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A Governança de TI através de Planejamento e
Gestão Estratégica da Informação.
Weig Oliveira - weigoliveira@gmail.com
MBA em Governança nas Tecnologias da Informação
Instituto de Pós-Graduação e Graduação – IPOG
Goiânia/07/2013
Resumo
Os avanços tecnológicos estão causando um grande impacto nas Organizações e na sociedade,
criando uma nova forma de agir nesta nova realidade. Já nos tornamos a tão falada sociedade da
Informação, e hoje somos movidos pelo conhecimento. Esta nova sociedade esta baseada na
tecnologia da informação e a cada dia que passa a mesma vem sendo cada vez mais utilizada pelas
organizações causando uma dependência ainda maior ao longo dos anos. A falta de conhecimento
na utilização da tecnologia da informação está inviabilizando as principais estratégias de negócio
nas empresas. Dessa maneira o planejamento dos recursos de TI deve fazer parte do planejamento
estratégico a fim de ser bastante discutido entre todos os gestores na organização. A tecnologia da
informação apresenta uma maneira de obter um nível maior de excelência com competência e
competitividade. O principal objetivo deste artigo é apresentar conceitos de TI, como: sistemas,
informações, planejamento e gestão estratégica da informação para o desenvolvimento da
Governança nas tecnologias da Informação nas organizações, propondo uma base para a
utilização das principais metodologias, buscando sempre um diferencial competitivo e agregando
valor ao negócio. Há uma extrema necessidade de alinhar a tecnologia da informação com o
negócio. Este alinhamento é muito importante, pois a tecnologia é uma fonte de investimentos e
despesas significativas em uma organização. Estar alinhada ao negocio passa a ser uma obrigação
para os gestores de TI. Para que este alinhamento seja possível e sem maiores problemas, é
necessário algumas mudanças na forma com que os gestores conduzem a Organização. Falta de
planejamento, ausência de melhores praticas e controles, aliados a falta de conhecimento dos
usuários, impedem que as organizações saibam realmente qual é o verdadeiro papel da TI. A
Análise de Ambientes, a implantação do Planejamento estratégico de TI e a adoção das melhores
práticas da Governança de TI com Cobit e Itil, aliadas ao modelo de gestão Balanced Scorecard,
traz mais resultado, conhecimento, produtividade, lucratividade, controle e outros benefícios no uso
da tecnologia da informação, buscando sempre a excelência dos processos.
Palavras-chave: TI, planejamento, organização, estratégico.
Introdução
Nas últimas décadas, Organizações de diversos setores investiram de maneira significativa em
Tecnologia da Informação. Anualmente no Brasil, as Empresas estão investindo em Tecnologia da
Informação uma média de 7% desde 1991. Uma pesquisa anual realizada pela Fundação Getúlio
Vargas “Mercado Brasileiro de TI e uso nas Empresas” em sua 23ª edição, mostrou que em 2011 a
média de investimento no país chegou a 7% de toda receita das Organizações.
As organizações estão buscando cada vez mais aperfeiçoar e otimizar seus processos de negócio,
controlar seus custos, aumentar a eficiência dos colaboradores, desenvolver relacionamento com
fornecedores, realizar parcerias, melhorar e personalizar os serviços prestados aos seus clientes,
visando justificar os valores investidos em TI.
É um grande desafio conseguir determinar de maneira consistente os benefícios obtidos pela área de
negócios com os serviços de TI. Falta a chamada Governança de TI (CARVALHO, 2004). Há
tempos o termo Governança vem se tornando familiar nas grandes empresas, mas recentemente, a
expressão passou também a ser adotada em tecnologia da informação, que se refere a critérios de
definição, gestão e acompanhamento dos indicadores de TI (WEILL, 2004).
O intuito da Governança de TI é tornar a organização mais transparente e legitima nas práticas de
direção e controle do desempenho das empresas. Estes métodos permitem o planejamento,
gerenciamento, utilização e controle da tecnologia da informação de maneira a agregar valor ao
negócio e permitir que as decisões sobre novos investimentos sejam tomadas de forma consistente e
alinhada com as estratégias da Organização.
Para isso, a Governança de TI adota métricas que permitem avaliar o impacto da TI no desempenho
de negócios (CARVALHO, 2004). Como apoio para os processos de Governança de TI, as empresas
estão utilizando metodologias novas e consolidadas no mercado, podendo também utilizar uma
metodologia adaptada para a realidade de cada Organização.
Será apresentado algumas das principais ferramentas utilizadas pela Governança de TI: BSC
(Balanced Scoredcard), o ITIL (Information Technology Infraestruture Libary) e o Cobit (Control
Objectives for Information and Related Technology) formando uma base para a Governança de TI.
Conceitos sobre o desenvolvimento da Governança de TI através de Planejamento e Gestão
estratégica da Informação, serão apresentados para um estudo dos diversos tipos de ferramentas
utilizadas para aplicação de uma gestão que busca altos desempenhos para as Organizações.
Tecnologia da Informação
Definimos a TI (Tecnologia da Informação) como um conjunto de recursos computacionais para
manipulação de dados e geração de informações e conhecimentos. Os componentes são: o
hardware, o software, sistemas de telecomunicação e gestão de dados e informação. A TI é uma
ferramenta que auxilia a gestão do negócio.
Tecnologia da Informação é a área de conhecimento responsável por criar, administrar e manter a
gestão da informação através de dispositivos e equipamentos para acesso, operação e
armazenamento dos dados, de forma a gerar informações para tomada de decisão.
Pode-se conceituar a TI como um conjunto convergente de tecnologias em microeletrônica,
computação, telecomunicações e optoeletrônica (CASTELLS, 2000). Alem do processamento de
dados, sistemas de informação, engenharia de software, informatica ou o conjunto de hardware e
software, tambem envolve aspectos humanos, administrativos e organizacionais (KEEN, 1993).
Em grande parte das Organizações, o departamento de TI é o responsável pelas funções e recursos
de computacionais. A estrutura organizacional da TI precisar ser bem definida, com todas as
responsabilidades bem definidas, documentadas e disseminadas; as pessoas precisam estar
selecionadas e adequadas de acordo com as funções e análises de desempenho. É preciso uma
estrutura de TI para gerenciar adequadamente e racionalmente os recursos computacionais nas
Empresas, afim de suprir as necessidades de informações de maneira eficiente.
O principal benefício que a tecnologia da informação traz para as organizações é sua capacidade de
melhorar a qualidade e a disponibilidade das informações e conhecimentos para a empresa, cliente e
fornecedores.
Atualmente os sistemas de informação mais modernos oferecem para as Organizações
oportunidades imensuráveis para a melhoria dos processos internos e dos serviços prestados aos
consumidores. O sucesso de uma Organização, passou a depender de sua capacidade de inovação
das áreas de produtos, serviços, canais e processos. Nesse contexto, a tecnologia da informação
assume um papel crítico, permitindo que as Organizações se modifiquem rapidamente e levem essas
inovações até o mercado. A necessidade de operar num ambiente dinâmico faz com que as empresas
se concentrem em adquirir excelência operacional, o que exige, entre outros requisitos, a
disponibilidade de sistemas de informação integrados, confiáveis e de alta velocidade, além de
outras tecnologias, a fim de obter maior eficiência e controle operacional.
A tecnologia da informação executará maravilhas em ambientes bem estruturados, mas será apenas
uma fonte de gastos naqueles que não planejam adequadamente suas necessidades de informação.
Para que haja aproveitamento das facilidades trazidas pela TI em uma Organização, depende de um
processo periódico e estruturado de planejamento da informação. É preciso visão estratégica de
como os sistemas de informação deverão ser implementados ou alterados num curto e longo prazo,
e ser avaliado sempre que surgir alguma alteração significativa no ambiente interno ou externo.
Governança de Tecnolgia da Informação
O termo Governança refere-se a todas as possibilidades e mecanismos que ajudam as múltiplas
partes do negócio a avaliar condições e opções para determinar a direção, o monitoramento, a
conformidade, o desempenho e o progresso; alinhando, desta forma, os planos e os objetivos do
negócio, visando atingir as metas da organização.
A Gestão se diferencia da governança, ou seja, há distinção entre ‘comprometido’ (governança) e
‘envolvido’ (gestão). Gestão implica na utilização criteriosa de meios (recursos, pessoas, processos,
práticas) para alcançar um fim identificado. É um meio ou instrumento pelo qual a unidade de
administração consegue um resultado ou objetivo. A Gestão é responsável pela execução com
direção definida pela unidade de orientação.
A OCDE (2004) afirma que Governança Corporativa corresponde ao conjunto de relações entre a
administração de uma empresa, seu conselho administrativo, seus acionistas e outras partes
interessadas, proporcionando a estrutura que define os objetivos da empresa, como atingi-los e
como fiscalizar o seu desempenho.
No Brasil, foi criado o Decreto nº 6.021, em 22 de janeiro de 2007, com a finalidade de tratar de
matérias relacionadas com a governança corporativa nas empresas estatais federais e da
administração de participações societárias da União.
Segundo o IBGC Governança Corporativa é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e
monitoradas, envolvendo o relacionamento entre Acionistas e Quotistas, Conselho de
Administração, Diretoria, Auditoria independente e Conselho Fiscal.
As boas práticas de Governança Corporativa têm a finalidade de aumentar o valor da sociedade,
facilitar seu acesso ao capital e contribuir para sua perenidade.
Governança de TI é o sistema de estruturas e processos para direção e controle dos sistemas de
informação (SHERER, 2004). De acordo com Mansur (2007), as necessidades da governança de TI
surgiram das demandas de controle, transparência e previsibilidade das Organizações. Essas
demandas surgiram no começo dos anos 90 quando a qualidade ganhou importância no cenário
mundial.
Os Gestores passaram a ser mais exigidos a partir da segunda metade dos anos 90, em suas
previsões de orçamentos. Esta nova atitude alavancou a necessidade de governança corporativa a
partir de 1998, mas a lucratividade e o crescimento da economia ainda eram grandes o suficiente
para impedir que o tema alcançasse o nível essencial nas Organizações.
Após o ano 2000 a governança alcançou um status desejável, isso representou um enorme avanço,
mas não foi o suficiente para implantar as mudanças estruturais desejadas nas Organizações.
Somente com novas mudanças no mercado as empresas poderiam entender que a governança era
uma questão a ser adotada. O mercado acabou apresentando vários fatos que definitivamente
tiraram das gavetas dos Gestores os planos com a governança. Os novos fatos foram decisivos, para
que o tema fosse inicialmente reclassificado para o nível de normas e regulamentações, sendo
posteriormente elevado para a condição de lei no inicio do século XXI.
Transparência, controle e previsibilidade viraram ferramentas de gestão das organizações. Na
maioria dos casos as informações estão no meio digital, a área de TI passou a ser de extrema
vitalidade para a governança.
As comparações dos resultados das organizações eram medidas geralmente através do CobiT. Não
sendo o bastante, era necessário melhorar os processos e serviços de TI. Os Gestores então
passaram a adotar as melhoras praticas do ITIL para definirem as entregas dos recursos de TI,
buscando um baixo custo e alta qualidade.
Segundo o Instituto de Governança de TI (2005), a Governança de TI é de responsabilidade da Alta
Administração, isso inclui diretores e executivos, na liderança, nas estruturas organizacionais e nos
processos que garantem que a TI da empresa sustente e estenda as estratégias e objetivos da
organização.
Para Weill e Ross (2004), a governança de TI consiste em um ferramental para a especificação dos
direitos de decisão e das responsabilidades, visando encorajar comportamentos desejáveis no uso da
TI.
Analisando estas definições podemos ver que a governança visa compartilhar as decisões com os
todos os envolvidos na Organização, estabelecendo as regras, os processos, o planejamento do uso
da TI pelos usuários, definindo como a TI deve prover os serviços e recursos para a Organização.
É através da governança que será garantido o alinhamento da TI com as estratégias e objetivos do
negócio, tanto no que diz respeito a aplicações, como a infraestrutura de serviços de TI.
A visão de governança vai além dessas definições e pode ser representada e composta por quatro
etapas no ciclo de Governança de TI.
• Alinhamento estratégico: Refere-se ao Planejamento estratégico de TI, que considera o
planejamento estratégico Organizacional, assim como requisitos externos como Sarbanes-
Oxley e o Acordo de Basileia.
• Decisão: Refere-se às responsabilidades pelas decisões na TI.
• Estrutura e processos: Refere-se à estrutura organizacional e funcional de TI, aos processos
de gestão, alinhados com a estratégia da empresa.
• Medição do desempenho de TI: Refere-se à coleta e geração de indicadores de resultados
dos processos e a sua colaboração para as estratégias da Organização.
Figura 1. O Ciclo de Governança de TI.
Fonte: Weill e Ross (2004).
O principal objetivo da Governança de TI é alinhar a TI aos objetivos do Negocio, baseado na
continuidade do negocio, na satisfação das estratégias e no atendimento as regulamentações
externas.
A TI deve entender do negócio para satisfazer as estratégias dos planos de negocio e transformá-las
em sistemas e soluções de processos. O que foi definido no planejamento de TI deve ser priorizado
e deve acontecer na organização. A priorização gera um portfólio de TI que interliga a estratégia
com as ações do cotidiano da empresa.
É de extrema importância a definição das responsabilidades sobre as decisões nos princípios de TI,
na arquitetura de TI, na infraestrutura de TI, sistemas, investimentos, segurança da informação,
estratégia de fornecedores e parceiros, além de fazer funcionar o modelo de tomada de decisão
correspondente.
Informação, Sistemas e Organizações
A informação é o dado tratado em sua totalidade, que é entendida como um dado com valor
significativo para o usuário da informação. Define-se dado como um conjunto de letras e números,
que separadamente não significam nada, é apenas um elemento da informação.
A informação é um recurso efetivo e inexorável para as organizações, principalmente
quando planejada e disponibilizada de forma personalizada, com qualidade inquestionável e
preferencialmente antecipada para facilitar as decisões (RESENDE, 2010:7).
O conhecimento é, portanto a manipulação da informação pelas pessoas e recursos tecnológicos,
formando cenários para o negócio.
Figura 2. Conceitos sobre Dados, Informações e Conhecimentos.
Fonte: Resende (2011).
A informação não pode ser considerada como um programa ou um arquivo, estes representam um
local onde os dados estão armazenados, existem dados e informações; por exemplo, num “cupom
fiscal” temos dados como números e letras, em outro exemplo, um “livro” ou em uma “pasta de
arquivos”, temos informações. As informações respondem perguntas, pois os sistemas de
informações tratam com informações de qualidade.
Existe um grande problema para algumas organizações que são os sistemas de desinformação, estes
tratam as desinformações onde apresentam informações desvirtuadas, deformadas, provocando
erros, duvidas e insatisfação.
Os sistemas e as organizações são completamente ligados. Uma organização é um sistema que por
sua vez contem vários outros sistemas. Segundo Resende (2010), sistema é conceituado como um
conjunto de partes que interagem entre si, integrando-se para atingir um objetivo ou resultado.
Na tecnologia da informação, sistema está definido em cima de três pilares: software, hardware e
pessoas. Nas organizações os sistemas auxiliam no processo de tomada de decisão. O foco dos
sistemas está no negocio. Os sistemas são ferramentas para as organizações, pois buscam controles
de suas atividades, recursos, lucratividade entre outros. Geram modelos de informações que irão
guiar e auxiliar os processos decisórios. Produzem informações personalizadas e oportunas.
Constroem conhecimento e agrega valor ao negócio.
Os sistemas estão relacionados com os modelos de gestão utilizados pela Organização. O modelo de
gestão mais indicado é o Participativo, onde a gestão e os processos são descentralizados, isso
permite o envolvimento de todos na Organização. E necessário que o gestor da Organização tenha o
conhecimento referente às abordagens sistêmicas, pois toda Organização é um Sistema.
Sistema de Informação é todo sistema que manipula dados e gera informação, usando ou não
recursos de tecnologia da informação. Num sistema de informação o principal diferencial é
conseguir extrair o conhecimento, das informações disponíveis e dos dados registrados. Segundo
Gonçalves (2012), os sistemas de informação apresentam-se como mineradores desses
conhecimentos direcionando-os de maneira gerencialmente coerente, conforme as necessidades. Os
sistemas tem a Tecnologia como seu maior aliado.
Para Laudon e Laudon (1999) um sistema de informação pode ser definido como um
conjunto de componentes inter-relacionados trabalhando juntos para coletar, recuperar,
processar, armazenar e distribuir informações com a finalidade de facilitar o planejamento,
o controle, a coordenação, a análise e o processo decisório em organizações.
Resende (2010), diz que os sistemas de informação podem constituir em ferramentas de solução de
problemas na Organização. As informações precisam ser sistematizadas, simplesmente porque
assim representam diferenciais para a organização se destacar no mercado. As informações devem
ser consideradas como diferenciais quando proporcionam valor incalculável para a Organização,
melhorando seus processos ou desenvolvendo novas oportunidades. Uma Organização que tem
informações sistematizadas, personalizadas e oportunas possui um diferencial em suas funções.
Os modelos de sistemas de informação mostram o comportamento da informação nas organizações.
Primeiramente veio o modelo convencional que dinamizava as características dos gestores e
decisores da organização; o segundo modelo utilizava a tecnologia da informação; o terceiro mais
moderno com as tecnologias aplicadas (RESENDE, 1999).
O objetivo dos sistemas de informação é auxiliar os processos de tomada de decisão na
Organização. Caso os sistemas de informações não satisfaça às necessidades da Organização, sua
existência não significa nada. O foco dos sistemas de informação é o negocio.
As organizações podem beneficiar-se com os sistemas de informação à medida que podem:
controlar suas operações, diminuir a carga de trabalho das pessoas; reduzir custos e
desperdícios; aperfeiçoar a eficiência, eficácia, efetividade, qualidade e produtividade da
organização; aumentar a segurança das ações, diminuir os erros; contribuir para a produção
de bens e serviços; prestar melhores serviços, agregar valores ao produto; suportar decisões
profícuas; oportunizar negócios ou atividades; e contribuir para sua inteligência
organizacional (Resende, 2012).
As Organizações e suas relações internas, externas e as funções organizacionais, formam os
sistemas de informação. Todas as Organizações possuem uma cultura e suas políticas, que devem
ser respeitadas e muito bem analisadas, na hora de fazer o planejamento estratégico e na gestão dos
processos do negocio. A saúde de uma Organização depende do envolvimento com o meio ambiente
interno e externo e dos seus respectivos recursos.
As pessoas são fundamentais para as Organizações. Elas definem os objetivos, desenvolvem uma
cultura e um ambiente interno. O trabalho em grupo nas organizações é muito importante, cada
pessoa possui um conjunto de valores, experiências, conhecimentos, cultura e personalidades. Estes
valores que atenderão as necessidades da Organização.
Cada Organização possui suas funções organizacionais. Elas permitem que as atividades da
Organização sejam executadas em sua total concordância.
São seis funções que precisam ser integradas pelos sistemas em uma Organização:
• Produção e Serviço;
• Comercial ou Marketing;
• Financeira;
• Materiais ou Logística;
• Recursos Humanos;
• Jurídico-legal.
De acordo com Resende (2010), as funções organizacionais não devem ser confundidas com
unidades departamentais ou setores da organização, pois algumas organizações não necessariamente
têm todas as funções. Estas atividades são a base para o desenvolvimento dos planejamentos de
informações e dos sistemas de informação. A Tecnologia da Informação não é uma função
organizacional. Podemos considerá-la como uma ferramenta para auxiliar a organização com suas
relações necessárias para seu funcionamento.
Gestão Estratégica da Informação
Atualmente as Organizações precisam deixar de tratar a TI como um problema tecnológico que
precisa de soluções tecnológicas, e passar a administrá-la como uma oportunidade para resolver os
constantes desafios oriundos dos ambientes internos e externos. Novas tendências de TI podem
impactar diretamente no negocio como: perda de posição e mercado, novos produtos ou serviços
substitutos.
As informações precisam ser vistas como um recurso estratégico nas Organizações. Essas
informações e os sistemas desempenham funções de grande importância para as empresas, trazendo
soluções como recursos estratégicos para aplicação da gestão de forma inteligente e competitiva.
Uma empresa para trabalhar estrategicamente suas informações primeiramente precisa passar por
alguns estágios em sua evolução e um desses estágios é totalmente cultural.
Essa evolução cultural da informação nas organizações será aceita e efetiva caso os gestores, a alta
administração e os clientes estiverem envolvidos e conscientes do seu papel na utilização dos
recursos da tecnologia da informação.
A informação possui um grande valor significativo e representa um enorme valor para quem a
possui. Esse processo de agregação de valor na informação precisa passar por pelo ao menos três
passos que é conhecer, selecionar e utilizar as informações. Uma seleção mal feita destas
informações podem causar danos irreparáveis a uma organização. Utilizando esses passos no trato
com as informações, a organização tende a ser mais efetiva e estratégica.
De acordo com Resende (2010), o papel dos gestores é de compartilhar a informação de forma
estratégica com todos na organização. O objetivo é uma produção mais eficiente, consumindo
menos recursos, para fornecer um produto ou serviço de qualidade e com informações adequadas,
desta maneira valorizando mais a informação e a inteligência organizacional.
Atualmente nada pode funcionar sem uma quantidade significativa de informação. As organizações
dependem da informação em seus processos de tomada de decisão a todo momento. É necessário a
utilização da informação de forma estratégica para conseguir controle e inteligência nos processos
de negocio. A gestão da informação é responsável pela gestão tanto dos recursos internos quanto os
externos na organização.
Não tão menos importante, o conhecimento sobre a organização pode ser administrado e
compartilhado para alcançar a eficiência nos processos. A gestão da informação deve se preocupar
em modernizar e impulsionar o negócio, partilhando, comunicando e divulgando informações.
Para que as organizações realizem uma gestão eficiente da informação é necessário que haja
processos e profissionais capazes de administrar o ciclo de vida das informações, estas que são de
extrema importância desde sua criação, armazenagem e processamento. Algumas organizações já
entendem a importância da gestão estratégica da informação e dos dados, isso é necessário para
garantir que as informações mais importantes para a tomada de decisão, sejam disponíveis,
profícuas e seguras.
Alguns gestores não conseguem tomar decisões corretas e assertivas, por motivo de insuficiência e
má qualidade de informações, ou até mesmo por grandes volumes de informações que necessitam
de dias ou até mesmo semanas para serem avaliadas.
A gestão da informação eficaz oferecerá um valioso suporte para a tomada de decisão, de acordo
com leis, regulamentos, reduções de riscos, para aumento de produtividade, satisfação do cliente,
permitindo agilidade na administração da empresa, conseguido altos desempenhos e claro, aumentar
os lucros.
É necessário que a organização defina e organize processos, pessoas e tecnologias para administrar
a informação de uma maneira eficaz. É preciso adotar também uma abordagem integrada e
completa de gestão da informação, pessoas com conhecimento empresarial, processos de gestão da
informação, tecnologias e estratégias, que envolvam a preparação da empresa dedicada à integração
e à gestão de tudo que é necessário para planejar e administrar com alto desempenho.
Algumas áreas são fundamentais para que possamos efetuar uma gestão eficiente da informação
(BEAL, 2000). Essas áreas levam a uma abordagem de gerenciamento da informação:
• Governança da Informação;
• Estrutura e Arquitetura de dados;
• Informações estruturadas;
• Qualidade e Segurança da informação.
A gestão da Informação consiste em atividade de busca, identificação, classificação, processamento,
armazenamento e disseminação das informações, independente do meio ou formato em que se
encontra.
O principal objetivo da gestão da informação é fazer com que as informações cheguem até as
pessoas que precisam dela para tomar decisões no momento certo. Para que a gestão da informação
se realize, deve se apoiar nas políticas organizacionais que fornecerá a sintonia e inter-
relacionamento entre as unidades ou setores da organização.
Os gestores que conseguirem utilizar com criatividade o poder da tecnologia da informação na
solução de seus problemas de negocio, encontrará sucesso para a organização. Cada organização
deve encontrar uma maneira adequada para suas necessidades especificas na gestão estratégica da
informação e dos recursos de TI.
Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação
Planejar e entender é conhecer o ambiente em que se esta inserido. O planejamento é uma maneira
de garantir a existência e a continuidade da Organização. Isso se da à medida que os programas e
procedimentos são formalizados para os profissionais atuarem de maneira consciente e preparada
nos negócios.
O Planejamento de Informações deve resultar em um documento que determine a direção futura dos
recursos da Organização, refletindo as políticas, padrões, processos e cultura, oferecendo orientação
para todos as unidades da Organização. O Planejamento Estratégico de TI é o inicio para qualquer
investimento de tecnologia, identificando as mudanças futuras que deverão constar nos planos e
orçamentos do departamento de Tecnologia da Informação.
O Planejamento estratégico de Tecnologia da Informação será composto pelas metas, objetivos e
ações do negócio e fatores críticos de sucesso, serão as justificativas para os projetos de TI. O
resultado será uma melhora no fluxo de informações entre clientes, fornecedores e parceiros,
agilidade no fluxo de produção, permitindo atender o cliente mais rápido e com custo bem mais
baixo.
A integração dos planejamentos estratégicos promove ajustes nas tecnologias de informação
disponíveis na organização e contempla as definições de inteligência organizacional.
O alinhamento é sustentado por quatro grandes grupos de fatores e construtos: Tecnologia da
informação; sistemas de informação e sistemas de conhecimento; pessoas; infraestrutura
organizacional. (RESENDE, 2002). Veja abaixo o modelo de alinhamento com suas dimensões,
construtos e variáveis.
Figura 3. Alinhamento entre TI e a Organização.
Fonte: Resende (2011).
Segundo Chiavenato & Sapiro (2004), planejamento estratégico é um processo essencial em uma
Organização porque traça as diretrizes para os estabelecimentos dos planos de ação e resultados em
vantagens competitivas. O Planejamento identifica fraquezas e oportunidades, estabelece um
conjunto de medidas integradas a serem implementadas assegurando o sucesso dos resultados
propostos.
Planejamento estratégico é o processo continuo de, sistematicamente e com maior
conhecimento possível do futuro contido, tomar decisões atuais que envolvem riscos;
organizar sistematicamente as atividades necessárias á execução dessas decisões e, através de
uma retroalimentação organizada e sistemática, medir o resultado dessas decisões em
confronto com as expectativas alimentadas (DRUCKER, 2003).
Antes da organização realizar o projeto do planejamento estratégico para o negocio, alguns
conceitos precisam ser analisados, conhecidos, discutidos e disseminados.
As premissas do planejamento estratégico estão relacionadas com a discussão dos temas que
introduzem a elaboração, a gestão e a implementação desse projeto desafiador e necessário nas
organizações (RESENDE, 2008).
A administração estratégica é um termo mais amplo que abrange não só a gestão de suas partes, mas
os detalhes e as discussões que antecedem a elaboração do planejamento estratégico (WRIGHT;
KROLL; PARNELL, 2000).
A organização no seu ambiente visa se manter num processos continuo e integrado através da
administração estratégica. Os gestores necessitam de uma série de etapas continuas, para que haja
uma transformação adequada na organização, para garantir o comprimento das metas
organizacionais.
Podemos analisaras cinco etapas do processo de administração estratégica:
• Analisar o ambiente
• Estabelecer diretrizes organizacionais
• Formular estratégias
• Programar estratégias
• Elaborar e controle estratégico
Podemos utilizar as seguintes ferramentas estratégicas nas organizações:
• Planejamento estratégico organizacional;
• Planejamento estratégico de informação (PETI);
• Modelo de Informações e mapas do conhecimento;
• Metodologia para desenvolvimento e gestão de projetos;
• Normas e padrões técnico operacionais;
• Manuais e documentação.
Nenhuma organização terá sucesso no seu planejamento estratégico se os gestores responsáveis
pelas decisões, não tiverem pensamento estratégico. Pensar estrategicamente significa, analisar,
primeiro, o próprio negócio (PORTER, 1990).
Para organizar o planejamento estratégico é necessário que se defina os objetivos e a metodologia
para o projeto, a criação de uma equipe multidisciplinar para o planejamento e as capacitações
exigidas para o envolvimento de todos no trabalho.
A metodologia definida pela organização deve ser correspondente com a realidade da organização.
O projeto deve ser organizado antecipadamente e bastante divulgado em toda a organização. Todos
os envolvidos devem passar por capacitações. O desenvolvimento das pessoas na organização deve
ser efetivo.
De acordo com Resende (2011), o êxito do planejamento estratégico se da quando a missão e a
visão da organização e suas estratégias mobilizam todo o seu meio ambiente interno e externo,
quando os objetivos são exequíveis, quando existe consenso e trabalho coletivo compromissado,
quando seus elaboradores estão capacitados, quando os demais planos organizacionais existentes
estão integrados e quando a gestão da organização assume, vivencia e mantêm planejamento
estratégico acompanhado das pessoas que a compõem e com políticas organizacionais favoráveis.
É fundamental que todos os envolvidos nas ações estratégicas estejam alinhados e motivados com
os objetivos traçados. Veremos duas ferramentas de grande utilidade para garantir esse
desdobramento e a integração vertical de toda a organização: Analise SWOT e o Balanced
Scorecard.
Análise SWOT
Uma das ferramentas mais utilizadas para analisar os ambientes em uma organização, é a análise
SWOT. É um sistema simples para posicionar ou verificar a posição estratégica da empresa no
ambiente em questão. A analise SWOT tem uma utilização muito simples e pode ser utilizada para
analisar qualquer cenário.
O termo SWOT é uma sigla oriunda do inglês:
Strenghts – Forças: Vantagens internas da organização em relação aos concorrentes.
Weaknesses – Fraquezas: Desvantagens internas da organização em relação às organizações
concorrentes.
Opportunities – Oportunidades: Aspectos positivos com potencial de fazer crescer a vantagem
competitiva da organização.
Threats – Ameaças: Aspectos negativos com potencial de comprometer a vantagem competitiva da
organização.
Esta análise de cenário se divide em Ambiente Interno com as Forças e Fraquezas; e Ambiente
Externo com as Oportunidades e as Ameaças.
As forças e fraquezas são determinadas pela posição atual da organização e se relacionam,
quase sempre, a fatores internos. Já as oportunidades e ameaças são antecipadções do futuro
e estão relacionadas a fatores externos. O Ambiente interno pode ser controlado pelos
dirigentes da organização, uma vez que ele é resultado das estratégias de atuação definidas
pelos seus próprios membros (DAYCHOUW, 2007).
Figura 4. Analise SWOT.
Fonte: Daychouw (2007).
O ambiente interno pode ser controlado pela organização, uma vez que ele é o resultado das
estratégias definidas pelos gestores. O ambiente externo não pode ser controlado pela organização,
ficando totalmente fora de controle. A organização deve conhecer e monitorar com frequência o
ambiente externo, de forma a aproveitar as oportunidades e evitar as ameaças.
Daychouw (2007) afirma que a importância da análise SWOT no apoio à formulação de estratégias
deriva de sua capacidade de promover um confronto entre as variáveis externas e internas,
facilitando a geração de alternativas de escolhas estratégicas, bem como de possíveis planos de
ação.
Balanced ScoreCard
Formalizado por Norton e Kaplan em 1997, o BSC - Balanced Scorecard demonstra uma relação de
causa e efeito e é uma poderosa ferramenta de planejamento e de gestão de desempenho para toda a
organização (FERNANDES, 2008). De acordo com Kaplan, o Balanced Scorecard é um sistema de
avaliação de desempenho empresarial, e seu principal diferencial e reconhecer que os indicadores
financeiros, por si mesmo, não são suficientes, uma vez que só mostram os resultados dos
investimentos e das atividades, não contemplando os impulsionadores de rentabilidade de longo
prazo.
O Balanced Scorecard é o modelo de gestão estratégica mais utilizados em todo o mundo dos
negócios, pois permiti acompanhar, controlar e disseminar as ações estratégicas em medidas
financeiras e operacionais, externas, internas, de resultado e de desempenho.
Para a oganização o principal beneficio é o gerenciamento da estratégia em todos os níveis
da organização, conectando os objetivos, as iniciativas e as medidas com a estratégia global
da organização (SIQUEIRA, 2005).
O princípio do Balanced Scorecard é equilibrar os objetivos de curto e longo prazo, medidas
financeiras e não financeiras, ocorrências e tendências, e perspectivas internas e externas.
Para a TI, o maior valor do Balanced Scorecard vem do alinhamento com as unidades de negócio. É
um método concreto para demonstrar o valor agregado para a tecnologia da informação. O
Balanced Scorecard é uma linguagem compartilhada entre TI e os clientes das Unidades de
Negócios.
Figura 5. Perspectivas do Balanced Scorecard.
Fonte: ???
O processo do BSC enfatiza as medidas financeiras e não-financeiras que devem ser parte do
sistema de informação de todos envolvidos na organização. Todos devem entender as consequências
financeiras das decisões e suas ações; os gestores têm que entender os indicadores de sucesso
financeiro a longo prazo. Portanto, não basta fazer mensurações financeiras ou não financeiras para
adotar um sistema BSC. É preciso que se estabeleça relações de causa e efeito entre as medidas.
Abaixo temos as ações para desenvolvermos o BSC nas Organizações:
1. Clarifique e traduza Visão e Estratégia.
2. Comunique e una os objetivos estratégicos e métricas.
3. Planeje, defina metas e alinhe as iniciativas estratégicas.
4. Aumente e rentabilidade estratégica e o aprendizado.
É preciso traduzir a estratégia em objetivos e iniciativas específicas: onde e como chegar lá. Coletar
dados é fundamental, ter um fluxo de informações constantes, para saber como está indo a empresa.
Planejar e definir as metas é imperativo, deve-se ter sempre a oportunidade de avaliar, se o rumo
traçado está sendo seguido. Aprenda a todo momento, o feedback é importante para a reavaliação. O
planejamento deve ser transformado num processo contínuo, é necessário avaliar permanentemente
o que se está fazendo, à luz das informações obtidas sobre a concorrência, a nova tecnologia e os
clientes (KAPLAN, 2002). O BSC não deve ser complexo, a simplicidade é uma das chaves do
sucesso.
Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação.
O planejamento de TI é o principal produto do alinhamento estratégico. É a forma como a
organização tratará a tecnologia da qual dispõe visando o futuro (NETO, 2007). É fundamental que
as organizações definam o planejamento estratégico de tecnologia de informação alinhado com seu
planejamento estratégico (LUTCHEN, 2003).
No Brasil, o planejamento estratégico geralmente é feito para períodos de até dois a três anos, com
maior detalhe no primeiro ano e com revisões anuais bem aprofundadas.
A TI participará desse processo na definição dos objetivos e estratégias da organização, sugerindo
novas oportunidades de negocio com a utilização da tecnologia da informação ou apoiando os
demais objetivos e estratégias funcionais da organização (FERNANDES, 2008).
A elaboração do planejamento de TI segue um processo que se inicia durante ou após a definição
dos objetivos e estratégias da organização, ou seja durante o alinhamento estratégico.
Para Fernandes (2008), o planejamento de TI pode ser visto como um dos planos funcionais, cujos
projetos e serviços são derivados e estão em linha com a estratégia organizacional e competitiva e
os demais planos funcionais da organização. O Plano de TI deve apoiar toda a operação em termos
de desenvolvimento de novas soluções para as necessidades do negocio, da manutenção das
soluções, dos aplicativos e dos demais ativos de TI, da implantação e manutenção de soluções de
serviços associados ao uso dos ativos de infraestrutura.
Figura 6. Planejamnto estratégico de TI.
Fonte: Resende 2000.
De acordo com a Metodologia 9D proposta por Resende (2000), o Planejamento Estratégico de TI
deve abordar as seguintes fases:
Elaborar Fase 0
Organizar, divulgar e capacitar.
Revisar Planejamento Estratégico Organizacional.
Identificar objetivos, estratégias e ações.
Planejar Informação e Conhecimento.
Modelar informações.
Mapear conhecimentos.
Avaliar e Planejar Sistemas de informação.
Avaliar Sistemas
Planejar Sistemas
Avaliar e Planejar a Tecnologia da informação.
Avaliar Tecnologia da Informação.
Planejar software
Planejar Hardware
Planejar Sistemas Telecom.
Planejar gestão de dados e informação
Avaliar Infraestrutura
Planejar infraestrutura
Organizar Unidade de TI.
Avaliar e Planejar Recursos Humanos.
Avaliar recursos humanos
Planejar recursos humanos
Priorizar e custear PEI e PETI.
Estabelecer prioridades
Avaliar impactos
Elaborar plano econômico-financeiro.
Executar PEI e PETI.
Elaborar planos de ação
Gerir PEI e PETI.
Gerir, divulgar documentar e aprovar PETI.
As Melhores práticas
Ao combinar o ITIL e o CobiT, os gestores desenvolveram um novo ciclo de melhorias para a TI
em cima de metodologias consagradas pelo mercado. Para Mansur (2007), a combinação dessas
metodologias impactou o suficiente para atender a gestão de riscos demandada pelo mercado e
também criou um novo ciclo de crescimento da TI.
As medidas claras e objetivas permitiram medir a real contribuição da área em relação aos lucros, a
redução dos custos, a melhoria dos serviços e principalmente transmitir aos investidores uma
confiança nos processos da Organização.
O ITIL trabalha a gestão de riscos de diversas formas, como exemplo o SLA (Service Level
Agreement) – Contrato de nivel de Serviço, redução de variabilidade, etc, isso gera um resultado
que é a confiança nos serviços de TI. O aumento da confiança resultou em redução de riscos, assim
o grau de certeza das operações de TI do negocio ficou maior e os custos das redundâncias foram
eliminados.
Na era da informação é possível perceber que após a universalização da tecnologia, as vantagens
competitivas passaram para as pessoas, processos e conhecimentos, por isso o conhecimento se
tornou vital para a organização.
Mansur (2007) define que o resultado final desse ciclo de mudança é que as vantagens competitivas,
que estavam nos ativos de TI, migraram para a forma de uso da tecnologia. Como consequência os
custos relacionados com a TI não estão mais somente na área de TI, mas sim espalhados em toda a
Organização com um todo. Analise o impacto do down time dos recurso de TI na performance dos
usuários e dos negócios da empresa. Exemplo: retire o mouse de um computador e analise o tempo
de execução das tarefas triviais aumentará e implicará para perdas no negocio. A produtividade da
empresa esta relacionada com a disponibilidade de TI.
Cobit
O CobiT (Control Objective for Information and related Technology) é um guia com boas praticas
para a gestão estratégica de TI recomendado por especialistas e mantido pelo ISACA (Information
Systems Audit and Control Association). Inicialmente conhecida como uma Associação de Auditoria
e Controle de Sistemas de Informação (tradução de ISACA), atualmente sua sigla reflete um amplo
leque de profissionais de governança de TI.
As práticas de gestão do CobiT são recomendadas pelos especialistas em gestão de TI, que ajudam a
otimizar os investimentos de TI e fornecem métricas para avaliação dos resultados. O foco é no
negócio, fornecendo informações detalhadas para gerenciar processos baseados em objetivos de
negócios.
Em dezembro de 2005, foi lançado o COBIT 4.0, com maiores implementações em relação à versão
anterior, 3.0, lançada em 2000. Em 28 de janeiro de 2010, foi anunciada oficialmente a tradução do
COBIT 4.1 para a Língua Portuguesa. Uma das principais alterações em relação ao COBIT 4.1 é a
integração com outros conjuntos de boas práticas e metodologias, como padrões ISO, ITIL, Val IT,
dentre outros. É um modelo de negocio para a Governança e gestão de TI Corporativa. O CobiT na
versão 5 incorpora as últimas novidades em Governança empresarial e técnicas de gerenciamento,
com princípios globalmente aceitos, praticas, ferramentas e modelos analíticos para ajudar a
aumentar a confiança no valor dos sistemas de informação.
Figura 7. Os 5 Princípios do Cobit 5.
Fonte: COBIT® 5, (2012) ISACA
CobiT ajuda empresas de todos os tamanhos:
• Manter informações de alta qualidade para suportar as decisões de negócios.
• Alcançar objetivos estratégicos e obter benefícios comerciais através do uso eficaz e
inovador da TI.
• Alcançar a excelência operacional através da aplicação confiável, eficiente da tecnologia.
• Manter riscos de TI relacionado a um nível aceitável.
• Otimizar o custo de serviços de TI e de tecnologia.
• Suporte à conformidade com leis, regulamentos, acordos contratuais e política.
O CobiT é projetado para auxiliar três audiências distintas:
• Gestores que precisam avaliar o risco e controlar os investimentos de TI na organização.
• Usuários que precisam ter garantias de que os serviços de TI para os clientes internos e
externos estão sendo bem executados.
• Auditores que podem se apoiar nas recomendações do CobiT para avaliar o nível da gestão
de TI e aconselhar o controle interno da organização.
Segundo a ISACA o CobiT ajuda as empresas a criar valor ideal para a TI, mantendo um equilíbrio
na realização dos benefícios e otimizando os níveis de risco e utilização de recursos. O modelo trata
de negócios e áreas funcionais de TI em toda a empresa e considera os interesses das partes
envolvidas internas e externas, relacionados a TI. Empresas de todos os tamanhos, seja comercial, e
sem fins lucrativos ou no setor público, pode se beneficiar de CobiT 5.
O CobiT 5 reúne os cinco princípios que permite que uma empresa desenvolva uma governança
eficaz e uma estrutura de gerenciamento baseada em um conjunto de sete facilitadores que
otimizam a informação, o investimento em TI e o uso para beneficio das partes envolvidas.
Cinco princípios-chave para a governança e gestão de TI da empresa:
1. Reunir as Necessidades dos Envolvidos;
2. Cobrir a Empresa ponta a ponta;
3. Aplicar um Modelo Integrado Simples;
4. Facilitar uma abordagem holística;
5. Separar Governança de Gestão.
O CobiT 5 descreve sete categorias de facilitadores:
1. Princípios, políticas e estruturas: são o veículo para traduzir o comportamento desejado em
orientações práticas para a gestão do dia a dia.
2. Processos: descreve um conjunto organizado de práticas e atividades para atingir certos
objetivos e produzir um conjunto de saídas para alcançar objetivos relacionados a TI.
3. Estruturas organizacionais: principais entidades de tomada de decisão em uma empresa.
4. Cultura, ética e comportamento dos indivíduos e da empresa: são muitas vezes subestimada
como fator de sucesso em atividades de governança e gestão.
5. A informação: é necessária para manter a organização funcionando e bem governada, mas
no nível operacional, a informação é muitas vezes a chave do produto da própria empresa.
6. Serviços, infraestrutura e aplicações: incluem a infraestrutura, tecnologia e aplicativos que
fornecem a empresa com processamento e serviços de tecnologia da informação.
7. Pessoas, habilidades e competências: são necessárias para a conclusão de todas as
atividades, para a tomada de decisões corretas e ações corretivas.
O CobiT® 5 é um grande avanço estratégico, atualizando a nova geração de frameworks da ISACA
no que diz respeito ao assunto Governança Corporativa de TI. Baseado em mais de 15 anos de uso
prático e aplicação do CobiT por muitas empresas e usuários de negócio, de TI, de segurança e
comunidades de auditoria, o CobiT 5 está sendo projetado para atender as atuais necessidades dos
dirigentes de negócio e permanecer alinhado com os atuais pensamentos em Governança
Corporativa e as técnicas de Gestão de TI (WEBSTER, 2012).
ITIL
ITIL - Information Technology Infrastructure Library, é um conjunto de boas praticas para aplicação
em infraestruturas, operações e manutenções de serviços de TI. Surgiu como reconhecimento do
fato de que as organizações estão se tornando cada vez mais dependentes da TI para atingir seus
objetivos corporativos (BON, 2006).
ITIL é a abordagem muito adotada para o Gerenciamento de Serviços em todo o mundo. Ele oferece
um quadro prático, para identificar, planejar, entrega e suporte de serviços de TI para o negócio.
ITIL defende que os serviços de TI devem estar alinhados com as necessidades do negócio e apoiar
os processos de negócio. Ele fornece orientações para as organizações sobre como usá-lo como uma
ferramenta para facilitar a mudança nos negócios, transformação e crescimento.
Serviço de TI é o meio para gerar valor aos clientes, propiciando os resultados desejados, sem que
estes clientes ou áreas de negocio precisem assumir custos e riscos específicos, inerente a TI. Um
serviço é um meio de entregar valor aos clientes, facilitando os resultados que os clientes querem
alcançar, sem ter que assumir custos e riscos (ITIL V3).
Gerenciamento de Serviços de TI é o conjunto de capacidades organizacionais (processos e métodos
de trabalho, funções, papeis e atividades) realizadas para prover valor sob forma de serviços. O
Gerenciamento de Serviços é um conjunto de habilidades da organização para fornecer valor para o
cliente em forma de serviços (ITIL V3).
As melhores práticas do ITIL estão detalhadas em cinco publicações principais que fornecem uma
abordagem sistemática e profissional para a gestão de serviços de TI, permitindo que as
organizações entreguem serviços adequados e continuamente garantindo que eles cumpram com os
objetivos de negócio e entregando benefícios. Os cinco guias principais mapeiam todo o ciclo de
vida do ITIL, começando com a identificação das necessidades dos clientes e condutores de
requisitos de TI, através da concepção e implementação do serviço em operação e finalmente, para a
monitoramento e melhoria de fase do serviço. Estes 5 guias estão relacionados abaixo:
1. Estratégia de Serviços (Service Strategy)
2. Desenho de Serviços (Service Design)
3. Transição de Serviços (Service Transition)
4. Operação de Serviços (Service Operation)
5. Melhoria Contínua de Serviços (Continual Service Improvement).
Figura 8. Abordagem baseada no ciclo de vida da ITILv3.
Fonte: ITIL V3
Adotando ITIL a organização, pode oferecer aos usuários uma grande variedade de benefícios que
incluem:
• Melhoria nos serviços de Tecnologia e informaçã0o;
• Custos reduzidos;
• Melhor satisfação do cliente através de uma abordagem mais profissional para a prestação
de serviços;
• Melhoria da produtividade;
• Melhor utilização de habilidades e experiências;
• Melhorar a prestação de serviço de terceiros.
Conclusão
Este artigo teve como objetivo conceituar algumas metodologias e etapas necessarias para aplicação
da governança de TI nas Organizações. Os principais benefícios da implantação da Governança de
TI são a melhoria dos controles internos e o efetivo alinhamento das ações da Área de Tecnologia
com a gestão empresarial e os negócios da empresa.
O primeiro passo na implantação da Governança de TI é a sensibilização do ambiente interno. As
metodologias e os modelos terão aplicabilidade quando aplicados de acordo com a cultura de cada
organização. Portanto, cada organização tem seu próprio processo de desenvolvimento de
capacidades e competências essenciais que são abrangidas respectivamente pelo seu próprio,
específico e personalizado contexto (Ciborra, 1997).
Esse processo de aculturação de informações e de conhecimentos nas organizações será mais
facilitado e efetivo, se todos os envolvidos estiverem conscientes e integrados com a TI. Caso
contrario essa aculturação tambem poderá ser mais lenta e difícil, causando muitos transtornos às
organizações. Úma das principais dificuldades na informatização das organizações é a resistencia
dos usuarios com medo da perda do emprego e a falta de qualificação e preparo adequado, assim
como a cultura enraizada no modelo atual utilizado para fazer as coisas. Portanto o sucesso está
ligado ao envolvimento da alta administração da empresa, que é obrigada e se informatizar e
adequar sua tecnologia com diferencial competitivo ao negocio.
A estruturação e disponibilização das informações não acontecem da noite para o dia e exigem das
organizações os referidos alinhamentos entre os planejamentos estratégicos e o planejamento
estratégico de tecnologia da informação.
O processo de planejamento deve sempre ser elaborado por uma equipe multidisciplinar ou comitês
de gestão. Esta equipe unirá talentos de diversas áreas e funções da organização. Os fatores que
tornam uma equipe eficaz vão além das regras e recomendações de boas praticas da governança. O
comitê tem sua eficiencia qualificada pela dinamica interna da equipe, ao estabelecer um circulo
rotacional, fundamentado em respeito, confiança e profissionalismo.
Assim será possível conhecer onde se deseja chegar; melhorar a integração e as parcerias internas e
externas; melhorar a compreensão dos problemas dos usuarios e da TI; melhorar a competência e
capacitação dos envolvidos; melhorar entendimento sobre a organização e sua inteligência
competitiva e organizacional.
O maior desafio dos gestores é fazer com que a TI desempenhe seu relevante papel estratégico,
agregando valores aos seus serviços e auxiliando o processo de inteligências competitiva e
organizacional. A TI tem como prioridade contribuir efetivamente com as necessidades de negócios
As organizações não podem adiar a necessidade de compreender e aprender a aproveitar os
benefícios da TI.
Para ser relevante nas organizações, o Planejamento de TI aliado as melhores praticas e a um
modelo de Gestão deve: alinhar a TI com o negócio; explorar a TI para vantagem competitiva;
direcionar os seus recursos para uma gestão efetiva; desenvolver arquiteturas e políticas de
tecnologia; monitorar os objetivos e controlar os serviços, gerando um ambiente informacional que
favorece a geração de estratégias organizacionais.
Utilizar a TI sem planejamento é um risco que a organização não deve correr, pois o uso crescente
da TI, ao mesmo tempo em que potencializa a capacidade das organizações em obter, manter ou
combater vantagens competitivas, também eleva os riscos de gestão inerentes a qualquer tipo de
decisão e ação (CARR, 1994).
A conclusão reitera a importância da governança da TI atraves de PETI atuando com ferramentas de
controles para contribuir de forma efetiva nas atividades operacionais, táticas e estratégicas,
concluindo, o planejamento estratégico e a gestão da Informação são as bases para a governança das
TIs.
Referências
FERNANDES, Aguinaldo Aragon; ABREU, Vladimir Ferraz. Implantando a governança de TI –
da estratégica à gestão de processos e serviços. Rio de Janeiro: Brasport, 2008.
GONÇALVES, Leandro Salenave. Sistema de Informação. Disponivel em:
http://arquivoscdn.portalava.com.br/videos/videolivraria/pdfs/6519.pdf.
LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane Price. Sistema da Informação com Internet. Rio de
Janeiro: LTC, 1999.
AGRASSO NETO & ABREU. Tecnologia da informação: manual de sobrevivência da nova
empresa. São Paulo: Vilipress – Arte & Ciencia, 2000.
TURBAN, Ephaim; MCLEAN, Ephaim; WETHERBE, James. Tecnologia da informação para
gestão: Transformando os negocios na economia digital. São Paulo: Bookman, 2002.
MANSUR, Ricardo. Governança de TI: metodologias, frameworks e melhores praticas. Rio de
Janeiro: Brasport, 2007.
CHIAVENATO, Idalberto; SAPIRO, Arão. Planejamento estratégico. Rio de Janeiro: Elsevier,
2003.
BEAL, Adriana. Manual de Gestão de Tecnologia da Informação. Vydia Tecnologia, 2000.
BON, Jan van. Fundamentos do gerenciamento de serviços em TI: baseado no ITIL. Holanda:
ItSMF , 1ª ed. 2006.
SIQUEIRA, Marcelo Costa. Gestão estratégica da informação. Rio de Janeiro: Brasport, 2005.
KAPLAN, Robert; NORTON, David. Double-Loop Management: Making Strategy a
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2002.
DRUCKER, Peter. Administrando para o Futuro – Os anos 90 e a virada do Século. São Paulo:
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RODRIGUEZ, Martius V.; FERRANTE, Agustin J. Tecnologia de informação e gestão
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KEEN, P. G. W. Information technology and the management theory: The fusion Map. IBM
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CIBORRA, C. De profundis? Deconstructing the concept of strategic alignment. In: IRIS
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LUFTMAN, J. N.; BRIER, T. Achieving and sustaining business-IT alignment. Berkeley,
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Fonte: Gestão e Arquitetura de Dados. https://www.accenture.com/br-pt/Pages/service-technology-
data-management-architecture.aspx. 2013.
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CRISC - presidente@isaca-brasilia.org - www.isaca-brasilia.org.br - ISACA Capítulo Brasília.
2012.
COBIT 5 Framework - Introduction. ISACA International.
COBIT 5: A Business Framework for the Governance and Management of Enterprise IT. ISACA
International.
IT Governance Institue’s. Information System Audit & Control Association. :
www.itgovernance.org. www.isaca.org.

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Governança de TI através de Planejamento e Gestão Estratégica da Informação

  • 1. A Governança de TI através de Planejamento e Gestão Estratégica da Informação. Weig Oliveira - weigoliveira@gmail.com MBA em Governança nas Tecnologias da Informação Instituto de Pós-Graduação e Graduação – IPOG Goiânia/07/2013 Resumo Os avanços tecnológicos estão causando um grande impacto nas Organizações e na sociedade, criando uma nova forma de agir nesta nova realidade. Já nos tornamos a tão falada sociedade da Informação, e hoje somos movidos pelo conhecimento. Esta nova sociedade esta baseada na tecnologia da informação e a cada dia que passa a mesma vem sendo cada vez mais utilizada pelas organizações causando uma dependência ainda maior ao longo dos anos. A falta de conhecimento na utilização da tecnologia da informação está inviabilizando as principais estratégias de negócio nas empresas. Dessa maneira o planejamento dos recursos de TI deve fazer parte do planejamento estratégico a fim de ser bastante discutido entre todos os gestores na organização. A tecnologia da informação apresenta uma maneira de obter um nível maior de excelência com competência e competitividade. O principal objetivo deste artigo é apresentar conceitos de TI, como: sistemas, informações, planejamento e gestão estratégica da informação para o desenvolvimento da Governança nas tecnologias da Informação nas organizações, propondo uma base para a utilização das principais metodologias, buscando sempre um diferencial competitivo e agregando valor ao negócio. Há uma extrema necessidade de alinhar a tecnologia da informação com o negócio. Este alinhamento é muito importante, pois a tecnologia é uma fonte de investimentos e despesas significativas em uma organização. Estar alinhada ao negocio passa a ser uma obrigação para os gestores de TI. Para que este alinhamento seja possível e sem maiores problemas, é necessário algumas mudanças na forma com que os gestores conduzem a Organização. Falta de planejamento, ausência de melhores praticas e controles, aliados a falta de conhecimento dos usuários, impedem que as organizações saibam realmente qual é o verdadeiro papel da TI. A Análise de Ambientes, a implantação do Planejamento estratégico de TI e a adoção das melhores práticas da Governança de TI com Cobit e Itil, aliadas ao modelo de gestão Balanced Scorecard, traz mais resultado, conhecimento, produtividade, lucratividade, controle e outros benefícios no uso da tecnologia da informação, buscando sempre a excelência dos processos. Palavras-chave: TI, planejamento, organização, estratégico. Introdução Nas últimas décadas, Organizações de diversos setores investiram de maneira significativa em Tecnologia da Informação. Anualmente no Brasil, as Empresas estão investindo em Tecnologia da Informação uma média de 7% desde 1991. Uma pesquisa anual realizada pela Fundação Getúlio Vargas “Mercado Brasileiro de TI e uso nas Empresas” em sua 23ª edição, mostrou que em 2011 a média de investimento no país chegou a 7% de toda receita das Organizações. As organizações estão buscando cada vez mais aperfeiçoar e otimizar seus processos de negócio, controlar seus custos, aumentar a eficiência dos colaboradores, desenvolver relacionamento com fornecedores, realizar parcerias, melhorar e personalizar os serviços prestados aos seus clientes, visando justificar os valores investidos em TI. É um grande desafio conseguir determinar de maneira consistente os benefícios obtidos pela área de negócios com os serviços de TI. Falta a chamada Governança de TI (CARVALHO, 2004). Há tempos o termo Governança vem se tornando familiar nas grandes empresas, mas recentemente, a
  • 2. expressão passou também a ser adotada em tecnologia da informação, que se refere a critérios de definição, gestão e acompanhamento dos indicadores de TI (WEILL, 2004). O intuito da Governança de TI é tornar a organização mais transparente e legitima nas práticas de direção e controle do desempenho das empresas. Estes métodos permitem o planejamento, gerenciamento, utilização e controle da tecnologia da informação de maneira a agregar valor ao negócio e permitir que as decisões sobre novos investimentos sejam tomadas de forma consistente e alinhada com as estratégias da Organização. Para isso, a Governança de TI adota métricas que permitem avaliar o impacto da TI no desempenho de negócios (CARVALHO, 2004). Como apoio para os processos de Governança de TI, as empresas estão utilizando metodologias novas e consolidadas no mercado, podendo também utilizar uma metodologia adaptada para a realidade de cada Organização. Será apresentado algumas das principais ferramentas utilizadas pela Governança de TI: BSC (Balanced Scoredcard), o ITIL (Information Technology Infraestruture Libary) e o Cobit (Control Objectives for Information and Related Technology) formando uma base para a Governança de TI. Conceitos sobre o desenvolvimento da Governança de TI através de Planejamento e Gestão estratégica da Informação, serão apresentados para um estudo dos diversos tipos de ferramentas utilizadas para aplicação de uma gestão que busca altos desempenhos para as Organizações. Tecnologia da Informação Definimos a TI (Tecnologia da Informação) como um conjunto de recursos computacionais para manipulação de dados e geração de informações e conhecimentos. Os componentes são: o hardware, o software, sistemas de telecomunicação e gestão de dados e informação. A TI é uma ferramenta que auxilia a gestão do negócio. Tecnologia da Informação é a área de conhecimento responsável por criar, administrar e manter a gestão da informação através de dispositivos e equipamentos para acesso, operação e armazenamento dos dados, de forma a gerar informações para tomada de decisão. Pode-se conceituar a TI como um conjunto convergente de tecnologias em microeletrônica, computação, telecomunicações e optoeletrônica (CASTELLS, 2000). Alem do processamento de dados, sistemas de informação, engenharia de software, informatica ou o conjunto de hardware e software, tambem envolve aspectos humanos, administrativos e organizacionais (KEEN, 1993). Em grande parte das Organizações, o departamento de TI é o responsável pelas funções e recursos de computacionais. A estrutura organizacional da TI precisar ser bem definida, com todas as responsabilidades bem definidas, documentadas e disseminadas; as pessoas precisam estar selecionadas e adequadas de acordo com as funções e análises de desempenho. É preciso uma estrutura de TI para gerenciar adequadamente e racionalmente os recursos computacionais nas Empresas, afim de suprir as necessidades de informações de maneira eficiente. O principal benefício que a tecnologia da informação traz para as organizações é sua capacidade de melhorar a qualidade e a disponibilidade das informações e conhecimentos para a empresa, cliente e fornecedores. Atualmente os sistemas de informação mais modernos oferecem para as Organizações oportunidades imensuráveis para a melhoria dos processos internos e dos serviços prestados aos consumidores. O sucesso de uma Organização, passou a depender de sua capacidade de inovação das áreas de produtos, serviços, canais e processos. Nesse contexto, a tecnologia da informação assume um papel crítico, permitindo que as Organizações se modifiquem rapidamente e levem essas inovações até o mercado. A necessidade de operar num ambiente dinâmico faz com que as empresas se concentrem em adquirir excelência operacional, o que exige, entre outros requisitos, a disponibilidade de sistemas de informação integrados, confiáveis e de alta velocidade, além de outras tecnologias, a fim de obter maior eficiência e controle operacional. A tecnologia da informação executará maravilhas em ambientes bem estruturados, mas será apenas uma fonte de gastos naqueles que não planejam adequadamente suas necessidades de informação. Para que haja aproveitamento das facilidades trazidas pela TI em uma Organização, depende de um
  • 3. processo periódico e estruturado de planejamento da informação. É preciso visão estratégica de como os sistemas de informação deverão ser implementados ou alterados num curto e longo prazo, e ser avaliado sempre que surgir alguma alteração significativa no ambiente interno ou externo. Governança de Tecnolgia da Informação O termo Governança refere-se a todas as possibilidades e mecanismos que ajudam as múltiplas partes do negócio a avaliar condições e opções para determinar a direção, o monitoramento, a conformidade, o desempenho e o progresso; alinhando, desta forma, os planos e os objetivos do negócio, visando atingir as metas da organização. A Gestão se diferencia da governança, ou seja, há distinção entre ‘comprometido’ (governança) e ‘envolvido’ (gestão). Gestão implica na utilização criteriosa de meios (recursos, pessoas, processos, práticas) para alcançar um fim identificado. É um meio ou instrumento pelo qual a unidade de administração consegue um resultado ou objetivo. A Gestão é responsável pela execução com direção definida pela unidade de orientação. A OCDE (2004) afirma que Governança Corporativa corresponde ao conjunto de relações entre a administração de uma empresa, seu conselho administrativo, seus acionistas e outras partes interessadas, proporcionando a estrutura que define os objetivos da empresa, como atingi-los e como fiscalizar o seu desempenho. No Brasil, foi criado o Decreto nº 6.021, em 22 de janeiro de 2007, com a finalidade de tratar de matérias relacionadas com a governança corporativa nas empresas estatais federais e da administração de participações societárias da União. Segundo o IBGC Governança Corporativa é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo o relacionamento entre Acionistas e Quotistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria independente e Conselho Fiscal. As boas práticas de Governança Corporativa têm a finalidade de aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para sua perenidade. Governança de TI é o sistema de estruturas e processos para direção e controle dos sistemas de informação (SHERER, 2004). De acordo com Mansur (2007), as necessidades da governança de TI surgiram das demandas de controle, transparência e previsibilidade das Organizações. Essas demandas surgiram no começo dos anos 90 quando a qualidade ganhou importância no cenário mundial. Os Gestores passaram a ser mais exigidos a partir da segunda metade dos anos 90, em suas previsões de orçamentos. Esta nova atitude alavancou a necessidade de governança corporativa a partir de 1998, mas a lucratividade e o crescimento da economia ainda eram grandes o suficiente para impedir que o tema alcançasse o nível essencial nas Organizações. Após o ano 2000 a governança alcançou um status desejável, isso representou um enorme avanço, mas não foi o suficiente para implantar as mudanças estruturais desejadas nas Organizações. Somente com novas mudanças no mercado as empresas poderiam entender que a governança era uma questão a ser adotada. O mercado acabou apresentando vários fatos que definitivamente tiraram das gavetas dos Gestores os planos com a governança. Os novos fatos foram decisivos, para que o tema fosse inicialmente reclassificado para o nível de normas e regulamentações, sendo posteriormente elevado para a condição de lei no inicio do século XXI. Transparência, controle e previsibilidade viraram ferramentas de gestão das organizações. Na maioria dos casos as informações estão no meio digital, a área de TI passou a ser de extrema vitalidade para a governança. As comparações dos resultados das organizações eram medidas geralmente através do CobiT. Não sendo o bastante, era necessário melhorar os processos e serviços de TI. Os Gestores então passaram a adotar as melhoras praticas do ITIL para definirem as entregas dos recursos de TI, buscando um baixo custo e alta qualidade.
  • 4. Segundo o Instituto de Governança de TI (2005), a Governança de TI é de responsabilidade da Alta Administração, isso inclui diretores e executivos, na liderança, nas estruturas organizacionais e nos processos que garantem que a TI da empresa sustente e estenda as estratégias e objetivos da organização. Para Weill e Ross (2004), a governança de TI consiste em um ferramental para a especificação dos direitos de decisão e das responsabilidades, visando encorajar comportamentos desejáveis no uso da TI. Analisando estas definições podemos ver que a governança visa compartilhar as decisões com os todos os envolvidos na Organização, estabelecendo as regras, os processos, o planejamento do uso da TI pelos usuários, definindo como a TI deve prover os serviços e recursos para a Organização. É através da governança que será garantido o alinhamento da TI com as estratégias e objetivos do negócio, tanto no que diz respeito a aplicações, como a infraestrutura de serviços de TI. A visão de governança vai além dessas definições e pode ser representada e composta por quatro etapas no ciclo de Governança de TI. • Alinhamento estratégico: Refere-se ao Planejamento estratégico de TI, que considera o planejamento estratégico Organizacional, assim como requisitos externos como Sarbanes- Oxley e o Acordo de Basileia. • Decisão: Refere-se às responsabilidades pelas decisões na TI. • Estrutura e processos: Refere-se à estrutura organizacional e funcional de TI, aos processos de gestão, alinhados com a estratégia da empresa. • Medição do desempenho de TI: Refere-se à coleta e geração de indicadores de resultados dos processos e a sua colaboração para as estratégias da Organização. Figura 1. O Ciclo de Governança de TI. Fonte: Weill e Ross (2004). O principal objetivo da Governança de TI é alinhar a TI aos objetivos do Negocio, baseado na continuidade do negocio, na satisfação das estratégias e no atendimento as regulamentações externas. A TI deve entender do negócio para satisfazer as estratégias dos planos de negocio e transformá-las em sistemas e soluções de processos. O que foi definido no planejamento de TI deve ser priorizado e deve acontecer na organização. A priorização gera um portfólio de TI que interliga a estratégia com as ações do cotidiano da empresa. É de extrema importância a definição das responsabilidades sobre as decisões nos princípios de TI, na arquitetura de TI, na infraestrutura de TI, sistemas, investimentos, segurança da informação, estratégia de fornecedores e parceiros, além de fazer funcionar o modelo de tomada de decisão correspondente. Informação, Sistemas e Organizações
  • 5. A informação é o dado tratado em sua totalidade, que é entendida como um dado com valor significativo para o usuário da informação. Define-se dado como um conjunto de letras e números, que separadamente não significam nada, é apenas um elemento da informação. A informação é um recurso efetivo e inexorável para as organizações, principalmente quando planejada e disponibilizada de forma personalizada, com qualidade inquestionável e preferencialmente antecipada para facilitar as decisões (RESENDE, 2010:7). O conhecimento é, portanto a manipulação da informação pelas pessoas e recursos tecnológicos, formando cenários para o negócio. Figura 2. Conceitos sobre Dados, Informações e Conhecimentos. Fonte: Resende (2011). A informação não pode ser considerada como um programa ou um arquivo, estes representam um local onde os dados estão armazenados, existem dados e informações; por exemplo, num “cupom fiscal” temos dados como números e letras, em outro exemplo, um “livro” ou em uma “pasta de arquivos”, temos informações. As informações respondem perguntas, pois os sistemas de informações tratam com informações de qualidade. Existe um grande problema para algumas organizações que são os sistemas de desinformação, estes tratam as desinformações onde apresentam informações desvirtuadas, deformadas, provocando erros, duvidas e insatisfação. Os sistemas e as organizações são completamente ligados. Uma organização é um sistema que por sua vez contem vários outros sistemas. Segundo Resende (2010), sistema é conceituado como um conjunto de partes que interagem entre si, integrando-se para atingir um objetivo ou resultado. Na tecnologia da informação, sistema está definido em cima de três pilares: software, hardware e pessoas. Nas organizações os sistemas auxiliam no processo de tomada de decisão. O foco dos sistemas está no negocio. Os sistemas são ferramentas para as organizações, pois buscam controles de suas atividades, recursos, lucratividade entre outros. Geram modelos de informações que irão guiar e auxiliar os processos decisórios. Produzem informações personalizadas e oportunas. Constroem conhecimento e agrega valor ao negócio. Os sistemas estão relacionados com os modelos de gestão utilizados pela Organização. O modelo de gestão mais indicado é o Participativo, onde a gestão e os processos são descentralizados, isso permite o envolvimento de todos na Organização. E necessário que o gestor da Organização tenha o conhecimento referente às abordagens sistêmicas, pois toda Organização é um Sistema. Sistema de Informação é todo sistema que manipula dados e gera informação, usando ou não recursos de tecnologia da informação. Num sistema de informação o principal diferencial é conseguir extrair o conhecimento, das informações disponíveis e dos dados registrados. Segundo Gonçalves (2012), os sistemas de informação apresentam-se como mineradores desses conhecimentos direcionando-os de maneira gerencialmente coerente, conforme as necessidades. Os sistemas tem a Tecnologia como seu maior aliado. Para Laudon e Laudon (1999) um sistema de informação pode ser definido como um conjunto de componentes inter-relacionados trabalhando juntos para coletar, recuperar,
  • 6. processar, armazenar e distribuir informações com a finalidade de facilitar o planejamento, o controle, a coordenação, a análise e o processo decisório em organizações. Resende (2010), diz que os sistemas de informação podem constituir em ferramentas de solução de problemas na Organização. As informações precisam ser sistematizadas, simplesmente porque assim representam diferenciais para a organização se destacar no mercado. As informações devem ser consideradas como diferenciais quando proporcionam valor incalculável para a Organização, melhorando seus processos ou desenvolvendo novas oportunidades. Uma Organização que tem informações sistematizadas, personalizadas e oportunas possui um diferencial em suas funções. Os modelos de sistemas de informação mostram o comportamento da informação nas organizações. Primeiramente veio o modelo convencional que dinamizava as características dos gestores e decisores da organização; o segundo modelo utilizava a tecnologia da informação; o terceiro mais moderno com as tecnologias aplicadas (RESENDE, 1999). O objetivo dos sistemas de informação é auxiliar os processos de tomada de decisão na Organização. Caso os sistemas de informações não satisfaça às necessidades da Organização, sua existência não significa nada. O foco dos sistemas de informação é o negocio. As organizações podem beneficiar-se com os sistemas de informação à medida que podem: controlar suas operações, diminuir a carga de trabalho das pessoas; reduzir custos e desperdícios; aperfeiçoar a eficiência, eficácia, efetividade, qualidade e produtividade da organização; aumentar a segurança das ações, diminuir os erros; contribuir para a produção de bens e serviços; prestar melhores serviços, agregar valores ao produto; suportar decisões profícuas; oportunizar negócios ou atividades; e contribuir para sua inteligência organizacional (Resende, 2012). As Organizações e suas relações internas, externas e as funções organizacionais, formam os sistemas de informação. Todas as Organizações possuem uma cultura e suas políticas, que devem ser respeitadas e muito bem analisadas, na hora de fazer o planejamento estratégico e na gestão dos processos do negocio. A saúde de uma Organização depende do envolvimento com o meio ambiente interno e externo e dos seus respectivos recursos. As pessoas são fundamentais para as Organizações. Elas definem os objetivos, desenvolvem uma cultura e um ambiente interno. O trabalho em grupo nas organizações é muito importante, cada pessoa possui um conjunto de valores, experiências, conhecimentos, cultura e personalidades. Estes valores que atenderão as necessidades da Organização. Cada Organização possui suas funções organizacionais. Elas permitem que as atividades da Organização sejam executadas em sua total concordância. São seis funções que precisam ser integradas pelos sistemas em uma Organização: • Produção e Serviço; • Comercial ou Marketing; • Financeira; • Materiais ou Logística; • Recursos Humanos; • Jurídico-legal. De acordo com Resende (2010), as funções organizacionais não devem ser confundidas com unidades departamentais ou setores da organização, pois algumas organizações não necessariamente têm todas as funções. Estas atividades são a base para o desenvolvimento dos planejamentos de informações e dos sistemas de informação. A Tecnologia da Informação não é uma função organizacional. Podemos considerá-la como uma ferramenta para auxiliar a organização com suas relações necessárias para seu funcionamento. Gestão Estratégica da Informação Atualmente as Organizações precisam deixar de tratar a TI como um problema tecnológico que precisa de soluções tecnológicas, e passar a administrá-la como uma oportunidade para resolver os
  • 7. constantes desafios oriundos dos ambientes internos e externos. Novas tendências de TI podem impactar diretamente no negocio como: perda de posição e mercado, novos produtos ou serviços substitutos. As informações precisam ser vistas como um recurso estratégico nas Organizações. Essas informações e os sistemas desempenham funções de grande importância para as empresas, trazendo soluções como recursos estratégicos para aplicação da gestão de forma inteligente e competitiva. Uma empresa para trabalhar estrategicamente suas informações primeiramente precisa passar por alguns estágios em sua evolução e um desses estágios é totalmente cultural. Essa evolução cultural da informação nas organizações será aceita e efetiva caso os gestores, a alta administração e os clientes estiverem envolvidos e conscientes do seu papel na utilização dos recursos da tecnologia da informação. A informação possui um grande valor significativo e representa um enorme valor para quem a possui. Esse processo de agregação de valor na informação precisa passar por pelo ao menos três passos que é conhecer, selecionar e utilizar as informações. Uma seleção mal feita destas informações podem causar danos irreparáveis a uma organização. Utilizando esses passos no trato com as informações, a organização tende a ser mais efetiva e estratégica. De acordo com Resende (2010), o papel dos gestores é de compartilhar a informação de forma estratégica com todos na organização. O objetivo é uma produção mais eficiente, consumindo menos recursos, para fornecer um produto ou serviço de qualidade e com informações adequadas, desta maneira valorizando mais a informação e a inteligência organizacional. Atualmente nada pode funcionar sem uma quantidade significativa de informação. As organizações dependem da informação em seus processos de tomada de decisão a todo momento. É necessário a utilização da informação de forma estratégica para conseguir controle e inteligência nos processos de negocio. A gestão da informação é responsável pela gestão tanto dos recursos internos quanto os externos na organização. Não tão menos importante, o conhecimento sobre a organização pode ser administrado e compartilhado para alcançar a eficiência nos processos. A gestão da informação deve se preocupar em modernizar e impulsionar o negócio, partilhando, comunicando e divulgando informações. Para que as organizações realizem uma gestão eficiente da informação é necessário que haja processos e profissionais capazes de administrar o ciclo de vida das informações, estas que são de extrema importância desde sua criação, armazenagem e processamento. Algumas organizações já entendem a importância da gestão estratégica da informação e dos dados, isso é necessário para garantir que as informações mais importantes para a tomada de decisão, sejam disponíveis, profícuas e seguras. Alguns gestores não conseguem tomar decisões corretas e assertivas, por motivo de insuficiência e má qualidade de informações, ou até mesmo por grandes volumes de informações que necessitam de dias ou até mesmo semanas para serem avaliadas. A gestão da informação eficaz oferecerá um valioso suporte para a tomada de decisão, de acordo com leis, regulamentos, reduções de riscos, para aumento de produtividade, satisfação do cliente, permitindo agilidade na administração da empresa, conseguido altos desempenhos e claro, aumentar os lucros. É necessário que a organização defina e organize processos, pessoas e tecnologias para administrar a informação de uma maneira eficaz. É preciso adotar também uma abordagem integrada e completa de gestão da informação, pessoas com conhecimento empresarial, processos de gestão da informação, tecnologias e estratégias, que envolvam a preparação da empresa dedicada à integração e à gestão de tudo que é necessário para planejar e administrar com alto desempenho. Algumas áreas são fundamentais para que possamos efetuar uma gestão eficiente da informação (BEAL, 2000). Essas áreas levam a uma abordagem de gerenciamento da informação: • Governança da Informação; • Estrutura e Arquitetura de dados; • Informações estruturadas; • Qualidade e Segurança da informação.
  • 8. A gestão da Informação consiste em atividade de busca, identificação, classificação, processamento, armazenamento e disseminação das informações, independente do meio ou formato em que se encontra. O principal objetivo da gestão da informação é fazer com que as informações cheguem até as pessoas que precisam dela para tomar decisões no momento certo. Para que a gestão da informação se realize, deve se apoiar nas políticas organizacionais que fornecerá a sintonia e inter- relacionamento entre as unidades ou setores da organização. Os gestores que conseguirem utilizar com criatividade o poder da tecnologia da informação na solução de seus problemas de negocio, encontrará sucesso para a organização. Cada organização deve encontrar uma maneira adequada para suas necessidades especificas na gestão estratégica da informação e dos recursos de TI. Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação Planejar e entender é conhecer o ambiente em que se esta inserido. O planejamento é uma maneira de garantir a existência e a continuidade da Organização. Isso se da à medida que os programas e procedimentos são formalizados para os profissionais atuarem de maneira consciente e preparada nos negócios. O Planejamento de Informações deve resultar em um documento que determine a direção futura dos recursos da Organização, refletindo as políticas, padrões, processos e cultura, oferecendo orientação para todos as unidades da Organização. O Planejamento Estratégico de TI é o inicio para qualquer investimento de tecnologia, identificando as mudanças futuras que deverão constar nos planos e orçamentos do departamento de Tecnologia da Informação. O Planejamento estratégico de Tecnologia da Informação será composto pelas metas, objetivos e ações do negócio e fatores críticos de sucesso, serão as justificativas para os projetos de TI. O resultado será uma melhora no fluxo de informações entre clientes, fornecedores e parceiros, agilidade no fluxo de produção, permitindo atender o cliente mais rápido e com custo bem mais baixo. A integração dos planejamentos estratégicos promove ajustes nas tecnologias de informação disponíveis na organização e contempla as definições de inteligência organizacional. O alinhamento é sustentado por quatro grandes grupos de fatores e construtos: Tecnologia da informação; sistemas de informação e sistemas de conhecimento; pessoas; infraestrutura organizacional. (RESENDE, 2002). Veja abaixo o modelo de alinhamento com suas dimensões, construtos e variáveis. Figura 3. Alinhamento entre TI e a Organização. Fonte: Resende (2011). Segundo Chiavenato & Sapiro (2004), planejamento estratégico é um processo essencial em uma Organização porque traça as diretrizes para os estabelecimentos dos planos de ação e resultados em vantagens competitivas. O Planejamento identifica fraquezas e oportunidades, estabelece um
  • 9. conjunto de medidas integradas a serem implementadas assegurando o sucesso dos resultados propostos. Planejamento estratégico é o processo continuo de, sistematicamente e com maior conhecimento possível do futuro contido, tomar decisões atuais que envolvem riscos; organizar sistematicamente as atividades necessárias á execução dessas decisões e, através de uma retroalimentação organizada e sistemática, medir o resultado dessas decisões em confronto com as expectativas alimentadas (DRUCKER, 2003). Antes da organização realizar o projeto do planejamento estratégico para o negocio, alguns conceitos precisam ser analisados, conhecidos, discutidos e disseminados. As premissas do planejamento estratégico estão relacionadas com a discussão dos temas que introduzem a elaboração, a gestão e a implementação desse projeto desafiador e necessário nas organizações (RESENDE, 2008). A administração estratégica é um termo mais amplo que abrange não só a gestão de suas partes, mas os detalhes e as discussões que antecedem a elaboração do planejamento estratégico (WRIGHT; KROLL; PARNELL, 2000). A organização no seu ambiente visa se manter num processos continuo e integrado através da administração estratégica. Os gestores necessitam de uma série de etapas continuas, para que haja uma transformação adequada na organização, para garantir o comprimento das metas organizacionais. Podemos analisaras cinco etapas do processo de administração estratégica: • Analisar o ambiente • Estabelecer diretrizes organizacionais • Formular estratégias • Programar estratégias • Elaborar e controle estratégico Podemos utilizar as seguintes ferramentas estratégicas nas organizações: • Planejamento estratégico organizacional; • Planejamento estratégico de informação (PETI); • Modelo de Informações e mapas do conhecimento; • Metodologia para desenvolvimento e gestão de projetos; • Normas e padrões técnico operacionais; • Manuais e documentação. Nenhuma organização terá sucesso no seu planejamento estratégico se os gestores responsáveis pelas decisões, não tiverem pensamento estratégico. Pensar estrategicamente significa, analisar, primeiro, o próprio negócio (PORTER, 1990). Para organizar o planejamento estratégico é necessário que se defina os objetivos e a metodologia para o projeto, a criação de uma equipe multidisciplinar para o planejamento e as capacitações exigidas para o envolvimento de todos no trabalho. A metodologia definida pela organização deve ser correspondente com a realidade da organização. O projeto deve ser organizado antecipadamente e bastante divulgado em toda a organização. Todos os envolvidos devem passar por capacitações. O desenvolvimento das pessoas na organização deve ser efetivo. De acordo com Resende (2011), o êxito do planejamento estratégico se da quando a missão e a visão da organização e suas estratégias mobilizam todo o seu meio ambiente interno e externo, quando os objetivos são exequíveis, quando existe consenso e trabalho coletivo compromissado, quando seus elaboradores estão capacitados, quando os demais planos organizacionais existentes estão integrados e quando a gestão da organização assume, vivencia e mantêm planejamento estratégico acompanhado das pessoas que a compõem e com políticas organizacionais favoráveis.
  • 10. É fundamental que todos os envolvidos nas ações estratégicas estejam alinhados e motivados com os objetivos traçados. Veremos duas ferramentas de grande utilidade para garantir esse desdobramento e a integração vertical de toda a organização: Analise SWOT e o Balanced Scorecard. Análise SWOT Uma das ferramentas mais utilizadas para analisar os ambientes em uma organização, é a análise SWOT. É um sistema simples para posicionar ou verificar a posição estratégica da empresa no ambiente em questão. A analise SWOT tem uma utilização muito simples e pode ser utilizada para analisar qualquer cenário. O termo SWOT é uma sigla oriunda do inglês: Strenghts – Forças: Vantagens internas da organização em relação aos concorrentes. Weaknesses – Fraquezas: Desvantagens internas da organização em relação às organizações concorrentes. Opportunities – Oportunidades: Aspectos positivos com potencial de fazer crescer a vantagem competitiva da organização. Threats – Ameaças: Aspectos negativos com potencial de comprometer a vantagem competitiva da organização. Esta análise de cenário se divide em Ambiente Interno com as Forças e Fraquezas; e Ambiente Externo com as Oportunidades e as Ameaças. As forças e fraquezas são determinadas pela posição atual da organização e se relacionam, quase sempre, a fatores internos. Já as oportunidades e ameaças são antecipadções do futuro e estão relacionadas a fatores externos. O Ambiente interno pode ser controlado pelos dirigentes da organização, uma vez que ele é resultado das estratégias de atuação definidas pelos seus próprios membros (DAYCHOUW, 2007). Figura 4. Analise SWOT. Fonte: Daychouw (2007). O ambiente interno pode ser controlado pela organização, uma vez que ele é o resultado das estratégias definidas pelos gestores. O ambiente externo não pode ser controlado pela organização, ficando totalmente fora de controle. A organização deve conhecer e monitorar com frequência o ambiente externo, de forma a aproveitar as oportunidades e evitar as ameaças. Daychouw (2007) afirma que a importância da análise SWOT no apoio à formulação de estratégias deriva de sua capacidade de promover um confronto entre as variáveis externas e internas, facilitando a geração de alternativas de escolhas estratégicas, bem como de possíveis planos de ação. Balanced ScoreCard
  • 11. Formalizado por Norton e Kaplan em 1997, o BSC - Balanced Scorecard demonstra uma relação de causa e efeito e é uma poderosa ferramenta de planejamento e de gestão de desempenho para toda a organização (FERNANDES, 2008). De acordo com Kaplan, o Balanced Scorecard é um sistema de avaliação de desempenho empresarial, e seu principal diferencial e reconhecer que os indicadores financeiros, por si mesmo, não são suficientes, uma vez que só mostram os resultados dos investimentos e das atividades, não contemplando os impulsionadores de rentabilidade de longo prazo. O Balanced Scorecard é o modelo de gestão estratégica mais utilizados em todo o mundo dos negócios, pois permiti acompanhar, controlar e disseminar as ações estratégicas em medidas financeiras e operacionais, externas, internas, de resultado e de desempenho. Para a oganização o principal beneficio é o gerenciamento da estratégia em todos os níveis da organização, conectando os objetivos, as iniciativas e as medidas com a estratégia global da organização (SIQUEIRA, 2005). O princípio do Balanced Scorecard é equilibrar os objetivos de curto e longo prazo, medidas financeiras e não financeiras, ocorrências e tendências, e perspectivas internas e externas. Para a TI, o maior valor do Balanced Scorecard vem do alinhamento com as unidades de negócio. É um método concreto para demonstrar o valor agregado para a tecnologia da informação. O Balanced Scorecard é uma linguagem compartilhada entre TI e os clientes das Unidades de Negócios. Figura 5. Perspectivas do Balanced Scorecard. Fonte: ??? O processo do BSC enfatiza as medidas financeiras e não-financeiras que devem ser parte do sistema de informação de todos envolvidos na organização. Todos devem entender as consequências financeiras das decisões e suas ações; os gestores têm que entender os indicadores de sucesso financeiro a longo prazo. Portanto, não basta fazer mensurações financeiras ou não financeiras para adotar um sistema BSC. É preciso que se estabeleça relações de causa e efeito entre as medidas. Abaixo temos as ações para desenvolvermos o BSC nas Organizações: 1. Clarifique e traduza Visão e Estratégia. 2. Comunique e una os objetivos estratégicos e métricas. 3. Planeje, defina metas e alinhe as iniciativas estratégicas. 4. Aumente e rentabilidade estratégica e o aprendizado. É preciso traduzir a estratégia em objetivos e iniciativas específicas: onde e como chegar lá. Coletar dados é fundamental, ter um fluxo de informações constantes, para saber como está indo a empresa. Planejar e definir as metas é imperativo, deve-se ter sempre a oportunidade de avaliar, se o rumo
  • 12. traçado está sendo seguido. Aprenda a todo momento, o feedback é importante para a reavaliação. O planejamento deve ser transformado num processo contínuo, é necessário avaliar permanentemente o que se está fazendo, à luz das informações obtidas sobre a concorrência, a nova tecnologia e os clientes (KAPLAN, 2002). O BSC não deve ser complexo, a simplicidade é uma das chaves do sucesso. Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação. O planejamento de TI é o principal produto do alinhamento estratégico. É a forma como a organização tratará a tecnologia da qual dispõe visando o futuro (NETO, 2007). É fundamental que as organizações definam o planejamento estratégico de tecnologia de informação alinhado com seu planejamento estratégico (LUTCHEN, 2003). No Brasil, o planejamento estratégico geralmente é feito para períodos de até dois a três anos, com maior detalhe no primeiro ano e com revisões anuais bem aprofundadas. A TI participará desse processo na definição dos objetivos e estratégias da organização, sugerindo novas oportunidades de negocio com a utilização da tecnologia da informação ou apoiando os demais objetivos e estratégias funcionais da organização (FERNANDES, 2008). A elaboração do planejamento de TI segue um processo que se inicia durante ou após a definição dos objetivos e estratégias da organização, ou seja durante o alinhamento estratégico. Para Fernandes (2008), o planejamento de TI pode ser visto como um dos planos funcionais, cujos projetos e serviços são derivados e estão em linha com a estratégia organizacional e competitiva e os demais planos funcionais da organização. O Plano de TI deve apoiar toda a operação em termos de desenvolvimento de novas soluções para as necessidades do negocio, da manutenção das soluções, dos aplicativos e dos demais ativos de TI, da implantação e manutenção de soluções de serviços associados ao uso dos ativos de infraestrutura. Figura 6. Planejamnto estratégico de TI. Fonte: Resende 2000. De acordo com a Metodologia 9D proposta por Resende (2000), o Planejamento Estratégico de TI deve abordar as seguintes fases: Elaborar Fase 0 Organizar, divulgar e capacitar. Revisar Planejamento Estratégico Organizacional. Identificar objetivos, estratégias e ações. Planejar Informação e Conhecimento. Modelar informações. Mapear conhecimentos. Avaliar e Planejar Sistemas de informação. Avaliar Sistemas Planejar Sistemas
  • 13. Avaliar e Planejar a Tecnologia da informação. Avaliar Tecnologia da Informação. Planejar software Planejar Hardware Planejar Sistemas Telecom. Planejar gestão de dados e informação Avaliar Infraestrutura Planejar infraestrutura Organizar Unidade de TI. Avaliar e Planejar Recursos Humanos. Avaliar recursos humanos Planejar recursos humanos Priorizar e custear PEI e PETI. Estabelecer prioridades Avaliar impactos Elaborar plano econômico-financeiro. Executar PEI e PETI. Elaborar planos de ação Gerir PEI e PETI. Gerir, divulgar documentar e aprovar PETI. As Melhores práticas Ao combinar o ITIL e o CobiT, os gestores desenvolveram um novo ciclo de melhorias para a TI em cima de metodologias consagradas pelo mercado. Para Mansur (2007), a combinação dessas metodologias impactou o suficiente para atender a gestão de riscos demandada pelo mercado e também criou um novo ciclo de crescimento da TI. As medidas claras e objetivas permitiram medir a real contribuição da área em relação aos lucros, a redução dos custos, a melhoria dos serviços e principalmente transmitir aos investidores uma confiança nos processos da Organização. O ITIL trabalha a gestão de riscos de diversas formas, como exemplo o SLA (Service Level Agreement) – Contrato de nivel de Serviço, redução de variabilidade, etc, isso gera um resultado que é a confiança nos serviços de TI. O aumento da confiança resultou em redução de riscos, assim o grau de certeza das operações de TI do negocio ficou maior e os custos das redundâncias foram eliminados. Na era da informação é possível perceber que após a universalização da tecnologia, as vantagens competitivas passaram para as pessoas, processos e conhecimentos, por isso o conhecimento se tornou vital para a organização. Mansur (2007) define que o resultado final desse ciclo de mudança é que as vantagens competitivas, que estavam nos ativos de TI, migraram para a forma de uso da tecnologia. Como consequência os custos relacionados com a TI não estão mais somente na área de TI, mas sim espalhados em toda a Organização com um todo. Analise o impacto do down time dos recurso de TI na performance dos usuários e dos negócios da empresa. Exemplo: retire o mouse de um computador e analise o tempo de execução das tarefas triviais aumentará e implicará para perdas no negocio. A produtividade da empresa esta relacionada com a disponibilidade de TI. Cobit O CobiT (Control Objective for Information and related Technology) é um guia com boas praticas para a gestão estratégica de TI recomendado por especialistas e mantido pelo ISACA (Information Systems Audit and Control Association). Inicialmente conhecida como uma Associação de Auditoria e Controle de Sistemas de Informação (tradução de ISACA), atualmente sua sigla reflete um amplo
  • 14. leque de profissionais de governança de TI. As práticas de gestão do CobiT são recomendadas pelos especialistas em gestão de TI, que ajudam a otimizar os investimentos de TI e fornecem métricas para avaliação dos resultados. O foco é no negócio, fornecendo informações detalhadas para gerenciar processos baseados em objetivos de negócios. Em dezembro de 2005, foi lançado o COBIT 4.0, com maiores implementações em relação à versão anterior, 3.0, lançada em 2000. Em 28 de janeiro de 2010, foi anunciada oficialmente a tradução do COBIT 4.1 para a Língua Portuguesa. Uma das principais alterações em relação ao COBIT 4.1 é a integração com outros conjuntos de boas práticas e metodologias, como padrões ISO, ITIL, Val IT, dentre outros. É um modelo de negocio para a Governança e gestão de TI Corporativa. O CobiT na versão 5 incorpora as últimas novidades em Governança empresarial e técnicas de gerenciamento, com princípios globalmente aceitos, praticas, ferramentas e modelos analíticos para ajudar a aumentar a confiança no valor dos sistemas de informação. Figura 7. Os 5 Princípios do Cobit 5. Fonte: COBIT® 5, (2012) ISACA CobiT ajuda empresas de todos os tamanhos: • Manter informações de alta qualidade para suportar as decisões de negócios. • Alcançar objetivos estratégicos e obter benefícios comerciais através do uso eficaz e inovador da TI. • Alcançar a excelência operacional através da aplicação confiável, eficiente da tecnologia. • Manter riscos de TI relacionado a um nível aceitável. • Otimizar o custo de serviços de TI e de tecnologia. • Suporte à conformidade com leis, regulamentos, acordos contratuais e política. O CobiT é projetado para auxiliar três audiências distintas: • Gestores que precisam avaliar o risco e controlar os investimentos de TI na organização. • Usuários que precisam ter garantias de que os serviços de TI para os clientes internos e externos estão sendo bem executados. • Auditores que podem se apoiar nas recomendações do CobiT para avaliar o nível da gestão de TI e aconselhar o controle interno da organização. Segundo a ISACA o CobiT ajuda as empresas a criar valor ideal para a TI, mantendo um equilíbrio na realização dos benefícios e otimizando os níveis de risco e utilização de recursos. O modelo trata de negócios e áreas funcionais de TI em toda a empresa e considera os interesses das partes
  • 15. envolvidas internas e externas, relacionados a TI. Empresas de todos os tamanhos, seja comercial, e sem fins lucrativos ou no setor público, pode se beneficiar de CobiT 5. O CobiT 5 reúne os cinco princípios que permite que uma empresa desenvolva uma governança eficaz e uma estrutura de gerenciamento baseada em um conjunto de sete facilitadores que otimizam a informação, o investimento em TI e o uso para beneficio das partes envolvidas. Cinco princípios-chave para a governança e gestão de TI da empresa: 1. Reunir as Necessidades dos Envolvidos; 2. Cobrir a Empresa ponta a ponta; 3. Aplicar um Modelo Integrado Simples; 4. Facilitar uma abordagem holística; 5. Separar Governança de Gestão. O CobiT 5 descreve sete categorias de facilitadores: 1. Princípios, políticas e estruturas: são o veículo para traduzir o comportamento desejado em orientações práticas para a gestão do dia a dia. 2. Processos: descreve um conjunto organizado de práticas e atividades para atingir certos objetivos e produzir um conjunto de saídas para alcançar objetivos relacionados a TI. 3. Estruturas organizacionais: principais entidades de tomada de decisão em uma empresa. 4. Cultura, ética e comportamento dos indivíduos e da empresa: são muitas vezes subestimada como fator de sucesso em atividades de governança e gestão. 5. A informação: é necessária para manter a organização funcionando e bem governada, mas no nível operacional, a informação é muitas vezes a chave do produto da própria empresa. 6. Serviços, infraestrutura e aplicações: incluem a infraestrutura, tecnologia e aplicativos que fornecem a empresa com processamento e serviços de tecnologia da informação. 7. Pessoas, habilidades e competências: são necessárias para a conclusão de todas as atividades, para a tomada de decisões corretas e ações corretivas. O CobiT® 5 é um grande avanço estratégico, atualizando a nova geração de frameworks da ISACA no que diz respeito ao assunto Governança Corporativa de TI. Baseado em mais de 15 anos de uso prático e aplicação do CobiT por muitas empresas e usuários de negócio, de TI, de segurança e comunidades de auditoria, o CobiT 5 está sendo projetado para atender as atuais necessidades dos dirigentes de negócio e permanecer alinhado com os atuais pensamentos em Governança Corporativa e as técnicas de Gestão de TI (WEBSTER, 2012). ITIL ITIL - Information Technology Infrastructure Library, é um conjunto de boas praticas para aplicação em infraestruturas, operações e manutenções de serviços de TI. Surgiu como reconhecimento do fato de que as organizações estão se tornando cada vez mais dependentes da TI para atingir seus objetivos corporativos (BON, 2006). ITIL é a abordagem muito adotada para o Gerenciamento de Serviços em todo o mundo. Ele oferece um quadro prático, para identificar, planejar, entrega e suporte de serviços de TI para o negócio. ITIL defende que os serviços de TI devem estar alinhados com as necessidades do negócio e apoiar os processos de negócio. Ele fornece orientações para as organizações sobre como usá-lo como uma ferramenta para facilitar a mudança nos negócios, transformação e crescimento. Serviço de TI é o meio para gerar valor aos clientes, propiciando os resultados desejados, sem que estes clientes ou áreas de negocio precisem assumir custos e riscos específicos, inerente a TI. Um serviço é um meio de entregar valor aos clientes, facilitando os resultados que os clientes querem alcançar, sem ter que assumir custos e riscos (ITIL V3). Gerenciamento de Serviços de TI é o conjunto de capacidades organizacionais (processos e métodos de trabalho, funções, papeis e atividades) realizadas para prover valor sob forma de serviços. O Gerenciamento de Serviços é um conjunto de habilidades da organização para fornecer valor para o
  • 16. cliente em forma de serviços (ITIL V3). As melhores práticas do ITIL estão detalhadas em cinco publicações principais que fornecem uma abordagem sistemática e profissional para a gestão de serviços de TI, permitindo que as organizações entreguem serviços adequados e continuamente garantindo que eles cumpram com os objetivos de negócio e entregando benefícios. Os cinco guias principais mapeiam todo o ciclo de vida do ITIL, começando com a identificação das necessidades dos clientes e condutores de requisitos de TI, através da concepção e implementação do serviço em operação e finalmente, para a monitoramento e melhoria de fase do serviço. Estes 5 guias estão relacionados abaixo: 1. Estratégia de Serviços (Service Strategy) 2. Desenho de Serviços (Service Design) 3. Transição de Serviços (Service Transition) 4. Operação de Serviços (Service Operation) 5. Melhoria Contínua de Serviços (Continual Service Improvement). Figura 8. Abordagem baseada no ciclo de vida da ITILv3. Fonte: ITIL V3 Adotando ITIL a organização, pode oferecer aos usuários uma grande variedade de benefícios que incluem: • Melhoria nos serviços de Tecnologia e informaçã0o; • Custos reduzidos; • Melhor satisfação do cliente através de uma abordagem mais profissional para a prestação de serviços; • Melhoria da produtividade; • Melhor utilização de habilidades e experiências; • Melhorar a prestação de serviço de terceiros. Conclusão Este artigo teve como objetivo conceituar algumas metodologias e etapas necessarias para aplicação da governança de TI nas Organizações. Os principais benefícios da implantação da Governança de TI são a melhoria dos controles internos e o efetivo alinhamento das ações da Área de Tecnologia com a gestão empresarial e os negócios da empresa. O primeiro passo na implantação da Governança de TI é a sensibilização do ambiente interno. As metodologias e os modelos terão aplicabilidade quando aplicados de acordo com a cultura de cada organização. Portanto, cada organização tem seu próprio processo de desenvolvimento de capacidades e competências essenciais que são abrangidas respectivamente pelo seu próprio, específico e personalizado contexto (Ciborra, 1997).
  • 17. Esse processo de aculturação de informações e de conhecimentos nas organizações será mais facilitado e efetivo, se todos os envolvidos estiverem conscientes e integrados com a TI. Caso contrario essa aculturação tambem poderá ser mais lenta e difícil, causando muitos transtornos às organizações. Úma das principais dificuldades na informatização das organizações é a resistencia dos usuarios com medo da perda do emprego e a falta de qualificação e preparo adequado, assim como a cultura enraizada no modelo atual utilizado para fazer as coisas. Portanto o sucesso está ligado ao envolvimento da alta administração da empresa, que é obrigada e se informatizar e adequar sua tecnologia com diferencial competitivo ao negocio. A estruturação e disponibilização das informações não acontecem da noite para o dia e exigem das organizações os referidos alinhamentos entre os planejamentos estratégicos e o planejamento estratégico de tecnologia da informação. O processo de planejamento deve sempre ser elaborado por uma equipe multidisciplinar ou comitês de gestão. Esta equipe unirá talentos de diversas áreas e funções da organização. Os fatores que tornam uma equipe eficaz vão além das regras e recomendações de boas praticas da governança. O comitê tem sua eficiencia qualificada pela dinamica interna da equipe, ao estabelecer um circulo rotacional, fundamentado em respeito, confiança e profissionalismo. Assim será possível conhecer onde se deseja chegar; melhorar a integração e as parcerias internas e externas; melhorar a compreensão dos problemas dos usuarios e da TI; melhorar a competência e capacitação dos envolvidos; melhorar entendimento sobre a organização e sua inteligência competitiva e organizacional. O maior desafio dos gestores é fazer com que a TI desempenhe seu relevante papel estratégico, agregando valores aos seus serviços e auxiliando o processo de inteligências competitiva e organizacional. A TI tem como prioridade contribuir efetivamente com as necessidades de negócios As organizações não podem adiar a necessidade de compreender e aprender a aproveitar os benefícios da TI. Para ser relevante nas organizações, o Planejamento de TI aliado as melhores praticas e a um modelo de Gestão deve: alinhar a TI com o negócio; explorar a TI para vantagem competitiva; direcionar os seus recursos para uma gestão efetiva; desenvolver arquiteturas e políticas de tecnologia; monitorar os objetivos e controlar os serviços, gerando um ambiente informacional que favorece a geração de estratégias organizacionais. Utilizar a TI sem planejamento é um risco que a organização não deve correr, pois o uso crescente da TI, ao mesmo tempo em que potencializa a capacidade das organizações em obter, manter ou combater vantagens competitivas, também eleva os riscos de gestão inerentes a qualquer tipo de decisão e ação (CARR, 1994). A conclusão reitera a importância da governança da TI atraves de PETI atuando com ferramentas de controles para contribuir de forma efetiva nas atividades operacionais, táticas e estratégicas, concluindo, o planejamento estratégico e a gestão da Informação são as bases para a governança das TIs. Referências FERNANDES, Aguinaldo Aragon; ABREU, Vladimir Ferraz. Implantando a governança de TI – da estratégica à gestão de processos e serviços. Rio de Janeiro: Brasport, 2008. GONÇALVES, Leandro Salenave. Sistema de Informação. Disponivel em: http://arquivoscdn.portalava.com.br/videos/videolivraria/pdfs/6519.pdf.
  • 18. LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane Price. Sistema da Informação com Internet. Rio de Janeiro: LTC, 1999. AGRASSO NETO & ABREU. Tecnologia da informação: manual de sobrevivência da nova empresa. São Paulo: Vilipress – Arte & Ciencia, 2000. TURBAN, Ephaim; MCLEAN, Ephaim; WETHERBE, James. Tecnologia da informação para gestão: Transformando os negocios na economia digital. São Paulo: Bookman, 2002. MANSUR, Ricardo. Governança de TI: metodologias, frameworks e melhores praticas. Rio de Janeiro: Brasport, 2007. CHIAVENATO, Idalberto; SAPIRO, Arão. Planejamento estratégico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. BEAL, Adriana. Manual de Gestão de Tecnologia da Informação. Vydia Tecnologia, 2000. BON, Jan van. Fundamentos do gerenciamento de serviços em TI: baseado no ITIL. Holanda: ItSMF , 1ª ed. 2006. SIQUEIRA, Marcelo Costa. Gestão estratégica da informação. Rio de Janeiro: Brasport, 2005. KAPLAN, Robert; NORTON, David. Double-Loop Management: Making Strategy a Continuous Process. USA: Harvard Business School Publishing, 2000. KAPLAN, Robert. Balanced Scorecard. São Paulo: HSM, 2002. SYMONS, Craig. The Balanced Scorecard: An IT Perspective. USA: Giga Information Group, 2002. DRUCKER, Peter. Administrando para o Futuro – Os anos 90 e a virada do Século. São Paulo: Thomson, 2003. RODRIGUEZ, Martius V.; FERRANTE, Agustin J. Tecnologia de informação e gestão empresarial. Rio de Janeiro: E-Papers, 2000. DAYCHOUW, Mehri. 40 Ferramentas e Técnicas de Gerenciamento. Rio de Janeiro: Brasport, 2007. DRUCKER, Peter F. Technology, Management and Society. Rio de Janeiro: Vozes, 1971. DRYCKER, Peter F. Technology, Management and Society. Boston: Harvard Business, 2011. KEEN, P. G. W. Information technology and the management theory: The fusion Map. IBM System Journal, 1993. CIBORRA, C. De profundis? Deconstructing the concept of strategic alignment. In: IRIS CONFERENCE. University of Oslo: Proceedings Norway, 1997. LUFTMAN, J. N.; BRIER, T. Achieving and sustaining business-IT alignment. Berkeley, California Management Review, 1999.
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