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ENFERMEDAD
OCUPACIONAL
MEDICINA INSTITUCIONAL
DOCTOR CARLOS
CARRASCO
INTEGRANTES:
ANDRESSON SOARES
ELDER CLAUDIO
ELIDOMAR LEITE
JESSICA SALES
KATIANE SEGURA
SIMONI DIAS
ENFERMEDADES
OCUPACIONALES
PULMONARES
ALERGICAS
DOENÇAS OCUPACIONAIS
INTRODUÇÃO
No século XVI, já se descreviam as primeiras
relações entre trabalho e doença, mas apenas
em 1.700, no século III, foi que se chamou
atenção para as doenças profissionais, quando
o italiano Bernardino Ramazzi publicou o livro
De Morbis Artificum Diatriba ("As Doenças dos
Trabalhadores").
Nesta obra, ele descreve, com extraordinária
precisão para a época uma serie de doenças
relacionadas com mais de 50 profissões
diferentes.
Diante disso, Ramazzi foi cognominado o "Pai
Medicina do Trabalho", e as perguntas clássicas
que o médico faz ao paciente na anammese
clinica foi acrescentada mais uma: "Qual a sua
ocupação?".
O advento da Revolução Industrial
ocasionou o surgimento das fabricas, as
quais passaram a empregar grande parte
população, multiplicando as ocupações e
trazendo, como conseqüência, uma serie
de problemas de saúde. Com isso, surge
também a necessidade de o médico entrar
nas fabricas e dedicar atenção ao
trabalhador e as condições de trabalho.
Doença ocupacional é designação de
várias doenças que causam alterações na
saúde do trabalhador, provocadas por
fatores relacionados com o ambiente de
trabalho.
Uma doença ocupacional normalmente é
adquirida quando um trabalhador é
exposto acima do limite permitido por lei a
agentes químicos, físicos, biológicos ou
radioativos, sem proteção compatível
com o risco envolvido.
EPC / EPI
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS
RELACIONADAS AO TRABALHO
APARELHO RESPIRATÓRIO
• VIAS RESPIRATÓRIAS
SUPERIORES
• VIAS RESPIRATÓRIAS
INFERIORES
• PULMÕES
• PLEURA
APARELHO RESPIRATÓRIO
DOENÇAS OCUPACIONAIS
• AGUDAS
• CRÔNICAS
DOENÇAS OCUPACIONAIS
AGUDAS
• VRS/VRI
• Irritação
• Infecção
• Alergia
• Pneumonias químicas e microbianas
• Derrame pleural
DOENÇAS OCUPACIONAIS
CRÔNICAS
VRS
- Ulcera de septo nasal;
- Adenocarcinoma das cavidades paranasais.
VRI
- Asma ocupacional
- DPOC (A doença pulmonar obstrutiva crônica é uma doença
crônica dos pulmões que diminui a capacidade para a
respiração).
- Pneumoconioses (são doenças que provocam uma fibrose ou
endurecimento do tecido pulmonar em razão do acúmulo de
poeira tóxica nos pulmões).
- Mesotelioma ( é um tipo de câncer que se desenvolve nas
células do tecido mesotelial. A maioria dos casos tem origem
na pleura.
ASMA OCUPACIONAL
É a obstrução variável das vias aéreas inferiores induzidas
por agentes inaláveis, na forma de gases, vapores ou
fumos, presentes em ambiente de trabalho.
Apresenta causas imunológicas ( produtos de origem animal
e vegetal) e não imunológicas ( substâncias irritantes).
ASMA AGRAVADA POR FATOR OCUPACIONAL X ASMA
OCUPACIONAL
Diagnóstico
• História clinica compatível;
• Presença de agente conhecidamente
causador de AO em ambiente de trabalho;
Bissinose
A bissinose pode ser caracterizada
como uma doença com efeitos
pulmonares agudos e crônicos causado
pela inalação de fibras vegetais
(algodão, linho, cânhamo, juta, sisal).
Manifesta-se...
• Pela sensação de aperto no tórax e dificuldade
para respirar que geralmente, ocorre nos
primeiros turnos do trabalho, após o final de
semana, volta as férias, ou no retorno de
afastamentos.
• Estes sintomas tem retorno gradual após
algumas horas de exposição e podem revelar
distúrbios respiratórios do tipo
obstrutivo, reversível, que após anos de
exposição poderá evoluir para obstrução fixa.
Pneumonites de hipersensibilidade
• Grupo de doenças pulmonares resultantes
da sensibilização por exposições
inalatórias a antígenos
bacterianos, fungicos, proteínas de alto
peso molecular e inorgânicos.
• Feno, palha e cereais mofados > pulmão
de fazendeiro.
• Cana mofada > bagaçose.
• Pó de madeira.
• Penas e excrementos de aves > pulmão
dos criadores de ave.
PNEUMOCONIOSE
Termo criado por
Zenker, em 1866, para
designar um grupo de
doenças crônicas do
parênquima pulmonar que
se originam da exposição a
poeiras fibrosantes. Em
1971, este termo foi
redefinido como sendo o
acúmulo de poeiras nos
pulmões + a reação tecidual
a sua presença.
O termo Pneumoconioses é largamente
utilizado quando se designa o grupo
genérico de pneumopatias relacionadas
etiologicamente à inalação de poeiras em
ambientes de trabalho.
PNEUMOCONIOSES PRINCIPAIS
NÃO FIBROGÊNICAS
- Siderose
- Estanose
- Baritose
FIBROGÊNICAS
- Silicose
- Asbestose
- Pneumoconiose dos trabalhadores de carvão
- Beriliose
- Pneumoconiose por Poeiras Mistas
- Pneumoconiose por Metais Duros
PNEUMOCONIOSE DIATOMITICA
+ DPOC
• BM, masculino, 56
anos,trabalha com terra
diatomática (20 anos);
doente há 5
anos, dispnéia, tosse
produtiva; fumante 20
cigarros/dia;
roncos, padrão obstrutivo
em grau moderado.
AGENTE FÍSICO CANCÊR DE
PULMÃO
Em 1879, Hurting e Hesse descreveram
mortes de mineiros nas regiões de
mineração da Europa central, por Câncer
de Pulmão. A explicação definitiva sobre a
origem desta doença em mineiros só
aconteceu em 1920, quando se
estabeleceu a ligação entre câncer
pulmonar e radiação ionizante, que existe
em concentrações importantes em minas
de urânio e outras minas.
SIDEROSE
A siderose pulmonar é uma
pneumoconiose causada pela
inalação de poeiras e fumos
contendo óxidos de
ferro, inicialmente descrita por
Doig e McLaughlin, em
1936, em
um soldador de arco elétrico.
Do ponto de vista de freqüência e
difusão do risco inalatório específico no
meio ocupacional, a siderose representa a
pneumoconiose simples mais importante.
A exposição ocupacional ao ferro talvez
seja a mais comum no meio industrial.
Pode acometer trabalhadores
expostos a atividades
extrativas de minério de ferro
(hematita, magnetita, limonit
a), produção de pigmentos
naturais
contendo óxidos de ferro em
tintas e pisos, metalurgia de
aço, ferro e ligas, solda a
arco elétrico.
Dependendo da atividade profissional, existe
exposição a outros agentes potencialmente
lesivos, quando inalados juntamente com o ferro.
Na mineração de ferro, os óxidos de ferro podem
estar associados a sílica em concentrações
variáveis, causando lesão pulmonar mista
chamada siderossilicose.
Silicose
A silicose é a formação permanente de
tecido cicatricial nos pulmões causada
pela inalação de pó de sílica (quartzo).
Silicose, a doença profissional mais antiga
que se conhece, desenvolve-se em
pessoas que inalaram pó de sílica durante
muitos anos. O pó de sílica é o elemento
principal que constitui a areia, sendo por
isso freqüente a exposição entre os
mineiros do metal, os cortadores de
arenito e de granito, os operários das
fundições e os oleiros.
Os sintomas aparecem, geralmente, após
20 ou 30 anos de exposição ao pó. No
entanto, nos trabalhos em que se utilizam
jactos de areia, na construção de túneis e
na fabrica de sabões abrasivos que
requerem quantidades elevadas de pó de
sílica, os sintomas podem surgir em
menos de 10 anos.
Os enzimas libertados pelas células depuradoras
causam a formação de tecido cicatricial nos
pulmões. No princípio, as zonas cicatrizadas
são pequenas protuberâncias redondas (silicose
nodular simples), mas, finalmente, reúnem-se
em grandes massas (conglomerados
silicóticos).
Estas áreas cicatrizadas não permitem a
passagem do oxigênio para o sangue de forma
normal. Assim os pulmões perdem elasticidade
e requer-se mais esforço para respirar.
Sintomas e diagnóstico.
• Os indivíduos com silicose nodular
simples não têm dificuldade em
respirar, mas têm tosse e expectoração
devido à irritação das grandes vias
aéreas, no processo denominado
bronquite.
• A silicose conglomerada pode causar
tosse, produção de expectoração e dispnéia.
• No princípio, a dispnéia verifica-se só durante
os momentos de atividade, mas por fim
manifesta-se também durante o repouso.
• A respiração pode piorar aos 2 a 5 anos depois
de ter deixado de trabalhar com sílica. O pulmão
lesado submete o coração a um esforço
excessivo e pode causar insuficiência
cardíaca, a qual, por sua vez, pode evoluir para
a morte.
A silicose diagnostica-se com uma
radiografia no tórax que mostra o
padrão típico de cicatrizes e
nódulos.
Prevenção.
• O controlo da produção do pó no local de
trabalho pode ajudar a prevenir a silicose.
Quando esta não pode ser
controlada, como poderá ser o caso da
indústria de jatos de areia, os
trabalhadores devem usar máscaras que
forneçam ar exterior limpo ou que filtrem
completamente as partículas.
• Essa proteção pode não estar ao alcance
de todos os trabalhadores numa zona
poeirenta (por exemplo, pintores e
soldadores) e, nesse caso, sempre que
seja possível, devem utilizar-se abrasivos
diferentes da areia.
• Os trabalhadores expostos ao pó da sílica
devem fazer radiografias no tórax com
regularidade, todos os 6 meses os que
trabalham com jatos de areia e todos os 2
a 5 anos os restantes, de modo que seja
possível detectar qualquer problema o
mais cedo possível.
• Se a radiografia revelar silicose, o
médico, provavelmente, aconselhará o
trabalhador a evitar a exposição constante
à sílica.
Tratamento
A silicose é incurável.
• No entanto, pode deter-se a evolução da
doença, interrompendo a exposição à
sílica desde os primeiros sintomas.
• Uma pessoa com dificuldade em respirar
pode sentir alívio com o tratamento
utilizado para a doença pulmonar crônica
obstrutiva, como são os medicamentos
que dilatam os brônquios e expelem as
secreções das vias aéreas.
Pulmão negro.
O pulmão negro (pneumoconiose dos
carvoeiros) é uma doença pulmonar
causada pela acumulação de pó de
carvão nos pulmões.
• É consequência da aspiração do pó de carvão durante
muito tempo.
• No pulmão negro simples, o pó do carvão acumula-se à
volta das vias respiratórias inferiores (bronquíolos) dos
pulmões. Apesar de o pó de carvão ser relativamente
inerte e não provocar demasiadas reações, estende-se
por todo o pulmão e numa radiografia observa-se sob a
forma de pequenas manchas.
• O pó de carvão não obstrui as vias respiratórias.
• Todos os anos, 1 % a 2 % das pessoas com
pulmão negro simples desenvolvem uma forma
mais grave da doença, denominada fibrose
maciça progressiva, na qual se formam
cicatrizes em áreas extensas do pulmão (com
um mínimo de 1,5 cm de diâmetro).
• A fibrose maciça progressiva piora mesmo que
a pessoa já não esteja exposta ao pó de carvão.
O tecido pulmonar e os vasos sanguíneos dos
pulmões podem ficar destruídos pelas cicatrizes.
Sintomas e diagnóstico.
O pulmão negro simples, geralmente, não
produz sintomas.
• Por outro lado, na fase de maior gravidade
há tosse e, às vezes, uma dispnéia
incapacitante.
• O médico estabelece o diagnóstico
quando detecta as manchas
características na radiografia no tórax da
pessoa que esteve exposta ao pó do
carvão durante muito tempo, em regra
alguém que trabalhou nas minas debaixo
de terra pelo menos 10 anos.
Prevenção e tratamento.
• Pode prevenir-se o pulmão negro
suprimindo o pó do carvão no local de
trabalho. Os trabalhadores do carvão
fazem radiografias no tórax todos os 4 a 5
anos, de modo que a doença possa ser
detectada no estágio inicial. Quando esta
se detecta, o trabalhador deve ser
transferido para uma zona com baixas
concentrações de pó de carvão para
prevenir a fibrose maciça progressiva.
• A prevenção é fundamental pois não há
cura para o pulmão negro. A pessoa que
não pode respirar livremente pode
beneficiar-se dos tratamentos utilizados
para a doença pulmonar crônica
obstrutiva, como os fármacos que
permitem manter as vias aéreas abertas e
livres de secreções.
Asbestose
• A asbestose é uma formação extensa de
tecido cicatricial nos pulmões causada
pela aspiração do pó de amianto.
O amianto é composto por silicato
de mineral fibroso de composição
química diversa.
• Quando se inala, as fibras de amianto
fixam-se profundamente nos
pulmões, causando cicatrizes. A inalação
de amianto pode também produzir o
espessamento dos dois folhetos da
membrana que reveste os pulmões (a
pleura).
• As pessoas que trabalham com o amianto
correm o risco de sofrer doenças
pulmonares.
• Os operários que trabalham na demolição
de construções com isolamento de
amianto também correm risco, embora
menor.
• Quanto mais tempo um indivíduo estiver
exposto às fibras de amianto, maior é o
risco de contrair uma doença relacionada
com o amianto.
Sintomas
• Os sintomas da asbestose aparecem
gradualmente só depois da formação de
muitas cicatrizes e quando os pulmões
perdem a sua elasticidade. Os primeiros
sintomas são a dispnéia ligeira e a
diminuição da capacidade para o
exercício.
• Os grandes fumadores que sofrem de
bronquite crônica juntamente com
asbestose podem tossir.
• A respiração torna-se, gradualmente, mais
difícil.
• Cerca de 15 % das pessoas com
asbestose têm dispnéia e insuficiência
respiratória.
• Por vezes a inalação de fibras de amianto
pode fazer com que se acumule líquido no
espaço que se encontra entre as camadas
pleurais (cavidade pleural).
• Em raras ocasiões, o amianto causa
tumores na pleura, denominados
mesoteliomas, ou em membranas do
abdómen, chamados mesoteliomas
peritoneais.
• Os mesoteliomas causados pelo amianto
são um tipo de cancro que não se
consegue curar.
• Geralmente, aparecem depois da
exposição à crocidolite , um dos quatro
tipos de amianto.
• A amosite, outro tipo, também produz
mesoteliomas.
• O crisótilo, provavelmente, não produz
mesoteliomas, mas, às vezes, está
contaminado com tremolite. Os
mesoteliomas desenvolvem-se, de modo
geral, ao fim de 30 ou 40 anos de
exposição ao amianto.
crocidolite
amosite
crisótilo
tremolite
• O cancro do pulmão está relacionado, em
parte, com o grau de exposição às fibras
de amianto; no entanto, entre as pessoas
que sofrem de asbestose, o cancro do
pulmão desenvolve-se quase
exclusivamente naquelas que também
fumam cigarros, em especial nas que
fumam mais de um maço por dia.
Diagnóstico
• Nas pessoas com antecedentes de
exposição ao amianto, o médico pode, às
vezes, diagnosticar asbestose com uma
radiografia no tórax que mostre as
alterações características.
• De modo geral, a função pulmonar da
pessoa é anormal e, ao auscultar o
pulmão, podem ouvir-se sons
anormais, as chamadas crepitações.
• Para determinar se um tumor pleural é
canceroso, o médico pratica uma biopsia
(extração de uma pequena porção de
pleura para ser examinada ao
microscópio). Pode-se também extrair e
analisar o líquido que rodeia os pulmões
(um procedimento denominado
toracentese); no entanto, este
procedimento não é habitualmente tão
rigoroso como a biopsia.
Prevenção e tratamento
• As doenças causadas pela inalação de
amianto podem prevenir-se diminuindo ao
máximo o pó e as fibras de amianto no
local de trabalho.
• Dado que o controle do pó melhorou nas
indústrias que utilizam o amianto, atualmente é
menor o número de pessoas que sofrem de
asbestose, mas os mesoteliomas continuam a
aparecer em indivíduos que estiveram expostos
até há 40 anos.
• O amianto deveria ser extraído por
trabalhadores especializados em técnicas de
extração. Os fumadores que estiveram em
contato com o amianto podem reduzir o risco de
cancro deixando de fumar.
• A maioria dos tratamentos para a
asbestose alivia os sintomas; por
exemplo, a administração de oxigênio
alivia a dispnéia. Drenar o líquido à volta
dos pulmões pode também facilitar a
respiração.
• Há casos em que o transplante do pulmão
deu resultados muito positivos na
asbestose. Os mesoteliomas são
invariavelmente mortais e a extirpação
cirúrgica do tumor não cura o cancro.
Beriliose
• A beriliose é uma inflamação pulmonar
causada pela aspiração de pó ou de
vapores que contêm berílio.
O que é o berílio?
É um elemento alcalino-
terroso, bivalente, tóxico, de coloração
cinza, duro, leve, quebradiço e sólido na
temperatura ambiente.
É empregado para aumentar a resistência
de ligas metálicas(especialmente a de
cobre). É empregado para produzir
diversos instrumentos
(giroscópios), dispositivos (molas de
relógios), e em reatores nucleares.
• No passado, o berílio extraía-se das
minas para ser utilizado nas indústrias
químicas e eletrônicas e no fabrica de
lâmpadas fluorescentes.
Atualmente, utiliza-se principalmente na
indústria aeroespacial. Além dos
trabalhadores destas indústrias, algumas
pessoas que vivem perto das refinarias de
berílio desenvolvem também a beriliose.
• A diferença entre a beriliose e as outras
doenças pulmonares ocupacionais é que os
processos pulmonares parecem produzir-se
somente em indivíduos sensíveis ao berílio e
que representam, aproximadamente, 2 % dos
que estão em contato com ele.
• A doença pode manifestar-se inclusive naquelas
pessoas que sofreram uma exposição
relativamente breve ao berílio e os sintomas
podem tardar de 10 a 20 anos a aparecer.
Sintomas e diagnóstico
• Em algumas pessoas, a beriliose surge de
repente (beriliose aguda), principalmente
sob a forma de uma inflamação do tecido
pulmonar (pneumonite). As pessoas com
beriliose aguda têm acessos repentinos
de tosse, dificuldade em respirar e perda
de peso. A beriliose aguda pode também
afetar a pele e os olhos.
• Outros indivíduos sofrem de beriliose
crônica, caracterizada pela formação de
um tecido anormal nos pulmões e pelo
aumento de volume dos gânglios
linfáticos. Nestas pessoas, a tosse, a
dificuldade respiratória e a perda de peso
desenvolvem-se de forma gradual.
• O diagnóstico baseia-se na história
pessoal de exposição ao berílio, nos
sintomas e nas alterações características
que se podem observar na radiografia do
tórax. No entanto, as radiografias de
beriliose parecem-se com as de outra
doença pulmonar, daí pode ser
necessários exames imunológicos
complementares.
Tratamento
• A beriliose aguda pode ser grave, inclusive
mortal. No entanto, de modo geral, os indivíduos
restabelecem-se, apesar de estarem no início
muito doentes devido à rigidez dos pulmões e à
alteração da função pulmonar.
• Com um tratamento adequado, o doente
recupera-se, habitualmente, ao fim de um
período de 7 a 10 dias, sem efeitos colaterais.
• Quando os pulmões estão gravemente afetados
pela beriliose crônica, o coração pode sofrer
devido a um esforço excessivo, provocando
insuficiência cardíaca e morte.
• Às vezes, prescrevem-se
corticosteróides, como a prednisona oral, para a
beriliose crônica, embora infelizmente não
sejam muito úteis.
Exposição a gases e substâncias
químicas
• Muitos tipos de gases, como o cloro, o
fosgênio, o anidrido sulfuroso, o sulfato de
hidrogênio, o peróxido de azoto e o
amoníaco, podem libertar-se de repente
por um acidente industrial e irritar
gravemente os pulmões.
• Os gases como o cloro e o amoníaco
dissolvem-se com facilidade e irritam
imediatamente a boca, o nariz e a
garganta. As zonas inferiores dos pulmões
só se vem afetadas quando o gás é
inalado profundamente.
• Os gases radioativos, que se libertam no
acidente de um reator nuclear, podem provocar
cancro do pulmão e outras formas de cancro
que podem demorar anos a desenvolver-se.
Alguns gases como o peróxido de azoto não se
dissolvem facilmente. Por conseguinte, não
provocam sinais de exposição, como irritação
do nariz e dos olhos, e são mais propensos a
serem profundamente inalados nos pulmões.
Esses gases podem causar inflamação das vias
aéreas inferiores (bronquiolite) ou mesmo a
acumulação de líquido nos pulmões (edema
pulmonar).
• Na doença dos trabalhadores dos
silos, que surge por inalação de vapores
que contêm peróxido de azoto libertado
pela fermentação nos silos, o líquido pode
só aparecer nos pulmões 12 horas depois
da exposição; a afecção pode melhorar
transitoriamente e depois reaparecer ao
fim de 10 ou 14 dias, inclusive sem ter
havido um novo contato com o gás. Essa
recorrência tende a afetar as vias aéreas
inferiores (bronquíolos).
• Em algumas pessoas pode aparecer
bronquite crônica provocada pela
exposição a pequenas quantidades de
gás ou outras substâncias químicas
durante um período prolongado.
• Além disso, julga-se que a exposição a
certas substâncias químicas (os
compostos de arsénico e os
hidrocarburetos) provoca cancro em
algumas pessoas. O cancro pode
desenvolver-se nos pulmões ou em
qualquer parte do organismo, dependendo
da substância inalada.
Sintomas e diagnóstico
• Os gases solúveis como o cloro produzem
queimaduras graves nos olhos, no nariz, na
garganta, na traquéia e nas vias aéreas
superiores.
• Causam, frequentemente, tosse e sangue na
expectoração (hemoptise), sendo também
frequentes as náuseas e a dispnéia.
• Os gases menos solúveis como o peróxido de
azoto produzem dispnéia, por vezes grave, ao
fim de 3 ou 4 horas.
• Uma radiografia no tórax pode por em evidência
se houve edema pulmonar ou bronquiolite.
Prevenção e tratamento
• A maioria das pessoas recupera completamente
de uma exposição acidental a gases. A
complicação mais grave é a infecção pulmonar.
• A melhor forma de prevenir a exposição é
trabalhar com um cuidado extremo quando se
manipulam gases e substâncias químicas.
• No caso de uma fuga acidental, devem estar
disponíveis as máscaras antigás com a sua
reserva de ar. Os agricultores dos silos têm de
estar informados sobre o perigo das exposições
a gases tóxicos.
• O oxigênio é a base do tratamento.
Quando a lesão pulmonar é grave, a
pessoa pode ter necessidade de
respiração artificial. Os fármacos que
abrem as vias aéreas, os líquidos por via
endovenosa e os antibióticos podem ser
úteis. Prescrevem-
se, frequentemente, corticosteróides, com
o a prednisona, para reduzir a inflamação
dos pulmões.
Pneumoconiose benigna
Há outras substâncias que, em algumas
ocasiões, levam a alterações dos pulmões nas
radiografias.
A siderose resulta da inalação do óxido de
ferro; a baritose, da inalação de bário, e a
estanose, da inalação de partículas de estanho.
Embora estas poeiras sejam evidentes na
radiografia do tórax, não causam grandes
reações no pulmão, de modo que as pessoas
expostas a eles não manifestam sintomas nem
deterioração funcional.
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Doenças ocupacionais

  • 1. ENFERMEDAD OCUPACIONAL MEDICINA INSTITUCIONAL DOCTOR CARLOS CARRASCO INTEGRANTES: ANDRESSON SOARES ELDER CLAUDIO ELIDOMAR LEITE JESSICA SALES KATIANE SEGURA SIMONI DIAS
  • 3. DOENÇAS OCUPACIONAIS INTRODUÇÃO No século XVI, já se descreviam as primeiras relações entre trabalho e doença, mas apenas em 1.700, no século III, foi que se chamou atenção para as doenças profissionais, quando o italiano Bernardino Ramazzi publicou o livro De Morbis Artificum Diatriba ("As Doenças dos Trabalhadores").
  • 4. Nesta obra, ele descreve, com extraordinária precisão para a época uma serie de doenças relacionadas com mais de 50 profissões diferentes. Diante disso, Ramazzi foi cognominado o "Pai Medicina do Trabalho", e as perguntas clássicas que o médico faz ao paciente na anammese clinica foi acrescentada mais uma: "Qual a sua ocupação?".
  • 5. O advento da Revolução Industrial ocasionou o surgimento das fabricas, as quais passaram a empregar grande parte população, multiplicando as ocupações e trazendo, como conseqüência, uma serie de problemas de saúde. Com isso, surge também a necessidade de o médico entrar nas fabricas e dedicar atenção ao trabalhador e as condições de trabalho.
  • 6. Doença ocupacional é designação de várias doenças que causam alterações na saúde do trabalhador, provocadas por fatores relacionados com o ambiente de trabalho.
  • 7. Uma doença ocupacional normalmente é adquirida quando um trabalhador é exposto acima do limite permitido por lei a agentes químicos, físicos, biológicos ou radioativos, sem proteção compatível com o risco envolvido. EPC / EPI
  • 9. APARELHO RESPIRATÓRIO • VIAS RESPIRATÓRIAS SUPERIORES • VIAS RESPIRATÓRIAS INFERIORES • PULMÕES • PLEURA
  • 11. DOENÇAS OCUPACIONAIS AGUDAS • VRS/VRI • Irritação • Infecção • Alergia • Pneumonias químicas e microbianas • Derrame pleural
  • 12. DOENÇAS OCUPACIONAIS CRÔNICAS VRS - Ulcera de septo nasal; - Adenocarcinoma das cavidades paranasais. VRI - Asma ocupacional - DPOC (A doença pulmonar obstrutiva crônica é uma doença crônica dos pulmões que diminui a capacidade para a respiração). - Pneumoconioses (são doenças que provocam uma fibrose ou endurecimento do tecido pulmonar em razão do acúmulo de poeira tóxica nos pulmões). - Mesotelioma ( é um tipo de câncer que se desenvolve nas células do tecido mesotelial. A maioria dos casos tem origem na pleura.
  • 13. ASMA OCUPACIONAL É a obstrução variável das vias aéreas inferiores induzidas por agentes inaláveis, na forma de gases, vapores ou fumos, presentes em ambiente de trabalho. Apresenta causas imunológicas ( produtos de origem animal e vegetal) e não imunológicas ( substâncias irritantes). ASMA AGRAVADA POR FATOR OCUPACIONAL X ASMA OCUPACIONAL
  • 14. Diagnóstico • História clinica compatível; • Presença de agente conhecidamente causador de AO em ambiente de trabalho;
  • 15. Bissinose A bissinose pode ser caracterizada como uma doença com efeitos pulmonares agudos e crônicos causado pela inalação de fibras vegetais (algodão, linho, cânhamo, juta, sisal).
  • 16. Manifesta-se... • Pela sensação de aperto no tórax e dificuldade para respirar que geralmente, ocorre nos primeiros turnos do trabalho, após o final de semana, volta as férias, ou no retorno de afastamentos. • Estes sintomas tem retorno gradual após algumas horas de exposição e podem revelar distúrbios respiratórios do tipo obstrutivo, reversível, que após anos de exposição poderá evoluir para obstrução fixa.
  • 17. Pneumonites de hipersensibilidade • Grupo de doenças pulmonares resultantes da sensibilização por exposições inalatórias a antígenos bacterianos, fungicos, proteínas de alto peso molecular e inorgânicos.
  • 18. • Feno, palha e cereais mofados > pulmão de fazendeiro. • Cana mofada > bagaçose. • Pó de madeira. • Penas e excrementos de aves > pulmão dos criadores de ave.
  • 19. PNEUMOCONIOSE Termo criado por Zenker, em 1866, para designar um grupo de doenças crônicas do parênquima pulmonar que se originam da exposição a poeiras fibrosantes. Em 1971, este termo foi redefinido como sendo o acúmulo de poeiras nos pulmões + a reação tecidual a sua presença.
  • 20. O termo Pneumoconioses é largamente utilizado quando se designa o grupo genérico de pneumopatias relacionadas etiologicamente à inalação de poeiras em ambientes de trabalho.
  • 21. PNEUMOCONIOSES PRINCIPAIS NÃO FIBROGÊNICAS - Siderose - Estanose - Baritose FIBROGÊNICAS - Silicose - Asbestose - Pneumoconiose dos trabalhadores de carvão - Beriliose - Pneumoconiose por Poeiras Mistas - Pneumoconiose por Metais Duros
  • 22. PNEUMOCONIOSE DIATOMITICA + DPOC • BM, masculino, 56 anos,trabalha com terra diatomática (20 anos); doente há 5 anos, dispnéia, tosse produtiva; fumante 20 cigarros/dia; roncos, padrão obstrutivo em grau moderado.
  • 23. AGENTE FÍSICO CANCÊR DE PULMÃO Em 1879, Hurting e Hesse descreveram mortes de mineiros nas regiões de mineração da Europa central, por Câncer de Pulmão. A explicação definitiva sobre a origem desta doença em mineiros só aconteceu em 1920, quando se estabeleceu a ligação entre câncer pulmonar e radiação ionizante, que existe em concentrações importantes em minas de urânio e outras minas.
  • 24. SIDEROSE A siderose pulmonar é uma pneumoconiose causada pela inalação de poeiras e fumos contendo óxidos de ferro, inicialmente descrita por Doig e McLaughlin, em 1936, em um soldador de arco elétrico.
  • 25. Do ponto de vista de freqüência e difusão do risco inalatório específico no meio ocupacional, a siderose representa a pneumoconiose simples mais importante. A exposição ocupacional ao ferro talvez seja a mais comum no meio industrial.
  • 26. Pode acometer trabalhadores expostos a atividades extrativas de minério de ferro (hematita, magnetita, limonit a), produção de pigmentos naturais contendo óxidos de ferro em tintas e pisos, metalurgia de aço, ferro e ligas, solda a arco elétrico.
  • 27. Dependendo da atividade profissional, existe exposição a outros agentes potencialmente lesivos, quando inalados juntamente com o ferro. Na mineração de ferro, os óxidos de ferro podem estar associados a sílica em concentrações variáveis, causando lesão pulmonar mista chamada siderossilicose.
  • 28. Silicose A silicose é a formação permanente de tecido cicatricial nos pulmões causada pela inalação de pó de sílica (quartzo).
  • 29.
  • 30.
  • 31.
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  • 35.
  • 36.
  • 37.
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  • 40. Silicose, a doença profissional mais antiga que se conhece, desenvolve-se em pessoas que inalaram pó de sílica durante muitos anos. O pó de sílica é o elemento principal que constitui a areia, sendo por isso freqüente a exposição entre os mineiros do metal, os cortadores de arenito e de granito, os operários das fundições e os oleiros.
  • 41. Os sintomas aparecem, geralmente, após 20 ou 30 anos de exposição ao pó. No entanto, nos trabalhos em que se utilizam jactos de areia, na construção de túneis e na fabrica de sabões abrasivos que requerem quantidades elevadas de pó de sílica, os sintomas podem surgir em menos de 10 anos.
  • 42. Os enzimas libertados pelas células depuradoras causam a formação de tecido cicatricial nos pulmões. No princípio, as zonas cicatrizadas são pequenas protuberâncias redondas (silicose nodular simples), mas, finalmente, reúnem-se em grandes massas (conglomerados silicóticos). Estas áreas cicatrizadas não permitem a passagem do oxigênio para o sangue de forma normal. Assim os pulmões perdem elasticidade e requer-se mais esforço para respirar.
  • 43. Sintomas e diagnóstico. • Os indivíduos com silicose nodular simples não têm dificuldade em respirar, mas têm tosse e expectoração devido à irritação das grandes vias aéreas, no processo denominado bronquite.
  • 44. • A silicose conglomerada pode causar tosse, produção de expectoração e dispnéia. • No princípio, a dispnéia verifica-se só durante os momentos de atividade, mas por fim manifesta-se também durante o repouso. • A respiração pode piorar aos 2 a 5 anos depois de ter deixado de trabalhar com sílica. O pulmão lesado submete o coração a um esforço excessivo e pode causar insuficiência cardíaca, a qual, por sua vez, pode evoluir para a morte.
  • 45. A silicose diagnostica-se com uma radiografia no tórax que mostra o padrão típico de cicatrizes e nódulos.
  • 46.
  • 47. Prevenção. • O controlo da produção do pó no local de trabalho pode ajudar a prevenir a silicose. Quando esta não pode ser controlada, como poderá ser o caso da indústria de jatos de areia, os trabalhadores devem usar máscaras que forneçam ar exterior limpo ou que filtrem completamente as partículas.
  • 48. • Essa proteção pode não estar ao alcance de todos os trabalhadores numa zona poeirenta (por exemplo, pintores e soldadores) e, nesse caso, sempre que seja possível, devem utilizar-se abrasivos diferentes da areia.
  • 49. • Os trabalhadores expostos ao pó da sílica devem fazer radiografias no tórax com regularidade, todos os 6 meses os que trabalham com jatos de areia e todos os 2 a 5 anos os restantes, de modo que seja possível detectar qualquer problema o mais cedo possível. • Se a radiografia revelar silicose, o médico, provavelmente, aconselhará o trabalhador a evitar a exposição constante à sílica.
  • 51. • No entanto, pode deter-se a evolução da doença, interrompendo a exposição à sílica desde os primeiros sintomas. • Uma pessoa com dificuldade em respirar pode sentir alívio com o tratamento utilizado para a doença pulmonar crônica obstrutiva, como são os medicamentos que dilatam os brônquios e expelem as secreções das vias aéreas.
  • 52. Pulmão negro. O pulmão negro (pneumoconiose dos carvoeiros) é uma doença pulmonar causada pela acumulação de pó de carvão nos pulmões.
  • 53. • É consequência da aspiração do pó de carvão durante muito tempo. • No pulmão negro simples, o pó do carvão acumula-se à volta das vias respiratórias inferiores (bronquíolos) dos pulmões. Apesar de o pó de carvão ser relativamente inerte e não provocar demasiadas reações, estende-se por todo o pulmão e numa radiografia observa-se sob a forma de pequenas manchas.
  • 54.
  • 55. • O pó de carvão não obstrui as vias respiratórias. • Todos os anos, 1 % a 2 % das pessoas com pulmão negro simples desenvolvem uma forma mais grave da doença, denominada fibrose maciça progressiva, na qual se formam cicatrizes em áreas extensas do pulmão (com um mínimo de 1,5 cm de diâmetro). • A fibrose maciça progressiva piora mesmo que a pessoa já não esteja exposta ao pó de carvão. O tecido pulmonar e os vasos sanguíneos dos pulmões podem ficar destruídos pelas cicatrizes.
  • 56. Sintomas e diagnóstico. O pulmão negro simples, geralmente, não produz sintomas.
  • 57. • Por outro lado, na fase de maior gravidade há tosse e, às vezes, uma dispnéia incapacitante.
  • 58. • O médico estabelece o diagnóstico quando detecta as manchas características na radiografia no tórax da pessoa que esteve exposta ao pó do carvão durante muito tempo, em regra alguém que trabalhou nas minas debaixo de terra pelo menos 10 anos.
  • 59. Prevenção e tratamento. • Pode prevenir-se o pulmão negro suprimindo o pó do carvão no local de trabalho. Os trabalhadores do carvão fazem radiografias no tórax todos os 4 a 5 anos, de modo que a doença possa ser detectada no estágio inicial. Quando esta se detecta, o trabalhador deve ser transferido para uma zona com baixas concentrações de pó de carvão para prevenir a fibrose maciça progressiva.
  • 60. • A prevenção é fundamental pois não há cura para o pulmão negro. A pessoa que não pode respirar livremente pode beneficiar-se dos tratamentos utilizados para a doença pulmonar crônica obstrutiva, como os fármacos que permitem manter as vias aéreas abertas e livres de secreções.
  • 61. Asbestose • A asbestose é uma formação extensa de tecido cicatricial nos pulmões causada pela aspiração do pó de amianto.
  • 62. O amianto é composto por silicato de mineral fibroso de composição química diversa. • Quando se inala, as fibras de amianto fixam-se profundamente nos pulmões, causando cicatrizes. A inalação de amianto pode também produzir o espessamento dos dois folhetos da membrana que reveste os pulmões (a pleura).
  • 63.
  • 64.
  • 65.
  • 66. • As pessoas que trabalham com o amianto correm o risco de sofrer doenças pulmonares. • Os operários que trabalham na demolição de construções com isolamento de amianto também correm risco, embora menor. • Quanto mais tempo um indivíduo estiver exposto às fibras de amianto, maior é o risco de contrair uma doença relacionada com o amianto.
  • 67. Sintomas • Os sintomas da asbestose aparecem gradualmente só depois da formação de muitas cicatrizes e quando os pulmões perdem a sua elasticidade. Os primeiros sintomas são a dispnéia ligeira e a diminuição da capacidade para o exercício.
  • 68. • Os grandes fumadores que sofrem de bronquite crônica juntamente com asbestose podem tossir. • A respiração torna-se, gradualmente, mais difícil. • Cerca de 15 % das pessoas com asbestose têm dispnéia e insuficiência respiratória.
  • 69. • Por vezes a inalação de fibras de amianto pode fazer com que se acumule líquido no espaço que se encontra entre as camadas pleurais (cavidade pleural). • Em raras ocasiões, o amianto causa tumores na pleura, denominados mesoteliomas, ou em membranas do abdómen, chamados mesoteliomas peritoneais.
  • 70.
  • 71. • Os mesoteliomas causados pelo amianto são um tipo de cancro que não se consegue curar. • Geralmente, aparecem depois da exposição à crocidolite , um dos quatro tipos de amianto. • A amosite, outro tipo, também produz mesoteliomas. • O crisótilo, provavelmente, não produz mesoteliomas, mas, às vezes, está contaminado com tremolite. Os mesoteliomas desenvolvem-se, de modo geral, ao fim de 30 ou 40 anos de exposição ao amianto.
  • 76. • O cancro do pulmão está relacionado, em parte, com o grau de exposição às fibras de amianto; no entanto, entre as pessoas que sofrem de asbestose, o cancro do pulmão desenvolve-se quase exclusivamente naquelas que também fumam cigarros, em especial nas que fumam mais de um maço por dia.
  • 77. Diagnóstico • Nas pessoas com antecedentes de exposição ao amianto, o médico pode, às vezes, diagnosticar asbestose com uma radiografia no tórax que mostre as alterações características. • De modo geral, a função pulmonar da pessoa é anormal e, ao auscultar o pulmão, podem ouvir-se sons anormais, as chamadas crepitações.
  • 78. • Para determinar se um tumor pleural é canceroso, o médico pratica uma biopsia (extração de uma pequena porção de pleura para ser examinada ao microscópio). Pode-se também extrair e analisar o líquido que rodeia os pulmões (um procedimento denominado toracentese); no entanto, este procedimento não é habitualmente tão rigoroso como a biopsia.
  • 79. Prevenção e tratamento • As doenças causadas pela inalação de amianto podem prevenir-se diminuindo ao máximo o pó e as fibras de amianto no local de trabalho.
  • 80. • Dado que o controle do pó melhorou nas indústrias que utilizam o amianto, atualmente é menor o número de pessoas que sofrem de asbestose, mas os mesoteliomas continuam a aparecer em indivíduos que estiveram expostos até há 40 anos. • O amianto deveria ser extraído por trabalhadores especializados em técnicas de extração. Os fumadores que estiveram em contato com o amianto podem reduzir o risco de cancro deixando de fumar.
  • 81. • A maioria dos tratamentos para a asbestose alivia os sintomas; por exemplo, a administração de oxigênio alivia a dispnéia. Drenar o líquido à volta dos pulmões pode também facilitar a respiração.
  • 82. • Há casos em que o transplante do pulmão deu resultados muito positivos na asbestose. Os mesoteliomas são invariavelmente mortais e a extirpação cirúrgica do tumor não cura o cancro.
  • 83. Beriliose • A beriliose é uma inflamação pulmonar causada pela aspiração de pó ou de vapores que contêm berílio.
  • 84. O que é o berílio? É um elemento alcalino- terroso, bivalente, tóxico, de coloração cinza, duro, leve, quebradiço e sólido na temperatura ambiente. É empregado para aumentar a resistência de ligas metálicas(especialmente a de cobre). É empregado para produzir diversos instrumentos (giroscópios), dispositivos (molas de relógios), e em reatores nucleares.
  • 85. • No passado, o berílio extraía-se das minas para ser utilizado nas indústrias químicas e eletrônicas e no fabrica de lâmpadas fluorescentes. Atualmente, utiliza-se principalmente na indústria aeroespacial. Além dos trabalhadores destas indústrias, algumas pessoas que vivem perto das refinarias de berílio desenvolvem também a beriliose.
  • 86. • A diferença entre a beriliose e as outras doenças pulmonares ocupacionais é que os processos pulmonares parecem produzir-se somente em indivíduos sensíveis ao berílio e que representam, aproximadamente, 2 % dos que estão em contato com ele. • A doença pode manifestar-se inclusive naquelas pessoas que sofreram uma exposição relativamente breve ao berílio e os sintomas podem tardar de 10 a 20 anos a aparecer.
  • 87. Sintomas e diagnóstico • Em algumas pessoas, a beriliose surge de repente (beriliose aguda), principalmente sob a forma de uma inflamação do tecido pulmonar (pneumonite). As pessoas com beriliose aguda têm acessos repentinos de tosse, dificuldade em respirar e perda de peso. A beriliose aguda pode também afetar a pele e os olhos.
  • 88. • Outros indivíduos sofrem de beriliose crônica, caracterizada pela formação de um tecido anormal nos pulmões e pelo aumento de volume dos gânglios linfáticos. Nestas pessoas, a tosse, a dificuldade respiratória e a perda de peso desenvolvem-se de forma gradual.
  • 89. • O diagnóstico baseia-se na história pessoal de exposição ao berílio, nos sintomas e nas alterações características que se podem observar na radiografia do tórax. No entanto, as radiografias de beriliose parecem-se com as de outra doença pulmonar, daí pode ser necessários exames imunológicos complementares.
  • 90. Tratamento • A beriliose aguda pode ser grave, inclusive mortal. No entanto, de modo geral, os indivíduos restabelecem-se, apesar de estarem no início muito doentes devido à rigidez dos pulmões e à alteração da função pulmonar. • Com um tratamento adequado, o doente recupera-se, habitualmente, ao fim de um período de 7 a 10 dias, sem efeitos colaterais.
  • 91. • Quando os pulmões estão gravemente afetados pela beriliose crônica, o coração pode sofrer devido a um esforço excessivo, provocando insuficiência cardíaca e morte. • Às vezes, prescrevem-se corticosteróides, como a prednisona oral, para a beriliose crônica, embora infelizmente não sejam muito úteis.
  • 92. Exposição a gases e substâncias químicas • Muitos tipos de gases, como o cloro, o fosgênio, o anidrido sulfuroso, o sulfato de hidrogênio, o peróxido de azoto e o amoníaco, podem libertar-se de repente por um acidente industrial e irritar gravemente os pulmões.
  • 93. • Os gases como o cloro e o amoníaco dissolvem-se com facilidade e irritam imediatamente a boca, o nariz e a garganta. As zonas inferiores dos pulmões só se vem afetadas quando o gás é inalado profundamente.
  • 94. • Os gases radioativos, que se libertam no acidente de um reator nuclear, podem provocar cancro do pulmão e outras formas de cancro que podem demorar anos a desenvolver-se. Alguns gases como o peróxido de azoto não se dissolvem facilmente. Por conseguinte, não provocam sinais de exposição, como irritação do nariz e dos olhos, e são mais propensos a serem profundamente inalados nos pulmões. Esses gases podem causar inflamação das vias aéreas inferiores (bronquiolite) ou mesmo a acumulação de líquido nos pulmões (edema pulmonar).
  • 95. • Na doença dos trabalhadores dos silos, que surge por inalação de vapores que contêm peróxido de azoto libertado pela fermentação nos silos, o líquido pode só aparecer nos pulmões 12 horas depois da exposição; a afecção pode melhorar transitoriamente e depois reaparecer ao fim de 10 ou 14 dias, inclusive sem ter havido um novo contato com o gás. Essa recorrência tende a afetar as vias aéreas inferiores (bronquíolos).
  • 96. • Em algumas pessoas pode aparecer bronquite crônica provocada pela exposição a pequenas quantidades de gás ou outras substâncias químicas durante um período prolongado.
  • 97. • Além disso, julga-se que a exposição a certas substâncias químicas (os compostos de arsénico e os hidrocarburetos) provoca cancro em algumas pessoas. O cancro pode desenvolver-se nos pulmões ou em qualquer parte do organismo, dependendo da substância inalada.
  • 98. Sintomas e diagnóstico • Os gases solúveis como o cloro produzem queimaduras graves nos olhos, no nariz, na garganta, na traquéia e nas vias aéreas superiores. • Causam, frequentemente, tosse e sangue na expectoração (hemoptise), sendo também frequentes as náuseas e a dispnéia. • Os gases menos solúveis como o peróxido de azoto produzem dispnéia, por vezes grave, ao fim de 3 ou 4 horas. • Uma radiografia no tórax pode por em evidência se houve edema pulmonar ou bronquiolite.
  • 99. Prevenção e tratamento • A maioria das pessoas recupera completamente de uma exposição acidental a gases. A complicação mais grave é a infecção pulmonar. • A melhor forma de prevenir a exposição é trabalhar com um cuidado extremo quando se manipulam gases e substâncias químicas. • No caso de uma fuga acidental, devem estar disponíveis as máscaras antigás com a sua reserva de ar. Os agricultores dos silos têm de estar informados sobre o perigo das exposições a gases tóxicos.
  • 100. • O oxigênio é a base do tratamento. Quando a lesão pulmonar é grave, a pessoa pode ter necessidade de respiração artificial. Os fármacos que abrem as vias aéreas, os líquidos por via endovenosa e os antibióticos podem ser úteis. Prescrevem- se, frequentemente, corticosteróides, com o a prednisona, para reduzir a inflamação dos pulmões.
  • 101. Pneumoconiose benigna Há outras substâncias que, em algumas ocasiões, levam a alterações dos pulmões nas radiografias. A siderose resulta da inalação do óxido de ferro; a baritose, da inalação de bário, e a estanose, da inalação de partículas de estanho. Embora estas poeiras sejam evidentes na radiografia do tórax, não causam grandes reações no pulmão, de modo que as pessoas expostas a eles não manifestam sintomas nem deterioração funcional.