2. O que é FOGO?
Desenvolvimento simultâneo de calor e luz, que é produto da
combustão de materiais inflamáveis.
É a reação química entre o combustível e oxigênio do ar
(comburente), face a uma fonte de calor.
Triângulo da Combustão“- para que haja fogo é necessário que
existam três elementos essenciais da combustão,
- Combustível
- Calor
- Oxigênio comburente
Se suprimirmos desse triângulo, um dos seus lados, eliminaremos
o fogo.
Três formas de eliminar o fogo:
De 0 a 8% de O2 não ocorre
a) Resfriamento: Quando se retira o calor;
De 8 a 13% de O2 lenta
b) Abafamento: Quando se retira o comburente;
De 13 a 21% de O2 viva
c) Isolamento: Quando se retira o combustível.
3. Classes de Incêndio
Classe A
Compreende os incêndios em corpos de fácil
combustão, com a propriedade de queimarem
em sua superfície e profundidade, e que deixam
resíduos, como: tecidos, papel, madeira, fibras,
etc. Necessitam para a sua extinção, o efeito de
resfriamento: a água ou solução que a contenha
em grande porcentagem.
4. Classes de Incêndio
Classe B
São os incêndios em materiais inflamáveis, ou
seja, produtos que queimam somente em sua
superfície, não deixando resíduos, como os
líquidos petrolíferos e outros líquidos
inflamáveis (óleo, graxas, tintas, vernizes, etc.).
Para sua extinção, usa-se o sistema de
abafamento (extintor de espuma).
5. Classes de Incêndio
Classe C
Compreende os incêndios em equipamentos
elétricos que oferecem riscos ao operador, como
motores, transformadores, quadros de
distribuição, fios, etc. Exige-se, para a sua
extinção, um meio não condutor de energia
elétrica (extintor de CO2).
6. Classes de Incêndio
Classe D
Compreende os incêndios ocasionados por
elementos pirofosfóricos, como magnésio,
zircônio, titânio, dentre outros.
7. EQUIPAMENTO PARA CONTROLAR INCÊNDIO
•Ter a disposição extintores de incêndio para produtos químicos
(extintores PQS de pó), eletricidade (extintores a gás CO2) e para
papéis (extintores de água comprimida).
•Instituições que utilizam muito equipamento elétrico deve-se ter maior
número de extintores para eletricidade enquanto em instituições que
contenham muitos produtos químicos deve haver muitos extintores
PQS. Os dois podem ser utilizado em ambos os casos mas com menos
eficiência.
•Os extintores com a carga válida e a disposição no corredor acessível
a todos. Em locais com maior periculosidade que haja uma extintor a
cada 10m, e dentro de laboratórios que contenham muitos solventes ou
equipamentos elétricos.
•Deve haver a disposição mangueiras com seus respectivos engates,
testadas periodicamente.
•Brigada de incêndio.
8. Mangueiras
Abra a "caixa de incêndio".
• •
Segure o "bico" (esguicho) da mangueira
retirando-o da "caixa de incêndio".
Abra então o registro.
Após esticar bem a mangueira, dirija o jato
de água para a base do fogo.
9. Extintor de Água (H2O)
A água é o agente extintor de uso mais comum e é um
extintor muito usado por ser encontrado em abundância.
Age por resfriamento, quando aplicada sob a forma de
jato sólido, neblina nos incêndios de Classe A ou vapor, é
difícil extinguir o fogo em líquidos inflamáveis com água por
ser ela mais pesada que eles. É boa condutora de energia
elétrica, o que a torna extremamente perigosa nos
incêndios de Classe C.
Tem capacidade variável entre 10 e 18 litros.
10. Retirar o pino de segurança.
Empurrar a mangueira e
apertar o gatilho, dirigindo o jato
para a base do fogo. Só usar
em madeira, papel, fibras,
plásticos e similares.
Não usar em equipamento
elétrico
11. Extintor de Espuma (ES)
Existem dois tipos:.
• Espuma química (formada por bolhas e CO2)é produzida
juntando-se soluções aquosas de sulfato de alumínio e
bicarbonato de sódio (com alcaçuz, como estabilizador).
Sua razão média de expansão é de 1:10.
• Espuma mecânica (formada por bolhas de ar) é produzida
pelo batimento mecânico de água com extrato proteínico.
Sua razão de expansão é de 1:6. A espuma mecânica de alta
expansão chega a 1:1000.
Agente extintor empregado no combate a incêndio da classe
"B" (líquidos inflamáveis).
Deve ser aplicada contra um anteparo - cobrir lentamente a
superfície da área incendiada.
Tanto a espuma química como a mecânica têm dupla ação. Agem
por resfriamento, devido a água e por abafamento, devido
a própria espuma. Portanto, são úteis nos incêndios de Classe
A e B.
A espuma é condutora de eletricidade.
Também não é considerada agente adequado para incêndios
que envolvam gases de petróleo.
12. Inverter o aparelho; o jato
disparará automaticamente e
só cessará quando a carga
estiver esgotada.
Não usar em equipamentos
elétricos.
13. Extintor de Gás (CO2)
Gás insípido, inodoro, incolor, inerte e não condutor de eletricidade.
Pesa cerca de 1,5 vezes mais do que o ar atmosférico e é
armazenado, sob a pressão de 850 libras, em tubos de aço. As
unidades de tipo maior de 60 a 150 Kg devem ser montadas sobre
rodas.
É o agente extintor mais indicado para dar combate a incêndio em
equipamentos elétricos energizados. Sendo um gás inerte, não é
inflamável, nem bom condutor de eletricidade. É eficiente também
nos incêndios de Classes B. Não dá bons resultados nos de Classe A.
O gás carbônico, como agente extintor, tem, poucas restrições, não
devendo ser utilizado sobre superfícies quentes e brasas, materiais
contendo oxigênio e metais pirofosfóricos.
Quando aplicado sobre os incêndios, age por abafamento,
suprimindo e isolando o oxigênio do ar.
14. Retirar o pino de segurança
quebrando o lacre. Acionar a
válvula dirigindo o jato para a
base do fogo. Pode ser usado
em qualquer tipo de incêndio.
15. Extintor de Pó Químico Seco (Pó)
O pó químico comum é fabricado com 95% de bicarbonato de sódio,
micropulverizado e 5% de estearato de potássio, de magnésio e outros,
para melhorar sua fluidez e torná-lo repelente à umidade e ao
empedramento.
Age por abafamento e, segundo teorias mais modernas, age por
interrupção da reação em cadeia de combustão, motivo pelo qual é o
agente mais eficiente para incêndios de Classe B.
Os produtos químicos secos são agentes extintores indicados para dar
combate eficiente a incêndios que envolvam líquidos inflamáveis.
Podem ser utilizados naqueles ocorridos em equipamentos elétricos
energizados (fogo de Classe C), pois são maus condutores de
eletricidade. Contudo, deve-se evitá-lo em equipamentos eletrônicos
onde, aliás, o CO2 é mais indicado. Não dá bons resultados nos
incêndios de Classe A.
O efeito do agente químico seco não é prolongado, caso exista no local
fonte de reignição, como, por exemplo, superfícies metálicas
aquecidas, o incêndio poderá ser reativado.
Não deve ser usado em painéis de relés e contatos elétricos, como
centrais telefônicas, computadores, etc.
16. - Retiraro pino de segurança.
- Empunhar a pistola difusora.
- Atacar o fogo acionando o
gatilho.
- Pode ser usado em qualquer tipo
de incêndio.
*Utilizar o pó químico em
materiais eletrônicos, somente em
último caso
17.
Só devem ser utilizados extintores de incêndio que obedeçam às
normas brasileiras ou regulamentos técnicos do Instituto Nacional
de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial - INMETRO.
Cada extintor deve ser inspecionado visualmente a cada mês,
examinando-se o aspecto externo, lacres, manômetros quando for
do tipo pressurizado e verificando se o bico e as válvulas de alívio
não estão entupidos.
Devem possuir uma etiqueta de identificação presa ao seu corpo,
com data em que foi carregado, data para recarga e número de
identificação. Esta etiqueta deve ser protegida a fim de evitar que
seus dados se danifiquem.
Os cilindros dos extintores de pressão injetada devem ser pesados
semestralmente. Se a perda de peso for além de 10% do peso
original, deverá ser providenciada a sua recarga.
O extintor de espuma deve ser recarregado anualmente.
18. Os extintores devem ser colocados em locais de fácil
visualização, de fácil acesso e onde haja menos probabilidade
do fogo bloquear o seu acesso.
Os locais destinados aos extintores devem ser assinalados por
um círculo vermelho ou por uma seta larga, vermelha com
bordas amarelas. O local no piso onde está localizado o extintor
deve ser pintado de vermelho, não podendo ser obstruído de
forma nenhuma. Esta área deve ter no mínimo 1,0 metro x 1,0
metro.
Não devem ter sua parte superior a mais de 1,60 metros acima
do piso e nem podem estar localizados nas paredes de escadas.
Iremos lhe fornecer informações de como utilizar corretamente
os extintores de incêndio e em quais "tipos" de incêndio
determinado extintor poderá ser utilizado.
19. CUIDADOS PARA EVITAR INCÊNDIOS
•Bom estado dos quadros e da rede elétrica
•Uso adequado das tomadas conforme recomendações
•Bujões de gás devem ser armazenados em local bem ventilado fora do prédio.
Tolera-se o uso de bujões de até 13 kg no prédio em áreas seguras.
•Cuidado em não armazenar solventes químicos próximos a fornos, estufas e
locais aquecidos.
•Presença de vigilantes, câmeras de vigilância ou preferencialmente sensores
de incêndio e/ou instalações de “sprinkler” em todos os corredores.
•Os laboratórios devem ser fechados adequadamente, porém, permitindo o
acesso em casos de emergência, visto que o incêndio se alastra e pode
ameaçar a Instituição.
20. COMO PROCEDER EM CASO DE INCÊNDIO
1)Informar os laboratórios vizinhos que, por sua vez, devem chamar a brigada
de incêndio.
2) Desligar as chaves elétricas do laboratório. É da responsabilidade de cada
chefe de laboratório conhecer o armário e os disjuntores de suas
instalações.
3) Procure controlar as chamas com o extintor de incêndio adequado:
pressão de água --papel
CO2 ----------------- eletricidade ( pode ser utilizado c/ menor eficiência para
material químico).
PQS ------------ material inflamável (pode ser utilizado c/ eficiência
p/eletricidade).
Lembramos que :
4) Fechar e remover o bujão de gás, quando possível.
5) Remover todos os produtos inflamáveis, quando possível.
6) Fechar janelas e portas, quando possível.
ATENÇÃO : Vapores podem ser a fonte de explosões e incêndios. Por
exemplo, éter, utilizado para anestesiar e sacrificar animais, liberam vapores
potencialmente explosivos. Em laboratórios que costumam guardar carcaças de
animais em formol na geladeira, muitas explosões ocorrem por faíscas geradas
dentro da geladeira fechada :
21. Manual de Normas e Condutas em Bio-Segurança
a) A fumaça inalada pode causar problemas graves e até fatais.
b)Produtos de laboratório são em muitos casos, inflamáveis e/ou explosivos.
Eles podem agravar um incêndio de origem elétrica, tanto ao espalhar as
chamas quanto ao provocar ferimentos por estilhaços.
c)Incêndios podem ser gerados através de uso inadequado de produtos
químicos. Por exemplo, o calor quando em certas reações químicas
(neutralização de ácidos fortes X bases fortes) pode ser suficiente para
provocar incêndio ou explosão num estoque de inflamáveis. Isto pode
acontecer, por exemplo, quando um só incêndio poderá provocar muitos
incêndios, com produtos inflamáveis , onde frascos se quebram acidentalmente.
Recomenda-se que sejam separados na estocagem.