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Que aproxima o velho aio da jovem
Maria e como se relacionam entre si estas
duas personagens?
Telmo e Maria, ligados por um afeto
que se poderia dizer de pai para filha,
vivem numa atitude de expetativa,
esperando o regresso do rei, no caso de
Maria, e do primeiro amo, no caso de
Telmo. A imaginação da jovem é
estimulada pelas ideias, pelos agouros,
de Telmo (contra a vontade de D.
Madalena, receosa de que assim se
agrave a debilidade da filha).
A leitura dos Lusíadas aproxima-os
também. Como Telmo conheceu
Camões, e viu maltratado pelos
«grandes» do reino o poeta que cantou a
glória portuguesa de outrora, ambos
lamentam que aqueles que se deveriam
ocupar dos desígnios da nação cuidem
apenas das suas «vaidades».
Depois de dizer para terminarem, pretendo
que entreguem mesmo a folha (sem haver
grandes desfasamentos no tempo usado
por cada um).
prostração = abatimento extremo
imperscrutável = insondável
irrisão = escárnio, troça
pejo = vergonha
recato = pudor, modéstia
pleitear = disputar
epitáfio = inscrição tumular; elogio fúnebre
contrito = arrependido, pesaroso
fevra = fibra
criminar = recriminar, culpar
O cenário do ato III, ainda que
represente ainda uma parte do palácio de D.
João de Portugal, é agora, mais do que
apenas sombrio e fechado, subitamente
despojado e nu («sem ornato algum»). O
espaço, se antes favorecera a angústia, o
medo, adequa-se agora à derrota, à pros-
tração. Elementos decorativos característi-
cos dos ambientes religiosos (ciriais, cruz,
hábito, etc.) justificam-se por o palácio
comunicar com a capela dos dominicanos e
antecipam o destino dos protagonistas, a
renúncia à vida secular.
a. Com o pensamento na filha, Manuel
de Sousa mortifica-se porque a
culpabiliza pela desgraça que se abateu
sobre a sua família, inocentando
completamente Madalena.

mortifica-se porque se culpabiliza
b. Frei Jorge compara a infelicidade de
seu irmão à de D. João de Portugal, que
não será menor.
c. A Manuel de Sousa, desespera-o o
facto de sentir que sua filha não
sobreviverá perante a situação, apesar
do bom estado de saúde em que se
encontrava quando chegaram de Lisboa.

tal é o seu estado de saúde desde que
chegaram de Lisboa.
 
d. Num estado de quase alienação,
Manuel de Sousa oscila entre o desejo
de morte e de vida em relação a Maria.
e. Frei Jorge, numa atitude de
desequilíbrio emocional, não consegue
sere­nar o irmão nem conceder­lhe
qualquer auxílio nas suas decisões.

Frei Jorge, numa atitude de grande
equilíbrio e de fé, procura serenar o
irmão e auxiliá­lo nas decisões que vai
assumindo.
«Meu honrado amo, o filho do meu nobre
senhor, está vivo... O filho que eu criei
nestes braços... Vou saber novas certas
dele, no fim de vinte anos de o julgarem
todos perdido; e eu, eu que sempre
esperei, que sempre suspirei pela sua
vinda...»
TPC — Ir fazendo o trabalho de
comentário a Frei Luís de Sousa
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  • 1.
  • 2. Que aproxima o velho aio da jovem Maria e como se relacionam entre si estas duas personagens?
  • 3. Telmo e Maria, ligados por um afeto que se poderia dizer de pai para filha, vivem numa atitude de expetativa, esperando o regresso do rei, no caso de Maria, e do primeiro amo, no caso de Telmo. A imaginação da jovem é estimulada pelas ideias, pelos agouros, de Telmo (contra a vontade de D. Madalena, receosa de que assim se agrave a debilidade da filha).
  • 4. A leitura dos Lusíadas aproxima-os também. Como Telmo conheceu Camões, e viu maltratado pelos «grandes» do reino o poeta que cantou a glória portuguesa de outrora, ambos lamentam que aqueles que se deveriam ocupar dos desígnios da nação cuidem apenas das suas «vaidades».
  • 5.
  • 6. Depois de dizer para terminarem, pretendo que entreguem mesmo a folha (sem haver grandes desfasamentos no tempo usado por cada um).
  • 7. prostração = abatimento extremo imperscrutável = insondável irrisão = escárnio, troça pejo = vergonha recato = pudor, modéstia pleitear = disputar epitáfio = inscrição tumular; elogio fúnebre contrito = arrependido, pesaroso fevra = fibra criminar = recriminar, culpar
  • 8. O cenário do ato III, ainda que represente ainda uma parte do palácio de D. João de Portugal, é agora, mais do que apenas sombrio e fechado, subitamente despojado e nu («sem ornato algum»). O espaço, se antes favorecera a angústia, o medo, adequa-se agora à derrota, à pros- tração. Elementos decorativos característi- cos dos ambientes religiosos (ciriais, cruz, hábito, etc.) justificam-se por o palácio comunicar com a capela dos dominicanos e antecipam o destino dos protagonistas, a renúncia à vida secular.
  • 9. a. Com o pensamento na filha, Manuel de Sousa mortifica-se porque a culpabiliza pela desgraça que se abateu sobre a sua família, inocentando completamente Madalena. mortifica-se porque se culpabiliza
  • 10. b. Frei Jorge compara a infelicidade de seu irmão à de D. João de Portugal, que não será menor.
  • 11. c. A Manuel de Sousa, desespera-o o facto de sentir que sua filha não sobreviverá perante a situação, apesar do bom estado de saúde em que se encontrava quando chegaram de Lisboa. tal é o seu estado de saúde desde que chegaram de Lisboa.
  • 12.   d. Num estado de quase alienação, Manuel de Sousa oscila entre o desejo de morte e de vida em relação a Maria.
  • 13. e. Frei Jorge, numa atitude de desequilíbrio emocional, não consegue sere­nar o irmão nem conceder­lhe qualquer auxílio nas suas decisões. Frei Jorge, numa atitude de grande equilíbrio e de fé, procura serenar o irmão e auxiliá­lo nas decisões que vai assumindo.
  • 14. «Meu honrado amo, o filho do meu nobre senhor, está vivo... O filho que eu criei nestes braços... Vou saber novas certas dele, no fim de vinte anos de o julgarem todos perdido; e eu, eu que sempre esperei, que sempre suspirei pela sua vinda...»
  • 15.
  • 16. TPC — Ir fazendo o trabalho de comentário a Frei Luís de Sousa entretecido com comentário a letra de canção (cfr. «Instruções» em Gaveta de Nuvens), cuja primeira versão me deve ser enviada até 2 de março.