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As geladeiras e o buraco de ozônio 
A necessidade de abandonarmos 
o uso de CFCs fica mais e mais urgente à medida que a camada de ozônio vai desaparecendo sobre as nossas cabeças. Mas o que irá substituí-los? Algumas indústrias químicas - que são também responsáveis pela crise do ozônio que todos nós enfrentamos - propuseram os HCFCs como uma "solução". No entanto, os HCFCs também destroem a camada de ozônio e vão agravar a crise ambiental. Outra "solução" oferecida por essas indústrias, o gás HFC, não é melhor que a primeira. Os HFCs não prejudicariam a camada de ozônio mas contribuiriam para o aquecimento do planeta, agravando o problema do efeito estufa. 
Nós não precisamos usar nenhum desses químicos para fazer com que nossas geladeiras funcionem bem. Isso foi demonstrado no início de 1993, quando a luta para salvar a camada de ozônio alcançou um momento decisivo. Os maiores fabricantes alemães de geladeiras - que antes afirmavam jamais ser possível uma solução desse tipo - adotaram a "geladeira verde" (que não destrói a camada de ozônio), desenvolvida pela primeira vez com a ajuda da Greenpeace. Vários modelos, produzidos sem os gases que danificam a atmosfera - CFCs, HCFCs e HFCs -, já estão sendo comercializados por toda a Europa. 
Esta é uma grande conquista. No início de 1993, os grandes fabricantes de refrigeradores da Europa lançaram uma campanha contra a Greenpeace alegando que as geladeiras verdes consumiriam mais energia, seriam inflamáveis e tecnicamente inviáveis. A ICI da Inglaterra, importante produtor de CFCs, HFCs e HCFCs, enviou correspondência aos sócios da Greenpeace perguntando: "Será que devemos todos ir para o laboratório e passar os próximos dez anos verificando se as idéias da Greenpeace podem ser colocadas em prática?" Foi demonstrado que eles estavam errados: na prática foram duas semanas, não dez anos, o tempo para desenvolver uma geladeira protótipo, na universidade inglesa de South Bank. 
Ainda no início de 1993, a companhia alemã Foron anunciava seus planos de produzir em larga escala a primeira geladeira inofensiva à camada de ozônio. A declaração foi o tiro de largada para uma corrida de todos os outros fabricantes em direção ao novo produto. 
Destruição do ozônio - ainda um problema 
O desenvolvimento da geladeira verde coincidiu com novas e alarmantes evidências da rápida destruição da camada de ozônio sobre o hemisfério Norte, ao mesmo tempo que continua a aumentar, ano a ano, o buraco na
camada de ozônio sobre o hemisfério Sul. Em 1995, a camada de ozônio sobre a Antártica bateu novo recorde de diminuição, quando um buraco de 23 milhões de quilômetros quadrados foi aberto sobre áreas habitadas. 
As conseqüências destas reduções da camada de ozônio para a saúde e para o meio ambiente são enormes. Na medida em que a camada de ozônio é fragmentada, os níveis dos raios ultravioleta do tipo B, altamente nocivos, aumentam sobre a superfície da Terra. Plantas, animais e ecossistemas inteiros estão em perigo. Em algumas regiões do mundo já foram detectados níveis de UV-B cinco vezes mais altos que os normais. 
O crescimento da quantidade dessa radiação solar na superfície da Terra vem aumentando em vários países, inclusive no Brasil, a incidência de alguns tipos de câncer de pele. Os raios UV-B também aumentam os casos de catarata e podem, ainda, danificar o sistema imunológico dos seres humanos. 
Fazendo as escolhas certas 
Algumas atitudes foram finalmente tomadas para proteger a camada de ozônio dos CFCs, que ainda são largamente utilizados nos aparelhos de refrigeração, na fabricação de espumas e de solventes. Na Comunidade Européia, determinou-se a suspensão de CFCs a partir de dezembro de 1994. No entanto, essas vitórias poderão ser desperdiçadas. Os HFCs só serão proibidos daqui a mais de vinte anos. Esses produtos químicos, assim como os HCFCs, são poderosos agentes do aquecimento global. 
A maior parte da indústria de refrigeração está sob pressão da indústria química para que adotem suas opções favoritas: HCFCs e HFCs. A indústria química tem investido bilhões nesses produtos. Para essas empresas, soluções concretas e baratas como a geladeira verde são verdadeiras ameaças para seus novos e lucrativos mercados, criados pela restrição ao uso dos CFCs. No entanto, substituir CFCs por HCFCs e HFCs é como "pular da panela para o fogo", segundo o Dr. Joe Farman, cientista britânico que descobriu o buraco de ozônio sobre a Antártida. Existem soluções melhores para todos os usos atuais dos CFCs. 
A amônia, por exemplo, pode ser usada para refrigeração em larga escala, em supermercados ou no processamento de alimentos. Refrigeradores domésticos como a Geladeira verde podem usar hidrocarbonetos - como os gases propano, butano e isobutano. Esses gases simples são excelentes fluidos refrigerantes. A tecnologia já é bastante experimentada e os gases são completamente inofensivos à camada de ozônio, além de muito mais baratos que os HCFCs e HFCs. 
Hidrocarbonetos: a alternativa mais segura.
Hidrocarbonetos já foram fluidos refrigerantes bastante conhecidos e largamente utilizados em transporte, pequenas unidades comerciais e refrigeradores domésticos antes dos CFCs serem inventados, na década de 30. Além de baratos, esses produtos químicos não são tóxicos. Têm baixíssimo impacto no aquecimento global e nenhum impacto sobre a camada de ozônio. Eles são uma solução ideal para países em desenvolvimento como o Brasil. 
A própria indústria de refrigeração já reconheceu o potencial dos hidrocarbonetos. O Instituto de Refrigeração do Reino Unido diz que seria "sensivelmente melhor" usar hidrocarbonetos como fluido de refrigeração em geladeiras domésticas. O Dr. Forbes, chefe do comitê técnico do Instituto, diz: "O hidrocarboneto é a opção óbvia para as geladeiras domésticas e é mais barato". Apesar de os hidrocarbonetos serem inflamáveis, o risco de incêndio é mínimo, dadas as pequenas quantidades usadas em refrigeradores domésticos. 
A Geladeira verde de 150 litros da Foron contém em torno de 20 gramas de propano e butano, enquanto o modelo KDR 3700 de 364 litros da Bosch- Siemens usa 44g de isobutano. Estas quantidades são similares àquelas contidas, respectivamente, em três e seis isqueiros. As autoridades alemãs deram aprovação oficial aos diferentes modelos da Geladeira verde depois de extensivos testes de segurança e performance. 
Espumas isolantes: uma revolução técnica 
Até pouco tempo atrás, os HCFCs - agressores da camada de ozônio - eram vistos como os principais substitutos dos CFCs para a fabricação das espumas de isolamento térmico das geladeiras. Depois de sucessivas campanhas da Greenpeace, várias indústrias de espumas passaram a usar o ciclopentano, inofensivo à camada de ozônio, no lugar nos CFCs e HCFCs. Representantes das empresas envolvidas na produção de espumas de isolamento térmico com ciclopentano já afirmaram que se trata da "maior e mais rápida mudança tecnológica nos últimos 25 anos" na indústria do poliuretano. 
A Liebherr, fabricante alemã de geladeiras, está entre as primeiras empresas que adotaram o ciclopentano na fabricação de espumas. Essa empresa levou apenas um fim de semana para converter todas as suas fábricas da Alemanha e da Áustria. Todos os outros fabricantes da Europa estão fazendo o mesmo. O interesse por essa tecnologia na Itália, Espanha, Dinamarca e na parte oriental da Europa é bastante grande. Em todo o mundo, as indústrias dependem, em maior ou menor grau, de suas exportações para o mercado europeu, fortemente influenciado pelas preocupações ambientais. 
Geladeiras e consumo de energia
A geladeira é um dos maiores consumidores de energia em uma residência. Embora não represente a principal carga elétrica instalada, é um equipamento que consome energia elétrica de forma intermitente 24 horas por dia. As geladeiras verdes têm grande eficiência energética, podendo inclusive reduzir o consumo de energia. Os custos de operação das geladeiras à base de hidrocarbonetos são muito mais baixos do que o das geladeiras que destroem a camada de ozônio. O modelo KDR 3700 de 364 litros da Bosch-Siemens, de uma única temperatura, por exemplo, consome 0,35 kWh/24h - índice muito inferior ao dos modelos equivalentes disponíveis no nosso mercado. 
Os hidrocarbonetos são fluidos de refrigeração intrinsecamente mais eficientes que os HFCs. Isto significa que, com melhorias tecnológicas, as possibilidades de futuras reduções no consumo de energia das geladeiras é muito maior com o uso dos hidrocarbonetos do que com o uso dos HFCs. Para um país como o Brasil, em que o número de equipamentos domésticos por habitante ainda é muito pequeno, a escolha de linhas tecnológicas mais econômicas no consumo de energia, com preservação do meio ambiente global é, sem dúvida, a escolha certa. 
Além de ser mais barata na operação, a geladeira verde também será mais barata no momento da compra. Recente levantamento feito pela Greenpeace nas grandes lojas de revenda da Europa mostrou que as geladeiras verdes são hoje, em média, de 2% a 5% mais caras que as geladeiras equivalentes à base de HFCs. Esta situação fatalmente será revertida com o crescimento que as geladeiras verdes vêm apresentando no mercado europeu, onde já representam um quinto do total das geladeiras produzidas. 
A história da geladeira verde 
A primeira geladeira verde foi produzida no início de 1992 pela DKK Scharfenstein, indústria da antiga Alemanha Oriental conhecida pela marca Foron. Com a ajuda da Greenpeace, esta indústria uniu-se aos cientistas do Instituto de Higiene de Dortmund para desenvolver a nova geladeira. Houve intensa oposição da indústria química e de outros fabricantes de geladeiras. Dr. Rosin, do Instituto Dortmund, lembra-se: "De repente nós percebemos que havíamos contrariado um gigantesco lobby industrial, que já havia decidido que os HFCs seriam os novos fluidos no mundo da refrigeração e que estavam pretendendo fazer muito dinheiro com isso". 
Em julho de 1992, a DKK Scharfenstein decidiu lançar um modelo comercial. A Greenpeace ajudou a garantir os pedidos de consumidores e varejistas preocupados com o meio ambiente. Os pedidos de dezenas de milhares de pessoas em apenas algumas semanas salvaram a empresa, que estava ameaçada de falência, e garantiu os empregos de seus funcionários.
A geladeira verde da Foron rapidamente ganhou prestígio junto aos ministros ambientalistas e recebeu o prêmio Blue Angel. Pela primeira vez uma geladeira ganhou esse selo de aprovação ambiental. A produção em larga escala começou em março de 1993. A empresa produziu 160.000 unidades naquele ano e pretendia produzir 300.000 unidades no ano de 1994. A Foron projetou receitas para 1994 de 250 milhões de marcos alemães, contra uma receita de 100 milhões de marcos alemães em 1993. O sucesso da Foron fez com que seus concorrentes mudassem radicalmente suas estratégias. Em fevereiro de 1993, a Bosch-Siemens e a Liebherr anunciaram seus planos de produzir geladeiras à base de hidrocarbonetos. 
A nova tecnologia - que marginaliza os HCFCs e HFCs - foi uma mudança revolucionária para a indústria de refrigeração. A Bosch revela: "Agora conseguimos, em definitivo, um aparelho completamente isento de CFCs e HCFCs". A Siemens refere-se aos hidrocarbonetos como o "achado do século", acrescentando: "Usaremos essa tecnologia pioneira em todos os modelos possíveis". 
Promovendo a tecnologia em todo mundo. 
A Greenpeace está agora divulgando a tecnologia de refrigeração à base de hidrocarbonetos pelo mundo todo, da América Latina à China, para aumentar seu rápido sucesso. A Greenpeace está trabalhando para mudar as orientações atuais das empresas, dos governos e das instituições internacionais como o Banco Mundial e os programas da Organização das Nações Unidas. 
Este esforço internacional começa a ter sucesso. Após demonstrações da Greenpeace em Copenhague e Amsterdam, as geladeiras à base de hidrocarbonetos tiveram sua vendagem consolidada no mercado europeu. A Bosch-Siemens anunciou no início de fevereiro de 1994 que até o final daquele ano 85% das geladeiras por ela produzidas seriam da família de geladeiras verdes. Essa declaração da Bosch-Siemens foi seguida por outras de mesmo teor da AEG e da Electrolux. 
Os ministros do Meio Ambiente da Inglaterra, da Dinamarca e da Holanda deram seu apoio à geladeira verde e, atualmente, todos têm seu próprio refrigerador à base de hidrocarboneto. Os países asiáticos também estão interessados. Uma apresentação da Greenpeace em Tóquio, em abril de 1993, atraiu mais de 600 representantes das indústrias japonesa e coreana. Em abril de 1993, a Greenpeace fez também a primeira apresentação da geladeira verde na China, reunindo-se com representantes do governo e da indústria que controlam o mercado chinês. A Greenpeace voltou à China em novembro e a colaboração continuou, com vistas à implantação de uma primeira fábrica desses refrigeradores naquele imenso país. O melhor desta tecnologia é que os gases usados não podem ser patenteados. Eles são baratos e qualquer país, rico
ou pobre, pode usá-los sem precisar pagar licença ou royalties. Apesar de todos esses avanços, interesses escusos ainda estão promovendo o uso dos HFCs e HCFCs na refrigeração doméstica. Por seu lado, a Greenpeace continua lutando por uma mudança rápida e real. 
Alguns produtores europeus de geladeiras, no entanto, continuam ignorando os avanços tecnológicos. É o caso das empresas inglesas Hotpoint e Lec, que vendem geladeiras à base de HFCs e HCFCs. Essas empresas têm ignorado inclusive os avisos do governo do Reino Unido. Em maio de 1993, o Ministério do Meio Ambiente lançou um desafio no Parlamento, conclamando as indústrias inglesas a "reconhecer a ameaça" tecnológica que vinha da Alemanha e a "derrubar nossos competidores" adotando a geladeira a hidrocarbonetos. Em vão. O governo inglês não pôde contar com seu próprio mercado quando decidiu fazer algumas compras de produtos ambientalmente adequados. As autoridades inglesas foram então obrigadas a comprar 20 geladeiras verdes da companhia alemã Liebherr. O então ministro inglês do Meio Ambiente, Tim Yeo, chamou a imprensa para divulgar o seu desagrado pelo fato de as empresas inglesas não serem capazes de fornecer uma geladeira inofensiva ao ozônio para seu próprio gabinete. "É essencial que os usuários de CFCs e HCFCs apressem-se em encontrar substitutos, se não quiserem ficar para trás de seus concorrentes", disse o ministro. 
Ao mesmo tempo, um abaixo-assinado promovido pela Greenpeace na Inglaterra, que contou com mais de 180.000 assinaturas, pedia às lojas que fizessem estoques de geladeiras verdes alemãs. O mesmo abaixo-assinado pedia aos fabricantes ingleses que iniciassem a produção das geladeiras verdes. Hoje, estas geladeiras já estão à venda no mercado inglês, porém não são de fabricação inglesa. Os fabricantes alemães, Bosch-Siemens e Liebherr, estão divulgando amplamente seus produtos, que não agridem o meio ambiente, e ganhando novos mercados por todo o Reino Unido. 
Protegendo a camada de ozônio com a geladeira verde. Rio de Janeiro, Greenpeace, s.d.

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As geladeiras e o buraco de ozônio

  • 1. As geladeiras e o buraco de ozônio A necessidade de abandonarmos o uso de CFCs fica mais e mais urgente à medida que a camada de ozônio vai desaparecendo sobre as nossas cabeças. Mas o que irá substituí-los? Algumas indústrias químicas - que são também responsáveis pela crise do ozônio que todos nós enfrentamos - propuseram os HCFCs como uma "solução". No entanto, os HCFCs também destroem a camada de ozônio e vão agravar a crise ambiental. Outra "solução" oferecida por essas indústrias, o gás HFC, não é melhor que a primeira. Os HFCs não prejudicariam a camada de ozônio mas contribuiriam para o aquecimento do planeta, agravando o problema do efeito estufa. Nós não precisamos usar nenhum desses químicos para fazer com que nossas geladeiras funcionem bem. Isso foi demonstrado no início de 1993, quando a luta para salvar a camada de ozônio alcançou um momento decisivo. Os maiores fabricantes alemães de geladeiras - que antes afirmavam jamais ser possível uma solução desse tipo - adotaram a "geladeira verde" (que não destrói a camada de ozônio), desenvolvida pela primeira vez com a ajuda da Greenpeace. Vários modelos, produzidos sem os gases que danificam a atmosfera - CFCs, HCFCs e HFCs -, já estão sendo comercializados por toda a Europa. Esta é uma grande conquista. No início de 1993, os grandes fabricantes de refrigeradores da Europa lançaram uma campanha contra a Greenpeace alegando que as geladeiras verdes consumiriam mais energia, seriam inflamáveis e tecnicamente inviáveis. A ICI da Inglaterra, importante produtor de CFCs, HFCs e HCFCs, enviou correspondência aos sócios da Greenpeace perguntando: "Será que devemos todos ir para o laboratório e passar os próximos dez anos verificando se as idéias da Greenpeace podem ser colocadas em prática?" Foi demonstrado que eles estavam errados: na prática foram duas semanas, não dez anos, o tempo para desenvolver uma geladeira protótipo, na universidade inglesa de South Bank. Ainda no início de 1993, a companhia alemã Foron anunciava seus planos de produzir em larga escala a primeira geladeira inofensiva à camada de ozônio. A declaração foi o tiro de largada para uma corrida de todos os outros fabricantes em direção ao novo produto. Destruição do ozônio - ainda um problema O desenvolvimento da geladeira verde coincidiu com novas e alarmantes evidências da rápida destruição da camada de ozônio sobre o hemisfério Norte, ao mesmo tempo que continua a aumentar, ano a ano, o buraco na
  • 2. camada de ozônio sobre o hemisfério Sul. Em 1995, a camada de ozônio sobre a Antártica bateu novo recorde de diminuição, quando um buraco de 23 milhões de quilômetros quadrados foi aberto sobre áreas habitadas. As conseqüências destas reduções da camada de ozônio para a saúde e para o meio ambiente são enormes. Na medida em que a camada de ozônio é fragmentada, os níveis dos raios ultravioleta do tipo B, altamente nocivos, aumentam sobre a superfície da Terra. Plantas, animais e ecossistemas inteiros estão em perigo. Em algumas regiões do mundo já foram detectados níveis de UV-B cinco vezes mais altos que os normais. O crescimento da quantidade dessa radiação solar na superfície da Terra vem aumentando em vários países, inclusive no Brasil, a incidência de alguns tipos de câncer de pele. Os raios UV-B também aumentam os casos de catarata e podem, ainda, danificar o sistema imunológico dos seres humanos. Fazendo as escolhas certas Algumas atitudes foram finalmente tomadas para proteger a camada de ozônio dos CFCs, que ainda são largamente utilizados nos aparelhos de refrigeração, na fabricação de espumas e de solventes. Na Comunidade Européia, determinou-se a suspensão de CFCs a partir de dezembro de 1994. No entanto, essas vitórias poderão ser desperdiçadas. Os HFCs só serão proibidos daqui a mais de vinte anos. Esses produtos químicos, assim como os HCFCs, são poderosos agentes do aquecimento global. A maior parte da indústria de refrigeração está sob pressão da indústria química para que adotem suas opções favoritas: HCFCs e HFCs. A indústria química tem investido bilhões nesses produtos. Para essas empresas, soluções concretas e baratas como a geladeira verde são verdadeiras ameaças para seus novos e lucrativos mercados, criados pela restrição ao uso dos CFCs. No entanto, substituir CFCs por HCFCs e HFCs é como "pular da panela para o fogo", segundo o Dr. Joe Farman, cientista britânico que descobriu o buraco de ozônio sobre a Antártida. Existem soluções melhores para todos os usos atuais dos CFCs. A amônia, por exemplo, pode ser usada para refrigeração em larga escala, em supermercados ou no processamento de alimentos. Refrigeradores domésticos como a Geladeira verde podem usar hidrocarbonetos - como os gases propano, butano e isobutano. Esses gases simples são excelentes fluidos refrigerantes. A tecnologia já é bastante experimentada e os gases são completamente inofensivos à camada de ozônio, além de muito mais baratos que os HCFCs e HFCs. Hidrocarbonetos: a alternativa mais segura.
  • 3. Hidrocarbonetos já foram fluidos refrigerantes bastante conhecidos e largamente utilizados em transporte, pequenas unidades comerciais e refrigeradores domésticos antes dos CFCs serem inventados, na década de 30. Além de baratos, esses produtos químicos não são tóxicos. Têm baixíssimo impacto no aquecimento global e nenhum impacto sobre a camada de ozônio. Eles são uma solução ideal para países em desenvolvimento como o Brasil. A própria indústria de refrigeração já reconheceu o potencial dos hidrocarbonetos. O Instituto de Refrigeração do Reino Unido diz que seria "sensivelmente melhor" usar hidrocarbonetos como fluido de refrigeração em geladeiras domésticas. O Dr. Forbes, chefe do comitê técnico do Instituto, diz: "O hidrocarboneto é a opção óbvia para as geladeiras domésticas e é mais barato". Apesar de os hidrocarbonetos serem inflamáveis, o risco de incêndio é mínimo, dadas as pequenas quantidades usadas em refrigeradores domésticos. A Geladeira verde de 150 litros da Foron contém em torno de 20 gramas de propano e butano, enquanto o modelo KDR 3700 de 364 litros da Bosch- Siemens usa 44g de isobutano. Estas quantidades são similares àquelas contidas, respectivamente, em três e seis isqueiros. As autoridades alemãs deram aprovação oficial aos diferentes modelos da Geladeira verde depois de extensivos testes de segurança e performance. Espumas isolantes: uma revolução técnica Até pouco tempo atrás, os HCFCs - agressores da camada de ozônio - eram vistos como os principais substitutos dos CFCs para a fabricação das espumas de isolamento térmico das geladeiras. Depois de sucessivas campanhas da Greenpeace, várias indústrias de espumas passaram a usar o ciclopentano, inofensivo à camada de ozônio, no lugar nos CFCs e HCFCs. Representantes das empresas envolvidas na produção de espumas de isolamento térmico com ciclopentano já afirmaram que se trata da "maior e mais rápida mudança tecnológica nos últimos 25 anos" na indústria do poliuretano. A Liebherr, fabricante alemã de geladeiras, está entre as primeiras empresas que adotaram o ciclopentano na fabricação de espumas. Essa empresa levou apenas um fim de semana para converter todas as suas fábricas da Alemanha e da Áustria. Todos os outros fabricantes da Europa estão fazendo o mesmo. O interesse por essa tecnologia na Itália, Espanha, Dinamarca e na parte oriental da Europa é bastante grande. Em todo o mundo, as indústrias dependem, em maior ou menor grau, de suas exportações para o mercado europeu, fortemente influenciado pelas preocupações ambientais. Geladeiras e consumo de energia
  • 4. A geladeira é um dos maiores consumidores de energia em uma residência. Embora não represente a principal carga elétrica instalada, é um equipamento que consome energia elétrica de forma intermitente 24 horas por dia. As geladeiras verdes têm grande eficiência energética, podendo inclusive reduzir o consumo de energia. Os custos de operação das geladeiras à base de hidrocarbonetos são muito mais baixos do que o das geladeiras que destroem a camada de ozônio. O modelo KDR 3700 de 364 litros da Bosch-Siemens, de uma única temperatura, por exemplo, consome 0,35 kWh/24h - índice muito inferior ao dos modelos equivalentes disponíveis no nosso mercado. Os hidrocarbonetos são fluidos de refrigeração intrinsecamente mais eficientes que os HFCs. Isto significa que, com melhorias tecnológicas, as possibilidades de futuras reduções no consumo de energia das geladeiras é muito maior com o uso dos hidrocarbonetos do que com o uso dos HFCs. Para um país como o Brasil, em que o número de equipamentos domésticos por habitante ainda é muito pequeno, a escolha de linhas tecnológicas mais econômicas no consumo de energia, com preservação do meio ambiente global é, sem dúvida, a escolha certa. Além de ser mais barata na operação, a geladeira verde também será mais barata no momento da compra. Recente levantamento feito pela Greenpeace nas grandes lojas de revenda da Europa mostrou que as geladeiras verdes são hoje, em média, de 2% a 5% mais caras que as geladeiras equivalentes à base de HFCs. Esta situação fatalmente será revertida com o crescimento que as geladeiras verdes vêm apresentando no mercado europeu, onde já representam um quinto do total das geladeiras produzidas. A história da geladeira verde A primeira geladeira verde foi produzida no início de 1992 pela DKK Scharfenstein, indústria da antiga Alemanha Oriental conhecida pela marca Foron. Com a ajuda da Greenpeace, esta indústria uniu-se aos cientistas do Instituto de Higiene de Dortmund para desenvolver a nova geladeira. Houve intensa oposição da indústria química e de outros fabricantes de geladeiras. Dr. Rosin, do Instituto Dortmund, lembra-se: "De repente nós percebemos que havíamos contrariado um gigantesco lobby industrial, que já havia decidido que os HFCs seriam os novos fluidos no mundo da refrigeração e que estavam pretendendo fazer muito dinheiro com isso". Em julho de 1992, a DKK Scharfenstein decidiu lançar um modelo comercial. A Greenpeace ajudou a garantir os pedidos de consumidores e varejistas preocupados com o meio ambiente. Os pedidos de dezenas de milhares de pessoas em apenas algumas semanas salvaram a empresa, que estava ameaçada de falência, e garantiu os empregos de seus funcionários.
  • 5. A geladeira verde da Foron rapidamente ganhou prestígio junto aos ministros ambientalistas e recebeu o prêmio Blue Angel. Pela primeira vez uma geladeira ganhou esse selo de aprovação ambiental. A produção em larga escala começou em março de 1993. A empresa produziu 160.000 unidades naquele ano e pretendia produzir 300.000 unidades no ano de 1994. A Foron projetou receitas para 1994 de 250 milhões de marcos alemães, contra uma receita de 100 milhões de marcos alemães em 1993. O sucesso da Foron fez com que seus concorrentes mudassem radicalmente suas estratégias. Em fevereiro de 1993, a Bosch-Siemens e a Liebherr anunciaram seus planos de produzir geladeiras à base de hidrocarbonetos. A nova tecnologia - que marginaliza os HCFCs e HFCs - foi uma mudança revolucionária para a indústria de refrigeração. A Bosch revela: "Agora conseguimos, em definitivo, um aparelho completamente isento de CFCs e HCFCs". A Siemens refere-se aos hidrocarbonetos como o "achado do século", acrescentando: "Usaremos essa tecnologia pioneira em todos os modelos possíveis". Promovendo a tecnologia em todo mundo. A Greenpeace está agora divulgando a tecnologia de refrigeração à base de hidrocarbonetos pelo mundo todo, da América Latina à China, para aumentar seu rápido sucesso. A Greenpeace está trabalhando para mudar as orientações atuais das empresas, dos governos e das instituições internacionais como o Banco Mundial e os programas da Organização das Nações Unidas. Este esforço internacional começa a ter sucesso. Após demonstrações da Greenpeace em Copenhague e Amsterdam, as geladeiras à base de hidrocarbonetos tiveram sua vendagem consolidada no mercado europeu. A Bosch-Siemens anunciou no início de fevereiro de 1994 que até o final daquele ano 85% das geladeiras por ela produzidas seriam da família de geladeiras verdes. Essa declaração da Bosch-Siemens foi seguida por outras de mesmo teor da AEG e da Electrolux. Os ministros do Meio Ambiente da Inglaterra, da Dinamarca e da Holanda deram seu apoio à geladeira verde e, atualmente, todos têm seu próprio refrigerador à base de hidrocarboneto. Os países asiáticos também estão interessados. Uma apresentação da Greenpeace em Tóquio, em abril de 1993, atraiu mais de 600 representantes das indústrias japonesa e coreana. Em abril de 1993, a Greenpeace fez também a primeira apresentação da geladeira verde na China, reunindo-se com representantes do governo e da indústria que controlam o mercado chinês. A Greenpeace voltou à China em novembro e a colaboração continuou, com vistas à implantação de uma primeira fábrica desses refrigeradores naquele imenso país. O melhor desta tecnologia é que os gases usados não podem ser patenteados. Eles são baratos e qualquer país, rico
  • 6. ou pobre, pode usá-los sem precisar pagar licença ou royalties. Apesar de todos esses avanços, interesses escusos ainda estão promovendo o uso dos HFCs e HCFCs na refrigeração doméstica. Por seu lado, a Greenpeace continua lutando por uma mudança rápida e real. Alguns produtores europeus de geladeiras, no entanto, continuam ignorando os avanços tecnológicos. É o caso das empresas inglesas Hotpoint e Lec, que vendem geladeiras à base de HFCs e HCFCs. Essas empresas têm ignorado inclusive os avisos do governo do Reino Unido. Em maio de 1993, o Ministério do Meio Ambiente lançou um desafio no Parlamento, conclamando as indústrias inglesas a "reconhecer a ameaça" tecnológica que vinha da Alemanha e a "derrubar nossos competidores" adotando a geladeira a hidrocarbonetos. Em vão. O governo inglês não pôde contar com seu próprio mercado quando decidiu fazer algumas compras de produtos ambientalmente adequados. As autoridades inglesas foram então obrigadas a comprar 20 geladeiras verdes da companhia alemã Liebherr. O então ministro inglês do Meio Ambiente, Tim Yeo, chamou a imprensa para divulgar o seu desagrado pelo fato de as empresas inglesas não serem capazes de fornecer uma geladeira inofensiva ao ozônio para seu próprio gabinete. "É essencial que os usuários de CFCs e HCFCs apressem-se em encontrar substitutos, se não quiserem ficar para trás de seus concorrentes", disse o ministro. Ao mesmo tempo, um abaixo-assinado promovido pela Greenpeace na Inglaterra, que contou com mais de 180.000 assinaturas, pedia às lojas que fizessem estoques de geladeiras verdes alemãs. O mesmo abaixo-assinado pedia aos fabricantes ingleses que iniciassem a produção das geladeiras verdes. Hoje, estas geladeiras já estão à venda no mercado inglês, porém não são de fabricação inglesa. Os fabricantes alemães, Bosch-Siemens e Liebherr, estão divulgando amplamente seus produtos, que não agridem o meio ambiente, e ganhando novos mercados por todo o Reino Unido. Protegendo a camada de ozônio com a geladeira verde. Rio de Janeiro, Greenpeace, s.d.