2. O Barroco em Portugal
Situação político-económica no século XVII:
- Domínio filipino
- Guerra da Restauração
- Crise dinástica (D. Afonso VI / D. Pedro III)
- Inquisição
Período de esplendor no século XVIII: - Absolutismo régio
- D. João V - Ouro e diamantes do
- D. José I Brasil
Impulso às artes e à cultura
3. A arquitetura
Prolongamento do Maneirismo tardio
Barroco Severo
+
Igrejas de planta retangular, fachadas simples
e regulares, com duas torres e sobriedade
decorativa, exceto nos altares
Arquitetos: João Nunes Tinoco
e João Antunes
Igreja do Mosteiro de Tibães,
Braga
4. A arquitetura
Prolongamento do Maneirismo tardio
Barroco Severo
+
Igrejas de planta retangular, fachadas simples
e regulares, com duas torres e sobriedade
decorativa, exceto nos altares
Arquitetos: João Nunes Tinoco
e João Antunes
Igreja do Mosteiro de Tibães, Braga
(Manuel Álvares, André Soares)
5. A arquitetura
Barroco Severo
João Nunes Tinoco e João Antunes, Igreja de Santa Engrácia,
Lisboa, iniciada em 1682
6. A arquitetura
Barroco Severo
-Fachada simples
- planta segue modelo da Basílica
de S. Pedro de Bramante
- interior ricamente decorado com
mármores policomáticos
João Nunes Tinoco e João Antunes, Igreja de Santa Engrácia,
Lisboa, iniciada em 1682
8. A arquitetura
•Ludovice a Sul
D. João V – Barroco Pleno • Nasoni a Norte
-Fachada horizontal
limitada por 2 torres
- Decoração com
frontões, florões,
palmetas e volutas
Nicolau Nasoni, fachada da Igreja do Senhor Bom
Jesus de Matosinhos, 1743
9. A arquitetura
D. João V – Barroco Pleno
Nicolau Nasoni, Igreja de S. Pedro dos
Clérigos, Porto, 1731-63
10. A arquitetura
Obra marcante do arquitecto Nasoni.
Têm como motivos decorativos conchas, palmas e folhagens, frontões curvos e
interrompidos.
Igreja dos Clérigos - Porto
11. A arquitetura
D. João V – Barroco Pleno
- Plano elíptico
- Fachada com decoração
abundante
- paredes lateriais curvas e lisas
Nicolau Nasoni, Igreja de S. Pedro dos
Clérigos, Porto, 1731-63
12. A arquitetura
Igreja de Santo Ildefonso, Santuário de Bom Jesus do
Porto Monte (Braga)
As escadarias convergente e divergente são também
características do Barroco
14. A arquitetura
Arquitetura civil
Plantas em forma de U,
com 2 andares, com
escadarias, pátios, jardins
e fontes à italiana
Imitação dos palácios
franceses
Palácio de Fronteira, Lisboa
17. A arquitetura
Obra do arquitecto Nasoni. A simetria dos corpos da fachada, a dupla escadaria, os
jardins e lagos envolventes fazem desta casa solarenga uma das mais belas obras
barrocas em Portugal.
Solar de Mateus – Vila Real
19. A arquitetura
Biblioteca do Convento de Mafra
O projecto pertence ao arquitecto Manuel Caetano de Sousa. Esta biblioteca é
um dos mais belos exemplares do estilo rococó (barroco final)
22. A escultura
Dois períodos:
- século XVII – “limiar do Barroco”
(influências espanholas)
- século XVIII – “Barroco pleno”
(influências francesas e italianas)
Dois tipos:
- Estatuária de vulto redondo
- baixos-relevos decorativos
(talha dourada)
23. 1ª fase A escultura
Manuel Pereira, S. Pedro
Frei Cipriano, Senhora da Piedade,
Mártir, Arco triunfal da
madeira policromada, c. 1685
Igreja do antigo Convento
de S. Domingos de
Benfica
24. 2ª fase A escultura
Claude Laprade
Aplica os modelos
franceses à tradicional
estrutura dos retábulos
Anatomias com forte
rotação de planos
+
Escorços difíceis
+
Claude Laprade, Retábulo da Capela de São Gonçalo, na
Vestes de pregueados Igreja do mesmo nome, Lisboa
amplos e volumosos
25. 2ª fase A escultura
Outros escultores:
-António Pinto de Araújo
- Jacinto Vieira
- Félix Adaústo
- Manuel Dias
António Pinto de Araújo,
S. Mateus, século XVIII,
mármore, Igreja dos
26. A escultura
-Revestimento de todas as superfícies
(altares, paredes, púlpitos, balaustradas,
frisos, cornijas, tetos, etc)
Talha
- organização dos espaços pelo
emolduramento das áreas reservadas à
pintura e aos azulejos
Complemento decorativo dos interiores
arquitetónicos
27. A escultura
A tradição da talha, designada por “estilo
nacional”, nasceu no século XVI ligada aos
retábulos de altar e encontrou no Barroco a
sua máxima expressão
Século XVIII:
– maiores volumetrias
- Construção de um espaço cénico, pela
inclusão de colunas salomónicas, de
baldaquinos, de sanefas, etc
Miguel Francisco da Silva, Igreja
28. A escultura
Miguel Francisco da Silva, Igreja
de Santa Clara, Porto, século XVIII
29. Pintura
Domínio filipino
1ª etapa:
-Fase protobarroca: influência do tenebrismo espanhol
2ª etapa:
- Fase barroca propriamente dita: novas fontes de inspiração
Representação naturalista
da luz e da sombra
Caravaggio La Tour
30. Pintura
Temática variada: -Pintura móvel
-Temas religiosos - Retábulos
- retratos (rei e nobres) - pintura de tetos
- naturezas-mortas
Especificidade do Barroco português:
conjugação, no mesmo espaço arquitetónico, da
pintura, da talha e do azulejo
31. Pintores da 1ª fase
André Reinoso, A Pregação de São Francisco Xavier em Goa, 1619,
Igreja de S. Roque, Lisboa
32. Pintores da 1ª fase
André Reinoso, A
Pregação de São
Francisco Xavier
em Goa, 1619,
Igreja de S.
Roque, Lisboa
- Figuras com gestos espressivos - fundos arquitetónicos
- composição teatral - vibração cromática rica
33. Pintores da 1ª fase
Domingos Vieira,
O Escuro, D.
Isabel de Moura,
c. 1635
34. Pintores da 1ª fase
Domingos Vieira,
O Escuro, D.
Isabel de Moura,
c. 1635
Grande
realismo
+
Contraste
cromático
35. Pintores da 1ª fase
Josefa de Óbidos,
Santa Maria
Madalena, c. 1650
36. Pintores da 1ª fase
Josefa de Óbidos,
Santa Maria
Madalena, c. 1650
Luz “à maneira
de La Tour”
+
Cabelos
desalinhados
+
gestos
expressivos
37. Pintores da 2ª fase
André Gonçalves
- Em cima: Adoração dos Magos
- à esquerda: Assunção de Nossa Senhora, c. 1730
38. Pintores da 2ª fase
- Contraste cromático
- Composição movimentada (formas
ondulantes das figuras)
André Gonçalves
- Em cima: Adoração dos Magos
- à esquerda: Assunção de Nossa Senhora, c. 1730
39. Pintores da 2ª fase
Sentimentalismo na cor e
na composição
Vieira Lusitano (Francisco Vieira de
Matos), Santa Bárbara
41. Azulejo
Decoração de grandes superfícies parietais
espaços como panos cenográficos
Revestimento Forma
decorativo narrativa
42. Azulejo
Efeitos ilusionísticos,
em trompe-l’oeil
+
Cromatismo rico
Nos palácios, temas
mitológicos, do tempo,
do mundo, bem/mal,
etc
Galeria dos Reis, jardim do Palácio do Marquês de
Fronteira, 1670, Lisboa
43. Azulejo
Efeitos ilusionísticos, em trompe-l’oeil
+
Cromatismo rico
Nas igrejas, temas da Bíblia, vida da
Virgem e dos Santos, as virtudes, etc
Igreja Nossa Senhora dos Remédios,
Carcavelos
44. O Barroco no Brasil
Rio de Janeiro
+
Recife
+
S. Salvador
Influências das escolas coimbrã e de
Lisboa e da Ordem Terceira de S.
Francisco
Aleijadinho (António Francisco
Lisboa), Igreja de São Francisco de
Assis, 1765-1775, Ouro Preto, Brasil
45. O Barroco no Brasil
Aleijadinho (Antóio Francisco
Lisboa), Igreja de São Francisco de
Assis, 1765-1775, Ouro Preto, Brasil