SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 23
Curso de Extensão em Análises Qualitativas
Análise de Conteúdo &
Análise Fenomenológica
24, 25 e 26 de janeiro de 2011.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Laboratório de Fenomenologia Experimental e Cognição
Análise Fenomenológica
Conceitos fundamentais
• A realidade de um objeto está
intrinsecamente relacionada a
consciência que você tem dele.
(Fenomenologia transcendental)
• Recusa da dicotomia sujeito/objeto
– A realidade de um objeto é apenas
percebida no significado da experiência
individual.
“A fenomenologia tende à verdade, mas uma verdade em
constante movimento; ela antecipa o fato de que toda a
verdade alcançada é relativa em um horizonte possível e
sistemático, e que, em todas as direções pré-desenhadas de
cumprimento, o que está atualmente realizado e mais completo
é a verdade verdadeira na qual, no entanto, está incluída, como
aproximação, como grau imperfeito, aquela anterior.”
Edmund Husserl
Conceitos fundamentais
• Fenômeno:
– Como a coisa aparece para nós
• Não como a coisa é em si mesma
• Fenômeno x Natureza
• Fenômento x Verdade física
Conceitos fundamentais
• Perspectiva de primeira pessoa
– A fenomenologia busca o significado da
perspectiva de primeira pessoa = interesse na
estrutura da subjetividade (a existência da
pessoa, o ser...)
• Subjetividade não psicológica... Subjetividade
epistemológica: preocupação com a possibilidade de
experiência e do conhecimento como tal.
– Conta o “objetivismo” da ciência, que quer
eliminar o sujeito
Conceitos fundamentais
• Intencionalidade da Consciência:
– Estar consciente de um objeto é sempre
intencional
Ao perceber uma árvore, minha experiência
intencional é uma combinação da aparência exposta
da árvore e da árvore que eu tenho em minha
memória, baseada na memória, imagem,
significados (Moustakas, 1994, p.55)
– Experiência: aparência externa +
consciência interna.
Conceitos fundamentais
• Epoché e “redução”
– Colocar de lado (o quanto um ser humano
puder) todas as experiências pré-
concebidas para melhor entender as
experiências dos participantes
2. Abordagem Fenomenológica em pesquisa
• Uma tentativa de entender questões
empíricas da perspectiva dos que estão
sendo estudados
• Busca-se entrar no campo de
entendimento do participante
Pesquisa fenomenológica nas ciências sociais
• Sociologia
(Borgatta & Borgatta, 1992; Swingewood, 1991)
• Enfermagem
(Nieswiadomy, 1993; Oiler, 1986)
• Educação
(Tesch, 1988)
• Psicologia
(Giorgi, 1985; Polkinghorne, 1994)
Foco no sentido das experiências individuais
Abordagem fenomenológica e psicologia
• Duquesne Studies in Phenomenology:
Determinar o que significa uma experiência para as
pessoas que tiveram tal experiência e que podem
fornecer uma descrição compreensiva disso.
A partir destas descrições individuais, derivam-se
significados gerais ou universais, ou seja, as
essências das estruturas da experiência
(Moustakas, 1994, p.13)
Objetivo
• Buscar a estrutura invariante (ou essência), ou o
significado central subjacente da experiência
• Reduzir a “textura” (o quê) e a estrutura (como) dos
significados da experiência a uma descrição breve
que tipifique as experiências de todos os
participantes do estudo.
• Se todos experienciam isso, é invariante, e é uma
redução às essências das experiências
(Moustakas, 1994)
Exemplo de proposta central de
pesquisa
“Dadas as peculiaridades de gênero e poder na
academia, como são as relações de orientação de
pesquisa entre orientadoras e orientandas? Devido
ao fato de haver poucos estudos explorando as
experiências de orientandas na literatura, um estudo
fenomenológico voltado para entender as
experiências vividas das mulheres enquanto
orientandas é o mais adequado para examinar esta
questão.”
(Heinrich, 1995, p. 449 - tradução nossa)
Questões subjacentes
• Quais são os possíveis significados
estruturais da experiência?
• Quais temas e contextos estão subjacentes e
relacionados à experiência?
• Quais são as estruturas universais que
precipitam sentimentos e pensamentos sobre
a experiência?
• Quais temas invariantes e estruturais
facilitam a descrição da experiência?
Exemplo
• Questão principal:
• O que significa ser um professor profissional?
• Questões subjacentes:
• Quais são os significados estruturais da
“profissionalidade” do professor?
• Que temas e contextos estão relacionados à
“profissionalidade” do professor?
• Quais as estruturas universais que incitam sentimentos
e pensamentos sobre a “profissionalidade” ?
• Que temas invariantes e estruturais melhor descrevem a
“profissionalidade” do professor tal qual é experienciada
pelos professores de primeira série?
Questões para tópicos*
• O que os professores profissionais fazem?
• O que os professores profissionais não
fazem?
• Descreva uma pessoa que exemplifica o
termo “professor profissional”.
• Quais as dificuldades e facilidades de se ser
um educador profissional?
• Quando/Como você se deu conta de que era
um profissional?
Passos da análise dos dados
~ Consenso
1. Dividir os protocolos em frases ou horizontalização
(listar sentenças relevantes para o tema e dar valor
igual para elas)
2. Criar grupos de significados, expressos em
conceitos psicológicos e fenomenológicos
3. Amarrar essas transformações a fim de se obter uma
descrição geral da experiência (descrição textural - o
que foi experienciado - e descrição estrutural - como
isso foi experienciado)
* Alguns aqui incorporam ainda significados pessoais da
experiência, ao usarem uma análise pessoal antes da
análise intersujeitos e analisando o papel do contexto no
processo (Giorgi, 1975).
(Fazer uma descrição da sua própria experiência)
1. Separar palavras/sentenças sobre como o
indivíduo experiencia a questão.
Lista estas palavras/sentenças significativas (frases
revelatórias)
Trata todas as sentenças com valor IGUAL
(horizontalização do dado)
Trabalha para desenvolver uma lista de sentenças que
não se sobreponham
Análise dos dados
2. Sentenças são agrupadas em unidades de
análise
Lista as unidades de sentido
Cuidados: particularizar ou generalizar demais
Escreve uma descrição textural e da experiência estrutural
incluindo exemplos/vinhetas
3. Uma descrição composta é feita
Reflete sobre sua descrição e usa a variação imaginativa
(busca todos os significados e posturas divergentes)
Constrói uma descrição geral do significado e da essência
da experiência
Une questões da experiência do pesquisador e dos
participantes
1
Sentenças
significativas
Significados
das sentenças
Temas dos
significados
Tema A Tema B Tema C
Descrição
exaustiva
2 3
Variação imaginativa
horizontalização
“suspensão”
Relato de pesquisa fenomenológica
• Todas as experiências têm uma estrutura
subjacente
• O leitor do relato fenomenológico tem que
entender melhor a estrutura invariante
(essencial) da experiência, reconhecendo
que um sentido único e unificador da
experiência existe.
– Entendi melhor como a coisa é para alguém que a
experiencia.
Questões para o pesquisador
• O entrevistador/auxiliar influenciou nos conteúdos das
descrições do participante a ponto de as descrições não
refletirem a experiência real do participante?
• O meio de apresentação dos dados (e.g. transcrição) foi
fidedigna, ela carrega o sentido da apresentação do
participante (oralidade/expressividade)
• Na análise, haveria outras conclusões além daquelas
oferecidas pelo pesquisador?
• É possível ir da descrição geral da estrutura para os dados
originais e para os conteúdos específicos e suas conexões?
• A descrição estrutural é específica para a situação, ou ela
permanece geral para a experiência em outras situações?
Desafios para fazer um estudo fenomenológico
• O pesquisador tem que ter um sólido entendimento
dos preceitos fenomenológicos
• Escolha cuidadosa dos participantes (pessoas que
experienciaram o fenômeno)
• Pode ser complicado suspender experiências
pessoais
• O pesquisador tem de decidir como e de que modo
suas experiências pessoais vão ser introduzidas no
estudo.

Weitere ähnliche Inhalte

Ähnlich wie Curso Análise Qualitativa

FACELI - Disciplina Especial - Didática com Márcia Perini Valle - 06 - Prova ...
FACELI - Disciplina Especial - Didática com Márcia Perini Valle - 06 - Prova ...FACELI - Disciplina Especial - Didática com Márcia Perini Valle - 06 - Prova ...
FACELI - Disciplina Especial - Didática com Márcia Perini Valle - 06 - Prova ...Jordano Santos Cerqueira
 
Metodo e materialismo hist
Metodo e materialismo histMetodo e materialismo hist
Metodo e materialismo histLiliane DTO
 
A reflexao em_dewey_e_schon
A reflexao em_dewey_e_schonA reflexao em_dewey_e_schon
A reflexao em_dewey_e_schonRenata Barbosa
 
TCC- Capacitação de Treinamento Físico Militar
TCC- Capacitação de Treinamento Físico MilitarTCC- Capacitação de Treinamento Físico Militar
TCC- Capacitação de Treinamento Físico MilitarHudson Junior
 
Metodologia da Pesquisa Profa Francinete Braga
Metodologia da Pesquisa Profa Francinete BragaMetodologia da Pesquisa Profa Francinete Braga
Metodologia da Pesquisa Profa Francinete BragaFrancinete Santos
 
Trabalho de Conclusão de Curso
Trabalho de Conclusão de CursoTrabalho de Conclusão de Curso
Trabalho de Conclusão de CursoSolange Soares
 
Texto Dissertativo-Argumentativo
Texto Dissertativo-ArgumentativoTexto Dissertativo-Argumentativo
Texto Dissertativo-Argumentativo7 de Setembro
 
Analise qualitativa minayo (1)
Analise qualitativa   minayo (1)Analise qualitativa   minayo (1)
Analise qualitativa minayo (1)svss-79
 
Introdução à Metodologia da Pesquisa Científica
Introdução à Metodologia da Pesquisa Científica   Introdução à Metodologia da Pesquisa Científica
Introdução à Metodologia da Pesquisa Científica jessicalaryl
 
Especializacao aula 1 04092013
Especializacao aula 1 04092013Especializacao aula 1 04092013
Especializacao aula 1 04092013lugracioso
 
Apostila teorias da aprendizagem para a prática pedagógica
Apostila  teorias da aprendizagem para a prática pedagógicaApostila  teorias da aprendizagem para a prática pedagógica
Apostila teorias da aprendizagem para a prática pedagógicaFátima Noronha
 
Trabalho de Conclusão_de_Curso_TCC_e_Pesquisa_Científica
Trabalho de Conclusão_de_Curso_TCC_e_Pesquisa_CientíficaTrabalho de Conclusão_de_Curso_TCC_e_Pesquisa_Científica
Trabalho de Conclusão_de_Curso_TCC_e_Pesquisa_CientíficaWagner Quirici
 

Ähnlich wie Curso Análise Qualitativa (20)

FACELI - Disciplina Especial - Didática com Márcia Perini Valle - 06 - Prova ...
FACELI - Disciplina Especial - Didática com Márcia Perini Valle - 06 - Prova ...FACELI - Disciplina Especial - Didática com Márcia Perini Valle - 06 - Prova ...
FACELI - Disciplina Especial - Didática com Márcia Perini Valle - 06 - Prova ...
 
Metodo e materialismo hist
Metodo e materialismo histMetodo e materialismo hist
Metodo e materialismo hist
 
A reflexao em_dewey_e_schon
A reflexao em_dewey_e_schonA reflexao em_dewey_e_schon
A reflexao em_dewey_e_schon
 
TCC- Capacitação de Treinamento Físico Militar
TCC- Capacitação de Treinamento Físico MilitarTCC- Capacitação de Treinamento Físico Militar
TCC- Capacitação de Treinamento Físico Militar
 
1. metodologia
1. metodologia1. metodologia
1. metodologia
 
Metodologia da Pesquisa Profa Francinete Braga
Metodologia da Pesquisa Profa Francinete BragaMetodologia da Pesquisa Profa Francinete Braga
Metodologia da Pesquisa Profa Francinete Braga
 
Metodologia do artigo científico
Metodologia do artigo científicoMetodologia do artigo científico
Metodologia do artigo científico
 
Metodologia do artigo científico
Metodologia do artigo científicoMetodologia do artigo científico
Metodologia do artigo científico
 
Trabalho de Conclusão de Curso
Trabalho de Conclusão de CursoTrabalho de Conclusão de Curso
Trabalho de Conclusão de Curso
 
Texto Dissertativo-Argumentativo
Texto Dissertativo-ArgumentativoTexto Dissertativo-Argumentativo
Texto Dissertativo-Argumentativo
 
Analise qualitativa minayo (1)
Analise qualitativa   minayo (1)Analise qualitativa   minayo (1)
Analise qualitativa minayo (1)
 
Kant.pptx
Kant.pptxKant.pptx
Kant.pptx
 
Teoria do conhecimento
Teoria do conhecimentoTeoria do conhecimento
Teoria do conhecimento
 
Introdução à Metodologia da Pesquisa Científica
Introdução à Metodologia da Pesquisa Científica   Introdução à Metodologia da Pesquisa Científica
Introdução à Metodologia da Pesquisa Científica
 
Coaching Ontológico
Coaching OntológicoCoaching Ontológico
Coaching Ontológico
 
Book1 slideshare
Book1 slideshareBook1 slideshare
Book1 slideshare
 
Especializacao aula 1 04092013
Especializacao aula 1 04092013Especializacao aula 1 04092013
Especializacao aula 1 04092013
 
Apostila teorias da aprendizagem para a prática pedagógica
Apostila  teorias da aprendizagem para a prática pedagógicaApostila  teorias da aprendizagem para a prática pedagógica
Apostila teorias da aprendizagem para a prática pedagógica
 
Tozzi
TozziTozzi
Tozzi
 
Trabalho de Conclusão_de_Curso_TCC_e_Pesquisa_Científica
Trabalho de Conclusão_de_Curso_TCC_e_Pesquisa_CientíficaTrabalho de Conclusão_de_Curso_TCC_e_Pesquisa_Científica
Trabalho de Conclusão_de_Curso_TCC_e_Pesquisa_Científica
 

Mehr von Amanda da Silveira

Perspectivas teórico-práticas em Orientação Profissional
Perspectivas teórico-práticas em Orientação ProfissionalPerspectivas teórico-práticas em Orientação Profissional
Perspectivas teórico-práticas em Orientação ProfissionalAmanda da Silveira
 
Self reflection as a problem-solving task
Self reflection as a problem-solving taskSelf reflection as a problem-solving task
Self reflection as a problem-solving taskAmanda da Silveira
 
Inner speech and first and third person data
Inner speech and first and third person data Inner speech and first and third person data
Inner speech and first and third person data Amanda da Silveira
 
History of the Qualitative Research
History of the Qualitative ResearchHistory of the Qualitative Research
History of the Qualitative ResearchAmanda da Silveira
 
Review of the Eugene Taylor's presentation in Tucson 2010
Review of the Eugene Taylor's presentation in Tucson 2010Review of the Eugene Taylor's presentation in Tucson 2010
Review of the Eugene Taylor's presentation in Tucson 2010Amanda da Silveira
 
Cálculo de concordância entre observadores
Cálculo de concordância entre observadoresCálculo de concordância entre observadores
Cálculo de concordância entre observadoresAmanda da Silveira
 
Observation and Description techniques - class 2
Observation and Description techniques - class 2Observation and Description techniques - class 2
Observation and Description techniques - class 2Amanda da Silveira
 
Observation and Description techniques
Observation and Description techniquesObservation and Description techniques
Observation and Description techniquesAmanda da Silveira
 

Mehr von Amanda da Silveira (12)

Perspectivas teórico-práticas em Orientação Profissional
Perspectivas teórico-práticas em Orientação ProfissionalPerspectivas teórico-práticas em Orientação Profissional
Perspectivas teórico-práticas em Orientação Profissional
 
Self reflection as a problem-solving task
Self reflection as a problem-solving taskSelf reflection as a problem-solving task
Self reflection as a problem-solving task
 
Inner speech and first and third person data
Inner speech and first and third person data Inner speech and first and third person data
Inner speech and first and third person data
 
History of the Qualitative Research
History of the Qualitative ResearchHistory of the Qualitative Research
History of the Qualitative Research
 
Review of the Eugene Taylor's presentation in Tucson 2010
Review of the Eugene Taylor's presentation in Tucson 2010Review of the Eugene Taylor's presentation in Tucson 2010
Review of the Eugene Taylor's presentation in Tucson 2010
 
Desenvolvimento humano
Desenvolvimento humanoDesenvolvimento humano
Desenvolvimento humano
 
Cálculo de concordância entre observadores
Cálculo de concordância entre observadoresCálculo de concordância entre observadores
Cálculo de concordância entre observadores
 
Observation and Description techniques - class 2
Observation and Description techniques - class 2Observation and Description techniques - class 2
Observation and Description techniques - class 2
 
Observation and Description techniques
Observation and Description techniquesObservation and Description techniques
Observation and Description techniques
 
Wundt: history of Psychology
Wundt: history of PsychologyWundt: history of Psychology
Wundt: history of Psychology
 
Multivariate data analysis
Multivariate data analysisMultivariate data analysis
Multivariate data analysis
 
Seven cases of inner speech
Seven cases of inner speechSeven cases of inner speech
Seven cases of inner speech
 

Kürzlich hochgeladen

PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdfProfGleide
 
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parteDança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira partecoletivoddois
 
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfMapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfangelicass1
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileirosMary Alvarenga
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPanandatss1
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirIedaGoethe
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASEdinardo Aguiar
 
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfCurrículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfIedaGoethe
 
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundogeografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundonialb
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...Martin M Flynn
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfIedaGoethe
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxacaciocarmo1
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxDeyvidBriel
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdfNoções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdfdottoor
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 

Kürzlich hochgeladen (20)

PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
 
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parteDança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
 
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfMapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SP
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
 
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfCurrículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
 
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundogeografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdfNoções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 

Curso Análise Qualitativa

  • 1. Curso de Extensão em Análises Qualitativas Análise de Conteúdo & Análise Fenomenológica 24, 25 e 26 de janeiro de 2011. Universidade Federal do Rio Grande do Sul Programa de Pós-Graduação em Psicologia Laboratório de Fenomenologia Experimental e Cognição
  • 3. Conceitos fundamentais • A realidade de um objeto está intrinsecamente relacionada a consciência que você tem dele. (Fenomenologia transcendental) • Recusa da dicotomia sujeito/objeto – A realidade de um objeto é apenas percebida no significado da experiência individual.
  • 4. “A fenomenologia tende à verdade, mas uma verdade em constante movimento; ela antecipa o fato de que toda a verdade alcançada é relativa em um horizonte possível e sistemático, e que, em todas as direções pré-desenhadas de cumprimento, o que está atualmente realizado e mais completo é a verdade verdadeira na qual, no entanto, está incluída, como aproximação, como grau imperfeito, aquela anterior.” Edmund Husserl
  • 5. Conceitos fundamentais • Fenômeno: – Como a coisa aparece para nós • Não como a coisa é em si mesma • Fenômeno x Natureza • Fenômento x Verdade física
  • 6. Conceitos fundamentais • Perspectiva de primeira pessoa – A fenomenologia busca o significado da perspectiva de primeira pessoa = interesse na estrutura da subjetividade (a existência da pessoa, o ser...) • Subjetividade não psicológica... Subjetividade epistemológica: preocupação com a possibilidade de experiência e do conhecimento como tal. – Conta o “objetivismo” da ciência, que quer eliminar o sujeito
  • 7. Conceitos fundamentais • Intencionalidade da Consciência: – Estar consciente de um objeto é sempre intencional Ao perceber uma árvore, minha experiência intencional é uma combinação da aparência exposta da árvore e da árvore que eu tenho em minha memória, baseada na memória, imagem, significados (Moustakas, 1994, p.55) – Experiência: aparência externa + consciência interna.
  • 8. Conceitos fundamentais • Epoché e “redução” – Colocar de lado (o quanto um ser humano puder) todas as experiências pré- concebidas para melhor entender as experiências dos participantes
  • 9. 2. Abordagem Fenomenológica em pesquisa • Uma tentativa de entender questões empíricas da perspectiva dos que estão sendo estudados • Busca-se entrar no campo de entendimento do participante
  • 10. Pesquisa fenomenológica nas ciências sociais • Sociologia (Borgatta & Borgatta, 1992; Swingewood, 1991) • Enfermagem (Nieswiadomy, 1993; Oiler, 1986) • Educação (Tesch, 1988) • Psicologia (Giorgi, 1985; Polkinghorne, 1994) Foco no sentido das experiências individuais
  • 11. Abordagem fenomenológica e psicologia • Duquesne Studies in Phenomenology: Determinar o que significa uma experiência para as pessoas que tiveram tal experiência e que podem fornecer uma descrição compreensiva disso. A partir destas descrições individuais, derivam-se significados gerais ou universais, ou seja, as essências das estruturas da experiência (Moustakas, 1994, p.13)
  • 12. Objetivo • Buscar a estrutura invariante (ou essência), ou o significado central subjacente da experiência • Reduzir a “textura” (o quê) e a estrutura (como) dos significados da experiência a uma descrição breve que tipifique as experiências de todos os participantes do estudo. • Se todos experienciam isso, é invariante, e é uma redução às essências das experiências (Moustakas, 1994)
  • 13. Exemplo de proposta central de pesquisa “Dadas as peculiaridades de gênero e poder na academia, como são as relações de orientação de pesquisa entre orientadoras e orientandas? Devido ao fato de haver poucos estudos explorando as experiências de orientandas na literatura, um estudo fenomenológico voltado para entender as experiências vividas das mulheres enquanto orientandas é o mais adequado para examinar esta questão.” (Heinrich, 1995, p. 449 - tradução nossa)
  • 14. Questões subjacentes • Quais são os possíveis significados estruturais da experiência? • Quais temas e contextos estão subjacentes e relacionados à experiência? • Quais são as estruturas universais que precipitam sentimentos e pensamentos sobre a experiência? • Quais temas invariantes e estruturais facilitam a descrição da experiência?
  • 15. Exemplo • Questão principal: • O que significa ser um professor profissional? • Questões subjacentes: • Quais são os significados estruturais da “profissionalidade” do professor? • Que temas e contextos estão relacionados à “profissionalidade” do professor? • Quais as estruturas universais que incitam sentimentos e pensamentos sobre a “profissionalidade” ? • Que temas invariantes e estruturais melhor descrevem a “profissionalidade” do professor tal qual é experienciada pelos professores de primeira série?
  • 16. Questões para tópicos* • O que os professores profissionais fazem? • O que os professores profissionais não fazem? • Descreva uma pessoa que exemplifica o termo “professor profissional”. • Quais as dificuldades e facilidades de se ser um educador profissional? • Quando/Como você se deu conta de que era um profissional?
  • 17. Passos da análise dos dados ~ Consenso 1. Dividir os protocolos em frases ou horizontalização (listar sentenças relevantes para o tema e dar valor igual para elas) 2. Criar grupos de significados, expressos em conceitos psicológicos e fenomenológicos 3. Amarrar essas transformações a fim de se obter uma descrição geral da experiência (descrição textural - o que foi experienciado - e descrição estrutural - como isso foi experienciado) * Alguns aqui incorporam ainda significados pessoais da experiência, ao usarem uma análise pessoal antes da análise intersujeitos e analisando o papel do contexto no processo (Giorgi, 1975).
  • 18. (Fazer uma descrição da sua própria experiência) 1. Separar palavras/sentenças sobre como o indivíduo experiencia a questão. Lista estas palavras/sentenças significativas (frases revelatórias) Trata todas as sentenças com valor IGUAL (horizontalização do dado) Trabalha para desenvolver uma lista de sentenças que não se sobreponham Análise dos dados
  • 19. 2. Sentenças são agrupadas em unidades de análise Lista as unidades de sentido Cuidados: particularizar ou generalizar demais Escreve uma descrição textural e da experiência estrutural incluindo exemplos/vinhetas 3. Uma descrição composta é feita Reflete sobre sua descrição e usa a variação imaginativa (busca todos os significados e posturas divergentes) Constrói uma descrição geral do significado e da essência da experiência Une questões da experiência do pesquisador e dos participantes
  • 20. 1 Sentenças significativas Significados das sentenças Temas dos significados Tema A Tema B Tema C Descrição exaustiva 2 3 Variação imaginativa horizontalização “suspensão”
  • 21. Relato de pesquisa fenomenológica • Todas as experiências têm uma estrutura subjacente • O leitor do relato fenomenológico tem que entender melhor a estrutura invariante (essencial) da experiência, reconhecendo que um sentido único e unificador da experiência existe. – Entendi melhor como a coisa é para alguém que a experiencia.
  • 22. Questões para o pesquisador • O entrevistador/auxiliar influenciou nos conteúdos das descrições do participante a ponto de as descrições não refletirem a experiência real do participante? • O meio de apresentação dos dados (e.g. transcrição) foi fidedigna, ela carrega o sentido da apresentação do participante (oralidade/expressividade) • Na análise, haveria outras conclusões além daquelas oferecidas pelo pesquisador? • É possível ir da descrição geral da estrutura para os dados originais e para os conteúdos específicos e suas conexões? • A descrição estrutural é específica para a situação, ou ela permanece geral para a experiência em outras situações?
  • 23. Desafios para fazer um estudo fenomenológico • O pesquisador tem que ter um sólido entendimento dos preceitos fenomenológicos • Escolha cuidadosa dos participantes (pessoas que experienciaram o fenômeno) • Pode ser complicado suspender experiências pessoais • O pesquisador tem de decidir como e de que modo suas experiências pessoais vão ser introduzidas no estudo.