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Rococó

História da Arte e da Arquitetura III
          Viviane Marques
Introdução
•   Locais; principalmente no sul da Alemanha, Áustria e França,
•   Data: entre 1730 e 1780.
•   O nome - francês rocaille (rocha) e coquille (concha).
•   Para os teóricos - o rococó nada mais é do que a coroação do barroco.
•   Arte de refinamento primoroso e linear.
•   Alegria na decoração carregada, na teatralidade, na refinada artificialidade
    dos detalhes.
•   Sem a dramaticidade pesada nem a religiosidade do barroco.
•   A arte chinesa (chinoiserie) é usada como inspiração.
•   Tenta-se, pelo exagero, se comemorar a alegria de viver.
•   As obras sacras, em que o amor de Deus pelo homem assume agora a forma
    de uma infinidade de anjinhos rechonchudos.
•   Tudo é mais leve, como a despreocupada vida nas grandes cortes de Paris ou
    Viena.
•   Traduz uma estética ornamental que se afastou de toda ordem, regularidade e
    simetria e se aplicou a decoração de interiores, mobiliário, ourivesaria e
    objetos de uso cotidiano.
•   Refinado desenho de móveis, baixelas, cristais, e tudo o mais que se
    relacionasse com o conforto doméstico, começa a ser um tanto comum para a
    burguesia e nobreza.
•   Deram lugar ao conceito moderno do que hoje em dia conhecemos como
    desenho industrial.
Características
•   assimetria;
•   linhas suaves e graciosas;
•   arte voltada para o belo e comprometida com o ideal aristocrático;
•   elementos sensuais e eróticos;
•   figuras mitológicas (Classicismo);
•   tons pastéis na pintura;
•   uso abundante de formas curvas e profusão de elementos decorativos
    (tais como conchas, laços e flores);
•   leveza;
•   caráter intimista;
•   elegância.
Pintura
•   È o estilo do erotismo brincalhão das cores leves e das formas elegantes.
•   Aproveita os recursos do barroco, liberando-os de sua pesada
    dramaticidade por meio da leveza do traço e da suavidade da cor.
•   O homem do rococó é um cortesão, amante da boa vida e da natureza.
    Vive na pompa do palácio, passa o dia em seus jardins e se faz retratar
    tanto luxuosamente trajado nos salões de espelhos e mármores quanto
    em meio a primorosas paisagens bucólicas, vestido de pastorzinho.
•   A elegância se sobrepõe ao realismo.
•   As texturas se aperfeiçoam, bem como os brilhos.
•   Existe uma obsessão muito particular pelas sedas e rendas que envolvem
    as figuras.
•   O material preferido para obter o efeito aveludado das sedas e dos
    brocados, a transparência das gazes e o esfumado das perucas brancas
    são os tons pastéis.
•   As cores preferidas são as claras.
•   Desaparecem os intensos vermelhos e turquesa do barroco, e a tela se
    enche de azuis, amarelos pálidos, verdes e rosa.
•   As pinceladas são rápidas e suaves, movediças.
•   As cenas galantes de Fragonard e Boucher são as obras mais
    representativas desse estilo.
FRANÇOIS BOUCHER, A Toalete de Vênus, XVIII
     Museu nacional, Estocolmo, Suécia
FRANÇOIS BOUCHER, Cena Pastoril, XVIII
Museu Hermitage, São Petersburgo, Rússia
JEAN-HONORÉ FRAGONARD, The Swing, 1767
     Wallace Collection, London, England
JEAN-HONORÉ FRAGONARD, O beijo roubado, XVIII
    Museu Hermitage, São Petersburgo, Rússia
JEAN-HONORÉ FRAGONARD, O beijo roubado, XVIII
    Museu Hermitage, São Petersburgo, Rússia
Escultura
•   As colunas se retorcem e afinam, lembrando uma grinalda.
•   Os mármores já não se diferenciam dos trabalhos de madeira, que
    também são pintados como se fossem pedras calcárias.
•   Dourados e prateados se fundem nos ornatos de folhas e conchas.
•   É o exagero da assimetria no afã da ocupação total do espaço.
•   Deve-se destacar também que é nessa época que surge com um vigor
    inusitado a indústria da escultura de porcelana na Europa, material trazido
    do Extremo Oriente, na esteira do exotismo tão em voga nessa época.
•   Esse delicado material era ideal para a época, e imediatamente surgiram
    oficinas magistrais nessa técnica, em cidades da Itália, França, Dinamarca
    e Alemanha.
ÉTIENNE-MAURICE FALCONET, Winter, 1771
            Marble; h 135 cm,
 Hermitage Museum, St. Petersburg, Russia
ÉTIENNE-MAURICE FALCONET, Flora, 1750 -1775
              Mármore Branco
        Museu do Louvre, Paris, França
Arquitetura
•   A arquitetura rococó adquiriu importância principalmente no sul da Alemanha e
    na França.
•   Suas principais características:
     – Exagerada tendência para a decoração carregada, tanto nas fachadas quanto
        nos interiores.
     – As cúpulas das igrejas, menores que as das barrocas, multiplicam-se.
     – As paredes ficam mais claras, com tons pastel e o branco.
     – Guarnições douradas de ramos e flores, povoadas de anjinhos, contornam
        janelas ovais, servindo para quebrar a rigidez das paredes.
•   O mesmo acontecia com a arquitetura palaciana.
•   A expressão máxima - os pequenos pavilhões e abrigos de caça dos jardins:
     – Edificações, decoradas com molduras em forma de argolas e folhas
        transmitiam uma atmosfera de mundo ideal;
     – Surgiam no teto, imitando o céu, cenas bucólicas em tons pastel.
•   O Rococó é também conhecido como o "estilo da luz" devido aos seus edifícios
    com amplas aberturas
Balthasar Neumann - Kaisersaal, Palácio Episcopal – Würzburg, , Alemanha
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Arte Rococó: Leveza e Refinamento

  • 1. Rococó História da Arte e da Arquitetura III Viviane Marques
  • 2. Introdução • Locais; principalmente no sul da Alemanha, Áustria e França, • Data: entre 1730 e 1780. • O nome - francês rocaille (rocha) e coquille (concha). • Para os teóricos - o rococó nada mais é do que a coroação do barroco. • Arte de refinamento primoroso e linear. • Alegria na decoração carregada, na teatralidade, na refinada artificialidade dos detalhes. • Sem a dramaticidade pesada nem a religiosidade do barroco. • A arte chinesa (chinoiserie) é usada como inspiração. • Tenta-se, pelo exagero, se comemorar a alegria de viver. • As obras sacras, em que o amor de Deus pelo homem assume agora a forma de uma infinidade de anjinhos rechonchudos. • Tudo é mais leve, como a despreocupada vida nas grandes cortes de Paris ou Viena. • Traduz uma estética ornamental que se afastou de toda ordem, regularidade e simetria e se aplicou a decoração de interiores, mobiliário, ourivesaria e objetos de uso cotidiano. • Refinado desenho de móveis, baixelas, cristais, e tudo o mais que se relacionasse com o conforto doméstico, começa a ser um tanto comum para a burguesia e nobreza. • Deram lugar ao conceito moderno do que hoje em dia conhecemos como desenho industrial.
  • 3. Características • assimetria; • linhas suaves e graciosas; • arte voltada para o belo e comprometida com o ideal aristocrático; • elementos sensuais e eróticos; • figuras mitológicas (Classicismo); • tons pastéis na pintura; • uso abundante de formas curvas e profusão de elementos decorativos (tais como conchas, laços e flores); • leveza; • caráter intimista; • elegância.
  • 4. Pintura • È o estilo do erotismo brincalhão das cores leves e das formas elegantes. • Aproveita os recursos do barroco, liberando-os de sua pesada dramaticidade por meio da leveza do traço e da suavidade da cor. • O homem do rococó é um cortesão, amante da boa vida e da natureza. Vive na pompa do palácio, passa o dia em seus jardins e se faz retratar tanto luxuosamente trajado nos salões de espelhos e mármores quanto em meio a primorosas paisagens bucólicas, vestido de pastorzinho. • A elegância se sobrepõe ao realismo. • As texturas se aperfeiçoam, bem como os brilhos. • Existe uma obsessão muito particular pelas sedas e rendas que envolvem as figuras. • O material preferido para obter o efeito aveludado das sedas e dos brocados, a transparência das gazes e o esfumado das perucas brancas são os tons pastéis. • As cores preferidas são as claras. • Desaparecem os intensos vermelhos e turquesa do barroco, e a tela se enche de azuis, amarelos pálidos, verdes e rosa. • As pinceladas são rápidas e suaves, movediças. • As cenas galantes de Fragonard e Boucher são as obras mais representativas desse estilo.
  • 5. FRANÇOIS BOUCHER, A Toalete de Vênus, XVIII Museu nacional, Estocolmo, Suécia
  • 6. FRANÇOIS BOUCHER, Cena Pastoril, XVIII Museu Hermitage, São Petersburgo, Rússia
  • 7. JEAN-HONORÉ FRAGONARD, The Swing, 1767 Wallace Collection, London, England
  • 8. JEAN-HONORÉ FRAGONARD, O beijo roubado, XVIII Museu Hermitage, São Petersburgo, Rússia
  • 9. JEAN-HONORÉ FRAGONARD, O beijo roubado, XVIII Museu Hermitage, São Petersburgo, Rússia
  • 10. Escultura • As colunas se retorcem e afinam, lembrando uma grinalda. • Os mármores já não se diferenciam dos trabalhos de madeira, que também são pintados como se fossem pedras calcárias. • Dourados e prateados se fundem nos ornatos de folhas e conchas. • É o exagero da assimetria no afã da ocupação total do espaço. • Deve-se destacar também que é nessa época que surge com um vigor inusitado a indústria da escultura de porcelana na Europa, material trazido do Extremo Oriente, na esteira do exotismo tão em voga nessa época. • Esse delicado material era ideal para a época, e imediatamente surgiram oficinas magistrais nessa técnica, em cidades da Itália, França, Dinamarca e Alemanha.
  • 11. ÉTIENNE-MAURICE FALCONET, Winter, 1771 Marble; h 135 cm, Hermitage Museum, St. Petersburg, Russia
  • 12. ÉTIENNE-MAURICE FALCONET, Flora, 1750 -1775 Mármore Branco Museu do Louvre, Paris, França
  • 13. Arquitetura • A arquitetura rococó adquiriu importância principalmente no sul da Alemanha e na França. • Suas principais características: – Exagerada tendência para a decoração carregada, tanto nas fachadas quanto nos interiores. – As cúpulas das igrejas, menores que as das barrocas, multiplicam-se. – As paredes ficam mais claras, com tons pastel e o branco. – Guarnições douradas de ramos e flores, povoadas de anjinhos, contornam janelas ovais, servindo para quebrar a rigidez das paredes. • O mesmo acontecia com a arquitetura palaciana. • A expressão máxima - os pequenos pavilhões e abrigos de caça dos jardins: – Edificações, decoradas com molduras em forma de argolas e folhas transmitiam uma atmosfera de mundo ideal; – Surgiam no teto, imitando o céu, cenas bucólicas em tons pastel. • O Rococó é também conhecido como o "estilo da luz" devido aos seus edifícios com amplas aberturas
  • 14. Balthasar Neumann - Kaisersaal, Palácio Episcopal – Würzburg, , Alemanha
  • 15. Balthasar Neumann - Kaisersaal, Palácio Episcopal – Würzburg, Alemanha