O documento descreve a relação entre Telmo, um velho aio, e Maria, uma jovem. Eles sentem um afeto de pai e filha e gostam de ler os Lusíadas juntos, comentando sobre a glória portuguesa do passado.
2. Que aproxima o velho aio da jovem
Maria e como se relacionam entre si estas
duas personagens?
3. Telmo e Maria, ligados por um afeto
que se poderia dizer de pai para filha,
vivem numa atitude de expetativa,
esperando o regresso do rei, no caso de
Maria, e do primeiro amo, no caso de
Telmo. A imaginação da jovem é
estimulada pelas ideias, pelos agouros,
de Telmo (contra a vontade de D.
Madalena, receosa de que assim se
agrave a debilidade da filha).
4. A leitura dos Lusíadas aproxima-os
também. Como Telmo conheceu
Camões, e viu maltratado pelos
«grandes» do reino o poeta que cantou a
glória portuguesa de outrora, ambos
lamentam que aqueles que se deveriam
ocupar dos desígnios da nação cuidem
apenas das suas «vaidades».
5.
6. Depois de dizer para terminarem, pretendo
que entreguem mesmo a folha (sem haver
grandes desfasamentos no tempo usado
por cada um).
8. O cenário do ato III, ainda que
represente ainda uma parte do palácio de D.
João de Portugal, é agora, mais do que
apenas sombrio e fechado, subitamente
despojado e nu («sem ornato algum»). O
espaço, se antes favorecera a angústia, o
medo, adequa-se agora à derrota, à pros-
tração. Elementos decorativos característi-
cos dos ambientes religiosos (ciriais, cruz,
hábito, etc.) justificam-se por o palácio
comunicar com a capela dos dominicanos e
antecipam o destino dos protagonistas, a
renúncia à vida secular.
9. a. Com o pensamento na filha, Manuel
de Sousa mortifica-se porque a
culpabiliza pela desgraça que se abateu
sobre a sua família, inocentando
completamente Madalena.
mortifica-se porque se culpabiliza
10. b. Frei Jorge compara a infelicidade de
seu irmão à de D. João de Portugal, que
não será menor.
11. c. A Manuel de Sousa, desespera-o o
facto de sentir que sua filha não
sobreviverá perante a situação, apesar
do bom estado de saúde em que se
encontrava quando chegaram de Lisboa.
tal é o seu estado de saúde desde que
chegaram de Lisboa.
12.
d. Num estado de quase alienação,
Manuel de Sousa oscila entre o desejo
de morte e de vida em relação a Maria.
13. e. Frei Jorge, numa atitude de
desequilíbrio emocional, não consegue
serenar o irmão nem concederlhe
qualquer auxílio nas suas decisões.
Frei Jorge, numa atitude de grande
equilíbrio e de fé, procura serenar o
irmão e auxiliálo nas decisões que vai
assumindo.
14. «Meu honrado amo, o filho do meu nobre
senhor, está vivo... O filho que eu criei
nestes braços... Vou saber novas certas
dele, no fim de vinte anos de o julgarem
todos perdido; e eu, eu que sempre
esperei, que sempre suspirei pela sua
vinda...»
15.
16. TPC — Ir fazendo o trabalho de
comentário a Frei Luís de Sousa
entretecido com comentário a letra de
canção (cfr. «Instruções» em Gaveta de
Nuvens), cuja primeira versão me deve ser
enviada até 2 de março.