2. O Neoclassismo em Portugal
1750 1850
Situações adversas ao desenvolvimento da cultura e das artes em Portugal
-Invasões francesas
- Absolutismo régio
- fuga da família real para o
- difícil penetração das ideias Brasil
iluministas
- Dominação inglesa
- Terramoto de 1755
- Revolução Liberal
- Independência do Brasil
- Guerra Civil
Prolongamento do gosto pelo Barroco e Rococó
3. A arquitetura neoclássica em Portugal
- italiana: predominante na região lisboeta (bolseiros e
artistas italianos)
Duas influências
- inglesa (neopalladiana): predominante no Porto
(colónia britânica)
1º centro da arquitetura
neoclássica
4. Arquitetura no Porto
John Carr, Hospital de Santo António,
iniciado em 1770, Porto
5. Arquitetura no Porto
Neopalladismo severo e
elegante
- aparelho rusticado na bela
arcaria do rés do chão
- zona central e cantos
ressaltados, parecendo-se
com pequenos torreões
Fachada principal
6. Arquitetura no Porto
Sede comercial dos
ingleses no Porto
Neopalladismo
+
Pedra rusticada no rés
do chão
+
Pórtico de arcadas,
profundo
John Whitehead, Feitoria Inglesa, c.
1785, Porto
7. Arquitetura no Porto
Edifício pequeno e
harmonioso
+
Fachada distribuída por dois
pisos:
-1º - colunas dóricas
- 2º - colunas jónicas
+
Espaços para estátuas
(virtudes cristãs)
António Pinto de Miranda, Igreja da
Ordem Terceira de S. Francisco,
c. 1792, Porto
8. Arquitetura no Porto
Joaquim da Costa Lima,
Palácio das Carrancas, 1795-
1806, hoje Museu Nacional de
Soares dos Reis
9. Arquitetura no Porto
Carlos Amarante, Igreja da Ordem
da Trindade, 1803, Porto
Carlos Amarante, Academia Real da
Marinha e Comércio, hoje Faculdade
de Ciências do Porto
10. Arquitetura em Lisboa
Neoclassicismo mais tardio
Dois arquitetos
José da Costa e Silva Francisco Xavier Fabri,
(português, com formação em italiano
Roma)
11. Arquitetura em Lisboa
José da Costa e Silva, Teatro de S. Carlos, c. 1792, Lisboa
- inspirado no La Scala -Volumes bem definidos
- encomendado por uma -Aspecto compacto e maciço
associação de ricos burgueses de - pórtico romano
Lisboa
- aparelho rusticado do rés do chão
16. Projetos urbanísticos no Porto
- John Whitehead, Praça da Ribeira
(1775-80): Praça da Ribeira
(incompleto)
- João Almada e Melo e Francisco
Almada e Melo: novas artérias de
circulação, pavimentação e construção
de novas praças
17. Escultura neoclássica
Oficinas de formação
Mosteiro de Mafra Palácio da Ajuda
Machado de Castro Machado de Castro
João José de Aguiar
Faustino José Rodrigues
Joaquim José de Barros
Laborão
Influência romana
18. Escultura neoclássica
Machado de Castro, D. José I,
1775
- formado nas oficinas de Mafra
(ainda ao gosto barroco/rococó) e
depois na Ajuda
19. Escultura neoclássica
- influência clássica
- grupos alegóricos do Triunfo e da
Vitória
- solenidade, leveza e movimento
Machado de Castro, estátua equestre de D. José I, 1775
20. Escultura neoclássica
João José de Aguiar
Formação no atelier de Canova, em
Roma
9 esculturas no Palácio da
Ajuda
- figuras hirtas
- rostos intemporais, serenos
- vestes de pregueados finos
- ausência de nús
23. Pintura neoclássica
Princípios do Neoclassicismo:
- importância dada ao desenho em desfavor da cor
- contorno nítido
- fim do tratamento claro / escuro
Dois períodos:
1º período 2º período
Artistas nacionais e
estrangeiros
Génio de dois pintores:
- Vieira Portuense
Obras ao gosto classicizante
- Domingos Sequeira
Palácios de Mafra e da Ajuda
24. Pintura neoclássica
Vieira
Portuense
Francisco Vieira, o Portuense (1765-1805):
-influência da pintura italiana (composição e
execução do desenho, tonalidades claras e
pouco contrastantes)
- influência da pintura inglesa (visão
colorista da paisagem)
- retratista
- representação de figuras religiosas
25. Pintura neoclássica
Vieira
Portuense
-Inspiração em
David (?)
- tonalidade clara
- boa modelação
dos corpos
- Composição
equilibrada
Vieira Portuense, D. Filipa de Vilhena
armando seus filhos cavaleiros, 1801
27. Pintura neoclássica
Vieira
Portuense
- envolvimento luminosos e
místico
- sem nitidez dos contornos nem
corporeidade
Vieira Portuense, Morte de Santa
Margarida de Cortona, 1797-99
30. Pintura neoclássica
Domingos
Sequeira
- retrato psicológico (ternura
transbordante)
- formas bem contornadas e
pormenorizadas
- cor subtil
Domingos Sequeira, Retrato de Maria
Benedita Vitória Verde, 1822, 1799-1800
31. Pintura neoclássica
Domingos
Sequeira
- formas diluídas
- luz idealizada, focalizada nos
pontos mais importantes
- sem detalhes
- transparece apenas o
sentimento
Domingos Sequeira, Descida da Cruz,
c.1826, 1799-1800
32. Pintura neoclássica
Domingos
Sequeira
- atenção sobre a pose e o
rosto
-inovador
- espírito liberto e otimista
Domingos Sequeira, Retrato do
Conde de Farrobo, 1813