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Epilepsia na escola:
Ensinando os Professores
       Dra. Laura M. F. Ferreira Guilhoto
             Neurologista Infantil
Presidente da Associação Brasileira de Epilepsia

       Apoio International Bureau for Epilepsy
          Cia. de Seguros Aliança do Brasil
Grécia (400 a.C.)
     “Doença Sagrada”
• “...Em relação à doença
  sagrada: ela parece não ser
  mais divina ou sagrada do que
  as outras doenças, mas ter
  uma causa natural...
• Ela se origina como outras
  afecções... Os homens
  consideram sua natureza e
  causa como divinas, pela sua
  ignorância...
• E sua noção de divindade é
  mantida pela sua inabilidade
  de compreendê-la, e da
  simplicidade do modo pelo qual
  é curada,...”

     Sua causa é o cérebro...
Hippocrates
(460-377 a.C.)
Tudo acontece
 no cérebro!
O sistema nervoso

• pode ser comparado a uma
  rede telefônica, onde as
  mensagens são os pulsos
  elétricos que viajam
  rapidamente por:
• cabos transmissores e os
  nervos estabelecem
  comunicação entre as partes
  do corpo e
• uma “estação central”, o
  encéfalo e a medula espinhal.
Receber estímulos
Decodificá-los
Integrar as informações
Enviar respostas
Divisão do Sistema
     Nervoso
Sistema nervoso




                     Sistema nervoso     Sistema nervoso
                         periférico           central


               Divisão             Divisão
               eferente            aferente

        Sistema            Sistema
      Autônomo-           Somático-
      involuntário        voluntário


Simpático   Parassimpático
Cada parte do cérebro é
 responsável por uma
        função
Sistema Nervoso
Cada parte do cérebro é
 responsável por uma
        função
Condução do impulso
 nervoso se dá nas
     sinapses:

  Elétricas e Químicas
Sinapses

Sinapses elétricas               Sinapses químicas



 Pré-sináptico   Pós-sináptico   Pré-sináptico   Pós-sináptico
Sinapse Elétrica




Sinapse: local por onde são transmitidos os sinais elétricos
de uma célula a outra.
O terminal axonal - pré-sináptico, Neurônio-alvo - pós-
sináptico.
Sinapse Química
Definições
  “Epilepsia e crise epiléptica”

• Crise epiléptica
• Epilepsia
Crise Epiléptica

• Descarga excessiva e síncrona
  de um grupo de células
  cerebrais (neurônios).
• Espontânea ou desencadeada
  por: febre, distúrbio
  hidreletrolítico, intoxicações
  etc.
• Forma convulsiva
  (manifestação motora) ou não
  convulsiva.
Neurônios
Células do Sistema
          Nervoso
              Neurônios




Potencial de ação  processo eletroquímico 
               gera corrente elétrica
Conexão dos Neurônios
Crise Epiléptica




• Descarga excessiva e síncrona
  de um grupo neuronal cerebral
Crise Epiléptica
Eletrencefalograma
Por que alguns indivíduos têm
               náuseas,
perda de consciência, formigamentos,
  sensações estranhas e outros têm
     movimentos anormais????
Isso ocorre porque a descarga
vai do cérebro para o corpo.
Portanto, a resposta corporal
vai depender da região
cerebral que foi estimulada.
Hoje aprendi sobre epilepsia e crise
epiléptica.
Mas, doutora, existem vários
tipos de crises epilépticas?
Sim, dependendo da região
cerebral onde ocorre a descarga
elétrica anormal. Assim,
podemos distinguir as crises
epilépticas em:
• “Parciais ou focais”, em que a
   descarga se limita a uma área
   cerebral.
• “Generalizadas”, que envolvem
   todo o cérebro.
Crise epiléptica
• Termos populares:
  Ataques, acessos, desmaios.
• Diagnóstico diferencial:
  Síncope, perda de fôlego,
  pseudocrise, enxaqueca,
  distúrbios do sono, tiques,
  refluxo gastroesofágico etc.
Então as crises epilépticas são
    geradas no cérebro!!!!
     Mas, como as crises
         acontecem?
A crise epiléptica acontece
quando ocorre uma atividade
anormal do cérebro, ou seja,
uma descarga excessiva e
síncrona de um grupo de
neurônios.
Porém, uma crise isolada
não é sinônimo de epilepsia.
Qualquer pessoa pode ter
   uma crise epiléptica
        devido a:

• Deficiência de oxigênio.
• Traumatismo craniano.
• Hipoglicemia(glicose
  diminuída no sangue).
• Intoxicações.
• Uso excessivo de álcool.
• Abuso da cocaína.
• Abstinência alcoólica.
As crianças (6 meses a 6 anos)
são mais vulneráveis às crises
desencadeadas por febre,
denominadas “crises febris", que
não significam epilepsia.
Todos que têm convulsão
    têm epilepsia?!!!

• Diabetes, queda da glicose no
  sangue, uso de drogas,
  intoxicações etc.
• Vigência de febre.
“ Nem toda convulsão é
  causada por epilepsia.
  Nem toda epilepsia tem
  convulsão.”
O que é epilepsia?

• Epilepsia, uma palavra que
  significa invadir, surpreender, é
  uma anormalidade elétrica
  persistente do cérebro capaz
  de gerar descargas elétricas
  espontâneas e...
...abruptas que resultam em
crises epilépticas. A
anormalidade elétrica que
caracteriza a epilepsia se
apresenta tanto durante como
entre as crises epilépticas,...
...podendo ser registrada a
qualquer momento pelo
eletroencefalograma (EEG),
desde que ocorra em uma área
suficientemente grande.
Quais são os principais
      tipos de crises
        epilépticas?

• Há três tipos de crises
  epilépticas:
- Crises parciais ou focais.
- Crises generalizadas.
- Crises parciais secundariamente
     generalizadas.
Crises Parciais ou Focais


• Manifestação clínica envolve
  uma porção de um hemisfério
  cerebral.
Crises generalizadas

Sem evidência de início
localizado, descargas
eletrográficas são desde o início
bilaterais, a consciência pode
estar comprometida.
Crises Parciais Simples

• São sintomas resultantes de
  descargas limitadas a uma área
  muito restrita do cérebro e
  que, por isso, não causam
  perda de consciência. Ex.:
• distorção dos sentidos da
  visão, do olfato, do gosto, da
  audição;
• experiências relacionadas à
  memória como a sensação de
  “já visto” (déjà vu) e “nunca
  visto” (jamais vu);
• sensação desagradável no
  estômago que ascende até a
  garganta;
• formigamentos, arrepios
• manifestações motoras
  (movimentos localizados).
O que são auras?

• As crises epilépticas, em seu
  grau de expressão mínimo,
  podem ser muito breves
  (“ameaços”), sendo
  caracterizadas por alterações
  dos órgãos dos sentidos
  como...
...visão, audição, gosto, olfato
ou ainda da memória e das
emoções e dos movimentos
corporais.
Crises Parciais ou Focais




     Simples   Complexa
Descargas epilépticas surgindo em
uma parte do cérebro originam
crises parciais (ex. lobo occipital que
origina manifestações visuais).
Descarga focal
eletrencefalograma
FP1-F7
F7-Sp1
Sp1-T7
T7-P7
P7-O1


FP2-F8
F8-Sp2
Sp2-T8
T8-P8
P8-O2


FP1-F3
F3-C3
C3-P3
P3-O1


FP2-F4
F4-C4
C4-P4
P4-O2
Crises Parciais Simples
• Quando as descargas envolvem
  áreas do cérebro responsáveis
  pelo movimento, haverá
  manifestações motoras.
Crises Parciais Simples
Crise tônica assimétrica, uma crise
parcial, sem perda de consciência, a
qual, pelo fato de ser global, provoca
queda e significativo risco de
ferimentos.
Crises Parciais Simples
       O que fazer?

• Se o indivíduo mostra-se
  confuso ou amedrontado,
  conforte-o e acalme-o.
Crises Parciais Complexas
Crises parciais
     secundariamente
      generalizadas
Descargas iniciadas em uma
parte do cérebro (ex. lobo
occipital) podem se propagar
rapidamente, levar à perda de
consciência e...
...manifestações motoras
bilaterais pelo envolvimento de
ambos os hemisférios.
Neste caso, a pessoa será capaz
de se recordar das
manifestações iniciais.
Recordando
1)Crises Parciais Simples:
  preservação da consciência
  (sensações de formigamento,
  abdominais, percepção de
  gostos e cheiros esquisitos,
  fenômenos auditivos ou
  visuais designados por auras).
2) Crises Parciais Complexas:
   comprometimento de
   consciência (confusão e
   podem ocorrer gestos
   automáticos, como de
   mastigação ou mesmo
   desempenhar tarefas
   automaticamente).
Crises Generalizadas




Descargas epilépticas surgindo em ambos
os hemisférios cerebrais ao mesmo tempo
Descarga Generalizada
FP1-F7
F7-T7
T7-P7
P7-O1

FP1-F3
F3-C3
C3-P3
P3-O1
Fp2-F8
F8-T8
T8-P8
P8-O2

FP2-F4
F4-C4
C4-P4
P4-O2
As Crises Generalizadas:

• Não apresentam evidências de
  início localizado.
• Manifestações clínicas indicam
  envolvimento de ambos os
  hemisférios cerebrais.
• Descargas eletrográficas são
  desde o início bilaterais e a
  consciência pode estar
  comprometida.
As crises generalizadas
    mais comuns são:

• Crise tônico-clônica

• Crise de ausência típica

• Crise mioclônica
Crise Tônico-Clônica
Crise Tônico-Clônica
Crise Tônico-Clônica
Mioclonias Palpebrais
As crises epilépticas
envolvem epilepsia?
Nem sempre. Uma crise
    epiléptica não é
Sinônimo de epilepsia.
  A epilepsia envolve
 Crises que se repetem
   espontaneamente
    ao longo da vida.
O termo epilepsia
apenas se aplica quando as
 crises tendem a se repetir,
    ESPONTANEAMENTE,
     ao longo do tempo.
A Liga Internacional Contra a
Epilepsia (ILAE), em 2005,
definiu epilepsia como um
distúrbio cerebral duradouro
causado por predisposição a
gerar crises epilépticas e
pelas consequências...
...neurobiológicas, cognitivas,
psicossociais e sociais da
condição, devendo ter ocorrido
pelo menos uma crise epiléptica.
Epilepsia x Educadores
Professores bem informados
que assistam a uma crise podem
fornecer dados importantes
aos pais do aluno, ajudando
no diagnóstico e no tratamento.
Sabe-se que o tratamento será
mais eficaz quanto mais cedo
for iniciado.
Como um professor
pode perceber uma
crise de ausência?
Por exemplo, nas crises
de ausência, as crises se
manifestam com um
breve desligamento.
A criança interrompe a fala e as
atividades por alguns segundos,
voltando, a seguir, à atividade
que estava realizando.
Essas crises podem se repetir
várias vezes ao dia, causando
baixo rendimento escolar,
pois durante essas crises
ocorre perda de consciência.
Ainda, é importante
        saber que:


A maior parte dos casos de
epilepsia se inicia na infância
e adolescência.
O professor pode observar
sonolência excessiva ou baixa
concentração, sintomas que
devem ser comunicados aos
familiares do aluno.
Lembre-se de que a epilepsia
pode ser controlada na
maioria dos casos.
O que devo fazer quando
 alguém tem uma crise?
• Manter a calma.
• Deixar o indivíduo deitado
  de lado com a cabeça
  elevada em local plano.
• Proteger a cabeça da pessoa.

• Não se deve puxar a língua
  da pessoa durante a crise.

• Não dar nada para a
  pessoa beber ou comer.
• A crise cede após alguns
  minutos e é seguida
  por confusão.

• Se ocorrerem várias crises,
  levar a pessoa ao hospital.
• Aproveitar a oportunidade
  para dar uma explicação
  simples do ocorrido e do
  que fazer para ajudar,
  caso aconteça uma nova crise.
• Salientar que as crises não
  doem e nem são contagiosas.

• A discussão e a prática de
  primeiros socorros com a
  classe podem ajudar a
  desenvolver uma atitude
  de aceitação.
• É importante que o aluno
  com epilepsia seja incluído
  nessa discussão.
Como se faz o
diagnóstico de Epilepsia?
O diagnóstico é clínico!
   Por isso, é muito
importante a descrição
 detalhada das crises.
 Um dos exames mais
   comuns é o EEG.
O eletrencefalograma
(EEG) mede a atividade elétrica
   do cérebro e pode ser útil
para detectar alterações dessa
      atividade e auxiliar
        no diagnóstico.
• Por outro lado, uma pessoa
  com epilepsia pode ter
  EEG normal.

• EEG "anormal”, sem que
  ocorram crises, não faz o
  diagnóstico de epilepsia!!
Em que período da
vida se inicia a Epilepsia?
Pode ter início em
qualquer idade, porém é mais
  comum em jovens de até
      25 anos e depois
        dos 65 anos.
Quais os fatores
 desencadeantes para
quem já tem epilepsia?
Pode ser desencadeada
por ingestão de álcool, privação
    de sono, cansaço físico,
     suspensão abrupta da
   medicação antiepiléptica,
           Emoções.
Ter epilepsia é estar sujeito
à insegurança pelo fato de
não se saber quando e onde
as crises irão ocorrer.
Como deve ser a
      consulta médica

• É essencial que nas consultas
  médicas as crises sejam
  descritas:
  – pelo paciente, que relatará
    os sintomas inaugurais, ou
    seja, as auras;
–e por uma testemunha, que
 descreverá os sintomas após
 a perda de consciência e a
 recuperação.
Como é feito o
diagnóstico da epilepsia?


• Exames físico e neurológico
  assim como avaliação
  das funções cerebrais
  e da memória.
• Eletrencefalograma, que
  pode apresentar alterações
  tanto no período entre
  as crises como durante
  as mesmas.
• Tomografia do crânio ou
  ressonância magnética
  do encéfalo, exames que
  revelam alterações na
  estrutura cerebral.
• Exames bioquímicos que
  buscam a identificação
  de alterações que possam
  estar causando crises
  epilépticas.
Epilepsia
       Epidemiologia
• Dificuldades: condição
  heterogênea, casos mais leves
  não diagnosticados,
  preconceito.
• Incidência:
  A cada 100 brasileiros
  2 têm epilepsia.
Epilepsia - Evolução

• 70-80% dos pacientes
  livres de crises.

                25%




                      75%   C o n t r o le


                            R e c id iv a
– 50% destes sem
  medicamentos.

               (Sander, 1999)
• 20-30% evolução para
  formas refratárias.


                 25%




                       75%   C o n t r o le


                             R e c id iv a
– 5% dependentes nas
  atividades diárias.

– Mau prognóstico: formas
  sintomáticas, mais de um
  tipo de crise, distúrbios
  neuropsiquiátricos.

                (Sander, 1999)
Como é a terapêutica?
Na realidade há uma
série de medicamentos para
a epilepsia e as pessoas com
  epilepsia devem tomar a
  medicação diariamente,
   conforme a prescrição
           médica.
Muitas vezes, quando as
  pessoas estão livres de
  crises durante alguns anos,
o médico começa a retirar
 lentamente a medicação.
Deve-se levar em conta
   que os medicamentos
podem ter efeitos colaterais,
   sendo os mais frequentes:
         sonolência,
     tonturas e náuseas.
E quando o tratamento
   com remédios não
     dá resultado?
.

   É possível, em alguns casos,
     recorrer à "cirurgia da
 epilepsia". Para isso, o tecido
cerebral, que produz a atividade
  elétrica anormal provocando
       as crises, deve ser...
...removido sem alterar as
funções cerebrais do indivíduo.
A cirurgia pode ser indicada em
        crianças e adultos,
   mas não serve para todas
    as pessoas com epilepsia.
As pessoas com epilepsia
podem praticar esportes?
As pessoas com epilepsia
podem praticar esportes?

Podem e Devem!
Infelizmente, por medo, muitos
pais e professores limitam
desnecessariamente as
atividades esportivas das
pessoas com epilepsia.
Muitos atletas famosos
têm epilepsia.

É lógico que o BOM SENSO
deve prevalecer na escolha
das atividades esportivas.
As atividades que envolvem
riscos potenciais devem ser
evitadas.
Os professores devem
 cuidar para que o aluno com
  epilepsia se sinta igual aos
outros, que tenha os mesmos
direitos e respeite as mesmas
       regras escolares.
• As dificuldades de
  aprendizagem, caso ocorram,
  podem ter 3 motivos:
– a epilepsia acompanhada
  de alguma disfunção cerebral;
– crises frequentes e
  prolongadas interferindo no
  processo de aprendizagem;

– os medicamentos podem
  causar fadiga, sonolência
  e diminuição da atenção.
As pessoas com epilepsia
comumente vivenciam
processos de:
• isolamento social;
• dificuldade de aceitar
  o seu diagnóstico;
• limitações que as
  crises acarretam;
• preconceito estigma;

• restrições ou superproteção de
  familiares.
Felizmente, muitos desses
problemas podem ser
minimizados ou evitados
com as informações adequadas,
diminuindo o preconceito.
Verdades sobre
        a epilepsia

• Não é contagiosa.
• Não se deve puxar a língua
  da pessoa durante a crise.
• Não é hereditária.
• Não é causada por problema
  espiritual.
• A pessoa com epilepsia
  não tem necessariamente
  problema mental.
• A pessoa com epilepsia pode
  trabalhar na maior parte
  das ocupações.

• Todos os indivíduos com
  epilepsia podem e devem
  frequentar a escola.
Cuidados durante a crise




• Manter a calma.

• Deixar o indivíduo de lado
  com a cabeça elevada.
• Proteger a cabeça.

• Verificar se a pessoa não
  se machucou.

• Não puxar a língua!!
• Não oferecer nada para
  beber ou comer!!

• Não tentar restringir a pessoa!!
• A crise cede após alguns
  minutos e é seguida por
  confusão.

• Se ocorrerem várias crises,
  levar a pessoa ao hospital.
Epilepsia

  Associação Brasileira
   de Epilepsia (ABE)
www.epilepsiabrasil.org.br

 International Bureau for
      Epilepsy (IBE)
   www.ibe-epilepsy.org
Liga Brasileira Contra a
       Epilepsia (LBE)
    www.epilepsia.org.br

International League Against
        Epilepsy (ILAE)
   www.ilae-epilepsy.org
Associação Brasileira
        de Epilepsia
Filiada ao International Bureau for Epilepsy
Missão

• Promover o conhecimento
  sobre epilepsia.

• Disseminar conhecimento
  para melhorar as condições
  sociais e médicas das pessoas
  com epilepsia.
• Divulgar informação ao
  público para diminuir o
  estigma e preconceito
  contra epilepsia.

• Formar grupos de apoio
  para permitir inclusão
  profissional a pessoas
  com epilepsia.
• Lutar pelo suprimento regular
  de medicação antiepiléptica
  em centros de atendimento
  primário e hospitais públicos.
Projeto “Arte e Vida” ABE
Agradecimentos especiais a

   Todos os colaboradores da ABE

              UNIFESP

  International Bureau for Epilepsy

  Cia. de Seguros Aliança do Brasil

  Secretaria Estadual da Educação
      do Estado de São Paulo
Obrigada pela
sua atenção!

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  • 1. Epilepsia na escola: Ensinando os Professores Dra. Laura M. F. Ferreira Guilhoto Neurologista Infantil Presidente da Associação Brasileira de Epilepsia Apoio International Bureau for Epilepsy Cia. de Seguros Aliança do Brasil
  • 2. Grécia (400 a.C.) “Doença Sagrada” • “...Em relação à doença sagrada: ela parece não ser mais divina ou sagrada do que as outras doenças, mas ter uma causa natural...
  • 3. • Ela se origina como outras afecções... Os homens consideram sua natureza e causa como divinas, pela sua ignorância...
  • 4. • E sua noção de divindade é mantida pela sua inabilidade de compreendê-la, e da simplicidade do modo pelo qual é curada,...” Sua causa é o cérebro...
  • 6. Tudo acontece no cérebro!
  • 7. O sistema nervoso • pode ser comparado a uma rede telefônica, onde as mensagens são os pulsos elétricos que viajam rapidamente por:
  • 8. • cabos transmissores e os nervos estabelecem comunicação entre as partes do corpo e • uma “estação central”, o encéfalo e a medula espinhal.
  • 9. Receber estímulos Decodificá-los Integrar as informações Enviar respostas
  • 10.
  • 12. Sistema nervoso Sistema nervoso Sistema nervoso periférico central Divisão Divisão eferente aferente Sistema Sistema Autônomo- Somático- involuntário voluntário Simpático Parassimpático
  • 13. Cada parte do cérebro é responsável por uma função
  • 15. Cada parte do cérebro é responsável por uma função
  • 16. Condução do impulso nervoso se dá nas sinapses: Elétricas e Químicas
  • 17. Sinapses Sinapses elétricas Sinapses químicas Pré-sináptico Pós-sináptico Pré-sináptico Pós-sináptico
  • 18. Sinapse Elétrica Sinapse: local por onde são transmitidos os sinais elétricos de uma célula a outra. O terminal axonal - pré-sináptico, Neurônio-alvo - pós- sináptico.
  • 20. Definições “Epilepsia e crise epiléptica” • Crise epiléptica • Epilepsia
  • 21. Crise Epiléptica • Descarga excessiva e síncrona de um grupo de células cerebrais (neurônios).
  • 22. • Espontânea ou desencadeada por: febre, distúrbio hidreletrolítico, intoxicações etc. • Forma convulsiva (manifestação motora) ou não convulsiva.
  • 24. Células do Sistema Nervoso Neurônios Potencial de ação  processo eletroquímico  gera corrente elétrica
  • 26. Crise Epiléptica • Descarga excessiva e síncrona de um grupo neuronal cerebral
  • 29. Por que alguns indivíduos têm náuseas, perda de consciência, formigamentos, sensações estranhas e outros têm movimentos anormais????
  • 30. Isso ocorre porque a descarga vai do cérebro para o corpo. Portanto, a resposta corporal vai depender da região cerebral que foi estimulada.
  • 31.
  • 32. Hoje aprendi sobre epilepsia e crise epiléptica. Mas, doutora, existem vários tipos de crises epilépticas?
  • 33. Sim, dependendo da região cerebral onde ocorre a descarga elétrica anormal. Assim, podemos distinguir as crises epilépticas em:
  • 34. • “Parciais ou focais”, em que a descarga se limita a uma área cerebral. • “Generalizadas”, que envolvem todo o cérebro.
  • 35. Crise epiléptica • Termos populares: Ataques, acessos, desmaios. • Diagnóstico diferencial: Síncope, perda de fôlego, pseudocrise, enxaqueca, distúrbios do sono, tiques, refluxo gastroesofágico etc.
  • 36. Então as crises epilépticas são geradas no cérebro!!!! Mas, como as crises acontecem?
  • 37. A crise epiléptica acontece quando ocorre uma atividade anormal do cérebro, ou seja, uma descarga excessiva e síncrona de um grupo de neurônios.
  • 38. Porém, uma crise isolada não é sinônimo de epilepsia.
  • 39. Qualquer pessoa pode ter uma crise epiléptica devido a: • Deficiência de oxigênio. • Traumatismo craniano. • Hipoglicemia(glicose diminuída no sangue).
  • 40. • Intoxicações. • Uso excessivo de álcool. • Abuso da cocaína. • Abstinência alcoólica.
  • 41. As crianças (6 meses a 6 anos) são mais vulneráveis às crises desencadeadas por febre, denominadas “crises febris", que não significam epilepsia.
  • 42. Todos que têm convulsão têm epilepsia?!!! • Diabetes, queda da glicose no sangue, uso de drogas, intoxicações etc. • Vigência de febre.
  • 43. “ Nem toda convulsão é causada por epilepsia. Nem toda epilepsia tem convulsão.”
  • 44. O que é epilepsia? • Epilepsia, uma palavra que significa invadir, surpreender, é uma anormalidade elétrica persistente do cérebro capaz de gerar descargas elétricas espontâneas e...
  • 45. ...abruptas que resultam em crises epilépticas. A anormalidade elétrica que caracteriza a epilepsia se apresenta tanto durante como entre as crises epilépticas,...
  • 46. ...podendo ser registrada a qualquer momento pelo eletroencefalograma (EEG), desde que ocorra em uma área suficientemente grande.
  • 47. Quais são os principais tipos de crises epilépticas? • Há três tipos de crises epilépticas:
  • 48. - Crises parciais ou focais. - Crises generalizadas. - Crises parciais secundariamente generalizadas.
  • 49. Crises Parciais ou Focais • Manifestação clínica envolve uma porção de um hemisfério cerebral.
  • 50. Crises generalizadas Sem evidência de início localizado, descargas eletrográficas são desde o início bilaterais, a consciência pode estar comprometida.
  • 51. Crises Parciais Simples • São sintomas resultantes de descargas limitadas a uma área muito restrita do cérebro e que, por isso, não causam perda de consciência. Ex.:
  • 52. • distorção dos sentidos da visão, do olfato, do gosto, da audição; • experiências relacionadas à memória como a sensação de “já visto” (déjà vu) e “nunca visto” (jamais vu);
  • 53. • sensação desagradável no estômago que ascende até a garganta; • formigamentos, arrepios • manifestações motoras (movimentos localizados).
  • 54. O que são auras? • As crises epilépticas, em seu grau de expressão mínimo, podem ser muito breves (“ameaços”), sendo caracterizadas por alterações dos órgãos dos sentidos como...
  • 55. ...visão, audição, gosto, olfato ou ainda da memória e das emoções e dos movimentos corporais.
  • 56.
  • 57. Crises Parciais ou Focais Simples Complexa
  • 58. Descargas epilépticas surgindo em uma parte do cérebro originam crises parciais (ex. lobo occipital que origina manifestações visuais).
  • 61. Crises Parciais Simples • Quando as descargas envolvem áreas do cérebro responsáveis pelo movimento, haverá manifestações motoras.
  • 62. Crises Parciais Simples Crise tônica assimétrica, uma crise parcial, sem perda de consciência, a qual, pelo fato de ser global, provoca queda e significativo risco de ferimentos.
  • 63. Crises Parciais Simples O que fazer? • Se o indivíduo mostra-se confuso ou amedrontado, conforte-o e acalme-o.
  • 65. Crises parciais secundariamente generalizadas Descargas iniciadas em uma parte do cérebro (ex. lobo occipital) podem se propagar rapidamente, levar à perda de consciência e...
  • 66. ...manifestações motoras bilaterais pelo envolvimento de ambos os hemisférios. Neste caso, a pessoa será capaz de se recordar das manifestações iniciais.
  • 67.
  • 68. Recordando 1)Crises Parciais Simples: preservação da consciência (sensações de formigamento, abdominais, percepção de gostos e cheiros esquisitos, fenômenos auditivos ou visuais designados por auras).
  • 69. 2) Crises Parciais Complexas: comprometimento de consciência (confusão e podem ocorrer gestos automáticos, como de mastigação ou mesmo desempenhar tarefas automaticamente).
  • 70. Crises Generalizadas Descargas epilépticas surgindo em ambos os hemisférios cerebrais ao mesmo tempo
  • 73. As Crises Generalizadas: • Não apresentam evidências de início localizado. • Manifestações clínicas indicam envolvimento de ambos os hemisférios cerebrais.
  • 74. • Descargas eletrográficas são desde o início bilaterais e a consciência pode estar comprometida.
  • 75. As crises generalizadas mais comuns são: • Crise tônico-clônica • Crise de ausência típica • Crise mioclônica
  • 81. Nem sempre. Uma crise epiléptica não é Sinônimo de epilepsia. A epilepsia envolve Crises que se repetem espontaneamente ao longo da vida.
  • 82. O termo epilepsia apenas se aplica quando as crises tendem a se repetir, ESPONTANEAMENTE, ao longo do tempo.
  • 83. A Liga Internacional Contra a Epilepsia (ILAE), em 2005, definiu epilepsia como um distúrbio cerebral duradouro causado por predisposição a gerar crises epilépticas e pelas consequências...
  • 84. ...neurobiológicas, cognitivas, psicossociais e sociais da condição, devendo ter ocorrido pelo menos uma crise epiléptica.
  • 86. Professores bem informados que assistam a uma crise podem fornecer dados importantes aos pais do aluno, ajudando no diagnóstico e no tratamento.
  • 87. Sabe-se que o tratamento será mais eficaz quanto mais cedo for iniciado.
  • 88. Como um professor pode perceber uma crise de ausência?
  • 89. Por exemplo, nas crises de ausência, as crises se manifestam com um breve desligamento.
  • 90. A criança interrompe a fala e as atividades por alguns segundos, voltando, a seguir, à atividade que estava realizando.
  • 91. Essas crises podem se repetir várias vezes ao dia, causando baixo rendimento escolar, pois durante essas crises ocorre perda de consciência.
  • 92. Ainda, é importante saber que: A maior parte dos casos de epilepsia se inicia na infância e adolescência.
  • 93. O professor pode observar sonolência excessiva ou baixa concentração, sintomas que devem ser comunicados aos familiares do aluno.
  • 94. Lembre-se de que a epilepsia pode ser controlada na maioria dos casos.
  • 95. O que devo fazer quando alguém tem uma crise?
  • 96. • Manter a calma. • Deixar o indivíduo deitado de lado com a cabeça elevada em local plano.
  • 97. • Proteger a cabeça da pessoa. • Não se deve puxar a língua da pessoa durante a crise. • Não dar nada para a pessoa beber ou comer.
  • 98. • A crise cede após alguns minutos e é seguida por confusão. • Se ocorrerem várias crises, levar a pessoa ao hospital.
  • 99. • Aproveitar a oportunidade para dar uma explicação simples do ocorrido e do que fazer para ajudar, caso aconteça uma nova crise.
  • 100. • Salientar que as crises não doem e nem são contagiosas. • A discussão e a prática de primeiros socorros com a classe podem ajudar a desenvolver uma atitude de aceitação.
  • 101. • É importante que o aluno com epilepsia seja incluído nessa discussão.
  • 102. Como se faz o diagnóstico de Epilepsia?
  • 103. O diagnóstico é clínico! Por isso, é muito importante a descrição detalhada das crises. Um dos exames mais comuns é o EEG.
  • 104. O eletrencefalograma (EEG) mede a atividade elétrica do cérebro e pode ser útil para detectar alterações dessa atividade e auxiliar no diagnóstico.
  • 105. • Por outro lado, uma pessoa com epilepsia pode ter EEG normal. • EEG "anormal”, sem que ocorram crises, não faz o diagnóstico de epilepsia!!
  • 106. Em que período da vida se inicia a Epilepsia?
  • 107. Pode ter início em qualquer idade, porém é mais comum em jovens de até 25 anos e depois dos 65 anos.
  • 108. Quais os fatores desencadeantes para quem já tem epilepsia?
  • 109. Pode ser desencadeada por ingestão de álcool, privação de sono, cansaço físico, suspensão abrupta da medicação antiepiléptica, Emoções.
  • 110. Ter epilepsia é estar sujeito à insegurança pelo fato de não se saber quando e onde as crises irão ocorrer.
  • 111. Como deve ser a consulta médica • É essencial que nas consultas médicas as crises sejam descritas: – pelo paciente, que relatará os sintomas inaugurais, ou seja, as auras;
  • 112. –e por uma testemunha, que descreverá os sintomas após a perda de consciência e a recuperação.
  • 113. Como é feito o diagnóstico da epilepsia? • Exames físico e neurológico assim como avaliação das funções cerebrais e da memória.
  • 114. • Eletrencefalograma, que pode apresentar alterações tanto no período entre as crises como durante as mesmas.
  • 115. • Tomografia do crânio ou ressonância magnética do encéfalo, exames que revelam alterações na estrutura cerebral.
  • 116. • Exames bioquímicos que buscam a identificação de alterações que possam estar causando crises epilépticas.
  • 117. Epilepsia Epidemiologia • Dificuldades: condição heterogênea, casos mais leves não diagnosticados, preconceito.
  • 118. • Incidência: A cada 100 brasileiros 2 têm epilepsia.
  • 119. Epilepsia - Evolução • 70-80% dos pacientes livres de crises. 25% 75% C o n t r o le R e c id iv a
  • 120. – 50% destes sem medicamentos. (Sander, 1999)
  • 121. • 20-30% evolução para formas refratárias. 25% 75% C o n t r o le R e c id iv a
  • 122. – 5% dependentes nas atividades diárias. – Mau prognóstico: formas sintomáticas, mais de um tipo de crise, distúrbios neuropsiquiátricos. (Sander, 1999)
  • 123. Como é a terapêutica?
  • 124. Na realidade há uma série de medicamentos para a epilepsia e as pessoas com epilepsia devem tomar a medicação diariamente, conforme a prescrição médica.
  • 125. Muitas vezes, quando as pessoas estão livres de crises durante alguns anos, o médico começa a retirar lentamente a medicação.
  • 126. Deve-se levar em conta que os medicamentos podem ter efeitos colaterais, sendo os mais frequentes: sonolência, tonturas e náuseas.
  • 127. E quando o tratamento com remédios não dá resultado?
  • 128. . É possível, em alguns casos, recorrer à "cirurgia da epilepsia". Para isso, o tecido cerebral, que produz a atividade elétrica anormal provocando as crises, deve ser...
  • 129. ...removido sem alterar as funções cerebrais do indivíduo. A cirurgia pode ser indicada em crianças e adultos, mas não serve para todas as pessoas com epilepsia.
  • 130. As pessoas com epilepsia podem praticar esportes?
  • 131. As pessoas com epilepsia podem praticar esportes? Podem e Devem! Infelizmente, por medo, muitos pais e professores limitam desnecessariamente as atividades esportivas das pessoas com epilepsia.
  • 132. Muitos atletas famosos têm epilepsia. É lógico que o BOM SENSO deve prevalecer na escolha das atividades esportivas.
  • 133. As atividades que envolvem riscos potenciais devem ser evitadas.
  • 134. Os professores devem cuidar para que o aluno com epilepsia se sinta igual aos outros, que tenha os mesmos direitos e respeite as mesmas regras escolares.
  • 135. • As dificuldades de aprendizagem, caso ocorram, podem ter 3 motivos: – a epilepsia acompanhada de alguma disfunção cerebral;
  • 136. – crises frequentes e prolongadas interferindo no processo de aprendizagem; – os medicamentos podem causar fadiga, sonolência e diminuição da atenção.
  • 137. As pessoas com epilepsia comumente vivenciam processos de: • isolamento social; • dificuldade de aceitar o seu diagnóstico;
  • 138. • limitações que as crises acarretam; • preconceito estigma; • restrições ou superproteção de familiares.
  • 139. Felizmente, muitos desses problemas podem ser minimizados ou evitados com as informações adequadas, diminuindo o preconceito.
  • 140. Verdades sobre a epilepsia • Não é contagiosa. • Não se deve puxar a língua da pessoa durante a crise. • Não é hereditária.
  • 141. • Não é causada por problema espiritual. • A pessoa com epilepsia não tem necessariamente problema mental.
  • 142. • A pessoa com epilepsia pode trabalhar na maior parte das ocupações. • Todos os indivíduos com epilepsia podem e devem frequentar a escola.
  • 143. Cuidados durante a crise • Manter a calma. • Deixar o indivíduo de lado com a cabeça elevada.
  • 144. • Proteger a cabeça. • Verificar se a pessoa não se machucou. • Não puxar a língua!!
  • 145. • Não oferecer nada para beber ou comer!! • Não tentar restringir a pessoa!!
  • 146. • A crise cede após alguns minutos e é seguida por confusão. • Se ocorrerem várias crises, levar a pessoa ao hospital.
  • 147.
  • 148. Epilepsia Associação Brasileira de Epilepsia (ABE) www.epilepsiabrasil.org.br International Bureau for Epilepsy (IBE) www.ibe-epilepsy.org
  • 149. Liga Brasileira Contra a Epilepsia (LBE) www.epilepsia.org.br International League Against Epilepsy (ILAE) www.ilae-epilepsy.org
  • 150. Associação Brasileira de Epilepsia Filiada ao International Bureau for Epilepsy
  • 151. Missão • Promover o conhecimento sobre epilepsia. • Disseminar conhecimento para melhorar as condições sociais e médicas das pessoas com epilepsia.
  • 152. • Divulgar informação ao público para diminuir o estigma e preconceito contra epilepsia. • Formar grupos de apoio para permitir inclusão profissional a pessoas com epilepsia.
  • 153. • Lutar pelo suprimento regular de medicação antiepiléptica em centros de atendimento primário e hospitais públicos.
  • 154. Projeto “Arte e Vida” ABE
  • 155.
  • 156. Agradecimentos especiais a Todos os colaboradores da ABE UNIFESP International Bureau for Epilepsy Cia. de Seguros Aliança do Brasil Secretaria Estadual da Educação do Estado de São Paulo