1. Agosto 2010
Serviços logísticos:
Uruguai como porta de entrada ao MERCOSUL
Oportunidades de investimento no Uruguai
2. 1. Por que utilizar os serviços logísticos do Uruguai e investir no setor
1.1. Vantagens de fazer negócios no Uruguai
Convenientes características geográficas naturais, econômicas, políticas e de
ambiente de negócios, destacando-se na América Latina pela abertura e a segurança
oferecidas.
Condições culturais atrativas e educativas da população, incluindo o uso de vários
idiomas além do espanhol.
Avançado nível de infraestrutura em comunicações e conectividade.
Custos salariais razoáveis.
1.2. O Uruguai oferece tratamento igualitário ao investimento estrangeiro
O investimento estrangeiro recebe por lei o mesmo tratamento que o investimento nacional
e o Uruguai tem acordos vigentes de promoção e proteção de investimentos com 27 países,
incluindo entre outros a Espanha, os Estados Unidos, a Finlândia, a França e o Reino Unido.
1.3. O país oferece aos serviços logísticos condições atrativas:
Uma localização geográfica estratégica em relação ao trânsito de mercadorias na
região ampliada (MERCOSUL, Chile e Bolívia), distante entre 72 e 96 horas das
principais cidades (e 2 ou 3 horas por via aérea), com boas conexões fluviais (Hidrovia
Paraná-Paraguai-Uruguai), marítimas, por estradas e de tráfico aéreo.
Claros fundamentos econômicos para o estabelecimento de um Centro de
Distribuição Regional (CDR) no Uruguai. Os mesmos se baseiam em uma diminuição
dos inventários globais na região, o deferimento de tributos alfandegários e outros
impostos, diminuição dos custos administrativos do manejo do estoque e o aumento
na segurança sobre a mercadoria ao permitir mudanças de destino antes de sua
entrega final.
Capacidade para oferecer e instalar serviços logísticos a partir da experiência já
adquirida, tanto por empresas nacionais quanto internacionais.
Um regime legal atrativo que permite utilizar individualmente enclaves ou combinar
diversas modalidades (Zonas Francas, Portos Livres, Aeroportos Livres e Depósitos
Alfandegários), onde não se pagam tributos alfandegários nem impostos à
importação ou à exportação, facilitando a realização de operações logísticas.
2
3. 2. Marco atrativo de negócios
O Uruguai apresenta um ambiente natural carente de catástrofes naturais e um ambiente
político estável, com democracia representativa e
rotação dos três principias partidos no poder.
Seu PIB anual por habitante de quase US$ 10.000
em 2009 o posiciona em terceiro lugar na América
do Sul, atrás, mas muito próximo, do Chile e da
Argentina.
O PIB do Uruguai cresceu a taxas elevadas desde
2004, com uma média superior a 6% anual,
inclusive em 2009 (embora seja a uma taxa menor
devido à crise internacional), e se espera que o
alto crescimento continue nos próximos anos.
Desde 2004 os indicadores macroeconômicos
permaneceram satisfatórios e a inflação esteve
controlada a valores de um dígito (vejam principais indicadores ao final deste documento).
2.1. O Uruguai oferece o entorno de negócios mais aberto da região:
Não há restrições quanto à repatriação de capitais, transferência de lucros,
dividendos e juros.
Os investidores estrangeiros não requerem permissão ou autorizações prévias. As
companhias locais podem ser de propriedade estrangeira em 100%.
O mercado de câmbios é livre; não há limitações para comprar ou vender divisas; os
investimentos podem ser realizados em qualquer moeda.
Não existem restrições para empregar pessoal estrangeiro (salvo para empresas
localizadas nas Zonas Francas, onde se exige um mínimo de 75% do pessoal local).
A obtenção da permissão de residência é rápida, e qualquer pessoa que tenha
entrado legalmente ao país pode obtê-la e começar a trabalhar, inclusive enquanto é
processada a solicitação.
Os cidadãos da maioria dos países ocidentais não requerem visto para entrar ao país.
2.2. O Uruguai oferece o destino mais seguro para fazer negócios e investir na
América Latina:
Diversos indicadores mundiais outorgam ao Uruguai uma posição privilegiada como lugar
para fazer negócios. Abaixo apresentamos alguns quadros ilustrando estes indicadores.
3
4. Quadro Nº 1: Posição do Uruguai nos rankings mundiais de democracia e estabilidade
política e social
Custo Empresarial do
Baixa Corrupção Índice de Democracia Índice Global de Paz
Crime e da Violência
Irlanda 14 Irlanda 12 Irlanda 6 Irlanda 36
EUA 19 Espanha 15 Uruguai 24 Espanha 66
Uruguai 25 EUA 18 Espanha 25 Uruguai 70
Chile 25 Uruguai 23 Costa Rica 26 EUA 74
Espanha 32 Costa Rica 27 Chile 28 Chile 80
Costa Rica 43 Chile 32 Argentina 71 Costa Rica 104
Brasil 75 Brasil 41 Brasil 83 Argentina 107
Colômbia 75 Argentina 56 EUA 85 Brasil 118
Argentina 106 Colômbia 60 Colômbia 138 Colômbia 126
Fonte: Transparência Fonte: Economist Fonte: Economist Fonte: Foro Econômico
Internacional, 2009 Intelligence Unit, 2008 Intelligence Unit, 2010 Mundial, 2009/10
O Uruguai oferece um seguro de risco político aos investidores através de um acordo
existente entre o Governo uruguaio e a U.S. Overseas Private Investment Corporation
(OPIC). O seguro cobre todos os riscos, exceto o creditício, e as reclamações estão sujeitas a
julgamento internacional.
O Uruguai ocupa atualmente um lugar de ponta na América Latina quanto a indicadores de
uso das comunicações modernas. De acordo com o Relatório de Competitividade 2009/2010
do Foro Econômico Mundial, o Uruguai ocupa os seguintes lugares no ranking de países
(sendo 1 o melhor):
Quadro Nº 2: Posição do Uruguai nos rankings mundiais de comunicações
Subscritores de Subscritores de Linhas telefônicas Usuários de Acesso de internet
banda larga telefones móveis fixas internet nas escolas
Uruguai 46 Argentina 31 Costa Rica 37 Uruguai 44 Chile 38
Chile 47 Uruguai 48 Uruguai 47 Colômbia 46 Uruguai 43
Argentina 48 Colômbia 66 Argentina 52 Brasil 47 Costa Rica 62
México 50 Chile 67 Brasil 61 Costa Rica 48 Brasil 64
Brasil 54 Brasil 81 Chile 62 Chile 53 México 77
Colômbia 61 México 89 México 65 Argentina 60 Colômbia 81
Costa Rica 63 Costa Rica 107 Colômbia 76 México 73 Argentina 89
Fonte: Foro Econômico Mundial, Relatório de Competitividade Global 2009/2010
4
5. 3. Características atrativas do país específicas para a atividade
logística regional
O Uruguai apresenta numerosos atrativos para o setor logístico. Entre outros analisaremos
as vantagens claras de custos para o desenvolvimento de um Centro de Distribuição
Regional, os diversos e atrativos regimes legais, sua localização geográfica estratégica em
relação ao trânsito de mercadorias na região ampliada e a experiência na prestação de
múltiplos serviços logísticos.
3.1. Claros fundamentos econômicos da atividade logística no Uruguai
3.1.1. Centros de Distribuição Regional (CDR)
Um dos pontos chaves da atividade logística se encontra na diminuição de custos que
implica o funcionamento de um CDR. No Uruguai é possível instalar estes centros com
vantagens competitivas na região em virtude da normativa vigente das Zonas Francas,
Portos Livres, Aeroportos Livres, e Depósitos Alfandegários. A mesma permite armazenar e
realizar diversos processos na mercadoria sem pagar os tributos alfandegários, impostos à
importação e exportação (e impostos aos lucros em caso da Zona Franca). Posteriormente a
mercadoria se distribui ao MERCOSUL, ao Chile, à Bolívia, e ao México fazendo uso dos
acordos comerciais vigentes com o Uruguai, chegando em poucas horas contra pedidos (just
in time), evitando as demoras e reduzindo os estoques necessários em cada país de destino.
Para efeito, o Mapa Nº 1 mostra as distâncias de Montevidéu para as principais cidades da
região, e os tempos aproximados que leve o transporte por estrada. As mais distantes se
encontram entre 72 e 96 horas de distância. Logicamente, por via aérea os tempos se
reduzem a 2 ou 3 horas.
Mapa Nº 1:
Santiago 1900 km 72/96 hs.
Buenos Aires 640 km 24 hs.
São Paulo 1970 km 72/96 hs.
Assunção 1500 km 72/96 hs.
Fonte: Hodara, Opertti e Puntigliano (2008), Visualização do Uruguai como Centro Logístico Regional.
5
6. No sistema denominado de logística tradicional, enviando a carga a cada país de destino
desde o país fabricante, e supondo que este se trate de um país asiático, a demora da
viagem (60 dias ou mais) obriga a manter em depósito em cada país um estoque
nacionalizado (isto é, pagando tributos alfandegários e impostos) para 90 a 120 dias de
venda.
No entanto com um Centro de Distribuição Regional no Uruguai, os estoques em cada país
de destino final podem ser reduzidos substancialmente (por exemplo, a 15 dias de venda),
pois o envio desde Montevidéu pode levar um tempo de só 3 ou 4 dias por estrada, ou de só
umas horas se for realizado por via aérea (ao Peru chega em 22 dias por via marítima e ao
México em 20 dias, enquanto que Santa Cruz de la Sierra na Bolívia é realizado em oito dias
por estrada). Em virtude de que o maior estoque centralizado agora em Montevidéu é
menor que a soma dos estoques requeridos em cada país, consegue-se uma diminuição do
capital investido em inventários, além de diferir os custos de nacionalização da mercadoria.
Vejam as Figuras Nº 1 e Nº 2.
Ademais, mediante o CDR se acelera a resposta ao cliente com entregas rápidas (just in
time), é adequada ao consumidor à mercadoria (customization), e se diminui o custo
administrativo ao centralizar operações e evitar sua repetição em diferentes países.
Figura Nº 1: Logística tradicional na região
Fonte: Hodara, Opertti e Puntigliano (2008), Visualização do Uruguai como Centro Logístico Regional.
6
7. Figura Nº 2: Logística desde CDR no Uruguai
Fonte: Hodara, Opertti e Puntigliano (2008), Visualização do Uruguai como Centro Logístico Regional.
No estudo da Hodara, da Opertti e da Puntigliano (2008)1 apresenta-se um caso concreto
referido a uma empresa internacional de matérias-primas (farmacêuticas e químicas) de
extrazona que opera nos países do MERCOSUL e do Chile. Partindo de um sistema de
logística tradicional, enviava diretamente a mercadoria a cada um os países citados, nos
quais mantinha um inventário nacionalizado equivalente a 3,5 meses de venda. Tempo
depois, utilizando a empresa um CDR em Montevidéu, havia conseguido reduzir a 0,5 meses
ditos estoques, sendo o aumento de estoques em Montevidéu menor à soma das reduções
em cada país. Este seria “um caso real da denominada Regra da Raiz Quadrada (Square Root
Law) do London Institute of Logistics sobre a efetividade financeira, logística e de tempos
(proveniente) da centralização de inventários”.
Outras vantagens do sistema consistem, como mencionaremos no ponto 3.2., que o estoque
armazenado no CDR Montevidéu não requer o pagamento de tributos alfandegários nem
outros impostos (salvo certos casos) em virtude das normas legais uruguaias sobre Zonas
Francas, Portos Livres, Aeroportos Livres e Depósitos Alfandegários, assim que ao diferir os
mesmos até sua nacionalização no país de destino (à medida que for enviada a mercadoria)
se obtém uma economia financeira importante. Além disso, estes regimes legais permitem a
mudança de destino da mercadoria em Montevidéu, protegendo-a de fenômenos adversos e
inesperados que possam pôr em questão no destino final.
Exemplos de empresas internacionais que instalaram CDRs no Uruguai sob o regime de zona
franca são Merck Serono e Ricoh.
Merck Serono
A empresa Merck Serono, subsidiária do grupo farmacêutico alemão
Merck, opera seu centro regional de distribuição e empacotamento
secundário para produtos biotecnológicos na Zonamerica (zona franca
localizada a 15 km do centro de Montevidéu). Está instalada no Uruguai
1
Isidoro Hodara, Juan Opertti e Fernando Puntigliano (2008), “Visualização do Uruguai como Centro Logístico Regional”.
7
8. desde 1997, exportando produtos farmacêuticos para a região por 100 milhões de euros por
ano (2009). Os produtos comercializados são de alta especialização nas áreas terapêuticas
de fertilidade, escleroses múltiple e câncer.
A escolha da Merck Serono de radicar seu centro de operações no Uruguai cumpriu com a
Lei de Zonas Francas que possibilita instalar este tipo de negócios em um espaço físico que
respeita os padrões do primeiro mundo. Também se levou em conta a estabilidade
financeira e política na escolha do país para investir.
A Merck Serono projeta um investimento adicional de US$ 2,5 milhões em equipamento do
laboratório de um edifício que a Zonamerica construirá a um custo de US$ 5 milhões e que
entregará à Merck em concessão por 10 anos. O investimento total será então de US$ 7,5
milhões e sua finalização está prevista para meados de 2011. O destino da produção será a
exportação para a América Latina.
Ricoh South America Distribution Center2
A empresa japonesa Ricoh estabeleceu um CDR na Zonamerica no ano
1993, estando atualmente entre as cinco primeiras empresas importadoras
e exportadoras desta zona franca. Vende produtos para as subsidiárias e
distribuidores exclusivos da Ricoh na região. Anteriormente se utilizava Miami como porto
de despacho. “Foi realizado um estudo para determinar as vantagens competitivas de modo
de poder trabalhar mais próximos de nossos clientes e por sua vez minimizar custos
operativos e tempos de trânsito de mercadoria”. Ademais, “os benefícios da zona franca, a
qualidade dos serviços e os aspectos culturais” foram outros dos motivos pelos quais a Ricoh
escolheu trabalhar no Uruguai.
3.1.2. Custos operativos dos portos uruguaios
De acordo com a publicação Doing Business 2010 do Banco Mundial, o Uruguai se encontra
em boa posição competitiva em relação com vários países da região quanto à mobilização de
contêineres. Vejam Quadro Nº 3.
Quadro Nº 3: Custos de exportação e importação3
Custo de exportação Custo de importação
País
(US$/contêineres) (US$/contêineres)
Uruguai 1.100 1.330
Argentina 1.480 1.810
Brasil 1.540 1.440
Fonte: Doing Business 2010, Trading Across Borders.
2
Fonte: www.plusultra.com.uy/ricoh
3
Inclui custos de documentação, tarifas administrativas em alfândega e custos de transporte e manipulação de mercadoria.
Não inclui tarifas (aranceles).
8
9. No Anexo é apresentado um detalhe das tarifas máximas cobradas no Porto de Montevidéu
para o manejo da carga (contêineres, carga geral, etc.).
3.2. Regimes legais específicos, únicos na região e muito favoráveis para a
atividade logística: Zonas Francas, Portos Livres, Aeroportos Livres e Depósitos
Alfandegários
A empresa que desejar realizar atividades logísticas deve avaliar a conveniência de escolher
um ou outro regime, dependendo do tipo de produto do qual se trate, as características do
negócio e as condições locativas que se ofereçam nesse momento. Vejam Quadro Nº 4.
9
10. Quadro Nº 4: Comparação dos regimes legais para o desenvolvimento de atividades
logísticas
PORTO LIVRE E DEPÓSITO
ZONA FRANCA AEROPORTO ALFANDEGÁRI
LIVRE O
Pagamento de tarifas ao ingresso de mercadorias a: Não Não Não
Pagamento de tarifas em seu ingresso ao Uruguai
(importação) de mercadoria de origem MERCOSUL Sim Não Não
proveniente de:
Pagamento de tarifas em sua entrada a outro Estado
4
Parte do MERCOSUL (importação) de mercadoria de Sim Não Não
origem MERCOSUL proveniente de:
Pagamento de tarifas em sua entrada a um Estado
Parte do MERCOSUL (importação) de mercadoria do Sim Sim Sim
resto do mundo proveniente de:
Possibilidade de manipulação logística não industrial,
Sim Sim Sim
incluído a mudança de destino das mercadorias
Possibilidade de manipulação industrial Sim Não Sim
Tempo de permanência máximo Indefinido Indefinido Um ano
Pagamento de impostos pelo usuário (à Renda, ao 5 6
Não Sim Sim
Patrimônio)
Pagamento de impostos à circulação de mercadoria
Não Não Não
(Imposto ao Valor Agregado) dentro do recinto
Possibilidade de trocar de proprietário dentro do
Sim Sim Sim
recinto
Possibilidade de NAO abonar contribuições à
Sim Não Não
segurança social pelo pessoal estrangeiro
7
Vigência de monopólios estatais Não Sim Sim
Os direitos para desenvolver atividades requerem
8 9
subscrições de contratos e/ou registros especiais no Sim Não Não
Uruguai
Para efetuar operações de trânsito é necessário
realizar autorizações ou trâmite formais perante os Sim Não Sim
órgãos intervenientes (Alfândega, etc.)
Fonte: Elaboração da Uruguay XXI. Agradecemos a colaboração do Dr. Daniel Olaizola da empresa Jaume & Seré.
4
Existem exceções expressamente estabelecidas em acordos bilaterais com o Brasil e com a Argentina por produtos
pontuais provenientes de zonas francas uruguaias, por exemplo a exportação de cereais desde a Zona Franca de Nueva
Palmira e de concentrados de bebidas refrescantes desde a Zona Franca de Colonia.
5
No caso de empresas uruguaias que não forem usuárias da Zona Franca mas sejam proprietárias das mercadorias, sim
estariam gravadas pelo IRAE em caso de que se gerem utilidades.
6
As rendas provenientes de atividades lucrativas desenvolvidas por entidades não residentes estão isentas, com
mercadorias de procedência estrangeira, quando não tiverem origem em território alfandegário nacional nem estejam
destinadas ao mesmo. Se os titulares forem pessoas físicas ou jurídicas radicadas no exterior, suas mercadorias também
não estarão compreendidas na base tributável do Imposto ao Patrimônio.
7
Refere-se principalmente aos monopólios em telefonia fixa, água corrente, transmissão de energia elétrica e
refinanciamento de petróleo.
8
É requerido ser usuário direto ou indireto, realizando contratos especiais devidamente registrados perante a Direção de
Zonas Francas e aprovados por ela.
9
É suficiente com estabelecer acordos comerciais com os operadores que ofereçam serviços nestes regimes, sem
necessidade de registrar uma empresa perante nenhuma entidade no Uruguai.
10
11. 3.2.1. Zonas francas
As zonas francas foram estabelecidas originalmente em 1923 com a finalidade de
desenvolver pólos industriais no interior do país, e foram reformuladas pela Lei Nº 15.921 de
17 de dezembro de 1987. São de propriedade particular, autorizadas a solicitação do
interessado e controladas pelo Ministerio de Economía y Finanzas (Área de Zonas Francas da
Direção Geral de Comércio), ou de propriedade estatal, administradas pelo Estado ou por
particulares. Atualmente existem onze zonas francas.
Podem se desenvolver nelas atividades industriais que impliquem transformação de
mercadorias; atividades comerciais, de armazenamento, armado e desarmado de
mercadorias e matérias-primas de procedência nacional ou estrangeira; e se prestar serviços
tanto dentro da Zona Franca quanto a terceiros países e, em alguns casos, ao Uruguai. 10
Isenções fiscais: as atividades dos usuários de
Zonas Francas não estão gravadas pelo Imposto
à Renda à Atividades Econômicas (IRAE) nem
pelo Imposto ao Patrimônio (IP), nem por
nenhum outro imposto nacional criado ou a ser
criado. Os dividendos pagos a acionistas
domiciliados no exterior também não pagam
impostos no país. O pessoal estrangeiro (até
25% do total ocupado) pode optar por não
pagar contribuições à segurança social no
Uruguai.
As vendas e as compras ao exterior de bens e serviços não estão gravadas pelo Imposto ao
Valor Agregado (IVA), como também não o estão as vendas e prestações de serviços dentro
da Zona Franca.
As entidades não-residentes também não pagam IRAE pelas atividades desenvolvidas com
mercadorias de origem estrangeira manifestadas em trânsito ou depositadas em Zona
Franca, quando aquelas não tiverem como destino o território alfandegário nacional.
Também não pagam IRAE quando as vendas que tiverem como destino o território nacional
não superarem 5% do total de alienações de mercadorias em trânsito ou depositadas em
Zona Franca.
Isenções alfandegárias: as vendas e as compras ao resto do mundo estão isentas de tributos
alfandegários, sem importar se o adquirente das compras é usuário de Zona Franca.
As vendas desde território nacional não pertencente à zona franca para a Zona Franca são
consideradas exportações do país e as vendas desde a Zona Franca ao território nacional não
10
Os serviços que podem prestar ao território nacional não pertencentes à zona franca são os seguintes (respeitando os
monopólios, exclusividades estatais e/ou concessões públicas): 1. Centros internacionais de chamadas (sempre e quando o
número de chamadas entradas e saídas com destino ao território nacional for inferior a 50% das chamadas totais), 2. Caixa
de correio eletrônico, 3. Educação a distancia, 4. Emissão de certificados de assinatura eletrônica, 5. Serviços de produção
de suportes lógicos, assessoramento informático e capacitação informática. Fontes: Lei 15.921 (Artigo 2º), Decreto Nº
71/001 (Artigo 3º) e Decreto Nº 84/006 (Artigo 1º).
11
12. pertencente à zona franca são consideradas importações, sujeitas aos tributos alfandegários
e impostos nacionais correspondentes.
As vendas desde a Zona Franca ao MERCOSUL estão sujeitas à tarifa externa comum do
bloco (AEC), o mesmo que rege para os bens procedentes de terceiros países, salvo exceções
taxativamente estabelecidas em acordos bilaterais negociados no marco do MERCOSUL com
a Argentina e com o Brasil.
Em virtude das normas precedentes, em geral é conveniente utilizar as Zonas Francas para
empresas que agreguem valor industrial ou realizem operações logísticas, e exportem
principalmente bens para o resto do mundo (se o fazem para o MERCOSUL devem pagar o
AEC embora tenham origem MERCOSUL).
Nas Zonas Francas não regem os monopólios das empresas industriais e comerciais do
Estado.
3.2.2. Portos Livres
O regime de Porto Livre foi estabelecido pela Lei de Portos Nº 16.246 de 8 de abril de 1992 e
por seu decreto regulamentar Nº 412/992, tanto para o Porto de Montevidéu quanto para
os demais portos com capacidade para receber naves de ultramar. Estas normas
converteram aquele no primeiro terminal da costa atlântica da América do Sul em operar
em regime de Porto Livre. Ademais, modificou substancialmente a operativa do Porto de
Montevidéu, já que os serviços portuários passaram a ser prestados por empresas
particulares em lugar de serem realizados pela Administração Nacional de Portos (ANP)
como até aquele momento. Os demais portos que têm condição de Porto Livre são todos os
que têm atividades comerciais: Colônia, Fray Bentos, Juan Lacaze (Porto Sauce), La Paloma,
Nueva Palmira, e Paysandú.
A lei permite a livre circulação de mercadorias dentro dos recintos alfandegários portuários
sem exigência de autorizações nem trâmite formais, como do mesmo modo a livre mudança
de destino das mesmas, estando durante sua permanência em ditos recintos livres de todos
os tributos e despesas aplicáveis à importação.
Dentro do recinto portuário a circulação de mercadorias está isenta de tributos internos
(IVA, etc.), e os serviços prestados estão isentos do IVA.
12
13. Não são gravados Imposto ao Patrimônio às pessoas jurídicas do exterior pelas mercadorias
armazenadas, nem com o Imposto de Renda (IRAE) pelos lucros associados a tais
mercadorias.
Do mesmo modo, estabelece-se a possibilidade de diversas operações sobre as mercadorias,
incluindo “operações de depósito, reembalagem, remarcado, classificado, agrupado e
desagrupado, consolidado e desconsolidado, manipulação e fracionamento”11, como
também tarefas de valor agregado sem modificação da natureza do produto.
As mercadorias que entrem ao recinto portuário desde o exterior podem permanecer no
mesmo em depósito ou armazenamento sem prazo e sem pagar tributos. Se forem
reexportadas para o exterior em outro barco (trasbordo ou reembarco) também não
estarem gravadas. Se forem entradas para o país devem pagar as tarifas alfandegárias e
impostos à importação somente ao sair do Porto Livre. Se seu destino é outro país do
MERCOSUL (realizando, por exemplo, um trânsito terrestre através do Uruguai) não devem
pagar tributos alfandegários aqui, fazendo-o ao entrar ao outro Estado Parte se
corresponder (neste último caso, se puder certificar origem MERCOSUL, não o perderia,
contrariamente se provier de uma Zona Franca). Se desde o recinto portuário a mercadoria
se destina a uma Zona Franca do Uruguai (trânsito), também não paga tributos
alfandegários. Em todos os casos devem pagar-se os trabalhos respectivos aos operadores
portuários.
Figura Nº 3: Atividades logísticas de maior valor agregado realizadas em porto livre
BARCO RECINTO PORTUARIO
FUERA DEL PUERTO
REGIMEN PUERTO LIBRE LIBRE
TRASBORDO Actividades •Zonas Francas
de Uruguay
Depósito Cl a sificado TRANSITO •Puertos de
Uruguay
URUGUAY
•Depósitos
INGRESO DE Reenvasado Remarcado Adua neros
MERCADERIA
No paga tributos • MERCOSUR
Agrupado y
aduaneros en • Res to del
Exenta de tributos Uruguay
desagrupado Mundo
DE
aduaneros
Ma nipuleo y IMPORTACION DE URUGUAY
fra ccionamiento
ADUANA
Cons olidado y
des consolidado Pago de tributos
aduaneros e
impuestos en
Uruguay
EXPORTACION EXPORTACION DE URUGUAY
Fonte: Elaboração da Uruguay XXI.
11
Lei Nº 16.296, artigo 2º e 3º.
13
14. 3.2.3. Aeroportos Livres
A Lei Nº 17.555 de 18 de setembro de 2002 declara aplicável, no pertinente, ao Aeroporto
Internacional de Carrasco, localizado nas aforas de Montevidéu, o regime de Porto Livre
estabelecido na Lei Nº 16.246.
É entendido que “os aeroportos, do mesmo modo que os portos constituem espaços
especialmente apropriados para o desenvolvimento de atividades logísticas que conferem
valor adicionado para as mercadorias, na espécie sem modificar sua natureza”.12 O Decreto
Nº 409/008 de 27 de agosto de 2008 regulamentou esta lei estabelecendo o Regulamento
de Porto Livre aplicável ao Aeroporto. Em essência é aplicado as mesmas considerações
expostas no ponto 3.2.2. anterior.
3.2.4. Depósitos Alfandegários
Prevendo que a zona portuária pudesse ser insuficiente para armazenar e realizar atividades
logísticas, o Decreto Lei Nº 15.691 de 7 de dezembro de 1984 (Código Alfandegário) permitiu
o estabelecimento de Depósitos Alfandegários para mercadorias em trânsito.
Depósitos Alfandegários (Art. 95): Definição. - Os depósitos, no sentido alfandegário, são
espaços cercados, fechados ou abertos (beira-mar), lanchas e barco (depósitos flutuantes) e
tanques onde as mercadorias são armazenadas com autorização da alfândega. As
mercadorias de procedência estrangeira serão consideradas em trânsito pelo território
alfandegário nacional e poderão desembarcar-se e reembarcar-se em qualquer momento,
livres de tributos de importação ou exportação de qualquer imposto interno.
Modalidades (Art. 96): Os depósitos alfandegários podem ser oficiais ou fiscais,
pertencentes ao Estado ou arrendados por este, e podem ser particulares. Os depósitos,
tanto fiscais quanto particulares habilitados ao efeito, podem ser de comércio, de zonas
francas ou industriais. Haverá depósitos especiais destinados ao fracionamento de volumes.
O funcionamento fiscal e alfandegário destes Depósitos Alfandegários é similar ao de Portos
Livres, salvo que:
A diferença dos Portos Livres, nos Depósitos Alfandegários podem se realizar
atividades industriais, isto é, operações destinadas a variar a natureza dos bens
como:
o A incorporação de partes, artigos e produtos procedentes de praça (tais como
industrialização de matérias-primas e produtos semi-elaborados)
o O ajuste, ensamblado, montagem e acabado de veículos, maquinarias e
aparelhos
o Toda outra operação de transformação análoga.13
12
Decreto 409/008 de 27/8/2008.
13
Artigo 100 do Código Alfandegário.
14
15. Nos Depósitos Alfandegários as mercadorias não poderão permanecer nesse regime
por um prazo total maior a um ano, inclusive se são transladados a outro depósito do
mesmo ou outro titular.14 Nos Portos Livres não existe esta limitação.
3.3. Localização geográfica estratégica na região ampliada (Argentina, Bolívia,
Brasil, Chile e Paraguai)
Uma publicação da ALADI e do MERCOSUL calculou para 2004 que 64% do total do comércio
em trânsito de bens extra-regionais no MERCOSUL passa pelo Uruguai, cuja participação no
PIB regional é de só 2%.15 Este resultado se vincula ao chamado “efeito Rotterdam”, o qual
consiste em “a captação de comercio de trânsito muito maior que o que o tamanho do
mercado próprio permitiria garantir, e que se manifesta nos casos de economias pequenas
rodeadas de mercados maiores, com portos razoavelmente eficientes e uma densa rede de
infraestrutura terrestre”.16 Neste sentido, aproximadamente a metade da mobilização de
contêineres pelo Porto de Montevidéu corresponde a trânsito (carga que chega de barco e
se retira do porto e do país por via terrestre), reembarque (uma modalidade de trânsito
aplicada à carga que chega de barco, desce a porto para a praia de contêineres ou a
depósitos e se reembarca para o exterior) e transbordos (carga que chega de barco e se
retira de barco sem descer a porto).
Figura Nº 4: Movimento de contêineres pelo Porto de Montevidéu com destino ao Uruguai
e com destino à região (trânsito e transbordos); 2007 - 2009, em porcentagens
49 %
51 %
Fonte: Adaptado de Fernando Puntigliano (2009), Passado, presente e futuro dos portos do Uruguai.
14
Lei Nº 16.736 de 5 de janeiro de 1996, Artigo 180; e Decreto Nº 216/06 de 10 de julho de 2006, Artigo 21.
15
Citado em Hodara, Opertti e Puntigliano (2008), Visualização do Uruguai como Centro Logístico Regional.
16
Ídem.
15
16. Todos os portos ou aeroportos importantes se vinculam com uma zona de influência ou
hinterland atual ou potencial, a qual depende de um conjunto de circunstâncias: localização
geográfica, existência de outros portos ou aeroportos próximos, conectividade, costume dos
usuários, confiabilidade, etc.
3.3.1. Portos
Os oito portos maiores do Cone Sul da América integram três subsistemas: Norte (Santos,
Paranaguá e Itajaí), Oeste (Valparaíso e San Antonio) e Sul (Buenos Aires, Montevidéu e Rio
Grande).17
Os três subsistemas são relativamente independentes. A quantidade de contêineres
movidos de um subsistema a outro é praticamente insignificante. Ao interior de um
subsistema cada porto apresenta sua própria zona de influencia. O Mapa Nº 2 constitui um
intento de apresentar esta idéia para o movimento de contêineres, em cor azul para
Montevidéu e outras cores para Buenos Aires, Rio Grande, e os subsistemas Norte e Oeste.
No Mapa Nº 3 os representantes indicam o hinterland atual do Porto de Montevidéu em
amarelo escuro, e seu hinterland potencial em médio prazo em amarelo escuro, para o qual
deveriam gerar-se condições adequadas de conectividade e facilitação.
Mapa Nº 2: Zonas de influencia dos portos Mapa Nº 3: Hinterland atual do Porto de
do subsistema Norte, do Rio Grande, Montevidéu (amarelo escuro) e seu
Montevidéu, Buenos Aires e do potencial (amarelo claro).
Subsistema Oeste.
Subsistema Oeste
Subsistema Oeste
fuertemente complementario
fuertemenete complementario
Fonte: Hodara, Opertti y Puntigliano (2008), Visualização do Uruguai como Centro Logístico Regional.
17
Fonte: Hodara, Opertti y Puntigliano (2008), op cit.
16
17. No Uruguai existem dois portos com acesso a ultramar: Montevidéu e Nueva Palmira. Este
último se especializou, devido a diversas circunstancias, em granel, enquanto que a carga em
contêineres se mobiliza principalmente através de Montevidéu.
As zonas de influencia, ou hinterlands, de ambos portos são similares. A hidrovia
conformada pelos rios Paraná, Paraguai e Uruguai facilita o acesso fluvial de produtos desde
e para Assunção (Paraguai), Rosario e Santa Fe (Argentina) e inclusive o leste boliviano
(Departamento de Santa Cruz). Tanto Nueva Palmira quanto Montevidéu constituem portos
de ultramar para esta hidrovia.
Mapa Nº 4: A Hidrovia Paraná-Paraguai-Uruguai
Fonte: Eduardo A. Mazza (2002), Transporte e Logística – Prospectiva Tecnológica Uruguai 2015.
Quadro Nº 5: Bacias geográficas da Hidrovia Paraná-Paraguai-Uruguai
Bacia do rio Paraná 1.510.000 km2
Bacia do rio Paraguai 1.095.000 km2
Bacia do rio Uruguai 365.000 km2
Bacia própria do Rio da Prata 130.000 km2
Bacia total do Rio da Prata 3.100.000 km2
Fonte: Eduardo A. Mazza (2002), Transporte e Logística – Prospectiva tecnológica Uruguai 2015.
17
18. Uma rede de estradas une Montevidéu com as principais cidades da região, facilitando o
transporte de caminhões. Três pontes sobre o rio Uruguai comunicam o país com a
Argentina nas cidades de Salto, Paysandú e Fray Bentos, enquanto que com o Brasil o acesso
se realiza através de fronteiras terrestres pelas cidades de Bella Unión, Rivera, Río Branco e
Chuí.
Mapa Nº 5: Estradas que unem Montevidéu, São Paulo, Buenos Aires, Assunção e Santiago do
Chile
Fonte: Eduardo A. Mazza (2002), Transporte e Logística – Prospectiva Tecnológica Uruguai 2015.
O transporte ferroviário se realiza através da AFE, empresa estatal autônoma. O governo
que assumiu em março de 2010 manifestou intenções de renovar a infraestrutura ferroviária
com incorporação de capitais particulares para adequá-la às necessidades do sistema
logístico nacional e internacional.
Vantagens do Porto de Montevidéu – Porto de entrada ao MERCOSUL
O Porto de Montevidéu, localizado sobre o Rio da Prata, perfila-se geograficamente como
uma das principias estradas de mobilização de cargas do MERCOSUL. Está em atividade 24
horas ao dia, os 365 dias do ano, e registra escassa probabilidade de ventos e temporais que
impeçam as operações. Os movimentos de cargas se repartem entre contêineres (64%),
granel (24%) e carga geral (11%).18
O regime de Porto Livre o converteu no primeiro e único terminal da costa atlântica da
América do Sul com um regime logístico atrativo e competitivo para trânsito de mercadorias.
A lei mencionada permite realizar atividades de reembalagem, agrupado, desagrupado,
consolidação, desconsolidação, classificado, remarcado, fracionamento e tarefas de valor
agregado sem modificação da natureza do produto, assim como removido e transbordo de
um meio de transporte a outro dentro do recinto portuário, transporte para o exterior ou
para outros portos nacionais ou zonas francas.
18
Carga mais descarga, média anos 2008 e 2009.
18
19. No Porto de Montevidéu confluem as principais estradas de acesso para o resto do país e,
portanto, para a região.
Mapa Nº 6: Estradas que confluem para o Porto de Montevidéu
A zona portuária compreende uma área
de 103 hectares destinada ao respaldo
dos cais de atraque polivalentes para
armazenagem, veículos e contêineres.
Dois abrolhos protegem a entrada e saída
do porto, e as 200 hectares de anteporto
para os barcos que ancoram ou transitam
para operar nos cais. Estão sendo
efetuados os trabalhos de dragado do
anteporto e os diques do porto a cargo
da Administração Nacional de Portos. O
objetivo é manter a profundidade dos
diques a 10,5 metros, chegando a uma
profundidade de 11,5 metros nas zonas
de manobra dos diques. Para o anteporto
o objetivo é alcançar uma profundidade
de 12 metros.
Fonte: Administração Nacional de Portos.
Figura Nº 5: Porto de Montevidéu com investimentos em andamento e previstos
Fonte: Prolog (2008), A indústria logística, uma estratégia país.
19
20. Pelo Porto de Montevidéu se mobilizaram aproximadamente 8.400 milhares de toneladas
por ano em média em 2008 e 2009:
Quadro Nº 6: Movimento de mercadoria por tipo de operação em Porto de Montevidéu
(milhares de toneladas)
2008 2009
Carga Geral 967 763
Contêineres 5.664 5.097
Granel 2.459 1.636
Total 9.090 7.496
Fonte: Administração Nacional de Portos.
O movimento de contêineres (em TEUs)19 se duplicou entre os anos 2003 e 2008, caindo
levemente em 2009 devido à crise internacional.
Gráfico Nº 1: Movimento de contêineres no Porto de Montevidéu
Contenedores
800 TEUS
675
596 588
600
519
Miles de unidades
455
402
400 353 351
309
273
200
0
2005 2006 2007 2008 2009
Fonte: Elaboração própria com dados da Administração Nacional de Portos.
Como já foi mencionado, a porcentagem anual de trânsito e transbordo pelo Porto de
Montevidéu é quase a metade do movimento total de contêineres por dito porto, indicando
a importância relativa da atividade logística realizada no país.
19
As siglas TEU (acrônimo do termo em inglês Twenty-foot Equivalent Unit) representa a unidade de medida de capacidade
do transporte marítimo em contêineres. Uma TEU é a capacidade de carga de um contêiner normalizado de 20 pés. As
dimensões exteriores do contêiner normalizado de 20 pés são: 20 pés de comprimento x 8 pés de largura x 8,5 pés de
altura.
20
21. Quadro Nº 7: Movimento da carga realizada por contêineres no Porto de Montevidéu
2008 2009
Regime alfandegário Milhares de Milhares de
% %
contêineres contêineres
Importações + Exportações 198.694 49,5% 185.062 52,7%
Trânsito + Transbordo 202.981 50,5% 166.005 47,3%
Total 401.675 100% 351.067 100%
Fonte: Administração Nacional de Portos.
Os depósitos de mercadorias que se encontram no Porto de Montevidéu, e nos quais se
realizam tarefas de armazenagem e logística, pertencem à Administração Nacional de Portos
(ANP), outorgando esta licença e concessões temporais de uso a empresas particulares.
Existem compromissos de qualidade alcançados pela Comunidade Portuária, integrada por
órgãos públicos e particulares, relativos ao tempo máximo de atraque de barcos (2 horas e
45 minutos a partir da bóia eixo, ao despacho das cargas realizado por contêiner ao dia
seguinte de finalizada a operação do barco (autorização de desalfandegar) e ao serviço
eficiente para os passageiros de barcos cruzeiros.
Proximamente será criada uma nova área logística: Puntas de Sayago, como será explicado
mais adiante na seção 5.
No Anexo deste trabalho se incluem quadros com dados adicionais sobre o Porto de
Montevidéu (transporte de passageiros por ferry, de veículos novos, de passageiros em
cruzeiros, e chegadas de barcos de pesca).
Vantagens do Porto de Nueva Palmira
O Porto de Nueva Palmira se encontra localizado na confluência dos rios Paraná e Uruguay,
mobilizando carga em trânsito proveniente do centro do continente através da Hidrovia
Paraná-Paraguai-Uruguai. Conta com o regime de Porto Livre similar ao Porto de
Montevidéu, e um regime complementar e adjacente de Zona Franca com acordo especial
para o ingresso ao MERCOSUL sem tarifas de cereais de dita origem.
Pelo Porto de Nueva Palmira, segundo em volume de carga no Uruguai, mobiliza-se carga a
granel e carga geral, mas não em contêineres. Existem três cais:
O Cais Oficial pertencente à ANP. O consórcio Terminales Graneleras Uruguayas S.A.
(TGU) dispõe no porto de importantes silos (72.000 toneladas de capacidade) para
armazenagem de grãos (trigo, soja, milho, etc.), os quais são mobilizados através do
Cais Oficial da ANP.
O cais do Terminal Ontur, que mobiliza principalmente a pasta de celulose
proveniente da planta da UPM em Fray Bentos, e conta com capacidade de
armazenagem de 100.000 toneladas.
21
22. O cais do Terminal Navios, que está dedicada principalmente às operações de
transferência de cargas de grãos provenientes da Hidrovia. Terminal Navios recebe
cargas de barcaça, caminhões e de barcos de ultramar que são transferidos a
terminais de graneis ou armazenados em seus próprios silos (com capacidade de
205.000 toneladas) para o posterior embarque.
A Zona Franca de Nueva Palmira está localizada junto ao Porto e é administrada diretamente
pelo Estado. Possui 100 hectares de extensão, capacidade de armazenagem coberto para
grãos (280.000 toneladas) e praia de estocagem de minerais (ferro, magnésio, carvão de
coque, etc.).
Os barcos de ultramar acedem ao porto através do Canal Martín García, com um calado
operável de 32 pés (9,70 metros). Também é possível seu acesso pelo Canal Mitre que conta
com um calado de 34 pés (10,30 metros). Seu acesso fluvial é realizado através da Hidrovia.
Tem boa conexão por estrada com Montevidéu e as cidades capitais de departamento de
sua zona de influência, como também com os países vizinhos.
Plano de obras: Encontra-se em andamento a construção de um novo cais costeiro e a
prolongação do cais de ultramar.
Quadro Nº 8: Movimento de mercadorias no Porto de Nueva Palmira (milhares de
toneladas)
2008 2009
20
Cais oficial 904 1.252
Terminal Navios 2.468 3.055
Terminal Ontur 1.905 2.101
Total 5.277 6.408
Fonte: Administração Nacional de Portos.
3.3.2. Aeroporto Livre
No ano 2009 foram inauguradas novas instalações no Aeroporto Internacional de Carrasco
(AIC) nas aforas de Montevidéu: um novo terminal de passageiros e a primeira etapa de um
novo terminal de cargas. O plano mestre de desenvolvimento do aeroporto prevê em
futuras instâncias a execução de um parque logístico de 80.000 m2 orientado à prestação de
serviços para a região.
20
Inclui Terminales Graneleras Uruguayas (TGU).
22
23. Figura Nº 3: Aeroporto Internacional de Carrasco, novo terminal de passageiros e de carga (2009)
Fonte: Apresentação TCU - 2010.
A nova concessão do AIC foi outorgada em novembro de 2003 para um operador
internacional por um período de vinte anos com opção a dez adicionais. Além de
investimentos em infraestrutura, o operador do aeroporto desenvolveu políticas ativas de
captação de novas linhas e freqüências, que contribuíram para melhorar a conectividade do
Uruguai com a região. Como exemplos, entre 2003 e 2009 as freqüências semanais para São
Paulo passaram de 11 a 45, para Assunção de 7 a 14 e para Santiago do Chile de 7 a 27. Na
atualidade existem vôos diretos para as principias cidades da região, como também para os
Estados Unidos e para a Europa.
No ano 2009 foi feita uma operação no Aeroporto Livre de Carrasco mercadoria por um
valor aproximado de US$ 1.700 milhões. As atuais instalações para a operação de carga
constam de 13.500 m2 de depósitos e escritórios. Existem setores segregados segundo o tipo
de operação e/ou mercadoria a processar: produtos químicos/farmacêuticos, produtos
eletrônicos, zonas para realização de atividades de picking, preparação de pedidos, etc.
Montevidéu se perfila como centro de distribuição estratégico da região, tanto em cargas
como em passageiros. Em um rádio de três horas de avião se encontram 140 milhões de
pessoas. A isto é adicionado o marco legal de Aeroportos Livres, que permite a prestação de
serviços logísticos para as mercadorias dentro do próprio aeroporto, sendo o único da região
com estas características.
23
24. Mapa Nº 7: Montevidéu: principais conexões aéreas internacionais
Fonte: Apresentação TCU, 2010.
3.4. Serviços logísticos prestados às mercadorias em trânsito internacional pelo
Uruguai21
Desde o Uruguai se costuma prestar os seguintes serviços de logística sobre a carga em
trânsito internacional:
1) Serviços logísticos tradicionais de transporte, armazenagem e acondicionamento
para reenvio da mercadoria
Compreende o transporte e os transbordos necessários, a recepção e o controle, a
armazenagem e a preparação de pedidos para envio a seu destino final.
21
Este ponto foi elaborado a partir do trabalho mencionado de Hodara, Opertti e Puntigliano (2008), “Visualização do
Uruguai como Centro Logístico Regional”.
24
25. 2) Serviços de valor agregado logístico ou atividades semi-industriais
Incorporam-se instalações de packing, reembalagem, mesclado de produtos químicos
e outros, adaptando a entrega para as necessidades dos clientes finais
(customization) ou requerimentos (normas) dos países de destino.
3) Serviços de coordenação logística da cadeia de abastecimento
São coordenadas as operações dos clientes com seus fornecedores logísticos: plantas
de produção no exterior, linhas marítimas, agentes de carga, terminais portuárias e
aeroportuárias, a fim de otimizar as entregas.
4) Serviços de consultoria logística profissional, e suporte e desenvolvimentos
informáticos
São exportados sistemas de software para logística, sistemas on-line para visibilidade
via web dos inventários e desenho de lay-out de instalações para centros de
distribuição dos clientes em outros países.
5) Serviços de seleto de fornecedores logísticos e mercadejo
Para clientes internacionais radicados no Uruguai com mercadoria em trânsito
internacional, facilitam-se serviços de prospecção e seleção de fornecedores
logísticos (despachantes, fretes, operadores logísticos) nos países de destino da
mercadoria.
4. Experiência nas atividades logísticas por parte de empresas
nacionais e estrangeiras22
A prestação e as exportações de serviços logísticos vieram aumentando nos últimos anos no
Uruguai.23 A gráfica adjunta estima as exportações logísticas.
Gráfico Nº 2: Exportações de serviços logísticos 2004-2008 no Uruguai (milhões de US$)
550
500 530
450
443
400 360
350
282 368
300
250
200
2004 2005 2006 2007 2008
22
Existe no país uma variedade de empresas logísticas nacionais e estrangeiras cujas atividades serão descritas brevemente
em nossa página web. Aqui são apresentados só os operadores únicos em sua categoria.
23
Se bem que não contamos com dados ao respeito, uma aproximação pode se obter através das exportações registradas
na categoria Transporte da Balança de Pagamentos (sub categorias Fretes e Outros). As mesmas aumentaram desde menos
de US$ 300 milhões a mais de US$ 500 milhões. No ano 2009 previsivelmente diminuíram por causa do descenso de 23%
das exportações mundiais de mercadorias.
25
26. Fonte: Banco Central do Uruguai (BCU), Relatório ao FMI, soma das categorias Fretes e Outros Serviços da categoria
Transportes da Balança de Pagamento de Serviços.
4.1. Terminais de contêineres no Porto de Montevidéu
O Porto de Montevidéu, único no Uruguai que trabalha com contêineres, conta com dois
operadores: Terminal Cuenca del Plata e Montecon.
Terminal Cuenca del Plata (TCP)24
A TCP, concessionária do Terminal de Contêineres desde 12 de junho de 2001 por um
período de 30 anos, concentra mais de 50% do movimento de contêineres do Porto de
Montevidéu. É uma das três empresas com que o grupo belga Katoen Natie opera no
negócio portuário e logístico no Uruguai (as outras duas são Seaport Terminals Montevideo
S.A. e Nelsury S.A.). Katoen Natie é proprietária de 80% de TCP e o Estado uruguaio, através
da Administração Nacional de Portos, do restante 20%. É o principal investimento belga no
país. Começou a operar no Uruguai em 1997 comprando parte dos pacotes acionários da
Costa Oriental S.A. (empresa logística) e do parque de negócios e serviços Zonamerica. Em
2001 “já tendo apostado no país, conhecendo-o mais e confiando nele”,25 ganha o leilão do
Terminal de Contêineres do Porto de Montevidéu.
A Katoen Natie é uma empresa familiar que surge em 1855 em
Antuérpia, na Bélgica, e conta com 9.000 trabalhadores em 22 países
(2008). Uma de suas sete unidades de negócios é a de “Operações
portuárias, oferecendo terminais de serviços para contêineres, cargas
gerais e produtos florestais; praias para contêineres, manutenção e
restauração, como também serviços de depósito em portos da Europa e da América do
Sul”.26
A partir de sua instalação no Uruguai, a Katoen Natie se estendeu logo para o México e para
o Brasil, país onde conta com 26 plataformas logísticas.
Os investimentos realizados no
Uruguai de 2001 a 2009 totalizaram
mais de US$ 160 milhões.
Compreendem um cais de 350 metros
de comprimento, o qual se adicionado
ao existente de 288 metros,
totalizando 638 metros aptos para a
operação de barcos com até 10.000
contêineres (cais com um calado de
14,5 metros, enquanto que o resto dos
cais públicos tem 10,5 metros);
ampliação da praia de contêineres com
24
Fontes: Publicações da Katoen Natie de 2008 e 2009 e entrevista com pessoal da empresa 9/4/2010. Vejam
www.katoennatie.com.
25
Idem.
26
Idem.
26
27. mais de 20 hectares ganhadas à baía, totalizando o terminal 29,5 hectares pavimentadas;
incorporação de 7 guindastes pórtico (4 deles Super Post Panamax, incorporadas em 2009) e
equipamentos straddle-carriers para transportar contêineres (único na América do Sul),
assim como aumento substancial de conexão elétrica para contêineres refrigerados até
chegar a 2.000 atualmente (2010). Este é o maior investimento em obras no Porto de
Montevidéu dos últimos 100 anos.
A TCP conseguiu aumentar a produtividade do Porto de Montevidéu: em 2001 o número de
contêineres carregados e descarregados por hora era de 22 como máximo, o que significava
que para operar um barco com 1.000 contêineres o mesmo devia estar em porto pelo
menos 50 horas; em 2008 um barco com as mesmas características era despachado em 16
horas no terminal.
A TCP obteve certificação de Qualidade (ISO 9000), de Segurança e Saúde Ocupacional
(OSHS 18000) e de Meio ambiente (ISO 14000).
Montecon27
A Montecon é uma empresa nacional responsável pelo
movimento de algo menos de 50% dos contêineres do
Porto de Montevidéu, atendendo a 90% das principais
linhas marítimas do mundo que chegam ao Uruguai. Cinqüenta (50%) da carga é de
comércio exterior uruguaio, importação e exportação, enquanto que o restante 50% são
transbordos da região, incluída carga refrigerada. Em 2008 e 2009 mobilizou
aproximadamente 150.000 contêineres anuais.
A empresa presta serviço de operações portuárias (carga e descarga de barcos porta-
contêineres e convencionais, operação de barco fluviais, planejamento de carga e descarga),
serviço de operações logísticas (armazenagem e controle de estoque de contêineres e
mercadorias, consolidação e desconsolidação de contêineres, picking e packing, etiquetados,
traslados, consultoria logística), serviços de subministro de frio e atendimento de
contêineres refrigerados, e serviços de reparação de contêineres.
Dispõe de cinco guindastes móveis, dois guindastes Liebherr Post-Panamax LHM 500, dois
guindastes Liebherr LHM 400 e um guindaste Gottwald HMK 280 E. Dispõe-se de uma
longitude total de 1.256 metros de cais, todos construídos a 10,5 metros de profundidade; o
calado ao pé do cais e espelho de água circundante é de 10 metros, aos quais deve ser
adicionado uma média estável de maré de 0,70 metros. O terminal opera sobre uma
superfície de 90.000 m2 e áreas complementares.
27
Fonte: www.montecon.com.uy
27
28. 4.2. Operador de carga no Aeroporto Internacional de Carrasco (AIC),
localizado nas aforas de Montevidéu
Terminal de Cargas Uruguay (TCU)
O Terminal de Cargas Uruguay (TCU) Desde o ano 2004 é a
empresa responsável da operação da carga aérea no
Aeroporto Internacional de Carrasco (AIC). O prazo da
concessão é por 20 anos com opção a 10 adicionais. Em tal
caráter opera com 100% do comércio internacional do
Uruguai que é realizado por via aérea e aponta a fortalecer o posicionamento do país como
Centro de Distribuição Regional para a prestação de serviços logísticos.
A primeira etapa do plano de obras do Terminal de Cargas foi concluída em 2009,
consistindo de 14 diques de carga para importações e 11 diques para exportações, 13.500
m2 distribuídos entre depósitos (10.500 m2) e escritórios (3.500 m2), incluindo câmaras de
frio com 2.100 m3 e setores segregados segundo tipo de operação (químico-farmacêuticos,
eletrônicos, etc.).
Na segunda etapa do plano de desenvolvimento do aeroporto se prevê a construção de um
parque logístico que superará os 100.000 m2 em onde se poderão instalar operações
regionais realizadas por empresas globais (vejam seção 5).
Como se explicou anteriormente, o regime normativo de Aeroportos Livres possibilita a
realização de operações logísticas dentro do mesmo com vantagens para as empresas, tais
como armazenagem, reembalagem, remarcado, classificado, agrupado e desagrupado,
consolidado e desconsolidado, manipulação e fracionamento. Ao anterior se une a situação
geográfica privilegiada do Uruguai na região com linhas aéreas que chegam em 2 ou 3 horas
para as principais cidades da região. Esta plataforma logística é utilizada por companhias
multinacionais dos ramos eletrônico e farmacêutico, quem distribuem desde o AIC para a
região. À possibilidade de armazenar estoques e operar no aeroporto como se tratasse de
uma extensão do depósito principal da empresa, se lhe adiciona uma operativa de
transbordo muito simples e eficiente que permite conectar mercadoria em diferentes vôos
dentro do estabelecimento aeroportuário e sem necessidade de realizar trâmites nem gerir
autorizações formais para seu movimento.
28
29. 4.3. Terminais no Porto de Nueva Palmira
Os operadores deste porto já foram mencionados no porto 3.3.1. (TGU, Ontur e Navios).
5. Investimentos públicos em curso e projetados no setor
Existem diversos projetos do setor público uruguaio que se vinculam a investimentos em
infraestrutura do setor logístico. Abaixo se indicam alguns deles.
Puntas de Sayago, porto logístico complementar ao Porto de Montevidéu
O Projeto Institucional Nº 31 prevê a criação de um Porto Logístico em um lugar de 103
hectares em Puntas de Sayago, zona costeira próxima ao Porto de Montevidéu. Trata-se de
ampliar a capacidade logística deste último. Vejam Figuras Nº 4 e Nº 5.
Figura Nº 4 Figura Nº5
Fonte: Administração Nacional de Portos - Apresentação projeto institucional Nº 31.
O trabalho se desenvolverá de acordo com as seguintes etapas (4º a 7º alternativas):
1º. Cercado e parcelado do recinto alfandegário portuário segundo as diferentes
atividades a desenvolver (em curso)
2º. Diagramação zonal: Porto Livre – Zona Industrial – Zona Franca
3º. Diagramação vial e conectividades marítimas e terrestres (a partir de 2012)
4º. Desenvolvimento dos serviços básicos existentes
5º. Chamado para outorgar permissões em depósitos existentes, prazo máximo um ano
6º. Chamado a licitação para outorgar permissões por um prazo de cinco anos
7º. Chamado para outorgar concessões de parcelas de aproximadamente 10.000 m2
para os empreendimentos logísticos – estabelecimento de 20 hectares (licitação)
29
30. Terminal especializada de granéis no Porto de Montevidéu28
No ano 2009 se adjudicou à Obrinel, empresa propriedade da empresa construtora Saceem
e o Grupo Christophersen, a construção de um terminal especializado para grãos e chips de
madeira, no norte do Porto de Montevidéu, com silos para armazenagem de grãos com
capacidade para 160.000 toneladas. A obra estará finalizada em 2012 e custará US$ 60
milhões. O calado do cais será realizado a 12 metros (ampliáveis a 13 no futuro), permitindo
a saída de barcos carregados até com 55 mil toneladas (o porto de Nueva Palmira tem um
calado de 9,75 metros e podem sair barcos carregados com até 40 mil toneladas). A Obrinel
terá a concessão deste terminal por um prazo de 20 anos.
Investimentos na ferroviária29
O Ministério de Transporte e Obras Públicas (MTOP) anunciou investimentos por US$ 300
milhões no período 2010-2015 para o conserto de 1.200 km de vias férreas. Com estas bases
poderão se transladar 3,5 milhões de toneladas de carga por ano a uma maior velocidade
que as atuais 1,4 milhões que podem se transladar atualmente.
Obras no Porto de La Paloma (departamento de Rocha)30
O MTOP anunciou a reconstrução de cais no porto oceânico de La Paloma, a um custo de
US$ 8 milhões, o que permitirá um movimento de carga de 300 mil toneladas anuais. O
calado atual deste porto é de 6 metros.
28
Fonte: MTOP, Boletins Informativos Internos de 2010.
29
Idem.
30
Fonte: MTOP, Boletins Informativos Internos de 2010.
30
31. ANEXOS
Promoção de investimentos nacionais e estrangeiros
O investidor estrangeiro beneficia no Uruguai dos mesmos benefícios que o investidor
nacional, e não requer autorização prévia para se instalar no país.
A Lei Nº 16.906 de 7 de janeiro de 1998 declara de interesse nacional a promoção e
proteção de investimentos nacionais e estrangeiros. O Decreto Nº 455/007 de 26 de
novembro de 2007 atualizou a regulamentação desta lei.
Em virtude da mesma, e para os projetos de investimento em qualquer setor de atividade
que se apresentem e sejam promovidos pelo Poder Executivo, permite-se computar como
parte do pagamento do imposto de rendas empresariais (IRAE) entre 51% e 100% do monto
investido, segundo tipificação do projeto. A taxa do IRAE é de 25%.
Também se isenta do Imposto ao Patrimônio aos bens móveis do ativo fixo e obras civis, e se
recupera o Imposto ao Valor Agregado das compras de materiais e serviços para estas
últimas.
Acordos comerciais e de proteção de investimentos
1. Acordos comerciais gerais
O Uruguai integra a Organização Mundial de Comércio (OMC) desde sua criação em 1995, e
forma parte da Associação Latino Americana de Integração (ALADI, 1980) junto a outros
nove países da América do Sul, mais Cuba e o México.
No marco desta última, conformou desde 1991 junto com a Argentina, com o Brasil e com o
Paraguai o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), o qual passou a ser constituído em União
Alfandegária a partir de 1995, com livre circulação de mercadorias, eliminação de direitos
alfandegários e restrições não tarifárias entre os Estados Partes, e uma Tarifa Externa
Comum frente a terceiros países. A Venezuela se encontra atualmente em processo de
incorporação ao MERCOSUL.
O MERCOSUL por sua vez subscreveu, no marco da ALADI acordos comerciais com outros
países da América do Sul: com o Chile (1996), com a Bolívia (1996), com a Colômbia, com o
Equador e com a Venezuela (2004) e com o Peru (2005), e um acordo com Israel (2007),
todos os quais tendem a formar Zonas de Livre Comércio, com cronogramas de
desgravações tarifárias que se completam não mais além de 2014/2019, segundo o país.
O Uruguai ademais subscreveu com o México um Tratado de Livre Comércio (2003), que
permite a livre circulação de bens e serviços entre ambos países desde junho de 2004, com
certas exceções que finalizarão no ano 2014.
31
32. 2. Acordos de proteção de investimentos
O Uruguai tem acordos vigentes de proteção e promoção de investimentos, com 27 países,
incluindo entre outros a Espanha, os Estados Unidos, a Finlândia, a França e o Reino Unido.
Instituições
CALOG www.calog.com.uy
A Câmara Uruguaia de Logística reúne as principais empresas de serviços logísticos do país.
Integra a Associação Latino Americana de Logística (www.all-enlinea.com) e participa em
forma permanente na Mesa Coordenadora da Administração Nacional de Portos.
Oferece aos seus associados participação nas atividades organizadas pela entidade que
compreendem, os cafés da manhã de trabalho, conferências, study tours nacionais e no
estrangeiro, cursos de capacitação, integração a comissões temáticas e programas especiais,
e informação sobre eventos internacionais: feiras, congressos, etc.
CENNAVE www.cennave.com.uy
O Centro de Navegação é uma instituição particular, fundada em 1916, constituída por
empresas e entidades estabelecidas no país vinculadas ao transporte por água, à atividade
portuária e ao comércio internacional. É assim que reúne agentes marítimos, operadores
portuários, empresas terminais de contêineres e empresas de depósitos de carga.
AUDACA www.audaca.com.uy
A Associação Uruguaia de Agentes de Carga, fundada em 1974, está integrada por 45
Agências de Carga. É membro da ALACAT (Federação de Associações Nacionais de Agentes
de Carga da América Latina e do Caribe).
ADAU www.adau.com.uy
A Associação de Despachantes de Alfândega do Uruguai foi fundada em 1935. Conta com
uma Escola de Formação Profissional e Comércio Exterior e Alfândega. Está integrada por
quase 100% dos profissionais despachantes de alfândega em atividade do país.
CONALOG
A Comissão Nacional de Logística, da Direção Nacional de Logística, Planejamento e
Investimentos do Ministério de Transporte e Obras Públicas.
A Comissão Nacional de Logística foi criada pelo Decreto 731/09 de 20 de maio de 2009 e
tem por finalidade, entre outros, a promoção do profissionalismo e qualidade do setor, e a
proposição de normativa específica, a coordenação de ações com o resto do Estado, o
assessoramento ao Poder Executivo, a formação de agentes do setor e a promoção da marca
Uruguai Logístico a todo nível. Integra-se com representantes do Poder Executivo e das
câmaras empresariais.
32
33. INALOG
A CONALOG será substituída pelo Instituto Nacional de Logística (INALOG), uma agência
paraestatal, de acordo com um projeto de decreto de agosto de 2009 que a atual
administração também promove. Sua integração incluirá do mesmo modo os setores público
e particular, e terá como objetivos, entre outros, melhorar a eficiência do setor logístico
nacional.
Dados estatísticos adicionais
Quadro Nº 9: Movimento de passageiros de ferry, veículos e barcos de pesca no Porto de
Montevidéu
Movimento de Chegada de barcos de
Movimento de
Ano passageiros de pesca
veículos32
ferry31 Nacional Estrangeiro
2005 182.299 21.971 1.740 353
2006 200.311 23.528 1.785 349
2007 207.046 26.747 1.603 479
2008 248.278 30.987 1.827 525
2009 242.211 30.753 1.613 455
Fonte: Administração Nacional de Portos.
O turismo de cruzeiros no Uruguai é realizado pelos portos de Montevidéu e Punta del Este.
Neste último se opera através de embarcações auxiliares. No caso do Porto de Montevidéu
se mobilizam passageiros e se abastece o barco diretamente desde o cais.
Quadro Nº 10: Escalas por temporada
Temporada Temporada Temporada Temporada Temporada
2005-2006 2006-2007 2007-2008 2008-2009 2009-2010
Montevidéu 71 75 101 83 92
Punta del Este 33 52 68 96 93
Total 104 127 169 179 185
Fonte: Administração Nacional de Portos.
31
Inclui embarque e desembarque.
32
Ídem.
33
34. Quadro Nº 11: Aeroporto Internacional de Carrasco, vôos diretos e regulares (2009)
Destino Linha Aérea Tipo de avião Vôos por semana Total
Aerolíneas Argentinas
B737 – 200 12
Aeroparque
Sol Líneas Aéreas SF34 15 75
(Buenos Aires)
Pluna CRJ900 48
Assunção Pluna CRJ900 10 10
Córdoba Pluna CRJ900 4 4
Curitiba Pluna CRJ900 5 5
Ezeiza (Buenos American Airlines B767 4
7
Aires) Aerolíneas Argentinas
B737 - 200/500 3
Lima Taca A320/319 7 7
A340 - 300 / A340 –
Madri Ibéria 600 6 6
Miami American Airlines B767 3 3
Panamá Copa Airlines B737 – 400 6 6
Gol B737 -800 14
Porto Alegre Pluna CRJ900 7 25
Aerolíneas Argentinas B737 - 200/500 4
Rio de Janeiro Pluna CRJ900 7 7
São Paulo Gol B737 – 800 14
Pluna CRJ900 17 45
TAM Brasil A320 14
Boeing 767 (cargo) 1
LAN Chile
Santiago do Chile A318/319/320/B767 13 27
Pluna CRJ900 13
Florianópolis Pluna CRJ900 1 1
Paris Martinair MD11 (cargo) 1 1
Frankfurt Lufthansa Land (cargo) 2 2
Fonte: Apresentação TCU (2010).
Quadro Nº 12: Exportações assimiladas a serviços logísticos (US$ milhões)
2004 2005 2006 2007 2008
Transportes, Fretes 215 287 287 324 400
Transportes,
Outros 67 73 81 119 130
Total 282 360 368 443 530
Fonte: Banco Central do Uruguai (BCU), Balança de Pagamentos
34
35. Quadro Nº 13: Tarifas máximas de concessionários em Porto de Montevidéu
TARIFAS MÁXIMAS PARA CONTÊINERES
RECEPÇÃO/ENTREGA CONTÊINERES (20" ou 40")
CHEIOS US$/CONT US$ 20-US$ 25
VAZIOS US$/CONT US$ 10-US$ 15
MOBIILIZAÇÃO DE CONTÊINERES CHEIOS OU VAZIOS DENTRO DO PORTO DESDE/ATÉ DEPÓSITO
20" US$/CONT US$ 18-US$ 20
40" US$/CONT US$ 24-US$ 25
DESCONSOLIDAÇÃO/CONSOLIDAÇÃO
20" US$/TEU US$ 85-US$ 150
40" US$/TEU US$ 145-US$ 250
ARMAZENAGEM DE CONTÊINERES
De 1 a 2 dias US$ 0,0
De 3 a 10 dias US$ 3,0
De 11 a 15 dias US$ 4,5
CHEIOS US$/TEU De 16 a 20 dias US$ 6,5
De 21 a 25 dias US$ 8,5
De 26 a 30 dias US$ 10,5
De 31 a 90 dias US$ 12,5
De 1 a 2 dias US$ 0,0
De 3 a 24 dias US$ 3,5
De 25 a 38 dias US$ 7,0
VAZIOS US$/TEU De 39 a 52 dias US$ 10,5
De 53 a 66 dias US$ 14,0
De 67 a 80 dias US$ 17,5
De 81 a 90 dias US$ 21,0
TARIFAS MÁXIMAS PARA MERCADORIAS
MERCADORIA GERAL
RECEPÇÃO A DEPÓSITO US$/TON US$ 5,5-US$ 6,0
ENTREGA DESDE DEPÓSITO US$/TON US$ 5,5-US$ 6,0
er
1 MES US$ 5,0
ARMAZENAGEM DEPÓSITO ABERTO US$/TON X MÊS 2º MES US$ 7,5
er
3 MES US$ 25,0
er
1 MES US$ 12,0
ARMAZENAGEM DEPÓSITO FECHADO US$/TON X MÊS 2º MES US$ 20,0
er
3 MES US$ 30,0
MERCADORIA PERIGOSA
RECEPÇÃO A DEPÓSITO US$/TON US$ 8,0-US$ 9,0
ENTREGA DESDE DEPÓSITO US$/TON US$ 8,0-US$ 9,0
er
1 MES US$ 12,0
ARMAZENAGEM US$/TON X MÊS 2º MES US$ 17,0
er
3 MES US$ 27,0
OUTROS SERVIÇOS
OPERAÇÕES DE MANIPULAÇÃO A MERCADORIAS ARMAZENADAS
(reembalagem, remarcado, classificado, extração de amostra, etc.)
PESSOAL HORA/HOMEM US$ 7,5-US$ 8,0
AUTOELEVADOR US$/HORA US$ 25,0-US$ 30,0
Fonte: Elaboração própria em base a dados publicados pela Administração Nacional de Portos.
35
36. Trâmites e requisitos para operar em zonas francas do Uruguai
A. Exploração de uma zona franca por particulares33. Deverá ser apresentado a solicitação
perante o Poder Executivo (Ministério de Economia e Finanças), acompanhada de um
projeto de investimento que demonstre fidedigno a viabilidade econômica do mesmo e os
benefícios que reportará ao país. Estabelece-se um investimento mínimo a cargo do
explorador de US$ 10.000.000 (infraestrutura, construções e serviços)34. A autorização será
onerosa, já seja mediante o pagamento ao Estado de uma quantia única, ou mediante o
pagamento de um cânone periódico segundo convier.
No projeto deverá estar expresso menção dos seguintes aspectos:
Dados: antecedentes de quem realiza a solicitação
Localização
Investimentos: infraestrutura (caminhos, cercado perimetral, instalações internas e
demais)
Financiamento com capital próprio ou de terceiros
Prazo
Viabilidade: justificação econômico-financeira
Anexos: documentos notariais e técnicos, planos e cronogramas de obras
B. Usuários diretos35: Os investimentos deverão constituir uma sociedade anônima, adquirir
instalações e realizar um contrato com o explorador da zona franca.
C. Usuários indiretos: Estes também deverão constituir uma sociedade anônima e realizar
um contrato, mas neste caso com o usuário direto.
Em ambos casos deve se registrar o contrato na Direção Geral de Comércio, Área Zonas
Francas (Ministério de Economia e Finanças) conjuntamente com um Plano de Negócios.
Este deve conter:
Descrição da empresa e seus objetivos
Descrição do produto ou serviço e mercados objetivos
Investimentos a executar
Estado de Resultados Projetado
Descrição do pessoal a empregar em forma direta
33
Lei Nº 15.921 e Decreto regulamentar Nº 454/88. Disponível em
http://www.zfrancas.gub.uy/espanol/legislacion/leyes/ley15921.pdf y
http://www.zfrancas.gub.uy/espanol/legislacion/decretos/decreto454-988.pdf
34
Decreto Nº 57/993 na redação do Decreto Nº 209/94. Disponível em
http://www.zfrancas.gub.uy/espanol/legislacion/decretos/decreto209-994.pdf
35
Resolução da Direção Geral de Comércio de 19 de maio 2006. Disponível em
http://www.zfrancas.gub.uy/espanol/tramites/D4%20Resolucion%2019%20de%20mayo%202006%20ref%20plan%20negoc
ios%20en%20contratos.pdf
36
37. Trâmites e requisitos para a obtenção de permissões para a administração de
depósitos alfandegários particulares36
O interessado deverá se apresentar perante a Direção Nacional de Alfândegas (DNA)
acompanhado do projeto correspondente, devendo cumprir os requisitos e
exigências determinados. Deverão se expor, entre outros, as necessidades de
comércio exterior a serem contempladas, a previsão anual do valor total das
mercadorias a serem armazenadas e o investimento previsto em infraestrutura.
A DNA outorgará a habilitação, prévia autorização do Ministério de Economia e
Finanças, por um prazo máximo de 5 anos.
A autorização poderá ser renovada mediante a solicitação do permissionário 90 dias
antes do vencimento do mesmo.
36
Decreto Nº 216/006. Disponível em
http://www.presidencia.gub.uy/_Web/decretos/2006/07/E%20424_10%2007%202006_00001.PDF
37
38. Uruguai em síntese (ano 2009)37
Nome oficial República Oriental del Uruguay
Localização geográfica América do Sul, limítrofe com a Argentina e com o Brasil
Capital Montevidéu
2
176.215 km . 95% do território é solo produtivo apto para a exploração
Superfície
agropecuária
População 3,3 milhões
Crescimento da população 0,3% (anual)
PIB per capita US$ 9.458
PIB per capita (PPP) US$ 13.019
Moeda Peso uruguaio ($)
Índice de alfabetismo 98%
Expectativa de vida ao nascer 76 anos
Forma de governo República democrática com sistema presidencial
Divisão política 19 (estados) departamentos
Zona horária GMT - 03:00
Idioma oficial Espanhol
Principais indicadores econômicos 2005-20094
2005 2006 2007 2008 2009
Taxa de crescimento anual do PIB 7,5% 4,3% 7,5% 8,5% 2,9%
PIB (PPP), US$ milhões 32.048 34.602 38.235 42.543 43.551
PIB, US$ milhões (correntes) 17.367 20.035 24.262 32.207 31.606
38
Exportações (US$ milhões), bens e serviços 5.085 5.787 6.936 9.291 8.551
Importações (US$ milhões), bens e serviços 4.693 5.877 6.775 10.217 7.775
Superávit / Déficit comercial (US$ milhões) 393 -90 166 -926 796
Superávit / Déficit comercial (% do PIB) 2,3% -0,5% 0,7% -2,8% 2,5%
Superávit / Déficit em conta corrente (US$ milhões) 42 -392 -212 -1.502 258
Superávit / Déficit em conta corrente (% do PIB)) 0,2% -2,0% -0,9% -4,7% -0,8%
Resultado fiscal global (% do PIB) -0,4% -0,5% 0,0% -1,4% -2,2%
Formação bruta de capital (% do PIB a preços correntes) 16,5% 18,6% 18,6% 20,2% 19,1%
Economia bruta nacional (% do PIB) 17,6% 16,9% 19,0% 17,9% 17,1%
Investimento estrangeiro direto (US$ milhões) 847 1.493 1.329 1.84 1.139
Investimento estrangeiro direto (% do PIB) 4,8% 7,5% 5,4% 5,7% 3,6%
Tipo de cambio peso / US$ 24.5 24.1 23.5 20.9 22.5
Ativos de reserva (US$ milhões) 3.071 3.097 4.121 6.329 8.373
Taxa de desemprego (% da PEA) 12,2% 11,4% 9,7% 7,9% 7,7%
Taxa anual de inflação 4,9% 6,4% 8,5% 9,2% 7,5%
Dívida Externa Neta (US$ milhões) 8.938 9.157 9.662 8.254 11.123
37
Fonte: Os dados referidos ao PIB foram retirados do FMI, os dados de comércio exterior, IED, tipo de câmbio, Reservas
Internacionais e Dívida Externa provêm do BCU; as taxas de crescimento da população, alfabetismo, desemprego e inflação
provêm do Instituto Nacional de Estatísticas.
38
Para os anos 2008 e 2009 os dados incluem uma estimação parcial da atividade produtiva nas zonas francas e a
informação sobre a pesquisa coordenada com a Câmara Uruguaia de Tecnologias da Informação para a atividade
relacionada com o software.
38
39. Serviços ao investidor
Quem somos
A Uruguay XXI é a agência de promoção de investimentos e exportações do Uruguai. Entre
outras funções, a Uruguay XXI apóia gratuitamente os investidores estrangeiros, tanto a
aqueles que já estão avaliando onde realizar seu investimento quanto aqueles que já faz
tempo operam no Uruguai.
Nossos Serviços ao Investidor
A Uruguay XXI é o primeiro ponto de contato para o investidor estrangeiro. Entre os serviços
que oferecemos se encontram:
Promoção. Promovemos oportunidades de investimento em eventos estratégicos,
missões e mesas de negócios.
Facilitação de visitas ao país de investidores estrangeiros, incluindo organização de
agenda de reuniões com, por exemplo, autoridades públicas, fornecedores,
potenciais sócios e câmaras empresariais.
Contato com os principais representantes. Geramos contatos com entidades de
governo, representantes industriais, instituições financeiras, centros de I+D e
potenciais sócios, entre outros.
Informação macro e setorial. A Uruguay XXI prepara periodicamente estudos sobre o
Uruguai e os diversos setores da economia.
Informação a medida. Preparamos informação personalizada para responder suas
perguntas específicas, como dados macroeconômicos, mercado de trabalho,
impostos e aspectos legais, programas de incentivo para os investimentos,
localização, e custos. Publicação de oportunidades de investimento. Periodicamente
publicamos em nossa página informação sobre projetos de investimento que nos
comunicam autarquias e empresas particulares.
www.uruguayxxi.gub.uy
investir@uruguayxxi.gub.uy
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