O documento descreve a arquitetura de ferro na segunda metade do século XIX e a arte nova entre 1890 e 1914. A arquitetura de ferro permitiu a construção de grandes estruturas leves com ferro e vidro. Os engenheiros aplicaram novos materiais e técnicas de forma funcional. A arte nova foi um movimento artístico modernista que rompeu com a tradição, inspirado pela natureza, artes decorativas e pintura japonesa. Desenvolveu-se principalmente na Bélgica e Catalunha com ênfase na dec
2. A ARQUITETURA DE FERRO
SEGUNDA METADE DO
SÉCULO XIX:
Permanência da estética
romântica: histórica e
revivalista
Valorização das
questões formais e
estéticas: escolha de
materiais nobres, eleição
do estilo, temas de
decoração, harmonia e
equilíbrio das formas
Charles Garnier, Ópera de Paris, c. 1862
3. A ARQUITETURA DE FERRO
SEGUNDA METADE DO
SÉCULO XIX:
Charles Garnier, Ópera de Paris, c. 1862
Aplicação das novas
técnicas, não na estrutura
mas com sentido
decorativo
Desvalorização das
potencia-lidades técnicas
dos novos materiais (ferro
e vidro)
4. A ARQUITETURA DE FERRO
RESPONSÁVEIS PELAS
INOVAÇÕES – OS
ENGENHEIROS:
Visão prática
Maior preparação científico-
técnica: formação nas Escolas
Politécnicas
Aplicação de saberes científicos
obtidos no ramo da física
mecânica, da resistência e
comportamento dos materiais,
da geometria (Gaspar Monge –
invenção da GD), da
Ponte de Brooklin, 1883
5. A ARQUITETURA DE FERRO
RESPONSÁVEIS PELAS
INOVAÇÕES – OS
ENGENHEIROS:
Visão prática
Maior preparação científico-
técnica: formação nas Escolas
Politécnicas
Utilização de novos
equipamentos e novos meios
construtivos
+
Aproveitamento de novos
materiais, produzidos
industrialmente e por isso mais
baratos, como o tijolo cozido, o
6. A ARQUITETURA DE FERRO
APLICAÇÃO DE NOVOS
MATERIAIS:
ferro - o processo de fundição foi
utilizado em pontes e aquedutos,
permitiu a construção de grandes
espaços com estruturas leves,
resistentes e não inflamáveis
vidro - construção de grandes
estufas, coberturas para estações e
grandes superfícies verticais
(Palácio de Cristal) e betão
(construção vertical e crescimento
muito rápido de cidades)
7. A ARQUITETURA DE FERRO
APLICAÇÃO DE NOVOS
MATERIAIS
Aplicação destes materiais, sem
preocupação estética, nos
edifícios para fins industriais,
comerciais ou de exposições
arquitetura como meio para atingir
um fim
Tinham uma visão mais
pragmática (menos poética), mais
racionalista e funcionalista (pode
não ser bonito mas tem que ser
útil), em relação às construções,
Galeria das Máquinas,
Ferdinant Dutert, Paris, 1886-
89
8. A ARQUITETURA DE FERRO
CARÁTER PRAGMÁTICO
Fazer face às novas necessidades criadas pelo
crescimento urbano:
alojamento dos trabalhadores
sistema de transportes
melhor aproveitamento dos espaços (construção
em altura)
Revisão dos sistemas, dos processos e dos modelos
construtivos
9. A ARQUITETURA DE FERRO
A “Nova Paris” depois das obras de renovação urbanística do
barão Haussman: largas avenidas, prédios altos e varandas a
Renovação
urbanística
10. A ARQUITETURA DE FERRO
VANTAGENS DA ARQUITETURA
DE FERRO:
Criação de estruturas
construtivas resistentes, fáceis
de montar e adaptáveis a
todas as dimensões e formas.
A resistência, preço e
funcionalidade comprovada
nas pontes, permitiu a sua
utilização em estrutura de
grandes cúpulas e outras
coberturas arrojadas.
Permitia vãos abertos muito
maiores, que deixavam entrar
a luz, podendo ser usados sem
que delimitassem um espaço
Ponte de Clifton, Bristol, Inglaterra,
1830-63
11. A ARQUITETURA DE FERRO
Vantagens
Construção
mais rápida
Construção
mais barata
Construção
de grandes
vãos
Construção
de edifícios
mais altos
Construção
de edifícios
mais
resistentes
12. A ARQUITETURA DE FERRO
CONSTRUÇÕES:
Gares, pontes e viadutos
Palácio de Cristal, e a I
Exposição Universal de
Londres (1851)
Torre Eiffel, Exposição
Internacional de Paris
(1889)
Construções em
“esqueletos metálicos”
Forum des Halles
Magasin Printemps
Galeria das máquinas
(Exposição De 1889)
Ponte em ferro sobre o rio Severn,
Coalbrookdale, Inglaterra, 1777-79
13. A ARQUITETURA DE FERRO
Henri Labrouste,
Biblioteca Nacional de
Paris, 1857-67,França
14. A ARQUITETURA DE FERRO
Galeria das máquinas
(Exposição de 1889)
Torre Eiffel
19. A ARQUITETURA DE FERRO
Duas tendências inovadoras:
Necessidade de modernizar
os sistemas e processos
construtivos, aproveitando os
recursos da industrialização
e o avanço da engenharia
Desenvolvimento de novos
gostos e outros conceitos
estéticos, assente nos
elementos estruturais e não
mais nos artifícios
decorativos
Boileau e Eiffel, Le Bom Marché, 1876, Paris
20. A ARQUITETURA DE FERRO
Construção de “esqueletos
metálicos”
Grandes estruturas e armazéns
comerciais
Interiores amplos cobertos por
extensas superfícies
envidraçadas, com iluminação
natural
Novos princípios arquitetónicos:
racionalidade, funcionalidade e
comodidade
Boileau e Eiffel, Le Bom Marché,
1876, Paris
21. A ARTE NOVA
1890 A 1914
Belle Époque
Prosperidade económica
+
Paz e estabilidade política
+
Progressos científicos e técnicos
Clima de optimismo e de
confiança no futuro
22. A ARTE NOVA
MODERNISMO
Movimento cultural e
artístico que atingiu todas as
artes
Ruptura com a tradição
Procura de novas
expressões que melhor
correspondessem ao
progresso e à nova estética
24. A ARTE NOVA
Movimento Arts end Crafts de
William Moris
(desenvolvimento das artes
decorativas)
Gótico flamejante (linhas
sinuosas)
Rococó (naturalismo e
decoração requintada)
Pinturas japonesas (desenho
gráfico, bidimensionalidade,
naturalismo, decorativismo)
Folclore tradicional inglês, de
inspiração celta
INFLUÊNCIAS
25. A ARTE NOVA
Movimento Arts end Crafts de William
Moris (desenvolvimento das artes
decorativas)
Nasce em 1850-60
Reação à influência da industrialização
na arte
Defesa de uma arte pura, assente na
criatividade, na originalidade e no bom
gosto (peças únicas e originais)
Valorização da estética dos objetos
quotidianos (génese da noção de
INFLUÊNCIAS
26. A ARTE NOVA
Movimento Arts end Crafts de
William Moris
(desenvolvimento das artes
decorativas)
Gótico flamejante (linhas
sinuosas)
Rococó (naturalismo e
decoração requintada)
Pinturas japonesas (desenho
gráfico, bidimensionalidade,
naturalismo, decorativismo)
Folclore tradicional inglês, de
inspiração celta
INFLUÊNCIAS
27. A ARTE NOVA
- Movimento Arts end Crafts de
William Moris
(desenvolvimento das artes
decorativas)
- Gótico flamejante (linhas
sinuosas)
- Rococó (naturalismo e
decoração requintada)
- Pinturas japonesas (desenho
gráfico, bidimensionalidade,
naturalismo, decorativismo)
- Folclore tradicional inglês, de
inspiração celta
INFLUÊNCIAS
28. A ARTE NOVA
Aplicação da nova estética a
todas as modalidades
artísticas:
- Arquitetura
- Pintura
- Escultura
- Artes aplicadas
- Artes gráficas
- Dança
- Princípio da unidade das artes
29. A ARTE NOVA
Victor Horta, hall central da Casa van
Eetvelde, 1899, Bruxelas, Bélgica
Inovação formal:
- Originalidade e criatividade
- Rejeição dos estilos académicos,
históricos e revivalistas
- Inspiração na natureza (fauna e
flora)
- Preferência por estruturas
orgânicas
- Movimentos sinuosos e
encadeados (dinamismo
expressivo)
CARACTERÍSTICAS
30. A ARTE NOVA
Adesão ao progresso:
Novas técnicas
Novos materiais (ladrilho
cozido, ferro, vidro, betão
e outros)
Utilizados de forma
estrutural e decorativa
CARACTERÍSTIC
AS
31. A ARTE NOVA
Adopção de uma nova
estética:
Decoração exuberante no
interior e no exterior
Linhas sinuosas, elásticas e
flexíveis
Linhas estilizadas ou
geometrizadas
Procura de movimento, ritmo,
expressão
Intuito decorativo
CARACTERÍSTIC
AS
32. A ARTE NOVA
Cunho estruturalista:
Aproveitamento das estruturas
para fins decorativos, numa
verdadeira aliança entre forma
e função
Vitor Horta, Casa do Arquiteto, 1898-1900,
Bruxelas, Bélgica
CARACTERÍSTIC
AS
33. A ARTE NOVA
Duas tendências
Antoní Gaudi, Casa Milà, 1906-10,
Barcelona
Joseph Hoffman, Palácio Stoclet, 1905-11,
Bruxelas, Bélgica
CARACTERÍSTIC
AS
34. A ARTE NOVA
Duas tendências:
Tónica na estética
ornamental, floral,
naturalista e
curvilínea
Antoní Gaudi, Casa Milà, 1906-10
35. A ARTE NOVA
Duas tendências:
Vertente mais
estrutural, geométrica
e funcionalista sem,
contudo, abandonar o
ornamento (que tratou
de forma mais
contida, planimétrica
e abstratizante)
Joseph Hoffman, Palácio Stoclet, 1905-11,
Bruxelas, Bélgica
36. A ARTE NOVA
Bélgica (Bruxelas):
- Desenvolvimento
económico
- Mecenato de Leopoldo II
Focos
Victor Horta:
- Edifícios de estruturas
simples e sóbrias
- Fachadas movimentadas
- Grandes janelões
- Interiores funcionais
- Aliança decoração/elementos
estruturais
- Jogos de espelhos e pinturas
ilusórias
Victor Horta, Casa Tassel
37. A ARTE NOVA
Bélgica (Bruxelas):
- Desenvolvimento
económico
- Mecenato de Leopoldo II
Focos
Victor Horta, Casa Tassel
Victor Horta:
- Edifícios de estruturas
simples e sóbrias
- Fachadas movimentadas
- Grandes janelões
- Interiores funcionais
- Aliança decoração/elementos
estruturais
- Jogos de espelhos e pinturas
ilusórias
38. A ARTE NOVA Focos
Victor Horta, Casa Tassel
Victor Horta:
- Edifícios de estruturas
simples e sóbrias
- Fachadas movimentadas
- Grandes janelões
- Interiores funcionais
- Aliança decoração/elementos
estruturais
- Jogos de espelhos e pinturas
ilusórias
42. A ARTE NOVA
Henry van de Velde:
- Pintor, arquiteto e
designer
- Mobiliário formal e
funcional
Focos
43. A ARTE NOVA
Arte Nova Francesa
Hector Guimard
Focos
Guimard, Hotel Béranger, 1884-88
44. A ARTE NOVA
Arte Nova Francesa
Hector Guimard
Focos
Entradas para o metro de
Armações e redes metálicas e formas vegetalistas
45. A ARTE NOVA
Catalunha
Luís Domenech i Montaner:
- Formas simples
- Uso de materiais locais
(ladrilhos cozidos de cor
vermelha)
Focos
Palácio da Música Catalã
46. A ARTE NOVA
Catalunha
Antoní Gaudi (arquiteto-
escultor ou arquiteto-
poeta)
- Influências locais de
raíz gótica e mudéjar
- Construções e plantas
orgânicas
- Modelação dinâmica
dos volumes estruturais
- Mistura de materiais
(betão, ferro, vidro,
madeira, tijolo,
cerâmica e azulejos
Focos
Casa Milà
47. A ARTE NOVA
Catalunha
Antoní Gaudi (arquiteto-
escultor ou arquiteto-
poeta)
- Influências locais de
raíz gótica e mudéjar
- Construções e plantas
orgânicas
- Modelação dinâmica
dos volumes estruturais
- Mistura de materiais
(betão, ferro, vidro,
madeira, tijolo,
cerâmica e azulejos
Focos
Casa Milà
53. A ARTE NOVA Focos
Mackintosh, Escola de Arte de Glasgow, 1896-
1909, Escócia
Escola de Glasgow,
Escócia:
Charles Rennie
Mackintosh
- Estruturas
ortogonais de ferro
- Paredes lisas de
pedra
- Grandes superfícies
envidraçadas
- Decoração contida
- Racionalismo
estrutural e
54. A ARTE NOVA Focos
Mackintosh, Hill House, Escócia
Escola de Glasgow,
Escócia:
Charles Rennie
Mackintosh
- Estruturas
ortogonais de ferro
- Paredes lisas de
pedra
- Grandes superfícies
envidraçadas
- Decoração contida
- Racionalismo
estrutural e
55. A ARTE NOVA Focos
Escola de Glasgow, Escócia:
Charles Rennie Mackintosh
- Trabalhos decorativos e
mobiliário marcados pelo
racionalismo mais estrutural e
geométrico
56. A ARTE NOVA Focos
Escola de Glasgow,
Escócia:
Charles Rennie Ma-
ckintosh
- Trabalhos
decorativos e
mobiliário marcados
pelo racionalismo
mais estrutural e
geométrico
57. A ARTE NOVA Focos
Joseph Hoffman, Palácio Stoclet,
1905-11, Bruxelas
Áustria
“Escola de Secessão
Vienense”
- Pintor Gustave Klimt
- Arquitetos J. Maria Ölbrich e
Joseph Hoffman
- modernismo pré-racionalista
- Simplificação geométrica dos
volumes e das formas
- distribuição simétrica,
racional e funcional dos
espaços
58. A ARTE NOVA Focos
Joseph Maria Ölbrich, edifício da Secessão Vienense, 1898-1899, Áustria
59. A ARTE NOVA Focos
Klimt, O Beijo, 1907-08
Gustve Klimt
- Temáticas
geométricas e
vegetalistas
- Conciliação entre
elementos figurativos
e outros meramente
decorativos
60. A ARTE NOVA Focos
Louis Sullivan, Auditório de Chicago, 1886-
89, Chicago
Escola de Chicago:
- Modernização dos
sistemas de
construção permitiu o
aparecimento de
edifícios em altura
- Regularidade
horizontal e vertical
61. A ARTE NOVA Focos
A Casa da Cascata
Frank Loyd Wright:
- Arquitetura
organicista e
funcional
- Integração do
edifício no meio
envolvente
- Nova conceção
estética do espaço
interior, alargado e
projetado sobre o
exterior
62. A ARTE NOVA Focos
A Casa Ennis
Frank Loyd Wright:
- Arquitetura
organicista e
funcional
- Integração do
edifício no meio
envolvente
- Nova conceção
estética do espaço
interior, alargado e
projetado sobre o
exterior
63. A ARTE NOVA Focos
Museu Guggenheim, 1956, Nova Iorque
Frank Loyd Wright:
- Arquitetura
organicista e
funcional
- Integração do
edifício no meio
envolvente
- Nova conceção
estética do espaço
interior, alargado e
projetado sobre o
exterior