de postura na elaboração do planejamento, visto que é notório
o interesse dos alunos por temas como os animais, as plantas, o ambiente, o
corpo humano. De acordo com (MORAES, 1998 pg. 26):
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9. “Nenhuma proposta de estruturação curricular pode garantir
a qualidade do ensino que se faz nas escolas. São os
professores, os bons professores, aqueles que se
interessam pelos seus alunos, gostam do que fazem e
buscam atualização constante, lendo, discutindo,
participando de cursos e de grupos de estudo, que poderão
adequar as diferentes propostas á sua realidade, ou melhor,
à realidade da comunidade na qual atuam”.
Atualmente os professores podem contar com o apoio dos PCNs de Ciências
Naturais que apresentam propostas para contornar as situações problemas
existentes, procurando dar ao professor condições de melhorar a sua pratica
pedagógica. Dessa forma os professores precisam propor atividades para que as
crianças “sintam o prazer de descobrir, de observar, de comparar, de classificar e
de descrever a realidade” (MORAES, 1995, p. 10). Dessa forma a sociedade exige
maior participação dos alunos, como cidadãos, em questões que afetam seu modo
de vida, sendo dispensável o confinamento do aluno dentro da sala de aula, é
necessário que os educandos tenham contato com a realidade, que sejam levados
para fora da sala de aula para que possam estabelecer relações com a realidade,
expandindo sua visão de mundo. O professor deve da oportunidade para
experimentação. Porque através dela os alunos começarão a fazer
questionamentos e a busca pelo conhecimento, fazendo a relação do aprendido
com a realidade que vivem. Isto requer do professor sensibilidade, senso de
observação e metodologias adequadas as crianças cheias de vontades,
curiosidades e conhecimentos para que possam construir o conhecimento. Diante
de todas essas concepções, percebemos que:
“O ensino de ciências nas séries iniciais deve procurar conservar o espírito lúdico
das crianças, o que pode ser conseguido através da proposição de atividades
desafiadoras e inteligentes. As experiências devem ser de tal espécie que
promovam uma participação alegre e curiosa das crianças , possibilitando-lhes o
prazer de fazerem descobertas pelo próprio esforço.Assim o ensino de ciências
estará integrando mundo , pensamento e linguagem, possibilitando as crianças
uma leitura de mundo mais consciente e ampla , ao mesmo tempo em que auxilia
numa efetiva alfabetização dos alunos.”(MORAES 1995, pg. 14)
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10. A partir dos estudos em sala de aula percebemos a importância de ser trabalhado
o ensino de ciências, pois através dele os alunos irão se perceber como fruto
meio, entendendo os fenômenos que acontecem a sua volta. Não esquecendo de
que este trabalho deve ser bem planejado pelo professor tentando identificar as
hipóteses dos alunos, incentiva-los a pesquisa e a busca do conhecimento,
justamente para da este suporte ao professor que o ensino de Ciências está
previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96, no Art. 32,
II, “a compreensão do ambiente natural e social [...], da tecnologia [...]”, bem como,
nos Parâmetros Curriculares Nacionais que tem como objetivo:
“Os Objetivos de Ciências Naturais no ensino fundamental são concebidos
para que o aluno desenvolva competências que lhe permitam compreender
o mundo e atuar como individuo e como cidadão utilizando conhecimentos
de natureza cientifica e tecnológica”. (BRASIL, 1998).
Nesse sentido, percebemos o significado expressivo de um ensino abrangente
vinculado aos fatos científicos e tecnológicos, trabalhado de forma interdisciplinar
e que valorize esses saberes como indispensáveis para o desenvolvimento da
democracia. Consideramos de grande importância o papel das ciências naturais,
hoje, no cotidiano escolar, pois requer que os estudantes investiguem ativamente,
tenham curiosidade, podendo assim construir suas próprias conclusões,
efetivando um ensino globalizado através de atividades interdisciplinares,
estimulando a criatividade e o interesse por materiais concretos se traduzindo
numa aprendizagem significativa.
Percebemos que o ensino de ciências nos dias atuais, não pode ser neutro, deve
sim considerar o conhecimento prévio do aluno, atendendo suas necessidades
visando uma compreensão efetiva e critica de modo que o educando possa ser
sujeito da construção e transformação de sua realidade.
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11. METODOLOGIA
Primeira etapa: Sensibilização - Reunir os alunos em circulo e promover o debate
a partir de questionamentos relacionados á:
Realizar debates sobre:
De onde costumamos pegar água para beber?
Onde podemos encontrar água na natureza?
Será que toda água é própria para beber? Por quê?
Como a água chega às nossas residências?
Leitura de textos atuais sobre a água pesquisados pelos alunos
Mostrar um vídeo sobre o ciclo da água
Após o debate mostrar como a água chega em nossas casas através de vídeo
sobre o ciclo da água.
Solicitar a pesquisa de textos e figuras para a próxima aula sobre a poluição da
água.
Segunda etapa: Poluição da água – iniciar a aula solicitando que todos façam um
circulo e pedir que mostrem as figuras que trouxeram e os textos para que seja
realizada a leitura. A partir dos textos lidos e figuras apresentadas realizar os
questionamentos para debate. Após o debate montar um mural com fotos e textos
produzidos pelos alunos.
Quem são os responsáveis pela poluição da água?
Quais os tipos de poluição?
O que poderia ser feito para evitar a poluição?
Confeccionar cartazes com os tipos de poluição
Ouvir e cantar a musica “Planeta Água” de Guilherme Arantes e realizar
debate sobre a música “Quais os benefícios da água para nós?”
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12. Passeio barco escola, identificar como esta poluída nossos rios
Terceira Etapa: Chega de desperdício – Iniciar com os alunos em circulo,
solicitando para que eles escrevam ou desenhem como eles desperdiçam água
em seu dia a dia. Depois pedir que eles socializem o que fizeram, a partir daí
promover o debate. Ouvir a música Terra Planeta Água de Guilherme Arantes,
Debater e depois Montar um mural sobre o desperdício de água.
Reflexão sobre quanto gastamos de água por dia
O que podemos fazer para economizar?
Fazer analise da conta de água, mostrar como podemos fazer o controle da
água que gastamos a través da conta.
Fazer mural com o tema “Como desperdiçamos a água tão preciosa do
nosso Planeta”
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13. CRONOGRAMA
DIA CONTEÚDOS ATIVIDADE
04/05 Ciclo da água Debate sobre o
tema
Vídeo sobre o ciclo
da água
11/05 Poluição da água Debate sobre o
tema
Leitura de textos
informativos e
mostra de figuras.
Confecção de
mural
14/05 Desperdício da Debate sobre o
tema
água
Leitura de textos
Ouvir a música
„Terra Planeta
água de Guilherme
Arantes.
Debate
Confecção de
mural
18/05 Mostra de
conhecimentos
Culminância
através de
cartazes, parodias,
jograis, livros etc.
CULMINANCIA
Serão formadas duplas nas quais irão confeccionar jograis, parodia, cordel, gibis,
histórias, caça-palavras dentre outras. Todas voltadas para os temas trabalhados.
Será apresentado para a turma.
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14. AVALIAÇÃO
A avaliação será feita através da observação e trabalhos realizados pelos alunos
realizados durante o projeto. Avaliar nas falas e nas produções das crianças, se
elas conseguiram obter informações corretas e suficientes em relação ao tema
abordado, a integração, a participação e interação.
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15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BIZZO, N.Ciências: fácil ou difícil. ED. Ática, São Paulo, SP, 1998.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais (1º e
2º ciclos). Vol. 4 / Secretaria de Educação Fundamental. 2ª ed. Rio
de Janeiro: MEC/SEF, DP&A, 2000.
MORAES, Roque. Ciências para as séries iniciais e alfabetização. Porto Alegre:
Sagra: DC Luzzatto, 1995.
MORAES, Roque. Educação em ciências nas séries iniciais. . Porto Alegre: Sagra:
DC Luzzatto, 1998.
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16. ÁGUA FONTE DE VIDA
Adriana Maria do Nascimento Freitas
Priscila Nascimento de Alencar
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estagio supervisionado nos fez refletir a partir de várias questões em relação
ao ensino de ciências, pois não tínhamos idéia de quanto é importante essa
disciplina para o aluno, de como incentivá-los a pesquisa, ao conhecimento
cientifico é fundamental para sua formação. Apesar de sabermos que o ensino
de ciências não é muito presente nas escolas. Nos surpreendemos bastante
com a disponibilidade das crianças em discutir o tema abordado, mesmo
sabendo que os mesmos já haviam estudado sobre a água, levamos a
proposta ao professor da turma que achou interessante o aprofundamento no
tema. Houve um grande interesse em participar de praticamente todas as
atividades desenvolvidas. No inicio percebia-se um pouco de “medo” nos
alunos no momento de tomar as iniciativas de apresentarem para seus colegas
suas pesquisas e suas atividades, mas durante o processo a maioria dos
alunos foi se entrosando, demonstrando curiosidade em aprender o conteúdo
sem se preocupar com os demais colegas. Este trabalho foi de grande valia
para a maioria dos alunos e para nós também, pois, obteve-se um resultado
positivo e significativo, que pode-se observar no rendimento e participação dos
mesmos durante as aulas. Conseguimos perceber nos alunos motivação,
interesse e acima de tudo a auto-estima de cada um, pois enquanto iam
desenvolvendo suas práticas e suas atividades grande parte dos alunos
descobriram que a ciência está presente nas principais atividades que eles
costumam fazer no dia-a-dia, Assim, sem dificuldades, pode-se trabalhar com
os alunos e alcançar nossos objetivos.
Nossa maior dificuldade foi na organização do planejamento, tivemos que
pensar problemáticas para levar aos alunos, pensar uma aula diferente da que
eles já estavam acostumados, como já conhecíamos a turma pois já havíamos
feito estagio com eles não tivemos muita dificuldade no processo de aplicação
do projeto.
17. Dessa forma analisando nossa prática didático-pedagógica junto à turma
trabalhada, a partir das produções escritas realizadas pelos alunos, das
manifestações dos alunos nos debates ocorridos em sala de aula, das buscas
espontâneas por novas informações e/ou novos materiais sobre os assuntos
abordados, das soluções propostas às situações problema apresentados, de
onde obtivemos fortes evidências da compreensão crítica dos assuntos
debatidos, O que nos surpreendeu bastante.
Tivemos um grande suporte para elaboração desse projeto através dos
contextos estudados, pois pudemos relacionar a teoria á pratica o e os
resultados foram de extrema importância para nossa formação docente.