Este documento resume experiências internacionais em alfabetização midiática e responsabilidade social. Ele discute por que é importante ensinar sobre mídia na escola e cobrar das instituições midiáticas sua responsabilidade nessa educação. Apresenta casos de políticas de alfabetização midiática em países como Estados Unidos, Canadá, União Europeia, Inglaterra, França, Argentina, China e proposta da UNESCO. Discutem exemplos práticos de como ensinar alfabetização midiática e formação de professores.
Experiências internacionais em literacia midiática e responsabilidade social
1. Experiências internacionais em
literacia e responsabilidade social
Esta apresentação e todo o material citado estão disponíveis no blog:
midiaeducacaonomundo-uepg2012.blogspot.com.br
3. ARTIGO XIX DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
“Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a
liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir
informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras”
4. MEDIA LITERACY / MÍDIA-EDUCAÇÃO
ACESSAR USAR
AVALIAR
Grande mídia Criar e remixar
Desmontar a
X informação com
mensagem e
Pequeno público algum propósito
olhar por dentro
esclarecido
Regulação Educação
Regulação
Educação
5. ESTADOS UNIDOS
Promovendo a consciência sobre a liberdade de expressão
Centro Internacional para Mídia e Agenda Pública - Universidade de Maryland (EUA)
Fonte:
MOELLER, Susan. Nurturing
Freedom of Expression
through Teaching Global
Media Literacy. In ONU /
UNESCO / ALLIANCE OF
CIVILIZATIONS / GRUPO
COMUNICAR. Mapping
Media Education Policies in
the World. Nova Yorque:
ONU, 2009.
http://www.salzburg.umd.edu/salzburg/new/
6. CANADÁ
www.aml.ca
Entidade atuante desde 1978
Mantém uma rede de profissionais interessados em promover a mídia-educação
Realiza conferências e oficinas para professores, profissionais de mídia, familiares e jovens
Publica materiais e relatórios
Promove a “National Media Literacy Week” – evento anual com conferências e
atividades em escolas, meios de comunicação parceiros e organizações
não-governamentais. A cada ano a semana elege um tema para ser debatido e estudado nas
escolas.
Em 2012, a NMLW ocorrerá de 5 a 9 de novembro e tema será “Questões de Privacidade”.
8. INGLATERRA
POLÍTICA PÚBLICA DE MEDIA LITERACY
2000 – A New Future for Communications
Contexto , desafios e propostas para conduzir a migração para plataformas digitais:
abundância, convergência, interatividade e interesse público;
Comunicação digital: uma esfera central para a economia, para a vida democrática, para a
cultura, o lazer e a educação
2003 – Communications Act
Deve ser tarefa do Ofcom realizar as ações para promover melhor compreensão pública sobre:
1. A natureza e das características do material publicado pelos meios de comunicação ;
2. Processos de produção de conteúdo;
3. Formas de acesso e controle
2004 – Ofcom’s strategy and priorities for promoting media literacy: a
statement
1. liderar a realização de ações que melhorem o acesso e a consciência do público;
2. investigar o quão literados em mídia são os diversos segmentos da população;
3. organizar as etapas da política de media literacy – classificação e parcerias
10. A promoção das habilidades de media literacy traz as seguintes
vantagens:
Capacita as pessoas para achar informações mais rapidamente do
que se o fizessem por meios tradicionais (livros, arquivos de jornais
etc);
Amplia as oportunidades para encontrar trabalho e aprimoramento
profissional;
Amplia a oferta de oportunidades educacionais;
Facilita o compartilhamento de conhecimento;
Facilita a comunicação com família e amigos;
Desenvolve redes sociais que, de outro modo, não teriam como
ser criadas;
Economiza dinheiro, já que é possível fazer comparações de custos
no varejo;
Melhora o engajamento cívico, porque facilita o contato com
políticos, especialmente locais;
Dá mais independência aos portadores de deficiências físicas que
comprometem a locomoção;
Reduz o tempo e o custo de transações e uso de serviços públicos;
Fornece novas oportunidades para o exercício da criatividade e
para a livre expressão.
11. Barreiras imediatas que precisam ser vencidas para a política vingar:
O público precisa perceber os benefícios do engajamento digital;
As habilidades e conhecimentos sobre mídia devem ser popularizados;
É preciso garantir que as pessoas tenham capacidade de avaliação
crítica;
Consequentemente, é preciso disseminar educação sobre mídia;
É preciso ter garantida a oferta de orientações e serviços, segurança e
privacidade online;
Os serviços devem ser possíveis de serem comprados e mantidos,
mesmo por pessoas com baixa renda;
É preciso promover uso ético da mídia;
Pessoas com deficiência também devem ter acesso garantido.
12. Perfis de acesso segundo o Ofcom:
•Os engajados (engaged) possuem uma forte relação com
dispositivos tecnológicos e estão entusiasmados com os
benefícios que esses aparatos trazem para as suas vidas;
•2. Os pragmáticos (pragmatists) também fazem amplo uso dos
dispositivos, mas de um modo mais funcional e menos
entusiasmado;
•3. Os “economizadores” (economisers) tendem a ser pessoas
jovens, que mantém uma relação positiva com a mídia, mas
fazem uso limitado por causa dos custos (mais da metade desse
público tem baixa renda ou não tem trabalho);
•Os hesitantes (hesitants) têm consciência de que não estão
aproveitando os benefícios e vantagens que o acesso às
tecnologias traz, mas, ainda assim, tendem a menosprezá-la,
porque a insegurança fala mais alto;
•Os resistentes (resistors) têm uma relação muito fraca e
precária com as tecnologias e não vêem razão para deixar de ser
assim. A maioria tem mais de 65 anos.
18. ARGENTINA
Argentina – 1984 – Programa “Escola e Mídia”
“A democracia havia sido restabelecida em 1983 e as crianças que tinham vivido sob um
rígido regime militar precisavam aprender o sentido da liberdade de expressão, liberdade
de imprensa e direito à informação”
Objetivos do programa:
Formar professores em cursos presenciais e online
Promover atividades para escolas, incentivando a produção de conteúdos midiáticos
Criar oportunidades institucionais para a livre expressão dos jovens – “Jornalista por
um dia”
Sensibilizar a comunidade, em especial os pais, para a importância de orientar os
filhos na sua relação com as mídias
MORDUCHOWICZ, Roxana. When Media Education is State Policy. In ONU / UNESCO / ALLIANCE OF
CIVILIZATIONS / GRUPO COMUNICAR. Mapping Media Education Policies in the World. Nova Yorque: ONU,
2009.
19. Jeff Weidner / Associated Press - 1989
http://pt.wikipedia.org/wiki/Protesto_na_Pra%C3%A7a_da_Paz_Celestial_em_1989
20. CHINA
Reforma curricular em 2004 introduziu os “estudos liberais” (liberal studies) e
objetivos específicos para o ensino de chinês e inglês, entre eles fomentar a
criatividade, incentivando a leitura de uma vasta diversidade de textos.
A proposta pedagógica é aplicar um abordagem mais interativa, centrada no
aluno e baseada na busca de informações, através de processos de codificação
e decodificação de mensagens midiáticas e engajamento na produção de
conteúdos, usando as mídias
A mídia-educação se torna um recurso para desenvolver a cidadania, a
apreciação estética, o engajamento social, a auto-estima e o consumo
consciente
Fonte: CHEUNG, C.K. Education reform as an agent of change: the development of media literacy in Hong Kong
during the last decade. In ONU / UNESCO / ALLIANCE OF CIVILIZATIONS / GRUPO COMUNICAR. Mapping Media
Education Policies in the World. Nova Yorque: ONU, 2009.
22. MARCOS HISTÓRICOS
1977 – Comissão Internacional para o Estudo dos Problemas da Comunicação
“Relatório Mc Bride” – Um mundo e muitas vozes
1980 - International Programme for the Development of Communication (IPDC)
Mídias comunitárias
Qualificação da oferta (gatekeepers) e qualificação da demanda (cidadãos)
1982 - Simpósio Internacional sobre Mídia-Educação em Grunwald
2006 – Media Education – A kit for teachers, students, parents and professionals
2008 – Indicadores de Desenvolvimento da Mídia
Regulação – Promoção da diversidade – Discurso democrático – Capacitação - Infraestrutura
2011 – Unesco Media and Information Literacy Curriculum
23. Agradecimentos
Prefácio
Introdução
Proposta de Currículo em Módulos
Manual para Professores
Manual para Estudantes
Manual para Pais
Manual para relações éticas com os
Profissionais
Manual para Letramento em Internet
Questões Frequentes
Glossário de
Termos selecionados para Mídia-
educação
Referências, Recursos e Boas Práticas
Colaboradores
24. Parte 1 – Matriz Curricular e competências
Parte 2 – Módulos Centrais e Complementares
MÓDULO 1 – Cidadania, Liberdade de Expressão, Acesso à
Informação, Discurso Democrático e Aprendizagem ao longo da
vida
MÓDULO 2: Compreendendo as notícias, o sistema midiático e a
ética na informação
MÓDULO 3: Representação na mídia e acesso à informação
MÓDULO 4: Linguagem midiática e informação
MÓDULO 5: Publicidade
MÓDULO 6: Novas mídias e mídias tradicionais
MÓDULO: Mudanças e oportunidades da internet
MÓDULO 8: Competência em informação e habilidades de uso de
bibliotecas
MÓDULO 9: Comunicação, Alfabetização Midiática e Aprendizagem
– módulo de recaptulação
MÓDULO 10: Audiência
MÓDULO 11: Mídia, tecnologia e a aldeia global
26. DEFINIÇÕES
UNESCO
Capacidade de compreender o papel e as funções da mídia em
sociedades democráticas;
Capacidade de compreender mecanismos internos de funcionamento
da mídia;
Saber avaliar criticamente o conteúdo da mídia à luz do seu papel
social;
Capacidade de se engajar em ações de participação democrática,
promoção da liberdade de expressão e participação cívica;
Ser capaz de atualizar habilidades necessárias para produzir
conteúdo como usuário.
Fonte: Media and Information Literacy Curriculum for Teachers – UNESCO, 2011
30. BRITISH BOARD OF FILM CLASSIFICATION (BBFC) – INSTITUIÇÕES DE MÍDIA
Material dividido em quatro seções, que trazem informações sobre o processo
de trabalho, descrevem o modo como o BBFC atuou em casos específicos e
simulam situações para que o usuário decida sobre as classificações aplicáveis
em alguns exemplos reais.
31. BRITISH BOARD OF FILM CLASSIFICATION (BBFC) - SIMULAÇÃO
http://medialiteracybrasil.net/2012/01/05/por-dentro-da-classificacao-de-conteudos/
36. UFTM – FORMAÇÃO DE PROFESSORES
LINGUAGEM – REPRESENTAÇÃO – INSTITUIÇÕES DE MÍDIA
ATIVIDADE 1
Assistir as propagandas da série “Hope ensina”
Ler as reportagens sobre o caso da propaganda “Hope Ensina”
Discutir o caso e emitir uma opinião: quem é contra e quem é a favor da iniciativa da
Secretaria de Políticas para as Mulheres? Com base em que argumentos cada membro
do grupo sustenta sua opinião?
37. UFTM – FORMAÇÃO DE PROFESSORES
LINGUAGEM – REPRESENTAÇÃO – INSTITUIÇÕES DE MÍDIA
ATIVIDADE 2
Usando o material, analisar a linguagem da propaganda: que elementos poderiam
fazer dela uma mensagem sexista?
Propor outras soluções para anunciar os produtos da Hope, usando a mesma
modelo.
38. UFTM – FORMAÇÃO DE PROFESSORES
LINGUAGEM – REPRESENTAÇÃO – INSTITUIÇÕES DE MÍDIA
ATIVIDADE 3
Considere o público-alvo da propaganda da Hope e crie uma propaganda de até 30
segundos que use a modelo Gisele Bündchen para anuncia os produtos da marca, mas
que não gere a mesma polêmica do sexismo. Como seria essa propaganda? Descreva as
imagens e o texto que você usaria.
ATIVIDADE 3
Navegar pelo site do Conselho Autorregulamentação Publicitária (Conar) e conhecer
a proposta desse órgão para a regulação da propaganda no Brasil;
Ler o resumo da decisão do Conar sobre o caso da propaganda “Hope Ensina”;
Ler os artigos 19 a 21 (Respeitabilidade) do Código de Autorregulamentação
publicitária, que regem o teor das reclamações feitas pela SPM e pelas outras 42
reclamações de consumidores; e o artigo 27 do Regimento Interno do Conselho de
Ética
Responder a questão do fórum 1: você concorda com a decisão do
Conar? Em quais argumentos você baseia sua opinião?
39.
40. OBRIGADA
Desenho do cineasta Tim Burton
Alexandra Bujokas de Siqueira
Centro de Educação a Distância e Aprendizagem com Tecnologias
da Informação e Comunicação (CEAD)
Universidade Federal do Triângulo Minero (UFTM)
bujokas@uol.com.br