O documento resume as comemorações de 25 anos da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O evento contou com a presença de alunos, ex-alunos, funcionários e professores atuais e antigos. Houve apresentações musicais e de poesia por alunos e professores. A diretora conduziu a cerimônia e homenageou aqueles que ajudaram a FEBF.
Programa Rompendo Barreira: 25 anos, IN Jornal proiniciarcomunica 11
1. Universidade do Estado do Rio de Janeiro - SR1 - CAIAC - Proiniciar
Dezembro de 2013 - Ano I ♦ nº 11
Parabéns FEBF - 25 anos!
Neste número do PROINICIARCOMUNICA celebramos os
25 anos de existência da FEBF/UERJ (Faculdade de Educação
da Baixada Fluminense). Nosso informativo prestigiou a
comemoração dos 25 anos da FEBF/UERJ. O evento teve como
protocolo a descontração, alegria e congraçamento, uma
vez que lá estavam alunos, ex-alunos, funcionários, exfuncionários, professores, ex-professores, da unidade e
do campus Maracanã. Música clássica ao piano e poesia,
ambos executados por alunos, MPB tocada e cantada por
um simpático grupo de professores, contando, ainda, com
a participação de funcionários e de todos que lá estavam,
propiciaram leveza e singeleza à ocasião. A diretora em
exercício, Professora Marize Peixoto da Silva Figueiredo
conduziu a cerimônia, prestando homenagem àqueles
que ajudaram a transformar a FEBF no que ela é hoje
e, também, aos que tornaram possível a realização a
festa; ela leu mensagem do Diretor, Professor Jorge
Máximo de Souza, afastado por motivo de tratamento de
saúde. Houve a fala do Diretor do Centro de Educação
e Humanidades, Professor Glauber Almeida de Lemos
e dos representantes dos CAS de Pedagogia, Geografia
e Matemática. Reiteramos os parabéns à FEBF pelos 25
anos de existência, por tudo que conquistou e conquistará.
FEBF 25 anos | Maria Fátima de Mattos
Árvore de Natal idealizada por José Mário Bastos
Lamedo, que trabalha na manutenção da UERJ
2. Programa Rompendo Barreiras: 25 anos
O atual Programa Rompendo Barreiras: Luta pela Buscamos, ainda, mecanismos, atividades, conteúdos
Inclusão foi criado em 05 de abril de 1988, passou de acadêmicos, práticas e instrumentos acessíveis
grupo de trabalho, a movimento, a projeto de extensão que propiciem inclusão acadêmica a usuários com
e deste para Programa. Em abril completou 25 anos deficiência. Atualmente temos dez projetos ativos;
de práticas acadêmicas inclusivas. Fruto da idealização dentre eles destacamos: Audioteca, que é reformulado
da saudosa professora da Faculdade de Educação, anualmente, e que funciona há 24 anos fornecendo
Maria da Glória Schaper dos Santos, Glorinha, que conteúdos acadêmicos gravados em áudio, digitalizados
desde a década de 80 iniciou significativas lutas pelo ou transcritos a partir de arquivos de áudio, quando
acesso e permanência de pessoas com deficiência na o usuário tem limitações motoras para escrever ou é
Universidade. A principal característica do Programa surdo; manutenção de um blog e de outras redes na
é a participação ativa das pessoas com deficiências internet; Inclusão digital para pessoas com deficiência,
em muitas das decisões do Programa uma vez que uso de Braille e outros Recursos Pedagógicos voltado
se entende que as atividades tendem ao sucesso se, a professores do ensino básico e aos estudantes da
antes, as pessoas interessadas e beneficiadas forem UERJ dos cursos de Licenciaturas e Pedagogia, tanto
consultadas.
na modalidade presencial quanto na de EAD; Curso
Em 2004 decidiu-se oferecer Braille como curso de de Espanhol para pessoas com deficiências visuais e
extensão em nível de atualização com 60 horas. No surdas e, recentemente, com a chegada da Professora
mesmo ano houve o afastamento da Coordenadora de LIBRAS, Mariana Gonçalves que se tornou membro
Glorinha, por motivo de doença. O convite à da equipe depois de nove anos como voluntária do
Coordenação foi aceito pela Professora Aída Regina Programa, iniciou-se o curso de Português para
Monteiro de Assunção
estudantes surdos como
que,
imediatamente,
Língua Instrumental – L2.
convidou a Pedagoga
O Rompendo Barreiras
Valeria de Oliveira a
atrai estagiários de todas as
assumir a Coordenação
Unidades da UERJ, pois os
Pedagógica do Programa.
materiais acadêmicos a serem
Também
assumiu
a
adequados às necessidades
Coordenação Geral do
Educacionais
Especiais
Programa a Professora
dos usuários do Programa
Eneida Simões da Fonseca.
abrangem diferentes áreas
Graças
ao
empenho
do conhecimento.
Família Rompendo Barreiras | Maria Fátima de Mattos
das pesquisadoras em
Com relação aos usuários,
temáticas inclusivas, Professora Drª Cátia Walter e disponibiliza-se atendimento, sem discriminação,
Pedagoga Mestre Valeria de Oliveira e da atual Diretora para pessoas que enfrentem alguma limitação físicoda Faculdade de Educação, Professora Drª Rosana Glat motora, sensorial (cegueira, surdez, baixa visão,
(também pesquisadora na área de Educação Especial), surdocegueira) ou intelectual, e que necessitem de
vem ocorrendo a mobilização para que as atividades do acesso a tecnologias assistivas. São eles: graduandos
Programa Rompendo Barreiras ganhem visibilidade na e pós-graduandos da UERJ; ex-usuários do Programa;
Universidade.
usuários externos da Educação Básica à Pós-graduação,
A SR1 lançou, este ano, o Programa UERJ Acessível desde que tenham, no mínimo, 14 anos de idade.
do qual o Rompendo Barreiras é o carro chefe http:// Sendo assim, as atividades realizadas no Programa
uerjrompendobarreiras.blogspot.com.br/2013/10/ Rompendo Barreiras extrapolou os seus limites e
programa-uerj-acessivel-quer.html. Em 2014 teremos foi além dos muros da UERJ. Após uma avaliação
o V Encontro do Rompendo Barreiras cujo tema será humanizadora das reais necessidades do usuário, esse
“Acessibilidade, Inclusão, Permanência e Formação de passa a contar com o apoio necessário para obter êxito
Pessoas com Deficiência no Ensino Superior”.
dentro e fora do espaço acadêmico. Com suas ações, o
No Programa oferecemos apoio acadêmico a Programa não só contribui para a formação acadêmica
estudantes com deficiência da UERJ (da graduação de quem tem uma deficiência, mas também prepara
ao pós-doutorado) e de outras instituições de ensino profissionais capazes de promover diversas atividades
superior. Estão contemplados com nossas ações, inclusivas.
Valeria de Oliveira
discentes dos cursos presenciais e a distância.
Pedagoga do Rompendo Barreiras
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3. Nossos Alunos Contam Sua História
Fazendo História
Sou Charles de Souza, tenho 36 anos, formado
em Direito. Membro da Comissão da Pessoa com
Deficiência da ALERJ e primeiro secretário da mesa
diretora do Conselho Municipal da Pessoa com
Deficiência do Município de Duque de Caxias. Sou
uma pessoa com deficiência visual desde os meus 20
anos, quando perdi a visão em decorrência da atrofia
bilateral do nervo ótico.
Em fevereiro de 2005, através de um amigo, conheci o
Programa Rompendo Barreiras: Luta pela Inclusão, da
Faculdade de Educação. Estava à procura de um curso
de Braille para pessoas que ficaram cegas adultas. Ao
entrar pelo portão principal da UERJ, senti que algo
diferente iria acontecer na minha vida e aconteceu.
Pois bem, consegui o que buscava; hoje eu sei ler e
escrever em Braille, mas conquistei muitas outras
coisas.
No Rompendo Barreiras conheci outros cegos, entre
eles alguns que estavam cursando Direito e outros
que se preparavam para concursos, vestibulares e
para ingressar em programas de pós-graduação. Ao
perceber isso também quis buscar esses objetivos.
Com isso, investi nos estudos para o vestibular
com o apoio das bolsistas do Rompendo Barreiras,
estudantes fundamentais para o bom funcionamento
do nosso Rompendo Barreiras. Para minha felicidade,
da minha família e de todas as pessoas do Programa,
consegui passar para o Curso de Direito da UFRJ e da
UERJ; sem qualquer dúvida me matriculei na UERJ,
pois o vínculo de amor já estava criado entre nós,
tanto que sempre serei um componente do Programa
Rompendo Barreiras: Luta pela Inclusão.
Iniciei como aluno na Faculdade de Direito da UERJ
através do sistema de cotas, em março de 2006 e, até o
término do meu curso tive o apoio do Programa, para
leitura de provas, gravação de materiais, transcrição
de aulas, leitura presencial, entre outras ajudas que
tive. Ressalto que até hoje, quando necessário, conto
com o apoio das tecnologias assistivas oferecidas
pelo Programa. Também utilizei os computadores
com softwares leitores de telas para realizar
minhas leituras diárias, realizar pesquisas online e
acompanhar processos judiciais. Acrescento que fui
bolsista do Rompendo, onde iniciei minha prática
jurídica e de atuação na área de Políticas Públicas.
Uma das minhas atribuições era acompanhar as
Assembleias Ordinárias do Conselho de Direitos da
Pessoa com Deficiência do Estado do Rio de Janeiro
(CEPDE-RJ), onde a Professora Valeria de Oliveira é
conselheira titular representante da UERJ. Devido às
participações no CEPDE-RJ, acabei me desligando do
Rompendo Barreiras como bolsista para assumir um
estágio na Comissão das Pessoas com Deficiência da
ALERJ, onde estou até a presente data, sendo que
agora não mais como estagiário, uma vez que sou
membro do Departamento Jurídico da Comissão.
No Rompendo Barreiras aprendi a lutar pelos meus
direitos, pois comecei a participar das lutas das
nossas causas, principalmente no CEPDE-RJ, com
a Conselheira Valeria de Oliveira, Coordenadora
Pedagógica do Rompendo Barreiras, pessoa de suma
importância na minha vida.
Agradeço à UERJ por manter esse Programa que nos
ajuda tanto, pois foi um divisor de águas na minha
história de vida. Agradeço a todos os bolsistas que
passaram até hoje pelo Rompendo Barreiras; não vou
citar nomes para não ser injusto. Agradeço, ainda,
às Coordenadoras Gerais, Professoras: Aída Regina
Monteiro de Assunção, que estava no Rompendo
Barreiras na época em que entrei pela primeira vez,
Eneida Simões da Fonseca, que permaneceu por
um tempo no Rompendo Barreiras e a atual, Cátia
Walter. Mas, destaco um agradecimento especial
à Coordenadora Pedagógica, Professora Valeria de
Oliveira, pois através do seu trabalho, dedicação e
amor às pessoas com deficiência, cada dia mais o
Rompendo Barreiras: Luta pela Inclusão torna-se
referência na inclusão educacional, acadêmica e social
dessas pessoas, assim como na garantia de direitos, os
quais são para Todos. Fica aqui um abraço do sempre
usuário, voluntário, colaborador, membro efetivo e
amigo do Programa Rompendo Barreiras: Luta pela
Inclusão.
Charles de Souza | Maria Fátima de Mattos
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4. Sugestões de
entretenimento:
O MAR, Museu de Arte do Rio, localizado na Praça
Mauá, 5 é uma construção que, literalmente, une
o novo ao antigo através de uma onda suspensa
num local em metamorfose. Toda transformação
requer uma dose de desarrumação e, no caso,
grande desarranjo e incômodo tem vivenciado
quem por lá “caminha”. Mas tudo vale a pena
quando o resultado é a revitalização de espaço há
tanto tempo esquecido.
O MAR é um museu diferente pela diversidade
de obras e objetos que exibe de forma despojada
e, até, despretensiosa. Lá podemos ver peças
oriundas das escavações feitas naquela área do
Porto, que nos remetem a épocas passadas; é
possível observar pinturas que retratam locais que
Museu de Arte do Rio | Maria Fátima de Mattos
nossos avós comentavam de um Rio de Janeiro
mais singelo, como a Igreja de Santa Luzia praticamente banhada pelo mar, o belíssimo Palácio Monroe de
1904, que deu lugar a uma praça com estacionamento subterrâneo; há curiosidades como uma maquete muito
bela do Theatro Municipal, vários reclames (anúncios) antigos de companhias aéreas. Há muito mais que se
ver e conhecer.
O espaço oferece exposições, seminários, cursos. Um café aconchegante no térreo, ao lado de uma loja de
lembranças contemplam o local com certo
charme. No mirante, restaurante, com vista
para a Baía de Guanabara, Ponte Rio Niterói,
Perimetral (ainda presente) e, do outro lado,
casario preservado pelo Patrimônio Histórico.
Enfim, é um ambiente em que a história do Rio
de Janeiro convive com o antigo e o moderno.
Museu de Arte do Rio | Maria Fátima de Mattos
Visitando a página do MAR www.
museudeartedorio.org.br ou encaminhando
mensagem para o endereço info@
museudeartedorio.org.br você terá acesso
à programação do museu e se informará,
ainda, sobre preço de ingresso e gratuidades
oferecidas, sendo que às terças-feiras o MAR
é gratuito para todos.
Reitor: Ricardo Vieiralves Vice-reitor: Paulo Roberto Volpato SR1: Lená Medeiros de Menezes CAIAC/PROINICIAR: Maricelia Bispo
Edição de texto: Maria Fátima de Mattos Reportagem: Maria Fátima de Mattos Projeto Gráfico e Editoração: Rodrigo Nascimento
Fotografia: Maria Fátima de Mattos Tiragem: 600 exemplares Impressão: Gráfica Uerj
Contato: (21)2334-0970 e proiniciarcomunica@gmail.com Página da CAIAC: www.caiac.uerj.br
PROINICIARcomunica é uma produção da Coordenadoria de Articulação e Iniciação Acadêmicas - CAIAC
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