2. Antes de usar a tecnologia na cura, é necessário conhecer a
doença e como ela afeta a população.
Comportamentos agressivos, a tristeza excessiva, a preocupação
exagerada e a falta de confiança nos outros, manifestados durante
um longo período de tempo, podem indicar que a pessoa tem
alguma perturbação.
3. O ser humano está destinado a sempre procurar por respostas.
Especialmente nos últimos anos, a resposta para várias doenças
psíquicas têm sido achadas através da tecnologia.
Mas a questão que surgiu juntamente com as respostas é: até onde
a tecnologia auxilia e onde ela atrapalha, nessa cura?
4. Várias doenças mentais assolam a população e seus familiares.
Aproximadamente 10% dos brasileiros têm alguma distúrbio, tais como:
Depressão
Transtorno Déficit de Atenção ou Hiperatividade
Esquizofrenia
Psicopatia
5. A depressão surge mais frequentemente entre os 15 e 30 anos de
idade. A gravidade dos sintomas varia. Já que a doença afeta o
corpo, o humor e os pensamentos.
Transtorno Depressivo Maior: Manifestação que inclui sintomas que
interferem com a capacidade de trabalhar.
Distimia: Tipo de menor gravidade que envolve sintomas crônicos e
de longa duração que não incapacitam, mas impedem o indivíduo
de se sentir bem.
Sintomas:
Tristeza; desespero. Sentimentos de culpa e impotência;
Desinteresse em atividades prazerosas; Energia diminuída;
Distúrbios no sono; Falta ou excesso de apetite;
Pensamentos suicidas; inquietação, irritabilidade;
Sintomas físicos, como dores e mal estar.
6. O Transtorno do Déficit de Atenção (TDAH) é uma síndrome
caracterizada por desatenção, hiperatividade e impulsividade.
Mais de 6% da população mundial possui esse transtorno.
Apesar de não haver cura, existem estratégias eficazes de
tratamento.
7. A esquizofrenia é uma doença incapacitante, que afeta
aproximadamente 1% dos homens e mulheres.
Os principais sintomas são: ouvir vozes internas, acreditar que estão
lendo sua mente, controlando seus pensamentos ou conspirando
para prejudicá-lo.
8. Segundo pesquisas há até 5 milhões de psicopatas só no Brasil.
Dessas, poucas seriam violentas. A maioria não comete crimes, mas
deixa as pessoas com quem convive desapontadas. Eles andam
pela sociedade como predadores sociais, rachando famílias, se
aproveitando de pessoas vulneráveis e deixando carteiras vazias
por onde passam.
9. A Faculdade de Psiquiatria de Dartmouth está empregando
tecnologia smartphone no tratamento da esquizofrenia e outras
doenças mentais graves.
Os telefones, podem ser usados para entregar intervenções em
tempo real, tais como avisos para tomar a medicação ou se
envolver em dietas, exercícios ou atividades de redução de stress.
Outro projeto, é o desenvolvimento de um aplicativo chamado
‘MedLink’, que pode controlar se o paciente se esquece de sua
dose diária de anti-psicóticos e lembrá-lo de levá-la.
A informação é enviada para o médico com uma recomendação,
como alterar a dose da droga a ser utilizada com este paciente, se
necessário.
10. Pesquisadores da Universidade de Auckland testaram um jogo
interativo em 3-D chamado SPARX em 94 jovens diagnosticados
com depressão. Outra pesquisa mostrou outros jogos que poderiam
substituir medicamentos e tratamentos convencionais, como a
terapia de grupo.
O SPARX convida o usuário a participar de sete desafios durante
quatro a sete semanas em que seu avatar tem que aprender a
lidar com raiva e dor e transformar esses sentimentos negativos em
pensamentos positivos. Foram testados também games do gênero
quebra-cabeça e voltados para a família.
11. O professor Masayoshi Kanou, da Universidade Chukyo, desenvolveu o
Babyloid, um robô baseado nos mesmos princípios das bonecas e bichos de
pelúcia, que são usados no tratamento de pacientes de depressão.
TMS, é a sigla em inglês usada para, estímulo magnético
transcraniano. Esse tratamento é um avanço da terapia de eletro
choque.
Ao contrário da terapia de eletro choque, utilizada até hoje em
pessoas com depressão que não respondem a outros
tratamentos, o TMS estimula apenas a área do cérebro relacionada
à depressão, ao invés de atingir todo o cérebro. Dessa forma, tem-
se os benefícios da Eletro choque, só que sem os efeitos colaterais.
12. O tratamento é completamente natural e não-invasivo. O
paciente não recebe irradiação elétrica ou magnética do
equipamento e não há risco de choque.
Eletrodos são colocados sobre o couro cabeludo, para captar
emissões elétricas dos neurônios. As informações são enviadas a um
computador que as utiliza para produzir imagens que mostram em
tempo real, como está o funcionamento do cérebro.
Conforme a quantidade de ondas, o cliente vai acumulando
pontos, música e/ou movimento na tela. Num processo chamado
reforçamento condicionado, o paciente altera voluntariamente a
frequência das ondas nas áreas ligadas ao controle da atenção.
13. Exercícios cognitivos computadorizados ajudam pacientes com a
condição a distinguirem pensamentos da realidade.
Em uma pesquisa, os pacientes foram submetidos a 80 horas de
treinamento computadorizado cognitivo, exercícios
auditivos, visuais e sociais.
Após o fim dos testes, foram refeitas ressonâncias e comparadas as
antigas atividades cerebrais.
Com o exercício, foi comprovada uma maior ativação no córtex
pré-frontal medial e também um melhor funcionamento social seis
meses após o treinamento.
14. Quando falamos de tecnologia na medicina, seja ela em qual área
for, estamos falando de equipamentos e programas que foram
desenvolvidos para prolongar a vida de pacientes e facilitar o
atendimento médico dos mesmos.
No entanto, quando falamos de medicina psiquiátrica/psicológica,
falamos de uma medicina de contato. Afinal, do que mais um
paciente vítima de depressão precisa, além da atenção?
Portanto, o uso da tecnologia, deve sim, ser feito, porém
discriminadamente. A combinação dos recursos, tecnológicos,
farmacológicos e terapias de grupo, psicanálise, entre outros
devem ser combinadas, precisamente, para maior qualidade de
vida do paciente.