1) O documento discute juventude e sociedade, políticas públicas de juventude e o programa Projovem Urbano no Brasil.
2) Ele explora como entender as diferentes juventudes através de "espelhos retrovisores e agigantadores" e como as transições para a vida adulta estão mudando.
3) O Projovem Urbano busca promover a educação, cultura, cidadania e trabalho entre jovens por meio de unidades formativas.
2. Sumário
Juventude e Sociedade: jogos de
espelhos
As PPJs e os temas mobilizadores da
juventude de hoje
As unidades Formativas do Projovem
urbano e a perspectiva geracional
3. Juventude e Sociedade: jogo de espelhos
Em cada tempo e lugar são muitas as
juventudes
É necessário compreender as
sociedades em que vivem as diferentes
gerações (espelho retrovisor).
É necessário compreender as marcas
geracionais comuns que caracterizam
um determinado tempo histórico
(espelho agigantador)
4. Juventude espelho retrovisor
Desigualdades e discriminações se combinam
produzindo diferentes graus de vulnerabilidade.
Fatores geradores de desigualdades sociais:
• Origem social e níveis de renda familiar;
• Disparidades econômicas entre regiões de um
mesmo país, entre campo e cidade.
Fatores geradores de preconceitos e discriminações:
Recortes étnicos, raciais e de gênero
Deficiências físicas e mentais
Diversidade de orientação sexual
Pertencimento religioso
Pertencimentos associativos e políticos
Pertencimentos a galeras, gangues, torcidas organizadas.
5. Espelho agigantador
O que significa ser jovem em um tempo de:
trabalho restritivo e mutante; multiplicação de violências (físicas e simbólicas);
evidentes de riscos ecológicos; rápidas mudanças tecnológicas
Diferentes caminhos de transição para a vida adulta:
múltiplas trajetórias juvenis
6. Processos de transição para a vida adulta
Padrões consolidados após a segunda guerra:
Seqüência linear e previsível de acontecimentos no curso da vida:
Saída da escola, ingresso no mercado de trabalho, saída da casa dos
pais, formação de um novo domicílio pelo casamento e nascimento do
primeiro filho.
Novos padrões:
Novas relações entre escolaridade e inserção no
mundo do trabalho;
Dissociação entre sexualidade e casamento;
Novos arranjos familiares;
Novas maneiras de “estar no mundo” (tecnologias
de informação e comunicação)
7. Situações intermediárias, reversíveis e
coincidentes:
Solteiro ou casado?
Trabalhador ou estudante?
Trabalhador ou desempregado?
Incluído ou excluído?
Longe ou perto da morte?
Isolado ou conectado?
8. Nichos e temas atuais indutores da participação juvenil
Demandas comuns? >>>>>>>>>>> Políticas Públicas de Juventude
Educação e Trabalho: muita urgência de uma
nova articulação nos moldes do Século XXI
com inclusão digital (NTICs e software livre)
Arte e Cultura: expressão de identidades, fruição e
inserção produtiva;
Qualidade de vida juvenil: sustentabilidade
sócio- ambiental; saúde,
esporte, lazer.
Direitos humanos e valorização da diversidade:
contra a violência,
por vida segura , pela paz.
9. Cenário atual: Reconhecimento das múltiplas formas de participação juven
estudantil, sindicatos, associações, grupos culturais, grupos
religiosos grupos e redes ambientalistas, jovens de Projetos;
Grupos e redes de gênero; orientação sexual; raça/etnia;
jovens com deficiência.
10. Políticas Públicas de Juventude ?
POLÍTICAS DE JUVENTUDE
POLÍTICAS COM A JUVENTUDE
POLÍTICAS PARA A JUVENTUDE
11. ProJovem urbano
Pode produzir efeitos
dinamizadores
em Políticas Estruturais
Contribui para consolidação
de Políticas Públicas de
Juventude
Programa experimental e emergencial
12. PROJOVEM URBANO
Unidades Formativas e temas integradores
Juventude e Cultura
Juventude e Cidade
Juventude e Trabalho
Juventude e Comunicação
Juventude e Tecnologia
Juventude e Cidadania
13. Culturas Juvenis?
A Cultura é o lócus de constante invenção e reinvenção de
formas e canais de comunicação entre diferentes gerações e
instituições sociais.
As conquistas tecnológicas modificam a comunicação, a
socialização, a “visão do tamanho do mundo” entre gerações.
Hoje aceleram-se os processos de contato e se ampliam as
possibilidades de hibridismo cultural. Diversidades e
identidades se manifestam em um mesmo país, entre países,
regiões e continentes.
A propagação veloz de símbolos e valores pelo mundo afora
permite que jovens - de diferentes condições sociais e de
diferentes locais do mundo - de alguma forma partilhem um
mesmo universo de referência.
14. A “cultura” —fruição, criação e
produção, dimensão econômica —
é um elemento estruturante da
vivência juvenil,
mas tem sido pouco incorporada
às preocupações dos gestores
públicos (Conjuve, 2006).
15. Juventude e Cultura
Apenas 10,1% dos jovens costumam ir ao
cinema (Unesco, 2004)
Cerca da metade dos jovens quase nunca
vai ao cinema ou biblioteca. (Unesco,
2004)
85,8% dos jovens se informam através da
televisão (Ibase/Polis, 2005)
78% dos jovens nunca participaram da
produção de informações em meios de
comunicação (jornais de escola, fanzines,
TVs, rádios comunitárias, produção de
vídeo, etc) (IBASE/POLIS, 2005)
16. Nos bairros, favelas, comunidades, os grupos culturais que
funcionam como articuladores de identidades e se tornam
referências na elaboração de projetos individuais e coletivos
E o que são os “grupos culturais”? São grupos
que, por meio de ritmos, gestos, rituais e palavras,
instituem sentidos, negociam significados, buscam
visibilidade pública, disputam adesões de jovens.
A literatura tem registrado grupos de jovens
voltados para esportes, para rádios comunitárias,
para o teatro, a dança e variados estilos musicais
(rock, punk, heavy metal, reggae, hip hop, funk,
entre outros).
Estes grupos inventam e reinventam estilos que
se tornam formas de expressão e comunicação
entre significativos contingentes juvenis.
17. Nas escolas
“Faz-se, muitas vezes, política pobre, para pobres:
há quadras, mas não há bolas; as aulas de dança são ofertadas
por voluntários, em chão esburacado;
tem televisão, mas não tem vídeo nem DVD; não tem computador.
Além disso, o uso das escolas nos finais de semana acaba
explicitando uma dicotomia entre a escola aberta à comunidade
e às suas manifestações culturais, nos fins de semana,
e uma escola fechada (por portões e grades), durante a semana.
Essas realidades precisam dialogar entre si. A escola e
seu currículo erudito pode e deve abrir espaço para as
manifestações populares e dos jovens. Isso pode ampliar as
possibilidades de aprendizagem e de incentivo
a novas produções culturais”.
(Conjuve 2006).
18. Nas cidades
Ainda são poucas as ofertas de cultura e lazer
(cinema, teatro, música, cinema, dança, artes
plásticas, novas mídias, etc.) e boa parte delas se
localiza nas regiões centrais de grandes cidades,
principalmente nas regiões Sul e Sudeste.
Não é por acaso que a demanda por
equipamentos culturais
é uma das prioridades de grupos e movimentos
juvenis
(Conjuve, 2006).
19. No ProJovem
Juventude e Cultura
Ser jovem hoje
A Cultura da Comunidade (saberes,fazeres,crenças e
expressões artísticas)
Sofrer preconceitos e discriminação?
Minha turma tem qualidade de vida?
Como são as relações entre hábitos culturais e o cuidado com a
natureza no local onde vivo?
20. Juventude e Cidade
A cartografia urbana revela históricos
processos de exclusão.
Territórios conjugam fragilidades
econômicas, falta de infra estrutura e
a violência do tráfico e da polícia.
Jovens moradores de áreas pobres e
violentas sofrem “discriminação por
endereço”
21. PPI
Juventude e Cidade
Viver na cidade
Meu bairro, meu território.
A Violência urbana invade o dia a dia dos
jovens?
Educação, trabalho e lazer ao alcance de
todos?
Saneamento básico é importante.
22. Juventude e trabalho
No Brasil o trabalho também faz a juventude (Marilia
Spósito).
Polêmica: qual o lugar que o trabalho deve ocupar na vida
dos jovens?
Políticas públicas, com enfrentar o desemprego juvenil?
Duas posições:
A) Postergar ( com estímulos para permanência na escola, visando
melhores condições de entrada no mercado de trabalho);
B) Considerar diferentes trajetórias e favorecer a inserção
(via cursos de curta duração, subsídios às empresas, parcerias com
organizações sociais que formam e se encarregam da inserção de
jovens)
23. PPI Juventude e Trabalho
Ser jovem:aprendendo e trabalhando
Ser jovem é ser consumidor?
A violência e minha situação de trabalho.
Direitos de trabalhador: quem tem?
Como o trabalho que faço e/ou quero fazer afeta
o meio ambiente?
24. Trabalho: ampliar o campo de possibilidades
a partir de diferentes trajetórias
De cada 10 jovens brasileiros de 15 a 24
anos, sete estão ligados de alguma forma
ao mercado de trabalho.(almanaque da
Juventude 2007).
Pesquisa Perfil da Juventude Brasileira
(IBASE/Polis), indagados sobre os
principais conceitos associados ao
trabalho, os jovens indicaram: necessidade
(64%); independência (55%);
crescimento (47%); auto realização 29%
(respostas múltiplas)
25. PPI: perspectiva geracional
(escutas e aprendizados mútuos)
Diálogo intergeracional
• Investir na formação de adultos que
trabalham com jovens (no presente e
futuramente).
Diálogo intrageracional
* Os jovens do ProJovem devem ter oportunidades
de se aproximar dos espaços e organizações
juvenis por meio da participação cidadã.