1) A bioimpedância é um método que estima a composição corporal medindo a condutividade e resistência dos tecidos ao passar uma corrente elétrica.
2) Fatores como estado de hidratação, temperatura ambiente e ciclo menstrual afetam os resultados da bioimpedância.
3) A bioimpedância é uma técnica não invasiva e confortável, porém seus resultados dependem da colaboração do avaliado e podem ser influenciados por variáveis individuais.
6. Pressupostos A bioimpedância baseia-se na analise da estimativa da composição corporal através da condutibilidade e da resistência promovida pelos diversos tecidos corporais a variação da freqüência da corrente elétrica. (Baumgartner, 1996) 1. O formato do corpo humano assemelha-se a um cilindro com comprimento e área de secção transversal uniformes.
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8. Conceitos A corrente elétrica sempre flui pelo caminho de menor resistência . Impedância (Z): e´a freqüência que dependente da oposição de condução do fluxo de alternância da corrente eletricidade que é composta de dois fatores a Resistência e a Reatância. Matematicamente : Z = (R 2 + Xc 2 ) 1/2
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11. Lei de Ohm’s e´a resistência entre dois pontos em um condutor.
12. A condutibilidade dos tecidos biológicos é praticamente iônica ou seja as cargas elétricas são transferidas pela ionização dos sais, bases, ácidos dissolvidos no fluido corporal. Portanto a condutibilidade biológica é diretamente proporcional a quantidade do volume de fluido corporal. (Kushner ,1992).
17. Procedimentos pré-teste: • Manter-se em jejum pelo menos nas 4 horas que antecedem o teste; • Não realizar atividades físicas extenuantes nas 24 horas anteriores ao teste; • Urinar pelo menos 30 minutos antes do teste; • Não ingerir bebidas alcoólicas nas 48 horas anteriores ao teste; • Não utilizar medicamentos diuréticos nos 7 dias que antecedem o teste. • Permanecer, pelo menos, 5 a 10 minutos deitado em decúbito dorsal, em total repouso antes da execução do teste. (Heyward & Stolarczyk, 2000; Costa, 2001)
19. RESUMO DE FATORES QUE AFETAM A MEDIDA DA IMPEDÂNCIA BIOELÉTRICA SM = Sem mudanças a = Valhalla > RJL b = Folicular > pré – menstrual c =Menstrual > folicular d = 14 o C > 35 o C FATOR EFEITO NA RESISTÊNCIA EFEITO NA MLG (kg) REFERÊNCIA Tipo de analisador Valhalla vs. RJL 16 – 18 a 1,0 – 1,3 Graves et al. (1989) Comer ou beber nas últimas 4 h 13 - 17 1,5 Deurenberg et al (1988) Desidratação 40 5,0 Lukaski (1986) Exercício Aeróbico Baixa Intensidade SM SM Deurenberg et al (1988) Moderada a alta intensidade 50 - 70 12,0 Khaled et al (1988) Lukaski (1986) Ciclo menstrual Folicular vs. pré-menstrual 5,8 b SM Gleichauf & Rose (1989) Menstrual vs. folicular 7 c SM Colocação do Eletrodo 10 70 SM 11 Elsen Et al (1985) Lukaski (1986) Configuração do Eletrodo Ipsilateral Vs. contralateral SM SM Lukaski (1986) Lado direito vs. esquerdo SM SM Graves et al. (1989) Temperatura do Ambiente 14 o C vs 35 o C 35 d 2,2 Caton et al (1988)
20. Vantagens • Não requer um alto grau de habilidade do avaliador. • É confortável e não-invasiva. • Pode ser utilizada na avaliação da composição corporal de indivíduos obesos. • Possui equações específicas a diferentes grupos populacionais. Desvantagens • Depende de grande colaboração por parte do avaliado. • Apresenta custo mais elevado que a outras técnicas duplamente indiretas. • É altamente influenciado pelo estado de hidratação do avaliado. • Nem sempre os equipamentos dispõem das equações adequadas aos indivíduos que pretendemos avaliar. (Heyward & Stolarczyk, 2000; Costa, 2001)
21. BAUMGARTNER, J. A. Electrical Impedance and Total Body Electrical Conductivity. In: ROCHE, A. F. ; HEYMSFIELG, S. B. & LOHMAN, T. G. Human Body Composition. Human Kinetics Books. Champaign, Illinois, 1996. BRACCO, D. et al. Segmental Body Composition Assessed by Bioeletrical Impedance Analisis and DEXA in Humans. J. Appl. Physiol. 81 (6): 2580-2587, 1996. CARVALHO, A. B. R.; PIRES-NETO, C. S. Composição Corporal Através dos Métodos de Pesagem Hidrostática e Impedância Bioelétrica em Universitários. v.1. n.1. p.18-23., 1999. COSTA, R. F. A Impedância Bioelétrica e Suas Aplicações Para a Educação Física e Áreas Afins. Revista de Educação Física da Cidade de São Paulo . v.1. n. 1. p.43-50, 2000. ELLIS, K. J. Human Body Composition: In Vivo Methods. Physiological Reviews . V.80 n.2, 2000 HEYWARD, V. H.; STOLARCZYK, L. M. Avaliação da Composição Corporal Aplicada. 1. ed. São Paulo: Manole, 2000. KUSHNER, R. F. Bioeléctrical Impedance Analysis: A Review of Principles and Applications. J. Am. Coll. Nutr. 1992, 11 (2), p. 199 - 209. LUKASKI, H. C. Use of the Tetrapolar Bioelectrical Impedance Method to Assess Human Body Composition. in Ed. by Norgan, N. G. Euro-nut report 8, A Concerned action Project on Nutrition in the European Community. Human Body Composition and Fat Distribution. 1985. REFERÊNCIAS
22. MALINA, R. M. Quantification of fat, muscle and bone. Clinical Orthopaedic and Related Research, v65, p. 9-38, 1969. MARQUES, M. B.; HEYWARD, V.; PAIVA, C. E. Validação Cruzada de Equações de Bio-Impedância em Mulheres Brasileiras por Meio de Absotometria Radiológica de Dupla Energia (DXA). Revista Brasileira de Ciência e Movimento . v.8. n.4. p.14-20, 2000. PETROSKI, É. L. Antropometria: Técnicas e Padronizações. 2 ed. Porto Alegre: Pallotti, 2003. YONAMINE, R. S. Desenvolvimento e validação de modelos matemáticos para estimar a massa corporal magra de meninos, de 12 a 14 anos, por densimetria e impedância bioelétrica. (Tese de Doutorado), UFSM, RS, 2000.