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Adriana Amaral
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Bolsista PQ- Nível 2
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                            @adriamaral
Palestra Fansourcing II Musicom
Palestra Fansourcing II Musicom
É um tempo estranho para ser um artista da
indústria fonográfica.? Qual é a forma
“correta” de lançar álbuns, tratar sua música
e a sua audiência com respeito e tentar
ganhar a vida ao mesmo tempo? Eu tenho
vários amigos músicos que estão ou estarão
em breve nessa situação, e é uma fonte real
de ansiedade e incerteza
   Personalização
   Fruição dos bens simbólicos
   Compartilhamento de preferências
   Circulação
   Traçado Simbólico
   Banco de dados de consumo de
    informações
   Memória social
   Organização hierárquica em torno da música
   Reputação
   Sistema de Recomendação
Palestra Fansourcing II Musicom
Palestra Fansourcing II Musicom
Pesquisa realizada pela agência Bauermídia
 do Reino Unido (2003), citado por Jennings
 (2007)

Apontam 4 categorias de fãs
   Para esse grupo, tudo na vida pode ser
    relacionado com música. Eles representam
    9% na faixa etária 15-39

“Minha vida tem trilha sonora”
Palestra Fansourcing II Musicom
Música é uma parte central mas
balanceada com outros interesses.
Representam 16% na faixa etária dos
15-39.
A música tem um papel bem vindo,
mas há outras coisas mais
importantes. Representam 26% na
faixa etária de 15-39.
Não deixariam de dormir se a música
parasse de existir. Representam menos
de 48% da faixa etária dos 15-39
   SOCIAL TAGGING: Preocupação com a
    variedade de tags coletadas a partir dos estilos
    musicais contribuindo para a análise dos usos e
    formas de colecionismo de música online
    através do social tagging

   Turbull, Barrignton e Lanckriet (2008) - “bias de
    popularidade” - em termos de gêneros e
    canções
Palestra Fansourcing II Musicom
   Hibridização entre gêneros a partir da
    escrita das tags – autoridade dentro das cenas
   Disputas simbólicas de capital subcultural
    (Thornton, 1999) e DIY dos fãs (Jenkins, 2006)
   Fãs-curadores do acervo de memória
    informativa (Jennings, 2007)
   Hábito de desligar o scrobbler p/ e esconder
    músicas q não combinam com o perfil
Tagging e recomendação – fatores de
      constituição dos traços de
reputação. Ex: medidor comparativo
de gostos ou mainstream-o-meter
  (aplicativo) – criados por usuários
Palestra Fansourcing II Musicom
Palestra Fansourcing II Musicom
   Sourcing – obter informações de fontes direta
    ou indiretamente envolvidas, não identificadas –
    informação de nicho (Jenkins, 2008) – processo de
    legitimação de hierarquias, de certo modo – saber
    não-acadêmico,mas especializado;

   Clay Shirk (Crowdsourcing, 2009) – organizações

   Smart Mobs – Rheingold – capacidade de
    organização

   Fansourcing – Nancy Baym (2009)
Nancy Baym (2009)
FANDOM DE NARRATIVA
   Narrativas possuem personagens,
    plots e buracos a serem preenchidos
    pelos fãs
   Universos Narrativos
   Apropriação criativa do material
    (fanfics, fanfilmes, etc)
Palestra Fansourcing II Musicom
Palestra Fansourcing II Musicom
Palestra Fansourcing II Musicom
Discussão e interpretação das
letras (somente em alguns casos)
Palestra Fansourcing II Musicom
   Relação com os aspectos informativos
    (lançamento de álbuns, datas de tours,
    infos técnicas, biográficas ou históricas).
    Foco nas notícias e informações
Palestra Fansourcing II Musicom
   Mixtapes, compartilhamento de playlists,
    escrita em blogs, blogs de downloads
Palestra Fansourcing II Musicom
Palestra Fansourcing II Musicom
Parte da auto-apresentação em outros
   contextos como a moda: cabelo,
            vestimenta, etc.
Importância dos mediadores musicais
    (Sá, 2009) para o cotidiano e a
       recomendação musical
Palestra Fansourcing II Musicom
Palestra Fansourcing II Musicom
Palestra Fansourcing II Musicom
Palestra Fansourcing II Musicom
Palestra Fansourcing II Musicom
Palestra Fansourcing II Musicom
Palestra Fansourcing II Musicom
Palestra Fansourcing II Musicom
Fandom     de música é muito mais
 facilmente tornado visível enquanto uma
intrínseca parte da auto-definição em uma
       ampla variedade de situações
           (Nancy Baym, 2009)


Questão   da negociação da identidade
   A cultura do fandom tanto foi
    reformatada quanto reformatou a
    cibercultura produzindo uma
    diversidade de tipos de conhecimento
    em diferentes ambientes midiáticos
   Relação fãs de Ficção-Científica nas
    origens da cibercultura
1. a possibilidade que os consumidores têm de
   arquivar, anotar, se apropriar e recircular o
   conteúdo midiático a partir de novas
   ferramentas e tecnologias;

   JENKINS (2006)
   2. a promoção do DIY, Do It Yourself (Faça
    Você Mesmo), promovida por uma variedade de
    subculturas na web;
   3. O encorajamento que favorece a integração
    entre as mídias e o fluxo de idéias, vídeos,
    narrativas etc. a partir de uma economia mais
    horizontal por parte dos conglomerados
    midiáticos e da demanda de modelos mais
    ativos por parte dos espectadores.
   O fã-colecionador, aquele que coleciona e divide
    sua memorabilia (obtém vídeos, gravações
    raras etc. e as compartilha nas redes). O
    colecionador pode se apropriar de uma
    determinada materialidade tecnológica e
    transformá-la de acordo com seu próprio gosto e
    identidade, ou ampliar o repertório de artefatos
    culturais em uma ressignificação das práticas de
    consumo, como nos aponta David Jennings (2008)
Palestra Fansourcing II Musicom
Palestra Fansourcing II Musicom
Mainstream:

Justin Bieber nos Trending Topics
do Twitter através da hashtag
#JustinBieber

Mobilização dos fãs
Palestra Fansourcing II Musicom
Palestra Fansourcing II Musicom
Palestra Fansourcing II Musicom
Mudança no algoritmo que calcula os
 Tópicos mais populares (TT) no Twitter

Reações de fãs e anti-fãs
Palestra Fansourcing II Musicom
Palestra Fansourcing II Musicom
Palestra Fansourcing II Musicom
   A tag não virou TT trending topics,
    porque esse estilo musical está fora do
    circuito mainstream
   Fica nítido que os protocolos da rede
    ainda operam dicotomicamente. Naquele
    dia, as tags relativas ao BBB, no exemplo
    brasileiro, estavam entre os tópicos mais
    discutidos
   A questão semântica da tag foi o
    elemento agregador, no entanto, alguns
    fãs utilizaram a troca de seus avatares
    fotográficos por logotipos ou imagens
    relacionadas à cultura rivethead/tronco,
    em uma prática que parte dos próprios
    perfis e utiliza os elementos visuais como
    mais uma forma de comunicação;
Palestra Fansourcing II Musicom
   Produção de conteúdo relacionado ao EBM não
    só enquanto gênero musical, mas relacionando
    livros, filmes, roupas, locais, e mesmo
    elementos cotidianos expressos em posts como
    ("gostaria de estar em um club esfumaçado
    ouvindo ebm" ou "saí com a camiseta do Front
    242 em homenagem ao dia“)
   Também foram destacadas as apropriações
    criativas e co-produções postadas pelos fãs
    como remixes, djsets e mashups de músicas,
    fotografias, flyers e até uma HQ. Tais
    desdobramentos mostram que a cultura
    material é um elemento forte, apesar de uma
    aparente "desmaterialização" possibilitada
    pelas internet.
   Essa combinação de elementos pode constituir
    uma performatização - seja através dos
    perfis como indica Liu (2007), seja da
    comunidade como um todo - que é
    reconfigurada na e pelas redes digitais
    adicionando significados à estética subcultural
    em suas linguagens e estereótipos;
Palestra Fansourcing II Musicom
Palestra Fansourcing II Musicom
Palestra Fansourcing II Musicom
   Linguagem visual da dublagem
   Remediação de uma prática anterior
   Prática de dublagem de uma música através
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    plano-seqüência

   Fãs poloneses de Depeche Mode

   Investimento Afetivo

   Intertextos – fases e outros vídeos da banda
Palestra Fansourcing II Musicom
Palestra Fansourcing II Musicom
   Apropriações

   Mobilização

   Intertextualidades

   Referências

   Performatização – Ensaio - Teatro
Palestra Fansourcing II Musicom
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Palestra Fansourcing II Musicom

  • 1. Adriana Amaral PPGCOM-UTP / Facinter Bolsista PQ- Nível 2 adriana.amaral@pq.cnpq.br @adriamaral
  • 4. É um tempo estranho para ser um artista da indústria fonográfica.? Qual é a forma “correta” de lançar álbuns, tratar sua música e a sua audiência com respeito e tentar ganhar a vida ao mesmo tempo? Eu tenho vários amigos músicos que estão ou estarão em breve nessa situação, e é uma fonte real de ansiedade e incerteza
  • 5. Personalização  Fruição dos bens simbólicos  Compartilhamento de preferências  Circulação  Traçado Simbólico  Banco de dados de consumo de informações  Memória social  Organização hierárquica em torno da música  Reputação  Sistema de Recomendação
  • 8. Pesquisa realizada pela agência Bauermídia do Reino Unido (2003), citado por Jennings (2007) Apontam 4 categorias de fãs
  • 9. Para esse grupo, tudo na vida pode ser relacionado com música. Eles representam 9% na faixa etária 15-39 “Minha vida tem trilha sonora”
  • 11. Música é uma parte central mas balanceada com outros interesses. Representam 16% na faixa etária dos 15-39.
  • 12. A música tem um papel bem vindo, mas há outras coisas mais importantes. Representam 26% na faixa etária de 15-39.
  • 13. Não deixariam de dormir se a música parasse de existir. Representam menos de 48% da faixa etária dos 15-39
  • 14. SOCIAL TAGGING: Preocupação com a variedade de tags coletadas a partir dos estilos musicais contribuindo para a análise dos usos e formas de colecionismo de música online através do social tagging  Turbull, Barrignton e Lanckriet (2008) - “bias de popularidade” - em termos de gêneros e canções
  • 16. Hibridização entre gêneros a partir da escrita das tags – autoridade dentro das cenas  Disputas simbólicas de capital subcultural (Thornton, 1999) e DIY dos fãs (Jenkins, 2006)  Fãs-curadores do acervo de memória informativa (Jennings, 2007)  Hábito de desligar o scrobbler p/ e esconder músicas q não combinam com o perfil
  • 17. Tagging e recomendação – fatores de constituição dos traços de reputação. Ex: medidor comparativo de gostos ou mainstream-o-meter (aplicativo) – criados por usuários
  • 20. Sourcing – obter informações de fontes direta ou indiretamente envolvidas, não identificadas – informação de nicho (Jenkins, 2008) – processo de legitimação de hierarquias, de certo modo – saber não-acadêmico,mas especializado;  Clay Shirk (Crowdsourcing, 2009) – organizações  Smart Mobs – Rheingold – capacidade de organização  Fansourcing – Nancy Baym (2009)
  • 21. Nancy Baym (2009) FANDOM DE NARRATIVA  Narrativas possuem personagens, plots e buracos a serem preenchidos pelos fãs  Universos Narrativos  Apropriação criativa do material (fanfics, fanfilmes, etc)
  • 25. Discussão e interpretação das letras (somente em alguns casos)
  • 27. Relação com os aspectos informativos (lançamento de álbuns, datas de tours, infos técnicas, biográficas ou históricas). Foco nas notícias e informações
  • 29. Mixtapes, compartilhamento de playlists, escrita em blogs, blogs de downloads
  • 32. Parte da auto-apresentação em outros contextos como a moda: cabelo, vestimenta, etc.
  • 33. Importância dos mediadores musicais (Sá, 2009) para o cotidiano e a recomendação musical
  • 42. Fandom de música é muito mais facilmente tornado visível enquanto uma intrínseca parte da auto-definição em uma ampla variedade de situações (Nancy Baym, 2009) Questão da negociação da identidade
  • 43. A cultura do fandom tanto foi reformatada quanto reformatou a cibercultura produzindo uma diversidade de tipos de conhecimento em diferentes ambientes midiáticos  Relação fãs de Ficção-Científica nas origens da cibercultura
  • 44. 1. a possibilidade que os consumidores têm de arquivar, anotar, se apropriar e recircular o conteúdo midiático a partir de novas ferramentas e tecnologias;  JENKINS (2006)
  • 45. 2. a promoção do DIY, Do It Yourself (Faça Você Mesmo), promovida por uma variedade de subculturas na web;
  • 46. 3. O encorajamento que favorece a integração entre as mídias e o fluxo de idéias, vídeos, narrativas etc. a partir de uma economia mais horizontal por parte dos conglomerados midiáticos e da demanda de modelos mais ativos por parte dos espectadores.
  • 47. O fã-colecionador, aquele que coleciona e divide sua memorabilia (obtém vídeos, gravações raras etc. e as compartilha nas redes). O colecionador pode se apropriar de uma determinada materialidade tecnológica e transformá-la de acordo com seu próprio gosto e identidade, ou ampliar o repertório de artefatos culturais em uma ressignificação das práticas de consumo, como nos aponta David Jennings (2008)
  • 50. Mainstream: Justin Bieber nos Trending Topics do Twitter através da hashtag #JustinBieber Mobilização dos fãs
  • 54. Mudança no algoritmo que calcula os Tópicos mais populares (TT) no Twitter Reações de fãs e anti-fãs
  • 58. A tag não virou TT trending topics, porque esse estilo musical está fora do circuito mainstream
  • 59. Fica nítido que os protocolos da rede ainda operam dicotomicamente. Naquele dia, as tags relativas ao BBB, no exemplo brasileiro, estavam entre os tópicos mais discutidos
  • 60. A questão semântica da tag foi o elemento agregador, no entanto, alguns fãs utilizaram a troca de seus avatares fotográficos por logotipos ou imagens relacionadas à cultura rivethead/tronco, em uma prática que parte dos próprios perfis e utiliza os elementos visuais como mais uma forma de comunicação;
  • 62. Produção de conteúdo relacionado ao EBM não só enquanto gênero musical, mas relacionando livros, filmes, roupas, locais, e mesmo elementos cotidianos expressos em posts como ("gostaria de estar em um club esfumaçado ouvindo ebm" ou "saí com a camiseta do Front 242 em homenagem ao dia“)
  • 63. Também foram destacadas as apropriações criativas e co-produções postadas pelos fãs como remixes, djsets e mashups de músicas, fotografias, flyers e até uma HQ. Tais desdobramentos mostram que a cultura material é um elemento forte, apesar de uma aparente "desmaterialização" possibilitada pelas internet.
  • 64. Essa combinação de elementos pode constituir uma performatização - seja através dos perfis como indica Liu (2007), seja da comunidade como um todo - que é reconfigurada na e pelas redes digitais adicionando significados à estética subcultural em suas linguagens e estereótipos;
  • 68. Linguagem visual da dublagem  Remediação de uma prática anterior
  • 69. Prática de dublagem de uma música através da gravação de um vídeo-homenagem em plano-seqüência  Fãs poloneses de Depeche Mode  Investimento Afetivo  Intertextos – fases e outros vídeos da banda
  • 72. Apropriações  Mobilização  Intertextualidades  Referências  Performatização – Ensaio - Teatro