O documento apresenta os personagens e os principais acontecimentos do mistério sobre a morte de Marie Rogêt. O detetive Dupin analisa o caso e conclui que Marie planejou fugir com um oficial naval, acabou morta por ele, e seu corpo foi deixado no rio para encobrir o crime. Dupin desmascara as falsas pistas e teorias do jornal, solucionando o mistério.
2. Personagens
Marie Rogêt = 22 anos, bonita, morava com sua mãe e
trabalhava para Monsieur Le Blanc, em uma perfumaria.
Seu nome é semelhante à Mary Cecilia Rogers,
vendedora de charutos, assassinada em Nova Iorque.
Madame Estelle Rogêt = Mãe de Marie Rogêt. Dona de
uma pensão.
Monsieur Le Blnac = Dono da perfumaria onde Marie
trabalhava. A freguesia da loja era formada por
perigosos aventureiros.
3.
G.= Delegado de polícia, que investiga o crime. Por
não conseguir solucioná-lo contrata Dupin.
Monsieur Jacques Saint- Eustache = Noivo de Marie.
Monsieur Beauvais = Investigador e amigo íntimo de
Marie.
Madame Deluc = testemunha que afirma ter visto
Marie acompanhada por um jovem de cor morena.
4.
Valence= Também testemunha que afirma ter visto
Marie atravessar o Sena com um jovem moreno.
Chevalier C. Auguste Dupin = Detetive incomun que
solucionara “ O crime da rua Morgue”.
Narrador = Amigo de Dupin. Narra em primeira
pessoa, passando as impressões que lhe causaram os
acontecimentos. Testemunha e interlocutor do
raciocínio lógico e esclarecedor de Dupin.
5. Equívocos indutivos.
O jornal publica várias matérias sobre o suposto
assassinato de Marie, levantando suposições
preconceituosas :
- A moça encontrada não seria Marie, por causa do tempo
que um corpo leva para emergir;
- Os parentes de Marie não teriam se importado com a sua
morte;
- Monsieur Beauvais seria suspeito por encobrir evidências
e impedir que a família tivesse acesso ao corpo.
6.
- Marie teria sido assassinada por uma gangue;
- O corpo não foi mantido a margem do rio e sim
afundado e depois emergiu, para encobrir pistas dos
assassinos.
- O noivo seria suspeito por não apresentar álibis,
porém ele comprova onde estava, e logo em seguida
é encontrado morto próximo ao local onde o corpo
de Marie foi deixado. Suicidou-se.
7.
O jornal afirma que ninguém viu a jovem depois que
saiu de sua casa. Assim não tinham evidências de
que o corpo encontrado era o de Marie.
Le Comercial afirma que a moça foi enforcada com
um pedaço da anágua, pois os bandidos não teriam
nem um lenço nos bolsos.
8. Dupin esclarece
- O corpo da mulher é sempre mais leve e pode
flutuar mais facilmente, refutando o comentário do
jornal; Explicações científicas (p.37,38,39)
- As evidências encontradas no corpo, roupa, modo
de ajustar as ligas das meias, sapatos, flores do
chapéu, pés, marcas no braço, refutam a ideia de ser
outra pessoa, senão Marie.(p.40,41)
9.
O corpo não foi jogado no rio por assassinos, mas
deixado lá por uma pessoa que não tinha intenção de
matar e não era assassino profissional.(p.42)
Marie teria passado por caminhos diferentes, onde
não a conheciam e portanto não poderiam identificá-
la. (p.43 e 50)
Dupin observa que mesmo os bandidos carregavam
lenços nos bolsos, naquela época e por isso a
afirmação do jornal é infundada. (p.51)
10. Prever o imprevisto
Para Dupin Marie planejou fugir com o oficial
marinheiro.
Nome não revelado por ocupar um cargo público de
alta patente.
Nem mesmo investigaram o oficial naval.
Existe uma relação do primeiro desaparecimento de
Marie com o segundo. Seria insensato descartar essa
possibilidade.
11.
A mãe de Marie sabia que ela iria encontrar o amante
pois presumiu que nunca mais veria a filha.
Os objetos foram colocados no matagal para encobrir
o verdadeiro local do crime. Coincidindo com a
notícia do jornal que teria sido colocada pelos
próprios criminosos, para desviar as investigações.
(ps.65,66,67,68)
12.
Dupin suspeita dos objetos encontrados por causa da
disposição deles. Não era natural. Estavam bem
arrumados.(p.69)
Os pedaços do vestido encontrados no espinheiro eram
retangulares e certos demais para terem sido feitos em
uma luta. Foram propositalmente rasgados. (p.70)
Não poderia ser uma gangue, porque a jovem seria
dominada facilmente e não haveria luta, como atestava o
jornal.
13.
Dupin afirma que há um só assassino e que depois de matá-la
arrependeu-se. Assim percorre o caminho até o rio carregando o
corpo deixando os objetos para trás. Visivelmente transtornado,
comete erros e assombra-se com todos os ruídos da cidade.(p.73)
Se fosse uma gangue o corpo não precisaria ser arrastado como foi.
E nem precisariam da anágua para fazer um tipoia, afim de arrastar
o corpo.(p.74,75)
Madame Deluc denuncia a gangue, pois eles teriam comido e
bebido em sua hospedaria e saíram sem pagar.(p.77)
14.
O oficial não denunciou o crime porque se sentia
culpado.
Finalmente, Dupin relaciona o assassino ao oficial
naval, mas não o nomeia por razões obvias: alta
patente. (p.81,82,83,84)
A pressa do jornal em publicar variados elementos
contraditórios e dissociados atestam a incompetência
para um leitor perspicaz e atento.
15.
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