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CENTRO DE ENSINO JOÃO MOHANA

        Prof. Wilfred Batista


        1 FASE COMENTADA
QUESTÃO 01
                          Comentário
O texto utilizado é parte do catálogo da exposição
fotográfica itinerante “Trabalho e trabalhadores do Brasil”. A
partir dele nota-se que a realidade dos trabalhadores,
comumente mais estudada no que se refere às rotinas da
produção, à organização em sindicatos, à realização de
greves ou à participação em movimentos cívicos, pode ser
pensada de forma mais ampla a partir do estudo das
formas de lazer e sociabilidade dos trabalhadores, das
maneiras como eles mesmos se definem e diferenciam de
outros grupos sociais. Neste processo, que envolve na
mesma medida homens e mulheres, as experiências e
valores compartilhados criam identidades de classe.
QUESTÃO 02 –
                               Comentário
A questão convida o aluno a problematizar a situação eleitoral no contexto
da República Velha através da charge de Storni para a revista CARETA
(1927), que faz referência ao período conhecido como “política dos
governadores”, que consistia basicamente num acordo entre o chefe do
executivo federal e os governadores estaduais, segundo o qual estes
apoiariam o presidente da Republica, em troca da autonomia dos estados.
Nessa sociedade oligárquica e patriarcal, todos os meios eram válidos para
eleger deputados e senadores “fiéis”, inclusive a fraude eleitoral. Em troca
o presidente não faria intervenções nos estados, viabilizando a manutenção
no poder de certos grupos locais, representados por famílias de grandes
posses. A prática da fraude eleitoral e da manipulação de votos em geral
estava a cargo dos “coronéis”, que controlavam um verdadeiro “curral”
eleitoral, utilizado conforme com os interesses do momento. Além do voto
de cabresto, como era conhecido esse voto dirigido, não eram raros os
roubos de urnas, as intimidações e uso de violência na conquista de mais
votos.
Devemos lembrar ainda que as fraudes eleitorais não cessaram com a
Republica Velha e que o advento democrático das eleições foi substituído
por um governo ditatorial que sedimentou um pensamento conservador em
parte por se por como antídoto para a corrupção da “República Velha”.
QUESTÃO 03 – Comentário

Tomando como pano de fundo a obra “O Cortiço” (1890) de
Aluísio Azevedo, o objetivo da questão era problematizar
sobre as ideias presentes no texto. Em finais do século XIX
os cortiços começam a aparecer aos olhos das elites e dos
higienistas como uma “ameaça” que comprometia o
desenho urbano das cidades brasileiras idealizado e
espelhado nas metrópoles europeias. Para essa
interpretação, nos cortiços vive uma coletividade que
incomoda e que deve ser extirpada, coletividade esta que ao
mesmo tempo jamais é incluída de forma positiva dentro dos
projetos de urbanização e modernização.
QUESTÃO 04 – Comentário

Comentário
A partir da leitura do texto era esperado que a equipe identificasse
que o estereótipo do homem pré-histórico – vivendo em um mundo
glacial, em cavernas, entre mamutes e dinossauros, com fome e
incapaz de organizar-se – deve ser observado com desconfiança e
jamais poderia ser aplicado aos primeiros habitantes do território
hoje chamado Brasil. Essa imagem de homem primitivo, construída
no século XIX e propagada pelos meios de comunicação no século
XX, mostra-se estereotipada e errônea. O breve excerto demonstra
que em climas tropicais a diferente constituição da flora e da fauna
influenciava a vida e as escolhas dos homens primitivos, fazendo
com que a sua forma de viver fosse bastante diversa daquela de
outros grupos em outros locais, o que não significa que fosse mais
fácil ou menos perigosa.
QUESTÃO 05 – Comentário

                            Comentário

Na Segunda Olimpíada havíamos recorrido ao texto de Frei Vicente
para observar a questão da nomeação do Brasil. Desta feita,
utilizamos partes diferentes do mesmo livro, onde se ressalta a
colonização portuguesa, exclusivamente litorânea, na qual, segundo
o autor, o apresamento de índios importava mais do que a
exploração das minas ou dos sertões. A comparação entre
portugueses e “caranguejos arranhando as costas litorâneas” torna-
se uma imagem célebre para explicar a colonização primeira do
país, e será repetida por historiadores como Capistrano de Abreu
(Capítulos de História Colonial), Caio Prado Jr. (História Econômica
do Brasil), dentre muitos outros. A acusação era de que os
portugueses, conquistadores de terras, não sabiam como geri-las.
QUESTÃO 06

                           COMENTÁRIO
A propaganda, publicada originalmente na revista “O Malho” (nº
152, 1952), demonstra a permanência da marca “Café Predileto”
através da mudança do tempo por meio das vestimentas da figura
feminina e dos edifícios ao fundo. Ao se refletir sobre a imagem e
linguagem empregadas, é possível inferir que há uma relação entre
o consumo de café e a figura feminina com o âmbito privado, tal
como o termo “boas donas de casa” sugerem. Observa-se que o
papel social da mulher na propaganda permanece inalterado,
cabendo a ela saber escolher um bom café. Além disso, o ano de
veiculação da propaganda, 1952, também demonstra um contexto
de forte industrialização da economia nacional, de modo a atingir
também o setor de alimentos e bebidas. Por fim, é incorreto afirmar
que o consumo de café se popularizou em 1902, uma que vez que
esta prática já era comum desde a segunda metade do séc. XIX.
QUESTÃO 07

                             Comentário

A canção de Lúcio Barbosa é narrada a partir do ponto de vista de
um trabalhador da construção civil no Sudeste e possui um
conteúdo crítico, embora o final possa parecer conformista (a
solução seria voltar ao norte). Assim, convidava-se a refletir sobre os
marginalizados nos grandes centros urbanos e sobre o processo
histórico que trouxe essa massa de trabalhadores das regiões Norte
e Nordeste do país há 50 anos ou mais. Estes trabalhadores,
metafórica e/ou concretamente, erigiram as grandes metrópoles
brasileiras.
QUESTÃO 08
                              Comentário
A fotografia tirada em julho de 1960 pela Agência Nacional retrata a
construção da rodovia Acre-Brasília, em que dois indígenas
aparecem diante da placa de sinalização. A partir da imagem, pode-
se inferir que o contexto de produção do documento era
caracterizado por uma política de integração nacional, que
preconizava a construção de rodovias e estradas, tal qual o “Plano
de Metas” do governo Juscelino Kubitschek idealizava. O processo
de interiorização, exemplificado pela abertura de rodovias e
principalmente pela construção da nova capital federal em Brasília,
retratavam as idéias correntes de progresso e desenvolvimento
econômico pelos quais o país deveria passar. Tal processo acabou
por “conectar” diferentes realidades existentes no país, como os
indígenas diante da placa revelam. Por fim, é incorreto afirmar que a
região do Acre se encontrava completamente isolada, uma vez que
desde o fim do séc. XIX o estado integrava parte da economia da
região Norte, durante o “boom” da exploração da borracha.
QUESTÃO 09


                           Comentário

O texto da historiadora indica como diferentes abordagens da
recente historiografia brasileira foram transformando também as
formas de estudar e compreender o Brasil Colônia. Deste modo, a
escravidão passou a ser compreendida como uma relação complexa
na qual os escravos têm papel como sujeitos históricos e as
relações colônia-metrópole Brasil-Portugal passaram a ser lidas de
forma mais rica e complexa levando-se em conta o mundo Atlântico
português, em sua relação com as outras colônias. Isso não
fragmenta o conhecimento histórico, mas sim amplia as suas
possibilidades.

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  • 1. CENTRO DE ENSINO JOÃO MOHANA Prof. Wilfred Batista 1 FASE COMENTADA
  • 2. QUESTÃO 01 Comentário O texto utilizado é parte do catálogo da exposição fotográfica itinerante “Trabalho e trabalhadores do Brasil”. A partir dele nota-se que a realidade dos trabalhadores, comumente mais estudada no que se refere às rotinas da produção, à organização em sindicatos, à realização de greves ou à participação em movimentos cívicos, pode ser pensada de forma mais ampla a partir do estudo das formas de lazer e sociabilidade dos trabalhadores, das maneiras como eles mesmos se definem e diferenciam de outros grupos sociais. Neste processo, que envolve na mesma medida homens e mulheres, as experiências e valores compartilhados criam identidades de classe.
  • 3. QUESTÃO 02 – Comentário A questão convida o aluno a problematizar a situação eleitoral no contexto da República Velha através da charge de Storni para a revista CARETA (1927), que faz referência ao período conhecido como “política dos governadores”, que consistia basicamente num acordo entre o chefe do executivo federal e os governadores estaduais, segundo o qual estes apoiariam o presidente da Republica, em troca da autonomia dos estados. Nessa sociedade oligárquica e patriarcal, todos os meios eram válidos para eleger deputados e senadores “fiéis”, inclusive a fraude eleitoral. Em troca o presidente não faria intervenções nos estados, viabilizando a manutenção no poder de certos grupos locais, representados por famílias de grandes posses. A prática da fraude eleitoral e da manipulação de votos em geral estava a cargo dos “coronéis”, que controlavam um verdadeiro “curral” eleitoral, utilizado conforme com os interesses do momento. Além do voto de cabresto, como era conhecido esse voto dirigido, não eram raros os roubos de urnas, as intimidações e uso de violência na conquista de mais votos. Devemos lembrar ainda que as fraudes eleitorais não cessaram com a Republica Velha e que o advento democrático das eleições foi substituído por um governo ditatorial que sedimentou um pensamento conservador em parte por se por como antídoto para a corrupção da “República Velha”.
  • 4. QUESTÃO 03 – Comentário Tomando como pano de fundo a obra “O Cortiço” (1890) de Aluísio Azevedo, o objetivo da questão era problematizar sobre as ideias presentes no texto. Em finais do século XIX os cortiços começam a aparecer aos olhos das elites e dos higienistas como uma “ameaça” que comprometia o desenho urbano das cidades brasileiras idealizado e espelhado nas metrópoles europeias. Para essa interpretação, nos cortiços vive uma coletividade que incomoda e que deve ser extirpada, coletividade esta que ao mesmo tempo jamais é incluída de forma positiva dentro dos projetos de urbanização e modernização.
  • 5. QUESTÃO 04 – Comentário Comentário A partir da leitura do texto era esperado que a equipe identificasse que o estereótipo do homem pré-histórico – vivendo em um mundo glacial, em cavernas, entre mamutes e dinossauros, com fome e incapaz de organizar-se – deve ser observado com desconfiança e jamais poderia ser aplicado aos primeiros habitantes do território hoje chamado Brasil. Essa imagem de homem primitivo, construída no século XIX e propagada pelos meios de comunicação no século XX, mostra-se estereotipada e errônea. O breve excerto demonstra que em climas tropicais a diferente constituição da flora e da fauna influenciava a vida e as escolhas dos homens primitivos, fazendo com que a sua forma de viver fosse bastante diversa daquela de outros grupos em outros locais, o que não significa que fosse mais fácil ou menos perigosa.
  • 6. QUESTÃO 05 – Comentário Comentário Na Segunda Olimpíada havíamos recorrido ao texto de Frei Vicente para observar a questão da nomeação do Brasil. Desta feita, utilizamos partes diferentes do mesmo livro, onde se ressalta a colonização portuguesa, exclusivamente litorânea, na qual, segundo o autor, o apresamento de índios importava mais do que a exploração das minas ou dos sertões. A comparação entre portugueses e “caranguejos arranhando as costas litorâneas” torna- se uma imagem célebre para explicar a colonização primeira do país, e será repetida por historiadores como Capistrano de Abreu (Capítulos de História Colonial), Caio Prado Jr. (História Econômica do Brasil), dentre muitos outros. A acusação era de que os portugueses, conquistadores de terras, não sabiam como geri-las.
  • 7. QUESTÃO 06 COMENTÁRIO A propaganda, publicada originalmente na revista “O Malho” (nº 152, 1952), demonstra a permanência da marca “Café Predileto” através da mudança do tempo por meio das vestimentas da figura feminina e dos edifícios ao fundo. Ao se refletir sobre a imagem e linguagem empregadas, é possível inferir que há uma relação entre o consumo de café e a figura feminina com o âmbito privado, tal como o termo “boas donas de casa” sugerem. Observa-se que o papel social da mulher na propaganda permanece inalterado, cabendo a ela saber escolher um bom café. Além disso, o ano de veiculação da propaganda, 1952, também demonstra um contexto de forte industrialização da economia nacional, de modo a atingir também o setor de alimentos e bebidas. Por fim, é incorreto afirmar que o consumo de café se popularizou em 1902, uma que vez que esta prática já era comum desde a segunda metade do séc. XIX.
  • 8. QUESTÃO 07 Comentário A canção de Lúcio Barbosa é narrada a partir do ponto de vista de um trabalhador da construção civil no Sudeste e possui um conteúdo crítico, embora o final possa parecer conformista (a solução seria voltar ao norte). Assim, convidava-se a refletir sobre os marginalizados nos grandes centros urbanos e sobre o processo histórico que trouxe essa massa de trabalhadores das regiões Norte e Nordeste do país há 50 anos ou mais. Estes trabalhadores, metafórica e/ou concretamente, erigiram as grandes metrópoles brasileiras.
  • 9. QUESTÃO 08 Comentário A fotografia tirada em julho de 1960 pela Agência Nacional retrata a construção da rodovia Acre-Brasília, em que dois indígenas aparecem diante da placa de sinalização. A partir da imagem, pode- se inferir que o contexto de produção do documento era caracterizado por uma política de integração nacional, que preconizava a construção de rodovias e estradas, tal qual o “Plano de Metas” do governo Juscelino Kubitschek idealizava. O processo de interiorização, exemplificado pela abertura de rodovias e principalmente pela construção da nova capital federal em Brasília, retratavam as idéias correntes de progresso e desenvolvimento econômico pelos quais o país deveria passar. Tal processo acabou por “conectar” diferentes realidades existentes no país, como os indígenas diante da placa revelam. Por fim, é incorreto afirmar que a região do Acre se encontrava completamente isolada, uma vez que desde o fim do séc. XIX o estado integrava parte da economia da região Norte, durante o “boom” da exploração da borracha.
  • 10. QUESTÃO 09 Comentário O texto da historiadora indica como diferentes abordagens da recente historiografia brasileira foram transformando também as formas de estudar e compreender o Brasil Colônia. Deste modo, a escravidão passou a ser compreendida como uma relação complexa na qual os escravos têm papel como sujeitos históricos e as relações colônia-metrópole Brasil-Portugal passaram a ser lidas de forma mais rica e complexa levando-se em conta o mundo Atlântico português, em sua relação com as outras colônias. Isso não fragmenta o conhecimento histórico, mas sim amplia as suas possibilidades.