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HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE PARAUAPEBAS*. DOS PRIMÓRDIOS AOS DIAS ATUAIS
Org.Pesq. Adilson Motta, 2012
O município de Parauapebas surgiu como um povoado que se formou em terras do município
de Marabá, ao pé da Serra de Carajás no curso do rio Parauapebas, em função da descoberta
de jazida de minério de ferro, no final da década de 60. Até o final dessa década, na área
onde está localizada a cidade de Parauapebas havia ainda um imenso castanhal. A
descoberta da província mineral de Carajás ocorreu quase que simultaneamente com a
chegada de grandes madeireiras que provocou a devastação da castanheira e o corte
indiscriminado de outras madeiras nobres. Propiciando, dessa forma, a entrada de
pecuaristas que ocuparam áreas para a formação de pastagens, incentivados pelo Governo
Federal.
Parauapebas, deste modo, é resultado de um complexo de mudanças e transformações sócio
espaciais que o sudeste do Pará passou a sofrer a partir, principalmente da década de 1960
com a transição de sua tradicional economia extrativo-exportadora, baseada na produção e
exportação de castanhas-do-pará, para a economia agro mineral-exportadora, apoiada nos
grandes projetos agropecuários e na extração mineral realizada por grandes empresas.
Nesse contexto, o município de Marabá, por possuir uma vasta área territorial, passou por
uma forte fragmentação territorial dando origem a vários municípios. O município de
Parauapebas é fruto dessa fragmentação de Marabá.
A extração mineral realizada pela CVRD transformou Parauapebas em um curto espaço de
tempo num dos maiores arrecadadores do país de impostos e royalties relacionados a essa
atividade. Tal fato proporcionou ao novo município um rápido e expressivo crescimento
demográfico por ter atraído milhares de migrantes em busca de empregos nas empresas
responsáveis pela implantação das muitas obras de infraestrutura necessárias ao
desenvolvimento do PFC (Projeto Ferro Carajás), bem como aos projetos de colonização
dirigida e estabelecidos em seu território pelo Grupo Executivo de Terras do Araguaia-
Tocantins (GETAT).
Foto extraída da Revista Paysage, pág. 9.
Há relatos nos anais de sua história, que um homem chegou às margens do Rio Verde, construiu
um casebre de madeira e pôs nele três mulheres. Estava fundando uma cidade e não sabia. A
clientela da casa eram peões que começavam a construir Carajás. Ia tudo bem, mas um dia 40
deles armaram uma briga tão grande, que veio a polícia, incendiou o barraco e mandou todo mundo
embora. Não muito tempo depois o barraco foi reconstruído. Hoje, quem vê Rio Verde e seu
contexto maior, Parauapebas, com muitos outros bairros, percebe o crescimento vertiginoso pelo
qual passou e passa a cidade – em tão pouco tempo. Com origem em “prostíbulos”, contrasta com
o grande respeito que atualmente leva seu nome nacional e internacionalmente, a qual muitos já
chamam de “A capital internacional do minério”, que, contemplada com o Projeto Grande Carajás,
o qual, já fora símbolo de progresso e desenvolvimento para o país, estado e região - apesar dos
contrastes sociais e conflitos ainda existentes e a constante busca e garantia de direitos sociais.
Desenvolvimento esse, movido principalmente pelo Grande Projeto Carajás, cuja grande mina se
localiza nos seus limites territoriais, e de outro lado, o surgimento do Garimpo de Serra Pelada e a
chegada de grandes madeireiras que provocou a devastação de muitas castanheiras e o corte
indiscriminado de outras madeiras nobres. Propiciando desta forma, a entrada de pecuaristas que
ocuparam áreas para formação de pastagens, incentivados pelo governo federal, o que proporcionou
grande fluxo migratório e seu rápido crescimento. Em 1981, a área onde se situa Parauapebas ainda
era mata virgem, fazia parte da fazenda do Sr. Lair Guerra Toledo, adquirida junto ao governo federal.
Para Francisco Brito, (in Parauapebas em Revista), a localidade de Parauapebas começou a surgir nos
idos de 1982 com a construção de barracas de palha à beira da PA- 275, no cruzamento desta pelo
igarapé Ilha do Coco II, na faixa de domínio desta rodovia ainda em construção.
Essas barracas foram montadas com a finalidade de explorar todo tipo de comércio com uma leva de
mais ou menos 14.000 operários que trabalhavam na implantação do Projeto Ferro Carajás.
Inicialmente essas barracas funcionavam durante toda a noite e seus donos retornavam pela manhã para
a localidade de Curionópolis.
Deste início, a ocupação alterou-se rapidamente sobre a área onde se localiza hoje o bairro do Rio Verde,
onde o GETAT projetara lotes agrícolas de 50 ha, para instalação de colonos.
Nesse tempo a Cia Vale do Rio Doce negociava a compra de uma área de terras entre o Rio Parauapebas
(Barreira da CVRD) e o Igarapé Ilha do Coco com o fazendeiro Lair Guerra Toledo.
07-01-1989. Ponte do Igarapé Ilha do Coco.
Projetava e executava as obras de um núcleo habitacional para 5.000 pessoas na primeira etapa e mais
5.000 na segunda etapa, para abrigar seus funcionários da operação da ferrovia e a empresa das quais
via necessidade para fornecimento de produtos e serviços para Carajás.
Este núcleo, que seria propriedade da empresa e administrado por ela, no projeto original, era dotado de
completa infraestrutura sanitária, de um hospital, uma escola, uma estação de tratamento de água, um
prédio de administração e uma delegacia e cadeia. Iluminação pública, ruas abertas, e meio fios faziam
parte dessa estrutura que custou 12 milhões de dólares e previa asfaltamento de todas as ruas.
O que era para ser somente uma área de moradia de funcionários da CVRD, contratados para a
construção da EFC, acabou atraindo vários migrantes e se tornando um núcleo urbano tendo também
por perto os garimpeiros de Serra Pelada. Nascia, desta forma, Parauapebas, a cidade-trabalho.
Ainda no início dos anos 80, os três primeiros bairros foram Rio Verde (início da cidade, à beira da
estrada). Cidade Nova e Bairro União (planejados para atender aos trabalhadores da CVRD e empresas
prestadoras de serviços). A Rua do Comercio (Rio Verde) só tinha casinhas de tábuas ou plástico – se
ocorresse um incêndio em uma, seria difícil controlá-lo, tão grande era precariedade, lembram os
moradores. No entanto, cumpria sua função primeira, que era venda de mercadorias aos garimpeiros e
funcionários da etapa de implantação do Projeto Ferro Carajás.
Para “Pasquinha” (apud Diagonal, 2006), a questão mais marcante no processo de urbanização foi a
chegada da eletricidade: eles ficaram durante quatro anos “no escuro, olhando a luz à-toa lá do outro
lado, na Cidade Nova” e sem ter com que se alumiar (não havia nem como puxar “gato” num primeiro
momento).
Segundo Felipe Awi, quando o projeto da Vale começou, em 1981, Parauapebas era apenas uma
vila de cinco mil pessoas que pertencia ao município de Marabá. A mineradora trouxe gente dos
quatro cantos do Brasil, além de progresso, empregos e um modo de vida completamente urbano,
com suas vantagens (serviços melhores, principalmente) e desvantagens, violência e alto custo
de vida).
As lendas de riqueza, emprego e dinheiro, no entanto, continuaram correndo o país afora, atraindo cada
vez mais gente para Carajás. A CVRD, "antecipando-se à ocupação descontrolada que tende a ocorrer
na periferia dos grandes projetos", implantou um núcleo habitacional em Parauapebas, pequena vila que
fica na entrada da Serra dos Carajás, preocupada em "conjugar o desenvolvimento material com a
harmonia social. Somou-se ao bairro projetado pela ex-estatal CVRD, atual Bairro da Cidade Nova, o
núcleo de povoamento espontâneo do Rio Verde. E a partir da junção entre esses dois núcleos foi
estabelecida a sede do que será o novo município.
Em 1982, com o surgimento e crescimento galopante do Rio Verde, a CVRD decidiu
fazer a doação onerosa do núcleo ao município de Marabá, e o fez, através de um convênio /Lei
Municipal, na Administração do Prefeito Paulo Bosco Rodrigues Jadão.
Para administrar Parauapebas foi nomeado o Sr. José Francisco de Brito, no início de
1983, que assumiu o cargo e inaugurou as instalações já existentes, antecipou para 84 a
implantação dos cursos de 1º e 2º grausna Escola Gen. Euclydes Figueiredo, prevista pela CVRD
para 1986, criou a feira do Rio Verde, implantou o primeiro posto dos correios (em Rio Verde),
firmou convênio com a Telepará para implantação do sistema de telefonia, doou a área para a
construção do Quartel PM, trouxe a primeira equipe fixa da SUCAM para a localidade onde a
malária dizimava milhares de pessoas anualmente, construiu com recursos Estaduais, a Escola
Eduardo Angelim, construiu a Escola Carlos Drummond de Andrade (inicialmente como centro
de recrutamento de empregados) e estendeu a rede elétrica da CELPA no bairro de Rio Verde,
com o apoio do Deputado Haroldo Bezerra. Distribuiu os lotes do núcleo urbano da cidade nova,
estruturou com um precário serviço de topografia as áreas de invasão hoje denominadas bairro
Primavera e bairro União, e as ruas de Rio Verde. Entre os objetivos maiores de Francisco Brito,
estava o de tentar colocar ordem no fluxo de pessoas que chegavam. “Aqui tinha terra agrícola pra
ser distribuída gratuitamente com toda assitência, tinha lote para morar e montar o comércio e
oferta de emprego”, diz ele (apud Globo, 06/2010).
Implantou ainda o tratamento de água, o serviço de coleta de lixo urbano (com carroças),
fez a abertura das principais ruas de Rio Verde, e deixou o cargo com as eleições de 1986. No
período seguinte de dois anos, a administração foi exercida pelos Srs. Florêncio Neto, Maria
Luiza, Sebastião Moura, Luiz Alencar e Moacir.
Estava concluída a fase do que seria o futuro Município de Parauapebas.
Anos 80 – povoado Parauapebas.
A realidade, porém, superou qualquer planejamento, Parauapebas, em pouco tempo, transformou-
se num imenso favelão e naquela época, (6 de dezembro de 1984), já contava com mais de 7 mil
habitantes, gente que veio de todos os cantos do Brasil em busca de trabalho. Apesar das várias
operações da Polícia Federal queimando casas para impedir que o favelão crescesse, surgiram
Fonte: Arquivo pessoal
de Chico Brito.
alguns prostíbulos, onde o pessoal ia "trocar o óleo", como se dizia. A polícia queimava (esses
prostíbulos), as mulheres refaziam suas taperas e assim veio um comércio, depois outro, o povoado
foi-se formando. Consta nos relatos que uma vez, a Polícia Federal queimou 30 barracos de
tardezinha. Quando foi no outro dia, tinham 60 barracos no lugar. No começo, era quase só
mulherada, mas depois foram vindo famílias. Em Parauapebas chegou a existir 122 cabarés. Assim
consta nos relatos de Valdir Flausin Oliveira, tido como um dos mais antigos moradores: “A
estrada era de chão, as pontes beiravam a água, quando chovia ninguém passava. Eu levava três
dias para ir a Marabá. Os poucos fazendeiros que havia foram desapropriados pelo GETAT (Grupo
de Terras do Araguaínas-Tocantins), aqui ninguém possuía título de terra, era tudo posse. Com 3
anos, Parauapebas já tinha até uma Associação de Moradores. Mas continuava sem água e sem
luz”.
Naquele momento, frente aos problemas existentes em Serra Pelada, (que fora fechado devido
a enchente e a demora em reabrir), os garimpeiros em represália, quase acabaram Parauapebas.
Pois, como o governo federal estivesse demorando a cumprir sua promessa de liberar Serra Pelada,
milhares de garimpeiros incendiaram os prédios da delegacia e da sub-prefeitura em Parauapebas,
destruíram a guarita da segurança da CVRD, incendiaram veículos, queimaram casas comerciais
fecharam por alguns dias a PA -275 e ameaçaram invadir Carajás, o que só não aconteceu porque
o governo do Pará enviou em oito aviões tropas da Polícia Militar de Belém e Marabá. Só
escaparam do vandalismo a escola Euclides Figueiredo e o Hospital Municipal. "Qualquer
problema que surge em Serra Pelada, os garimpeiros agora ameaçam invadir Carajás", esse é o
relato de um dos funcionário da CVRD da época.
Parauapebas no início dos anos 80
Fonte: Arquivo pessoal de Chico Brito
Em 1985, a Estrada de Ferro Carajás foi inaugurada pelo Presidente da República, João
Batista Figueiredo. A CVRD começa a recolher o IUM (atualmente royalties) à Prefeitura
de Marabá. Apesar da Lei aprovada pela Câmara, determina que 10% desses impostos
deveriam reverter imediatamente para o povoado de Parauapebas, isso jamais ocorreu.
A renda de Parauapebas era equivalente a mais ou menos 5 mil por mês. No mesmo
ano, inicia-se um movimento pela emancipação do município. A ideia encontrou feroz
resistência por parte de Marabá, que não aceitava a possibilidade de vir a perder sua
maior renda que era oriunda da exportação do minério de ferro pela CVRD. Inicia-se
também pelo ITERPA, o projeto de colonização das terras devolutas (antiga Colônia
Jader Barbalho) conhecida atualmente como Colônia Paulo Fonteles.
Vista parcial de Parauapebas nos primórdios de sua fundação.
Enfim, a emancipação
Segundo Francisco Brito, o processo de emancipação política de Parauapebas
teve início, de fato, em 1984, após a invasão e destruição de prédios públicos pelos
garimpeiros de Serra Pelada em julho do mesmo ano. E isto se deu com o apoio de
lideranças políticas de Marabá. Findo o episódio, Francisco Brito insistiu com a
prefeitura de Marabá pela imediata reconstrução dos prédios públicos, já que o
funcionamento da localidade estava totalmente comprometido. Sem água, sem
delegacia de polícia e cadeia e sem prédio da administração.
1ª foto: Alojamento de uma das empreiteiras destruídas por garimpeiros.
2ª foto: Prédio onde funcionava subprefeitura de Parauapebas e que foi destruído
pelos garimpeiros.
Foi face à negativa de Marabá em reconstruir o que fora destruído que Francisco Brito iniciou o
processo de emancipação - convocando um grupo de cinco pessoas (Carlão, Zé da Papelaria, Zé do
Gado, Osmar Careca e Cloves do Castelinho) - nomes conhecidos na época. Tudo ocorreu em um clima
de tensão e muito carregado. Foi nesse clima que Francisco Brito afirmou para as autoridades
marabaenses que se eles não estavam dispostos a gastar em Parauapebas os 10% da arrecadação de
Carajás, conforme a lei determinava, eles perderiam os 100% “Por que vou emancipar Parauapebas”.
Paquinha (apud Diagonal, 2006), lembra quena eleição para prefeito de Marabá pelo povo, em
1984, que levou à chefia da administração municipal Hamilton Bezerra; - os moradores de Parauapebas
ficaram indignados com a frase da vice-prefeita Adelina em resposta à cobrança que faziam de
benefícios: “ primeiro eu vou cuidar de casa (Marabá), depois vou cuidar do quintal (Parauapebas)”.
Isso virou uma ferida muito inflamada no coração dos Parauapebenses, gerando um clima de
inconformidade política.
A partir daí, iniciou-se o processo de mobilização e conscientização,que foi uma luta que durou
mais de três anos. O momento crucial foi quando a câmara de Marabá tinha que votar pelo
prosseguimento ou arquivamento do processo e foi anunciado que ela votaria pelo arquivamento,
enterrando de vez a criação do município de Parauapebas (pois os mesmos não queriam perder os altos
O nome Parauapebas foi devido ao
Rio que separa o Projeto Carajás do
Município, e que na linguagem
indígena tupi-guarani significa “rio de
águas rasas”.
Fonte fotos: Arquivo pessoal de Chico Brito
impostos de “royalties” de Carajás - caso houvesse a emancipação). Francisco Brito, que controlava
um partido político, fez saber aos marabaenses que, frente a situação, ele lançaria um candidato a
prefeito de Marabá, com um vice de Curionópolis, com totais chances de vencer as eleições (já que
Marabá tinha cinco candidatos à prefeitura e o mesmo número de eleitores inscritos que o de
Parauapebas e de Curionópolis, com um candidato único e avisou que, ganhando as eleições, iria
transferir para Parauapebas a sede do município. Com essa ameaça, a câmara de vereadores se reuniu
em caráter extraordinário e votou pelo prosseguimento do processo, cumprindo mais uma etapa do que
determinava a lei. Na verdade, os eleitores de Marabá existiam, mas os de Parauapebas e Curionópolis
eram em grande parte - inscrições e títulos de migrantes que há muito não se encontravam na região.
Portaria em 1981 Portaria em 2008
O processo de emancipação política de Parauapebas teve início em meados de 1984.
Importantes atores locais mobilizaram grande parte da opinião pública e um plebiscito foi
realizado para que a população pudesse votar e optar pela emancipação ou não de Parauapebas.
No dia 24 de abril foi realizado o plebiscito para cumprimento da lei que determinava que fosse
ouvida a opinião da população. O plebiscito foi uma festa, praticamente 100% da população
desejava a emancipação
População de Parauapebas se mobiliza pela emancipação
(plebiscito)
Fonte: Parauapebas em Revista.
A Assembleia Legislativa do Estado do Pará aprovou em 1988 a lei 5.443 que deu status de município
a Parauapebas. No dia 10 de maio foi sancionada a lei 9.442/88 pelo então Governador do Estado Hélio
da Mota Gueiros, coroando um processo que se iniciara com o requerimento inicial do deputado Carlos
Cavalcante que em curto tempo havia recebido adesão de vários deputados.
No mesmo período, desmembrou-se também do município de Marabá o povoado do “Trinta”,
atual município de Curionópolis. Parauapebas e Curionópolis desmembraram-se de Marabá
como municípios de primeira geração.
Francisco Brito comemora a
sanção da lei que criava o
município, ao lado dos deputados
Haroldo Bezerra e Carlos
Cavalcante. Este último, o autor
do projeto de lei Nº 008/85, na
Assembleia Legislativa do Pará.
Fonte: Arquivo pessoal de Francisco Brito, 2008
CIDADE NOVA, 1990 RUA E
Ousadia- No âmbito dos projetos de construção de Parauapebas, é possível perceber uma
interessante ousadia, pouco comum nos planos nos administradores atuais, que teimam em fazer
obras grandiosas que encham os olhos de admiração, caros aos cofres públicos, e que possuam
resultados eleitorais impressionantes. Parauapebas recebeu um macro projeto de saneamento, até
então inexistente em qualquer parte do interior paraense. Trata-se das Estação de Tratamento de
esgoto -, com recursos oriundos do Banco Mundial, através da companhia Vale dó Rio Doce
(CVRD) e Prefeitura.
Com o objetivo de eliminar o lançamento de dejetos de esgoto no rio e no afluente que cortam a
cidade (leia-se Rio Parauapebas e igarapé do Coco), foram construídas lagoas de tratamento de
esgoto no município.’’ O sistema de tratamento da cidade é feito através de lagoas de estabilização.
“Todos os efluentes (esgotos domésticos) são colocados na lagoa, que são tratados e jogados ao
rio com muito menos impurezas”, explica o técnico potiguar Oswaldo da Costa.
PREFEITOS DE PARAUAPEBAS E PERÍODOS DE MANDATO
Prefeito Período Naturalidade Profissão
Faissal Faris M.S. Hussain
Vice-prefeito: Renato S. Araújo
1989-1992 São Paulo Médico
Francisco Alves de Sousa
Vice-prefeito: Rosimeire L.G. Vaz
1993-1996 Maranhão Comerciante
Ana Isabel M. de Oliveira
Vice-prefeito: Rosimeire L.G. Vaz
1997-2000 São Paulo Psicóloga
Ana Isabel M. de Oliveira
Vice-prefeito: Milton Martins
2001-2004 São Paulo Psicóloga
Darci José Lermem
Vice-prefeito: Moisés Gomes de Freitas
2005-2008 Rio Grande do
Sul
Filósofo
Darci José Lermem
Vice-prefeito: Dr. Afonso Andrade
2008-2012 Rio Grande do
Sul
Filósofo
Foto dos prefeitos de Parauapebas
Faisal Salmen Chico das Cortinas Bel Mesquita
Valmir da Integral – Empresário
Segundo professor Ramos, filósofo e residente em Parauapebas desde 1991, que acompanhara o
processo histórico e político no município desde os seus primeiros dias, a transição de governos
nunca aconteceu dentro da ordem no que toca às normas vigentes, ou como manda a praxe – dentro
do respeito e da ética. Até o último governo que antecedeu Darci Lermen, o gestor posterior
assumia encontrando a máquina pública “sucateada com rombos (débito público, débitos fiscais
e encargos), assim como sumiços de computadores – ficando o “abacaxi” para o sucessor. Se na
mentalidade dos que saíam era para prejudicar o “novo gestor”, na verdade os prejudicados era a
população, sendo que, segundo Ramos, tal fato prejudica o ano administrativo que se inicia: o que
corresponde colocar a “casa em ordem”, ou reorganizar a estrutura administração que se inicia.
Cronologia de Conquistas Sociais em Parauapebas
1978-1979 – Início das obras do Projeto Ferro Carajás, tocado pela Amazônia
Mineração S/A. Começaram a chegar os primeiros fazendeiros, que adquiriram
terras do Governo Federal, juntamente com madeireiros e garimpeiros que se
espalharam por toda região.
1981 - A CVRD inicia a construção de um núcleo urbano para atender inicialmente a
5.000 habitantes, às margens da PA-275, entre a Barreira de Carajás e o igarapé Ilha do
Coco, este núcleo seria, na concepção da CVRD, uma vila de propriedade da empresa
a qual abrigariam os funcionários da Ferrovia, comerciantes, fornecedores e prestadores
de serviços do Projeto Carajás.
1982 – Tem início às margens da rodovia PA-275, em fase de obras, a construção de
alguns de alguns barracos que em consequência, dariam início ao bairro Rio Verde.
– Doação do que seria o núcleo de Parauapebas para o município de Marabá. Já
estavam construídos e equipados, ou em fase final de construção e montagem, o prédio
do Hospital Municipal (entregue à administração da Fundação SESP), a escola Euclides
Figueiredo, as ruas com meios-fios, a Delegacia de Polícia, a Cadeia Pública, o prédio
da Administração, a Estação de Tratamento de Águas, a rede elétrica, e o sistema de
tratamento de esgotos.
1983 – Iniciada, pelo GETAT, a distribuição de Lotes agrícolas nos Cedere I, II e III,
conforme previa o Programa Grande Carajás, elaborado pelo Governo Federal em
conjunto com a CVRD.
Darci Lermen (Professor)
Os assentados receberam, além dos 50 hectares de terras, toda uma infraestrutura já
pronta, com estradas, escolas, hospital, um técnico agrícola em cada vicinal, um salário
mínimo mensal pelo período de um ano, alimentação, ferramentas, sementes para
plantio e material completo para fazer suas casas.
No mesmo ano Paulo Bosco Rodrigues (Bosco Jadão) foi nomeado prefeito de Marabá
(Área de Segurança Nacional) e nomeia José Francisco de Brito (Chico Brito) para
administrar a subprefeitura de Parauapebas. Houve a inauguração do Hospital Municipal
(então Hospital CESP), a escola Euclydes Figueiredo, a Estação de Tratamento de
água.
1984 - Garimpeiros da Serra Pelada invadem a localidade, saqueiam bares e
estabelecimento comerciais, fazem reféns incendeiam veículos, depredam a maioria dos
prédios e instalações públicas e fecham por alguns dias a PA – 275. Só escaparam do
vandalismo a escola Euclydes Figueiredo e o Hospital Municipal. Essa revolta dos
garimpeiros tinha o propósito de forçar o Governo Federal a entregar a Serra Pelada
para os próprios garimpeiros, uma vez que a concessão pertencia a CVRD.
Devido a falta de mão-de-obra,, instalou-se no município um centro móvel do SENAI,
que formou eletricistas, mecânicos, marceneiros, pedreiros, encanadores, soldadores e
outros para atender a demanda da região. Não era exigido grau específico de
escolaridade nem mínima para ingressar nesse centro de Ensino que só fechou com
um incêndio ocorrido em 1984.
1985 – A Estrada de Ferro Carajás foi inaugurada pelo Presidente da República, João
Batista Figueiredo. A CVRD começa a recolher o IUM (atualmente royalties) à Prefeitura
de Marabá. Apesar da Lei aprovada pela Câmara determina que 10% desses impostos
deveriam reverter imediatamente para Parauapebas, isso jamais ocorreu. A renda de
Parauapebas era equivalente a mais ou menos 5 mil por mês. No mesmo ano, inicia-
se um movimento pela emancipação do município. A ideia encontrou feroz resistência
por parte de Marabá, que não aceitava a possibilidade de vir a perder sua maior renda
que era oriunda da exportação do minério de ferro pela CVRD. Foi iniciada a construção
da escola Eduardo Angelim, no Rio Verde e inaugurada, naquele bairro o primeiro trecho
da rede elétrica da Celpa, para atender a rua do comércio.
Inicia-se pelo ITERPA, o projeto de colonização das terras devolutas (antiga Colônia
Jader Barbalho) conhecida atualmente como Colônia Paulo Fonteles.
1986 – início do transporte de passageiros e carga de terceiros, pela estrada de ferro
Carajás, através da qual acelerou-se a migração para o município, em virtude de preços
baixos de transportes e da região atendida. No mesmo ano houve em Marabá, eleições
municipais para prefeito e vereadores. Depois de mais uma década considerada pelo
governo como área de segurança nacional tendo seu prefeito nomeado diretamente pelo
Presidente da República, o povo escolheu, neste ano seus representantes, através do
voto. Mudanças também na administração de Parauapebas: sai Francisco Brito e
assume Florêncio Neto, em, seguida o cargo foi ocupado por Sebastião Maria de Moura,
José de Alencar e Moacir Santos, sucessivamente até 1988.
1987 – O movimento pela emancipação toma corpo e caminha em direção ao plebiscito.
1988 – No dia 24 de abril foi realizado o plebiscito para cumprimento da lei que
determinava que fosse ouvida a opinião da população. O plebiscito foi uma festa,
praticamente 100% da população desejava a emancipação.
No dia 10 de maio foi sancionada a lei 9.4443/88 pelo então Governador do Estado Hélio
da Mota Gueiros, coroando um processo que se iniciara com o requerimento inicial do
deputado Carlos Cavalcante que e em curto tempo recebe adesão de vários deputados.
Segundo Francisco Brito, Haroldo e Giovani se opunham à emancipação, com o correr
do processo, Giovani aderiu; Haroldo não.
No mesmo ano foram eleitos Prefeito e vice-prefeito e câmara municipal composta
de 9 (nove) vereadores.
1989 – São empossados o 1º prefeito e os primeiros vereadores do município conforme
relação abaixo:
Apesar de ter tido grande influência e ter sido o primeiro administrador local, Chico Brito
afirma:
“Faissal ausentou-se de Parauapebas em 1985 e só retornou no final de 1988,
exatamente no período da emancipação, luta da qual não participou em momento
algum”.
(Chico Brito, 08/2008).
Primeiro Prefeito - Faisal Salmem (1989-1992)
Segundo Parauapebas em Revista, pág.12, (08/1994), o primeiro prefeito eleito foi
Faisal Faris Mahmoud Salmen Houssain que administrou o município de janeiro de 1989
a dezembro de 1992, com um período de afastamento do cargo, com base em denúncias
de corrupção. Uma CPI na Câmara Municipal levantou uma lista de irregularidades como
desvio de verbas, notas fiscais falsas, obras e funcionários fantasmas, e, por isso, a
Câmara o afastou do cargo ao qual só retornou tempos depois por força de um mandado
de segurança conseguido na justiça, que nunca julgou o mérito da questão. Essa
primeira administração adquiriu para o município uma patrulha de máquinas, construiu a
praça Mahatma Gandhi, a escola Paulo Fonteles, pavimentou dois terços da avenida do
comércio e mais seis quilômetros de ruas. Hoje Faissal Salmen é vereador pelo PSDB
na Câmara Municipal de Parauapebas.
Dia da eleição do primeiro prefeito de Parauapebas 15-11-1988
Posse de Faissal, 01-01-1989.
Primeira Câmara de Vereadores
Era composta de nove vereadores:
José Francisco de Brito; Egnos Alves da Silva;
José Dionísio dos Santos; Luís Rissardi;
Milton Alves Martins; Francisco de Assis Pereira de Souza;
Milton A. Martins; Misael Carvalho de Carvalho;
Valdemir de Matos Fernandes
e João Prudêncio de Brito.
Segundo Jornal O Carajás (http://www.carajasojornal.com.br), este morreu assassinado
em circunstâncias misteriosas, sendo acusado do crime a esposa do próprio vereador.
Barracão do Rui
Nos anos 90, no governo de Chico das Cortinas,
por longos anos funcionou como uma das
principais lavanderias da cidade. Pois, devido não
ter água encanada em alguns dos bairros, para lá
acorriam grande número de pessoas para lavar
suas roupas, vasilhas e banho.
Segundo o mesmo Jornal, por intervenções do escritor Valter Barreto, a mesma foi
absolvida do crime, pois nada foi provado contra ela. Nesta primeira Câmara teve dois
presidentes: José Dionísio dos Santos e Valdir Antônio Pereira.
Foi nesta legislatura que foi produzida a Lei Orgânica do Município, cujo relator foi
o vereador José Francisco de Brito.
Outro fato lutuoso que também marcou a vida do Legislativo de Parauapebas foi o
assassinato do ex-vereador José Dionísio dos Santos o “Zé do Galo”, crime não
elucidado até os dias de hoje.
No cenário dos primeiros dias em Parauapebas, vale lembrar um nome que também deu
grande contribuição no processo de implantação da primeira Câmara Municipal de Vereadores,
Hilmar Kluck, que em 1988 foi indicado pelo deputado Evaldo Bichara para participar do processo
de implantação da Câmara Municipal de Parauapebas, ofício que dantes havia aprendido como
funcionário da Câmara no Rio Grande do Sul desde os anos 50. Além de ter participado da
elaboração da 1ª Lei Orgânica de Parauapebas, Kluck deu também sua contribuição na elaboração
do Regimento Interno da Câmara Municipal, sendo inclusive o compilador e redator da 1ª Lei
Orgânica Câmara Municipal de Parauapebas,
Segundo Kluck (2010), os primeiros dias da 1ª Câmara foram difíceis, pois as relações entre
a Câmara e a Prefeitura não eram nada amistosas por erros cometidos tanto pela Câmara quanto
pela Prefeitura que por enviar o numerário para o pagamento dos funcionários, julgava-se patrão
dos mesmos exigindo atendimento irrestrito. O poder executivo por sua vez não concordava que a
Câmara Municipal se arrogasse o direito de ostentar o termo Poder Legislativo – considerando que
o único Poder era do Prefeito. Já que o mesmo manejava a arrecadação e os gastos dos recursos.
Um incidente então ocorrido revela bem a beligerância entre os dois Poderes: como o prefeito não
enviava o dinheiro necessário para o funcionamento da Câmara, Zé do Galo praticamente manteve
o prefeito prisioneiro nas dependências da Prefeitura, até que os recursos fossem liberados. Quanto
à administração, Zé do Galo concordou que cada Vereador contratasse uma secretária para servir
no gabinete.
Como os vereadores já sabiam que podiam apresentar requerimentos exigindo melhorias no
funcionamento do Município, cada vereador apareceu com propostas bastantes boas e úteis.
Acontece que as secretárias contratadas não sabiam redigir. Não haviam máquinas datilográficas
disponíveis, sendo que Hilmar Kluck teve que redigir todos os requerimentos que uma vez
aprovados em sessão foram enviados ao prefeito.
Apesar das naturais dificuldades, a organização da Câmara foi evoluindo – saindo do
constrangedor início com alguns episódios até mesmo cômicos que passamos a relatar. A Câmara
passou a funcionar em um barracão de madeira que pertencia ao Senhor Avelar, situado na Rua
Araguais próximo à Rua do Comércio.
Segundo Kluck (2010) o Presidente Zé do Galo era totalmente avesso a qualquer leitura e
todas as minhas tentativas de datilografar os roteiros das sessões para que o Zé do Galo lesse as
suas falas fracassaram, simplesmente ele não conseguia ler as suas falas e pronunciá-las em voz
alta, a única solução foi a de eu sentar sempre ao seu lado e sussurrar as suas falas ao seu ouvido
e daí ele as repetia em voz alta, isso se tornava especialmente ridículo nas sessões solenes quando
se tornava mais necessário que eu elevasse mais a minha voz para que ele entendesse as minhas
palavras e as repetisse. Esta situação se prolongou por vários anos, quando outro Presidente foi
eleito para grande alívio meu, afirma Kluck.
Para Kluck (2011), uma das falhas gritantes das Câmaras Municipais era o Regimento Interno -
bem elaborado; pela Lei Federal as Câmara recém criadas adotavam o regimento da Câmara de
um município criador, mas o Regimento Interno da Câmara de Marabá era um instrumento tosco
e mal redigido, parecendo mais que fora elaborado pelas forças armadas e imposto a todas as
Câmaras do Brasil. Frente a situação, mais um desafio a Kluck, a tarefa de redigir um Regimento
Interno para a Câmara Municipal de Parauapebas. Segundo Kluck, essa tarefa levou-o a trabalhar
no projeto mais de dois meses usando unicamente a sua experiência no funcionamento dos
legislativos. Outra grande obra de Kluck ao município, juntos a alguns, foi a elaboração do Código
de Posturas.
Trabalhou 17 anos no cargo de Diretor Legislativo da Câmara de Parauapebas até sofrer de
uma doença que lhe impossibilitou continuar seu trabalho. Foi morador do Rio Verde onde viveu
com sua esposa Neuza Kluck até o seu falecimento aos 86 anos em 7 de maio de 2011 em
Parauapebas.
Quando na época do episódio do assassinato do Vereador João Prudêncio, a Câmara passou
a reunir-se em nova sede na Cidade Nova, Rua E onde funciona até os dias de hoje.
1990 a 1992 – Houve um grande crescimento populacional juntamente com o
desenvolvimento físico do Município.
PRINCIPAIS OBRAS REALIZADAS NA ADMINISTRAÇÃO FAISAL SALMEM:
Inauguração da ponte no Bairro Rio de Janeiro Perto
da escola Eduardo Angelin – no gov. Faisal Salmen.
 Prédio da Feira do Produtor Rural;
 Estádio Rosenão – (Reformado e ampliado na
Atualmente...
 Arborização da Rodovia PA 275;
 Terminal Rodoviário; (na gestão de deputado)
 Corpo de Bombeiro;
 Posto do INSS
Rodoviária
Rodoviária Praça Mahatma Gandhi inaugurada em 1990.
Feira do Produtor Rural – iniciada em forma de barracas na gestão Faisal Salmen. O modelo
como hoje se encontra, segundo Chico das Cortinas, foi construído em sua administração.
Construção das Escola Paulo Fonteles;
E Cecília Meireles.
Entretanto, a patrulha mecanizada, a pavimentação de ruas e as obras da escola Paulo
Fonteles só vieram a ser pagas pela administração Chico das Cortinas, algumas dessas
dívidas já em processo judicial de cobrança e até com arresto de bens decretado contra
Ponte construída pela CVRD
no período da gestão Faisal
Salmen. Próximo ao City
Parque.
(segundo Chico das Cortinas)
a Prefeitura. O que caracterizou a administração Salmen foram várias fortunas pessoais
inexplicáveis que apareceram na cidade, nos meios políticos (alguns secretários
municipais e vereadores), além da própria fortuna pessoal do administrador,
incompatível com seus rendimentos. Salmen teve todas as suas contas rejeitadas pelo
Tribunal de Contas dos Municípios e pela Câmara Municipal.
1992 – Houve a segunda eleição do município de Parauapebas e foram escolhidos
através do voto, os seguintes representantes para executivo e legislativo e, empossados
em 01/01/93:
Prefeito: Francisco Alves de Sousa (1993 a 1996)
Estação de tratamento de água construída na
administração Chico das Cortinas.
Além da grande obra de saneamento realizada no município, construiu o prédio da
Secretaria de Saúde (atual), a Câmara de Vereadores, fez uma das pontes que liga o
Bairro União ao Liberdade, o trevo em frente a casa Goiás, e, segundo o mesmo, as
primeiras estradas na região APA e outras comunidades foram abertas em sua gestão.
O que antes existia, segundo o mesmo, eram picos abertos por madeireiros, que com o
tempo, tornaram-se estradas. Foi também em sua gestão que iniciou o incentivo de
escoação da produção rural para a sede no sentido de favorecer “bons preços” para a
população urbana de Parauapebas na Feira do Produtor.
Antes de findar seu governo, Chico das Cortinas promoveu a realização de muitas obras,
incorrendo em erro de não inaugurá-las, as quais só foram inauguradas na gestão
seguinte, afirma antigos moradores. O que para o mesmo era “economizar” para os
cofres públicos, veio a repercutir no futuro em sua imagem política.
Em conformidade com a informação, o Jornal O Carajás
(http://www.carajasojornal.com.br), afirma que:
“Pelo volume de obras do governo de Chico das Cortinas – Foi considerado pelos
pioneiros como um marco na administração do município. E o município galgou
patamares de cidade de primeiro mundo. Um mandato que resgatou o caráter de
seriedade e compromisso da administração pública com o presente e o futuro do
município.”
Vereadores:
Ademir P. Dan (Juca);José B. Sousa (Pediu Licença e assumiu 3º suplente o Sr.
Francisco Romão Batista Júnior); José de O. Dantas; José Dias Neto; José Wilson da
Silva; Milton A. Martins; Nasser Salmen Simar G. da Silva (Pediu exoneração do
Cargo e assumiu Cimar Gomes da Silva); Odilon R. de Sanção; Orlando Medeiros; Rínio
Simões Veloso; Valdemir de M. Fernandes (Pediu exoneração do cargo e assumiu
Valmir O. Pereira); Valdir A. Pereira.
Primeiros dias do PT no Brasil e em Parauapebas
Em 1980, Lula se juntou a sindicalistas, intelectuais, católicos militantes da Teologia da Libertação
e artistas para formar o Partido dos Trabalhadores (PT).
Os anos 90 foram os primeiros dias do PT (Partido dos Trabalhadores) em Parauapebas. Poucos
sabem, mas Lula veio duas vezes ao município (nos dois primeiros mandatos que perdera). Os
principais fundadores do PT em Parauapebas foram Papa, Carmelita e Odilio.
Darci Lermen, deputado federal Valdir Ganso, Prefeito de Belém e Lula.
Além de ser um dos principais fundadores do PT em Parauapebas e articuladores da vinda de Lula
e Vicentinho ao município, Papa, por longos foi presidente do METABASE (Sindicato dos
Trabalhadores de Carajás). Antes a representação sindical da classe era por meio do Sindicato de
Amapá, o que dificultava. No entanto, com a liderança e articulação de Papa, foi possível a
fundação em Parauapebas do METABASE em 1986 como órgão de representação local da classe.
Em 1989, realizou-se a 1ª eleição direta para presidente desde o golpe militar de 1964. Lula se
candidatou a presidente e ficou em 2º lugar perdendo para Fernando Collor de Mello, candidato
do PRN.
Em 1994, Lula voltou a candidatar-se à presidente e foi novamente derrotado, ainda no 1º turno
pelo candidato do PSDB Fernando Henrique Cardoso.
Em 1998, Lula saiu pela terceira vez derrotado como candidato à presidência da República em
uma eleição decidida novamente no 1º turno.
Em 27 de outubro de 2002, Lula foi eleito presidente do Brasil, derrotando o candidato apoiado
pela situação, o ex-ministro da Saúde e então senador pelo Estado de São Paulo José Serra do
PSDB. No seu discurso de diplomação, Lula afirmou: "E eu, que durante tantas vezes fui acusado
de não ter um diploma superior, ganho o meu primeiro diploma, o diploma de presidente da
República do meu país."
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre. Biografia de Luiz Inácio Lula da Silva. 02/2011.
Papa ao lado de Vicentinho.
METARLÚGICA DO SALOBO
A LUTA DE PARAUAPEBAS PELA INDUSTRIALIZAÇÃO
A ideia de se implantar um parque
industrial em Parauapebas não é
nova: remonta a mais de dez anos
atrás quando, em 1984, o então
administrador de Parauapebas
iniciou um grande trabalho no
sentido de instalar aqui unidades
siderúrgicas DaItaminas (uma
empresa com sede em Sete Lagoas-
MG), da Prometal, e outras
empresas que, para se utilizarem
de incentivos fiscais aqui gerados
na construção do Projeto Carajás,
planejavam ingressar no campo da metalurgia e da siderurgia.
A ideia básica do então administrador de Parauapebas, Francisco Brito, era que Parauapebas não poderia
repetir erros acontecidos em Itabira, cidade mineradora, berço da CVRD, que até a década passada viveu
totalmente dependente da Companhia e exclusivamente da atividade mineradora.
Era preciso, afirmava Chico Brito, que se encontrassem alternativas de vida econômica para o
município que se criaria e cuja campanha pela emancipação ele já estava iniciando, naquele ano de 1984.
A CVRD APOIOU
Os primeiros contatos no sentido da implantação das indústrias foram feitos com a direção da Itaminas,
da Prometal, e com as construtoras Cojan, de Belo Horizonte, Brasil e Paranapanema, possuidoras de
créditos gerados por uma legislação especial de incentivos ao desenvolvimento da região e que só
poderiam ser aplicados aqui no norte.
Os contatos prosseguiram, com a direção da CVRD, que não só aprovou a ideia mas até mesmo
se entusiasmou com ela, passando a dar total apoio e incentivo, facilitando contados, acessos e
informações para as empresas e investidores interessados. O superintendente das minas de
Carajás, Engº Mozarte Litwinskai e os Engºs Eliezer Batista e Francisco Schetino deram sinal verde
para o andamento do projeto de industrialização de Parauapebas.
A ideia prometia dar frutos.
O DISTRITO INDUSTRIAL
Com os contatos já adiantados com as empresas interessadas, principalmente a
Itaminas e a Prometal, era hora de se buscar o local para instalação dessas industrias no município
e foi o pecuarista e pioneiro na região Hilário Lunardeli que Francisco Brito foi procurar para
negociar uma área já visualizada por industriais e técnicos como a mais viável para instalação
das indústrias, e que faz ainda hoje parte da fazenda Rio Branco.
O proprietário da área colocou-a a disposição das indústrias interessadas, a custo zero, autorizou
seu advogado a proceder à escrituração das doações necessárias e a área chegou mesmo a ser
demarcada para que se procedessem à sua alienação em favor das indústrias.
Mais de 10 mil pessoas em
Parauapebas foram às ruas na
passeata pela implantação da
metalúrgica no município.
O QUE IMPEDIU
As indústrias interessadas já se movimentavam com a finalidade de se estabelecerem em
Parauapebas. A Paranapanema, a empresa construtora Brasil e a Cojan elaboravam projetos e
trabalhavam junto ao conselho interministerial do grande Carajás, em Brasília, órgão responsável
pelas autorizações nessa área. Outras já haviam passado desse estágio, como a Itaminas e
Prometal, já com a aprovação do conselho votada e aprovada, em mãos.
Foram os bancos estrangeiro que pressionaram o governo brasileiro e a direção da CVRD
impedindo a abertura de indústrias siderúrgicas na região de Parauapebas, já que viam como
um grave risco de agressão ao meio ambiente a instalação dessas indústrias. É que as siderúrgicas
dependem de grande quantidade de carvão vegetal, como combustível e como liga, e sua
implantação provocaria a devastação da floresta no município. Com isto foi por água abaixo o
projeto de industrialização de Parauapebas.
A Itaminas, então, após negociar com o governo do estado – que adquiriu parte de suas ações –
se transformou na Cosipar, e foi se instalar no município de Marabá. A Prometal jamais se instalou
na região. A ECB (Construtora Brasil) instalou sua siderúrgica em Santa Inês, com o nome de
siderúrgica Pindaré.
A METALÚRGICA DO SALOBO
A industrialização do município só retornou ao cotidiano dos Parauapebenses, uma década
depois, no momento em que a CVRD negociou com a Anglo América a criação de uma sociedade
para beneficiar os minérios do Salobo.
Os estudos iniciais de viabilidade levaram em conta três municípios:
Parauapebas, Marabá e São Luís- MA e elegeram pela maior viabilidade técnica e econômica o
município de Parauapebas para instalação da indústria.
Divulgadas essas notícias pela imprensa, o município de Marabá reagiu, pleiteando a
instalação da metalúrgica em seu território, confiante em seu poder de fogo político. No mês de
agosto de 1994, os políticos daquele município mobilizaram a população convocando-a à luta,
orientando-a, inclusive para uma manifestação violenta com atos vandalismo contra o patrimônio
da CVRD naquela Cidade, uma espécie de reedição da revolta do garimpo em 1984 que depredou
as instalações que a CVRD construíra em Parauapebas (Leia “A revolta do garimpo edição nº 1 de
“Parauapebas em Revista”).
Informada a tempo do que se tramava em Marabá, a CVRD adotou medidas legais enérgicas e o
movimento gorou, transformando-se em um pequeno comício na estação ferroviária daquela
Cidade, com muitos impropérios contra a Empresa. O despautério, entretanto, dos
pronunciamentos políticos não motivou o pequeno público que lá compareceu e assistiu a tudo
com apatia.
O presidente da câmara, Milton
Martins, discursa no final da
passeata pela implantação da
metalúrgica no município.
PARAUAPEBAS NÃO PODE PARAR
Confiante na decisão técnica, totalmente favorável a este município, Parauapebas só
começou a se mobilizar em 1995, quando as pressões de políticos eram grandes sobre a CVRD e
o governo Federal.
Políticos eleitos com significativa votação no município de Parauapebas e prefeitos de municípios
vizinhos assinavam documentos às escondidas da população e das câmaras municipais em favor
da instalação da metalúrgica do Salobo em Marabá. Ademir Andrade, Senador, Olávio Rocha,
Deputado Federal. João Chamon Neto, prefeito de Curionópolis, e muitos outros, tomaram
posição contra Parauapebas.
O governador do Estado, Almir Gabriel, fez Pressões de todas as formas para retirar a metalúrgica
de Parauapebas e levá-la para aquele município.
Foi então que o prefeito de Parauapebas Chico das Cortinas, seus assessores mais diretos e a
Câmara de Vereadores, liderada por Milton Martins, iniciaram um trabalho primeiramente
discreto e diplomático cobrando a instalação da metalúrgica em nosso município. Foi já algum
tempo depois que a manifestação de Parauapebas se transformou em campanha de mobilização
popular. Uma campanha pacífica, civilizada, mas firme, em defesa dos reais interesses do
município e na defesa de seus direitos.
A METALÚRGICA NOS CAI COMO UMA LUVA
A primeira tese em favor de Parauapebas, defendida junto á CVRD e a direção da Metalúrgica do
Salobo é a de que a metalurgia, que não depende de carvão vegetal, é o tipo de indústria que
nosso município pode acolher sem prejuízos para o meio ambiente e sem sacrificar nosso
desenvolvimento em nome da preservação. Um artigo do jornal tribuna chega mesmo a afirmar
que a metalúrgica tem que ser implantada em Parauapebas como um prêmio a seus esforços de
preservação ambiental, já que Parauapebas, em toda região, é um município cada vez mais
preocupado com este aspecto. Os demais municípios, que não têm controle sobre o meio
ambiente, as queimadas e a devastação poderão sediar outras indústrias, inclusive outras
siderúrgicas que virão e que aqui já estão descartadas.
Outro argumento irrefutável em favor do município de Parauapebas, além dos números que lhe
são absolutamente favoráveis, é o fato de que a jazida do Salobo se encontra no município de
Marabá, mas para se ter acesso a ela é necessário passar por dentro da sede do município de
Parauapebas.
A jazida dista aproximadamente 80 km de Parauapebas e fica quase 300 km de Marabá: e assim
Parauapebas é que recebia milhares de famílias que para cá viriam em busca de oportunidades no
Salobo. Aí, Parauapebas “ficaria apenas com o ônus e Marabá com os bônus” para repetir um lugar
comum, mas verdadeiro em seus pronunciamentos públicos.
O prefeito Chico das Cortinas:
reivindicação civilizada e
trabalho para desfazer a teia
política.
MUITA LUTA, E UMA GRANDE ESPERANÇA
Diante da situação, o prefeito Chico das Cortinas, o presidente da Câmara, Milton Martins,
a Câmara de vereadores e o jornal Tribuna de Parauapebas principalmente, não descansaram.
O prefeito realizou um périplo por todos os municípios colhendo assinaturas de apoio ou de
neutralidade dos Prefeitos dos municípios vizinhos que já haviam se posicionado a favor de
Marabá, de deputados e câmara de vereadores, documentação que foi encaminhada ás esferas
do governo federal, á direção da CVRD e o governo do estado. O Governador, o Sr. Almir Gabriel,
relutou em receber a comitiva de Parauapebas para tratar do assunto e foi preciso que a caravana
acampasse frente ao palácio, em Belém, chamasse a atenção da imprensa, e assim, só assim, á
base da pressão, fosse recebida.
O trabalho de Milton Martins foi um trabalho de mobilização da sociedade como um todo.
No seu papel de presidente da câmara que representa o povo, Milton obteve incomparável
sucesso: levou ás ruas, no dia 26/06/95, pela primeira vez, todos os seguimentos da sociedade,
nuca manifestação mostro em favor da metalúrgica em Parauapebas. Colegiais, professores,
sindicados, todas as associações e populares em geral. Um documento em favor da implantação
das indústrias em Parauapebas, foi entregue ao representante da CVRD, Dr. Antonio Carlos
Venâncio, ao final da manifestação.
Todos os partidos políticos participaram.
Milton Martins conta ainda que realizou um número incontável de contatos nos bastidores
políticos na região, em Belém e em Brasília no sentido de angariar simpatizantes pela nossa causa.
CONFUSÃO, MEIAS-VERDADES E MUITOS ROYALTIES
Segundo o diretor do Tribuna de Parauapebas, há muita desinformação no meio do povo,
principalmente da população marabaense, sobre o que é a mina do Salobo, o que é a metalúrgica
do Salobo, e qual município arrecadará, quais impostos.
Em Editorial da edição nº 59, ele coloca os pingos nos ii: segundo a mesma matéria, os royalties
da mina do Salobo serão pagos, de qualquer forma, á Prefeitura de Marabá, mesmo com a
metalúrgica implantada em Parauapebas, e isso não está claro para a população daquele
município.
Segundo a mesma fonte, os royalties que o município de Marabá arrecadará com a exploração
da jazida do Salobo deverão ser maiores que o valor que Parauapebas arrecada hoje em royalties
com a extração de ferro em Carajás! E contra a argumentação que ele qualifica de esdrúxula do
Senhor Governador do estado que fala em “justiça na distribuição dos impostos” ele mostra que
a justa distribuição benefícios só acontecerá se o município de Marabá ficar com os royalties da
mineração, como em qualquer hipótese ficará, mas que Parauapebas sedie a metalúrgica, uma
vez que só Parauapebas sofrerá os efeitos que advirão no momento em que a mina do Salobo
começar a ser explorada: uma carga social muito pesada que se abaterá sobre o município.
O assessor Chain Filho
discursa durante a
manifestação.
A vice-prefeita Meire: empatia com o povo.
SALOBO: MINA E METALÚRGICA
Uma grande confusão está feita por aí, em Parauapebas e em Marabá com relação á
Metalúrgica do Salobo. A grande maioria da população Parauapebenses ainda não sabe bem o
que é “Projetos Salobo” e o que é Metalúrgica do Salobo. E se o povo de Parauapebas desconhece,
o que diremos da população de Marabá. É preciso esclarecer que a jazida do Salobo, a mina de
cobre, ouro, prata e etc. do Salobo está dentro do município de Marabá e de lá não sairá. Que
essa mina produzirá royalties que serão recolhidos á Prefeitura de Marabá, no mesmo valor ou
maiores até que o royalties que a CVRD recolhe á Prefeitura de Parauapebas pela extração do
minério de ferro.
Tão logo se inicie a exploração da mina do Salobo para alimentar a Metalúrgica, esses royalties
serão pagos a Prefeitura de Marabá. O povo de Parauapebas não deseja tirar isso de Marabá,
muito embora essa mina esteja a algumas centenas de km da sede daquele município, esteja junto
do município de Parauapebas e só se chegue lá passando por dentro de Parauapebas. O que o
povo de Parauapebas pleiteia, e com a mais justa razão, é que a usina metalúrgica que será
implantada para beneficiar o minério do Salobo, seja instalada aqui. Seria como dividir-se os
recursos advindos dos impostos: Marabá com os royalties e Parauapebas com os impostos
decorrentes do beneficiamento do minério. Isto porque assim, assim que se ativar a mina, que fica
junto do nosso município e cujo acesso só pode acontecer via Parauapebas, teríamos recursos
para arcar com problemas que virão, para atender e socorrer aos milhares de famílias que
chegarão a Parauapebas á procura de emprego e oportunidades.
A mina e os royalties da mineração do cobre ficarão, em qualquer hipótese, pra Marabá. Não se
questiona isso. A usina metalúrgica é que tem ficar em Parauapebas. O povo de Marabá, mais do
que nunca, precisa ser esclarecido a esse respeito, por que suspeito que ele está sendo enganado,
ou que, no mínimo, se lhes tem negado esses esclarecimentos até agora.
(Da edição 59 do Jornal Tribuna de Parauapebas).
Um estudante entrega ao representante da CVRD, Dr.
Antônio Venâncio documento no qual a população de
Parauapebas, junto com as autoridades, justificam a
implantação da Metalúrgica nesta cidade, e solicitam as
medidas sócio ambientais do empreendimento.
SANEAMENTO BÁSICO
O prefeito Municipal de Parauapebas - Francisco Alves de Souza, ou Chico das Cortinas,
como é popularmente conhecido é destaque incontestável dento e fora do Estado do Pará, por
uma obra realizada totalmente com recursos municipais e que chama a atenção de todo o país e
até de organizações internacionais: ele deverá concluir o mandato no próximo ano deixando 90%
da cidade servida de saneamento básico: água tratada, coleta e tratamento de esgotos e
aterramento sanitário do lixo.
A obra é um investimento que supera a casa dos 16 milhões de dólares e é o cumprimento
de uma promessa de sua campanha política.
Assumindo o poder em janeiro de 1993, Chico das Cortinas pagou as contas deixadas pelo
antecessor, organizou a casa, apaziguou os ânimos exaltados da população (que havia prendido
dentro da prefeitura e tentado linchar o prefeito anterior que havia sumido com os recursos do
município e estava planejando deixar a Prefeitura com o débito mensal e o décimo terceiro salário
dos funcionários).
BIRD e a prefeitura - O acordo com a Vale, no entanto, só foi assinado nesta
administração, porque a equipe de Chico das Cortinas, ainda em campanha política, resolveu fazer
da obra sua principal realização. Pelos termos do convênio com a Vale, a prefeitura terá um prazo
de carência de cinco anos para começar a pagar o financiamento do BIRD, que é de dez anos. A
Vale está descontando desde fevereiro 25% do CFM mensal e depositando essa quantia em uma
conta no banco do Brasil para a criação de um fundo que garante o pagamento. O Prefeito Chico
das Cortinas está tranquilo quanto à conclusão da obra ainda na sua gestão. Ele espera ver as
obras concluídas em novembro 1996.
Casa de química e
células de decantação.
Chico das Cortinas, prefeito de
Parauapebas.
Início das obras de saneamento
básico. Discursa o Sr. Juarez
Saliba, atual superintendente
das Minas de Carajás, ao lado do
prefeito Chico das Cortinas e a
vice-prefeita Meire.
O ALCANCE DA OBRA
Para a população do município, acostumada até agora a valorizar pequenas obras
aleatórias e eleitoreiras a grande obra do saneamento básico ainda não está sendo devidamente
valorizada do ponto de vista dos benefícios que trará á saúde do povo. É o que atesta uma pesquisa
realizada em agosto último pela Dominus Publicidades e Pesquisas e o jornal Tribuna de
Parauapebas.
Chico das Cortinas, entretanto, tem plena consciência dos efeitos que ela trará para a boa saúde
da população e para amenizar a difícil situação da saúde pública no município. “Sem O saneamento
básico pode-se dotar o município de quantos hospitais médicos que se imagine, mas nunca iremos
vencer as altas taxas de verminoses, anemia, epidemias de toda a natureza, diarréias e tudo o mais
que lota nossos postos de saúde e o hospital da FNS e deixa comprometida nossa qualidade de
vida. “Não estou fazendo uma obra para me eleger para nada, mas estou realizando o melhor e
aquilo de que mais necessita o povo de Parauapebas, principalmente a população mais pobre e
desfavorecida. Deixarei o governo tendo alçado o município de Parauapebas á categoria de
município civilizado, onde o poder público oferece saúde e qualidade de vida para população. Após
meu governo, Parauapebas fará parte de uma lista de pouquíssimos municípios no Brasil que
oferecem saneamento básico a quase 100% do povo. Isto “faz a diferença” concluiu prefeito.
A MAIOR OBRA DE SANEAMENTO DA REGIÃO NORTE
A construção da Estação de Tratamento de Água (ETA) começou em janeiro de 95. A obra
que é toda gerenciada e administrada pela CVRD e a Enge Rio se divide em quatro fases: captação
e adução da água do rio Parauapebas, o principal da cidade; tratamento e preservação; sistema
de distribuição para 90% das residências e rede de coleta e tratamento de esgoto em estação
elevatória.
Segundo o engenheiro da CVRD, Marcelo Chiabi, a primeira fase da obra deve ser concluída
em janeiro de 96. A capacidade de captação feita por três bombas é de 230 litros por segundo.
Até a ETA a água vai percorrer 650 metros de distância, onde passará por tratamento convencional
com etapas de floculação, decantação e filtragem. O armazenamento será feito em dois
reservatórios com capacidade total para seis milhões de litros de água. Essa primeira fase, de
captação, tratamento e armazenamento. Tem capacidade para atender 63.000 habitantes cerca
de 90% da população até o ano 2001; mas já há previsão para construção de um terceiro
reservatório.
Pelo cronograma de execução do projeto, a construção do sistema de distribuição residencial
deve começar ainda este ano. Segundo Chiabi. Quando esta fase estiver concluída, 90% das ruas
de Parauapebas vai receber água tratada através de quase 100 quilômetros de tubulações. As
ligações domiciliares não foram previstas no convênio, mas há possibilidade de novos acordos
neste sentido.
Vista panorâmica da estação
de tratamento. Em primeiro
plano a construção de um
dos tanques de
armazenamento de água.
As obras do sistema de coleta e tratamento de esgoto devem começar até junho de 96 e vão ter
cinco estações elevatórias distribuídas em vários pontos da cidade. O engenheiro Marcelo Chiabi
explicou que a distribuição é feita obedecendo ao relevo da região.
Cada uma das estações vai ter capacidade para tratar 480 quilos de esgoto por dia. O
material orgânico vai ser processado através de decomposição aeróbica (que utiliza oxigênio),
passado por biodegradação feita com algas que se alimentam em um aterro sanitário.
Todas as fases de distribuição e tratamento de água e esgoto estarão concluídas em outubro
de 97.
Depois disso, a probabilidade das filas nos hospitais e postos de saúde de Parauapebas serem
formadas em sua maioria por crianças e adultos atingidos por doenças trazidas pela água, com
certeza vai ser bem menor.
Fonte: Parauapebas em Revista, Biblioteca Hernani Guimarães.
Distrito Industrial de Parauapebas – Atualidade
Está em fase de implantação na gestão Darci Lermen, o Distrito Industrial
de Parauapebas. Sessenta e três empresas receberam oficialmente da prefeitura o
termo de doação das áreas do Distrito Industrial de Parauapebas (DIP), dia 21 de
agosto de 2007, na Associação Comercial de Parauapebas (ACIP). De acordo com
o Darci Lermen, a meta é ampliar esse número para 100 empresas, com a maior
parte delas funcionando até o segundo semestre de 2008. O projeto está orçado em
torno de R$ 10 milhões. Segundo o Darci Lermen: “O local está localizado entre
dois grandes empreendimentos minerais, o de ferro em Parauapebas, e o de cobre,
em Canaã dos Carajás”, e que o Distrito Industrial estará pautado no
desenvolvimento econômico, inclusão social e preservação ambiental. A avaliação,
segundo o gestor, é que pelo menos mil empregos sejam registrados até o final do
ano com as primeiras unidades industriais sendo implantadas no DIP.
Para o presidente da ACIP, José Rinaldo Carvalho, o Distrito Industrial de
Parauapebas vai atrair empresas de ponta e de grande tecnologia para o município,
gerando bastante desenvolvimento econômico e social.
Localização
O Distrito Industrial de Parauapebas está localizado no km 24 da rodovia PA -160, sentido Canaã
dos Carajás. O processo de implantação do DIP iniciou em 2005, quando foi feito o levantamento
das áreas propícias para implantação do projeto. Escolhida a área, foi feito o trabalho de
Viveiros de mudas no parque industrial.Dezenas de empresas já estão no local.
Arquivo Ascom/Parauapebas
licenciamento ambiental junto à Sectam, que em junho de 2006 concedeu à prefeitura licença de
instalação do distrito. O tamanho da área a ser utilizada pelas indústrias é de aproximadamente 75
hectares. Já a área destinada à preservação ambiental dentro do distrito corresponde a
aproximadamente 79 hectares.
As empresas selecionadas pela Sectam possuem atividades consideradas de baixo impacto e atuam
em vários segmentos de produção, como setor de metalurgia de transformação, artefatos de
concreto, imobiliário, locação de equipamentos, material para construção, reciclagem e
agroindústria.
Pesquisa de Internet em 2007.
Os 10 municípios mais ricos do Pará:
 1º lugar: Belém
 2º lugar: Barcarena
 3º lugar: Parauapebas
 4º lugar: Ananideua
 5º lugar: Marabá 6º lugar: Tucuruí
 7º lugar: Santarém
 8º lugar: Oriximiná
 9º lugar: Castanhal
 10º lugar: Canaã dos Carajás.
Em 2005, os municípios com as maiores participações no PIB do Pará foram Belém (R$ 11,2
bilhões), Barcarena (R$ 2,7 bilhões), Parauapebas (R$ 2.667.460.065 bilhões), Ananideua (R$ 2,1
bilhões) e Marabá (R$ 2 bilhões).
FONTE: Jornal O Liberal, 10/02/2008.
Prefeita: Ana Bel Mesquita (1997 a 2000)
A Primeira Mulher Prefeita de Parauapebas
Ana Isabel Mesquita, nascida em Jundiaí, São Paulo, no dia 24 de setembro de 1952,
hoje filiada ao PMDB desde 2005. Já foi presidente do PTB de Parauapebas no Pará.
Tem bacharelado em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Em
suas condecorações estão incluídas o Prêmio Personalidade de Informática e
Telecomunicações, pelo uso eficaz da tecnologia na educação em 2003. Eleita prefeita
em 1997 a 2000, pelo PSDB. Atualmente deputada federal pelo PMDB, com atividades
Parlamentares na Câmara dos Deputados: Comissões Permanentes, Comissões
Especiais e Comissões Externas.
Como prefeita de Parauapebas, segundo o Carajás (http://www.carajasojornal.com.br),
Bel Mesquita mostrou ser uma mulher que gosta de desafios, com uma gestão moderna,
na qual aos poucos conquistou nesta gestão um padrão de vida semelhante aos dos
centros mais desenvolvidos do país. Nesta administração a prefeitura ganhou muitos
prêmios que ajudaram a conquistar parcerias importantes para Parauapebas crescer
muito mais.
Vereadores:
Ademir P. Dan (Juca); Francisco R. B. Júnior; José R. A. Mendes; José Wilson da Silva;
Odilon R. Sanção; Raimundo Batista de Paula; Raimundo N. C. Silva; Valdemir de M.
Fernandes; Avenir C. Freitas; Altair B. Soares; Renato P. Rezende; Valdir A. Rezende;
Valdir A. Pereira; José Ribamar Leite; José de Sousa (suplente).
PRINCIPAIS OBRAS (DE IMPACTO) DE BEL MESQUITA:
Escola Alegria do Saber e outras. Mercado municipal
Ginásio Poliesportivo e asfaltamento de ruas.
CEUP- Centro Universitário de
Parauapebas – Construído em março de 2001.
Antes era a Escola Método construída pela
VALE nos anos 90, a qual foi doada para o
município.
Praça do Cidadão – Rio Verde
Foto praça do cidadão
Casas populares Novo Brasil, B. Altamira
Feira Livre – Mercado Municipal
027/05/2011
Feira livre realizada nos dias de sábado e domingo. O potencial de uma feira que necessita de uma
infraestrutura condigna.
2º Mandato de Ana Bel Mesquita (2000 - 2004)
Vereadores:
Ademir Paulo Dan; Altair B. Soares; Antonio Cláudio Pereira; Avenir Carlos de Freitas;
Devanir Martins; Irismar Vieira Rocha; José Vieira de Rocha; José Batista de Souza; José
Nunes Sobrinho; José Wilson da Silva; Milton Alves Martins; Odilon R. de Sanção; Valdir
Antonio Pereira; Waldemir de M. Fernandes
Prefeito Darci José Lermem (2005 a 2008)
Natural do estado do Rio Grande do Sul, sendo o quarto prefeito do município de
Parauapebas, com a Coligação “Frente Unidos com o Povo” comemorou a vitória
esmagadora que Darci José Lermen alcançou ao conseguir 32.000 votos nesta eleição
em 2004pelo PT. Todas as avenidas do município ficaram tomadas por simpatizantes
antes que fosse dado o desfecho final das eleições. E nas ruas o povo compareceu em
massa (cita o Jornal Carajás: http://www.carajasojornal.com.br).
Intitulou seu governo como “Governo Cidadão” ou “Governo Popular”, oficialmente Darci
ao assumir o cargo em 18 anos de emancipação política do município, uma vez que a
prefeita Ana Isabel Mesquita de Oliveira esteve no cargo por dois mandatos. Em nenhum
momento da história política do município teve tanta mobilização popular – a população
se entregou a mudança. De acordo com a Revista Questão em sua edição de especial
de janeiro de 2005 (apud O Carajás), assim dizia em seu editorial:
“Parecia um final de campeonato. O público lotou completamente o Ginásio Poliesportivo
de Parauapebas, no bairro Beira Rio, e aclamou com entusiasmo de torcedor o prefeito
Darci Lermen (...), naquela oportunidade”.
A luta foi árdua, foi necessário ter muita perseverança, coragem e ousadia para estar à
frente do Executivo e dissera o prefeito Darci, “é preciso ter a consciência de que a
mudança é um processo gradativo e não um simples ato de vontade e que a construção
de um município exigirá de toda a equipe um diálogo e participação popular para que
seja obtido resultados cada vez mais duradouros”.
Edis que compõe a câmara de vereadores em 2005 a 2008:
Agnaldo Ávila de Brito (Presidente) Ademir Paulo Dan (Juca)
Percília Rosa Martins Euzébio Rodrigues dos Santos
João Assis (João do Feijão) Antonio Massud de Sales Pereira
José Adelson F. Silva Francisangela V. Ferreira de Resende
Creusa Lúcia Silva Vicente Wanterlor Bandeira Nunes
PRINCIPAIS OBRAS (DE IMPACTO) NA ADMINISTRAÇÃO DARCI LERMEM:
Ampliação do sistema de água Reservatório com capacidade para 4 milhões de litros
Fonte: ASCOM, 10 /2008.
Asfalto na cidade (uma das ruas)
Casas populares Fonte: ASCOM, 10/ 2008. Praça Casas Populares I
ESTÁDIO ROSENÃO
Construído na Administração Faisal. Reformado e ampliado em 2008 na gestão Darci Lermen
A área onde foi construído o Estádio Rosenão pertencia à Liga Esportiva (LEP). Por um descuido do gestor, que
o construíra sem o consentimento ou conhecimento da entidade; tal fato, considerado crime administrativo,
acarretaria ações de justiça contra o gestor – até risco de cassação ao mandato. Como a obra beneficiava o
esporte – o senhor Valdir da Usina, recém empossado vereador (ex-presidente da LEP) não moveu causa na
justiça, desconsiderou.
Prefeitura Municipal moderna e com arquitetura de 1º mundo. Fonte: ASCOM, 10/ 2008.
Uma obra cujo orçamento beira os 12 milhões.
Escola no Bairro Vila Rica e outrasProjeto Inclusão Social
Fonte: ASCOM,10/ 2008.
Revitalização de ruas comerciais Fonte: Ascom
Revitalização da PA – 275Praça de Eventos Secretaria da Mulher
Asfalto no Bairro Bairro Liberdade Escola no Bairro Nova Vida
Escola no Bairro Maranhão Escola Terra Roxa Escola Eunice Moreira
Escola Josias Leão Hospital Municipal – Em fase final de acabamento,
12/2010
Novas Eleições em 5 outubro de 2008
Prefeito eleito: Darci José Lermem (2008 – 2012)
Darci Lermem tirou 38.905 votos, e Bel Mesquita, 27.247.
Vereadores eleitos: Faissal, Massud, Wolner, Professor Eusébio, Zé Alves, Miquinha, Adelson,
Percília, Raimundo Vasconcelos, Francis, Odilon Rocha de Sanção.
Eleitorado de Parauapebas na eleição de 2008: 85.246 eleitores.
Edis que compõem a Câmara Municipal de Parauapebas
de 2008-2012
Ver. Eusébio Faisal Salmen Israel Miquinha Percília Martins
José Adelson Massud Sales Odilon Rocha Wolner
Raimundo Vasconcelos Zé Alves Francisângela Rezende
Fonte: Ascom,Valdir Silva, 2010.
Disputa popular
A festa da democracia... As “tradicionais” passeatas com o objetivo de mostrar
quem tem mais povão e influenciar indecisos.
O Que o Povo de Parauapebas Deseja? Veja maquete da eleição de
2006.
Segundo entrevistas com a população de Parauapebas (maquete) desenvolvida pelo jornal HOJE,
(10 a 13 de outubro de 2008), veja o que desejam e esperam do segundo mandato:
- “Que o Darci faça a orla do rio Parauapebas, como ele prometeu na campanha”;
- “Espero que os vereadores ajudem ele a trabalhar...”;
- “Saúde (principalmente) e segurança”;
- “A questão da segurança é indispensável nesta cidade”;
- Já na população rural, nas comunidades como: Vila Sanção e Vilinha, um desejo unânime é
principalmente na área de segurança, com implantação de subdelegacias (nestas localidades) em
parceria com a Polícia Militar. Já alguns entrevistados acreditam que ele não vá trabalhar.
ELEIÇÃO 2012
Em novembro de 2012 ocorreu novas eleições a prefeito em todo país. O município de Parauapebas
apresentava um eleitorado de 111 mil votos, onde 6 candidatos concorriam às eleições. São eles,
com as respectivas votações:
Adelson 12 – PDT (3,69%);
Chico das Cortinas 44 – PRP (5,58%);
Coutinho PT – 13 (33,02%);
Rui Vassourinha 10 – PRB 91,03);
Valmir da Integral PSD (55,71%);
Zezinho PSOL – PSOL (0,97%).
Concorriam às 15 vagas de vereadores na Câmara 256 candidatos de partidos diversos. O grupo
vitorioso foi o da Coligação “Mãos que trabalham” (PTB, -PR, PSD Integral, C, PHS, PV, PSDB,
PSDB – na pessoa do empresário Valmir da Integral com um total de 49.080 votos, correspondente
à 55,71% dos votos do eleitorado. Com a vitória, Valmir enfatizou bem a seguinte mensagem:
“acabou esse negócio de cor vermelha e azul. Agora irei governar para todos os parauapebense”.
Valmir da Integral.
Edis que compõem a Câmara de Vereadores de Parauapebas 2013-2016 e respectiva votação:
Devanir PP – 2.924 votos
Bruno Soares PP – 2.550 votos
Arenes PT 2.073
Professor Eusébio PT - 1.959 votos
Eliene PT - 1877 votos
Maride PSC – 1867 votos
Odilon PMDB – 1552 votos
Braz PDT - 1.500 votos
 João do Feijão PP – 1472 votos
Pavão PTB – 1320 votos
Majo da Mactra PSDB – 1277 votos
Irmã Luzinete PV - 1245 votos
Professor Josineto PSDC – 1.074
Dr. Charles PSD – 965 votos

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Histórico do Município de Parauapebas. Dos Primórdios aos Dias Atuais

  • 1. HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE PARAUAPEBAS*. DOS PRIMÓRDIOS AOS DIAS ATUAIS Org.Pesq. Adilson Motta, 2012 O município de Parauapebas surgiu como um povoado que se formou em terras do município de Marabá, ao pé da Serra de Carajás no curso do rio Parauapebas, em função da descoberta de jazida de minério de ferro, no final da década de 60. Até o final dessa década, na área onde está localizada a cidade de Parauapebas havia ainda um imenso castanhal. A descoberta da província mineral de Carajás ocorreu quase que simultaneamente com a chegada de grandes madeireiras que provocou a devastação da castanheira e o corte indiscriminado de outras madeiras nobres. Propiciando, dessa forma, a entrada de pecuaristas que ocuparam áreas para a formação de pastagens, incentivados pelo Governo Federal. Parauapebas, deste modo, é resultado de um complexo de mudanças e transformações sócio espaciais que o sudeste do Pará passou a sofrer a partir, principalmente da década de 1960 com a transição de sua tradicional economia extrativo-exportadora, baseada na produção e exportação de castanhas-do-pará, para a economia agro mineral-exportadora, apoiada nos grandes projetos agropecuários e na extração mineral realizada por grandes empresas. Nesse contexto, o município de Marabá, por possuir uma vasta área territorial, passou por uma forte fragmentação territorial dando origem a vários municípios. O município de Parauapebas é fruto dessa fragmentação de Marabá. A extração mineral realizada pela CVRD transformou Parauapebas em um curto espaço de tempo num dos maiores arrecadadores do país de impostos e royalties relacionados a essa atividade. Tal fato proporcionou ao novo município um rápido e expressivo crescimento demográfico por ter atraído milhares de migrantes em busca de empregos nas empresas responsáveis pela implantação das muitas obras de infraestrutura necessárias ao desenvolvimento do PFC (Projeto Ferro Carajás), bem como aos projetos de colonização dirigida e estabelecidos em seu território pelo Grupo Executivo de Terras do Araguaia- Tocantins (GETAT). Foto extraída da Revista Paysage, pág. 9. Há relatos nos anais de sua história, que um homem chegou às margens do Rio Verde, construiu um casebre de madeira e pôs nele três mulheres. Estava fundando uma cidade e não sabia. A clientela da casa eram peões que começavam a construir Carajás. Ia tudo bem, mas um dia 40 deles armaram uma briga tão grande, que veio a polícia, incendiou o barraco e mandou todo mundo embora. Não muito tempo depois o barraco foi reconstruído. Hoje, quem vê Rio Verde e seu contexto maior, Parauapebas, com muitos outros bairros, percebe o crescimento vertiginoso pelo qual passou e passa a cidade – em tão pouco tempo. Com origem em “prostíbulos”, contrasta com o grande respeito que atualmente leva seu nome nacional e internacionalmente, a qual muitos já chamam de “A capital internacional do minério”, que, contemplada com o Projeto Grande Carajás, o qual, já fora símbolo de progresso e desenvolvimento para o país, estado e região - apesar dos contrastes sociais e conflitos ainda existentes e a constante busca e garantia de direitos sociais.
  • 2. Desenvolvimento esse, movido principalmente pelo Grande Projeto Carajás, cuja grande mina se localiza nos seus limites territoriais, e de outro lado, o surgimento do Garimpo de Serra Pelada e a chegada de grandes madeireiras que provocou a devastação de muitas castanheiras e o corte indiscriminado de outras madeiras nobres. Propiciando desta forma, a entrada de pecuaristas que ocuparam áreas para formação de pastagens, incentivados pelo governo federal, o que proporcionou grande fluxo migratório e seu rápido crescimento. Em 1981, a área onde se situa Parauapebas ainda era mata virgem, fazia parte da fazenda do Sr. Lair Guerra Toledo, adquirida junto ao governo federal. Para Francisco Brito, (in Parauapebas em Revista), a localidade de Parauapebas começou a surgir nos idos de 1982 com a construção de barracas de palha à beira da PA- 275, no cruzamento desta pelo igarapé Ilha do Coco II, na faixa de domínio desta rodovia ainda em construção. Essas barracas foram montadas com a finalidade de explorar todo tipo de comércio com uma leva de mais ou menos 14.000 operários que trabalhavam na implantação do Projeto Ferro Carajás. Inicialmente essas barracas funcionavam durante toda a noite e seus donos retornavam pela manhã para a localidade de Curionópolis. Deste início, a ocupação alterou-se rapidamente sobre a área onde se localiza hoje o bairro do Rio Verde, onde o GETAT projetara lotes agrícolas de 50 ha, para instalação de colonos. Nesse tempo a Cia Vale do Rio Doce negociava a compra de uma área de terras entre o Rio Parauapebas (Barreira da CVRD) e o Igarapé Ilha do Coco com o fazendeiro Lair Guerra Toledo. 07-01-1989. Ponte do Igarapé Ilha do Coco. Projetava e executava as obras de um núcleo habitacional para 5.000 pessoas na primeira etapa e mais 5.000 na segunda etapa, para abrigar seus funcionários da operação da ferrovia e a empresa das quais via necessidade para fornecimento de produtos e serviços para Carajás. Este núcleo, que seria propriedade da empresa e administrado por ela, no projeto original, era dotado de completa infraestrutura sanitária, de um hospital, uma escola, uma estação de tratamento de água, um prédio de administração e uma delegacia e cadeia. Iluminação pública, ruas abertas, e meio fios faziam parte dessa estrutura que custou 12 milhões de dólares e previa asfaltamento de todas as ruas. O que era para ser somente uma área de moradia de funcionários da CVRD, contratados para a construção da EFC, acabou atraindo vários migrantes e se tornando um núcleo urbano tendo também por perto os garimpeiros de Serra Pelada. Nascia, desta forma, Parauapebas, a cidade-trabalho. Ainda no início dos anos 80, os três primeiros bairros foram Rio Verde (início da cidade, à beira da estrada). Cidade Nova e Bairro União (planejados para atender aos trabalhadores da CVRD e empresas prestadoras de serviços). A Rua do Comercio (Rio Verde) só tinha casinhas de tábuas ou plástico – se ocorresse um incêndio em uma, seria difícil controlá-lo, tão grande era precariedade, lembram os moradores. No entanto, cumpria sua função primeira, que era venda de mercadorias aos garimpeiros e funcionários da etapa de implantação do Projeto Ferro Carajás. Para “Pasquinha” (apud Diagonal, 2006), a questão mais marcante no processo de urbanização foi a chegada da eletricidade: eles ficaram durante quatro anos “no escuro, olhando a luz à-toa lá do outro lado, na Cidade Nova” e sem ter com que se alumiar (não havia nem como puxar “gato” num primeiro momento).
  • 3. Segundo Felipe Awi, quando o projeto da Vale começou, em 1981, Parauapebas era apenas uma vila de cinco mil pessoas que pertencia ao município de Marabá. A mineradora trouxe gente dos quatro cantos do Brasil, além de progresso, empregos e um modo de vida completamente urbano, com suas vantagens (serviços melhores, principalmente) e desvantagens, violência e alto custo de vida). As lendas de riqueza, emprego e dinheiro, no entanto, continuaram correndo o país afora, atraindo cada vez mais gente para Carajás. A CVRD, "antecipando-se à ocupação descontrolada que tende a ocorrer na periferia dos grandes projetos", implantou um núcleo habitacional em Parauapebas, pequena vila que fica na entrada da Serra dos Carajás, preocupada em "conjugar o desenvolvimento material com a harmonia social. Somou-se ao bairro projetado pela ex-estatal CVRD, atual Bairro da Cidade Nova, o núcleo de povoamento espontâneo do Rio Verde. E a partir da junção entre esses dois núcleos foi estabelecida a sede do que será o novo município. Em 1982, com o surgimento e crescimento galopante do Rio Verde, a CVRD decidiu fazer a doação onerosa do núcleo ao município de Marabá, e o fez, através de um convênio /Lei Municipal, na Administração do Prefeito Paulo Bosco Rodrigues Jadão. Para administrar Parauapebas foi nomeado o Sr. José Francisco de Brito, no início de 1983, que assumiu o cargo e inaugurou as instalações já existentes, antecipou para 84 a implantação dos cursos de 1º e 2º grausna Escola Gen. Euclydes Figueiredo, prevista pela CVRD para 1986, criou a feira do Rio Verde, implantou o primeiro posto dos correios (em Rio Verde), firmou convênio com a Telepará para implantação do sistema de telefonia, doou a área para a construção do Quartel PM, trouxe a primeira equipe fixa da SUCAM para a localidade onde a malária dizimava milhares de pessoas anualmente, construiu com recursos Estaduais, a Escola Eduardo Angelim, construiu a Escola Carlos Drummond de Andrade (inicialmente como centro de recrutamento de empregados) e estendeu a rede elétrica da CELPA no bairro de Rio Verde, com o apoio do Deputado Haroldo Bezerra. Distribuiu os lotes do núcleo urbano da cidade nova, estruturou com um precário serviço de topografia as áreas de invasão hoje denominadas bairro Primavera e bairro União, e as ruas de Rio Verde. Entre os objetivos maiores de Francisco Brito, estava o de tentar colocar ordem no fluxo de pessoas que chegavam. “Aqui tinha terra agrícola pra ser distribuída gratuitamente com toda assitência, tinha lote para morar e montar o comércio e oferta de emprego”, diz ele (apud Globo, 06/2010). Implantou ainda o tratamento de água, o serviço de coleta de lixo urbano (com carroças), fez a abertura das principais ruas de Rio Verde, e deixou o cargo com as eleições de 1986. No período seguinte de dois anos, a administração foi exercida pelos Srs. Florêncio Neto, Maria Luiza, Sebastião Moura, Luiz Alencar e Moacir. Estava concluída a fase do que seria o futuro Município de Parauapebas. Anos 80 – povoado Parauapebas. A realidade, porém, superou qualquer planejamento, Parauapebas, em pouco tempo, transformou- se num imenso favelão e naquela época, (6 de dezembro de 1984), já contava com mais de 7 mil habitantes, gente que veio de todos os cantos do Brasil em busca de trabalho. Apesar das várias operações da Polícia Federal queimando casas para impedir que o favelão crescesse, surgiram Fonte: Arquivo pessoal de Chico Brito.
  • 4. alguns prostíbulos, onde o pessoal ia "trocar o óleo", como se dizia. A polícia queimava (esses prostíbulos), as mulheres refaziam suas taperas e assim veio um comércio, depois outro, o povoado foi-se formando. Consta nos relatos que uma vez, a Polícia Federal queimou 30 barracos de tardezinha. Quando foi no outro dia, tinham 60 barracos no lugar. No começo, era quase só mulherada, mas depois foram vindo famílias. Em Parauapebas chegou a existir 122 cabarés. Assim consta nos relatos de Valdir Flausin Oliveira, tido como um dos mais antigos moradores: “A estrada era de chão, as pontes beiravam a água, quando chovia ninguém passava. Eu levava três dias para ir a Marabá. Os poucos fazendeiros que havia foram desapropriados pelo GETAT (Grupo de Terras do Araguaínas-Tocantins), aqui ninguém possuía título de terra, era tudo posse. Com 3 anos, Parauapebas já tinha até uma Associação de Moradores. Mas continuava sem água e sem luz”. Naquele momento, frente aos problemas existentes em Serra Pelada, (que fora fechado devido a enchente e a demora em reabrir), os garimpeiros em represália, quase acabaram Parauapebas. Pois, como o governo federal estivesse demorando a cumprir sua promessa de liberar Serra Pelada, milhares de garimpeiros incendiaram os prédios da delegacia e da sub-prefeitura em Parauapebas, destruíram a guarita da segurança da CVRD, incendiaram veículos, queimaram casas comerciais fecharam por alguns dias a PA -275 e ameaçaram invadir Carajás, o que só não aconteceu porque o governo do Pará enviou em oito aviões tropas da Polícia Militar de Belém e Marabá. Só escaparam do vandalismo a escola Euclides Figueiredo e o Hospital Municipal. "Qualquer problema que surge em Serra Pelada, os garimpeiros agora ameaçam invadir Carajás", esse é o relato de um dos funcionário da CVRD da época. Parauapebas no início dos anos 80 Fonte: Arquivo pessoal de Chico Brito Em 1985, a Estrada de Ferro Carajás foi inaugurada pelo Presidente da República, João Batista Figueiredo. A CVRD começa a recolher o IUM (atualmente royalties) à Prefeitura de Marabá. Apesar da Lei aprovada pela Câmara, determina que 10% desses impostos deveriam reverter imediatamente para o povoado de Parauapebas, isso jamais ocorreu. A renda de Parauapebas era equivalente a mais ou menos 5 mil por mês. No mesmo ano, inicia-se um movimento pela emancipação do município. A ideia encontrou feroz resistência por parte de Marabá, que não aceitava a possibilidade de vir a perder sua maior renda que era oriunda da exportação do minério de ferro pela CVRD. Inicia-se também pelo ITERPA, o projeto de colonização das terras devolutas (antiga Colônia Jader Barbalho) conhecida atualmente como Colônia Paulo Fonteles.
  • 5. Vista parcial de Parauapebas nos primórdios de sua fundação. Enfim, a emancipação Segundo Francisco Brito, o processo de emancipação política de Parauapebas teve início, de fato, em 1984, após a invasão e destruição de prédios públicos pelos garimpeiros de Serra Pelada em julho do mesmo ano. E isto se deu com o apoio de lideranças políticas de Marabá. Findo o episódio, Francisco Brito insistiu com a prefeitura de Marabá pela imediata reconstrução dos prédios públicos, já que o funcionamento da localidade estava totalmente comprometido. Sem água, sem delegacia de polícia e cadeia e sem prédio da administração. 1ª foto: Alojamento de uma das empreiteiras destruídas por garimpeiros. 2ª foto: Prédio onde funcionava subprefeitura de Parauapebas e que foi destruído pelos garimpeiros. Foi face à negativa de Marabá em reconstruir o que fora destruído que Francisco Brito iniciou o processo de emancipação - convocando um grupo de cinco pessoas (Carlão, Zé da Papelaria, Zé do Gado, Osmar Careca e Cloves do Castelinho) - nomes conhecidos na época. Tudo ocorreu em um clima de tensão e muito carregado. Foi nesse clima que Francisco Brito afirmou para as autoridades marabaenses que se eles não estavam dispostos a gastar em Parauapebas os 10% da arrecadação de Carajás, conforme a lei determinava, eles perderiam os 100% “Por que vou emancipar Parauapebas”. Paquinha (apud Diagonal, 2006), lembra quena eleição para prefeito de Marabá pelo povo, em 1984, que levou à chefia da administração municipal Hamilton Bezerra; - os moradores de Parauapebas ficaram indignados com a frase da vice-prefeita Adelina em resposta à cobrança que faziam de benefícios: “ primeiro eu vou cuidar de casa (Marabá), depois vou cuidar do quintal (Parauapebas)”. Isso virou uma ferida muito inflamada no coração dos Parauapebenses, gerando um clima de inconformidade política. A partir daí, iniciou-se o processo de mobilização e conscientização,que foi uma luta que durou mais de três anos. O momento crucial foi quando a câmara de Marabá tinha que votar pelo prosseguimento ou arquivamento do processo e foi anunciado que ela votaria pelo arquivamento, enterrando de vez a criação do município de Parauapebas (pois os mesmos não queriam perder os altos O nome Parauapebas foi devido ao Rio que separa o Projeto Carajás do Município, e que na linguagem indígena tupi-guarani significa “rio de águas rasas”. Fonte fotos: Arquivo pessoal de Chico Brito
  • 6. impostos de “royalties” de Carajás - caso houvesse a emancipação). Francisco Brito, que controlava um partido político, fez saber aos marabaenses que, frente a situação, ele lançaria um candidato a prefeito de Marabá, com um vice de Curionópolis, com totais chances de vencer as eleições (já que Marabá tinha cinco candidatos à prefeitura e o mesmo número de eleitores inscritos que o de Parauapebas e de Curionópolis, com um candidato único e avisou que, ganhando as eleições, iria transferir para Parauapebas a sede do município. Com essa ameaça, a câmara de vereadores se reuniu em caráter extraordinário e votou pelo prosseguimento do processo, cumprindo mais uma etapa do que determinava a lei. Na verdade, os eleitores de Marabá existiam, mas os de Parauapebas e Curionópolis eram em grande parte - inscrições e títulos de migrantes que há muito não se encontravam na região. Portaria em 1981 Portaria em 2008 O processo de emancipação política de Parauapebas teve início em meados de 1984. Importantes atores locais mobilizaram grande parte da opinião pública e um plebiscito foi realizado para que a população pudesse votar e optar pela emancipação ou não de Parauapebas. No dia 24 de abril foi realizado o plebiscito para cumprimento da lei que determinava que fosse ouvida a opinião da população. O plebiscito foi uma festa, praticamente 100% da população desejava a emancipação População de Parauapebas se mobiliza pela emancipação (plebiscito) Fonte: Parauapebas em Revista.
  • 7. A Assembleia Legislativa do Estado do Pará aprovou em 1988 a lei 5.443 que deu status de município a Parauapebas. No dia 10 de maio foi sancionada a lei 9.442/88 pelo então Governador do Estado Hélio da Mota Gueiros, coroando um processo que se iniciara com o requerimento inicial do deputado Carlos Cavalcante que em curto tempo havia recebido adesão de vários deputados. No mesmo período, desmembrou-se também do município de Marabá o povoado do “Trinta”, atual município de Curionópolis. Parauapebas e Curionópolis desmembraram-se de Marabá como municípios de primeira geração. Francisco Brito comemora a sanção da lei que criava o município, ao lado dos deputados Haroldo Bezerra e Carlos Cavalcante. Este último, o autor do projeto de lei Nº 008/85, na Assembleia Legislativa do Pará.
  • 8. Fonte: Arquivo pessoal de Francisco Brito, 2008 CIDADE NOVA, 1990 RUA E Ousadia- No âmbito dos projetos de construção de Parauapebas, é possível perceber uma interessante ousadia, pouco comum nos planos nos administradores atuais, que teimam em fazer obras grandiosas que encham os olhos de admiração, caros aos cofres públicos, e que possuam resultados eleitorais impressionantes. Parauapebas recebeu um macro projeto de saneamento, até então inexistente em qualquer parte do interior paraense. Trata-se das Estação de Tratamento de esgoto -, com recursos oriundos do Banco Mundial, através da companhia Vale dó Rio Doce (CVRD) e Prefeitura. Com o objetivo de eliminar o lançamento de dejetos de esgoto no rio e no afluente que cortam a cidade (leia-se Rio Parauapebas e igarapé do Coco), foram construídas lagoas de tratamento de esgoto no município.’’ O sistema de tratamento da cidade é feito através de lagoas de estabilização. “Todos os efluentes (esgotos domésticos) são colocados na lagoa, que são tratados e jogados ao rio com muito menos impurezas”, explica o técnico potiguar Oswaldo da Costa. PREFEITOS DE PARAUAPEBAS E PERÍODOS DE MANDATO Prefeito Período Naturalidade Profissão Faissal Faris M.S. Hussain Vice-prefeito: Renato S. Araújo 1989-1992 São Paulo Médico Francisco Alves de Sousa Vice-prefeito: Rosimeire L.G. Vaz 1993-1996 Maranhão Comerciante Ana Isabel M. de Oliveira Vice-prefeito: Rosimeire L.G. Vaz 1997-2000 São Paulo Psicóloga Ana Isabel M. de Oliveira Vice-prefeito: Milton Martins 2001-2004 São Paulo Psicóloga Darci José Lermem Vice-prefeito: Moisés Gomes de Freitas 2005-2008 Rio Grande do Sul Filósofo Darci José Lermem Vice-prefeito: Dr. Afonso Andrade 2008-2012 Rio Grande do Sul Filósofo Foto dos prefeitos de Parauapebas Faisal Salmen Chico das Cortinas Bel Mesquita
  • 9. Valmir da Integral – Empresário Segundo professor Ramos, filósofo e residente em Parauapebas desde 1991, que acompanhara o processo histórico e político no município desde os seus primeiros dias, a transição de governos nunca aconteceu dentro da ordem no que toca às normas vigentes, ou como manda a praxe – dentro do respeito e da ética. Até o último governo que antecedeu Darci Lermen, o gestor posterior assumia encontrando a máquina pública “sucateada com rombos (débito público, débitos fiscais e encargos), assim como sumiços de computadores – ficando o “abacaxi” para o sucessor. Se na mentalidade dos que saíam era para prejudicar o “novo gestor”, na verdade os prejudicados era a população, sendo que, segundo Ramos, tal fato prejudica o ano administrativo que se inicia: o que corresponde colocar a “casa em ordem”, ou reorganizar a estrutura administração que se inicia. Cronologia de Conquistas Sociais em Parauapebas 1978-1979 – Início das obras do Projeto Ferro Carajás, tocado pela Amazônia Mineração S/A. Começaram a chegar os primeiros fazendeiros, que adquiriram terras do Governo Federal, juntamente com madeireiros e garimpeiros que se espalharam por toda região. 1981 - A CVRD inicia a construção de um núcleo urbano para atender inicialmente a 5.000 habitantes, às margens da PA-275, entre a Barreira de Carajás e o igarapé Ilha do Coco, este núcleo seria, na concepção da CVRD, uma vila de propriedade da empresa a qual abrigariam os funcionários da Ferrovia, comerciantes, fornecedores e prestadores de serviços do Projeto Carajás. 1982 – Tem início às margens da rodovia PA-275, em fase de obras, a construção de alguns de alguns barracos que em consequência, dariam início ao bairro Rio Verde. – Doação do que seria o núcleo de Parauapebas para o município de Marabá. Já estavam construídos e equipados, ou em fase final de construção e montagem, o prédio do Hospital Municipal (entregue à administração da Fundação SESP), a escola Euclides Figueiredo, as ruas com meios-fios, a Delegacia de Polícia, a Cadeia Pública, o prédio da Administração, a Estação de Tratamento de Águas, a rede elétrica, e o sistema de tratamento de esgotos. 1983 – Iniciada, pelo GETAT, a distribuição de Lotes agrícolas nos Cedere I, II e III, conforme previa o Programa Grande Carajás, elaborado pelo Governo Federal em conjunto com a CVRD. Darci Lermen (Professor)
  • 10. Os assentados receberam, além dos 50 hectares de terras, toda uma infraestrutura já pronta, com estradas, escolas, hospital, um técnico agrícola em cada vicinal, um salário mínimo mensal pelo período de um ano, alimentação, ferramentas, sementes para plantio e material completo para fazer suas casas. No mesmo ano Paulo Bosco Rodrigues (Bosco Jadão) foi nomeado prefeito de Marabá (Área de Segurança Nacional) e nomeia José Francisco de Brito (Chico Brito) para administrar a subprefeitura de Parauapebas. Houve a inauguração do Hospital Municipal (então Hospital CESP), a escola Euclydes Figueiredo, a Estação de Tratamento de água. 1984 - Garimpeiros da Serra Pelada invadem a localidade, saqueiam bares e estabelecimento comerciais, fazem reféns incendeiam veículos, depredam a maioria dos prédios e instalações públicas e fecham por alguns dias a PA – 275. Só escaparam do vandalismo a escola Euclydes Figueiredo e o Hospital Municipal. Essa revolta dos garimpeiros tinha o propósito de forçar o Governo Federal a entregar a Serra Pelada para os próprios garimpeiros, uma vez que a concessão pertencia a CVRD. Devido a falta de mão-de-obra,, instalou-se no município um centro móvel do SENAI, que formou eletricistas, mecânicos, marceneiros, pedreiros, encanadores, soldadores e outros para atender a demanda da região. Não era exigido grau específico de escolaridade nem mínima para ingressar nesse centro de Ensino que só fechou com um incêndio ocorrido em 1984. 1985 – A Estrada de Ferro Carajás foi inaugurada pelo Presidente da República, João Batista Figueiredo. A CVRD começa a recolher o IUM (atualmente royalties) à Prefeitura de Marabá. Apesar da Lei aprovada pela Câmara determina que 10% desses impostos deveriam reverter imediatamente para Parauapebas, isso jamais ocorreu. A renda de Parauapebas era equivalente a mais ou menos 5 mil por mês. No mesmo ano, inicia- se um movimento pela emancipação do município. A ideia encontrou feroz resistência por parte de Marabá, que não aceitava a possibilidade de vir a perder sua maior renda que era oriunda da exportação do minério de ferro pela CVRD. Foi iniciada a construção da escola Eduardo Angelim, no Rio Verde e inaugurada, naquele bairro o primeiro trecho da rede elétrica da Celpa, para atender a rua do comércio. Inicia-se pelo ITERPA, o projeto de colonização das terras devolutas (antiga Colônia Jader Barbalho) conhecida atualmente como Colônia Paulo Fonteles. 1986 – início do transporte de passageiros e carga de terceiros, pela estrada de ferro Carajás, através da qual acelerou-se a migração para o município, em virtude de preços baixos de transportes e da região atendida. No mesmo ano houve em Marabá, eleições municipais para prefeito e vereadores. Depois de mais uma década considerada pelo governo como área de segurança nacional tendo seu prefeito nomeado diretamente pelo Presidente da República, o povo escolheu, neste ano seus representantes, através do voto. Mudanças também na administração de Parauapebas: sai Francisco Brito e assume Florêncio Neto, em, seguida o cargo foi ocupado por Sebastião Maria de Moura, José de Alencar e Moacir Santos, sucessivamente até 1988. 1987 – O movimento pela emancipação toma corpo e caminha em direção ao plebiscito. 1988 – No dia 24 de abril foi realizado o plebiscito para cumprimento da lei que determinava que fosse ouvida a opinião da população. O plebiscito foi uma festa, praticamente 100% da população desejava a emancipação.
  • 11. No dia 10 de maio foi sancionada a lei 9.4443/88 pelo então Governador do Estado Hélio da Mota Gueiros, coroando um processo que se iniciara com o requerimento inicial do deputado Carlos Cavalcante que e em curto tempo recebe adesão de vários deputados. Segundo Francisco Brito, Haroldo e Giovani se opunham à emancipação, com o correr do processo, Giovani aderiu; Haroldo não. No mesmo ano foram eleitos Prefeito e vice-prefeito e câmara municipal composta de 9 (nove) vereadores. 1989 – São empossados o 1º prefeito e os primeiros vereadores do município conforme relação abaixo: Apesar de ter tido grande influência e ter sido o primeiro administrador local, Chico Brito afirma: “Faissal ausentou-se de Parauapebas em 1985 e só retornou no final de 1988, exatamente no período da emancipação, luta da qual não participou em momento algum”. (Chico Brito, 08/2008). Primeiro Prefeito - Faisal Salmem (1989-1992) Segundo Parauapebas em Revista, pág.12, (08/1994), o primeiro prefeito eleito foi Faisal Faris Mahmoud Salmen Houssain que administrou o município de janeiro de 1989 a dezembro de 1992, com um período de afastamento do cargo, com base em denúncias de corrupção. Uma CPI na Câmara Municipal levantou uma lista de irregularidades como desvio de verbas, notas fiscais falsas, obras e funcionários fantasmas, e, por isso, a Câmara o afastou do cargo ao qual só retornou tempos depois por força de um mandado de segurança conseguido na justiça, que nunca julgou o mérito da questão. Essa primeira administração adquiriu para o município uma patrulha de máquinas, construiu a praça Mahatma Gandhi, a escola Paulo Fonteles, pavimentou dois terços da avenida do comércio e mais seis quilômetros de ruas. Hoje Faissal Salmen é vereador pelo PSDB na Câmara Municipal de Parauapebas. Dia da eleição do primeiro prefeito de Parauapebas 15-11-1988
  • 12. Posse de Faissal, 01-01-1989. Primeira Câmara de Vereadores Era composta de nove vereadores: José Francisco de Brito; Egnos Alves da Silva; José Dionísio dos Santos; Luís Rissardi; Milton Alves Martins; Francisco de Assis Pereira de Souza; Milton A. Martins; Misael Carvalho de Carvalho; Valdemir de Matos Fernandes e João Prudêncio de Brito. Segundo Jornal O Carajás (http://www.carajasojornal.com.br), este morreu assassinado em circunstâncias misteriosas, sendo acusado do crime a esposa do próprio vereador. Barracão do Rui Nos anos 90, no governo de Chico das Cortinas, por longos anos funcionou como uma das principais lavanderias da cidade. Pois, devido não ter água encanada em alguns dos bairros, para lá acorriam grande número de pessoas para lavar suas roupas, vasilhas e banho.
  • 13. Segundo o mesmo Jornal, por intervenções do escritor Valter Barreto, a mesma foi absolvida do crime, pois nada foi provado contra ela. Nesta primeira Câmara teve dois presidentes: José Dionísio dos Santos e Valdir Antônio Pereira. Foi nesta legislatura que foi produzida a Lei Orgânica do Município, cujo relator foi o vereador José Francisco de Brito. Outro fato lutuoso que também marcou a vida do Legislativo de Parauapebas foi o assassinato do ex-vereador José Dionísio dos Santos o “Zé do Galo”, crime não elucidado até os dias de hoje. No cenário dos primeiros dias em Parauapebas, vale lembrar um nome que também deu grande contribuição no processo de implantação da primeira Câmara Municipal de Vereadores, Hilmar Kluck, que em 1988 foi indicado pelo deputado Evaldo Bichara para participar do processo de implantação da Câmara Municipal de Parauapebas, ofício que dantes havia aprendido como funcionário da Câmara no Rio Grande do Sul desde os anos 50. Além de ter participado da elaboração da 1ª Lei Orgânica de Parauapebas, Kluck deu também sua contribuição na elaboração do Regimento Interno da Câmara Municipal, sendo inclusive o compilador e redator da 1ª Lei Orgânica Câmara Municipal de Parauapebas, Segundo Kluck (2010), os primeiros dias da 1ª Câmara foram difíceis, pois as relações entre a Câmara e a Prefeitura não eram nada amistosas por erros cometidos tanto pela Câmara quanto pela Prefeitura que por enviar o numerário para o pagamento dos funcionários, julgava-se patrão dos mesmos exigindo atendimento irrestrito. O poder executivo por sua vez não concordava que a Câmara Municipal se arrogasse o direito de ostentar o termo Poder Legislativo – considerando que o único Poder era do Prefeito. Já que o mesmo manejava a arrecadação e os gastos dos recursos. Um incidente então ocorrido revela bem a beligerância entre os dois Poderes: como o prefeito não enviava o dinheiro necessário para o funcionamento da Câmara, Zé do Galo praticamente manteve o prefeito prisioneiro nas dependências da Prefeitura, até que os recursos fossem liberados. Quanto à administração, Zé do Galo concordou que cada Vereador contratasse uma secretária para servir no gabinete. Como os vereadores já sabiam que podiam apresentar requerimentos exigindo melhorias no funcionamento do Município, cada vereador apareceu com propostas bastantes boas e úteis. Acontece que as secretárias contratadas não sabiam redigir. Não haviam máquinas datilográficas disponíveis, sendo que Hilmar Kluck teve que redigir todos os requerimentos que uma vez aprovados em sessão foram enviados ao prefeito. Apesar das naturais dificuldades, a organização da Câmara foi evoluindo – saindo do constrangedor início com alguns episódios até mesmo cômicos que passamos a relatar. A Câmara passou a funcionar em um barracão de madeira que pertencia ao Senhor Avelar, situado na Rua Araguais próximo à Rua do Comércio. Segundo Kluck (2010) o Presidente Zé do Galo era totalmente avesso a qualquer leitura e todas as minhas tentativas de datilografar os roteiros das sessões para que o Zé do Galo lesse as suas falas fracassaram, simplesmente ele não conseguia ler as suas falas e pronunciá-las em voz alta, a única solução foi a de eu sentar sempre ao seu lado e sussurrar as suas falas ao seu ouvido e daí ele as repetia em voz alta, isso se tornava especialmente ridículo nas sessões solenes quando se tornava mais necessário que eu elevasse mais a minha voz para que ele entendesse as minhas palavras e as repetisse. Esta situação se prolongou por vários anos, quando outro Presidente foi eleito para grande alívio meu, afirma Kluck. Para Kluck (2011), uma das falhas gritantes das Câmaras Municipais era o Regimento Interno - bem elaborado; pela Lei Federal as Câmara recém criadas adotavam o regimento da Câmara de um município criador, mas o Regimento Interno da Câmara de Marabá era um instrumento tosco e mal redigido, parecendo mais que fora elaborado pelas forças armadas e imposto a todas as Câmaras do Brasil. Frente a situação, mais um desafio a Kluck, a tarefa de redigir um Regimento Interno para a Câmara Municipal de Parauapebas. Segundo Kluck, essa tarefa levou-o a trabalhar
  • 14. no projeto mais de dois meses usando unicamente a sua experiência no funcionamento dos legislativos. Outra grande obra de Kluck ao município, juntos a alguns, foi a elaboração do Código de Posturas. Trabalhou 17 anos no cargo de Diretor Legislativo da Câmara de Parauapebas até sofrer de uma doença que lhe impossibilitou continuar seu trabalho. Foi morador do Rio Verde onde viveu com sua esposa Neuza Kluck até o seu falecimento aos 86 anos em 7 de maio de 2011 em Parauapebas. Quando na época do episódio do assassinato do Vereador João Prudêncio, a Câmara passou a reunir-se em nova sede na Cidade Nova, Rua E onde funciona até os dias de hoje. 1990 a 1992 – Houve um grande crescimento populacional juntamente com o desenvolvimento físico do Município. PRINCIPAIS OBRAS REALIZADAS NA ADMINISTRAÇÃO FAISAL SALMEM: Inauguração da ponte no Bairro Rio de Janeiro Perto da escola Eduardo Angelin – no gov. Faisal Salmen.  Prédio da Feira do Produtor Rural;  Estádio Rosenão – (Reformado e ampliado na Atualmente...
  • 15.  Arborização da Rodovia PA 275;  Terminal Rodoviário; (na gestão de deputado)  Corpo de Bombeiro;  Posto do INSS Rodoviária Rodoviária Praça Mahatma Gandhi inaugurada em 1990. Feira do Produtor Rural – iniciada em forma de barracas na gestão Faisal Salmen. O modelo como hoje se encontra, segundo Chico das Cortinas, foi construído em sua administração. Construção das Escola Paulo Fonteles; E Cecília Meireles. Entretanto, a patrulha mecanizada, a pavimentação de ruas e as obras da escola Paulo Fonteles só vieram a ser pagas pela administração Chico das Cortinas, algumas dessas dívidas já em processo judicial de cobrança e até com arresto de bens decretado contra Ponte construída pela CVRD no período da gestão Faisal Salmen. Próximo ao City Parque. (segundo Chico das Cortinas)
  • 16. a Prefeitura. O que caracterizou a administração Salmen foram várias fortunas pessoais inexplicáveis que apareceram na cidade, nos meios políticos (alguns secretários municipais e vereadores), além da própria fortuna pessoal do administrador, incompatível com seus rendimentos. Salmen teve todas as suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios e pela Câmara Municipal. 1992 – Houve a segunda eleição do município de Parauapebas e foram escolhidos através do voto, os seguintes representantes para executivo e legislativo e, empossados em 01/01/93: Prefeito: Francisco Alves de Sousa (1993 a 1996) Estação de tratamento de água construída na administração Chico das Cortinas. Além da grande obra de saneamento realizada no município, construiu o prédio da Secretaria de Saúde (atual), a Câmara de Vereadores, fez uma das pontes que liga o Bairro União ao Liberdade, o trevo em frente a casa Goiás, e, segundo o mesmo, as primeiras estradas na região APA e outras comunidades foram abertas em sua gestão. O que antes existia, segundo o mesmo, eram picos abertos por madeireiros, que com o tempo, tornaram-se estradas. Foi também em sua gestão que iniciou o incentivo de escoação da produção rural para a sede no sentido de favorecer “bons preços” para a população urbana de Parauapebas na Feira do Produtor. Antes de findar seu governo, Chico das Cortinas promoveu a realização de muitas obras, incorrendo em erro de não inaugurá-las, as quais só foram inauguradas na gestão seguinte, afirma antigos moradores. O que para o mesmo era “economizar” para os cofres públicos, veio a repercutir no futuro em sua imagem política. Em conformidade com a informação, o Jornal O Carajás (http://www.carajasojornal.com.br), afirma que: “Pelo volume de obras do governo de Chico das Cortinas – Foi considerado pelos pioneiros como um marco na administração do município. E o município galgou patamares de cidade de primeiro mundo. Um mandato que resgatou o caráter de seriedade e compromisso da administração pública com o presente e o futuro do município.” Vereadores: Ademir P. Dan (Juca);José B. Sousa (Pediu Licença e assumiu 3º suplente o Sr. Francisco Romão Batista Júnior); José de O. Dantas; José Dias Neto; José Wilson da Silva; Milton A. Martins; Nasser Salmen Simar G. da Silva (Pediu exoneração do
  • 17. Cargo e assumiu Cimar Gomes da Silva); Odilon R. de Sanção; Orlando Medeiros; Rínio Simões Veloso; Valdemir de M. Fernandes (Pediu exoneração do cargo e assumiu Valmir O. Pereira); Valdir A. Pereira. Primeiros dias do PT no Brasil e em Parauapebas Em 1980, Lula se juntou a sindicalistas, intelectuais, católicos militantes da Teologia da Libertação e artistas para formar o Partido dos Trabalhadores (PT). Os anos 90 foram os primeiros dias do PT (Partido dos Trabalhadores) em Parauapebas. Poucos sabem, mas Lula veio duas vezes ao município (nos dois primeiros mandatos que perdera). Os principais fundadores do PT em Parauapebas foram Papa, Carmelita e Odilio. Darci Lermen, deputado federal Valdir Ganso, Prefeito de Belém e Lula. Além de ser um dos principais fundadores do PT em Parauapebas e articuladores da vinda de Lula e Vicentinho ao município, Papa, por longos foi presidente do METABASE (Sindicato dos Trabalhadores de Carajás). Antes a representação sindical da classe era por meio do Sindicato de Amapá, o que dificultava. No entanto, com a liderança e articulação de Papa, foi possível a fundação em Parauapebas do METABASE em 1986 como órgão de representação local da classe. Em 1989, realizou-se a 1ª eleição direta para presidente desde o golpe militar de 1964. Lula se candidatou a presidente e ficou em 2º lugar perdendo para Fernando Collor de Mello, candidato do PRN. Em 1994, Lula voltou a candidatar-se à presidente e foi novamente derrotado, ainda no 1º turno pelo candidato do PSDB Fernando Henrique Cardoso. Em 1998, Lula saiu pela terceira vez derrotado como candidato à presidência da República em uma eleição decidida novamente no 1º turno. Em 27 de outubro de 2002, Lula foi eleito presidente do Brasil, derrotando o candidato apoiado pela situação, o ex-ministro da Saúde e então senador pelo Estado de São Paulo José Serra do PSDB. No seu discurso de diplomação, Lula afirmou: "E eu, que durante tantas vezes fui acusado de não ter um diploma superior, ganho o meu primeiro diploma, o diploma de presidente da República do meu país." Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre. Biografia de Luiz Inácio Lula da Silva. 02/2011. Papa ao lado de Vicentinho.
  • 18. METARLÚGICA DO SALOBO A LUTA DE PARAUAPEBAS PELA INDUSTRIALIZAÇÃO A ideia de se implantar um parque industrial em Parauapebas não é nova: remonta a mais de dez anos atrás quando, em 1984, o então administrador de Parauapebas iniciou um grande trabalho no sentido de instalar aqui unidades siderúrgicas DaItaminas (uma empresa com sede em Sete Lagoas- MG), da Prometal, e outras empresas que, para se utilizarem de incentivos fiscais aqui gerados na construção do Projeto Carajás, planejavam ingressar no campo da metalurgia e da siderurgia. A ideia básica do então administrador de Parauapebas, Francisco Brito, era que Parauapebas não poderia repetir erros acontecidos em Itabira, cidade mineradora, berço da CVRD, que até a década passada viveu totalmente dependente da Companhia e exclusivamente da atividade mineradora. Era preciso, afirmava Chico Brito, que se encontrassem alternativas de vida econômica para o município que se criaria e cuja campanha pela emancipação ele já estava iniciando, naquele ano de 1984. A CVRD APOIOU Os primeiros contatos no sentido da implantação das indústrias foram feitos com a direção da Itaminas, da Prometal, e com as construtoras Cojan, de Belo Horizonte, Brasil e Paranapanema, possuidoras de créditos gerados por uma legislação especial de incentivos ao desenvolvimento da região e que só poderiam ser aplicados aqui no norte. Os contatos prosseguiram, com a direção da CVRD, que não só aprovou a ideia mas até mesmo se entusiasmou com ela, passando a dar total apoio e incentivo, facilitando contados, acessos e informações para as empresas e investidores interessados. O superintendente das minas de Carajás, Engº Mozarte Litwinskai e os Engºs Eliezer Batista e Francisco Schetino deram sinal verde para o andamento do projeto de industrialização de Parauapebas. A ideia prometia dar frutos. O DISTRITO INDUSTRIAL Com os contatos já adiantados com as empresas interessadas, principalmente a Itaminas e a Prometal, era hora de se buscar o local para instalação dessas industrias no município e foi o pecuarista e pioneiro na região Hilário Lunardeli que Francisco Brito foi procurar para negociar uma área já visualizada por industriais e técnicos como a mais viável para instalação das indústrias, e que faz ainda hoje parte da fazenda Rio Branco. O proprietário da área colocou-a a disposição das indústrias interessadas, a custo zero, autorizou seu advogado a proceder à escrituração das doações necessárias e a área chegou mesmo a ser demarcada para que se procedessem à sua alienação em favor das indústrias. Mais de 10 mil pessoas em Parauapebas foram às ruas na passeata pela implantação da metalúrgica no município.
  • 19. O QUE IMPEDIU As indústrias interessadas já se movimentavam com a finalidade de se estabelecerem em Parauapebas. A Paranapanema, a empresa construtora Brasil e a Cojan elaboravam projetos e trabalhavam junto ao conselho interministerial do grande Carajás, em Brasília, órgão responsável pelas autorizações nessa área. Outras já haviam passado desse estágio, como a Itaminas e Prometal, já com a aprovação do conselho votada e aprovada, em mãos. Foram os bancos estrangeiro que pressionaram o governo brasileiro e a direção da CVRD impedindo a abertura de indústrias siderúrgicas na região de Parauapebas, já que viam como um grave risco de agressão ao meio ambiente a instalação dessas indústrias. É que as siderúrgicas dependem de grande quantidade de carvão vegetal, como combustível e como liga, e sua implantação provocaria a devastação da floresta no município. Com isto foi por água abaixo o projeto de industrialização de Parauapebas. A Itaminas, então, após negociar com o governo do estado – que adquiriu parte de suas ações – se transformou na Cosipar, e foi se instalar no município de Marabá. A Prometal jamais se instalou na região. A ECB (Construtora Brasil) instalou sua siderúrgica em Santa Inês, com o nome de siderúrgica Pindaré. A METALÚRGICA DO SALOBO A industrialização do município só retornou ao cotidiano dos Parauapebenses, uma década depois, no momento em que a CVRD negociou com a Anglo América a criação de uma sociedade para beneficiar os minérios do Salobo. Os estudos iniciais de viabilidade levaram em conta três municípios: Parauapebas, Marabá e São Luís- MA e elegeram pela maior viabilidade técnica e econômica o município de Parauapebas para instalação da indústria. Divulgadas essas notícias pela imprensa, o município de Marabá reagiu, pleiteando a instalação da metalúrgica em seu território, confiante em seu poder de fogo político. No mês de agosto de 1994, os políticos daquele município mobilizaram a população convocando-a à luta, orientando-a, inclusive para uma manifestação violenta com atos vandalismo contra o patrimônio da CVRD naquela Cidade, uma espécie de reedição da revolta do garimpo em 1984 que depredou as instalações que a CVRD construíra em Parauapebas (Leia “A revolta do garimpo edição nº 1 de “Parauapebas em Revista”). Informada a tempo do que se tramava em Marabá, a CVRD adotou medidas legais enérgicas e o movimento gorou, transformando-se em um pequeno comício na estação ferroviária daquela Cidade, com muitos impropérios contra a Empresa. O despautério, entretanto, dos pronunciamentos políticos não motivou o pequeno público que lá compareceu e assistiu a tudo com apatia. O presidente da câmara, Milton Martins, discursa no final da passeata pela implantação da metalúrgica no município.
  • 20. PARAUAPEBAS NÃO PODE PARAR Confiante na decisão técnica, totalmente favorável a este município, Parauapebas só começou a se mobilizar em 1995, quando as pressões de políticos eram grandes sobre a CVRD e o governo Federal. Políticos eleitos com significativa votação no município de Parauapebas e prefeitos de municípios vizinhos assinavam documentos às escondidas da população e das câmaras municipais em favor da instalação da metalúrgica do Salobo em Marabá. Ademir Andrade, Senador, Olávio Rocha, Deputado Federal. João Chamon Neto, prefeito de Curionópolis, e muitos outros, tomaram posição contra Parauapebas. O governador do Estado, Almir Gabriel, fez Pressões de todas as formas para retirar a metalúrgica de Parauapebas e levá-la para aquele município. Foi então que o prefeito de Parauapebas Chico das Cortinas, seus assessores mais diretos e a Câmara de Vereadores, liderada por Milton Martins, iniciaram um trabalho primeiramente discreto e diplomático cobrando a instalação da metalúrgica em nosso município. Foi já algum tempo depois que a manifestação de Parauapebas se transformou em campanha de mobilização popular. Uma campanha pacífica, civilizada, mas firme, em defesa dos reais interesses do município e na defesa de seus direitos. A METALÚRGICA NOS CAI COMO UMA LUVA A primeira tese em favor de Parauapebas, defendida junto á CVRD e a direção da Metalúrgica do Salobo é a de que a metalurgia, que não depende de carvão vegetal, é o tipo de indústria que nosso município pode acolher sem prejuízos para o meio ambiente e sem sacrificar nosso desenvolvimento em nome da preservação. Um artigo do jornal tribuna chega mesmo a afirmar que a metalúrgica tem que ser implantada em Parauapebas como um prêmio a seus esforços de preservação ambiental, já que Parauapebas, em toda região, é um município cada vez mais preocupado com este aspecto. Os demais municípios, que não têm controle sobre o meio ambiente, as queimadas e a devastação poderão sediar outras indústrias, inclusive outras siderúrgicas que virão e que aqui já estão descartadas. Outro argumento irrefutável em favor do município de Parauapebas, além dos números que lhe são absolutamente favoráveis, é o fato de que a jazida do Salobo se encontra no município de Marabá, mas para se ter acesso a ela é necessário passar por dentro da sede do município de Parauapebas. A jazida dista aproximadamente 80 km de Parauapebas e fica quase 300 km de Marabá: e assim Parauapebas é que recebia milhares de famílias que para cá viriam em busca de oportunidades no Salobo. Aí, Parauapebas “ficaria apenas com o ônus e Marabá com os bônus” para repetir um lugar comum, mas verdadeiro em seus pronunciamentos públicos. O prefeito Chico das Cortinas: reivindicação civilizada e trabalho para desfazer a teia política.
  • 21. MUITA LUTA, E UMA GRANDE ESPERANÇA Diante da situação, o prefeito Chico das Cortinas, o presidente da Câmara, Milton Martins, a Câmara de vereadores e o jornal Tribuna de Parauapebas principalmente, não descansaram. O prefeito realizou um périplo por todos os municípios colhendo assinaturas de apoio ou de neutralidade dos Prefeitos dos municípios vizinhos que já haviam se posicionado a favor de Marabá, de deputados e câmara de vereadores, documentação que foi encaminhada ás esferas do governo federal, á direção da CVRD e o governo do estado. O Governador, o Sr. Almir Gabriel, relutou em receber a comitiva de Parauapebas para tratar do assunto e foi preciso que a caravana acampasse frente ao palácio, em Belém, chamasse a atenção da imprensa, e assim, só assim, á base da pressão, fosse recebida. O trabalho de Milton Martins foi um trabalho de mobilização da sociedade como um todo. No seu papel de presidente da câmara que representa o povo, Milton obteve incomparável sucesso: levou ás ruas, no dia 26/06/95, pela primeira vez, todos os seguimentos da sociedade, nuca manifestação mostro em favor da metalúrgica em Parauapebas. Colegiais, professores, sindicados, todas as associações e populares em geral. Um documento em favor da implantação das indústrias em Parauapebas, foi entregue ao representante da CVRD, Dr. Antonio Carlos Venâncio, ao final da manifestação. Todos os partidos políticos participaram. Milton Martins conta ainda que realizou um número incontável de contatos nos bastidores políticos na região, em Belém e em Brasília no sentido de angariar simpatizantes pela nossa causa. CONFUSÃO, MEIAS-VERDADES E MUITOS ROYALTIES Segundo o diretor do Tribuna de Parauapebas, há muita desinformação no meio do povo, principalmente da população marabaense, sobre o que é a mina do Salobo, o que é a metalúrgica do Salobo, e qual município arrecadará, quais impostos. Em Editorial da edição nº 59, ele coloca os pingos nos ii: segundo a mesma matéria, os royalties da mina do Salobo serão pagos, de qualquer forma, á Prefeitura de Marabá, mesmo com a metalúrgica implantada em Parauapebas, e isso não está claro para a população daquele município. Segundo a mesma fonte, os royalties que o município de Marabá arrecadará com a exploração da jazida do Salobo deverão ser maiores que o valor que Parauapebas arrecada hoje em royalties com a extração de ferro em Carajás! E contra a argumentação que ele qualifica de esdrúxula do Senhor Governador do estado que fala em “justiça na distribuição dos impostos” ele mostra que a justa distribuição benefícios só acontecerá se o município de Marabá ficar com os royalties da mineração, como em qualquer hipótese ficará, mas que Parauapebas sedie a metalúrgica, uma vez que só Parauapebas sofrerá os efeitos que advirão no momento em que a mina do Salobo começar a ser explorada: uma carga social muito pesada que se abaterá sobre o município. O assessor Chain Filho discursa durante a manifestação.
  • 22. A vice-prefeita Meire: empatia com o povo. SALOBO: MINA E METALÚRGICA Uma grande confusão está feita por aí, em Parauapebas e em Marabá com relação á Metalúrgica do Salobo. A grande maioria da população Parauapebenses ainda não sabe bem o que é “Projetos Salobo” e o que é Metalúrgica do Salobo. E se o povo de Parauapebas desconhece, o que diremos da população de Marabá. É preciso esclarecer que a jazida do Salobo, a mina de cobre, ouro, prata e etc. do Salobo está dentro do município de Marabá e de lá não sairá. Que essa mina produzirá royalties que serão recolhidos á Prefeitura de Marabá, no mesmo valor ou maiores até que o royalties que a CVRD recolhe á Prefeitura de Parauapebas pela extração do minério de ferro. Tão logo se inicie a exploração da mina do Salobo para alimentar a Metalúrgica, esses royalties serão pagos a Prefeitura de Marabá. O povo de Parauapebas não deseja tirar isso de Marabá, muito embora essa mina esteja a algumas centenas de km da sede daquele município, esteja junto do município de Parauapebas e só se chegue lá passando por dentro de Parauapebas. O que o povo de Parauapebas pleiteia, e com a mais justa razão, é que a usina metalúrgica que será implantada para beneficiar o minério do Salobo, seja instalada aqui. Seria como dividir-se os recursos advindos dos impostos: Marabá com os royalties e Parauapebas com os impostos decorrentes do beneficiamento do minério. Isto porque assim, assim que se ativar a mina, que fica junto do nosso município e cujo acesso só pode acontecer via Parauapebas, teríamos recursos para arcar com problemas que virão, para atender e socorrer aos milhares de famílias que chegarão a Parauapebas á procura de emprego e oportunidades. A mina e os royalties da mineração do cobre ficarão, em qualquer hipótese, pra Marabá. Não se questiona isso. A usina metalúrgica é que tem ficar em Parauapebas. O povo de Marabá, mais do que nunca, precisa ser esclarecido a esse respeito, por que suspeito que ele está sendo enganado, ou que, no mínimo, se lhes tem negado esses esclarecimentos até agora. (Da edição 59 do Jornal Tribuna de Parauapebas). Um estudante entrega ao representante da CVRD, Dr. Antônio Venâncio documento no qual a população de Parauapebas, junto com as autoridades, justificam a implantação da Metalúrgica nesta cidade, e solicitam as medidas sócio ambientais do empreendimento.
  • 23. SANEAMENTO BÁSICO O prefeito Municipal de Parauapebas - Francisco Alves de Souza, ou Chico das Cortinas, como é popularmente conhecido é destaque incontestável dento e fora do Estado do Pará, por uma obra realizada totalmente com recursos municipais e que chama a atenção de todo o país e até de organizações internacionais: ele deverá concluir o mandato no próximo ano deixando 90% da cidade servida de saneamento básico: água tratada, coleta e tratamento de esgotos e aterramento sanitário do lixo. A obra é um investimento que supera a casa dos 16 milhões de dólares e é o cumprimento de uma promessa de sua campanha política. Assumindo o poder em janeiro de 1993, Chico das Cortinas pagou as contas deixadas pelo antecessor, organizou a casa, apaziguou os ânimos exaltados da população (que havia prendido dentro da prefeitura e tentado linchar o prefeito anterior que havia sumido com os recursos do município e estava planejando deixar a Prefeitura com o débito mensal e o décimo terceiro salário dos funcionários). BIRD e a prefeitura - O acordo com a Vale, no entanto, só foi assinado nesta administração, porque a equipe de Chico das Cortinas, ainda em campanha política, resolveu fazer da obra sua principal realização. Pelos termos do convênio com a Vale, a prefeitura terá um prazo de carência de cinco anos para começar a pagar o financiamento do BIRD, que é de dez anos. A Vale está descontando desde fevereiro 25% do CFM mensal e depositando essa quantia em uma conta no banco do Brasil para a criação de um fundo que garante o pagamento. O Prefeito Chico das Cortinas está tranquilo quanto à conclusão da obra ainda na sua gestão. Ele espera ver as obras concluídas em novembro 1996. Casa de química e células de decantação. Chico das Cortinas, prefeito de Parauapebas. Início das obras de saneamento básico. Discursa o Sr. Juarez Saliba, atual superintendente das Minas de Carajás, ao lado do prefeito Chico das Cortinas e a vice-prefeita Meire.
  • 24. O ALCANCE DA OBRA Para a população do município, acostumada até agora a valorizar pequenas obras aleatórias e eleitoreiras a grande obra do saneamento básico ainda não está sendo devidamente valorizada do ponto de vista dos benefícios que trará á saúde do povo. É o que atesta uma pesquisa realizada em agosto último pela Dominus Publicidades e Pesquisas e o jornal Tribuna de Parauapebas. Chico das Cortinas, entretanto, tem plena consciência dos efeitos que ela trará para a boa saúde da população e para amenizar a difícil situação da saúde pública no município. “Sem O saneamento básico pode-se dotar o município de quantos hospitais médicos que se imagine, mas nunca iremos vencer as altas taxas de verminoses, anemia, epidemias de toda a natureza, diarréias e tudo o mais que lota nossos postos de saúde e o hospital da FNS e deixa comprometida nossa qualidade de vida. “Não estou fazendo uma obra para me eleger para nada, mas estou realizando o melhor e aquilo de que mais necessita o povo de Parauapebas, principalmente a população mais pobre e desfavorecida. Deixarei o governo tendo alçado o município de Parauapebas á categoria de município civilizado, onde o poder público oferece saúde e qualidade de vida para população. Após meu governo, Parauapebas fará parte de uma lista de pouquíssimos municípios no Brasil que oferecem saneamento básico a quase 100% do povo. Isto “faz a diferença” concluiu prefeito. A MAIOR OBRA DE SANEAMENTO DA REGIÃO NORTE A construção da Estação de Tratamento de Água (ETA) começou em janeiro de 95. A obra que é toda gerenciada e administrada pela CVRD e a Enge Rio se divide em quatro fases: captação e adução da água do rio Parauapebas, o principal da cidade; tratamento e preservação; sistema de distribuição para 90% das residências e rede de coleta e tratamento de esgoto em estação elevatória. Segundo o engenheiro da CVRD, Marcelo Chiabi, a primeira fase da obra deve ser concluída em janeiro de 96. A capacidade de captação feita por três bombas é de 230 litros por segundo. Até a ETA a água vai percorrer 650 metros de distância, onde passará por tratamento convencional com etapas de floculação, decantação e filtragem. O armazenamento será feito em dois reservatórios com capacidade total para seis milhões de litros de água. Essa primeira fase, de captação, tratamento e armazenamento. Tem capacidade para atender 63.000 habitantes cerca de 90% da população até o ano 2001; mas já há previsão para construção de um terceiro reservatório. Pelo cronograma de execução do projeto, a construção do sistema de distribuição residencial deve começar ainda este ano. Segundo Chiabi. Quando esta fase estiver concluída, 90% das ruas de Parauapebas vai receber água tratada através de quase 100 quilômetros de tubulações. As ligações domiciliares não foram previstas no convênio, mas há possibilidade de novos acordos neste sentido. Vista panorâmica da estação de tratamento. Em primeiro plano a construção de um dos tanques de armazenamento de água.
  • 25. As obras do sistema de coleta e tratamento de esgoto devem começar até junho de 96 e vão ter cinco estações elevatórias distribuídas em vários pontos da cidade. O engenheiro Marcelo Chiabi explicou que a distribuição é feita obedecendo ao relevo da região. Cada uma das estações vai ter capacidade para tratar 480 quilos de esgoto por dia. O material orgânico vai ser processado através de decomposição aeróbica (que utiliza oxigênio), passado por biodegradação feita com algas que se alimentam em um aterro sanitário. Todas as fases de distribuição e tratamento de água e esgoto estarão concluídas em outubro de 97. Depois disso, a probabilidade das filas nos hospitais e postos de saúde de Parauapebas serem formadas em sua maioria por crianças e adultos atingidos por doenças trazidas pela água, com certeza vai ser bem menor. Fonte: Parauapebas em Revista, Biblioteca Hernani Guimarães. Distrito Industrial de Parauapebas – Atualidade Está em fase de implantação na gestão Darci Lermen, o Distrito Industrial de Parauapebas. Sessenta e três empresas receberam oficialmente da prefeitura o termo de doação das áreas do Distrito Industrial de Parauapebas (DIP), dia 21 de agosto de 2007, na Associação Comercial de Parauapebas (ACIP). De acordo com o Darci Lermen, a meta é ampliar esse número para 100 empresas, com a maior parte delas funcionando até o segundo semestre de 2008. O projeto está orçado em torno de R$ 10 milhões. Segundo o Darci Lermen: “O local está localizado entre dois grandes empreendimentos minerais, o de ferro em Parauapebas, e o de cobre, em Canaã dos Carajás”, e que o Distrito Industrial estará pautado no desenvolvimento econômico, inclusão social e preservação ambiental. A avaliação, segundo o gestor, é que pelo menos mil empregos sejam registrados até o final do ano com as primeiras unidades industriais sendo implantadas no DIP. Para o presidente da ACIP, José Rinaldo Carvalho, o Distrito Industrial de Parauapebas vai atrair empresas de ponta e de grande tecnologia para o município, gerando bastante desenvolvimento econômico e social. Localização O Distrito Industrial de Parauapebas está localizado no km 24 da rodovia PA -160, sentido Canaã dos Carajás. O processo de implantação do DIP iniciou em 2005, quando foi feito o levantamento das áreas propícias para implantação do projeto. Escolhida a área, foi feito o trabalho de Viveiros de mudas no parque industrial.Dezenas de empresas já estão no local. Arquivo Ascom/Parauapebas
  • 26. licenciamento ambiental junto à Sectam, que em junho de 2006 concedeu à prefeitura licença de instalação do distrito. O tamanho da área a ser utilizada pelas indústrias é de aproximadamente 75 hectares. Já a área destinada à preservação ambiental dentro do distrito corresponde a aproximadamente 79 hectares. As empresas selecionadas pela Sectam possuem atividades consideradas de baixo impacto e atuam em vários segmentos de produção, como setor de metalurgia de transformação, artefatos de concreto, imobiliário, locação de equipamentos, material para construção, reciclagem e agroindústria. Pesquisa de Internet em 2007. Os 10 municípios mais ricos do Pará:  1º lugar: Belém  2º lugar: Barcarena  3º lugar: Parauapebas  4º lugar: Ananideua  5º lugar: Marabá 6º lugar: Tucuruí  7º lugar: Santarém  8º lugar: Oriximiná  9º lugar: Castanhal  10º lugar: Canaã dos Carajás. Em 2005, os municípios com as maiores participações no PIB do Pará foram Belém (R$ 11,2 bilhões), Barcarena (R$ 2,7 bilhões), Parauapebas (R$ 2.667.460.065 bilhões), Ananideua (R$ 2,1 bilhões) e Marabá (R$ 2 bilhões). FONTE: Jornal O Liberal, 10/02/2008. Prefeita: Ana Bel Mesquita (1997 a 2000) A Primeira Mulher Prefeita de Parauapebas Ana Isabel Mesquita, nascida em Jundiaí, São Paulo, no dia 24 de setembro de 1952, hoje filiada ao PMDB desde 2005. Já foi presidente do PTB de Parauapebas no Pará. Tem bacharelado em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Em suas condecorações estão incluídas o Prêmio Personalidade de Informática e Telecomunicações, pelo uso eficaz da tecnologia na educação em 2003. Eleita prefeita em 1997 a 2000, pelo PSDB. Atualmente deputada federal pelo PMDB, com atividades Parlamentares na Câmara dos Deputados: Comissões Permanentes, Comissões Especiais e Comissões Externas. Como prefeita de Parauapebas, segundo o Carajás (http://www.carajasojornal.com.br), Bel Mesquita mostrou ser uma mulher que gosta de desafios, com uma gestão moderna, na qual aos poucos conquistou nesta gestão um padrão de vida semelhante aos dos centros mais desenvolvidos do país. Nesta administração a prefeitura ganhou muitos prêmios que ajudaram a conquistar parcerias importantes para Parauapebas crescer muito mais. Vereadores: Ademir P. Dan (Juca); Francisco R. B. Júnior; José R. A. Mendes; José Wilson da Silva; Odilon R. Sanção; Raimundo Batista de Paula; Raimundo N. C. Silva; Valdemir de M.
  • 27. Fernandes; Avenir C. Freitas; Altair B. Soares; Renato P. Rezende; Valdir A. Rezende; Valdir A. Pereira; José Ribamar Leite; José de Sousa (suplente). PRINCIPAIS OBRAS (DE IMPACTO) DE BEL MESQUITA: Escola Alegria do Saber e outras. Mercado municipal Ginásio Poliesportivo e asfaltamento de ruas. CEUP- Centro Universitário de Parauapebas – Construído em março de 2001. Antes era a Escola Método construída pela VALE nos anos 90, a qual foi doada para o município. Praça do Cidadão – Rio Verde Foto praça do cidadão Casas populares Novo Brasil, B. Altamira
  • 28. Feira Livre – Mercado Municipal 027/05/2011 Feira livre realizada nos dias de sábado e domingo. O potencial de uma feira que necessita de uma infraestrutura condigna. 2º Mandato de Ana Bel Mesquita (2000 - 2004) Vereadores: Ademir Paulo Dan; Altair B. Soares; Antonio Cláudio Pereira; Avenir Carlos de Freitas; Devanir Martins; Irismar Vieira Rocha; José Vieira de Rocha; José Batista de Souza; José Nunes Sobrinho; José Wilson da Silva; Milton Alves Martins; Odilon R. de Sanção; Valdir Antonio Pereira; Waldemir de M. Fernandes Prefeito Darci José Lermem (2005 a 2008) Natural do estado do Rio Grande do Sul, sendo o quarto prefeito do município de Parauapebas, com a Coligação “Frente Unidos com o Povo” comemorou a vitória esmagadora que Darci José Lermen alcançou ao conseguir 32.000 votos nesta eleição em 2004pelo PT. Todas as avenidas do município ficaram tomadas por simpatizantes antes que fosse dado o desfecho final das eleições. E nas ruas o povo compareceu em massa (cita o Jornal Carajás: http://www.carajasojornal.com.br). Intitulou seu governo como “Governo Cidadão” ou “Governo Popular”, oficialmente Darci ao assumir o cargo em 18 anos de emancipação política do município, uma vez que a prefeita Ana Isabel Mesquita de Oliveira esteve no cargo por dois mandatos. Em nenhum momento da história política do município teve tanta mobilização popular – a população se entregou a mudança. De acordo com a Revista Questão em sua edição de especial de janeiro de 2005 (apud O Carajás), assim dizia em seu editorial: “Parecia um final de campeonato. O público lotou completamente o Ginásio Poliesportivo de Parauapebas, no bairro Beira Rio, e aclamou com entusiasmo de torcedor o prefeito Darci Lermen (...), naquela oportunidade”. A luta foi árdua, foi necessário ter muita perseverança, coragem e ousadia para estar à frente do Executivo e dissera o prefeito Darci, “é preciso ter a consciência de que a mudança é um processo gradativo e não um simples ato de vontade e que a construção de um município exigirá de toda a equipe um diálogo e participação popular para que seja obtido resultados cada vez mais duradouros”.
  • 29. Edis que compõe a câmara de vereadores em 2005 a 2008: Agnaldo Ávila de Brito (Presidente) Ademir Paulo Dan (Juca) Percília Rosa Martins Euzébio Rodrigues dos Santos João Assis (João do Feijão) Antonio Massud de Sales Pereira José Adelson F. Silva Francisangela V. Ferreira de Resende Creusa Lúcia Silva Vicente Wanterlor Bandeira Nunes PRINCIPAIS OBRAS (DE IMPACTO) NA ADMINISTRAÇÃO DARCI LERMEM: Ampliação do sistema de água Reservatório com capacidade para 4 milhões de litros Fonte: ASCOM, 10 /2008. Asfalto na cidade (uma das ruas) Casas populares Fonte: ASCOM, 10/ 2008. Praça Casas Populares I
  • 30. ESTÁDIO ROSENÃO Construído na Administração Faisal. Reformado e ampliado em 2008 na gestão Darci Lermen A área onde foi construído o Estádio Rosenão pertencia à Liga Esportiva (LEP). Por um descuido do gestor, que o construíra sem o consentimento ou conhecimento da entidade; tal fato, considerado crime administrativo, acarretaria ações de justiça contra o gestor – até risco de cassação ao mandato. Como a obra beneficiava o esporte – o senhor Valdir da Usina, recém empossado vereador (ex-presidente da LEP) não moveu causa na justiça, desconsiderou. Prefeitura Municipal moderna e com arquitetura de 1º mundo. Fonte: ASCOM, 10/ 2008. Uma obra cujo orçamento beira os 12 milhões. Escola no Bairro Vila Rica e outrasProjeto Inclusão Social Fonte: ASCOM,10/ 2008. Revitalização de ruas comerciais Fonte: Ascom
  • 31. Revitalização da PA – 275Praça de Eventos Secretaria da Mulher Asfalto no Bairro Bairro Liberdade Escola no Bairro Nova Vida Escola no Bairro Maranhão Escola Terra Roxa Escola Eunice Moreira Escola Josias Leão Hospital Municipal – Em fase final de acabamento, 12/2010
  • 32. Novas Eleições em 5 outubro de 2008 Prefeito eleito: Darci José Lermem (2008 – 2012) Darci Lermem tirou 38.905 votos, e Bel Mesquita, 27.247. Vereadores eleitos: Faissal, Massud, Wolner, Professor Eusébio, Zé Alves, Miquinha, Adelson, Percília, Raimundo Vasconcelos, Francis, Odilon Rocha de Sanção. Eleitorado de Parauapebas na eleição de 2008: 85.246 eleitores. Edis que compõem a Câmara Municipal de Parauapebas de 2008-2012 Ver. Eusébio Faisal Salmen Israel Miquinha Percília Martins José Adelson Massud Sales Odilon Rocha Wolner Raimundo Vasconcelos Zé Alves Francisângela Rezende Fonte: Ascom,Valdir Silva, 2010.
  • 33. Disputa popular A festa da democracia... As “tradicionais” passeatas com o objetivo de mostrar quem tem mais povão e influenciar indecisos. O Que o Povo de Parauapebas Deseja? Veja maquete da eleição de 2006. Segundo entrevistas com a população de Parauapebas (maquete) desenvolvida pelo jornal HOJE, (10 a 13 de outubro de 2008), veja o que desejam e esperam do segundo mandato: - “Que o Darci faça a orla do rio Parauapebas, como ele prometeu na campanha”; - “Espero que os vereadores ajudem ele a trabalhar...”; - “Saúde (principalmente) e segurança”; - “A questão da segurança é indispensável nesta cidade”; - Já na população rural, nas comunidades como: Vila Sanção e Vilinha, um desejo unânime é principalmente na área de segurança, com implantação de subdelegacias (nestas localidades) em parceria com a Polícia Militar. Já alguns entrevistados acreditam que ele não vá trabalhar. ELEIÇÃO 2012 Em novembro de 2012 ocorreu novas eleições a prefeito em todo país. O município de Parauapebas apresentava um eleitorado de 111 mil votos, onde 6 candidatos concorriam às eleições. São eles, com as respectivas votações: Adelson 12 – PDT (3,69%); Chico das Cortinas 44 – PRP (5,58%); Coutinho PT – 13 (33,02%); Rui Vassourinha 10 – PRB 91,03); Valmir da Integral PSD (55,71%); Zezinho PSOL – PSOL (0,97%). Concorriam às 15 vagas de vereadores na Câmara 256 candidatos de partidos diversos. O grupo vitorioso foi o da Coligação “Mãos que trabalham” (PTB, -PR, PSD Integral, C, PHS, PV, PSDB, PSDB – na pessoa do empresário Valmir da Integral com um total de 49.080 votos, correspondente à 55,71% dos votos do eleitorado. Com a vitória, Valmir enfatizou bem a seguinte mensagem: “acabou esse negócio de cor vermelha e azul. Agora irei governar para todos os parauapebense”. Valmir da Integral.
  • 34. Edis que compõem a Câmara de Vereadores de Parauapebas 2013-2016 e respectiva votação: Devanir PP – 2.924 votos Bruno Soares PP – 2.550 votos Arenes PT 2.073 Professor Eusébio PT - 1.959 votos Eliene PT - 1877 votos Maride PSC – 1867 votos Odilon PMDB – 1552 votos Braz PDT - 1.500 votos  João do Feijão PP – 1472 votos Pavão PTB – 1320 votos Majo da Mactra PSDB – 1277 votos Irmã Luzinete PV - 1245 votos Professor Josineto PSDC – 1.074 Dr. Charles PSD – 965 votos