Trabalho realizado no âmbito da disciplina de História e Cultura das Artes, 11º ano, sobre todos os estilos de pintura entre o século XIX até meados de século XX.
3. Os românticos caracterizam-se por estar em oposição à arte
neoclássica, quebrando o academismo. Eles lutavam pela livre
expressão do seu “eu” pessoal, caracterizada por aderir aos
sentimentos, a imaginação, ao nacionalismo e a natureza.
O romantismo foi marcado pelo amor à natureza livre e autêntica, pela
aquisição de uma sensibilidade poética pela paisagem, valorizada pela
profusão de cores, refletindo assim o estado de espírito do autor.
Não foi um estilo unificado em termos de técnica ou temática, já que
foi uma pintura individulaizada e diversificada em pontos de vista
estilisticos.
Introdução
4. • Espontaneidade e individualismo;
• Influência Neoclássioca no tratamento realista e naturalista;
• Paleta crómatica variada;
• Exploração de contrastes fortes – intenso sefeitos de claro-escuro
conferindo dramatismo à luminosidade;
• Expressividade e sentimentalismo das cenas;
• Preferiu o oleo;
• Pintura celada, fluida, vigorosa e espontânea;
• Estruturas agitadas e movimentadas – reforçam o sentido trágico e
dramático;
• Figura humana já não obedece aos cânones clássicos – em escroço e
contraposto;
Traços estilísticos comuns
5. • Históricas;
• Literárias – no movimento romântico a literatura andou a par da
pintura, influenciando-se mutuamamente;
• Mitológicas – tratadas com acentuado misticismo e espiritualidade
• Retrato – sobretudo de figuras populares e anónimas;
• Atualidade político-social – naufrágios, revoltas sociais, lutas
nacionais;
• Oníricas e fantásticas;
• Costumes populares;
• Inspiradas nas tradições, habitos e raças exóticos;
• Vida animal;
• Paisagem – tema de grande preferência;
Temáticas preferidas
7. La Liberté guidant le peuple, Eugène Delacroix
Análise técnico -formal:
• Pintura histórica: Representa
a exaltação do passado
histórico numa dimensão
nacionalista e ética evocando
acontecimentos e
personagens exemplares.
• Contrastes fortes de claro-
escuro e de cor;
• Ambiente nostálgico e
dramático entre as
personagens e fundo
paisagístico.
• As cenas sao carregadas de
sentimento;
• Composição dinâmica
10. A balsa da Medusa, Théodore Géricault
Análise técnico -formal:
• Representação hístórica de
um naufrágio que aconteceu
na altura e se tornou um
escandalo nacional, em que o
capitão deixou a sua
tripulação e passageiros às
mãos da morte;
• Intrepretação dramática;
• Figuras humanas em escorço
e posições dificéis carregadas
de tragédia;
• Contrastes luminosos que
enfatizam o dramatismo;
12. Catedral de Salsbury, John Constable
Análise técnico -formal:
• Paisagem como cúmplice do
desenrolar do drama
humano;
• Realismo;
• Utilização das cores da
natureza;
• Luz natural que consegue dar
um efeito vivo e sereno;
• Pinceladas largas e sinuosas
no céu e nas árvores;
• Composição que transmite
nostálgia;
14. Naturalismo - Introdução
Naturalismo foi uma tendência marcada pelo interesse na
respresentação objetiva do real visível, abandonando as tematicas
relegiosas, fantasistas ou de inspiração histórica e literária, libertando a
arte do subjetivismo e sentimentalismo exagerados que o Romantismo
defendera.
15. Naturalismo – Características
• Pintura da Natureza, captada ao ar livre, inaugurando a pintura fora
dos ateliers;
• Maior fidelidade possivel aos fenómenos da Natureza;
• Luz e atmosfera criadas pelos efeitos de luz desempenham um
papel primordial.
17. A Colheita, Daubigny
Análise técnico -formal:
• Representação realista de um
ambiente natural;
• Imitação exata da natureza;
• A luz e as cores adaptam-se a
realidade;
• Insento de subjetividade.
20. Realismo - Introdução
O realismo foi influenciado pelo Naturalismo e esteve ligado aos
acontecimentos socias e políticos dessa época, visando a captação da
realidade social, com toda a fidelidade àquilo que se observa,
completamente insento de subjetividade.
Para os realistas a arte é uma denúncia social e política, tendo como
inspiração a vida quotiadiana em que as personagens eram pessoas
comuns e anónimas.
21. Realismo - Características
• Fieis à realidade;
• Figura humana respeita a anatomia;
• Cor ambiente quase morta;
• Precisão quase fotográfica do desenho;
• Simplificação do claro-escuro;
• Pintura concreta;
• Inspiração em assuntos vulgares;
• Serenidade nas expressões faciais e corporais;
23. As Respigadoras do Trigo, Millet
Análise técnico -formal:
• Tema do cotidiano rural,
trabalho de campo que
retrata a vida dura dos
camponeses;
• Tratamento simples e cru;
• Reprodução desapaixonada e
neutra da realidade;
• Exactidão do desenho;
• Pintura é quase como que
uma fotografia nítida
concreta e sólida;
24. O Atelier, Courbet
Análise técnico -formal:
• Tema do cotidiano, neste caso
do estúdio do artista que
contém muito significado por
trás de cada personagem;
• Cores mortas;
• As personagens representam
uma posição serena;
• Desenho minuncioso e
preciso.
28. Introdução
A Irmandade Pré - Rafaelita designa um grupo de pintores ingleses
constituído em 1848.
Este grupo surge como reacção à arte académica inglesa que seguia os
moldes dos artistas clássicos do Renascimento. Inseridos no espírito
revivalista romântico da época, os pré-rafaelitas desejam devolver à
arte a sua pureza e honestidade anteriores, que consideram existir na
arte medieval do Gótico final e Renascimento inicial. Ao auto
denominarem-se pré-rafaelitas realçando o facto de se inspirarem na
arte anterior a Rafael, artista que tanto influenciava a academia
inglesa.
29. Características
• Pintados com cores fortes e "esmaltadas";
• Individualismo;
• Liberdade e ausência de regras;
• Imagens repletas de pormenores;
• Grande minúcia no desenho;
• Pintavam geralmente ao ar livre observando directamente a
natureza;
• Arte mais sensível;
• Produção artística não era unificada nem homogénea em carácter
ou qualidade.
30. Temáticas
• Por um lado alguns destes artistas (Millais, Holman Hunt) vão
dedicar-se a temas e problemas da sociedade actual, utilizando para
isso uma representação realista;
• Por outro lado outros artistas (Rossetti, Edward Burne-Jones) vão
ligar-se mais a temas medievais inspirados em Dante na sua Divina
Comédia, em lendas, cenas religiosas, carregando as suas
composições de misticismo – sendo esta variante a que dominou o
movimento.
40. Introdução
Pode-se dizer que o Impressionismo foi uma tendência da arte,
principalmente francesa, que dominou o fim do século XIX.
Foi uma reacção ao intelectualismo socio-político do Realismo e ao
academismo na época, apresentando uma pintura mais intuitiva e
espontânea, realizada perante o motivo, procurando o imediatismo da
perceção e sensação. Baseada na captação de uma determinada
realidade ou momento, sensível e fugaz, como a luz e os seus efeitos
sobre a natureza, as pessoas e os objetos, no qualo tema nao
interessava muito.
41. Características
• Pintura executava-se no momento, perante o motivo
• Nega-se a racionalização da arte;
• A cor dá as formas, e é usada pura sem misturas;
• Pinceladas curtas, rápidas, fragmentadas e são rigorosamente
colocadas pela lei das cores complementares, de modo a obter a
fusão dos tons;
• As formas desaparecem, não mais se percebem os contornos,
permanecendo no quadro apenas borrões de tinta.
Resultado disto sao quadros de aspeto incabado e rugoso (tinta não
alisada), de cores abertas, formas e volumes pouco definidos e quase
desmaterializados, que pões em evidência os jogos da cor e da luz.
45. Nascer do sol, Claude Monet
Análise técnico -formal:
• Pinceladas soltas que tentam
retratar os movimentos da
cena retratada;
• Valorização da ação natural
da luz neste caso sobre a
água;
• Formas menos definidas sem
contornos nítidos;
• Importância da mancha sobre
o desenho.
52. Introdução
Esta tendência surgiu de fazer evoluir o impressionismo no sentido do
rigor da aplicação das novas teorias ciéntificas da cor.
Teve origem com George Seurat que usou um novo método que
consistia na redução das pinceladas a pequenas manchas
arrendondadas – Pontilhismo – de cor pura não misturada.
Com este método, a representação do instante luminoso passou a ser
um elemento secundário do quadro, aumentando-se o jogo
harmonioso de cores em si.
A obra deixou de ser uma impressão fugaz e passou a ser uma rigorosa
construção de cores, de formas e de linhas, perseguindo as leis
universais e eternas da harmonia, ritmo, simetria e contraste.
57. Pinheiro, Paul Signac
Análise técnico -formal:
• Uso da técnica do
pontilhismo;
• Pontos coloridos justapostos
considerado ser o culminar
do desprezo pela linha de
contorno;
• Composição harmoniosa;
• Cores puras.
60. Cruzam-se diferentes tendências na busca de novos caminhos para a
arte. Derivam do Impressionismo na medida em que separam a pintura
da representação minunsiosa da natureza e a interpretam pelos valores
específicos - os da cor e da bidimensionalidade. Mas divergem dele
pois reagem contra a superficialidade da sua análise ilusiónistica da
realidade.
Introdução
61. • Conciliação entre efeito volumétrico e o gosto puramente estético;
• Uso de cores contrastantes para distendir e definir níveis e formas;
• Efeitos pictóricos com base em pesquisas estruturais, espaciais e
cromáticas;
• Uso de cores puras, com grande carga emocional e modulado;
• Imaginativas criações com base em traços curvos, tentando
expressar a angústia e a desolação interior;
• Criação de composições simplificadas e estático, olhando para a
harmonia das massas cromáticas em perfis bem apertados.
Introdução
64. L'Eglise d'Auvers sur Oise, Van Gogh
Análise técnico -formal:
• Pinceladas agitadas,
onduladas e cortadas;
• Formas sinuosas e
flamejantes;
• Cores puras e agressivas;
• Pintura grossa e pesada -
empaste;
68. Introdução
O Fauvismo é uma tendência estética da pintura, surgida no final do
século XIX e desenvolvida no início do século XX. Este movimento foi
tipicamente francês, iniciou-se por parte dos artistas que se opunham a
seguir a regra da estética impressionista, em vigor na época.
Também influenciou muito a ruptura da arte moderna com a antiga
estética vigente, além disso, modificou a idéia de utilização das cores
nas artes plásticas.
Para o movimento Fauvista a criação artística deve ser livre e
espontânea, baseada no instinto, nos impulsos primários.
69. Características
• Colorido brutal;
• Larga preferência por cores puras;
• Pinceladas violentas e definitivas;
• Irrealidade na correspondência das cores ;
• Manchas largas;
• Grandes planos;
• Linhas e cores não possuem uma ordem pre-determinada.
70. Temática
Leve, baseada na alegria de viver e nas emoções, e não tinha
fundamentação ou intenção crítica nem política.
71. Princípios
• Criar, em arte, não tem relação com o intelecto e nem com
sentimentos;
• Criar é seguir os impulsos do instinto, as sensações primárias;
• As linhas e as cores devem nascer impulsivamente e traduzir as
sensações elementares, no mesmo estado de graça das crianças e
dos selvagens.
73. A dança, Matisse
Análise técnico -formal:
• Cores intensas ;
• Uso de formatos planos,
grandes, simples e com traços
largos;
• Intenção de demonstrar
sentimentos;
78. Introdução
O Expressionismo foi uma corrente artística concentrada especialmente
na Alemanha, entre os anos de 1905 e 1930. Esses artistas tentaram
transmitir a sua arte utilizando uma forma psicológica onde pudessem
expressar os seus sentimentos íntimos, mais do que o mundo exterior
o fazia. É uma pintura pessoal e intensamente apaixonada que
pretende representar as realidades invisivéis.
79. Características Gerais
• Deforma-se a figura, para ressaltar o sentimento.;
• Predominância dos valores emocionais sobre os intelectuais;
• Pesquisa no domínio psicológico;
• Cores resplandescentes, vibrantes, fundidas ou separadas;
• Dinamismo improvisado, abrupto, inesperado;
• Técnica violenta;
• Preferência pelo patético, trágico e sombrio.
80. Movimentos
Esta arte que é o reflexo dos tempos perturbados que antecederam e
acompanharam a Primeira Guerra Mundial, foi desenvolvida por dois
movimentos de pintores:
• Die Brücke (A Ponte);
• Der Blaue Reiter (O Cavaleiro azul).
81. Die Brücke (A Ponte)
Associação de artistas Alemães fundada em 1905.
Pretendiam uma arte mais pura e instintiva, reagindo ao
Impressionismo, que estivesse diretamente ligada a expressão das
realidades interiores, sendo esta “a ponte que leva do visível para o
invisível”. Expressaram os sentimentos e traumas da alma humana com
dramatismo e uma intenção de denúncia e crítica política e social.
82. Die Brücke (A Ponte) - Estética
• Linguagem figurativa;
• Formas simplificadas, deformadas e aguçadas;
• Contornos negros e preenchimento com cores violentas ou
sombrias;
• Antinaturalista;
• Pinceladas rapidas;
• Execução espontânea e temperamental;
83. Die Brücke (A Ponte) - Temáticas
• Vida íntima;
• Sexualidade e erotismo;
• Cenas de rua ou cafés;
• Mundo da prostituição;
• Miséria urbana;
• Retrato e auto-retrato;
Concluindo assim que este movimento retratava a atualidade social do
pintors, com incidência na vida burguesa e na marginalidade.
84. Die Brücke (A Ponte) - Pintores
• Ernst Lüdwig Kirchner - grande impulsionador do grupo, líder
• Emil Nolde
• Karl Schimdt-Rottluff
• Erich Heckel
• Otto Müller
85. Retrato de Gerda, Ernst Ludwig Kirchner
Análise técnico -formal:
• É um retrato, que foi uma das
temáticas preferidas do
expressionismo de “A Ponte”;
• Formas construídas pela linha
e pela mancha;
• Cores vibrantes e
contrastantes;
• Desenho rude e aguçado.
89. Ciganos, Otto Muller
Análise técnico -formal:
• Temática erótica devido ao
peito descoberto da mulher;
• Formas simplificadas e
deformadas;
• Dá-se maior importância às
personagens.
90. Die Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul)
Em 1910, também na Alemanha surgiu outro movimento fundado pelo
russo Wassily Kandinsky. Este teve como objetivo vanguardar a arte
europeia. Concebiam a arte como produto da unidade existencial entre
o Homem e a Natureza, contruindo obras baseadas nas suas
experiências pessoais mas dando-lhes um sentido que fosse válido para
todos os Homens.
91. Die Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul) - Estética
• Temáticas naturalistas;
• Execução refletida e pensada;
• Simplificação e geomtrização das formas;
• Valorização da mancha crómatica;
• Composições equilibradas segunido ritmos musicais;
• Expressividade que incide no lírico e na emoção.
92. Die Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul) - Pintores
• Wassily Kandinsky
• Paul Klee
• Franz Marc
• August Macke
95. Porcos, Franz Marc
Análise técnico -formal:
• Geometrização das formas;
• Composição pensada;
• A reconquista da pureza da
natureza, com tendência
emotiva e abstracta da
superfície;
• Cor apresenta-se como lírica,
pura e límpida, quente e fria.
99. Introdução
O Dadaísmo foi um movimento cultural, artístico e filosófico que surgiu
durante a Primeira Grande Guerra. O seu nome deriva da palavra
“dada” que caracteriza os sons que os bebés fazem antes de
começarem a falar. Os artistas deste movimento impressionados pelo
clima de violência e crueldade pretendiam negar os conceitos de arte e
objeto, criando uma antiarte que demonstrava o vazio espiritual e o
sentimento do absurdo instalado pela guera, suportando os seus
coneitos em teorias filosóficas de Schopenhauer e Nietszche.
100. Características
• Temáticas provocatórias;
• Conteúdos insólitos;
• Técnias misturadas;
• Colagens;
• Atribuição de valor artísitcos a objetos que não o são;
• Pretende inquietar e provocar o público;
• Promoveu a consciencialização do absurdo e vazio;
• Renovação da arte.
108. Introdução
O Cubismo foi um dos movimentos mais importantes para a Arte do
século XX. Nasceu das experiências formais e técnico-construtivas dos
pintores Pablo Picasso e Georges Braque. Ambos procuraram por uma
representação formal e espacial que ultrapassa-se por completo as
regras clássico-renascentistas das três dimensões do mundo físico e das
leis da prespetiva. Representaram o motivo tomando vários pontos de
vista na mesma representação, associando uma quarta dimensão, o
tempo. Esta corrente desenvolveu-se em três fases.
109. 1ª Fase – Fase Cezanniana
Esta fase decorreu entre 1907 e 1909, sendo resultado de influências
de Cézanne sobretudo no caráter analítico das formas e planos de cor,
que influenciou a análise de paisagens e objectos. Devido a isto teve o
nome de fase cezannista ou cezanniana.
Também a arte africana foi uma das grandes bases do cubismo devido
às suas formas simplificadas e às volumetrias duras.
110. 1ª Fase - Características
• Temáticas de paisagem e figura humana em atelier;
• Representação racional e geométrica das formas;
• Contorno quebrado;
• Manutenção dos volumes;
• Início do desdobramento de planos;
• Rostos simplificados ou com máscaras;
• Redução da paleta cromática.
111. As Meninas de Avinhão, Picasso
Análise técnico -formal:
• Geometrização da forma;
• Figuras angulosas;
• Corpos distorcidos pela
prespetiva;
• Algumas influências de arte
africana (rosto-máscara);
• Respresentação de interior
(atelier);
• Figuras confundem-se com o
fundo.
114. 2ª Fase – Fase Analítica
A segunda fase durou de 1909 a 1912 tendo o nome de fase analítica
ou hermética (irreconhecível) e foi a mais caracterísitica do cubismo,
onde a corrente atingiu o auge dos seus objetivos.
Procurou mostrar a verdade visual total do próprio objeto,
representando não só o que se vê mas também o que se conhece dele.
Foi nesta fase que se começou uma teorização do cubismo, sobretudo
através do Grupo do Bateau Lavoir.
115. 2ª Fase – Caracterísitcas
• Motivos desmultiplicados;
• Infinidade de planos geométricos;
• Bidimensionalidade;
• Formas analisadas num plano, decompostas e montadas novamente
nesse mesmo plano;
• Prioridade da forma;
• Distorção do objeto a tal ponto que quase tende para a abstracção;
• Bicromia;
• Estaticidade.
116. O Poeta, Picasso
Análise técnico -formal:
• Multiplicidade de planos;
• Cor monocromática;
• Formas decompostas;
• Distorção do objeto;
• O fundo confunde-se com a
figura – total
bidimensionalidade;
• Estaticidade.
118. 3ª Fase – Fase Sintética
A terceira fase prolongou-se de 1912 a 1914 e caracterizou-se por um
retorno estratégico à realidade e ao objeto, reagindo à excessiva
fragmentação dos objetos e à destruição da sua estrutura. Esta
tendência procurou tornar as figuras novamente reconhecíveis.
Também chamada de Colagem porque introduz letras, palavras,
números, pedaços de madeira, vidro, metal e até objetos inteiros nas
pinturas. Essa inovação pode ser explicada pela intenção dos artistas
em criar efeitos plásticos e de ultrapassar os limites das sensações
visuais que a pintura sugere, despertando também no observador as
sensações táteis.
119. 3ª Fase – Características
• Redução dos pontos de vista;
• Sintetização dos planos;
• Introdução de objetos reais e tridimensionais (colagem);
• Improtância da cor;
120. A mesa do musico, Georges Braque
Análise técnico -formal:
• Redução de planos;
• Aparecimento das texturas;
• Elementos mais nítidos.
124. Introdução
Este movimento nasceu em Itália, em 1909, com a publicação do
Manifesto Futurista do poeta Marinetti. Esta corrente combatia
qualquer forma de arte ou cultura ligada ao tradicional e fazia exaltar a
civilização industrial e a vida moderna. Assumia-se como movimento
de rebelião ativa e de afrimação das novas e modernas energias da
existência, aproximando-se emocionalemtne do expressionismo mas
em termos plásticos ao cubismo.
125. Características
• Desvalorização da tradição e do moralismo;
• Valorização do desenvolvimento industrial e tecnológico;
• Propaganda como principal forma de comunicação;
• Uso de cores vivas e contrastes;
• Sobreposição de imagens, traços e pequenas deformações;
• Decomposição geométrica das formas;
• Linhas de cor pura, ortogonais, angulares ou espiraladas;
• Uso da 4ª dimensão – tempo;
• Dinamismo;
• Valorização da cor e da luz.
128. Velocità d'automobile, Balla
Análise técnico -formal:
• Multiplicação da forma
para se conseguir
transmitir a sensação de
movimento;
• Composta por círculos
quebrados;
• Linhas espiraladas e linhas
retas dando a ideia de
velocidade;
• Contraste entre o branco
e o preto dando ênfase à
luz.
130. Estados de Espirito I, Boccioni
Análise técnico -formal:
• Ao mesmo tempo
acorrem vários
acontecimentos;
• Sobreposição de vários
elementos e a sua
dinâmica;
• Planos agudos misturam-
se com as linhas
onduladas e com as letras;
• Um todo bastante denso e
complexo de informação.
131. A Dançarina de Azul, Gino Severini
Análise técnico -formal:
• Multiplicidade de planos traz
uma sensação de dinámica
que tem por objetivo
transmitir-nos o movimento
de uma dançarina;
• Decomposição das formas
geométricas que estão
misturadas com linhas
ortogonais e angulares.
134. Introdução
O Abstarcionismo nasceu oficialmente em 1910 com Kandinsky, mas
desenvolveu-se maioritriamente entre 1918-1933. A arte abstrata foi
encarada com a mais pura expressão da Arte, anulando o tema e o
motivo na criação plástica, afirmava-se que a pintura podia viver sem
objeto, apoiando-se no jogo dinâmico estabelecido pela livre
estruturação de manchas e linhas sobre a tela, tornou-se ela assim a
“espressão abstrata das pulsões espirituais do Homem”. Foi ela
também um símbolo da arte moderna, uma arte totalmente nova que
representava o espírito das novas sociedades sáidas da guerra.
135. Abstracionismo Lírico ou Expressivo
Este ramo do abstracionismo inspirava-se no instinto, no inconsciente e
na intuição para construir uma arte imaginária ligada a uma
"necessidade interior“, tendo derivado diretamente do expressionismo
de O Cavalerio Azul. Aparece como reação às grandes revoluções
do século XX,nomeadamente a Primeira Guerra Mundial.
Procurava uma aproximação à música, onde a expressividade dos sons
se transformava em linguagem artística. É desta forma que
o abstracionismo lírico pretende igualar ou mesmo superar a música,
transformando manchas de cor e linhas em ideias e simbolismos
subjectivos, despertando emoções e sensações diferentes em cada
pessoa.
136. Abstracionismo Expressivo - Características
• O jogo de formas orgânicas ;
• Cores vibrantes;
• Linha de contorno sobressaída nitidamente não figurativa;
• Jogo de linhas;
• Sobreposições de tons.
137. Análise técnico -formal:
• Rigor geométrico;
• Organizada tensão das
linhas diagonais do
suporte quadrado;
• As formas organizão-se
apartir do centro,
difundindo-se segundo
uma força cerpentina.
Sobre Branco II, Kandinsky
140. Abstracionismo Geométrico
Ao contrário do abstracionismo lírico o abstracionismo geométrico está
ligado à racionalização proveniente da análise intelectual e científica,
foi diretamente influenciado pelo Cubismo e o Futurismo. Divide-se em
duas correntes: Supermatismo na Rússia, Neoplasticismo na Holanda.
141. Suprematismo
O Suprematismo foi um movimento artístico russo nascido por volta de
1915-16 nas mãos do pintor Kazimir Malevich, que procurou na pintura
a realização plástica da noção pura de espaço centrando-se em formas
geométricas básicas - particularmente o quadrado e o círculo.
142. Suprematismo - Características
• Uso de formas geomtericas puras;
• Paleta cromática restrita – cores primárias e secundárias, branco e
preto;
• Cor pura, sem modelado.
143. Análise técnico -formal:
• Dinamismo das formas;
• Formas puras e
geométricas;
• Grande intensidade e
vibração cromáticas.
145. Como a Garra Vermelha Golpeia os Brancos, Malevitch
146. Neoplasticismo
O neoplasticismo teve seu início em 1917. Trata-se de uma doutrina
estética proposta por Piet Mondrian, pintor holandês, e está baseada
na concepção analítica da pintura, na procura de um tipo de arte que
transcenda a realidade externa, material, numa tentativa de chegar à
essência através de uma linguagem plástica e objetiva, reduzindo-a a
formas geométricas e cores puras e torná-la universal.
147. Neoplasticismo - Características
• Formas geométricas, estáticas;
• Uso do branco, preto e cores primárias;
• Cores limitadas por linhas verticais e horizontais a negro;
• Planos geométricos puros e ortogonais;
• Equilíbrio, harmonia e serenidade;
148. Quadro II, Piet Mondrian
Análise técnico -formal:
• Cores puras;
• Eliminação de tudo
quando é supérfluo;
• Formas quadrangulares e
retangulares estruturadas
por linhas verticais e
horizontais a negro.
150. Introdução
O neorrealismo foi uma corrente artística que marcou as propostas de
pintura de pendor social dos anos 30 e 40, com um carácter ideológico
marcadamente de esquerda (comunista). Foi também um movimento
ligado às questões de carácter social, de denúncia e intervenção,
apoiada no conceito de que a arte deve refletir a sociedade, marcado
pelo fervor revolucionário comunista.
Esta arte, diretamente ligada aos contextos sociais conheceu na prática,
diferentes cambiantes temáticos, técnicos e formais.
151. Análise técnico -formal:
• Crítica figurativa;
• Atitude intervencionista;
• Plastica figurativa
vincadamente realista.
Otto Dix, Retrato dos Pais do Artista III
154. Introdução
O movimento surrealista nasceu em França por volta de 1920, fruto das
teses de Sigmund Freud, criador da Psicanálise, e do contexto político
indefinido que marcou este período. Este questionava as crenças
culturais então vigentes na Europa, bem como a postura humana,
vulnerável frente a uma realidade cada vez mais difícil de compreender
e dominar. Os surrealistas tinham como objetivo então retratar o
espaço descoberto por Freud no interior da mente humana, o
inconsciente, através da abstração ou de imagens simbólicas.
155. Características
• Técnicas: desenho em estado semi-hipnótico; discursos escritos ou
ditados durante o sono; representação dos sonhos.
• Uso da colagem, o frottage, a assemblage e o dripping;
• Técnica clássica do desenho e de gradação cromática;
• Formas fantasmagóricas.
158. Análise técnico -formal:
• Interesse pela psicanálise;
• Pintura ligada à temática
sexual, sendo as gavetas
um simbolo feminino e as
bengalas o masculino e a
paixão é representada
pela girafa ardente.
• Desenho e pintura
automáticos;
• Técnicas clássicas.