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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

   ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA

      DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO ANIMAL




MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO
             DE CORTE



    PROF. ADELMO FERREIRA DE SANTANA


            SALVADOR – BAHIA

                   2004
2
                MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE




                                             SUMÁRIO




Manejo sanitário de caprino e ovino de corte................................................. 3
1. Intrdução....................................................................................... 3
2. Higiene das instalações ................................................................... 3
3. Separação dos animais jovens ......................................................... 3
4. Isolamento dos animais doentes.......................................................           4
5. Vacinação...................................................................................... 4
6. Vermifugação................................................................................. 4
7. Principais doenças .......................................................................... 6
7.1 Bacterioses ................................................................................. 6
7.2 Viroses ....................................................................................... 10
7.3 Protozooses ................................................................................ 11
7.4 Artropodoses .............................................................................. 12
7.5 Verminoses.................................................................................. 15
7.6 Doenças nutricionais ou metabólicas............................................... 15
7.7 Intoxicação por plantas................................................................. 17

8.    Referências bibliográficas                                                                   18




                           Adelmo Ferreira de Santana
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             MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE




MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO


1. INTRODUÇÃO

     A importância da saúde do rebanho relaciona-se à produção,
pois é preciso que os animais estejam sadios para que possam
expressar todo seu potencial genético e responder às técnicas de
manejo utilizadas, e neste caso, nas espécies caprina e ovina as
doenças parasitárias assumem especial destaque.


2. HIGIENE DAS INSTALAÇÕES


     A higiene das instalações é importante sob o ponto de
vista   sanitário,   pois,   evita a     disseminação de doenças no
rebanho.    Deve-se    raspar     e   varrer      as   fezes   dos   animais
periodicamente, do piso do aprisco e currais para impedir a
propagação    de     doenças.    Convém-se         prestar     atenção   para
limpeza de bebedouros, saleiros e comedouros.


3.   SEPARAÇÃO DOS ANIMAIS JOVENS


     Os animais jovens devem ser mantidos separados dos
animais adultos, considerando-se que os primeiros são mais
sensíveis às doenças, enquanto os últimos são mais resistentes,




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            MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE

e pode ocorrer caso em que os adultos, aparentemente sadios,
funcionem como agentes disseminadores das doenças.


4. ISOLAMENTO DOS ANIMAIS DOENTES


   Em caso de animais acometidos por doenças infecto-
contagiosas deve-se fazer o isolamento dos animais. Para isto é
conveniente ter uma instalação apropriada para colocar os
animais doentes durante o processo de tratamento até a cura
total dos mesmos.


5. VACINAÇÃO


   Poucas são as doenças que acometem os caprinos e ovinos
que podem ser controladas com o uso de vacinas, entre elas a
Raiva,   Linfadenite Caseosa e Enterotoxemia são as que mais
merecem ser destacadas. A Raiva e a Enterotoxemia são
controladas por vacina aplicada anualmente. A Linfadenite deve
ser utilizada a cada ano, podendo ser vacinados animais a partir
de dois meses de idade.


6. VERMIFUGAÇÃO


   A incidência de verminose é comum em caprinos. Os animais
doentes ficam fracos, apresentam diarréia, perdem o apetite e



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             MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE

ficam com os pelos arrepiados e sem brilho. Os prejuízos
observados     são:     diminuição       de        fertilidade,    crescimento
retardado,   queda      da    produção        de     leite   e    aumento   da
mortalidade, especialmente em animais jovens. O controle das
verminoses deverá ser feito através de vermifugação a cada
quatro meses, iniciando-se com cabritos aos 30 a 35 dias de
nascidos. Recomenda-se a troca do vermífugo a cada três
aplicações, podendo ser usado os seguintes produtos: Ripercol,
Panacur, Ivomec, Albendozole e etc. Deve-se proceder três
vermifugações a cada ano seguindo o esquema a baixo:


  • Primeira vermifugação - no início do período chuvoso (mês
    de novembro).


  • Segunda vermifugação - no final do período chuvoso (mês
    de abril).


  • Terceira vermifugação - no meio do período seco (mês de
    agosto).




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            MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE




7. PRINCIPAIS DOENÇAS


    O criador deve estar atento às alterações no criatório, pois
muitas vezes, só após consideráveis perdas, são adotadas certas
medidas, sempre de custos elevados devido a compras de
medicamentos.


7.1 Bacterioses


      • Linfadenite Caseosa


    Abscessos de caprinos e ovinos caracterizam-se por necrose
caseosa, principalmente dos gânglios linfáticos superficiais; daí a
sinonímia: linfadenite caseosa e mal do caroço. A doença assume
grande importância pelos prejuízos econômicos decorrentes de
queda na produtividade, morte de animais e condenação de
carcaças no abatedouro. A infecção ocorre através da pele,


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            MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE

umbigo, feridas de castração e outras, pelo contato com a
secreção de linfonodos rompidos a partir da pele, ocorre
disseminação para os linfonodos, onde há multiplicação e
acúmulo de bactérias. A bactéria pode atingir e se instalar em
outros órgãos.
    A doença é geralmente de caráter crônico, contagioso,
podendo resultar em morte. Para melhor              controle, os animais
clinicamente afetados devem ser observados antes da supuração
e aplicado diretamente no caroço solução de álcool iodado. Na
prevenção, evita-se a entrada em rebanhos livres de animais
clinicamente afetados e a vacinação de todo rebanho inclusive
os jovens a partir de dois meses de idade.


      • Salmonelose


     Em    caprinos     jovens,      são        capazes   de   provocar
gastroenterite, com febre e severa diarréia. A doença em adultos
pode surgir com a introdução de novos animais no rebanho,
“stress” devido a exposição ou transporte. É responsável por
abortos. O diagnóstico diferencial de outras doenças é feito por
isolamento do agente.         As principais drogas utilizadas no
tratamento são: penicilina, estreptomicina, tetraciclina e etc.




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               MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE

      • Colibacilose


     Afeta principalmente os jovens e aumenta de importância
quando se confinam os animais. A infecção se dá pelas vias oral
e umbilical. A doença manifesta-se por diarréia, desidratação,
coma e morte. Às vezes ocorre de forma superaguda, com morte
dentro de poucos dias. Em cursos mais prolongados, ocorre a
forma entérica, com diarréia. A forma crônica resulta geralmente
em artrite.
     Assegurar a ingestão de colostro logo após o nascimento é
o mais importante no controle. A cura de umbigo feita logo após
o nascimento, introduzindo-o em vidro de boca larga contendo
tintura   de     iodo,    é    outro     fator     imprescindível.   Evitar
superpopulação e procurar dividir os animais em grupos por
idades; limpar regularmente as instalações; constituir os cochos
e bebedouros de forma a minimizar o perigo de contaminação
fecal, mantê-los limpos e desinfetá-los constituem práticas que
reduzem o risco de ocorrência não só da colibacilose mas de
muitas outras doenças.


      • Enterotoxemia


    É causada por uma bactéria que habita normalmente o trato
digestivo dos ruminantes e, sob dadas condições, ainda não bem




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             MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE

conhecidas, prolifera rapidamente e produz grandes quantidades
de toxinas, que são absorvidas.
    Os fatores predisponentes podem ser apontados como
sendo: troca súbita de alimentos, ingestão de grande quantidade
de forrageiras muito palatáveis ou ingestão de alimento fibroso,
deficiência de cálcio e outros elementos podem funcionar como
coadjuvantes.    Os      sintomas      constituem-se     de    depressão,
incoordenação, andar vacilante, prostração e morte. às vezes
ocorre somente diarréia.


      • Conjuntivite


    É uma doença que acomete a conjuntiva dos olhos dos
animais, podendo causar cequeira, sendo altamente contagiosa
acometendo       um           grande       número   de        animais   e,
conseqüentemente, prejuísos elevados. O tratamento é feito com
o uso de Terra-cortril, Quemisulfan e Solução de nitrato de prata
a   4 %         etc. Os animais doentes devem ser tratados
isoladamente, para evitar a contaminação do resto do rebanho.




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                 MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE

7.2 Viroses


        • Ectima contagioso ou boqueira


    A doença é altamente infecciosa e caracteriza-se por lesões
pruriginosas pustulares e formação de crostas nas narinas e na
boca dos animais. Lesões no úbere também podem ocorrer,
predispondo à mamite. A doença afeta caprinos e ovinos,
causando prejuízos econômicos. As crias geralmente adquirem a
doença    do     úbere     das    cabras.      O   aparecimento    de   surtos
geralmente é resultado da introdução de novos animais ou de
exposições agropecuárias. Após um surto, o material proveniente
das lesões pode permanecer infectante por muitos anos no
ambiente. No início de um surto, os animais doentes devem ser
isolados e tratados.


        • Raiva


    A    raiva     dos    herbívoros       é   transmitida   por   morcegos
hematófagos, que funcionam como reservatórios naturais do
vírus. A sintomatologia não difere muito daquela observada na
espécie bovina. Seguindo um período de excitabilidade de
duração    e      intensidade      variáveis,      ocorrem   fenômenos     de
paralisias que dificultam a deglutição e provocam incoordenações
das extremidades. Os animais morrem dentro de poucos dias. A



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            MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE

vacinação é aconselhada em caso de morte de animais, num raio
de 15 km de distância do local.


7.3 Protozooses


      • Eimeriose


     Também       conhecida         por    coccidiose.       Assume         maior
importância à medida que os animais são confinados. Afeta
principalmente    animais        jovens.    A       Eimeriose     provoca     alta
morbidade em animais com menos de seis meses de idade.
Diarréia, anemia, desidratação, emaciação e inapetência são
comuns.    Pode        ocorrer     infecção         secundária,    levando      à
pneumonia. Há comprometimento permanente da capacidade de
absorção intestinal, com atraso no desenvolvimento e queda de
produtividade. A prevenção consiste em evitar superpopulação,
contaminação      de     comedouros        e    bebedouros         com      fezes,
drenagem de áreas alagadas, onde os animais tenham acesso, e
higienização.


      • Toxoplasmose


     A toxoplasmose é uma zoonose que afeta animais silvestres
e domésticos e dentre estes os herbívoros são particularmente
importantes, já que se contaminam pelos oocistos eliminados no



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            MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE

solo e pastagens pelos felídeos. A transmissão da toxoplasmose
dá-se principalmente de três formas: transplacentária, por
ingestão   de   carne   e   leite   e   por      contaminação   fecal.   A
toxoplasmose pode ser responsável por abortos. Os fetos podem
se apresentar mumificados ou macerados e serem eliminados
sob a forma de restos não identificáveis, ou não serem
eliminados. Os ciclos estrais de algumas fêmeas, às vezes,
mostram-se anormais devido à reabsorção embrionária.
     A prevenção se faz eliminando a fonte de infecção, ou seja,
afastando os gatos e outros felinos do convívio com os caprinos.
A prevenção humana baseia-se no controle da infecção animal,
cuidados básicos de higiene, evitando a ingestão de oocistos e
processamento adequado de carnes e leite para o consumo.


7.4 Artropodoses


      • Sarna auricular


    A doença    inicia-se na face interna do pavilhão e progride
para o bordo da orelha. Observa-se formação de crostas, sob as
quais se encontra o parasito em todos os estádios evolutivos,
desde ovo até adulto. Como decorrência desta parasitose,
observa-se queda no desempenho produtivo dos animais, devido
ao intenso prurido que os deixa abatidos e inapetentes, podendo
levá-los à morte.



                    Adelmo Ferreira de Santana
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               MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE

    Na profilaxia da doença, animais a serem introduzidos no
rebanho devem ser examinados clinicamente. O controle é feito
com inspeção periódica dos animais. Animais afetados devem ser
tratados com remoção das crostas, limpeza da área e uso tópico
de inseticidas, repelentes e cicatrizantes.


      • Sarna demodécica


    Também conhecida          por “bexiga”. A doença se caracteriza
pelo surgimento de nódulos na pele, que varia de 0,2 a 1,8 cm
de diâmetro e se localizam principalmente nas regiões cervical,
peitoral   e   torácica.   Estes     nódulos,      ao    serem    abertos   e
comprimidos, mostram um conteúdo purulento.                      Os prejuízos
econômicos da afecção decorrem principalmente dos danos na
pele, causados pelas lesões. O tratamento pode ser feito com
Ivomec injetável. Na profilaxia, evita-se a entrada de animais
afetados no rebanho.


      • Infestação por piolhos


    Também       denominada        pediculose.      Os    piolhos    causam
irritação aos animais, levando-os a se coçarem, roçarem nas
cercas e troncos de árvores, o que pode ocasionar a escarificação
da pele e conseqüente invasão bacteriana. A conseqüência
desses efeitos é a queda de produtividade dos animais. Na



                      Adelmo Ferreira de Santana
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              MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE

prevenção, animais a serem introduzidos em rebanhos livres são
inspecionados e, se afetados, tratados. No estabelecimento de
um controle, todos os animais devem ser examinados e, se
necessário,      tratados.   Recomenda-se         o   tratamento     com
inseticidas. Tanidil em pó é excelente no combate dos piolhos.


       • Miíase ou bicheira


    Também conhecida por bicheira, é causada por larvas de
moscas conhecidas vulgarmente como varejeiras. São moscas de
coloração metálica azul-esverdeada. A mosca se instala em
feridas recentes na pele do animal. geralmente decorrentes de
umbigo mal tratado, castração e outros ferimentos.             Causam
irritação   ao    animal,    com      emagrecimento      e   queda    no
desempenho. Provocam cicatrizes na pele, com prejuízos devido
à desvalorização pela indústria coureira. Previne-se a instalação
de miíase tratando adequadamente as feridas. Se já instalada,
deve-se remover larvas, limpar o local e aplicar inseticida,
repelentes e cicatrizantes.




                     Adelmo Ferreira de Santana
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             MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE

7.5 Verminose


       • Verminose


     A ação dos parasitas ou vermes gastrintestinais decorre em
má    digestão   e   absorção     dos    alimentos,   baixa   conversão
alimentar, retardo do crescimento, diarréia, mucosas pálidas,
pelos arrepiados, perda de peso, distensão abdominal, edema
submandibular, prostração e as vezes morte. A atenção especial
deve ser dispensada ao trato do esterco, que pode atuar como
reservatório de larvas.


7.6 Doenças nutricionais e metabólicas


       • Urolitíase


      Segundo a literatura, alguns fatores podem ser apontados
como responsáveis pelo aumento da incidência de cálculo renal
em caprinos e ovinos. Dentre eles destacam-se: dieta com alto
nível de fósforo e baixo em cálcio (inclusive relacionado ao uso
de dieta rica em grãos): presença sílica na ração; uso de
bicarbonato de sódio adicionado ao concentrado; e ingestão de
pequenas quantidades de água. Elevado nível de fósforo na
urina, acompanhado por concomitante decréscimo no nível




                     Adelmo Ferreira de Santana
16
              MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE

urinário de cálcio ou magnésio, ou ambos, têm sido associados à
urolitíase fosfática por diversos setores.
     A síndrome inclui espádua encurvada, membros posteriores
rígidos e evidência de dor quando o animal se movimenta.
Ocorrem complicações quando há obstrução da uretra, incluindo
ruptura de bexiga ou uretra, uremia e morte. No controle,
carbonato de cálcio, cloreto de cálcio e cloreto de amônio têm
sido usados com sucesso em ovinos e caprinos.


      • Hipoglicemia


     Também conhecida por toxemia da gestação, acetonemia
ou cetose. É causada por deficiência no metabolismo de
carboidratos no final da gestação ou início da lactação. Afeta
geralmente os animais mais produtores do rebanho, pois estes
desprendem maior quantidade de suas reservas de glicose e
glicogênio.
     Os sintomas se constituem de depressão, andar vacilante,
odor de cetona no ar exalado à respiração, na urina e no leite. A
prevenção é feita mantendo-se níveis adequados de energia na
alimentação    das   matrizes      no   terço     final   da   gestação.   O
tratamento consiste na administração endovenosa de 50 a 150
ml de solução de dextrose a 50 %.




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            MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE

      • Hipocalcemia


     Também conhecida como febre do leite ou paresia pós-
parto. Atinge fêmeas recém-paridas com alta produção de leite,
que perdem grande quantidade de cálcio na gestação e lactação.
Os   animais   afetados      mostram-se          com   andar    vacilante,
constipação, decúbito esternal, coma e morte. A prevenção é
feito com o uso de rações balanceadas para cálcio e fósforo,
durante   todas     as   fases     de     produção.     No     tratamento
administram-se 50 a 100 ml de solução de gluconato de cálcio
20 a 30 %, via endovenosa.


7.7 Intoxicação por plantas


     Em   relação    as plantas tóxicas          para caprinos e ovinos
podemos citar o canudo, salsa, batatão etc. Devemos lembrar
que estas plantas apenas são consumidas, principalmente,
quando há escassez de alimentos. Quando existe bastante
forragens a ingestão é limitada ou quase nula, pois, as mesmas
apresentam palatibilidade      muito baixa.




                    Adelmo Ferreira de Santana
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              MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


BLOOD, D. C.; HENDERSON, J. A.; RADOSTITS, D. M. Clínica Veterinária.
   5 ed., Guanabara: Kogan, 1983. 1122 p.


GIRÃO, E. S.; RIBEIRO, R, N. M.; MEDEIROS, L. P. Controle de verminose
   em caprinos- resultados parciais em teste alternativos. In: SEMINÁRIO
   DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO PIAUÍ, 6, 1990. Teresina. Anais...
   Teresina: EMBRAPA-UEPAE de Teresina, 1992, p.346-351


HAENLEIN,      G.F.W.     Dairy      goats        management.   J.    Dairy
   Sci.Champaign, 61:1011-22, 1978.


LEAL, T. M. Mastite caprina na microrregião de Teresina, PI. In: SEMINÁRIO
   DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO PIAUÍ, 6, 1990. Teresina. Anais...
   Teresina: EMBRAPA-UEPAE de Teresina, 1992, p.402-407.


RIERA, G.S., SIMPLÍCIO, A.A., FIGUEIREDO, E.A.P. Fatores que afetam a
   mortalidade de cabritos em função da época de nascimento.         Sobral,
   Embrapa-CNPC, 1980. 5p.


SANTANA, A. F. de. Prevenção e tratamento de doenças de caprinos
     e ovinos. Mimiografado. Salvador. 1988, 8p.


SANTA ROSA, J. Doenças bacterianas, rickettisiasis e v´riricas em caprinos e
   ovinos (diagnóstico e terapêutico) In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE
   BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 28., 1991, João Pessoa, PB. Curso de
   atualização em caprinocultura e ovinocultura. João Pessoa: SBZ,
   1991. p.37-70.




                     Adelmo Ferreira de Santana
19
               MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE

SELAIVE, A. Programa de aborto em cabras. In: SEMANA BRASILEIRA DO
   CAPRINO, 1.      Sobral,     1977.   Anais... Sobral. Embrapa/CNPC, 1978.
   p.99-110.


SILVA, M. U. D.; SILVA, A. E. D. F. Doenças mais freqüentes observadas nos
   caprinos    do   Nordeste.    Sobral,   CE:   EMBRAPA-CNPC,   1987.   33p.
   ( EMBRAPA – CNPC. Documentos, 3 ).


VIEIRA, L. da S. Epidemiologia e cxontrole das principais endoparasitoses de
   caprinos e ovinos In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE
   ZOOTECNIA, 28., 1991, João Pessoa, PB. Curso de atualização em
   caprinocultura e ovinocultura. João Pessoa: SBZ, 1991. p.27-36.




                       Adelmo Ferreira de Santana

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  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO ANIMAL MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE PROF. ADELMO FERREIRA DE SANTANA SALVADOR – BAHIA 2004
  • 2. 2 MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE SUMÁRIO Manejo sanitário de caprino e ovino de corte................................................. 3 1. Intrdução....................................................................................... 3 2. Higiene das instalações ................................................................... 3 3. Separação dos animais jovens ......................................................... 3 4. Isolamento dos animais doentes....................................................... 4 5. Vacinação...................................................................................... 4 6. Vermifugação................................................................................. 4 7. Principais doenças .......................................................................... 6 7.1 Bacterioses ................................................................................. 6 7.2 Viroses ....................................................................................... 10 7.3 Protozooses ................................................................................ 11 7.4 Artropodoses .............................................................................. 12 7.5 Verminoses.................................................................................. 15 7.6 Doenças nutricionais ou metabólicas............................................... 15 7.7 Intoxicação por plantas................................................................. 17 8. Referências bibliográficas 18 Adelmo Ferreira de Santana
  • 3. 3 MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO 1. INTRODUÇÃO A importância da saúde do rebanho relaciona-se à produção, pois é preciso que os animais estejam sadios para que possam expressar todo seu potencial genético e responder às técnicas de manejo utilizadas, e neste caso, nas espécies caprina e ovina as doenças parasitárias assumem especial destaque. 2. HIGIENE DAS INSTALAÇÕES A higiene das instalações é importante sob o ponto de vista sanitário, pois, evita a disseminação de doenças no rebanho. Deve-se raspar e varrer as fezes dos animais periodicamente, do piso do aprisco e currais para impedir a propagação de doenças. Convém-se prestar atenção para limpeza de bebedouros, saleiros e comedouros. 3. SEPARAÇÃO DOS ANIMAIS JOVENS Os animais jovens devem ser mantidos separados dos animais adultos, considerando-se que os primeiros são mais sensíveis às doenças, enquanto os últimos são mais resistentes, Adelmo Ferreira de Santana
  • 4. 4 MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE e pode ocorrer caso em que os adultos, aparentemente sadios, funcionem como agentes disseminadores das doenças. 4. ISOLAMENTO DOS ANIMAIS DOENTES Em caso de animais acometidos por doenças infecto- contagiosas deve-se fazer o isolamento dos animais. Para isto é conveniente ter uma instalação apropriada para colocar os animais doentes durante o processo de tratamento até a cura total dos mesmos. 5. VACINAÇÃO Poucas são as doenças que acometem os caprinos e ovinos que podem ser controladas com o uso de vacinas, entre elas a Raiva, Linfadenite Caseosa e Enterotoxemia são as que mais merecem ser destacadas. A Raiva e a Enterotoxemia são controladas por vacina aplicada anualmente. A Linfadenite deve ser utilizada a cada ano, podendo ser vacinados animais a partir de dois meses de idade. 6. VERMIFUGAÇÃO A incidência de verminose é comum em caprinos. Os animais doentes ficam fracos, apresentam diarréia, perdem o apetite e Adelmo Ferreira de Santana
  • 5. 5 MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE ficam com os pelos arrepiados e sem brilho. Os prejuízos observados são: diminuição de fertilidade, crescimento retardado, queda da produção de leite e aumento da mortalidade, especialmente em animais jovens. O controle das verminoses deverá ser feito através de vermifugação a cada quatro meses, iniciando-se com cabritos aos 30 a 35 dias de nascidos. Recomenda-se a troca do vermífugo a cada três aplicações, podendo ser usado os seguintes produtos: Ripercol, Panacur, Ivomec, Albendozole e etc. Deve-se proceder três vermifugações a cada ano seguindo o esquema a baixo: • Primeira vermifugação - no início do período chuvoso (mês de novembro). • Segunda vermifugação - no final do período chuvoso (mês de abril). • Terceira vermifugação - no meio do período seco (mês de agosto). Adelmo Ferreira de Santana
  • 6. 6 MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE 7. PRINCIPAIS DOENÇAS O criador deve estar atento às alterações no criatório, pois muitas vezes, só após consideráveis perdas, são adotadas certas medidas, sempre de custos elevados devido a compras de medicamentos. 7.1 Bacterioses • Linfadenite Caseosa Abscessos de caprinos e ovinos caracterizam-se por necrose caseosa, principalmente dos gânglios linfáticos superficiais; daí a sinonímia: linfadenite caseosa e mal do caroço. A doença assume grande importância pelos prejuízos econômicos decorrentes de queda na produtividade, morte de animais e condenação de carcaças no abatedouro. A infecção ocorre através da pele, Adelmo Ferreira de Santana
  • 7. 7 MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE umbigo, feridas de castração e outras, pelo contato com a secreção de linfonodos rompidos a partir da pele, ocorre disseminação para os linfonodos, onde há multiplicação e acúmulo de bactérias. A bactéria pode atingir e se instalar em outros órgãos. A doença é geralmente de caráter crônico, contagioso, podendo resultar em morte. Para melhor controle, os animais clinicamente afetados devem ser observados antes da supuração e aplicado diretamente no caroço solução de álcool iodado. Na prevenção, evita-se a entrada em rebanhos livres de animais clinicamente afetados e a vacinação de todo rebanho inclusive os jovens a partir de dois meses de idade. • Salmonelose Em caprinos jovens, são capazes de provocar gastroenterite, com febre e severa diarréia. A doença em adultos pode surgir com a introdução de novos animais no rebanho, “stress” devido a exposição ou transporte. É responsável por abortos. O diagnóstico diferencial de outras doenças é feito por isolamento do agente. As principais drogas utilizadas no tratamento são: penicilina, estreptomicina, tetraciclina e etc. Adelmo Ferreira de Santana
  • 8. 8 MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE • Colibacilose Afeta principalmente os jovens e aumenta de importância quando se confinam os animais. A infecção se dá pelas vias oral e umbilical. A doença manifesta-se por diarréia, desidratação, coma e morte. Às vezes ocorre de forma superaguda, com morte dentro de poucos dias. Em cursos mais prolongados, ocorre a forma entérica, com diarréia. A forma crônica resulta geralmente em artrite. Assegurar a ingestão de colostro logo após o nascimento é o mais importante no controle. A cura de umbigo feita logo após o nascimento, introduzindo-o em vidro de boca larga contendo tintura de iodo, é outro fator imprescindível. Evitar superpopulação e procurar dividir os animais em grupos por idades; limpar regularmente as instalações; constituir os cochos e bebedouros de forma a minimizar o perigo de contaminação fecal, mantê-los limpos e desinfetá-los constituem práticas que reduzem o risco de ocorrência não só da colibacilose mas de muitas outras doenças. • Enterotoxemia É causada por uma bactéria que habita normalmente o trato digestivo dos ruminantes e, sob dadas condições, ainda não bem Adelmo Ferreira de Santana
  • 9. 9 MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE conhecidas, prolifera rapidamente e produz grandes quantidades de toxinas, que são absorvidas. Os fatores predisponentes podem ser apontados como sendo: troca súbita de alimentos, ingestão de grande quantidade de forrageiras muito palatáveis ou ingestão de alimento fibroso, deficiência de cálcio e outros elementos podem funcionar como coadjuvantes. Os sintomas constituem-se de depressão, incoordenação, andar vacilante, prostração e morte. às vezes ocorre somente diarréia. • Conjuntivite É uma doença que acomete a conjuntiva dos olhos dos animais, podendo causar cequeira, sendo altamente contagiosa acometendo um grande número de animais e, conseqüentemente, prejuísos elevados. O tratamento é feito com o uso de Terra-cortril, Quemisulfan e Solução de nitrato de prata a 4 % etc. Os animais doentes devem ser tratados isoladamente, para evitar a contaminação do resto do rebanho. Adelmo Ferreira de Santana
  • 10. 10 MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE 7.2 Viroses • Ectima contagioso ou boqueira A doença é altamente infecciosa e caracteriza-se por lesões pruriginosas pustulares e formação de crostas nas narinas e na boca dos animais. Lesões no úbere também podem ocorrer, predispondo à mamite. A doença afeta caprinos e ovinos, causando prejuízos econômicos. As crias geralmente adquirem a doença do úbere das cabras. O aparecimento de surtos geralmente é resultado da introdução de novos animais ou de exposições agropecuárias. Após um surto, o material proveniente das lesões pode permanecer infectante por muitos anos no ambiente. No início de um surto, os animais doentes devem ser isolados e tratados. • Raiva A raiva dos herbívoros é transmitida por morcegos hematófagos, que funcionam como reservatórios naturais do vírus. A sintomatologia não difere muito daquela observada na espécie bovina. Seguindo um período de excitabilidade de duração e intensidade variáveis, ocorrem fenômenos de paralisias que dificultam a deglutição e provocam incoordenações das extremidades. Os animais morrem dentro de poucos dias. A Adelmo Ferreira de Santana
  • 11. 11 MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE vacinação é aconselhada em caso de morte de animais, num raio de 15 km de distância do local. 7.3 Protozooses • Eimeriose Também conhecida por coccidiose. Assume maior importância à medida que os animais são confinados. Afeta principalmente animais jovens. A Eimeriose provoca alta morbidade em animais com menos de seis meses de idade. Diarréia, anemia, desidratação, emaciação e inapetência são comuns. Pode ocorrer infecção secundária, levando à pneumonia. Há comprometimento permanente da capacidade de absorção intestinal, com atraso no desenvolvimento e queda de produtividade. A prevenção consiste em evitar superpopulação, contaminação de comedouros e bebedouros com fezes, drenagem de áreas alagadas, onde os animais tenham acesso, e higienização. • Toxoplasmose A toxoplasmose é uma zoonose que afeta animais silvestres e domésticos e dentre estes os herbívoros são particularmente importantes, já que se contaminam pelos oocistos eliminados no Adelmo Ferreira de Santana
  • 12. 12 MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE solo e pastagens pelos felídeos. A transmissão da toxoplasmose dá-se principalmente de três formas: transplacentária, por ingestão de carne e leite e por contaminação fecal. A toxoplasmose pode ser responsável por abortos. Os fetos podem se apresentar mumificados ou macerados e serem eliminados sob a forma de restos não identificáveis, ou não serem eliminados. Os ciclos estrais de algumas fêmeas, às vezes, mostram-se anormais devido à reabsorção embrionária. A prevenção se faz eliminando a fonte de infecção, ou seja, afastando os gatos e outros felinos do convívio com os caprinos. A prevenção humana baseia-se no controle da infecção animal, cuidados básicos de higiene, evitando a ingestão de oocistos e processamento adequado de carnes e leite para o consumo. 7.4 Artropodoses • Sarna auricular A doença inicia-se na face interna do pavilhão e progride para o bordo da orelha. Observa-se formação de crostas, sob as quais se encontra o parasito em todos os estádios evolutivos, desde ovo até adulto. Como decorrência desta parasitose, observa-se queda no desempenho produtivo dos animais, devido ao intenso prurido que os deixa abatidos e inapetentes, podendo levá-los à morte. Adelmo Ferreira de Santana
  • 13. 13 MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE Na profilaxia da doença, animais a serem introduzidos no rebanho devem ser examinados clinicamente. O controle é feito com inspeção periódica dos animais. Animais afetados devem ser tratados com remoção das crostas, limpeza da área e uso tópico de inseticidas, repelentes e cicatrizantes. • Sarna demodécica Também conhecida por “bexiga”. A doença se caracteriza pelo surgimento de nódulos na pele, que varia de 0,2 a 1,8 cm de diâmetro e se localizam principalmente nas regiões cervical, peitoral e torácica. Estes nódulos, ao serem abertos e comprimidos, mostram um conteúdo purulento. Os prejuízos econômicos da afecção decorrem principalmente dos danos na pele, causados pelas lesões. O tratamento pode ser feito com Ivomec injetável. Na profilaxia, evita-se a entrada de animais afetados no rebanho. • Infestação por piolhos Também denominada pediculose. Os piolhos causam irritação aos animais, levando-os a se coçarem, roçarem nas cercas e troncos de árvores, o que pode ocasionar a escarificação da pele e conseqüente invasão bacteriana. A conseqüência desses efeitos é a queda de produtividade dos animais. Na Adelmo Ferreira de Santana
  • 14. 14 MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE prevenção, animais a serem introduzidos em rebanhos livres são inspecionados e, se afetados, tratados. No estabelecimento de um controle, todos os animais devem ser examinados e, se necessário, tratados. Recomenda-se o tratamento com inseticidas. Tanidil em pó é excelente no combate dos piolhos. • Miíase ou bicheira Também conhecida por bicheira, é causada por larvas de moscas conhecidas vulgarmente como varejeiras. São moscas de coloração metálica azul-esverdeada. A mosca se instala em feridas recentes na pele do animal. geralmente decorrentes de umbigo mal tratado, castração e outros ferimentos. Causam irritação ao animal, com emagrecimento e queda no desempenho. Provocam cicatrizes na pele, com prejuízos devido à desvalorização pela indústria coureira. Previne-se a instalação de miíase tratando adequadamente as feridas. Se já instalada, deve-se remover larvas, limpar o local e aplicar inseticida, repelentes e cicatrizantes. Adelmo Ferreira de Santana
  • 15. 15 MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE 7.5 Verminose • Verminose A ação dos parasitas ou vermes gastrintestinais decorre em má digestão e absorção dos alimentos, baixa conversão alimentar, retardo do crescimento, diarréia, mucosas pálidas, pelos arrepiados, perda de peso, distensão abdominal, edema submandibular, prostração e as vezes morte. A atenção especial deve ser dispensada ao trato do esterco, que pode atuar como reservatório de larvas. 7.6 Doenças nutricionais e metabólicas • Urolitíase Segundo a literatura, alguns fatores podem ser apontados como responsáveis pelo aumento da incidência de cálculo renal em caprinos e ovinos. Dentre eles destacam-se: dieta com alto nível de fósforo e baixo em cálcio (inclusive relacionado ao uso de dieta rica em grãos): presença sílica na ração; uso de bicarbonato de sódio adicionado ao concentrado; e ingestão de pequenas quantidades de água. Elevado nível de fósforo na urina, acompanhado por concomitante decréscimo no nível Adelmo Ferreira de Santana
  • 16. 16 MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE urinário de cálcio ou magnésio, ou ambos, têm sido associados à urolitíase fosfática por diversos setores. A síndrome inclui espádua encurvada, membros posteriores rígidos e evidência de dor quando o animal se movimenta. Ocorrem complicações quando há obstrução da uretra, incluindo ruptura de bexiga ou uretra, uremia e morte. No controle, carbonato de cálcio, cloreto de cálcio e cloreto de amônio têm sido usados com sucesso em ovinos e caprinos. • Hipoglicemia Também conhecida por toxemia da gestação, acetonemia ou cetose. É causada por deficiência no metabolismo de carboidratos no final da gestação ou início da lactação. Afeta geralmente os animais mais produtores do rebanho, pois estes desprendem maior quantidade de suas reservas de glicose e glicogênio. Os sintomas se constituem de depressão, andar vacilante, odor de cetona no ar exalado à respiração, na urina e no leite. A prevenção é feita mantendo-se níveis adequados de energia na alimentação das matrizes no terço final da gestação. O tratamento consiste na administração endovenosa de 50 a 150 ml de solução de dextrose a 50 %. Adelmo Ferreira de Santana
  • 17. 17 MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE • Hipocalcemia Também conhecida como febre do leite ou paresia pós- parto. Atinge fêmeas recém-paridas com alta produção de leite, que perdem grande quantidade de cálcio na gestação e lactação. Os animais afetados mostram-se com andar vacilante, constipação, decúbito esternal, coma e morte. A prevenção é feito com o uso de rações balanceadas para cálcio e fósforo, durante todas as fases de produção. No tratamento administram-se 50 a 100 ml de solução de gluconato de cálcio 20 a 30 %, via endovenosa. 7.7 Intoxicação por plantas Em relação as plantas tóxicas para caprinos e ovinos podemos citar o canudo, salsa, batatão etc. Devemos lembrar que estas plantas apenas são consumidas, principalmente, quando há escassez de alimentos. Quando existe bastante forragens a ingestão é limitada ou quase nula, pois, as mesmas apresentam palatibilidade muito baixa. Adelmo Ferreira de Santana
  • 18. 18 MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BLOOD, D. C.; HENDERSON, J. A.; RADOSTITS, D. M. Clínica Veterinária. 5 ed., Guanabara: Kogan, 1983. 1122 p. GIRÃO, E. S.; RIBEIRO, R, N. M.; MEDEIROS, L. P. Controle de verminose em caprinos- resultados parciais em teste alternativos. In: SEMINÁRIO DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO PIAUÍ, 6, 1990. Teresina. Anais... Teresina: EMBRAPA-UEPAE de Teresina, 1992, p.346-351 HAENLEIN, G.F.W. Dairy goats management. J. Dairy Sci.Champaign, 61:1011-22, 1978. LEAL, T. M. Mastite caprina na microrregião de Teresina, PI. In: SEMINÁRIO DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO PIAUÍ, 6, 1990. Teresina. Anais... Teresina: EMBRAPA-UEPAE de Teresina, 1992, p.402-407. RIERA, G.S., SIMPLÍCIO, A.A., FIGUEIREDO, E.A.P. Fatores que afetam a mortalidade de cabritos em função da época de nascimento. Sobral, Embrapa-CNPC, 1980. 5p. SANTANA, A. F. de. Prevenção e tratamento de doenças de caprinos e ovinos. Mimiografado. Salvador. 1988, 8p. SANTA ROSA, J. Doenças bacterianas, rickettisiasis e v´riricas em caprinos e ovinos (diagnóstico e terapêutico) In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 28., 1991, João Pessoa, PB. Curso de atualização em caprinocultura e ovinocultura. João Pessoa: SBZ, 1991. p.37-70. Adelmo Ferreira de Santana
  • 19. 19 MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINO E OVINO DE CORTE SELAIVE, A. Programa de aborto em cabras. In: SEMANA BRASILEIRA DO CAPRINO, 1. Sobral, 1977. Anais... Sobral. Embrapa/CNPC, 1978. p.99-110. SILVA, M. U. D.; SILVA, A. E. D. F. Doenças mais freqüentes observadas nos caprinos do Nordeste. Sobral, CE: EMBRAPA-CNPC, 1987. 33p. ( EMBRAPA – CNPC. Documentos, 3 ). VIEIRA, L. da S. Epidemiologia e cxontrole das principais endoparasitoses de caprinos e ovinos In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 28., 1991, João Pessoa, PB. Curso de atualização em caprinocultura e ovinocultura. João Pessoa: SBZ, 1991. p.27-36. Adelmo Ferreira de Santana