Este documento descreve o diagnóstico e características epidemiológicas da doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). [1] A DHGNA afeta de 5,5% a 31% da população geral adulta nos EUA e é mais prevalente em pessoas obesas, diabéticas ou com síndrome metabólica. [2] A DHGNA pode variar de esteatose assintomática a esteatohepatite e cirrose, sendo esta última associada a maior morbimortalidade. [3]
2. HOYUMPA, GREENE, DUNN et al, 1975
KLEINER, BRUNT, VAN NATTA et al, 2005
FABBRINI, SULLIVAN, KLEIN, 2010
3. DHGNA: Spectrum of Hepatic Pathology
DHGNA
Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica
Esteatohepatite
Esteatose
Cirrose
Carcinoma
hepatocelular
4. Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA)
Terminologia
Doença Hepática Gordurosa Não
Alcoólica (DHGNA)
Doença Hepática semelhante à alcoólica, em
indivíduos que não consomem álcool ou o fazem em
quantidade não excessiva
Espectro Histológico da lesão lesão hepática
NAFL – fígado gorduroso (esteatose)
NASH – esteatose + morte hepatocitária (esteatohepatite)
Cirrose – nódulos de regeneração + fibrose
Diagnóstico de exclusão ?
Exames laboratoriais e de imagem – pouco sensíveis e
inespecíficos
Neuschwander-Tetri BA, Caldwell SH. Hepatology 2003;37:1202-1219.
Brunt EM. Semin Liver Dis 2004;24:3-20.
McCullough AJ. Clin Liver Dis 2004;8:521-533, viii.
5. Esteatose
Hepatócitos esteatóticos
Deposição intra-
celular de gordura
McCullough AJ. Clin Liver Dis 2004;8:521-533, viii.
6. Non-Alcoholic SteatoHepatitis (NASH)
Esteatohepatite
Non-Alcoholic SteatoHepatitis (NASH)
Deposição intra-celular
de gordura
Necrose
Fibrose
Depósitos de gordura
Inflamação
Necrose com Fibrose
McCullough AJ. Clin Liver Dis 2004;8:521-533, viii.
7. Cirrose
Nódulo de
regeneração
Fibrose
Fibrose circundando
nódulos
McCullough AJ. Clin Liver Dis 2004;8:521-533, viii.
8. DHGNA
Qual a extensão do problema ?
DHGNA
Prevalência
Dados da população geral
Dados de populações de alto risco
História Natural
Clark JM, Brancati FL, Diehl AM. Am J Gastroenterol 2003;98:960-967
9. Epidemiologia
DHGNA Prevalência
Dados baseados na população geral
Dallas heart study
National Health and Nutrition
Examination Survey (NHANES) III
10. Epidemiologia
Prevalência da DHGNA
Dallas Heart Study
Coorte
(~1100 Afro-Americans, 700 Caucasianos, 400 Hispanicos)
Com fatores de risco
para fígado gorduroso
Nenhum fator de risco
(n = 375)
H1-NMR spectroscopy
Definido conteúdo normal de
gordura hepática
Avaliou a prevalência de esteatose na população e
em subgrupos etnicos
Browning JD, Szczepaniak LS, Dobbins R, et al. Hepatology 2004;40:1387-1395.
11. Dallas Heart Study Results
Dallas Heart Study
Normal Esteatose
< 5.5% > 5.5%
Esteatose = 31%
Enzimas hepáticas NORMAIS na maioria (79%) daqueles com esteatose
12. Prevalência da Esteatose
varia com o grupo étnico
45%
Fatty liver
33%
24%
Hispanics Whites Blacks
13. Hepatic Esteatose: Gender Disparities in Whites
Esteatose Hepatica
Disparidade sexual em brancos
45%
42%
Fatty liver
M F M 24% 24%
F M F
Hispanics Whites Blacks
14. NHANES III
Coorte
15.676 adultos americanos
AST, ALT
HBsAg, anti-HCV, perfil do
ferro e ingestão alcoólica
AST, ALT AST, ALT
Elevada (8%) Normal (92%)
Explicada Inexplicada
(31%) (69%)
Clark, Brancati, Diehl. Am J Gastro 2003; 98:960
15. NHANES III
Normal
AST, ALT
5.5% Hepatite inexplicada
IMC
Circunferência da Cintura
Triglicerides
Insulina
HDL
Síndrome Metabólica
Clark, Brancati, Diehl. Am J Gastro 2003; 98:960
16. DHGNA Prevalência
População geral adulta americana
Dallas Heart Study (2.200 adultos)
DHGNA avaliada com exame de imagem DHGNA Prevalência
Prevalência geral de esteatose 31% 5.5-31%
(variou de 24% - 45%)
maioria indivíduos (79%) com esteatose não
exibem elevações das aminotransferases
NHANES III (15. 700 adultos)
3-10 x mais
DHGNA avaliada com aminotransferases
prevalente que
prevalência geral de DHGNA 5.5%
Hepatite C
17. DHGNA em Populações de alto risco
Obesos mórbidos submetidos a Bypass gástrico
Doença hepática não suspeitada no pré-operatório
biópsia intra-operatória tipicamente mostra DHGNA
Esteatose: 30-90%
Esteatohepatite: 33-42%
Fibrose:
fibrose portal: 33%
fibrose avançada: 12%
cirrose: 1-2%
Fibrose avançada: 13-14%
18. DHGNA em Populações de alto risco
Diabetes Mellitus Tipo 2
Prevalência da DHGNA é alta
USG detecta esteatose em 50%
Esteatohepatite é muito comum
Esteatose pura: 12%
Esteatohepatite NASH: 87%
Fibrose ou cirrose documentada em 20%
Taxa de mortalidade padronizada para morte por
doença hepática > que por doença coronariana
Gupter et al. J Gastro Hepatol 2004;19:854-859
Tolman et al. Ann Intern Med 2004; 141:946-956
19. Epidemiologia DHGNA: Prevalência
em populações de alto risco:
Hiperlipidemia
Pacientes com hiperlipidemia
(n= 95)
hipercolesterolemia hipertrigliceridemia Dislipidemia mista
(55%) (30%) (15%)
USG
Prevalência global de esteatose = 50%
hipertrigliceridemia, dislipidemia mista risco 5-x
Assy N, et al. Dig Dis Sci 2000;45:1929-1934
20. Prevalência
Brasil Brasil
Brasil Brasil Brasil
Chile Chile
China China
China China China
Coreia Coreia
Coreia Coreia
EUA EUA EUA
EUA EUA EUA
EUA EUA EUA
EUA EUA EUA
França França
India India
India India India
Inglaterra Inglaterra
Israel Israel
Israel Israel
Italia Italia
Italia Italia Italia
Japão Japão
Japão Japão
Japão Japão
Mexico Mexico
Mexico Mexico Mexico
Polonia Polonia
-50% -20% 10% 40% 70% 100%
LAZO & CLARK, 2008
22. Fatores de risco para Cirrose
Idade > 45-50 anos
Obesidade
Diabetes
66% prevalência de fibrose em ponte
se idade > 50 anos e paciente obeso ou diabetico
Angulo P, Deach JC, Batts KP, Lindor KD. Hepatology 1999;30.
Ratziu V, Giral P, Charlotte F, Bruckert E, Thibault V, Theodorou I, Khalil L, et al. Gastroenterology 2000;118:1117-1123.
23. Prevalência de Fibrose F3-F4
em hepatopatias comuns
100
75
DHGNA Outras
% 50
25
0
Obesos sumetidos Diabéticos Alcoolistas Hepatite C
A Bypass gãstrico Idosos Crônica
24. Implicações prognósticas da
Esteatohepatite + Fibrose
Esteatose pura Cirrose
> 10 anos
3%
Esteatohepatite + Cirrose
5-10 anos
fibrose 30%
Matteoni et al. Gastroenterology 1999; 116:1413
25. Implicações prognósticas da
Esteatohepatite + Fibrose
Taxa de mortalidade relacionada ao
fígado de 10% dentro de 10 anos
Matteoni et al. Gastroenterology 1999; 116:1413
26. Implicações prognósticas da
Esteatohepatite + Fibrose
Doença hepática é uma causa importante
de mortalidade
Doença cardiovascular > cancer = cirrose
#1 #2
Matteoni et al. Gastroenterology 1999; 116:1413
28. DHGNA
Associada com Síndrome Metabólica
Obesidade
Diabetes
Dislipidemia
Estado de Resistência à Insulina
29. Epidemia de obesidade
>1 bilhão de adultos no mundo:
- Sobrepeso em 2002 1
- IMC >25 kg/m2
Pelo menos 300 millhões:
obesos 2
- IMC >30 kg/m2
1- World Health Organization. Global strategy on diet, physical activity and health, 2003.
Available at: http://www.who.int/hpr/NPH/docs/gs_obesidade.pdf. Accessed November 11, 2003.
2- International obesidade Task Force. Available at: http://www.iotf.org. Accessed November 13, 2003.
30. Fotografia por Karen Kasmauski
http://science.nationalgeographic.com/science/health-and-human-body/human-body/fat-costs.html
Newman Cathy, National Geografic, 2004
33. Aumento da densidade energética dos
alimentos
As porções padrão têm aumentado nos últimos 20 anos
20 anos atrás Hoje
210 calorias 610 calorias
500 calorias 850 calorias
333 calorias 590 calorias
34. Fator de risco cardiovascular :
Um cenário em evolução
Tabagismo Obesidade
Dislipidemia DM2
HAS Síndrome
metabólica
35. Como a obesidade abdominal aumenta a
Resistência à insulina?
Ingestão
calórica
Atividade física
excessiva
reduzida Citocinas Alteração nos
receptores de
Fatores inflamatórias insulina
genéticos
Hormônios
Ácidos graxos
livres
36. Síndrome Metabólica
Produção anormal de hormônios & citocinas
que regulam a resposta inflamatória
ANTI-
inflamatória
PRO-
inflamatória
Rajala MW, Scherer PE. Endocrinology 2003;144:3765-3773.
Garg R, Tripathy D, Dandona P. Curr Drug Targets 2003;4:487-492.
38. DHGNA: Why care?
Por que tratar?
Comum
90% dos casos de elevação de
aminotransferases são devidos à hepatopatia
alcoólica e à DHGNA
Algumas lesões patológicas têm potencial
para a letalidade (mas não todas)
Há tratamentos disponíveis
(dependendo da histologia)
39. Por que tratar ?
→A esteatose pode ser um cofator relevante para
o dano hepático
Em outras hepatopatias
No pós operatório da hepatectomia parcial
No pós operatório do transplante hepático
40. Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica Não Alcoólica Clinical Implications
Implicações clínicas
Esteatose
Assintomática
Curso benigno?
<10% evolui para cirrose
Fator de risco para cirrose
em HCV e DHA
Diminuição da eficácia da
terapia anti - HCV
41. Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica Não Alcoólica Clinical Implications
Implicações clínicas
Esteatohepatite
Sintomas inespecíficos
Mallory Síndrome Metabólica
mais grave
balonização
Excesso de citonas pró -
inflamatórias
~ 30% de fibrose
Morte celular
avançada
Pode promover HCC
42. Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica Não Alcoólica Clinical Implications
Implicações clínicas
Cirrose (F4)
Morbimortalidade
comorbidades relacionadas
ao figado
Pode ser reversível?
Aumenta risco de HCC
43. Metas do Diagnóstico
Confirmar a etiologia da doença hepática
Confirmar o tipo específico de esteatose
Estabelecer a gravidade clínica
45. Avaliação clínica
EXAME FÍSICO
PA
Peso, Altura, IMC
Circunferência da cintura
Circunferência do quadril
Relação cintura quadril
46. Critérios (pelo menos 3 Pontos de corte
de 5 constituem o
diagnóstico de síndrome
metabólica)
Circunferência da cintura ≥102 cm em homens RCQ > 0,9
aumentada ≥88 cm em mulheres RCQ > 0,85
Triglicérides elevados ≥150 mg/dl
ou em tratamento com medicações para hipertrigliceridemia
HDL-colesterol baixo <40 mg/dl em homens
<50 mg/dl em mulheres
ou em uso de medicações para HDL-C baixo
Pressão arterial elevada ≥130 mmHg de pressão sistólica
≥85 mmHg de pressão diastólica
ou em uso de drogas anti-hipertensivas em um paciente com
história prévia de HAS
Glicemia de jejum elevada > 99 mg/dl
ou em tratamento com drogas para glicemia elevada por
diagnóstico prévio de diabetes
47. Avaliação laboratorial
• AST • HCV • Glicemia
• ALT • HBsAg • Insulina
• GGT • Anti HBc • Gli pós 75g
• FA • Anti HBs • Hb glicada
• Alb • Perfil Ferro • Perfil lipídico
• Bb • FAN
• Plaquetas • AAML
• Perfil Cobre
• 1AT
48. Meta diagnóstica #1
Determinar se a etiologia é esteatose
Quem pode ter DHGNA?
Qualquer indivíduo com:
Síndrome Metabólica
obeso
diabético tipo 2
hipertenso
dislipidemico
Esteatose ao exame de imagem
AST ou ALT elevadas
Cirrose criptogênica
49. Meta diagnóstica #1
Determinar se a etiologia é esteatose
Exames laboratoriais típicos?
AST, ALT < 10x lsn e podem ser normais
Exames negativos para outras doenças
HBV, HCV, HAI, CBP, HH, Wilson, 1-AT
Marcadores de Síndrome Metabólica
Podem estar presentes
hiperglicemia, HbA1C, hiperlipidemia
Não há marcador específico para DHGNA
50. Meta diagnóstica #1
Determinar se a etiologia é a esteatose
Limitações dos testes:
USG pode sub ou superestimar o grau de
esteatose
Esteatose ao USG não exclui outras doenças
hepáticas
Testes positivos para outras doenças hepáticas
não exclui esteatose
51. Meta diagnóstica #2
Tipo específico de esteatose
Distinção entre Esteatose alcoólica/DHGNA
DHGNA implica em não ingestão ou ingestão segura
de álcool
mulher < 1 dose/d, homem < 2 doses/d
Os níveis seguros de ingestão podem variar
NHANES III: Limiar para elevação de AST, ALT
> 1 dose/d (mulher), 2 doses/d (homem)
52. Concentração de álcool/ Unidades
Bebidas
gramas de álcool de álcool
1 lata de cerveja - 350 ml 5% = 17 gramas de álcool 1,5
1 dose de aguardente - 50 ml 50% = 25 gramas de álcool 2,5
1 copo de chope - 200 ml 5% = 10 gramas de álcool 1
1 copo de vinho - 90 ml 12% = 10 gramas de álcool 1
1 garrafa de vinho - 750 ml 12% = 80 gramas de álcool 8
1 dose de destilados 40%-50% = 20 g-25 gramas de álcool 2-2,5
(uísque, pinga, vodca etc.) - 50 ml
1 garrafa de destilados - 750 ml 40%-50% = 300 g-370 gramas de álcool 30-37
53. Meta diagnóstica #3
Estabelecer gravidade
O prognóstico depende da histologia
Esteatose geralmente benigna
Esteatohepatite aumenta o risco para cirrose
Cirrose pode ser letal
Sinais de Hipertensão Portal identificam o grupo
de alto risco
54. Meta diagnóstica #3 Estabelecer gravidade
Meta diagnóstica #3
Estabelecer gravidade
Exames laboratoriais
O nível das aminotransferases não é útil
Podem ser normais em doença avançada
AST/ALT pode ajudar
Alta na cirrose
Plaquetopenia sugere cirrose
Bb, albumina aparece tardiamente
55. Meta diagnóstica #3
Estabelecer gravidade
Exames de imagem
Não podem distinguir esteatose alcoólica
de DHGNA e nem cirrose inicial
Estigma de Hipertensão portal sugere
cirrose
Pode detectar HCC não suspeitado
56. USG para Diagnóstico da Esteatose Hepática
Aumento Aumento da Apagamento Borramento
difuso da atenuação do diafragma marginal dos
ecogenicidade acústica vasos
TAYLOR, RIELY, HAMMERS et al, 1986
CHARATCHAROEENWITTHAYA & LINDOR, 2007
57. USG
População geral:
S= 60-94% FOSTER, DEWBURY, GRIFFITH, 1980
SAVERYMUTTU, JOSEPH, MAXWELL, 1986
E= 66-95% CHARATCHAROENWITTHAYA & LINDOR, 2007
Obesidade:
S= 64,9%
E= 90,9% MOTTIN, MORETTO, PADOIN et al, 2004
DE MOURA ALMEIDA, COTRIM, BARBOSA et al, 2008
58. USG para a
Gradação da Esteatose Hepática
Concordância Intra Observador para o grau de esteatose: 55-68%
A USG só detecta esteatose > 33%
SAADEH, YOUNOSSI, REMER et al, 2002
Variações de 20-40% no conteúdo de gordura podem não ser
detectáveis à USG
FISHBEIN, CASTRO, CHERUKU, 2005
Avaliação subjetiva
Método examinador dependente
59. Métodos de imagem
Detectam esteatose com alta acurácia
Não detectam inflamação e fibrose
Não avaliam o tipo de esteatose
Não avaliam a localização da esteatose
60. Meta diagnóstica #3
Estabelecer gravidade
Qual é o Papel da biópsia na DHGNA
Diagnóstico
DHGNA
EHNA – NASH
Estadiamento
Avaliação semi-quantitativa das lesóes
Score
Diagnóstico de hepatopatias concomitantes
Exclusão de outras causas de hepatopatia
63. Meta diagnóstica #3
Estabelecer gravidade
Indices Compostos
Clínico/laboratoriais
e.g., idade >45-50 + obesidade ou
DM sugere fibrose em ponte
Marcadores de fibrose
AST/ALT, plaquetas, Apri
64. DHGNA: Diagnostic Approach
DHGNA: Abordagem Diagnostica
Síndrome esteatose AST, ALT ↑
Metabólica ou cirrose criptogênica
Checar AST, ALT, Outras Esteatose
USG Uso de álcool hepatopatias
↑ Álcool Ingestão
segura Neg Pos Neg
DHA DHGNA
Biópsia*
65. Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica Não Alcoólica
Doença Hepática Gordurosa Não
Alcoólica Não Alcoólica
O que é ?
Por que tratar ?
O que pode ser feito ?
68. Diagnóstico N Resultados
Enzimas ↓ 8% para cada 1% de
Palmer, 1995 Revisão enzimas 39
perda de peso
Park, 1995 Trial controlado US 25 ↓enzimas se perda de peso (13)
Ueno, 1997 Não randomizado US + Biópsia 15 ↓enzimas, gli, esteatose
Kugelmas, 2003 RCT + Vit E Biópsia 16 ↓enzimas, lipides
↓enzimas, insulina, fibrose se
Hickman, 2004 Aberto Biópsia 31
perda de peso
Susuki, 2005 Coorte enzimas 348 ALT normal se ↓peso > 5%
↓enzimas, histologia, HOMA,
Huang, 2005 Prospectivo Biópsia e TC 23
triglicérides se ↓peso>7%
Melhora nos 44 que cumpriram
Baba, 2006 Prospepctivo Biópsia 65
os programas
Zelber-Sagi, 2006 Duplo cego Orlistat US e Biópsia 44 Melhora das enzimas e IMC ,
Todos perderam peso,
Thomas, 2006 RM US e biópsia 10 Melhora das enzimas e da
gordura
69. Efeitos da dieta isoladamente
Desenho Diagnóstico N Resultado
Eriksson, Serie de US e Biópsia 13 Normalização de enzimas.
1986 casos
Knobler, 1999 Prospectivo US e Biópsia 48 ↓ glicemia,
↓enzimas,
Normalização das enzimas nos
que perderam peso.
Okita, 2001 Serie de US 14 ↓ enzimas,
casos ↓ esteatose US,
Perda de peso.
Tendler, 2007 Prospectivo Biópsia 5 ↓ significante da esteatose, da
inflamação.
70. Elliott et al. Fructose, weight gain, and the IR syndrome, 2002
Bray et al. Consumption of high-fructose corn syrup in beverages may play a role in the
epidemic of obesidade, 2004
Ouyang et al. Fructose consumption as a risk factor for nonalcoholic fatty liver disease, 2008
Henry et al. Current issues in fructose metabolism, 1991
Terrier et al. Effect of intravenous fructose on the P-31 MR spectrum of the liver: dose
response in healthy volunteers, 1989
Teff et al. Dietary fructose reduces circulating insulin and leptin, attenuates postprandial
suppression of ghrelin, and increases triglycerides in women, 2004
Shapiro et al. Fructose-induced leptin resistance exacerbates weight gain in response to
subsequent high-fat feeding, 2008
Tetri LH, Basaranoglu M, Brunt EM, et al. Severe NAFLD com hepatic necroinflammatory
changes in mice fed trans fats and a high-fructose corn syrup equivalent, 2008
71. TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO DA NASH
Hepatoprotetores
Sensibilizadores à ação da Ácido ursodeoxicólico
insulina
Glitazonas
Sartans*
Agentes para perda de peso Antioxidantes
Metformina Citoprotetores
Anti-apoptóticos
Melhora da Antiinflamatórios
resistência
insulínica
Melhora a lesão
hepática
RATZIU & ZELBER-SAGI. Pharmacologic Therapy of Non-Alcoholic Steatohepatitis. Clin Liver DIs, 2009
75. Metformina foi Superior a Vitamina E ou Dieta
para controle da DHGNA em não diabéticos
Biópsia
Randomização opcional
Metformina* 2 g/d
(n = 55)
Pacientes com
DHGNA não Vitamina E 800 IU/d
(n = 28)
diabéticos
(N = 110) Prescrição de dieta para perda de peso
(n = 27)
*Metformina foi progressivamente aumentada de 250 mg 2x/d até o máximo de 2g/d em 4 semanas para minimizar os
efeitos colaterais gastrointestinais.
Bugianesi et al. A randomized controlled trial of metformin versus vitamin E or prescriptive
diet in nonalcoholic fatty doença hepática. Am J Gastroenterol. 2005;100:1082-1090.
76. Metformina foi Superior a Vitamina E ou Dieta
para controle da DHGNA em não diabéticos
Vitamina E/
Metformina
Dieta P Value
(n = 55)
(n = 55)
normalização ALT
56.3 21.8 .0006
(< 40 U/I), %
↓ BMI, kg/m2 1.3 1.0 .113
↓ glicose, g/dL 56.3 77 .125
↓ insulin, μU/mL 82 86 .029
↓ HOMA, unidades 1.5 0.5 .0002
Bugianesi E, et al. Am J Gastroenterol. 2005;100:1082-1090.
77. ↓ IMC significante em relação ao basal
↓ IMC e o uso de metformina ↑ a chance de normalização da ALT
– Odds ratio IMC, 1.22
–95% intervalo de confiança (IC) = 1.10-1.37 (P = .0002)
– Odds ratio metformina, 5.98
–95% IC = 2.05-17.45 (P = .0011)
Bugianesi E, et al. Am J Gastroenterol. 2005;100:1082-1090.
78. METFORMINA
Tempo estudo Comparação N Enzimas Histologia
Marchesini, 2001 4m 14 ↓ NA
Nair, 2004 12 m 15 ↓ ↓inflamação
Uygun, 2004 6m Dieta 36 ↓ ↓inflamação
↓esteatose,
Bugianesi, 2005 12 m Dieta/Vit E 55 ↓ inflamação e fibrose
Schwimmer, 2005 6m 10 ↓ NA
↓esteatose e
Loomba, 2006 12 m 14 ↓ inflamação
Nobili, 2008 24 m Antioxidante 57 NS NS
Melhora em 30% dos
Loomba, 2009 12 m 28 ↓ pac
Haukeland, 2009 6m Placebo 44 NS NS
80. Orlistat
Inibidor da lipase gástrica e pancreática
Mais estudado
Impede absorção de 30% dos
triglicérides
↓ fibrose e inflamação
Benefício maior se perda de peso > 9%
(independente do uso de Orlistat)
81. ÁCIDO
URSODEOXICÓLICO
Comparação com Resultado Desenho
LAURIN, 1996 Clofibrato ALT e esteatose
KIYCI, 2003 Atorvastatina Estatina ALT
RCT
LINDOR, 2004 Placebo Sem efeito
166 pacientes
ALT assoc com Vitamina 16 x 3 pacient
DUFOUR, 2006 Vitamina E/placebo
E 2 anos
126 pacientes
HI-UDCA ALT e HOMA
28-35mg/kg
82. Vitamina E ( -tocoferol)
Comparação Resultado Desenho
↓ esteatose 6/9
9 pacientes
HASEGAWA, 2001 NC ↓ fibrose 5/9
300 UI + MEV
↓ ALT*
16 pacientes
KUGELMAS, 2003 Placebo NS
800 UI
49 pac - 6
↓ fibrose*
HARRISON, 2003 Placebo meses
NS esteatose e inflamação
1000 UI + Vit C
Metformina ↓ enzimas RCT
BUGIANESI, 2005 Metformina
NS histologia 800 UI - 1 ano
↓ ALT assoc com AUDC RCT 16 x 3 pac
DUFOUR, 2006 AUDC
↓ histologia assoc com AUDC 800 UI - 2anos
Sanyal,2010 Pio, 30mg ↓ esteatose RCT 2471000UI
↓ esteatohepatite 2 anos
83. Patogênese da DHNA
↓ S-adenosilmetionina (SAM)
Betaína age como uma doador metil na via
de remetilação da hemocisteína para
metionina
SAM protege contra esteatose em modelos
animais de DHA
Abdelmalek MF, Angulo P, Jorgensen RA, et al. Betaine, a promising new agent for pacientes com
nonalcoholic steatohepatitis: results of a pilot study. Am J Gastroenterol, 2001
84. Ácidos graxos poli-insaturados ômega 3
N dose Tempo Resultado
Capanni, 2006 56 1000mg/d 12 Melhora
bioquímica e
radiológica
Tanaka, 2008 23 2700mg/d 12 Melhora
bioquímica e
radiológica
Ômega 3: peixe, frutos do mar, castanhas – anti-
inflamatórios
Ômega 6: produtos animais, óleos vegetais – pró-
inflamatórios
85.
86. Estatinas para controlar a dislipidemia
associada à EENA
Estatinas
para tratar a dislipidemia em
pacientes com EENA.
Bhardwaj e Chalasani, 2007. Clin Liver Dis.11:597-613, vii.
Onofrei et al, 2008. Pharmacotherapy.28:522-529.
Tandra e Vuppalanchi, 2009. Curr Treat Options Cardiovasc Med. 11:272-278.
87. Estatinas para controlar a dislipidemia
associada à EENA
O risco de hepatotoxicidade induzida por
estatinas é mínimo em pacientes com
hepatopatia crônica.
Os níveis de aminotransferases podem ser
monitorados
Qualquer estatina pode ser usada
Pravastatina e Atorvastatina são aceitáveis
88. Estatinas para tratamento da
EENA
Estatinas foram associadas a
redução de aminotransferases em
alguns estudos.
Estatinas
de melhorar a histologia ou
reduzir morbidade.
Zetterman, 2010
90. Cirurgia bariátrica para EENA em
pacientes obesos
21 estudos de coorte prospectivos
ou retrospectivos melhora da
esteatose ou inflamação
4 estudos deterioração no grau de
fibrose
Cochrane Database Syst Rev, 2010
93. DHGNA e morbi-mortalidade
relacionada ao fígado
A taxa de mortalidade de pacientes com
EENA é maior que a da população geral.
Doença hepática é a 3a. causa de morte em
pacientes com DHGNA.
Hepatology, 2010.
94. DHGNA: O que nós podemos fazer ?
DHGNA
O que nós podemos fazer ?
Prevenir/tratar a Síndrome Metabólica
A gravidade da DHGNA e da Síndrome Metabólica
se correlacionam
Tratamentos efetivos para Síndrome Metabólica são
disponíveis:
Dieta & exercício
Sensibilizadores à insulina (metformina, TZD)
Hipolipemiantes (estatinas, fibratos)
Terapias para Síndrome Metabólica são geral/
seguras (e podem melhorar a DHGNA) em
pacientes com Síndrome Metabólica+ DHGNA
95. DHGNA - O que nós podemos fazer ?
DHGNA
O que nós podemos fazer ?
Abordagens ainda não aprovadas:
Terapia farmacológica específica para DHGNA
Benéficos em estudos preliminares
Sensibilizadores da ação da insulina TZDs > metformin
Vitamina E
Benefícios não comprovados em estudos preliminares
Estatinas, fibratos
Antioxidantes: Betaina, SAMe,
Probioticos
Não benéfico:
Ácido ursodeoxicólico
96. DHGNA - O que nós podemos fazer ?
DHGNA
O que nós podemos fazer ?
Perda de peso
• A composição ótima da dieta ainda não é conhecida
Restrição calórica severa pode ser prejudicial
Bypass Gastrico tem efeitos mistos
Reduz a esteatose
Efeitos da esteatohepatite e na fibrose ?
Descompensação pós operatória é um risco
97. DHGNA: Therapeutic Approach
DHGNA: Abordagem terapêutica
Síndrome Metabólica evidente
Sim Não
Tratar SM Tratar DHGNA
DM Esteatose Esteatohepatite Cirrose
Anti-HAS
hipolipemiantes
Dieta Medicação ? Avaliar HP
Exercícios Tx ?
Screening para HCC
Monitorizar progressão
Exame físico (HP)
Exames laboratoriais (plaquetas, AST/ALT, Apri)
98. As MEV devem sempre ser estimuladas
Os exercícios ↓ EENA independente da perda
de peso
Cuidado com a frutose!!!
A perda de peso mantida traz os melhores
resultados
As glitazonas são os fármacos mais
promissores
Combinação de drogas?
Tratar as condições associadas, já que a
doença cardiovascular é a maior causa de
óbito nos pacientes com DHGNA
99. Exclusão de outras hepatopatias
As sorologias podem gerar confusão
Hepatite
autoimune
FAN 2-40% dos
ASMA – AAML pacientes com
DHGNA
Brunt EM, Ramrakhiani S, Cordes BG, et al. Mod Pathol 2003;16:49–56.