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INTERNACIONALIZAÇÃO

INVESTIMENTO

INOVAÇÃO

EMPRESAS &
INTERNACIONALIZAÇÃO
África do Sul Alemanha Angola Argélia Brasil Cabo Verde Canadá China Espanha E.U.A França Irlanda Itália

Líbia Portugal Polónia Reino Unido Suíça Venezuela

Polónia:

Uma economia que emerge na Europa
O número de empresas nacionais com exportações para o mercado polaco tem vindo a aumentar:
824, em 2012, face a 767 em 2011, o que significa um acréscimo de 7%, refletindo o sucesso do trabalho feito
pelas empresas portuguesas.
Salvador Salazar Leite
Espírito Santo Research

A Polónia é reconhecida como um importante player no seio da UE, com
instituições sólidas, uma economia
diversificada e profundamente integrada na UE. Com uma população de 38,2 milhões de habitantes e
um rendimento per capita de USD
12,7 mil, tem demonstrado, nos últimos anos, uma capacidade de resistência notável. Em 2009 era o único
país da UE a evitar uma recessão,
apresentando-se como a economia
que mais cresceu, sendo já a maior
economia da Europa Central.
No entanto, em 2012, o crescimento
real do PIB foi moderado: 1,9% face
a 4,5%, em 2011. Resultado que teve
por base a desaceleração das trocas
internacionais dos principais mercados de exportação da Polónia face às
perspetivas incertas de crescimento
da zona euro, a forte quebra do investimento público, bem como a queda do consumo das famílias, que foi
afetado pela quebra de confiança, do

rendimento disponível e pelo aumento do desemprego. O Executivo polaco
lançou um conjunto de reformas destinadas a melhorar a competitividade
económica, a médio prazo, de forma a
melhorar o ambiente de negócios, implementando medidas como a promoção da inovação e modernização da
Administração Pública.
A Polónia foi o principal beneficiário
de fundos estruturais europeus (20072013), com um sólido histórico de implementação, absorvendo os recursos
disponíveis. Prepara-se para manter
o seu peso e desempenho no próximo
quadro financeiro (2014-2020), onde
as empresas portuguesas podem encontrar uma janela de oportunidades
quanto às fontes de financiamento.
O modelo de aproveitamento dos fundos europeus neste país começou da
mesma forma que em Portugal, com
fortes investimentos em infraestruturas. Atempadamente, o Executivo

alterou a sua estratégia para o desenvolvimento da indústria e das novas
tecnologias, considerando-os como
sectores prioritários. A Polónia é hoje
um exemplo de transição política e
económica bem-sucedida, sendo apresentado a outros países como caso de
sucesso.

to comercial com a Polónia, registando
um crescimento, de 2007 a 2012, nas
suas exportações para este país, de
7,6%, e de 7% nas importações.

Face às boas relações institucionais
entre Portugal e a Polónia e à reputação que os produtos portugueses alcançam neste país, as trocas comerciais entre a Polónia e Portugal têm
registado um crescimento sustentado.

O número de empresas nacionais com
exportações para o mercado polaco
tem vindo a aumentar: 824 empresas
a exportarem para a Polónia, em 2012,
face a 767 em 2011, o que significa um
acréscimo de 7%, refletindo o sucesso
do trabalho feito pelas empresas nacionais no que respeita ao processo de internacionalização e captação de mercados com potencial.

Relativamente ao comércio internacional, o seu principal mercado exportador é a Alemanha, representando
25% do total. Portugal é o 33º recetor de mercadorias polacas. Quanto às importações de mercadorias, a
Alemanha continua com lugar de destaque (21% do total) sendo Portugal o
39º fornecedor deste país. Portugal
tem aumentado o seu relacionamen-

Os sectores onde se verifica maior investimento por parte das empresas portuguesas são: alimentar, energético, construção, informático, médico, financeiro,
bancário, imobiliário e de aconselhamento legal. O Executivo polaco está confiante que o envolvimento comercial entre os
países aumentará, especialmente no que
respeita a investimentos inovadores e ao
apoio no âmbito da formação.

Estrutura sectorial do PIB da Polónia (2012)
As oportunidades de exportação

27,5%

Comércio
por grosso e a retalho,
reparações,
hotéis e restaurantes,
transportes

24,6%
Indústria

13,7%
Administração
Pública

De forma a ajudar as empresas portuguesas no processo da internacionalização, o Espírito Santo Research,
publica periodicamente os ISKOS (www.bes.pt/researchsectorial), onde propõe um conjunto não exclusivo ou exaustivo de oportunidades de exportação para empresas portuguesas. Para a Polónia enumeramos as seguintes:

8,2%
Construção

6,9%
Atividades
financeiras
e de seguros

5,6%

Atividades científicas,
técnicas
e administrativas

4,4%
Imobiliário

4,0%
Agricultura

3,7%

Informação
e Comunicação

3,0%

Outros Serviços

Fonte: OCDE

> Polímeros de etileno, em formas primárias;
> Aparelhos de iluminação;
> Acumuladores elétricos;
> T-shirts, camisolas interiores
e artigos semelhantes;
> Fibras óticas e feixes de fibras óticas;
> Vestuário de uso feminino;
> Vinhos;
> Calçado;
> Azeite;
> Legumes frescos ou congelados.
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2 EMPRESAS & INTERNACIONALIZAÇÃO BANCO ESPÍRITO SANTO

BANCO ESPÍRITO SANTO

EMPRESAS & INTERNACIONALIZAÇÃO 3

Empresas à conquista do mercado polaco
Acreditar muito na Polónia
A Marcovil quer
estreitar relações
com o mercado
polaco.
Ricardo Vidal
Administrador

Pórticos e pontes rolantes, calandras hidráulicas, centrais de betão, túneis automáticos de decapagem e equipamentos especiais são o mundo da Marcovil, uma metalomecânica portuguesa, de Viseu, que está em vários
países do mundo, desde o Brasil à Austrália. Há cerca de
quatro anos que está na Polónia através de um agente local. Hoje, Ricardo Vidal, administrador da empresa, não
hesita em afirmar que “acreditamos muito na Polónia”.
Por isso irá acompanhar “atentamente” tudo o que se
passa no mercado polaco e “procurar estreitar relações”.
É que a Polónia está inserida num conjunto de países de
uma região que Portugal tem de ver como “extensão na-

tural do bloco económico onde está inserido, a Europa”.
Apesar de geograficamente estarem em locais opostos,
Portugal e a Polónia “são detentores de um grande capital, nós em África e Brasil e eles no Leste e Sudeste
europeu”, afirma Vidal. Atualmente o mercado polaco
apresenta várias oportunidades de negócio pois há necessidade de construir inúmeras infraestruturas de mobilidade e tem um parque industrial bastante “expressivo e forte”.

Futuro promissor
A Introsys pretende
ser uma referência
na indústria
automóvel.

Paralelamente, o facto de terem moeda própria “faz
acrescer a sua competitividade produtiva e exportadora”,
diz o administrador da Marcovil. A Polónia é também
vista como uma excelente plataforma de negócios devido
à sua cultura e localização, entre a Alemanha e a Rússia. Ricardo Vidal considera ainda que apesar de ser um
país com 40 milhões de habitantes, tem uma capital mas
depois não existe, claramente, uma segunda ou terceira
cidades. “Tem sete cidades que em todos os indicadores
ficam no segundo lugar. Ou seja é um país com uma capital e uma rede de sete cidades a competirem entre si
para serem a número 2”, afirma.

O que é que o Volkswagem Polo, o Ford B-Max, o Volkswagen Scirocco, o Audi Q3 e o Skoda Fabia têm em comum?
São alguns dos projetos de referência da Introsys, empresa portuguesa especialista no desenvolvimento e instalação de sistemas de controlo para maquinaria pesada.

Ricardo Vidal destaca ainda o facto de ser um país conservador ao nível do consumo, sendo os polacos “organizados e
esclarecidos face a erros de outros países que, com a entrada
na UE, criaram alguns exageros”. A Marcovil, Metalomecânica de Viseu, foi fundada em 1987 e tem a sua atividade
económica orientada para o desenvolvimento, produção e
inovação de soluções em equipamentos industriais.

A empresa é especializada em maquinaria robotizada de
soldadura para a indústria automóvel e opera essencialmente nos grupos BMW, Volkswagen e Ford, afirma Luís
Miguel Flores, engineering and R&D director da
empresa. A oportunidade de “sondar comercialmente a
Polónia surgiu no decorrer de uma missão empresarial
organizada pelo BES”, afirma o mesmo responsável.

Luís Miguel Flores
Engineering and R&D Director

MARCOVIL E A POLÓNIA

Na Polónia,
a Intellysys prevê
uma presença
estruturada
em cinco anos.
João Figueiredo
Executive CEO

A solução para os constantes desafios nos sectores de tratamento de superfície e pintura, robótica e automação industrial, sistemas de energia e ambiente industrial, sistemas de produção eficiente – SPE e projetos industriais
especiais.
É assim que João Figueiredo, executive CEO, apresenta a
Intellysys. Baseada em Águeda, atua em 12 mercados diferentes, com site próprio no Brasil, México e Alemanha.
Como é que surge a oportunidade Polónia? Responde
João Figueiredo: “Surge no momento em que analisada
a geografia europeia, numa perspetiva de alavancamento
da presença na Alemanha, se decidiu abordar o mercado

polaco como consumidor, mas também como plataforma
de fabrico para alimentar os mercados alemão, russo e
bielorrusso, onde já operamos”.
A empresa já desenvolveu contactos com eventuais
partners e também com alguns clientes finais, “com bastante interesse”, refere o mesmo responsável. “As oportunidades locais foram identificadas, traduzindo-se em
contactos interessantes e em caminhos a serem viabilizados”, sustentou.
Existe um trabalho de fundo a ser realizado, “com endogeneização da cultura polaca, na identificação do partner
correto, na localização geográfica dentro do território”.
Para João Figueiredo a Polónia é um diamante à espera
de ser bem lapidado.
“Percebem-se alguns riscos nesta operação, algumas cautelas a ter em atenção mas, existem casos de sucesso e
boas empresas portuguesas já instaladas que podem servir de auxílio” afirma.
A Intellysys prevê na Polónia uma presença estruturada em cinco anos, sendo que as estruturas comerciais e
customer support serão realidade mais cedo.
Este mercado em ascensão goza de proximidade a outros
mercados também em ascensão, com laços fortes à economia alemã, “sendo que se perspetiva um crescendo nas atividades da Intellysys, tendo como objetivo 10% da faturação global da empresa em 2018”, conclui o executive CEO
da empresa.

A Transportes
Pascoal quer
analisar as
especificidades do
mercado polaco.
Nuno Pascoal
Diretor Geral

Há 30 anos que as estradas europeias não têm segredos
para a Transportes Pascoal. Atualmente com 348 colaboradores, infraestruturas recentes com 15 000 m2 de área
de parque vigiado, uma frota moderna e armazéns em
Portugal, Espanha, França e Inglaterra a empresa quer
conhecer as estradas da Polónia. Nuno Pascoal, diretor
geral da empresa, fundada em 1982, afirma que a Transportes Pascoal aproveitou uma missão empresarial do
BES para se dar a conhecer no mercado polaco.
Dessa visita, já há uma certeza: procurar uma “saudável
parceria com empresas locais”. Estão em estudo vários
cenários possíveis para “a aplicação das estratégias mais
adequadas à Polónia”, afirma o responsável da empresa.

A Polónia vai ser o maior beneficiário de fundos comunitários,
recebendo entre 2014 e 2020, cerca de 105 mil milhões de
Euros e isso que dizer que existe um grande potencial para
as empresas exportadoras portuguesas, afirma Tiago Costa,
diretor geral da Câmara de Comércio Polónia – Portugal.

“Faz parte do nosso posicionamento seguirmos os nossos clientes pelas mais diversas localizações geográficas”, afirma o mesmo responsável.
A empresa ainda não começou a desenvolver atividades na Polónia mas “o futuro parece promissor”, considera Luís Flores.
A empresa, que está instalada na Moita, em Alhos
Vedros, foi criada em 2002. Nasceu a partir de um grupo de investigação da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
No seu site define-se como “uma empresa líder, especializada em automação industrial, responsável pelo
desenho de softwares entre outras coisas para robots
e braços armados industriais, com especial incidência,
na Indústria Automóvel e Aeronáutica.
Mais do que pensar o futuro, a Introsys adapta o presente às necessidades de amanhã. A inovação faz parte
na cultura da empresa, nos serviços que prestamos, na
organização, nos produtos que desenvolvemos”.

- Foco nos clientes tradicionais
- País que quer investimento externo
- Mercado em estudo
- Futuro parece promissor

À procura de uma parceria

Potencial enorme por explorar

A Polónia é uma consequência natural da evolução da
empresa e também porque o país conseguiu captar investimento de clientes tradicionais da Introsys.

INTROSYS E A POLÓNIA

- Entrou no mercado há quatro anos
- Agente local
- Polacos são “organizados e esclarecidos”
- Necessidade de infraestruturas

Mercado em ascensão

A empresa já tem presença na Alemanha, Bélgica,
Espanha, Roménia, Rússia, Reino Unido e China.

As oportunidades de negócio no país “estão a ser ponderadas principalmente ao nível da logística”. Sobre as expetativas que a empresa tem em relação ao mercado e o que
pode vir a representar na faturação afirma Nuno Pascoal:
“Temos a expetativa de um crescimento na ordem dos
2%. A Polónia é certamente um país que merece a nossa
atenção, mas há que analisar as suas especificidades e
necessidades de mercado”.
A Transportes Pascoal define-se como “uma empresa dedicada ao transporte de mercadorias que oferece serviços
de transporte nacional e internacional”. Dispõe de uma
frota de 287 veículos, recente e em boas condições. É detentora de oficinas próprias com equipas de mecânicos
permanentes que dão apoio aos seus motoristas. A empresa já foi diversas vezes distinguida com prémios no
estrangeiro. Entre 2008 e 2011 recebeu quatro, três deles
atribuídos pela BID (entidade internacional que premeia
empresas que se distinguem no seu ramo de atividade).
O mais recente foi em Paris, em abril de 2011. A Transportes
Pascoal foi distinguida pela BID com o prémio internacional “ISLQ - International Star for Leadership in Quality”,
na categoria de qualidade. Também no mesmo ano, em
Bruxelas, foi considerada uma das empresas com maior
crescimento a nível europeu no ano de 2010 pela Associação Europeia para o Crescimento Empresarial no Europe’s
500 Awards. No Certificado de Nomeação, a Pascoal foi caracterizada como uma empresa com um elevado potencial
de inovação, trabalho árduo e perseverança, contribuindo
de forma significativa para a criação de novos postos de
trabalho e prosperidade na Europa. 	

INTELLYSYS E A POLÓNIA

- Procura de parcerias
- Oportunidades de negócio na logística
- Analisar as especificidades do mercado
- Crescimento na faturação da ordem dos 2%

Diretor Geral da Câmara de Comércio Polónia – Portugal

Como definiria as atuais relações económicas
entre Portugal e a Polónia?
Podemos considerar que as relações económicas entre
Portugal e a Polónia atravessam um grande momento e
os dados dos últimos 10 anos assim o comprovam. Após
a adesão à União Europeia em 2004, a Polónia assumiu-se definitivamente como um dos mercados mais atrativos de investimento para Portugal. Mas já antes, em
meados dos anos 90, diversos grupos económicos apostaram na entrada no mercado polaco. Entre os anos de
2004 e 2008 o número de empresas portuguesas triplica,
gerando uma massa crítica de investimento português
na Polónia. Atualmente, a Polónia é o mercado mais importante na Europa Central e de Leste para o Investimento Direto Estrangeiro (IDE) português. De 2005 a
2012 o valor acumulado do investimento direto português na Polónia foi de 2,5 mil milhões de Euros.
Existem mais de 100 empresas polacas com capital português na Polónia, sendo que este investimento caracteriza-se por ser muito diversificado. As empresas portuguesas presentes na Polónia estão ativas em diversos
sectores tais como construção, retalho, banca, energia
renovável, indústria, tecnologias da informação, imobiliário, hotelaria e serviços. A grande maioria das empresas portuguesas na Polónia são pequenas e médias empresas, no entanto importa destacar que há um grupo
de empresas que ocupam lugares de liderança nos seus
A evolução das trocas comerciais entre os dois países
nos últimos 10 anos tem sido satisfatória, mas existe
um potencial enorme por explorar.
respetivos sectores de atividade. Não existem muitos
mercados onde Portugal tem uma presença tão significativa e isso é um motivo de orgulho e incentivo para todas os empreendedores portugueses que apostaram no
mercado polaco. A evolução das trocas comerciais entre
os dois países nos últimos 10 anos tem sido satisfatório,
mas existe um potencial enorme por explorar. A balança comercial entre os dois países tem igualmente dado
mostras de melhoria, atingido, no final de 2012, os 812
milhões de euros.

Quais as oportunidades de negócio
que existem no país para as empresas
portuguesas?
A Polónia é um país em constante modernização. Apesar
do grande investimento estrangeiro e concorrência forte que se faz sentir em diversos sectores, existem ainda
oportunidades em diversos sectores tais como serviços,
tecnologias da informação, indústria, centros de pesquisa
e desenvolvimento, logística e retalho. A Polónia possui

TRANSPORTES PASCOAL E A POLÓNIA

- Presença estruturada em cinco anos
- Contactos desenvolvidos com eventuais partners
- Trabalho de fundo a ser realizado
- Proximidade de outros mercados em ascensão

Tiago Costa

Mais de 220 associados
A Câmara de Comércio Polónia - Portugal (PPCC) foi
fundada em 2008 em Varsóvia através de uma iniciativa privada. A missão da PPCC é promover as relações económicas bilaterais entre a Polónia e Portugal
e encorajar os investidores portugueses a investir na
Polónia e vice-versa. A Câmara de Comércio oferece

uma população de 38 milhões de habitantes, sendo neste
momento a oitava maior economia na União Europeia.
O país passa igualmente por uma grande transformação
no que diz respeito à modernização das suas infraestruturas. Fortemente apoiado em fundos comunitários, tem-se registado uma forte aposta do país na construção de
novas autoestradas, modernização das vias férreas, redes de metro, aeroportos e hospitais. A Polónia vai ser
o maior beneficiário de fundos comunitários, recebendo
entre 2014 e 2020, cerca de 105 mil milhões de Euros. Estamos em crer que existe igualmente um grande potencial para as empresas exportadoras portuguesas nomeadamente na área dos produtos alimentares que não são
produzidos na Polónia como o azeite e vinho, maquinaria
industrial, têxteis, sapatos e cortiça.

Como é que as empresas têm aproveitado
essas oportunidades?
Os grupos económicos portugueses que se estabeleceram no mercado há mais de 10 anos foram, sem dúvida,
os maiores beneficiários da enorme abertura da Polónia
ao investimento estrangeiro, da entrada da Polónia na
União Europeia e de uma economia em crescimento acelerado. A grande maioria das empresas portuguesas que
apostaram no mercado polaco tem registado bons resultados. Para algumas empresas a Polónia tem sido mesmo a razão principal para o crescimento do volume de
negócios. Temos observado que as empresas portuguesas que se estabeleceram na Polónia há mais tempo são
também âncoras importantes na entrada de novos investidores nacionais no mercado polaco.

Que conselhos é que daria às empresas
portuguesas interessadas em entrar
na Polónia?
O primeiro conselho que a Câmara de Comércio Polónia
– Portugal dá às empresas e empresários portugueses
interessados em investir na Polónia é efetuar um estudo
do mercado. É igualmente importante visitar a Polónia
de forma periódica para fazer contactos com potenciais
clientes ou parceiros de negócio e conhecer a realidade
do país. O povo polaco privilegia o contacto pessoal a
contactos por telefone ou por email. Tanto para empresas que pretendam exportar como para empresas que
queiram investir é muito importante que seja feita um
acompanhamento nos negócios in loco.
Por último, recomendamos que entrem em contacto
com a Câmara de Comércio Polónia-Portugal e com a
aicep Portugal, ambas as instituições com escritório em
Varsóvia, e que certamente poderão disponibilizar informação útil sobre o mercado.
serviços a empresas para o estabelecimento de contactos comerciais, divulgação de oportunidades de negócio, procura de potenciais parceiros, organização de
viagens de negócios, missões empresariais, realização
de pesquisas de mercado, organização de seminários,
conferências, e presta um apoio integrado às start-ups
no mercado polaco através do serviço de virtual &
open space office. A Câmara de Comércio tem mais
de 220 associados e é composta por empresas polacas
com capital português, empresas polacas com interesses em Portugal e empresas multinacionais presentes
nos dois mercados. O presidente do conselho de administração é Pedro Pereira da Silva, country manager
da Jerónimo Martins na Polónia e em Portugal e
C.O.O. do Grupo Jerónimo Martins.
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4 EMPRESAS & INTERNACIONALIZAÇÃO BANCO ESPÍRITO SANTO

Grande abertura
e curiosidade por Portugal
Em três dias no território, utilizando o modelo de sucesso da UIP na organização de missões empresariais,
contámos com a presença de cerca de 60 empresas polacas.

Curiosamente, a missão à Polónia surge do interesse manifestado por um grande grupo de
empresas naquele país. Este interesse prende-se, por um lado,
com a performance económica registada nos últimos anos na economia polaca e, por outro, com a
consolidação da atividade e o reconhecido sucesso de empresas
portuguesas neste mercado.

Ricardo Bastos Salgado
Diretor Coordenador do Dep.
Corporate Banking e da Unidade
Internacional Premium do BES

De facto, o bloco da Europa de
Leste, onde a Polónia é um dos
principais players, representa
o quarto maior destino das exportações portuguesas com um
crescimento superior a 4% de janeiro a julho. Primeiro, é de referir alguns fatores distintivos do
contexto polaco e justificativos
do fluxo de investimento externo crescente no país: um grande

mercado interno com um nível
de formação elevado, a estabilidade política, a grande centralidade europeia, rodeado de países
de grande dimensão, e finalmente, conforme nos foi evidenciado
pelos intervenientes que encontrámos e de enorme importância, um sistema jurídico rápido
e eficiente.
Participaram na missão à Polónia um grupo de 23 empresas de
clusters tão diversos como saúde,
tecnologias de informação, robótica, metalomecânica, transportes, rochas ornamentais, e empresas do sector primário.
Esta missão do GBES foi uma
iniciativa da Unidade Internacional Premium e contou, localmente, com o apoio do BESI

na Polónia, do principal banco público polaco PKO BP e da
Câmara do Comércio PortugalPolónia, bem como do AICEP e do
Ministério da Economia polaco.
Em 3 dias no território, utilizando o modelo de sucesso da UIP
na organização de missões empresariais, contámos com a presença de cerca de 60 empresas
polacas para além de terem sido
promovidos contactos institucionais ao mais alto nível.
Tendo em conta ao caráter inovador de muitas das empresas
participantes sentimos ao longo da missão uma grande abertura e curiosidade pelos produtos e serviços nacionais. Desta
missão surgiram excelentes contactos sobre os quais estamos a

trabalhar com os nossos empresários e estamos muito confiantes que no futuro próximo teremos histórias de sucesso para
contar. Mas também do lado polaco vieram manifestações de
interesse, tendo a Embaixada
da Polónia em Portugal feito saber que grandes empresas deste país manifestaram o desejo
de participarem num encontro
de oportunidades de negócio em
Portugal.
O Banco Espírito Santo já levou
cerca de 400 empresas a mais de
10 destinos para promover a internacionalização e a exportação
de produtos e serviços portugueses. Em 2014 iremos com certeza continuar estas iniciativas
em novos mercados com elevado
potencial, como foi este caso.

Conhecer bem a realidade local
O facto de o BESI ser uma entidade com fortes raízes locais permite às empresas portuguesas obter um conhecimento
mais aprofundado do mercado e ficarem melhor preparadas para o abordarem, afirma o CEO da instituição na Polónia.
2008, num mercado muito competitivo com um sector bancário
muito líquido, numa economia
em crescimento e com um rating
superior ao de Portugal. Não podendo competir pelo crédito, o
BESI está a criar um projeto de
banca de investimento local em
polaco e para empresas locais
para apoiar a sua internacionalização futura com o apoio da rede
internacional do Grupo BES.

Christian Minzolini
CEO do BESI na Polónia

Qual é o
posicionamento
do BESI na Polónia
num mercado
de banca de
investimento muito
competitivo e qual
é o modelo de
negócio?
O BESI abriu uma sucursal na
Polónia poucos meses antes do
princípio da crise financeira de

O governo polaco tem
privilegiado nas privatizações
os operadores locais ou
estrangeiros que apostam
localmente. O BESI, embora
sucursal de banco estrangeiro,
tem uma estratégia de banco
local com forte investimento
realizado em Varsóvia.
A sucursal tem hoje 55 pessoas,
tendo só três empregados não polacos. O modelo de negócio passa por uma abordagem multiproduto (ações, obrigações, M/A,
project finance) a empresas médias polacas que necessitam de
apoio de um especialista local de
banca de investimento independente mas com características
de banco. Isto implica um conhecimento da realidade local que
assenta na nossa equipa de seis
analistas de research centrados
sobre empresas polacas de média dimensão e cotadas. Hoje há
443 empresas cotadas na Bolsa
de Varsóvia.

Qual a vossa
intervenção
no processo
de privatizações
polacas?
O governo polaco tem privilegiado nas privatizações os operadores locais ou estrangeiros que
apostam localmente. O BESI,
embora sucursal de banco estrangeiro, tem uma estratégia
de banco local com forte investimento realizado em Varsóvia.
Assim, tem aproveitado de maneira significativa esta decisão
política para criar uma atividade
forte de emissão local de ações.
Como consequência, nos últimos
anos, o BESI tem sido regularmente book runner ou co-organizador de várias privatizações
tanto na banca como no sector
energético. As operações de 2013
demostram a influência atual do
banco: no início do ano o BESI foi
O BESI aproveita a sua
estrutura polaca para
suportar as iniciativas do
BES em termos de apoio
a internacionalização das
empresas portuguesas como
o demostrou a recente missão
comercial organizada em
Varsóvia conjuntamente com
o PKO BP e a Câmara de
Comércio Portugal Polónia.

um dos book runners da maior
colocação secundária do mercado polaco correspondendo à privatização adicional de à volta de
10% do capital do PKO BP,
primeiro grupo financeiro polaco por um montante superior a
1 200 milhões de euros.
Atualmente, e conjuntamente com
três bancos globais e o PKO BP,
somos um dos cinco book runners
responsáveis para organizar, até

ao fim do ano, a privatização,
através de IPO, da última elétrica polaca não cotada, a Energa.
Esta projeção dada pelas privatizações assim como o reconhecimento do nosso research e da
nossa capacidade de distribuição tanto local como internacional tem-nos permitido, adicionalmente, participar em vários IPO
e colocações secundárias para o
sector privado.

Como é que o BESI apoia as empresas
nacionais neste mercado?
O BESI aproveita a sua estrutura local polaca para suportar as
iniciativas do BES em termos de apoio à internacionalização das
empresas portuguesas como o demostrou a recente missão comercial organizada em Varsóvia conjuntamente com o PKO BP
e a Câmara de Comércio Portugal Polónia.
Adicionalmente, recebemos todas as empresas portuguesas instaladas localmente ou com vontade de abordar o mercado polaco. Concretamente, temos a capacidade, graças à nossa atividade de M/A (Fusões/ Aquisições), de procurar parceiros polacos.
Além disso temos vindo a apoiar, especificamente nas áreas de
energias renováveis e das parcerias público privadas, empresas
portuguesas interessadas em posicionarem-se nestes sectores de
atividade.
O mercado polaco tem um forte potencial mas exige uma aposta
consistente e de longo prazo. O facto de o BESI ser uma entidade
com fortes raízes locais permite às empresas portuguesas obter
um conhecimento mais aprofundado do mercado e ficarem melhor preparadas para o abordarem.

www.bes.pt • www.bes.pt/empresas

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Suplemento expresso

  • 1. PUBLICIDADE INTERNACIONALIZAÇÃO INVESTIMENTO INOVAÇÃO EMPRESAS & INTERNACIONALIZAÇÃO África do Sul Alemanha Angola Argélia Brasil Cabo Verde Canadá China Espanha E.U.A França Irlanda Itália Líbia Portugal Polónia Reino Unido Suíça Venezuela Polónia: Uma economia que emerge na Europa O número de empresas nacionais com exportações para o mercado polaco tem vindo a aumentar: 824, em 2012, face a 767 em 2011, o que significa um acréscimo de 7%, refletindo o sucesso do trabalho feito pelas empresas portuguesas. Salvador Salazar Leite Espírito Santo Research A Polónia é reconhecida como um importante player no seio da UE, com instituições sólidas, uma economia diversificada e profundamente integrada na UE. Com uma população de 38,2 milhões de habitantes e um rendimento per capita de USD 12,7 mil, tem demonstrado, nos últimos anos, uma capacidade de resistência notável. Em 2009 era o único país da UE a evitar uma recessão, apresentando-se como a economia que mais cresceu, sendo já a maior economia da Europa Central. No entanto, em 2012, o crescimento real do PIB foi moderado: 1,9% face a 4,5%, em 2011. Resultado que teve por base a desaceleração das trocas internacionais dos principais mercados de exportação da Polónia face às perspetivas incertas de crescimento da zona euro, a forte quebra do investimento público, bem como a queda do consumo das famílias, que foi afetado pela quebra de confiança, do rendimento disponível e pelo aumento do desemprego. O Executivo polaco lançou um conjunto de reformas destinadas a melhorar a competitividade económica, a médio prazo, de forma a melhorar o ambiente de negócios, implementando medidas como a promoção da inovação e modernização da Administração Pública. A Polónia foi o principal beneficiário de fundos estruturais europeus (20072013), com um sólido histórico de implementação, absorvendo os recursos disponíveis. Prepara-se para manter o seu peso e desempenho no próximo quadro financeiro (2014-2020), onde as empresas portuguesas podem encontrar uma janela de oportunidades quanto às fontes de financiamento. O modelo de aproveitamento dos fundos europeus neste país começou da mesma forma que em Portugal, com fortes investimentos em infraestruturas. Atempadamente, o Executivo alterou a sua estratégia para o desenvolvimento da indústria e das novas tecnologias, considerando-os como sectores prioritários. A Polónia é hoje um exemplo de transição política e económica bem-sucedida, sendo apresentado a outros países como caso de sucesso. to comercial com a Polónia, registando um crescimento, de 2007 a 2012, nas suas exportações para este país, de 7,6%, e de 7% nas importações. Face às boas relações institucionais entre Portugal e a Polónia e à reputação que os produtos portugueses alcançam neste país, as trocas comerciais entre a Polónia e Portugal têm registado um crescimento sustentado. O número de empresas nacionais com exportações para o mercado polaco tem vindo a aumentar: 824 empresas a exportarem para a Polónia, em 2012, face a 767 em 2011, o que significa um acréscimo de 7%, refletindo o sucesso do trabalho feito pelas empresas nacionais no que respeita ao processo de internacionalização e captação de mercados com potencial. Relativamente ao comércio internacional, o seu principal mercado exportador é a Alemanha, representando 25% do total. Portugal é o 33º recetor de mercadorias polacas. Quanto às importações de mercadorias, a Alemanha continua com lugar de destaque (21% do total) sendo Portugal o 39º fornecedor deste país. Portugal tem aumentado o seu relacionamen- Os sectores onde se verifica maior investimento por parte das empresas portuguesas são: alimentar, energético, construção, informático, médico, financeiro, bancário, imobiliário e de aconselhamento legal. O Executivo polaco está confiante que o envolvimento comercial entre os países aumentará, especialmente no que respeita a investimentos inovadores e ao apoio no âmbito da formação. Estrutura sectorial do PIB da Polónia (2012) As oportunidades de exportação 27,5% Comércio por grosso e a retalho, reparações, hotéis e restaurantes, transportes 24,6% Indústria 13,7% Administração Pública De forma a ajudar as empresas portuguesas no processo da internacionalização, o Espírito Santo Research, publica periodicamente os ISKOS (www.bes.pt/researchsectorial), onde propõe um conjunto não exclusivo ou exaustivo de oportunidades de exportação para empresas portuguesas. Para a Polónia enumeramos as seguintes: 8,2% Construção 6,9% Atividades financeiras e de seguros 5,6% Atividades científicas, técnicas e administrativas 4,4% Imobiliário 4,0% Agricultura 3,7% Informação e Comunicação 3,0% Outros Serviços Fonte: OCDE > Polímeros de etileno, em formas primárias; > Aparelhos de iluminação; > Acumuladores elétricos; > T-shirts, camisolas interiores e artigos semelhantes; > Fibras óticas e feixes de fibras óticas; > Vestuário de uso feminino; > Vinhos; > Calçado; > Azeite; > Legumes frescos ou congelados.
  • 2. PUBLICIDADE PUBLICIDADE 2 EMPRESAS & INTERNACIONALIZAÇÃO BANCO ESPÍRITO SANTO BANCO ESPÍRITO SANTO EMPRESAS & INTERNACIONALIZAÇÃO 3 Empresas à conquista do mercado polaco Acreditar muito na Polónia A Marcovil quer estreitar relações com o mercado polaco. Ricardo Vidal Administrador Pórticos e pontes rolantes, calandras hidráulicas, centrais de betão, túneis automáticos de decapagem e equipamentos especiais são o mundo da Marcovil, uma metalomecânica portuguesa, de Viseu, que está em vários países do mundo, desde o Brasil à Austrália. Há cerca de quatro anos que está na Polónia através de um agente local. Hoje, Ricardo Vidal, administrador da empresa, não hesita em afirmar que “acreditamos muito na Polónia”. Por isso irá acompanhar “atentamente” tudo o que se passa no mercado polaco e “procurar estreitar relações”. É que a Polónia está inserida num conjunto de países de uma região que Portugal tem de ver como “extensão na- tural do bloco económico onde está inserido, a Europa”. Apesar de geograficamente estarem em locais opostos, Portugal e a Polónia “são detentores de um grande capital, nós em África e Brasil e eles no Leste e Sudeste europeu”, afirma Vidal. Atualmente o mercado polaco apresenta várias oportunidades de negócio pois há necessidade de construir inúmeras infraestruturas de mobilidade e tem um parque industrial bastante “expressivo e forte”. Futuro promissor A Introsys pretende ser uma referência na indústria automóvel. Paralelamente, o facto de terem moeda própria “faz acrescer a sua competitividade produtiva e exportadora”, diz o administrador da Marcovil. A Polónia é também vista como uma excelente plataforma de negócios devido à sua cultura e localização, entre a Alemanha e a Rússia. Ricardo Vidal considera ainda que apesar de ser um país com 40 milhões de habitantes, tem uma capital mas depois não existe, claramente, uma segunda ou terceira cidades. “Tem sete cidades que em todos os indicadores ficam no segundo lugar. Ou seja é um país com uma capital e uma rede de sete cidades a competirem entre si para serem a número 2”, afirma. O que é que o Volkswagem Polo, o Ford B-Max, o Volkswagen Scirocco, o Audi Q3 e o Skoda Fabia têm em comum? São alguns dos projetos de referência da Introsys, empresa portuguesa especialista no desenvolvimento e instalação de sistemas de controlo para maquinaria pesada. Ricardo Vidal destaca ainda o facto de ser um país conservador ao nível do consumo, sendo os polacos “organizados e esclarecidos face a erros de outros países que, com a entrada na UE, criaram alguns exageros”. A Marcovil, Metalomecânica de Viseu, foi fundada em 1987 e tem a sua atividade económica orientada para o desenvolvimento, produção e inovação de soluções em equipamentos industriais. A empresa é especializada em maquinaria robotizada de soldadura para a indústria automóvel e opera essencialmente nos grupos BMW, Volkswagen e Ford, afirma Luís Miguel Flores, engineering and R&D director da empresa. A oportunidade de “sondar comercialmente a Polónia surgiu no decorrer de uma missão empresarial organizada pelo BES”, afirma o mesmo responsável. Luís Miguel Flores Engineering and R&D Director MARCOVIL E A POLÓNIA Na Polónia, a Intellysys prevê uma presença estruturada em cinco anos. João Figueiredo Executive CEO A solução para os constantes desafios nos sectores de tratamento de superfície e pintura, robótica e automação industrial, sistemas de energia e ambiente industrial, sistemas de produção eficiente – SPE e projetos industriais especiais. É assim que João Figueiredo, executive CEO, apresenta a Intellysys. Baseada em Águeda, atua em 12 mercados diferentes, com site próprio no Brasil, México e Alemanha. Como é que surge a oportunidade Polónia? Responde João Figueiredo: “Surge no momento em que analisada a geografia europeia, numa perspetiva de alavancamento da presença na Alemanha, se decidiu abordar o mercado polaco como consumidor, mas também como plataforma de fabrico para alimentar os mercados alemão, russo e bielorrusso, onde já operamos”. A empresa já desenvolveu contactos com eventuais partners e também com alguns clientes finais, “com bastante interesse”, refere o mesmo responsável. “As oportunidades locais foram identificadas, traduzindo-se em contactos interessantes e em caminhos a serem viabilizados”, sustentou. Existe um trabalho de fundo a ser realizado, “com endogeneização da cultura polaca, na identificação do partner correto, na localização geográfica dentro do território”. Para João Figueiredo a Polónia é um diamante à espera de ser bem lapidado. “Percebem-se alguns riscos nesta operação, algumas cautelas a ter em atenção mas, existem casos de sucesso e boas empresas portuguesas já instaladas que podem servir de auxílio” afirma. A Intellysys prevê na Polónia uma presença estruturada em cinco anos, sendo que as estruturas comerciais e customer support serão realidade mais cedo. Este mercado em ascensão goza de proximidade a outros mercados também em ascensão, com laços fortes à economia alemã, “sendo que se perspetiva um crescendo nas atividades da Intellysys, tendo como objetivo 10% da faturação global da empresa em 2018”, conclui o executive CEO da empresa. A Transportes Pascoal quer analisar as especificidades do mercado polaco. Nuno Pascoal Diretor Geral Há 30 anos que as estradas europeias não têm segredos para a Transportes Pascoal. Atualmente com 348 colaboradores, infraestruturas recentes com 15 000 m2 de área de parque vigiado, uma frota moderna e armazéns em Portugal, Espanha, França e Inglaterra a empresa quer conhecer as estradas da Polónia. Nuno Pascoal, diretor geral da empresa, fundada em 1982, afirma que a Transportes Pascoal aproveitou uma missão empresarial do BES para se dar a conhecer no mercado polaco. Dessa visita, já há uma certeza: procurar uma “saudável parceria com empresas locais”. Estão em estudo vários cenários possíveis para “a aplicação das estratégias mais adequadas à Polónia”, afirma o responsável da empresa. A Polónia vai ser o maior beneficiário de fundos comunitários, recebendo entre 2014 e 2020, cerca de 105 mil milhões de Euros e isso que dizer que existe um grande potencial para as empresas exportadoras portuguesas, afirma Tiago Costa, diretor geral da Câmara de Comércio Polónia – Portugal. “Faz parte do nosso posicionamento seguirmos os nossos clientes pelas mais diversas localizações geográficas”, afirma o mesmo responsável. A empresa ainda não começou a desenvolver atividades na Polónia mas “o futuro parece promissor”, considera Luís Flores. A empresa, que está instalada na Moita, em Alhos Vedros, foi criada em 2002. Nasceu a partir de um grupo de investigação da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. No seu site define-se como “uma empresa líder, especializada em automação industrial, responsável pelo desenho de softwares entre outras coisas para robots e braços armados industriais, com especial incidência, na Indústria Automóvel e Aeronáutica. Mais do que pensar o futuro, a Introsys adapta o presente às necessidades de amanhã. A inovação faz parte na cultura da empresa, nos serviços que prestamos, na organização, nos produtos que desenvolvemos”. - Foco nos clientes tradicionais - País que quer investimento externo - Mercado em estudo - Futuro parece promissor À procura de uma parceria Potencial enorme por explorar A Polónia é uma consequência natural da evolução da empresa e também porque o país conseguiu captar investimento de clientes tradicionais da Introsys. INTROSYS E A POLÓNIA - Entrou no mercado há quatro anos - Agente local - Polacos são “organizados e esclarecidos” - Necessidade de infraestruturas Mercado em ascensão A empresa já tem presença na Alemanha, Bélgica, Espanha, Roménia, Rússia, Reino Unido e China. As oportunidades de negócio no país “estão a ser ponderadas principalmente ao nível da logística”. Sobre as expetativas que a empresa tem em relação ao mercado e o que pode vir a representar na faturação afirma Nuno Pascoal: “Temos a expetativa de um crescimento na ordem dos 2%. A Polónia é certamente um país que merece a nossa atenção, mas há que analisar as suas especificidades e necessidades de mercado”. A Transportes Pascoal define-se como “uma empresa dedicada ao transporte de mercadorias que oferece serviços de transporte nacional e internacional”. Dispõe de uma frota de 287 veículos, recente e em boas condições. É detentora de oficinas próprias com equipas de mecânicos permanentes que dão apoio aos seus motoristas. A empresa já foi diversas vezes distinguida com prémios no estrangeiro. Entre 2008 e 2011 recebeu quatro, três deles atribuídos pela BID (entidade internacional que premeia empresas que se distinguem no seu ramo de atividade). O mais recente foi em Paris, em abril de 2011. A Transportes Pascoal foi distinguida pela BID com o prémio internacional “ISLQ - International Star for Leadership in Quality”, na categoria de qualidade. Também no mesmo ano, em Bruxelas, foi considerada uma das empresas com maior crescimento a nível europeu no ano de 2010 pela Associação Europeia para o Crescimento Empresarial no Europe’s 500 Awards. No Certificado de Nomeação, a Pascoal foi caracterizada como uma empresa com um elevado potencial de inovação, trabalho árduo e perseverança, contribuindo de forma significativa para a criação de novos postos de trabalho e prosperidade na Europa. INTELLYSYS E A POLÓNIA - Procura de parcerias - Oportunidades de negócio na logística - Analisar as especificidades do mercado - Crescimento na faturação da ordem dos 2% Diretor Geral da Câmara de Comércio Polónia – Portugal Como definiria as atuais relações económicas entre Portugal e a Polónia? Podemos considerar que as relações económicas entre Portugal e a Polónia atravessam um grande momento e os dados dos últimos 10 anos assim o comprovam. Após a adesão à União Europeia em 2004, a Polónia assumiu-se definitivamente como um dos mercados mais atrativos de investimento para Portugal. Mas já antes, em meados dos anos 90, diversos grupos económicos apostaram na entrada no mercado polaco. Entre os anos de 2004 e 2008 o número de empresas portuguesas triplica, gerando uma massa crítica de investimento português na Polónia. Atualmente, a Polónia é o mercado mais importante na Europa Central e de Leste para o Investimento Direto Estrangeiro (IDE) português. De 2005 a 2012 o valor acumulado do investimento direto português na Polónia foi de 2,5 mil milhões de Euros. Existem mais de 100 empresas polacas com capital português na Polónia, sendo que este investimento caracteriza-se por ser muito diversificado. As empresas portuguesas presentes na Polónia estão ativas em diversos sectores tais como construção, retalho, banca, energia renovável, indústria, tecnologias da informação, imobiliário, hotelaria e serviços. A grande maioria das empresas portuguesas na Polónia são pequenas e médias empresas, no entanto importa destacar que há um grupo de empresas que ocupam lugares de liderança nos seus A evolução das trocas comerciais entre os dois países nos últimos 10 anos tem sido satisfatória, mas existe um potencial enorme por explorar. respetivos sectores de atividade. Não existem muitos mercados onde Portugal tem uma presença tão significativa e isso é um motivo de orgulho e incentivo para todas os empreendedores portugueses que apostaram no mercado polaco. A evolução das trocas comerciais entre os dois países nos últimos 10 anos tem sido satisfatório, mas existe um potencial enorme por explorar. A balança comercial entre os dois países tem igualmente dado mostras de melhoria, atingido, no final de 2012, os 812 milhões de euros. Quais as oportunidades de negócio que existem no país para as empresas portuguesas? A Polónia é um país em constante modernização. Apesar do grande investimento estrangeiro e concorrência forte que se faz sentir em diversos sectores, existem ainda oportunidades em diversos sectores tais como serviços, tecnologias da informação, indústria, centros de pesquisa e desenvolvimento, logística e retalho. A Polónia possui TRANSPORTES PASCOAL E A POLÓNIA - Presença estruturada em cinco anos - Contactos desenvolvidos com eventuais partners - Trabalho de fundo a ser realizado - Proximidade de outros mercados em ascensão Tiago Costa Mais de 220 associados A Câmara de Comércio Polónia - Portugal (PPCC) foi fundada em 2008 em Varsóvia através de uma iniciativa privada. A missão da PPCC é promover as relações económicas bilaterais entre a Polónia e Portugal e encorajar os investidores portugueses a investir na Polónia e vice-versa. A Câmara de Comércio oferece uma população de 38 milhões de habitantes, sendo neste momento a oitava maior economia na União Europeia. O país passa igualmente por uma grande transformação no que diz respeito à modernização das suas infraestruturas. Fortemente apoiado em fundos comunitários, tem-se registado uma forte aposta do país na construção de novas autoestradas, modernização das vias férreas, redes de metro, aeroportos e hospitais. A Polónia vai ser o maior beneficiário de fundos comunitários, recebendo entre 2014 e 2020, cerca de 105 mil milhões de Euros. Estamos em crer que existe igualmente um grande potencial para as empresas exportadoras portuguesas nomeadamente na área dos produtos alimentares que não são produzidos na Polónia como o azeite e vinho, maquinaria industrial, têxteis, sapatos e cortiça. Como é que as empresas têm aproveitado essas oportunidades? Os grupos económicos portugueses que se estabeleceram no mercado há mais de 10 anos foram, sem dúvida, os maiores beneficiários da enorme abertura da Polónia ao investimento estrangeiro, da entrada da Polónia na União Europeia e de uma economia em crescimento acelerado. A grande maioria das empresas portuguesas que apostaram no mercado polaco tem registado bons resultados. Para algumas empresas a Polónia tem sido mesmo a razão principal para o crescimento do volume de negócios. Temos observado que as empresas portuguesas que se estabeleceram na Polónia há mais tempo são também âncoras importantes na entrada de novos investidores nacionais no mercado polaco. Que conselhos é que daria às empresas portuguesas interessadas em entrar na Polónia? O primeiro conselho que a Câmara de Comércio Polónia – Portugal dá às empresas e empresários portugueses interessados em investir na Polónia é efetuar um estudo do mercado. É igualmente importante visitar a Polónia de forma periódica para fazer contactos com potenciais clientes ou parceiros de negócio e conhecer a realidade do país. O povo polaco privilegia o contacto pessoal a contactos por telefone ou por email. Tanto para empresas que pretendam exportar como para empresas que queiram investir é muito importante que seja feita um acompanhamento nos negócios in loco. Por último, recomendamos que entrem em contacto com a Câmara de Comércio Polónia-Portugal e com a aicep Portugal, ambas as instituições com escritório em Varsóvia, e que certamente poderão disponibilizar informação útil sobre o mercado. serviços a empresas para o estabelecimento de contactos comerciais, divulgação de oportunidades de negócio, procura de potenciais parceiros, organização de viagens de negócios, missões empresariais, realização de pesquisas de mercado, organização de seminários, conferências, e presta um apoio integrado às start-ups no mercado polaco através do serviço de virtual & open space office. A Câmara de Comércio tem mais de 220 associados e é composta por empresas polacas com capital português, empresas polacas com interesses em Portugal e empresas multinacionais presentes nos dois mercados. O presidente do conselho de administração é Pedro Pereira da Silva, country manager da Jerónimo Martins na Polónia e em Portugal e C.O.O. do Grupo Jerónimo Martins.
  • 3. PUBLICIDADE 4 EMPRESAS & INTERNACIONALIZAÇÃO BANCO ESPÍRITO SANTO Grande abertura e curiosidade por Portugal Em três dias no território, utilizando o modelo de sucesso da UIP na organização de missões empresariais, contámos com a presença de cerca de 60 empresas polacas. Curiosamente, a missão à Polónia surge do interesse manifestado por um grande grupo de empresas naquele país. Este interesse prende-se, por um lado, com a performance económica registada nos últimos anos na economia polaca e, por outro, com a consolidação da atividade e o reconhecido sucesso de empresas portuguesas neste mercado. Ricardo Bastos Salgado Diretor Coordenador do Dep. Corporate Banking e da Unidade Internacional Premium do BES De facto, o bloco da Europa de Leste, onde a Polónia é um dos principais players, representa o quarto maior destino das exportações portuguesas com um crescimento superior a 4% de janeiro a julho. Primeiro, é de referir alguns fatores distintivos do contexto polaco e justificativos do fluxo de investimento externo crescente no país: um grande mercado interno com um nível de formação elevado, a estabilidade política, a grande centralidade europeia, rodeado de países de grande dimensão, e finalmente, conforme nos foi evidenciado pelos intervenientes que encontrámos e de enorme importância, um sistema jurídico rápido e eficiente. Participaram na missão à Polónia um grupo de 23 empresas de clusters tão diversos como saúde, tecnologias de informação, robótica, metalomecânica, transportes, rochas ornamentais, e empresas do sector primário. Esta missão do GBES foi uma iniciativa da Unidade Internacional Premium e contou, localmente, com o apoio do BESI na Polónia, do principal banco público polaco PKO BP e da Câmara do Comércio PortugalPolónia, bem como do AICEP e do Ministério da Economia polaco. Em 3 dias no território, utilizando o modelo de sucesso da UIP na organização de missões empresariais, contámos com a presença de cerca de 60 empresas polacas para além de terem sido promovidos contactos institucionais ao mais alto nível. Tendo em conta ao caráter inovador de muitas das empresas participantes sentimos ao longo da missão uma grande abertura e curiosidade pelos produtos e serviços nacionais. Desta missão surgiram excelentes contactos sobre os quais estamos a trabalhar com os nossos empresários e estamos muito confiantes que no futuro próximo teremos histórias de sucesso para contar. Mas também do lado polaco vieram manifestações de interesse, tendo a Embaixada da Polónia em Portugal feito saber que grandes empresas deste país manifestaram o desejo de participarem num encontro de oportunidades de negócio em Portugal. O Banco Espírito Santo já levou cerca de 400 empresas a mais de 10 destinos para promover a internacionalização e a exportação de produtos e serviços portugueses. Em 2014 iremos com certeza continuar estas iniciativas em novos mercados com elevado potencial, como foi este caso. Conhecer bem a realidade local O facto de o BESI ser uma entidade com fortes raízes locais permite às empresas portuguesas obter um conhecimento mais aprofundado do mercado e ficarem melhor preparadas para o abordarem, afirma o CEO da instituição na Polónia. 2008, num mercado muito competitivo com um sector bancário muito líquido, numa economia em crescimento e com um rating superior ao de Portugal. Não podendo competir pelo crédito, o BESI está a criar um projeto de banca de investimento local em polaco e para empresas locais para apoiar a sua internacionalização futura com o apoio da rede internacional do Grupo BES. Christian Minzolini CEO do BESI na Polónia Qual é o posicionamento do BESI na Polónia num mercado de banca de investimento muito competitivo e qual é o modelo de negócio? O BESI abriu uma sucursal na Polónia poucos meses antes do princípio da crise financeira de O governo polaco tem privilegiado nas privatizações os operadores locais ou estrangeiros que apostam localmente. O BESI, embora sucursal de banco estrangeiro, tem uma estratégia de banco local com forte investimento realizado em Varsóvia. A sucursal tem hoje 55 pessoas, tendo só três empregados não polacos. O modelo de negócio passa por uma abordagem multiproduto (ações, obrigações, M/A, project finance) a empresas médias polacas que necessitam de apoio de um especialista local de banca de investimento independente mas com características de banco. Isto implica um conhecimento da realidade local que assenta na nossa equipa de seis analistas de research centrados sobre empresas polacas de média dimensão e cotadas. Hoje há 443 empresas cotadas na Bolsa de Varsóvia. Qual a vossa intervenção no processo de privatizações polacas? O governo polaco tem privilegiado nas privatizações os operadores locais ou estrangeiros que apostam localmente. O BESI, embora sucursal de banco estrangeiro, tem uma estratégia de banco local com forte investimento realizado em Varsóvia. Assim, tem aproveitado de maneira significativa esta decisão política para criar uma atividade forte de emissão local de ações. Como consequência, nos últimos anos, o BESI tem sido regularmente book runner ou co-organizador de várias privatizações tanto na banca como no sector energético. As operações de 2013 demostram a influência atual do banco: no início do ano o BESI foi O BESI aproveita a sua estrutura polaca para suportar as iniciativas do BES em termos de apoio a internacionalização das empresas portuguesas como o demostrou a recente missão comercial organizada em Varsóvia conjuntamente com o PKO BP e a Câmara de Comércio Portugal Polónia. um dos book runners da maior colocação secundária do mercado polaco correspondendo à privatização adicional de à volta de 10% do capital do PKO BP, primeiro grupo financeiro polaco por um montante superior a 1 200 milhões de euros. Atualmente, e conjuntamente com três bancos globais e o PKO BP, somos um dos cinco book runners responsáveis para organizar, até ao fim do ano, a privatização, através de IPO, da última elétrica polaca não cotada, a Energa. Esta projeção dada pelas privatizações assim como o reconhecimento do nosso research e da nossa capacidade de distribuição tanto local como internacional tem-nos permitido, adicionalmente, participar em vários IPO e colocações secundárias para o sector privado. Como é que o BESI apoia as empresas nacionais neste mercado? O BESI aproveita a sua estrutura local polaca para suportar as iniciativas do BES em termos de apoio à internacionalização das empresas portuguesas como o demostrou a recente missão comercial organizada em Varsóvia conjuntamente com o PKO BP e a Câmara de Comércio Portugal Polónia. Adicionalmente, recebemos todas as empresas portuguesas instaladas localmente ou com vontade de abordar o mercado polaco. Concretamente, temos a capacidade, graças à nossa atividade de M/A (Fusões/ Aquisições), de procurar parceiros polacos. Além disso temos vindo a apoiar, especificamente nas áreas de energias renováveis e das parcerias público privadas, empresas portuguesas interessadas em posicionarem-se nestes sectores de atividade. O mercado polaco tem um forte potencial mas exige uma aposta consistente e de longo prazo. O facto de o BESI ser uma entidade com fortes raízes locais permite às empresas portuguesas obter um conhecimento mais aprofundado do mercado e ficarem melhor preparadas para o abordarem. www.bes.pt • www.bes.pt/empresas