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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLOGIA

  DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL




     DEONILDO LUIZ BAGATINI JUNIOR

     MARCO ANTÔNIO BAÚ DE CARLI




 MODELO PARA A ELABORAÇÃO DE PPRA’s




            PONTA GROSSA

                 2005
DEONILDO LUIZ BAGATINI JUNIOR

   MARCO ANTÔNIO BAÚ DE CARLI




MODELO PARA A ELABORAÇÃO DE PPRA’s



                 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
                 para obtenção de título de Especialização em
                 Engenharia de Segurança do Trabalho junto à
                 Universidade Estadual de Ponta Grossa.

                 Profª. Orientadora: Izabel Cristina de Souza
                 Honesko, Esp.




          PONTA GROSSA

               2005
DEONILDO LUIZ BAGATINI JUNIOR

                         MARCO ANTÔNIO BAÚ DE CARLI




                    MODELO PARA A ELABORAÇÃO DE PPRA’s

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção de título de Especialização em
Engenharia de Segurança do Trabalho junto à Universidade Estadual de Ponta Grossa.




                        Ponta Grossa , 03 de Dezembro de 2005




                             Carlos Luciano S. Vargas, Dr.
                     Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG




                         Izabel Cristina de Souza Honesko , Esp.
                     Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG




                             Luiz Carlos Lavalle Filho, Esp.
                     Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG
SUMÁRIO




1. INTRODUÇÃO________________________________________________________07

2. PPRA________________________________________________________________10

2.1. Desenvolvimento do PPRA_____________________________________________ 12

2.1.1. Levantamento Ambiental Prévio_________________________________________13

2.1.2. Antecipação e Reconhecimento de Riscos_________________________________14

2.1.3. Etapas da Elaboração do Mapa de Riscos__________________________________17

2.1.4. Fixação do Mapa de Riscos_____________________________________________17

2.1.5. Prioridades e Metas de Avaliação________________________________________ 20

2.1.6. Avaliação Quantitativa dos Riscos_____________________________________     21

2.1.7. Medidas de Controle de Riscos__________________________________________ 22

2.1.8. Estabelecimento do Plano de Ação com Metas, Prioridades e Cronograma_______ 24

2.1.9. Programa de Monitoramento do PPRA____________________________________25

3. ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA______________________________27

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES__________________________ 28

REFERÊNCIAS___________________________________________________________29

OBRAS CONSULTADAS__________________________________________________30

APÊNDICE 1 – MODELO PROPOSTO_______________________________________33
LISTA DE QUADROS


Quadro - 01 Classificação dos Principais Riscos em Grupos, de Acordo com a sua

Natureza e Cor Correspondente___________________________________________         18

Quadro - 02 Classificação do Grau de Risco_________________________________      20

Quadro – 03 Priorização das Avaliações Quantitativas_________________________    21

Quadro – 04 Exemplo de Planilha de Cronograma_____________________________       25
LISTA DE ILUSTRAÇÕES


Figura - 01 Roteiro para Elaboração de PPRA________________________________   13

Figura - 02 Exemplo Hipotético de Mapa de Risco____________________________   19
LISTA DE SIGLAS




PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

NR – Norma Regulamentadora

SESMET – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho

CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas

EST – Engenheiro de Segurança do Trabalho

PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

CIPA – Comissão Iterna de Prevenção de Acidentes

ACGIH - American Conference of Governmental Industrial Hygienists

IN – instrução Normativa

APR – Análises Preliminares de Riscos

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

EPI – Equipamento de Proteção Individual
RESUMO




        As ações que visam a adequação de um local de trabalho em um ambiente seguro, que
garantam a integridade física dos trabalhadores, devem ser objeto de estudo de um Programa
de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA. Na elaboração deste programa devem ser
reconhecidas, avaliadas e atendidas todas as etapas que o constituem, não devendo ser omitida
nenhuma destas, tornando o PPRA uma ferramenta imprescindível em qualquer ambiente de
trabalho. Devido à notória importância do Programa, neste estudo foi proposto um modelo
para sua elaboração, o qual abrange os vários aspectos normativos estabelecidos pelas normas
brasileiras, atendendo à legislação em vigor, servindo de suporte para o desenvolvimento de
ações que possam minimizar ou neutralizar a possibilidade de doenças ocupacionais e
acidentes durante a jornada de trabalho.


Palavras-chave: PPRA; local de trabalho; adequação.
7

1. INTRODUÇÃO



       Alberton (1996) comenta:

       “O início da Revolução Industrial em 1780, a invenção da máquina a vapor por James

Watts em 1776 e do regulador automático de velocidade em 1785, marcaram profundas

alterações tecnológicas em todo o mundo, permitindo a organização das primeiras fábricas

modernas e indústrias, o que significava uma revolução econômica e social também acarretou

os primeiros acidentes de trabalho e as doenças profissionais, que se alastravam e tomavam

proporções alarmantes”.

       Os acidentes de trabalho e as doenças, que eram, em grande parte, provocados por

substâncias e ambientes inadequados, dadas às condições subumanas em que as atividades

fabris se desenvolviam, tiveram, até a Primeira Guerra Mundial, apenas algumas tentativas

isoladas buscando seu controle. A partir de sua real constatação surgem as primeiras

tentativas científicas de proteção ao trabalhador, com esforços voltados ao estudo das

doenças, das condições ambientais, do layout de máquinas, equipamentos e instalações, bem

como das proteções necessárias para evitar a ocorrência de acidentes e incapacidades. Porém

foi durante a Segunda Grande Guerra que o movimento prevencionista realmente tomou

forma, devido à percepção de que a capacidade industrial dos países em luta seria o ponto

crucial para determinar o vencedor, capacidade esta, mais facilmente adquirida com um maior

número de trabalhadores em produção ativa.

       O prevencionismo, desde as precoces ações de prevenção de danos, evoluiu

englobando um número cada vez maior de atividades e fatores, buscando a prevenção de

todas as situações geradoras de efeitos indesejados ao trabalho. Desde esta época, uma gama

de diferentes técnicas vem buscando sua infiltração, sendo utilizadas como uma ferramenta

eficaz no combate a acidentes de trabalho.
8

       No Brasil, as leis que começaram a abordar a questão da segurança no trabalho só

surgiram no início dos anos 40. Segundo Lima Jr. (1995), o qual fez um levantamento desta

evolução, o assunto só foi melhor discutido em 1943 a partir do Capítulo V do Título II da

CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). A primeira grande reformulação deste assunto no

país só ocorreu em 1967, quando se destacou a necessidade de organização das empresas com

a criação do SESMT (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina

do Trabalho). O grande salto qualitativo da legislação brasileira em segurança do trabalho

ocorreu em 1978 com a introdução das vinte e oito Normas Regulamentadoras (NR) do

Ministério do Trabalho. A Legislação atual de Segurança do Trabalho no Brasil compõe-se de

Normas Regulamentadoras, Normas Regulamentadoras Rurais, outras leis complementares,

como Portarias, Decretos e também as Convenções Internacionais da Organização

Internacional do Trabalho, ratificadas pelo Brasil.

       A Segurança do Trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que são

adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como

proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador. Esta Especialidade estuda

diversas disciplinas como Introdução à Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho,

Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações, Psicologia na

Engenharia de Segurança, Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à Engenharia

de Segurança, o Ambiente e as Doenças do Trabalho, Higiene do Trabalho, Metodologia de

Pesquisa, Legislação, Normas Técnicas, Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção

do Meio Ambiente, Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e

Gerência de Riscos.

       O profissional de Segurança do Trabalho tem uma área de atuação bastante ampla, se

fazendo presente em todas as esferas da sociedade onde houver trabalhadores, onde, segundo

a legislação vigente, cabe ao EST atuar nas empresas junto ao serviço de segurança e
9

medicina do trabalho com o objetivo de prevenir e controlar a ocorrência de acidentes do

trabalho.

       Objetivando desenvolver um Programa de Prevenção de Riscos Ambientais através da

confecção de um roteiro acessível e comentado das fases o que constitui, será apresentada a

seguir, uma metodologia de documentação criada pela equipe, salientando as exigências

legais e/ou peculiaridades de cada etapa durante o processo de elaboração do Programa.
10

2. PPRA



       Facilmente pode-se concluir que o bom desempenho da saúde e segurança no trabalho

não é casual, sendo necessário para isso que as organizações dêem a importância devida à

obtenção de altos padrões de gerenciamento nesse âmbito. Isto requer a adoção de uma

abordagem estruturada que vise à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores

através da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos relacionados com o

trabalho. Estas ações são viabilizadas através de um PPRA (Programa de Prevenção de Riscos

Ambientais).

       Os Riscos Ambientais são regulamentados pela NR-9, que estabelece a

obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e

instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de

Riscos Ambientais – PPRA.

       Objetivando a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, o PPRA é um

programa prevencionista que, através de observações e avaliação dos agentes de riscos,

contribui para melhorar as condições ambientais de trabalho, minimizar ou neutralizar a

possibilidade de ocorrer acidentes do trabalho e doenças profissionais, além de suporte

integrante fundamental para o desenvolvimento de Programa de Controle Médico de Saúde

Ocupacional – PCMSO.

       Em Gesc (1996), este programa é definido como “um Programa de Higiene

Ocupacional, abrangente e complexo, apesar de simples na sua concepção legal, apresentando

uma série de medidas para preservação da saúde dos trabalhadores”.

       De acordo como a NR-9, o PPRA deve ser desenvolvido no âmbito de cada

estabelecimento da empresa, sob a responsabilidade do empregador – o qual tem a

responsabilidade de estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do programa como
11

atividade permanente da empresa ou instituição – com a participação dos trabalhadores – que

devem colaborar e participar na Implantação, seguir as orientações recebidas nos treinamentos

oferecidos dentro do PPRA e informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a

seu julgamento, possam implicar risco à saúde dos trabalhadores – sendo sua abrangência e

profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle.

       Este Programa faz parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa

no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar

articulado com o disposto nas demais Normas Regulamentadoras, como sua relação com a

NR-5, que regulamenta a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), da qual as

informações devem ser consideradas para fins de planejamento e execução do PPRA em todas

as suas fases, além da especial ligação com o PCMSO, regulamentado pela NR-7, sobre a

qual Gesc (1996) comenta: “o PPRA subsidia as ações do PCMSO e, juntamente com esse

último, fecha o círculo da correta e eficaz abordagem preventiva na busca da eliminação dos

agravos à saúde dos trabalhadores.

       Além da evidente contribuição para qualidade da saúde ocupacional de um ambiente,

segundo Sherique (2004, p. 38) o PPRA também serve como documento de Demonstração

Ambiental para os efeitos da Legislação Previdenciária, especialmente, para os processos de

Aposentadoria Especial.

       Procurando a otimização e o máximo aproveitamento deste Trabalho de Conclusão,

em vista da viabilidade da abordagem do tema, de grande importância dentro da área de

Engenharia de Segurança, optamos por pesquisar sobre este que concluímos ser um dos mais

usuais no ambiente de trabalho. A abordagem do assunto Prevenção de Riscos pode ser

justificada por entendermos ser uma etapa que exige grande responsabilidade, obrigatória e de

fundamental importância a sua existência.
12

2.1. Desenvolvimento do PPRA



       Seguem abaixo as orientações básicas que devem ser utilizadas como uma diretriz,

para a elaboração, avaliação ou adequação de um PPRA.

       O PPRA descrito conterá os aspectos estruturais do programa, tais como: O

planejamento anual com o estabelecimento das metas a serem cumpridas e com os prazos para

a sua implantação; a estratégia e a metodologia de ação; a forma de registro; manutenção e

divulgação dos dados bem como a periodicidade e forma de avaliação do seu

desenvolvimento.

       O conteúdo do PPRA deverá atender na íntegra o que preconiza a NR-9 do Ministério

do Trabalho e Emprego e as diversas legislações do Ministério da Previdência em especial o

Decreto n. 3.048/1999 e a Instrução Normativa n. 99/2003.

       O PPRA do estabelecimento deve estar descrito no Documento Base que contém os

aspectos estruturais do programa, a estratégia e metodologia de ação, forma de registro,

manutenção e divulgação dos dados, a periodicidade e forma de avaliação do

desenvolvimento do programa e o planejamento anual com o estabelecimento das metas a

serem cumpridas com os prazos para a sua implantação conforme cronograma anual.
13



                             LEVANTAMENTO
                            AMBIENTAL PRÉVIO

                                                                           AÇÕES
                                                                      ESTRATÉGICAS OU
                             ANTECIPAÇÃO E                                  DE
                        RECONHECIMENTO DE RISCO                        PLANEJAMENTO



                          PRIORIDADES E METAS
                             DE AVALIAÇÃO



                 AVALIAÇÃO QUALITATIVA/ QUANTITATIVA
                             DOS RISCOS




                                                     NÃO                   AÇÕES
                           ANÁLISE DOS LIMITES
                                                                       OPERACIONAIS OU
                             DE TOLERÊNCIA
                                                                        DE EXECUÇÃO
                              NR-15/ACGIH



                                       SIM


                               MEDIDAS DE
                            CONTROLE DE RISCO



                         REGISTRO E DIVULGAÇÃO
                               DOS DADOS

                                                                           AÇÕES DE
                                                                       ACOMPANHAMENTO
                             PROGRAMA DE
                            MONITORAMENTO
                           CONTÍNUO DO PPRA



     Fonte: Autores

                      Figura - 01 Roteiro para a Elaboração do PPRA



2.1.1. Levantamento Ambiental Prévio



      O PPRA deverá se estender a todas as áreas e ambientes de trabalho ocupados pela

empresa. Esta Fase inicial, aqui intitulado Levantamento Ambiental Prévio, trata-se do
14

reconhecimento e registro de informações, que devem caracterizar o empreendimento,

viabilizando a próxima etapa, de Antecipação e Reconhecimento de Riscos; como:

   • Identificação da Empresa: Obtenção das Informações constantes nos Quadros nº 1.

   • Atividades da Empresa: Descrever de forma sucinta as principais atividades e

processos, que ocorrem no estabelecimento e de como estas tarefas são realizadas nos

diversos setores de trabalho.

   • Características dos Ambientes de Trabalho: Fazer a caracterização física dos

ambientes de trabalho.

   • Descrição das Atividades Realizadas no Ambiente de Trabalho: Desenvolver planilha

contendo a relação de setores, as funções dos trabalhadores, o quantitativo de empregados e

descrição das atividades realizadas.

   • Qualificação dos Responsáveis: Informar o nome e o cargo dos responsáveis pelo

acompanhamento dos serviços nos diversos setores da empresa; Nome e Formação do

profissional responsável pela visita de campo e levantamento das informações; Nome e

Formação do profissional responsável pelo SESMT, quando houver.



2.1.2. Antecipação e Reconhecimento de Riscos



       A amplitude e a complexidade do PPRA dependerão da identificação dos riscos

ambientais encontrados na fase da antecipação ou do reconhecimento. Caso não sejam

identificados riscos ambientais, o PPRA se resumirá a fase de antecipação dos riscos, registro

e divulgação dos dados encontrados.

       Para efeito da NR – 9, item 9.1.5, que trata do PPRA, são considerados riscos

ambientais os agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes que, em
15

função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, forem capazes de

causar dano à saúde do trabalhador. A seguir, serão definidos os tipos de riscos:

- Riscos Físicos: São as diversas formas de energia a que possam estar expostos os

trabalhadores, podendo, a depender da intensidade, provocar danos físicos nestes. São

considerados agentes físicos: ruídos, vibrações, calor, frio, pressões anormais, radiações não-

ionizantes, radiações ionizantes, umidade, iluminação deficiente, o infra-som e o ultra-som .

- Riscos Químicos: São as diversas substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar

no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou

vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido

pelo organismo através da pele ou por ingestão.

- Riscos Biológicos: São microorganismos que podem "contaminar" o trabalhador e são,

basicamente, protozoários, fungos, bactérias, bacilos, vírus, os parasitas entre outros mais.

Geralmente são avaliados biologicamente e em laboratórios apropriados através da coleta de

sangue, fezes, urina ou outro meio de pesquisa nos empregados.

- Riscos Ergonômicos: São as condições de trabalho em desacordo com as características dos

trabalhadores, não proporcionando um máximo de conforto, segurança, desempenho e

eficiente das tarefas dos trabalhadores. Essas condições de trabalho incluem aspectos

relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos

equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do

trabalho.

- Riscos de Acidentes: Caracterizam-se pela presença e/ou contato do homem com máquinas,

objetos escariantes, cortantes, abrasivos e perfurantes, explosivos, inflamáveis, choques

elétricos e outros.

        De acordo com a IN-99/2003, artigo n° 150, são consideradas condições especiais que

prejudicam a saúde ou a integridade física, conforme aprovado pelo Decreto nº 3048, de 06
16

de maio de 1999, a exposição a agentes nocivos químicos, físicos ou biológicos ou a

exposição à associação      desses agentes, em concentração ou intensidade e tempo de

exposição que ultrapasse os limites de tolerância ou que, dependendo do agente, torne a

simples exposição em condição especial prejudicial à saúde.

       A Fase de Antecipação envolve a análise de novos projetos, instalações, produtos,

métodos ou processos de trabalho ou de modificação das já existentes. O objetivo é a

identificação dos riscos potenciais e a introdução das medidas de controle necessárias,

antecipando-se a exposição ao risco ambiental.

       No Reconhecimento estão envolvidas a identificação qualitativa e a explicitação, dos

riscos existentes nos ambientes de trabalho. As informações necessárias nesta etapa são:

a) determinação e localização das possíveis fontes geradoras;

b) identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente

de trabalho;

c) identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos;

d) caracterização das atividades e do tipo de exposição;

e) obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da

saúde decorrente do trabalho;

f) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura

técnica;

g) Informar a concentração, intensidade e tempo de exposição conforme o caso aos agentes

nocivos. Em se tratando de agentes químicos, deverá ser informado o nome da substância

ativa, não sendo aceitas citações de nomes comerciais, devendo ser anexada à respectiva ficha

toxicológica;

OBS: O registro destas informações poderá ser feito em quadro específico.
17

h) descrição das medidas de controle já existentes: informações que podem ser obtidas nos

Levantamentos de Riscos nos Postos de Trabalho, nas Análises Preliminares de Riscos (APR)

e nos Mapas de Riscos Ambientais.

       O Mapa de Risco foi criado tratando da obrigatoriedade, por parte das empresas, da

representação gráfica dos riscos existentes nos diversos locais de trabalho. Os objetivos

principais do Mapa de Riscos são:

a) reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança

e saúde do trabalhador na empresa;

b) possibilitar durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os

trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção.



2.1.3. Etapas da Elaboração do Mapa de Riscos



       O Mapa de Risco deve ser elaborado sobre o layout da empresa, indicando através de

círculos os seguintes itens:

a) o grupo a que pertence o risco (possui cor padronizada, conforme Quadro 01) ;

b) o número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo;

c) a especificação do agente;

d) a intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser

representada por tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos.



2.1.4. Fixação do Mapa de Riscos



         Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial,

deverá ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para

os trabalhadores. Para a elaboração do Mapa de Riscos, convencionou-se atribuir uma cor
18

para cada tipo de risco e representá-los em círculos ou com qualquer outra forma geométrica.

Na tabela a seguir, encontram-se definidas as cores e seus respectivos riscos para melhor

compreensão.

   GRUPO 1           GRUPO 2             GRUPO 3          GRUPO 4          GRUPO 5
    Verde            Vermelho             Marrom           Amarelo            Azul
    Riscos            Riscos              Riscos            Riscos         Riscos de
    Físicos          Químicos            Biológicos     Ergonômicos        Acidentes
    Ruídos            Poeiras              Vírus        Esforço físico   Arranjo físico
                                                            intenso       inadequado
   Vibrações           Fumos             Bactérias    Levantamento e      Máquinas e
                                                          transporte     equipamentos
                                                       manual de peso    sem proteção
   Radiações          Névoas          Protozoários      Exigência de      Ferramentas
   ionizantes                                               postura     inadequadas ou
                                                         inadequada       defeituosas
 Radiações não        Neblina             Fungos       Controle rígido    Iluminação
  ionizantes                                          de produtividade    inadequada
     Frio              Gases             Parasitas      Imposição de      Eletricidade
                                                             ritmos
                                                          excessivos
     Calor            Vapores             Bacilos        Trabalho em   Probabilidade de
                                                       turno e noturno    incêndio ou
                                                                            explosão
   Pressões         Substâncias,                         Jornadas de   Armazenamento
   anormais        compostos ou                            trabalho       inadequado
                      produtos                           prolongadas
                    químicas em
                        geral
                                                         Monotonia e        Animais
                                                       respectividade.    peçonhentos.
                                                      Outras situações Outras situações
   Umidade                                              causadoras de      de risco que
                                                      stress físico e/ou     poderão
                                                          psíquico       contribuir para
                                                                          ocorrência de
                                                                            acidentes
Fonte: Adaptado de Ponzetto . G (2001)


 Quadro - 01 Classificação dos principais riscos em grupos, de acordo com a sua natureza e

                                    cor correspondente
19

       Para melhor compreensão, a figura a seguir revela um exemplo de Mapa de Risco

elaborado à um ambiente de trabalho hipotético, onde as denominações das máquinas e

equipamentos estão inseridas diretamente no layout para facilitar a leitura e interpretação.



                                 Setor: Preparação e Acabamento do Produto




                                                                         Prensa 1 Prensa 2
                                               Bancada de
                Corte de                        Serviço
                 Tiras                                                     2          4

                           Solda Solda a              4
                                  Ponto


                             5                                             Supervisão
                                                  Mesa



               Estoque




                         Riscos Ambientais                         Cor Padronizada
                         Agentes Químicos                             Vermelha
                          Agentes Físicos                               Verde
                  Agentes Mecânicos (de Acidentes)                      Azul

                          Descrição                             Recomendações
                        Risco Físico:
                   Radiação Não Ionizante                   Usar Óculos de Soldador
              Risco de Mecânico ou de Acidente:
                    Máquina sem Proteção,                          Usar EPC
                    Iluminação Deficiente                 Implantar Melhor Iluminação
                       Risco Químico:
                       Poeira Mineral                     Utilizar Máscaras P-2 e Luvas
                                  Padronização do Tamanho dos Círculos
                 Risco Grande               Risco Médio                   Risco Pequeno




               Onde:
               Risco Grande = Diâmetro (D)
               Risco Médio = Diâmetro (D/2)
               Risco Pequeno = Diâmetro (D/4)

              Fonte: Adaptado de Ponzetto, G. (2001)

                      Figura - 02 Exemplo Hipotético de Mapa de Risco
20

2.1.5. Prioridades e Metas de Avaliação



         Para efeito deste trabalho, adota-se as seguintes definições para os graus de riscos, que

podem ser classificados em cinco níveis conforme a sua categoria:




  GRAU
    DE          CATEGORIA                                   SIGNIFICADO
  RISCO
                                    Fatores do ambiente ou elementos materiais que não constituem
     0          Insignificante     nenhum incômodo e nem risco para a saúde ou integridade física.
                                    Fatores do ambiente ou elementos materiais que constituem um
     1              Baixo           incômodo sem ser uma fonte de risco para a saúde ou integridade
                                                                 física.
                                    Fatores do ambiente ou elementos materiais que constituem um
     2            Moderado         incômodo podendo ser de baixo risco para a saúde ou integridade
                                                                 física.
                                    Fatores do ambiente ou elementos materiais que constituem um
     3          Alto ou Sério         risco para a saúde e integridade física do trabalhador, cujos
                                    valores ou importâncias estão notavelmente próximos dos limites
                                                            regulamentares.
                                    Fatores do ambiente ou elementos materiais que constituem um
     4          Muito Alto ou        risco para a saúde e integridade física do trabalhador, com uma
                    Crítico                  probabilidade de acidente ou doença, elevada.
Fonte: Portal Isegnet

                            Quadro – 02: Classificação do Grau de Risco



         A estratégia e respectiva forma de atuação deverão ser desenvolvidas por meio de

reuniões de planejamento, confrontação de relatos e dos dados de avaliações ambientais.

         Na metodologia de avaliação dos agentes ambientais, quando necessárias, deverão ser

utilizadas as normas da Fundacentro e da ABNT usadas em Higiene do Trabalho.
21

          A priorização de avaliações quantitativas para os contaminantes atmosféricos e

agentes físicos do ponto de vista do Programa de Prevenção de Risco Ambientais podem ser

definidas conforme o quadro a seguir, partindo-se sempre do nível do Grau de Risco

identificado para a definição da prioridade das avaliações quantitativas a serem realizadas.



 GRAU DE
                PRIORIDADE                                 DESCRIÇÃO
  RISCO
                                   Não é necessária a realização de avaliações quantitativas das
    0e1             Baixa
                                                             exposições
                                     A avaliação quantitativa pode ser necessária porém não é
                               prioritária. Será prioritária somente se for necessário para verificar a
      2             Média
                                 eficácia das medidas de controle e demonstrar que os riscos estão
                                                            controlados
                                  Avaliação quantitativa prioritária para estimar as exposições e
      3              Alta      verificar a necessidade ou não de melhorar ou implantar medidas de
                                                              controle
                                 Não é necessária a realização de avaliações quantitativas para se
                    Baixa       demonstrar a exposição excessiva e a necessidade de implantar ou
                                                 melhorar as medidas de controle
      4
                                  A avaliação quantitativa somente será prioritária para o grau de
                                  risco 4 quando for relevante para planejamento das medidas de
                     Alta            controle a serem adotadas ou para registro da exposição
Fonte: Portal Isegnet

                     Quadro – 03: Priorização das Avaliações Quantitativas



2.1.6. Avaliação Quantitativa dos Riscos



          Segundo a NR-09, Item 9.3.4, a Avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre

que necessária para:
22

       a) comprovar o controle da exposição ou a inexistência dos riscos identificados na

etapa de reconhecimento;

       b) dimensionar a exposição dos trabalhadores;

       c) subsidiar o equacionamento das medidas de controle

       A Avaliação dos Riscos envolve o monitoramento dos riscos ambientais para a

determinação da intensidade dos agentes físicos a concentração dos agentes químicos, visando

o dimensionamento da exposição dos trabalhadores.

       A avaliação deverá considerar as seguintes atividades:

a) Definir e planejar a estratégia de quantificação dos riscos, baseando-se nos dados e

informações coletados na etapa anterior;

b) Quantificar a concentração ou intensidade através de equipamentos e instrumentos

compatíveis aos riscos identificados e utilizando-se de técnicas indicadas a seguir;

c) Verificar se os valores encontrados estão em conformidade com os Limites de Tolerância

estabelecidos e o tempo de exposição dos trabalhadores;

d) Verificar se as medidas de controle implantadas são eficientes.

       Nesta fase de avaliação, é primordial caracterizar, através de metodologias técnicas, à

exposição de trabalhadores a agentes de risco, considerando-se os Limites de Tolerância e o

tempo de exposição.



2.1.7. Medidas de Controle de Riscos



       Envolve a adoção de medidas necessárias e suficientes para a eliminação ou redução

dos riscos ambientais.

       As medidas preventivas serão obrigatórias sempre que for atingido o nível de ação,

incluindo o monitoramento periódico, informação aos trabalhadores e o controle médico.
23

       O PPRA será de abrangência e profundidade gradual às características dos riscos e das

necessidades de controle, sendo que nos locais onde não sejam identificados riscos, se limitará

ao registro e divulgação dos dados coletados em campo.

       Quando detectada alguma exposição à saúde dos empregados, será comunicado ao

Médico do Trabalho coordenador do PCMSO, para as devidas providências. Da mesma

forma, toda vez que houver suspeita médica com relação à exposição ambiental, o Médico do

Trabalho responsável pelo PCMSO, acionará o Engenheiro responsável pelo PPRA, para as

avaliações e sugestões de controles necessários à eliminação, redução a níveis toleráveis de

exposição e/ou aplicação de medidas de proteção aos empregados.

       Deverão ainda ser propostas medidas necessárias e suficientes para a eliminação,

minimização ou controle dos riscos ambientais sempre que for verificada uma ou mais das

seguintes situações:

a) riscos potenciais na fase de antecipação

b) quando forem constatados riscos evidentes a saúde na fase de reconhecimento,

c) quando os resultados das avaliações quantitativas forem superiores aos valores limites

previstos na NR-15 ou na ACGIH (American Conference of Governmental Industrial

Hygienists).

d) quando, após a avaliação quantitativa dos agentes, for constatada exposição acima dos

Níveis de ação, quais sejam: para agentes químicos, metade dos Limites de Tolerância; para

ruído, a dose de 0,5.

e) finalmente quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal

entre danos observados na saúde dos trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam

expostos.

       Segundo item 9.3.5.4 da NR – 9, as medidas de controle a serem implantadas

obedecerão a seguinte ordem hierárquica:
24

a) - Medidas de controle coletivo;

b) - Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho; e

c) - Utilização de EPI.

       As medidas de controle deverão ser previstas no Plano de Ação constante do PPRA,

após consenso com o responsável da instalação.

Seguem alguns exemplos de medidas de controle a serem consideradas:

a) Substituição do agente agressivo;

b) Mudança ou alteração do processo ou operação;

c) Enclausuramento da fonte;

d) Segregação do processo ou operação;

e) Modificação de projetos;

f) Limitação do tempo de exposição;

g) Utilização de equipamento de proteção individual;

h) Outras.



2.1.8. Estabelecimento de Plano de Ação com Metas, Prioridades e Cronograma



       Deverá ser parte integrante do PPRA um plano de ação contemplando atividades,

metas e prioridades a serem implementadas de forma a eliminar, minimizar ou controlar os

riscos ambientais.

       O Plano deverá incluir todas as atividades identificadas nas fases de reconhecimento,

avaliação ou definidas como medidas de controle. Os responsáveis e prazos de cada atividade

deverão ser acordados com o responsável pela instalação.

       Devem ser relacionadas em cronograma conforme modelo abaixo, as metas

estabelecidas bem como o planejamento para o cumprimento destas metas.
25

         O objetivo destas recomendações é a minimização ou a eliminação da exposição dos

trabalhadores aos riscos ambientais.

                                                                      PROGRAMAÇÃO
              ATIVIDADES/MEDIDAS
   ITEM                                  SETOR    RESPONSÁVEL         PARA OS MESES
                  DE CONTROLE
                                                                          (PRAZO)


     1


     2


     3
 Fonte: Portal Isegnet

                       Quadro – 04: Exemplo de Planilha de Cronograma



2.1.9. Programa de Monitoramento do PPRA



         O PPRA será revisado sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano com o

objetivo de avaliar o seu desenvolvimento e realizar os ajustes necessários, assim como o

monitoramento ou reavaliação para verificação da eficácia das medidas de controle

implementadas.

         O PPRA deverá possuir, como primeira página, um formulário destinado ao registro

de alterações do seu desenvolvimento. Este formulário deverá ser preenchido na periodicidade

máxima de 1 (um ) ano.

         O modelo do Quadro nº 03 (Modelo Proposto no APÊNDICE 1) poderá ser utilizado

como referência para conteúdo mínimo, cabendo ao profissional realizar inclusões, se

entender pertinente.

         Deverão ser transcritas no campo "Resultado da Revisão”, informações sobre as

seguintes análises:
26

a) Houve alteração de lay-out, processos, atividades, produtos movimentados /utilizados?

b) Há necessidade de novas avaliações quantitativas?

c) O Plano de Ação foi atendido?

       Na coluna correspondente a análise dos requisitos da NR-9 o responsável pela

avaliação deve registrar a situação verificada de cada item.
27

3. ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA



        Sabe-se que o P.P.R.A., através de uma série de medidas, visa a prevenção na busca de

soluções dos agentes que podem conduzir às doenças do trabalho. Introduz assim uma

proposta de gerenciamento no ambiente em questão, podendo ser comparado ao PDCA (Plan

/ Do / Check / Act) de tal forma que se constitui em instrumento constante de atuação

preventiva e/ou corretiva.

        Neste estudo buscou-se esclarecimentos sobre o processo de elaboração do Programa;

visto que, até mesmo por sua importância no estabelecimento de diretrizes no controle de

riscos, trata-se de um Programa ainda com divergências contextuais entre os profissionais da

área.

        Sendo assim, acredita-se que com este projeto foram atingidos os objetivos: acréscimo

de conhecimento sobre o assunto e a elaboração de um material de auxílio aos envolvidos

com o tema. Porém é importante enfatizar que um P.P.R.A deve estar envolvido com vários

fatores, como a análise das atitudes funcionais e procedimentos dos funcionários; os

treinamentos específicos; um monitoramento ambiental; a orientação técnica à Diretoria e

Gerências; e principalmente a concepção técnica do profissional responsável pelo programa

sobre o assunto; não existindo assim um padrão único, ou mais adequado de trabalho, mas sim

a necessidade de em cada novo trabalho ser realizado um estudo da situação específica, dando

a devida importância que o assunto merece.
28

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES



       O PPRA consiste num programa de relevante importância, prevenindo doenças

ocupacionais e acidentes, garantindo a integridade física dos trabalhadores atendidos. Na

elaboração deste programa, devem ser reconhecidas, avaliadas e atendidas todas as etapas que

o constituem, não devendo ser omitida nenhuma destas, tornando o PPRA uma ferramenta

imprescindível em qualquer ambiente de trabalho.

       O modelo proposto para a elaboração do PPRA abrange os vários aspectos normativos

estabelecidos pelas normas brasileiras, atendendo à legislação em vigor, servindo de suporte

para o desenvolvimento de ações que possam minimizar ou neutralizar a possibilidade de

ocorrências de doenças ocupacionais e acidentes durante a jornada de trabalho, devendo para

isto, estarem articulados os empregadores e trabalhadores, de modo que possam ser seguidas

as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos pelo PPRA.

       O PPRA deve ser realizado de modo efetivo em todo o ambiente de trabalho, não

podendo servir apenas como um documento para fins de fiscalização, desvirtuando, portanto,

os verdadeiros objetivos que as Normas propõem. A sua implantação deve contar com a

colaboração e participação de todos os trabalhadores para que o seu verdadeiro objetivo seja

alcançado, mantendo as condições ambientais ocupacionais dentro dos limites de tolerância,

promovendo o bem estar dos trabalhadores, a proteção do meio ambiente e dos recursos

naturais.
29



REFERÊNCIAS



A   Instrução   Normativa     Inss   /   Dc   Nº    99.   Disponível   em   http://www.abel-

acustica.com.br/EST/ESTProfiss.htm. Acesso em: 15 Set. 2004.



ALBERTON, Anete. Uma Metodologia para auxiliar no gerenciamento de riscos e na

seleção de alternativas de investimentos de segurança. Florianópolis, 1996. Dissertação

(Mestrado em Engenharia de Produção) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia de

Produção, Universidade Federal de Santa Catarina.



GESC: Grupo de Engenheiros de Segurança de Campinas e Região – Gestão 96. Proposta do

GESC para o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Disponível em:

http://www.safetyguide.com.br. Acesso em: 15 Set. 2004.



Learning Space. Disponível em http://www.ue.org.br/area_engseg_c1.htm Acesso Contínuo.



MASSERA, Carlos – MM Assessoria e Treinamento em Segurança Industrial. Modelo

proposto para o PPRA. Disponível em: http://www.safetyguide.com.br Acesso em: 15 Set.

2004.



PORTAL ISEGNET. Proposta de PPRA Referenciado em Jaques Sherique – Curso:

PPRA, PPP e o novo          Cálculo do SAT. Disponível em: http://www.isegnet.com.br

Acesso em: 18 Set. 2004.
30

Segurança do Trabalho. Disponível em http://www.manualdeperícias.com.br. Acesso em:

01 Out. 2004.



SHERIQUE, J. Aprenda Como Fazer – Demonstrações Ambientais – PPRA – PCMAT –

PGR – LTCAT – LT – PPP - GFIP 4ª Ed. São Paulo: Ed. LTr, 2004.




OBRAS CONSULTADAS



A   Instrução    Normativa     Inss     /   Dc   Nº   99.   Disponível     em    http://www.abel-

acustica.com.br/EST/ESTProfiss.htm. Acesso em: 15 Set. 2004.



Código de Defesa Civil - Lei nº 5.869. Brasília, 1973.



DECRETO Nº 3.048, Brasília, Maio 1999.



DEUD, C. A. F.: Legislação Relativa à Aposentadoria Especial – Estudo Junho/05,

Brasília, Câmara dos Deputados, 2005.



DUARTE, E.F.: Cinco minutos diários de segurança, saúde ocupacional e meio ambiente,

Belo Horizonte, Ergo Editora, 1999.



História    da     Segurança       do       Trabalho        no   Brasil.        Disponível   em:

http://www.segurancamao.com.br/info/corpo03.html. Acesso em: 28 Set. 2004.
31

INSS: Instrução Normativa Nº99, Brasília: Dez. 2003.

Introduçao à Segurança do Trabalho em perguntas e Respostas. Disponível em:

http://www.areaseg.com.br Acesso em: 15 Set. 2004.



Learning Space. Disponível em http://www.ue.org.br/area_engseg_c1.htm Acesso Contínuo.

Regras    Gerais     Internas    de     Segurança    do   Trabalho.   Disponível   em:

http://www.areaseg.com.br Acesso em: 28 Set. 2004.



Segurança do Trabalho. Disponível em http://www.manualdeperícias.com.br. Acesso em:

01 Out. 2004.



Segurança e Medicina do Trabalho – Ações que estão mudando o Rumo da Área na

Unicampi. Disponível em http://www.unicamp.br/dgrh/areas/sesmt/prob_seguranca.html.

Acesso em 28 Ago. 2004.



SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO – Manuais de Legislação Atlas – 36a.

edição- São Paulo:Editora Atlas 1997.



SHERIQUE, J. Aprenda Como Fazer – Demonstrações Ambientais – PPRA – PCMAT –

PGR – LTCAT – LT – PPP - GFIP 4ª Ed. São Paulo: Ed. LTr, 2004.



SILVA, A.B. Gestão ambiental na indústria: uma avaliação do comportamento dos

setores químico e petroquímico com relação aos passivos ambientais e os problemas

causados em torno da Baía de Guanabara. Dissertação de Mestrado – Fundação Oswaldo

Cruz, 2001. Disponível em
32

http://portalteses.cict.fiocruz.br/transf.php?script=thes_cover&id=000042&lng=pt&nrm=iso#

abstract. Acesso em 15 Set. 2004



SST – Uma Área não apenas um Espaço. Disponível em: http://www.areaseg.com.br

Acesso em: 28 Set. 2004.
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APÊNDICE 1
MODELO PROPOSTO
αβγ         LTDA



PROGRAMA DE PREVENÇÃO
 DE RISCOS AMBIENTAIS

             PPRA – N R-09




                  2004

  RESPONSÁVEL: ENGENHEIRO DE SEGURANÇA X
ÍNDICE


1. OBJETIVOS ____________________________________________________________ 04

2. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ________________________________________ 05

3. RECONHECIMENTO DOS RISCOS ________________________________________ 05

3.1 Avaliação por Setor ____________________________________________________________ 06

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________________ 09

5. COORDENADOR E EQUIPE ____________________________________________________ 09

INSTRUÇÃO DE FORMULÁRIO __________________________________________________ 10

ANEXO 1 _______________________________________________________________________ 13




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LISTA DE QUADROS


Quadro – 01 Identificação da Empresa__________________________________      05

Quadro - 02 Reconhecimento de Riscos ________________________________       06

Quadro – 03 Registro das Revisões do desenvolvimento do PPRA_____________   09

Quadro – 04 Levantamento das Condições Ambientais______________________     14




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1. OBJETIVOS



       Atender a Norma Regulamentadora (NR 9) da portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho,
       modificada pela portaria 25/94 que institui o PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS
       AMBIENTAIS ( PPRA), e demais Normas Regulamentadoras e Instruções Normativas da
       Legislação Brasileira.


       Realizar o levantamento de riscos ambientais existentes no processo administrativo e
       produtivo do setor.


       Minimizar o risco de contração de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho, através da
       prevenção de acidentes e do controle dos riscos ocupacionais.




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2. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

                              CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
         Razão Social:

         Endereço:

         Bairro:

         Cidade:

         Estado:

         CEP:

         Telefone:

         CNPJ:

         I.E.

         Atividade Principal:

         Grupo:

         Grau de Risco:

         Número Atual de Funcionários:

         Período de Inspeção:

         Fonte: Adaptado de Massera (1996)
                                    Quadro 1: Identificação da Empresa


3. RECONHECIMENTO DOS RISCOS

         Esta etapa abrange os riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes na
qual se define a sua natureza, estimativa de concentração, vias de propagação, potencial de dano à
saúde e número de funcionários expostos.
         Com base nestes dados torna-se possível elaborar uma Estratégia de Monitoramento
Ambiental.
       Conforme Tabelas a seguir:
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Avaliação por Setor (Quadro 2: Reconhecimento de Riscos)


                                         RELATÓRIO TÉCNICO - PPRA - NR 09
   αβγ LTDA                    (01)


  SETOR:                              CARGO:                  FUNÇÃO:                   Nº DE FUNCIONÁRIOS          JORNADA DE TRABALHO:
                            (02)                      (03)                     (04)     EXPOSTOS:        (05)                        (06)


  DESCRIÇÃO DO LOCAL/AMBIENTE DE
  TRABALHO                  (07)



  DESCRIÇÃO DO PROCESSO /
  ATIVIDADES                (08)



  CONDIÇÕES GERAIS DO LOCAL DE
  TRABALHO                  (09)



  PRODUTOS UTILIZADOS       (10)




  EQUIPAMENTOS/ MATERIAS
  UTILIZADOS                (11)


  Elaborado por:                                              LAUDO TÉCNICO Nº 00                   Aprovado por:
                                                      Francisco Beltrão, 01 de Agosto de 2005
                                                         Validade: 01 de Agosto de 2006
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                                                             IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS

A) FISÍCOS

                                                                                       TEMPO DE EXPOSIÇÃO
                              FONTE GERADORA         INTENSIDADE/CONCENTRAÇÃO                                     LIMITE DE      RISCOS A SAÚDE
        AGENTE                                                                                (DIA)
                                             (12)                            (13)                              TOLERÃNCIA (15)             (16)
                                                                                                      (14)

RUÍDO                                                                                * VERFICAR ANEXO TAL

FRIO

CALOR

RADIAÇÕES IONIZANTES

RAD. NÃO IONIZANTES

VIBRAÇÕES

PRESSÕES ANORMAIS

UMIDADE

B) QUÍMICO

        AGENTE                  FONTE GERADORA/              INTENSIDADE/            TEMP DE EXPOSIÇÃO (DIA)      LIMITE DE      RISCOS A SAÚDE
                     (17)   PRINCIPIO(S) ATIVO(S) (18)     CONCENTRAÇÃO (19)                           (20)    TOLERÃNCIA (21)              (22)



C) BIOLÓGICOS

                 AGENTE         (23)           FONTE GERADORA         (24)    TEMPO DE EXPOSIÇÃO (DIA) (25)            RISCOS A SAÚDE      (26)




Elaborado por:                                                   LAUDO TÉCNICO Nº 00                   Aprovado por:
                                                         Francisco Beltrão, 01 de Agosto de 2005
                                                            Validade: 01 de Agosto de 2006
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D) ERGONOMICOS

AGENTE/ATIVIDADE ESPECIFICA REALIZADA (27)                       FONTE GERADORA                 (28)                       RISCO A SAÚDE           (29)



D) ACIDENTES

             AGENTE           (30)            FONTE GERADORA       (31)      TEMPO DE EXPOSIÇÃO (DIA)          (32)            RISCOS A SAÚDE      (33)




                                                            MEDIDAS DE PROTEÇÃO

                 ADMINISTRATIVAS                                    COLETIVAS                                               INDIVIDUAL

                                                                                                              EXISTENTES
      EXISTENTES              A IMPLANTAR             EXISTENTES                A IMPLANTAR                                              A IMPLANTAR
                   (34)                     (35)                   (36)                         (37)                                                    (40)
                                                                                                         EQUIP (38)    CA (39)




                                                          INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO


                    INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO UTILIZADADOS            (41)                         TÉCNICA DE MEDIÇÃO UTILIZADA                           (42)




                                                                   CONCLUSÃO


                          LEGISLAÇÃO TRABALHISTA                   (43)                                LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA                       (44)



Elaborado por:                                                 LAUDO TÉCNICO Nº 00                         Aprovado por:
                                                      Francisco Beltrão, 01 de Agosto de 2005
                                                         Validade: 01 de Agosto de 2006
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

                REGISTRO DAS REVISÕES DO DESENVOLVIMENTO DO PPRA

RAZÃO SOCIAL:
ENDEREÇO:
RELATIVO AO PERÍODO DE:
                                           Requisitos da
 Data         Resultado da Revisão                              Situação       Assinatura
                                              NR-9




Fonte: Adaptado de Portal Isegnet

                 Quadro 3: Registro das Revisões do Desenvolvimento do PPRA




5. COORDENADOR E EQUIPE

         O Elaborador do PPRA - 2004 é o Eng. X, CREA 00.000

         O trabalho, inicialmente, deve ser implantado pela própria empresa.




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                               INSTRUÇÃO DE FORMULÁRIO


CAMPO 01 – Descrever nome da empresa ou inserir logotipo;

CAMPO 02 – Descrever o setor da empresa analisado;

CAMPO 03 – Descrever o cargo analisado (ex.: operador de produção 01);

CAMPO 04 – Descrever a função do cargo analisado (ex.: operador de produção 01 de determinada
           máquina);

CAMPO 05 – Quantificar o número de funcionários expostos no setor, em cada turno de trabalho;

CAMPO 06 – Discriminar o número de turnos de trabalho, com a respectiva carga horária da
            jornada de trabalho;

CAMPO 07 – Caracterizar o ambiente, com informações como área (em m2), material construtivo
           (alvenaria, madeira), altura do pé direito, nº de pavimentos, disposição de janelas
           (iluminação / ventilação);

CAMPO 08 – Descrever as etapas do processo de trabalho, como um fluxograma de trabalho;

CAMPO 09 – Descrever itens relacionados a Sistema de Prevenção de Incêndios, como nº de
           extintores, disposição de saídas de emergência, iluminação de emergência, entre
           outros;

CAMPO 10 – Fazer a citação de produtos utilizados no processo de trabalho, que interfiram na
           segurança do trabalhador (como produtos químicos);

CAMPO 11 – Descrever equipamentos e/ou materiais, fazendo referência a cada etapa de trabalho,
           já descrito no Campo 08;

CAMPO 12 – Para a identificação dos riscos físicos, fazer a descrição da fonte geradora de cada
           agente (ruído, frio, calor, etc);

CAMPO 13 – Conforme anexos da NR-15, para cada agente físico, mensurar a concentração ao
           qual o funcionário está exposto;

CAMPO 14 – Descrever o tempo de exposição a que o trabalhador sofre a interferência dos agentes
           físicos durante o turno de trabalho, citando também o período de descanso / não
           exposto aos agentes;

CAMPO 15 – Referenciado pela NR-15, descrever o limite de tolerância para cada situação;

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CAMPO 16 – Descrever os Riscos a Saúde em cada caso;

CAMPO 17 – Descrever os agentes químicos presentes no ambiente;

CAMPO 18 – Descrever em qual fase do processo é utilizado / produzido o agente químico que
           expõe o trabalhador à riscos;

CAMPO 19 – Quantificar a intensidade do agente químico presente no ambiente;

CAMPO 20 – Tempo no qual o funcionário fica em contato com o agente químico, durante o turno
           de trabalho;

CAMPO 21 – Utilizar os anexos da NR-15 para a identificação dos limites de tolerância para cada
           produto químico;

CAMPO 22 – Descrever os Riscos a Saúde que está sujeito ao entrar em contato com o referido
           atente químico;

CAMPO 23 – Relacionar os agentes biológicos presentes no ambiente;

CAMPO 24 – Descrever em quais fases do processo há a exposição ao respectivo agente biológico;

CAMPO 25 – Descrever o tempo em que o funcionário fica exposto ao risco biológico;

CAMPO 26 – Relacionar as possíveis conseqüências ocasionadas a saúde, pelo agente biológico;

CAMPO 27 – Descrever as atividades, que requeiram atenção especial quanto ao posicionamento
           do funcionário e adaptação ao equipamento/ambiente;

CAMPO 28 – Relacionar os aspectos que põem em risco ergonômico a saúde do funcionário (como
           a desproporção de um equipamento à estatura do funcionário);

CAMPO 29 – Relacionar os possíveis danos a saúde proporcionados pelo trabalho em condições
           inadequadas;

CAMPO 30 – Descrever riscos de possíveis acidentes ao qual o trabalhador está sujeito;

CAMPO 31 – Relacionar o campo anterior aos focos de risco;

CAMPO 32 – Descrever qual o período de tempo o funcionário permanece em risco de acidente;

CAMPO 33 – Tentar mensurar a gravidade ocasionado por um acidente nessas condições;

CAMPO 34 – Descrever quais as medidas administrativas já adotadas na busca da prevenção de
           acidentes;



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CAMPO 35 – Relacionar quais medidas administrativas ainda devem ser implantadas (como
             utilização de mapa de riscos, criação de um plano de emergência entre outras);
CAMPO 36 – Descrever quais medidas coletivas estão em uso no ambiente (ex.: exaustores, piso
           anti-derrapante entre outros equipamentos de proteção coletiva);

CAMPO 37 – Descrever as medidas que devem ser adotadas no campo da proteção coletiva;

CAMPO 38 – Relacionar os EPI’s já utilizados pelos funcionários;

CAMPO 39 – Quais condições ambientais já implantadas para a segurança do trabalhador (ex.: um
            equipamento ergonomicamente adequado ao funcionário que o utiliza);

CAMPO 40 – Descrever o que há para ser implantado (ex.: algum EPI em desuso);

CAMPO 41 – Fazer a relação dos equipamentos de medição utilizados para cada agente;

CAMPO 42 – Discrição da técnica utilizada para medição, com cada respectivo equipamento;

CAMPO 43 – Conclusão, referenciada pela Legislação Trabalhista e fazendo uso das Normas
           Regulamentadoras, caracterizando a função em Insalubre ou não;

CAMPO 44 – Utilizando as Normas/Leis que regem a Legislação Previdenciária, descrever se a
           situação em análise proporciona ou não direito à aposentadoria especial.




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                                    ANEXO 1




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          Roteiro de Trabalho para Levantamento de Condições Ambientais

            RISCO             PERIODICIDADE              ÁREA                 DOCUMENTOS

                                                      - Locais que já
                                                  apresentam problemas
                                                          de ruído.
                                                   - Locais que estejam
                                                    com ruído acima do
                                                        nível de ação
                                                  (dose superior a 50%). Formulário de Avaliação
            RUÍDO                  Anual         -Locais que apresentam    de Laudo Técnico de
                                                   desconforto acústico   Condições Ambientais.
                                                       detectado pelo
                                                   SEESMT, ou quando
                                                      solicitado pelo
                                                 Sindicato, pela CIPA, ou
                                                      pelo Gerente da
                                                          Unidade.
                                                 Locais que apresentam
                                                       problemas de
                                                                           Formulário de Avaliação
                                                      iluminamento,
                                                                                     de
                                                     detectados pelo
       ILUMINAMENTO                Anual          SEESMT ou quando
                                                                              Laudo Técnico de
                                                                                 Condições
                                                 solicitado pelo Gerente
                                                                                Ambientais.
                                                 da Unidade, pela CIPA,
                                                    ou pelo Sindicato.
                                                 Locais que apresentam
                                                       problemas de
                                                                           Formulário de Avaliação
                                                      iluminamento,
                                                                                     de
         CONFORTO                                    detectados pelo
          TÉRMICO
                                   Anual          SEESMT ou quando
                                                                              Laudo Técnico de
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                                                                                Ambientais.
                                                 da Unidade, pela CIPA
                                                   ou pelo Sindicato.
                                                     Quando o local
                                                 apresentar um histórico
                                                                           Formulário de Avaliação
                                                  de presença de gases
          AGENTES                                                                    de
                                                     detectados pelo
          QUÍMICOS                 Anual          SEESMT ou quando
                                                                              Laudo Técnico de
           diversos                                                              Condições
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                                                 da Unidade, pela CIPA
                                                   ou pelo Sindicato.
                                                  Deve-se fazer avaliação
                                                                            Formulário de Avaliação
                                                 qualitativa detalhada e se
                                                                                      de
                                                  possível realizar análise
         BIOLÓGICO                 Anual             quantitativa com
                                                                               Laudo Técnico de
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                                                   recursos internos ou
                                                                                 Ambientais.
                                                          externos.

     Fonte: Massera (1996)
                             Quadro 4: Levantamento das Condições Ambientais


14
Rua ABC, s/ nº - Francisco Beltrão – Pr – Tel./Fax.: (46) 000-0000

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  • 1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL DEONILDO LUIZ BAGATINI JUNIOR MARCO ANTÔNIO BAÚ DE CARLI MODELO PARA A ELABORAÇÃO DE PPRA’s PONTA GROSSA 2005
  • 2. DEONILDO LUIZ BAGATINI JUNIOR MARCO ANTÔNIO BAÚ DE CARLI MODELO PARA A ELABORAÇÃO DE PPRA’s Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção de título de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho junto à Universidade Estadual de Ponta Grossa. Profª. Orientadora: Izabel Cristina de Souza Honesko, Esp. PONTA GROSSA 2005
  • 3. DEONILDO LUIZ BAGATINI JUNIOR MARCO ANTÔNIO BAÚ DE CARLI MODELO PARA A ELABORAÇÃO DE PPRA’s Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção de título de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho junto à Universidade Estadual de Ponta Grossa. Ponta Grossa , 03 de Dezembro de 2005 Carlos Luciano S. Vargas, Dr. Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG Izabel Cristina de Souza Honesko , Esp. Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG Luiz Carlos Lavalle Filho, Esp. Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG
  • 4. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO________________________________________________________07 2. PPRA________________________________________________________________10 2.1. Desenvolvimento do PPRA_____________________________________________ 12 2.1.1. Levantamento Ambiental Prévio_________________________________________13 2.1.2. Antecipação e Reconhecimento de Riscos_________________________________14 2.1.3. Etapas da Elaboração do Mapa de Riscos__________________________________17 2.1.4. Fixação do Mapa de Riscos_____________________________________________17 2.1.5. Prioridades e Metas de Avaliação________________________________________ 20 2.1.6. Avaliação Quantitativa dos Riscos_____________________________________ 21 2.1.7. Medidas de Controle de Riscos__________________________________________ 22 2.1.8. Estabelecimento do Plano de Ação com Metas, Prioridades e Cronograma_______ 24 2.1.9. Programa de Monitoramento do PPRA____________________________________25 3. ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA______________________________27 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES__________________________ 28 REFERÊNCIAS___________________________________________________________29 OBRAS CONSULTADAS__________________________________________________30 APÊNDICE 1 – MODELO PROPOSTO_______________________________________33
  • 5. LISTA DE QUADROS Quadro - 01 Classificação dos Principais Riscos em Grupos, de Acordo com a sua Natureza e Cor Correspondente___________________________________________ 18 Quadro - 02 Classificação do Grau de Risco_________________________________ 20 Quadro – 03 Priorização das Avaliações Quantitativas_________________________ 21 Quadro – 04 Exemplo de Planilha de Cronograma_____________________________ 25
  • 6. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura - 01 Roteiro para Elaboração de PPRA________________________________ 13 Figura - 02 Exemplo Hipotético de Mapa de Risco____________________________ 19
  • 7. LISTA DE SIGLAS PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais NR – Norma Regulamentadora SESMET – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas EST – Engenheiro de Segurança do Trabalho PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional CIPA – Comissão Iterna de Prevenção de Acidentes ACGIH - American Conference of Governmental Industrial Hygienists IN – instrução Normativa APR – Análises Preliminares de Riscos ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas EPI – Equipamento de Proteção Individual
  • 8. RESUMO As ações que visam a adequação de um local de trabalho em um ambiente seguro, que garantam a integridade física dos trabalhadores, devem ser objeto de estudo de um Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA. Na elaboração deste programa devem ser reconhecidas, avaliadas e atendidas todas as etapas que o constituem, não devendo ser omitida nenhuma destas, tornando o PPRA uma ferramenta imprescindível em qualquer ambiente de trabalho. Devido à notória importância do Programa, neste estudo foi proposto um modelo para sua elaboração, o qual abrange os vários aspectos normativos estabelecidos pelas normas brasileiras, atendendo à legislação em vigor, servindo de suporte para o desenvolvimento de ações que possam minimizar ou neutralizar a possibilidade de doenças ocupacionais e acidentes durante a jornada de trabalho. Palavras-chave: PPRA; local de trabalho; adequação.
  • 9. 7 1. INTRODUÇÃO Alberton (1996) comenta: “O início da Revolução Industrial em 1780, a invenção da máquina a vapor por James Watts em 1776 e do regulador automático de velocidade em 1785, marcaram profundas alterações tecnológicas em todo o mundo, permitindo a organização das primeiras fábricas modernas e indústrias, o que significava uma revolução econômica e social também acarretou os primeiros acidentes de trabalho e as doenças profissionais, que se alastravam e tomavam proporções alarmantes”. Os acidentes de trabalho e as doenças, que eram, em grande parte, provocados por substâncias e ambientes inadequados, dadas às condições subumanas em que as atividades fabris se desenvolviam, tiveram, até a Primeira Guerra Mundial, apenas algumas tentativas isoladas buscando seu controle. A partir de sua real constatação surgem as primeiras tentativas científicas de proteção ao trabalhador, com esforços voltados ao estudo das doenças, das condições ambientais, do layout de máquinas, equipamentos e instalações, bem como das proteções necessárias para evitar a ocorrência de acidentes e incapacidades. Porém foi durante a Segunda Grande Guerra que o movimento prevencionista realmente tomou forma, devido à percepção de que a capacidade industrial dos países em luta seria o ponto crucial para determinar o vencedor, capacidade esta, mais facilmente adquirida com um maior número de trabalhadores em produção ativa. O prevencionismo, desde as precoces ações de prevenção de danos, evoluiu englobando um número cada vez maior de atividades e fatores, buscando a prevenção de todas as situações geradoras de efeitos indesejados ao trabalho. Desde esta época, uma gama de diferentes técnicas vem buscando sua infiltração, sendo utilizadas como uma ferramenta eficaz no combate a acidentes de trabalho.
  • 10. 8 No Brasil, as leis que começaram a abordar a questão da segurança no trabalho só surgiram no início dos anos 40. Segundo Lima Jr. (1995), o qual fez um levantamento desta evolução, o assunto só foi melhor discutido em 1943 a partir do Capítulo V do Título II da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). A primeira grande reformulação deste assunto no país só ocorreu em 1967, quando se destacou a necessidade de organização das empresas com a criação do SESMT (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho). O grande salto qualitativo da legislação brasileira em segurança do trabalho ocorreu em 1978 com a introdução das vinte e oito Normas Regulamentadoras (NR) do Ministério do Trabalho. A Legislação atual de Segurança do Trabalho no Brasil compõe-se de Normas Regulamentadoras, Normas Regulamentadoras Rurais, outras leis complementares, como Portarias, Decretos e também as Convenções Internacionais da Organização Internacional do Trabalho, ratificadas pelo Brasil. A Segurança do Trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador. Esta Especialidade estuda diversas disciplinas como Introdução à Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações, Psicologia na Engenharia de Segurança, Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à Engenharia de Segurança, o Ambiente e as Doenças do Trabalho, Higiene do Trabalho, Metodologia de Pesquisa, Legislação, Normas Técnicas, Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção do Meio Ambiente, Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e Gerência de Riscos. O profissional de Segurança do Trabalho tem uma área de atuação bastante ampla, se fazendo presente em todas as esferas da sociedade onde houver trabalhadores, onde, segundo a legislação vigente, cabe ao EST atuar nas empresas junto ao serviço de segurança e
  • 11. 9 medicina do trabalho com o objetivo de prevenir e controlar a ocorrência de acidentes do trabalho. Objetivando desenvolver um Programa de Prevenção de Riscos Ambientais através da confecção de um roteiro acessível e comentado das fases o que constitui, será apresentada a seguir, uma metodologia de documentação criada pela equipe, salientando as exigências legais e/ou peculiaridades de cada etapa durante o processo de elaboração do Programa.
  • 12. 10 2. PPRA Facilmente pode-se concluir que o bom desempenho da saúde e segurança no trabalho não é casual, sendo necessário para isso que as organizações dêem a importância devida à obtenção de altos padrões de gerenciamento nesse âmbito. Isto requer a adoção de uma abordagem estruturada que vise à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores através da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos relacionados com o trabalho. Estas ações são viabilizadas através de um PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais). Os Riscos Ambientais são regulamentados pela NR-9, que estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA. Objetivando a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, o PPRA é um programa prevencionista que, através de observações e avaliação dos agentes de riscos, contribui para melhorar as condições ambientais de trabalho, minimizar ou neutralizar a possibilidade de ocorrer acidentes do trabalho e doenças profissionais, além de suporte integrante fundamental para o desenvolvimento de Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO. Em Gesc (1996), este programa é definido como “um Programa de Higiene Ocupacional, abrangente e complexo, apesar de simples na sua concepção legal, apresentando uma série de medidas para preservação da saúde dos trabalhadores”. De acordo como a NR-9, o PPRA deve ser desenvolvido no âmbito de cada estabelecimento da empresa, sob a responsabilidade do empregador – o qual tem a responsabilidade de estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do programa como
  • 13. 11 atividade permanente da empresa ou instituição – com a participação dos trabalhadores – que devem colaborar e participar na Implantação, seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA e informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar risco à saúde dos trabalhadores – sendo sua abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle. Este Programa faz parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais Normas Regulamentadoras, como sua relação com a NR-5, que regulamenta a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), da qual as informações devem ser consideradas para fins de planejamento e execução do PPRA em todas as suas fases, além da especial ligação com o PCMSO, regulamentado pela NR-7, sobre a qual Gesc (1996) comenta: “o PPRA subsidia as ações do PCMSO e, juntamente com esse último, fecha o círculo da correta e eficaz abordagem preventiva na busca da eliminação dos agravos à saúde dos trabalhadores. Além da evidente contribuição para qualidade da saúde ocupacional de um ambiente, segundo Sherique (2004, p. 38) o PPRA também serve como documento de Demonstração Ambiental para os efeitos da Legislação Previdenciária, especialmente, para os processos de Aposentadoria Especial. Procurando a otimização e o máximo aproveitamento deste Trabalho de Conclusão, em vista da viabilidade da abordagem do tema, de grande importância dentro da área de Engenharia de Segurança, optamos por pesquisar sobre este que concluímos ser um dos mais usuais no ambiente de trabalho. A abordagem do assunto Prevenção de Riscos pode ser justificada por entendermos ser uma etapa que exige grande responsabilidade, obrigatória e de fundamental importância a sua existência.
  • 14. 12 2.1. Desenvolvimento do PPRA Seguem abaixo as orientações básicas que devem ser utilizadas como uma diretriz, para a elaboração, avaliação ou adequação de um PPRA. O PPRA descrito conterá os aspectos estruturais do programa, tais como: O planejamento anual com o estabelecimento das metas a serem cumpridas e com os prazos para a sua implantação; a estratégia e a metodologia de ação; a forma de registro; manutenção e divulgação dos dados bem como a periodicidade e forma de avaliação do seu desenvolvimento. O conteúdo do PPRA deverá atender na íntegra o que preconiza a NR-9 do Ministério do Trabalho e Emprego e as diversas legislações do Ministério da Previdência em especial o Decreto n. 3.048/1999 e a Instrução Normativa n. 99/2003. O PPRA do estabelecimento deve estar descrito no Documento Base que contém os aspectos estruturais do programa, a estratégia e metodologia de ação, forma de registro, manutenção e divulgação dos dados, a periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do programa e o planejamento anual com o estabelecimento das metas a serem cumpridas com os prazos para a sua implantação conforme cronograma anual.
  • 15. 13 LEVANTAMENTO AMBIENTAL PRÉVIO AÇÕES ESTRATÉGICAS OU ANTECIPAÇÃO E DE RECONHECIMENTO DE RISCO PLANEJAMENTO PRIORIDADES E METAS DE AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO QUALITATIVA/ QUANTITATIVA DOS RISCOS NÃO AÇÕES ANÁLISE DOS LIMITES OPERACIONAIS OU DE TOLERÊNCIA DE EXECUÇÃO NR-15/ACGIH SIM MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCO REGISTRO E DIVULGAÇÃO DOS DADOS AÇÕES DE ACOMPANHAMENTO PROGRAMA DE MONITORAMENTO CONTÍNUO DO PPRA Fonte: Autores Figura - 01 Roteiro para a Elaboração do PPRA 2.1.1. Levantamento Ambiental Prévio O PPRA deverá se estender a todas as áreas e ambientes de trabalho ocupados pela empresa. Esta Fase inicial, aqui intitulado Levantamento Ambiental Prévio, trata-se do
  • 16. 14 reconhecimento e registro de informações, que devem caracterizar o empreendimento, viabilizando a próxima etapa, de Antecipação e Reconhecimento de Riscos; como: • Identificação da Empresa: Obtenção das Informações constantes nos Quadros nº 1. • Atividades da Empresa: Descrever de forma sucinta as principais atividades e processos, que ocorrem no estabelecimento e de como estas tarefas são realizadas nos diversos setores de trabalho. • Características dos Ambientes de Trabalho: Fazer a caracterização física dos ambientes de trabalho. • Descrição das Atividades Realizadas no Ambiente de Trabalho: Desenvolver planilha contendo a relação de setores, as funções dos trabalhadores, o quantitativo de empregados e descrição das atividades realizadas. • Qualificação dos Responsáveis: Informar o nome e o cargo dos responsáveis pelo acompanhamento dos serviços nos diversos setores da empresa; Nome e Formação do profissional responsável pela visita de campo e levantamento das informações; Nome e Formação do profissional responsável pelo SESMT, quando houver. 2.1.2. Antecipação e Reconhecimento de Riscos A amplitude e a complexidade do PPRA dependerão da identificação dos riscos ambientais encontrados na fase da antecipação ou do reconhecimento. Caso não sejam identificados riscos ambientais, o PPRA se resumirá a fase de antecipação dos riscos, registro e divulgação dos dados encontrados. Para efeito da NR – 9, item 9.1.5, que trata do PPRA, são considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes que, em
  • 17. 15 função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, forem capazes de causar dano à saúde do trabalhador. A seguir, serão definidos os tipos de riscos: - Riscos Físicos: São as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, podendo, a depender da intensidade, provocar danos físicos nestes. São considerados agentes físicos: ruídos, vibrações, calor, frio, pressões anormais, radiações não- ionizantes, radiações ionizantes, umidade, iluminação deficiente, o infra-som e o ultra-som . - Riscos Químicos: São as diversas substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão. - Riscos Biológicos: São microorganismos que podem "contaminar" o trabalhador e são, basicamente, protozoários, fungos, bactérias, bacilos, vírus, os parasitas entre outros mais. Geralmente são avaliados biologicamente e em laboratórios apropriados através da coleta de sangue, fezes, urina ou outro meio de pesquisa nos empregados. - Riscos Ergonômicos: São as condições de trabalho em desacordo com as características dos trabalhadores, não proporcionando um máximo de conforto, segurança, desempenho e eficiente das tarefas dos trabalhadores. Essas condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho. - Riscos de Acidentes: Caracterizam-se pela presença e/ou contato do homem com máquinas, objetos escariantes, cortantes, abrasivos e perfurantes, explosivos, inflamáveis, choques elétricos e outros. De acordo com a IN-99/2003, artigo n° 150, são consideradas condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física, conforme aprovado pelo Decreto nº 3048, de 06
  • 18. 16 de maio de 1999, a exposição a agentes nocivos químicos, físicos ou biológicos ou a exposição à associação desses agentes, em concentração ou intensidade e tempo de exposição que ultrapasse os limites de tolerância ou que, dependendo do agente, torne a simples exposição em condição especial prejudicial à saúde. A Fase de Antecipação envolve a análise de novos projetos, instalações, produtos, métodos ou processos de trabalho ou de modificação das já existentes. O objetivo é a identificação dos riscos potenciais e a introdução das medidas de controle necessárias, antecipando-se a exposição ao risco ambiental. No Reconhecimento estão envolvidas a identificação qualitativa e a explicitação, dos riscos existentes nos ambientes de trabalho. As informações necessárias nesta etapa são: a) determinação e localização das possíveis fontes geradoras; b) identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho; c) identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos; d) caracterização das atividades e do tipo de exposição; e) obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho; f) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica; g) Informar a concentração, intensidade e tempo de exposição conforme o caso aos agentes nocivos. Em se tratando de agentes químicos, deverá ser informado o nome da substância ativa, não sendo aceitas citações de nomes comerciais, devendo ser anexada à respectiva ficha toxicológica; OBS: O registro destas informações poderá ser feito em quadro específico.
  • 19. 17 h) descrição das medidas de controle já existentes: informações que podem ser obtidas nos Levantamentos de Riscos nos Postos de Trabalho, nas Análises Preliminares de Riscos (APR) e nos Mapas de Riscos Ambientais. O Mapa de Risco foi criado tratando da obrigatoriedade, por parte das empresas, da representação gráfica dos riscos existentes nos diversos locais de trabalho. Os objetivos principais do Mapa de Riscos são: a) reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde do trabalhador na empresa; b) possibilitar durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção. 2.1.3. Etapas da Elaboração do Mapa de Riscos O Mapa de Risco deve ser elaborado sobre o layout da empresa, indicando através de círculos os seguintes itens: a) o grupo a que pertence o risco (possui cor padronizada, conforme Quadro 01) ; b) o número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo; c) a especificação do agente; d) a intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos. 2.1.4. Fixação do Mapa de Riscos Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, deverá ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores. Para a elaboração do Mapa de Riscos, convencionou-se atribuir uma cor
  • 20. 18 para cada tipo de risco e representá-los em círculos ou com qualquer outra forma geométrica. Na tabela a seguir, encontram-se definidas as cores e seus respectivos riscos para melhor compreensão. GRUPO 1 GRUPO 2 GRUPO 3 GRUPO 4 GRUPO 5 Verde Vermelho Marrom Amarelo Azul Riscos Riscos Riscos Riscos Riscos de Físicos Químicos Biológicos Ergonômicos Acidentes Ruídos Poeiras Vírus Esforço físico Arranjo físico intenso inadequado Vibrações Fumos Bactérias Levantamento e Máquinas e transporte equipamentos manual de peso sem proteção Radiações Névoas Protozoários Exigência de Ferramentas ionizantes postura inadequadas ou inadequada defeituosas Radiações não Neblina Fungos Controle rígido Iluminação ionizantes de produtividade inadequada Frio Gases Parasitas Imposição de Eletricidade ritmos excessivos Calor Vapores Bacilos Trabalho em Probabilidade de turno e noturno incêndio ou explosão Pressões Substâncias, Jornadas de Armazenamento anormais compostos ou trabalho inadequado produtos prolongadas químicas em geral Monotonia e Animais respectividade. peçonhentos. Outras situações Outras situações Umidade causadoras de de risco que stress físico e/ou poderão psíquico contribuir para ocorrência de acidentes Fonte: Adaptado de Ponzetto . G (2001) Quadro - 01 Classificação dos principais riscos em grupos, de acordo com a sua natureza e cor correspondente
  • 21. 19 Para melhor compreensão, a figura a seguir revela um exemplo de Mapa de Risco elaborado à um ambiente de trabalho hipotético, onde as denominações das máquinas e equipamentos estão inseridas diretamente no layout para facilitar a leitura e interpretação. Setor: Preparação e Acabamento do Produto Prensa 1 Prensa 2 Bancada de Corte de Serviço Tiras 2 4 Solda Solda a 4 Ponto 5 Supervisão Mesa Estoque Riscos Ambientais Cor Padronizada Agentes Químicos Vermelha Agentes Físicos Verde Agentes Mecânicos (de Acidentes) Azul Descrição Recomendações Risco Físico: Radiação Não Ionizante Usar Óculos de Soldador Risco de Mecânico ou de Acidente: Máquina sem Proteção, Usar EPC Iluminação Deficiente Implantar Melhor Iluminação Risco Químico: Poeira Mineral Utilizar Máscaras P-2 e Luvas Padronização do Tamanho dos Círculos Risco Grande Risco Médio Risco Pequeno Onde: Risco Grande = Diâmetro (D) Risco Médio = Diâmetro (D/2) Risco Pequeno = Diâmetro (D/4) Fonte: Adaptado de Ponzetto, G. (2001) Figura - 02 Exemplo Hipotético de Mapa de Risco
  • 22. 20 2.1.5. Prioridades e Metas de Avaliação Para efeito deste trabalho, adota-se as seguintes definições para os graus de riscos, que podem ser classificados em cinco níveis conforme a sua categoria: GRAU DE CATEGORIA SIGNIFICADO RISCO Fatores do ambiente ou elementos materiais que não constituem 0 Insignificante nenhum incômodo e nem risco para a saúde ou integridade física. Fatores do ambiente ou elementos materiais que constituem um 1 Baixo incômodo sem ser uma fonte de risco para a saúde ou integridade física. Fatores do ambiente ou elementos materiais que constituem um 2 Moderado incômodo podendo ser de baixo risco para a saúde ou integridade física. Fatores do ambiente ou elementos materiais que constituem um 3 Alto ou Sério risco para a saúde e integridade física do trabalhador, cujos valores ou importâncias estão notavelmente próximos dos limites regulamentares. Fatores do ambiente ou elementos materiais que constituem um 4 Muito Alto ou risco para a saúde e integridade física do trabalhador, com uma Crítico probabilidade de acidente ou doença, elevada. Fonte: Portal Isegnet Quadro – 02: Classificação do Grau de Risco A estratégia e respectiva forma de atuação deverão ser desenvolvidas por meio de reuniões de planejamento, confrontação de relatos e dos dados de avaliações ambientais. Na metodologia de avaliação dos agentes ambientais, quando necessárias, deverão ser utilizadas as normas da Fundacentro e da ABNT usadas em Higiene do Trabalho.
  • 23. 21 A priorização de avaliações quantitativas para os contaminantes atmosféricos e agentes físicos do ponto de vista do Programa de Prevenção de Risco Ambientais podem ser definidas conforme o quadro a seguir, partindo-se sempre do nível do Grau de Risco identificado para a definição da prioridade das avaliações quantitativas a serem realizadas. GRAU DE PRIORIDADE DESCRIÇÃO RISCO Não é necessária a realização de avaliações quantitativas das 0e1 Baixa exposições A avaliação quantitativa pode ser necessária porém não é prioritária. Será prioritária somente se for necessário para verificar a 2 Média eficácia das medidas de controle e demonstrar que os riscos estão controlados Avaliação quantitativa prioritária para estimar as exposições e 3 Alta verificar a necessidade ou não de melhorar ou implantar medidas de controle Não é necessária a realização de avaliações quantitativas para se Baixa demonstrar a exposição excessiva e a necessidade de implantar ou melhorar as medidas de controle 4 A avaliação quantitativa somente será prioritária para o grau de risco 4 quando for relevante para planejamento das medidas de Alta controle a serem adotadas ou para registro da exposição Fonte: Portal Isegnet Quadro – 03: Priorização das Avaliações Quantitativas 2.1.6. Avaliação Quantitativa dos Riscos Segundo a NR-09, Item 9.3.4, a Avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para:
  • 24. 22 a) comprovar o controle da exposição ou a inexistência dos riscos identificados na etapa de reconhecimento; b) dimensionar a exposição dos trabalhadores; c) subsidiar o equacionamento das medidas de controle A Avaliação dos Riscos envolve o monitoramento dos riscos ambientais para a determinação da intensidade dos agentes físicos a concentração dos agentes químicos, visando o dimensionamento da exposição dos trabalhadores. A avaliação deverá considerar as seguintes atividades: a) Definir e planejar a estratégia de quantificação dos riscos, baseando-se nos dados e informações coletados na etapa anterior; b) Quantificar a concentração ou intensidade através de equipamentos e instrumentos compatíveis aos riscos identificados e utilizando-se de técnicas indicadas a seguir; c) Verificar se os valores encontrados estão em conformidade com os Limites de Tolerância estabelecidos e o tempo de exposição dos trabalhadores; d) Verificar se as medidas de controle implantadas são eficientes. Nesta fase de avaliação, é primordial caracterizar, através de metodologias técnicas, à exposição de trabalhadores a agentes de risco, considerando-se os Limites de Tolerância e o tempo de exposição. 2.1.7. Medidas de Controle de Riscos Envolve a adoção de medidas necessárias e suficientes para a eliminação ou redução dos riscos ambientais. As medidas preventivas serão obrigatórias sempre que for atingido o nível de ação, incluindo o monitoramento periódico, informação aos trabalhadores e o controle médico.
  • 25. 23 O PPRA será de abrangência e profundidade gradual às características dos riscos e das necessidades de controle, sendo que nos locais onde não sejam identificados riscos, se limitará ao registro e divulgação dos dados coletados em campo. Quando detectada alguma exposição à saúde dos empregados, será comunicado ao Médico do Trabalho coordenador do PCMSO, para as devidas providências. Da mesma forma, toda vez que houver suspeita médica com relação à exposição ambiental, o Médico do Trabalho responsável pelo PCMSO, acionará o Engenheiro responsável pelo PPRA, para as avaliações e sugestões de controles necessários à eliminação, redução a níveis toleráveis de exposição e/ou aplicação de medidas de proteção aos empregados. Deverão ainda ser propostas medidas necessárias e suficientes para a eliminação, minimização ou controle dos riscos ambientais sempre que for verificada uma ou mais das seguintes situações: a) riscos potenciais na fase de antecipação b) quando forem constatados riscos evidentes a saúde na fase de reconhecimento, c) quando os resultados das avaliações quantitativas forem superiores aos valores limites previstos na NR-15 ou na ACGIH (American Conference of Governmental Industrial Hygienists). d) quando, após a avaliação quantitativa dos agentes, for constatada exposição acima dos Níveis de ação, quais sejam: para agentes químicos, metade dos Limites de Tolerância; para ruído, a dose de 0,5. e) finalmente quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal entre danos observados na saúde dos trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam expostos. Segundo item 9.3.5.4 da NR – 9, as medidas de controle a serem implantadas obedecerão a seguinte ordem hierárquica:
  • 26. 24 a) - Medidas de controle coletivo; b) - Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho; e c) - Utilização de EPI. As medidas de controle deverão ser previstas no Plano de Ação constante do PPRA, após consenso com o responsável da instalação. Seguem alguns exemplos de medidas de controle a serem consideradas: a) Substituição do agente agressivo; b) Mudança ou alteração do processo ou operação; c) Enclausuramento da fonte; d) Segregação do processo ou operação; e) Modificação de projetos; f) Limitação do tempo de exposição; g) Utilização de equipamento de proteção individual; h) Outras. 2.1.8. Estabelecimento de Plano de Ação com Metas, Prioridades e Cronograma Deverá ser parte integrante do PPRA um plano de ação contemplando atividades, metas e prioridades a serem implementadas de forma a eliminar, minimizar ou controlar os riscos ambientais. O Plano deverá incluir todas as atividades identificadas nas fases de reconhecimento, avaliação ou definidas como medidas de controle. Os responsáveis e prazos de cada atividade deverão ser acordados com o responsável pela instalação. Devem ser relacionadas em cronograma conforme modelo abaixo, as metas estabelecidas bem como o planejamento para o cumprimento destas metas.
  • 27. 25 O objetivo destas recomendações é a minimização ou a eliminação da exposição dos trabalhadores aos riscos ambientais. PROGRAMAÇÃO ATIVIDADES/MEDIDAS ITEM SETOR RESPONSÁVEL PARA OS MESES DE CONTROLE (PRAZO) 1 2 3 Fonte: Portal Isegnet Quadro – 04: Exemplo de Planilha de Cronograma 2.1.9. Programa de Monitoramento do PPRA O PPRA será revisado sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano com o objetivo de avaliar o seu desenvolvimento e realizar os ajustes necessários, assim como o monitoramento ou reavaliação para verificação da eficácia das medidas de controle implementadas. O PPRA deverá possuir, como primeira página, um formulário destinado ao registro de alterações do seu desenvolvimento. Este formulário deverá ser preenchido na periodicidade máxima de 1 (um ) ano. O modelo do Quadro nº 03 (Modelo Proposto no APÊNDICE 1) poderá ser utilizado como referência para conteúdo mínimo, cabendo ao profissional realizar inclusões, se entender pertinente. Deverão ser transcritas no campo "Resultado da Revisão”, informações sobre as seguintes análises:
  • 28. 26 a) Houve alteração de lay-out, processos, atividades, produtos movimentados /utilizados? b) Há necessidade de novas avaliações quantitativas? c) O Plano de Ação foi atendido? Na coluna correspondente a análise dos requisitos da NR-9 o responsável pela avaliação deve registrar a situação verificada de cada item.
  • 29. 27 3. ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA Sabe-se que o P.P.R.A., através de uma série de medidas, visa a prevenção na busca de soluções dos agentes que podem conduzir às doenças do trabalho. Introduz assim uma proposta de gerenciamento no ambiente em questão, podendo ser comparado ao PDCA (Plan / Do / Check / Act) de tal forma que se constitui em instrumento constante de atuação preventiva e/ou corretiva. Neste estudo buscou-se esclarecimentos sobre o processo de elaboração do Programa; visto que, até mesmo por sua importância no estabelecimento de diretrizes no controle de riscos, trata-se de um Programa ainda com divergências contextuais entre os profissionais da área. Sendo assim, acredita-se que com este projeto foram atingidos os objetivos: acréscimo de conhecimento sobre o assunto e a elaboração de um material de auxílio aos envolvidos com o tema. Porém é importante enfatizar que um P.P.R.A deve estar envolvido com vários fatores, como a análise das atitudes funcionais e procedimentos dos funcionários; os treinamentos específicos; um monitoramento ambiental; a orientação técnica à Diretoria e Gerências; e principalmente a concepção técnica do profissional responsável pelo programa sobre o assunto; não existindo assim um padrão único, ou mais adequado de trabalho, mas sim a necessidade de em cada novo trabalho ser realizado um estudo da situação específica, dando a devida importância que o assunto merece.
  • 30. 28 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES O PPRA consiste num programa de relevante importância, prevenindo doenças ocupacionais e acidentes, garantindo a integridade física dos trabalhadores atendidos. Na elaboração deste programa, devem ser reconhecidas, avaliadas e atendidas todas as etapas que o constituem, não devendo ser omitida nenhuma destas, tornando o PPRA uma ferramenta imprescindível em qualquer ambiente de trabalho. O modelo proposto para a elaboração do PPRA abrange os vários aspectos normativos estabelecidos pelas normas brasileiras, atendendo à legislação em vigor, servindo de suporte para o desenvolvimento de ações que possam minimizar ou neutralizar a possibilidade de ocorrências de doenças ocupacionais e acidentes durante a jornada de trabalho, devendo para isto, estarem articulados os empregadores e trabalhadores, de modo que possam ser seguidas as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos pelo PPRA. O PPRA deve ser realizado de modo efetivo em todo o ambiente de trabalho, não podendo servir apenas como um documento para fins de fiscalização, desvirtuando, portanto, os verdadeiros objetivos que as Normas propõem. A sua implantação deve contar com a colaboração e participação de todos os trabalhadores para que o seu verdadeiro objetivo seja alcançado, mantendo as condições ambientais ocupacionais dentro dos limites de tolerância, promovendo o bem estar dos trabalhadores, a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
  • 31. 29 REFERÊNCIAS A Instrução Normativa Inss / Dc Nº 99. Disponível em http://www.abel- acustica.com.br/EST/ESTProfiss.htm. Acesso em: 15 Set. 2004. ALBERTON, Anete. Uma Metodologia para auxiliar no gerenciamento de riscos e na seleção de alternativas de investimentos de segurança. Florianópolis, 1996. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina. GESC: Grupo de Engenheiros de Segurança de Campinas e Região – Gestão 96. Proposta do GESC para o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Disponível em: http://www.safetyguide.com.br. Acesso em: 15 Set. 2004. Learning Space. Disponível em http://www.ue.org.br/area_engseg_c1.htm Acesso Contínuo. MASSERA, Carlos – MM Assessoria e Treinamento em Segurança Industrial. Modelo proposto para o PPRA. Disponível em: http://www.safetyguide.com.br Acesso em: 15 Set. 2004. PORTAL ISEGNET. Proposta de PPRA Referenciado em Jaques Sherique – Curso: PPRA, PPP e o novo Cálculo do SAT. Disponível em: http://www.isegnet.com.br Acesso em: 18 Set. 2004.
  • 32. 30 Segurança do Trabalho. Disponível em http://www.manualdeperícias.com.br. Acesso em: 01 Out. 2004. SHERIQUE, J. Aprenda Como Fazer – Demonstrações Ambientais – PPRA – PCMAT – PGR – LTCAT – LT – PPP - GFIP 4ª Ed. São Paulo: Ed. LTr, 2004. OBRAS CONSULTADAS A Instrução Normativa Inss / Dc Nº 99. Disponível em http://www.abel- acustica.com.br/EST/ESTProfiss.htm. Acesso em: 15 Set. 2004. Código de Defesa Civil - Lei nº 5.869. Brasília, 1973. DECRETO Nº 3.048, Brasília, Maio 1999. DEUD, C. A. F.: Legislação Relativa à Aposentadoria Especial – Estudo Junho/05, Brasília, Câmara dos Deputados, 2005. DUARTE, E.F.: Cinco minutos diários de segurança, saúde ocupacional e meio ambiente, Belo Horizonte, Ergo Editora, 1999. História da Segurança do Trabalho no Brasil. Disponível em: http://www.segurancamao.com.br/info/corpo03.html. Acesso em: 28 Set. 2004.
  • 33. 31 INSS: Instrução Normativa Nº99, Brasília: Dez. 2003. Introduçao à Segurança do Trabalho em perguntas e Respostas. Disponível em: http://www.areaseg.com.br Acesso em: 15 Set. 2004. Learning Space. Disponível em http://www.ue.org.br/area_engseg_c1.htm Acesso Contínuo. Regras Gerais Internas de Segurança do Trabalho. Disponível em: http://www.areaseg.com.br Acesso em: 28 Set. 2004. Segurança do Trabalho. Disponível em http://www.manualdeperícias.com.br. Acesso em: 01 Out. 2004. Segurança e Medicina do Trabalho – Ações que estão mudando o Rumo da Área na Unicampi. Disponível em http://www.unicamp.br/dgrh/areas/sesmt/prob_seguranca.html. Acesso em 28 Ago. 2004. SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO – Manuais de Legislação Atlas – 36a. edição- São Paulo:Editora Atlas 1997. SHERIQUE, J. Aprenda Como Fazer – Demonstrações Ambientais – PPRA – PCMAT – PGR – LTCAT – LT – PPP - GFIP 4ª Ed. São Paulo: Ed. LTr, 2004. SILVA, A.B. Gestão ambiental na indústria: uma avaliação do comportamento dos setores químico e petroquímico com relação aos passivos ambientais e os problemas causados em torno da Baía de Guanabara. Dissertação de Mestrado – Fundação Oswaldo Cruz, 2001. Disponível em
  • 34. 32 http://portalteses.cict.fiocruz.br/transf.php?script=thes_cover&id=000042&lng=pt&nrm=iso# abstract. Acesso em 15 Set. 2004 SST – Uma Área não apenas um Espaço. Disponível em: http://www.areaseg.com.br Acesso em: 28 Set. 2004.
  • 36. αβγ LTDA PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS PPRA – N R-09 2004 RESPONSÁVEL: ENGENHEIRO DE SEGURANÇA X
  • 37. ÍNDICE 1. OBJETIVOS ____________________________________________________________ 04 2. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ________________________________________ 05 3. RECONHECIMENTO DOS RISCOS ________________________________________ 05 3.1 Avaliação por Setor ____________________________________________________________ 06 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________________ 09 5. COORDENADOR E EQUIPE ____________________________________________________ 09 INSTRUÇÃO DE FORMULÁRIO __________________________________________________ 10 ANEXO 1 _______________________________________________________________________ 13 Rua ABC, s/ nº - Francisco Beltrão – Pr – Tel./Fax.: (46) 000-0000
  • 38. LISTA DE QUADROS Quadro – 01 Identificação da Empresa__________________________________ 05 Quadro - 02 Reconhecimento de Riscos ________________________________ 06 Quadro – 03 Registro das Revisões do desenvolvimento do PPRA_____________ 09 Quadro – 04 Levantamento das Condições Ambientais______________________ 14 Rua ABC, s/ nº - Francisco Beltrão – Pr – Tel./Fax.: (46) 000-0000
  • 39. 4 1. OBJETIVOS Atender a Norma Regulamentadora (NR 9) da portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho, modificada pela portaria 25/94 que institui o PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS ( PPRA), e demais Normas Regulamentadoras e Instruções Normativas da Legislação Brasileira. Realizar o levantamento de riscos ambientais existentes no processo administrativo e produtivo do setor. Minimizar o risco de contração de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho, através da prevenção de acidentes e do controle dos riscos ocupacionais. Rua ABC, s/ nº - Francisco Beltrão – Pr – Tel./Fax.: (46) 000-0000
  • 40. 5 2. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA Razão Social: Endereço: Bairro: Cidade: Estado: CEP: Telefone: CNPJ: I.E. Atividade Principal: Grupo: Grau de Risco: Número Atual de Funcionários: Período de Inspeção: Fonte: Adaptado de Massera (1996) Quadro 1: Identificação da Empresa 3. RECONHECIMENTO DOS RISCOS Esta etapa abrange os riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes na qual se define a sua natureza, estimativa de concentração, vias de propagação, potencial de dano à saúde e número de funcionários expostos. Com base nestes dados torna-se possível elaborar uma Estratégia de Monitoramento Ambiental. Conforme Tabelas a seguir: Rua ABC, s/ nº - Francisco Beltrão – Pr – Tel./Fax.: (46) 000-0000
  • 41. 6 Avaliação por Setor (Quadro 2: Reconhecimento de Riscos) RELATÓRIO TÉCNICO - PPRA - NR 09 αβγ LTDA (01) SETOR: CARGO: FUNÇÃO: Nº DE FUNCIONÁRIOS JORNADA DE TRABALHO: (02) (03) (04) EXPOSTOS: (05) (06) DESCRIÇÃO DO LOCAL/AMBIENTE DE TRABALHO (07) DESCRIÇÃO DO PROCESSO / ATIVIDADES (08) CONDIÇÕES GERAIS DO LOCAL DE TRABALHO (09) PRODUTOS UTILIZADOS (10) EQUIPAMENTOS/ MATERIAS UTILIZADOS (11) Elaborado por: LAUDO TÉCNICO Nº 00 Aprovado por: Francisco Beltrão, 01 de Agosto de 2005 Validade: 01 de Agosto de 2006 Rua ABC, s/ nº - Francisco Beltrão – Pr – Tel./Fax.: (46) 000-0000
  • 42. 7 IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS A) FISÍCOS TEMPO DE EXPOSIÇÃO FONTE GERADORA INTENSIDADE/CONCENTRAÇÃO LIMITE DE RISCOS A SAÚDE AGENTE (DIA) (12) (13) TOLERÃNCIA (15) (16) (14) RUÍDO * VERFICAR ANEXO TAL FRIO CALOR RADIAÇÕES IONIZANTES RAD. NÃO IONIZANTES VIBRAÇÕES PRESSÕES ANORMAIS UMIDADE B) QUÍMICO AGENTE FONTE GERADORA/ INTENSIDADE/ TEMP DE EXPOSIÇÃO (DIA) LIMITE DE RISCOS A SAÚDE (17) PRINCIPIO(S) ATIVO(S) (18) CONCENTRAÇÃO (19) (20) TOLERÃNCIA (21) (22) C) BIOLÓGICOS AGENTE (23) FONTE GERADORA (24) TEMPO DE EXPOSIÇÃO (DIA) (25) RISCOS A SAÚDE (26) Elaborado por: LAUDO TÉCNICO Nº 00 Aprovado por: Francisco Beltrão, 01 de Agosto de 2005 Validade: 01 de Agosto de 2006 Rua ABC, s/ nº - Francisco Beltrão – Pr – Tel./Fax.: (46) 000-0000
  • 43. 8 D) ERGONOMICOS AGENTE/ATIVIDADE ESPECIFICA REALIZADA (27) FONTE GERADORA (28) RISCO A SAÚDE (29) D) ACIDENTES AGENTE (30) FONTE GERADORA (31) TEMPO DE EXPOSIÇÃO (DIA) (32) RISCOS A SAÚDE (33) MEDIDAS DE PROTEÇÃO ADMINISTRATIVAS COLETIVAS INDIVIDUAL EXISTENTES EXISTENTES A IMPLANTAR EXISTENTES A IMPLANTAR A IMPLANTAR (34) (35) (36) (37) (40) EQUIP (38) CA (39) INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO UTILIZADADOS (41) TÉCNICA DE MEDIÇÃO UTILIZADA (42) CONCLUSÃO LEGISLAÇÃO TRABALHISTA (43) LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA (44) Elaborado por: LAUDO TÉCNICO Nº 00 Aprovado por: Francisco Beltrão, 01 de Agosto de 2005 Validade: 01 de Agosto de 2006 Rua ABC, s/ nº - Francisco Beltrão – Pr – Tel./Fax.: (46) 000-0000
  • 44. 9 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS REGISTRO DAS REVISÕES DO DESENVOLVIMENTO DO PPRA RAZÃO SOCIAL: ENDEREÇO: RELATIVO AO PERÍODO DE: Requisitos da Data Resultado da Revisão Situação Assinatura NR-9 Fonte: Adaptado de Portal Isegnet Quadro 3: Registro das Revisões do Desenvolvimento do PPRA 5. COORDENADOR E EQUIPE O Elaborador do PPRA - 2004 é o Eng. X, CREA 00.000 O trabalho, inicialmente, deve ser implantado pela própria empresa. 9 Rua ABC, s/ nº - Francisco Beltrão – Pr – Tel./Fax.: (46) 000-0000
  • 45. 10 INSTRUÇÃO DE FORMULÁRIO CAMPO 01 – Descrever nome da empresa ou inserir logotipo; CAMPO 02 – Descrever o setor da empresa analisado; CAMPO 03 – Descrever o cargo analisado (ex.: operador de produção 01); CAMPO 04 – Descrever a função do cargo analisado (ex.: operador de produção 01 de determinada máquina); CAMPO 05 – Quantificar o número de funcionários expostos no setor, em cada turno de trabalho; CAMPO 06 – Discriminar o número de turnos de trabalho, com a respectiva carga horária da jornada de trabalho; CAMPO 07 – Caracterizar o ambiente, com informações como área (em m2), material construtivo (alvenaria, madeira), altura do pé direito, nº de pavimentos, disposição de janelas (iluminação / ventilação); CAMPO 08 – Descrever as etapas do processo de trabalho, como um fluxograma de trabalho; CAMPO 09 – Descrever itens relacionados a Sistema de Prevenção de Incêndios, como nº de extintores, disposição de saídas de emergência, iluminação de emergência, entre outros; CAMPO 10 – Fazer a citação de produtos utilizados no processo de trabalho, que interfiram na segurança do trabalhador (como produtos químicos); CAMPO 11 – Descrever equipamentos e/ou materiais, fazendo referência a cada etapa de trabalho, já descrito no Campo 08; CAMPO 12 – Para a identificação dos riscos físicos, fazer a descrição da fonte geradora de cada agente (ruído, frio, calor, etc); CAMPO 13 – Conforme anexos da NR-15, para cada agente físico, mensurar a concentração ao qual o funcionário está exposto; CAMPO 14 – Descrever o tempo de exposição a que o trabalhador sofre a interferência dos agentes físicos durante o turno de trabalho, citando também o período de descanso / não exposto aos agentes; CAMPO 15 – Referenciado pela NR-15, descrever o limite de tolerância para cada situação; 10 Rua ABC, s/ nº - Francisco Beltrão – Pr – Tel./Fax.: (46) 000-0000
  • 46. 11 CAMPO 16 – Descrever os Riscos a Saúde em cada caso; CAMPO 17 – Descrever os agentes químicos presentes no ambiente; CAMPO 18 – Descrever em qual fase do processo é utilizado / produzido o agente químico que expõe o trabalhador à riscos; CAMPO 19 – Quantificar a intensidade do agente químico presente no ambiente; CAMPO 20 – Tempo no qual o funcionário fica em contato com o agente químico, durante o turno de trabalho; CAMPO 21 – Utilizar os anexos da NR-15 para a identificação dos limites de tolerância para cada produto químico; CAMPO 22 – Descrever os Riscos a Saúde que está sujeito ao entrar em contato com o referido atente químico; CAMPO 23 – Relacionar os agentes biológicos presentes no ambiente; CAMPO 24 – Descrever em quais fases do processo há a exposição ao respectivo agente biológico; CAMPO 25 – Descrever o tempo em que o funcionário fica exposto ao risco biológico; CAMPO 26 – Relacionar as possíveis conseqüências ocasionadas a saúde, pelo agente biológico; CAMPO 27 – Descrever as atividades, que requeiram atenção especial quanto ao posicionamento do funcionário e adaptação ao equipamento/ambiente; CAMPO 28 – Relacionar os aspectos que põem em risco ergonômico a saúde do funcionário (como a desproporção de um equipamento à estatura do funcionário); CAMPO 29 – Relacionar os possíveis danos a saúde proporcionados pelo trabalho em condições inadequadas; CAMPO 30 – Descrever riscos de possíveis acidentes ao qual o trabalhador está sujeito; CAMPO 31 – Relacionar o campo anterior aos focos de risco; CAMPO 32 – Descrever qual o período de tempo o funcionário permanece em risco de acidente; CAMPO 33 – Tentar mensurar a gravidade ocasionado por um acidente nessas condições; CAMPO 34 – Descrever quais as medidas administrativas já adotadas na busca da prevenção de acidentes; 11 Rua ABC, s/ nº - Francisco Beltrão – Pr – Tel./Fax.: (46) 000-0000
  • 47. 12 CAMPO 35 – Relacionar quais medidas administrativas ainda devem ser implantadas (como utilização de mapa de riscos, criação de um plano de emergência entre outras); CAMPO 36 – Descrever quais medidas coletivas estão em uso no ambiente (ex.: exaustores, piso anti-derrapante entre outros equipamentos de proteção coletiva); CAMPO 37 – Descrever as medidas que devem ser adotadas no campo da proteção coletiva; CAMPO 38 – Relacionar os EPI’s já utilizados pelos funcionários; CAMPO 39 – Quais condições ambientais já implantadas para a segurança do trabalhador (ex.: um equipamento ergonomicamente adequado ao funcionário que o utiliza); CAMPO 40 – Descrever o que há para ser implantado (ex.: algum EPI em desuso); CAMPO 41 – Fazer a relação dos equipamentos de medição utilizados para cada agente; CAMPO 42 – Discrição da técnica utilizada para medição, com cada respectivo equipamento; CAMPO 43 – Conclusão, referenciada pela Legislação Trabalhista e fazendo uso das Normas Regulamentadoras, caracterizando a função em Insalubre ou não; CAMPO 44 – Utilizando as Normas/Leis que regem a Legislação Previdenciária, descrever se a situação em análise proporciona ou não direito à aposentadoria especial. 12 Rua ABC, s/ nº - Francisco Beltrão – Pr – Tel./Fax.: (46) 000-0000
  • 48. 13 ANEXO 1 13 Rua ABC, s/ nº - Francisco Beltrão – Pr – Tel./Fax.: (46) 000-0000
  • 49. 14 Roteiro de Trabalho para Levantamento de Condições Ambientais RISCO PERIODICIDADE ÁREA DOCUMENTOS - Locais que já apresentam problemas de ruído. - Locais que estejam com ruído acima do nível de ação (dose superior a 50%). Formulário de Avaliação RUÍDO Anual -Locais que apresentam de Laudo Técnico de desconforto acústico Condições Ambientais. detectado pelo SEESMT, ou quando solicitado pelo Sindicato, pela CIPA, ou pelo Gerente da Unidade. Locais que apresentam problemas de Formulário de Avaliação iluminamento, de detectados pelo ILUMINAMENTO Anual SEESMT ou quando Laudo Técnico de Condições solicitado pelo Gerente Ambientais. da Unidade, pela CIPA, ou pelo Sindicato. Locais que apresentam problemas de Formulário de Avaliação iluminamento, de CONFORTO detectados pelo TÉRMICO Anual SEESMT ou quando Laudo Técnico de Condições solicitado pelo Gerente Ambientais. da Unidade, pela CIPA ou pelo Sindicato. Quando o local apresentar um histórico Formulário de Avaliação de presença de gases AGENTES de detectados pelo QUÍMICOS Anual SEESMT ou quando Laudo Técnico de diversos Condições solicitado pelo Gerente Ambientais. da Unidade, pela CIPA ou pelo Sindicato. Deve-se fazer avaliação Formulário de Avaliação qualitativa detalhada e se de possível realizar análise BIOLÓGICO Anual quantitativa com Laudo Técnico de Condições recursos internos ou Ambientais. externos. Fonte: Massera (1996) Quadro 4: Levantamento das Condições Ambientais 14 Rua ABC, s/ nº - Francisco Beltrão – Pr – Tel./Fax.: (46) 000-0000