Este documento descreve um trabalho laboratorial sobre o desenvolvimento embrionário da galinha. O trabalho incluiu a observação de ovos não fecundados e fecundados, a incubação de ovos fecundados, a elaboração de preparações de embriões, e o nascimento e cuidado de pintos. Os estudantes observaram estruturas embrionárias em diferentes estágios de desenvolvimento e aprenderam novas técnicas laboratoriais. A taxa de nascimento foi de 50% dos ovos incubados.
2. A actividade realizada dividiu-se em quatro partes distintas: Trabalho prático com o ovo não fecundado da galinha. Trabalho prático com o ovo fecundado da galinha. Trabalho prático de elaboração de preparações definitivas de embriões da galinha Acompanhamento dos pintos nascidos
3. Vamos rever conceitos… O que é a Fecundação? A fecundação é o fenómeno de união de dois gâmetas sexuais (masculino e feminino) do qual resulta um “ovo”. No caso da galinha, esta põe constantemente ovos, no entanto, estes só serão fecundados se anteriormente ocorrer a fecundação, isto é, a intervenção do gâmeta sexual masculino, neste caso, do galo. O que é um Embrião? Um embrião é a evolução do ovo resultante da fecundação. No caso da galinha, o embrião desenvolver-se-á dentro do ovo, se este tiver sido anteriormente fecundado. 0 que é uma Preparação Definitiva? Uma preparação definitiva é a montagem de uma amostra de determinado material, de modo a que se possa observar ao microscópio essa mesma amostra. Chama-se definitiva, quando a sua montagem se torna permanente, que é o caso do embrião da galinha. Em que consiste a Incubação? Chama-se incubação ao processo de desenvolvimento de um ovo, desde a fecundação até à eclosão (momento em que abandona o ovo). Como a experiência é feita sem a galinha, temos de recorrer a uma estufa, que mantenha os ovos à temperatura indicada, de modo a que estes se desenvolvam com viabilidade.
7. Compreender o ovo como célula estruturada para o desenvolvimento embrionário.
8. Quando abrimos um ovo e observamos o interior da sua casca podemos constatar a existência de duas membranas (uma mais interior e outra mais exterior). Estas membranas apresentam um aspecto fibroso (que pode ser confirmado por observação miscroscópica). A sua elasticidade é elevada, funcionando estas membranas como uma espécie de saco amniótico (comparando ao ser humano). Desempenham portanto função de protecção.
9. Unida à gema do ovo, encontra-se uma estrutura resistente e de consistência viscosa, que se denomina de calaza. A calaza permite conservar a posição da gema durante a descida do ovo pelo oviduto, favorecendo o desenvolvimento do blastocisto. A albumina (a clara do ovo) é disposta em camadas concêntricas, mais ou menos densas, partindo de uma mais fina à volta da gema. O pH da Albumina é alcalino de modo a impedir o desenvolvimento de bactérias.
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11. Controlo da troca de gases e evaporação de água através dos poros da casca;
15. Constituem boas reservas nutritivas.Quando cozido o ovo, estas proteínas sofrem desnaturação. Sabe se os ovos que come são de origem natural ou artificial? Quando cozido, o ovo mostra-nos a sua origem! Basta que faça um corte longitudinal sobre o ovo cozido e observe a gema. Se esta apresentar diversas camadas concêntricas, que alternam entre cor mais clara e mais escura, significa que o seu ovo é de origem natural! Porquê? Sabe-se que a produção de pigmentos carotenóides é estimulada pela luz e através da alimentação da a fêmea armazena-os no ovo. Como as galinhas do campo sofrem a alteração de dia/noite uma parte dos carotenos é armazenada de dia e outra parte é armazenada de noite, assim se explica a origem do seu ovo!
16. O ovo é uma célula rica em proteínas de reserva e de defesa. Possui uma casca resistente, capaz de proteger o interior do ovo de choques mecânicos e que é constituída por uma série de poros que permite as trocas gasosas com o meio exterior. Para além disso esta casca é rica em cálcio, o que em conjunto com as diferentes proteínas, permite o fornecimento de nutrientes necessários ao desenvolvimento embrionário. Toda a constituição do ovo, assegura de alguma maneira o desenvolvimento embrionário!
23. Para assegurar a viabilidade do desenvolvimento embrionário, os nossos ovos foram postos a incubar na estufa a uma temperatura de 36,8ºC com uma tina de água que assegure a humidade dentro da estufa. Os ovos foram colocados na posição vertical, com a extremidade bicuda virada para baixo (tentando simular o verdadeiro processo de desenvolvimento). Utilizamos alguns dos ovos fecundados para realizar trabalhos laboratoriais e observar diferentes factores do desenvolvimento embrionário. A temperatura constitui um factor de influência do desenvolvimento do embrião, sendo que a temperaturas inferiores a 35ºC o desenvolvimento embrionário é interrompido e superiores a 40ºC as proteínas, presentes no embrião, sofrem alterações. A temperatura similar a um desenvolvimento natural deve rondar os 36,8ºC. A humidade presente dentro da estufa impede a desidratação do embrião.
24. Em todo o trabalho prático foram utilizados 12 ovos fecundados, dos quais 6 serviram como objecto de estudo em diferentes fases de desenvolvimento. 3 dos 6 ovos em estudo foram abertos no dia 26 de Novembro de 2010 com 96 horas de desenvolvimento 4ºdia
25. Os outros 3 dos 6 ovos em estudo foram abertos no dia 28 de Novembro de 2010 com 144 horas de desenvolvimento 6ºdia
26. Por observação, sobretudo ao 6ºdia de desenvolvimento, conseguimos identificar as seguintes estruturas embrionárias: Encéfalo Vesícula Óptica Alantóide (anexos embrionários) Coração (quando se faz incidir luz sobre o embrião o coração acelera o seu pulsar) Sómitos (estrutura dorsal)
27. A partir das observações feitas aos embriões em desenvolvimento, pudemos realizar preparações definitivas do embrião da galinha, aprendendo assim novas técnicas laboratoriais.
33. Coagulação de proteínas ou desnaturação das suas cadeias.
34. Conservação da estrutura celular.Caixa de Petri com o Fixador de Carnoy
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37. A taxa de natalidade obtida no nosso trabalho prático foi de 50%, ou seja, nasceram 3 dos 6 pintos que colocámos na estufa. Porque não nasceram os outros três? Desconhecemos a razão concreta, no entanto podemos apontar o meio envolvente e o processo de desenvolvimento como causas possíveis. Não nos podemos esquecer que todo o desenvolvimento foi artificial, feito em laboratório, pelo que nos damos satisfeitos com os resultados obtidos!
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41. Sendo menos do que os esperados, toda a atenção foi dada aos nossos três sobreviventes!
49. Nos fins-de-semana não os podíamos deixar na escola! Então, tivemos de os trazer para casa, o que foi um enorme prazer!
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51. Mas não foram só facilidades… Tivemos de manter tudo limpo e alimentar os nossos pintos…
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54. É chegada a altura de nos despedirmos dos nossos pintos… Felizmente, arranjamos um novo lar onde vão poder crescer livremente e com todas as condições: A Quinta Pedagógica dos Olivais!