SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 9
Downloaden Sie, um offline zu lesen
1


Literatura afro-brasileira e indígena na escola: a mediação docente na construção
                                   do discurso e da subjetividade
                                    Ana Maria Gomes de Almeida
                                        UNIFESO – RJ - Brasil
                                    (analmeida19@yahoo.com.br)


Resumo: Apresentam-se resultados iniciais de uma pesquisa qualitativa em uma escola de educação
básica no interior do estado do Rio de Janeiro. Partindo da análise do discurso dos professores de
educação infantil e ensino fundamental, em especial na área da literatura infantojuvenil, em entrevistas
coletivas, procura-se discutir como acontece a aplicação da Lei 10 639/2003 e sua complementar, Lei 11
645/2008, que estabelecem a obrigatoriedade do estudo da história e cultura afrobrasileira e indígena no
âmbito de todo o currículo escolar. Baseia-se na importância do papel do outro na construção do discurso
e da subjetividade em que a realidade é apreendida como devenir. Mediatizados pelo mundo, educadores
e educandos, em diálogo, pronunciam-no em processo constantemente dialético.
Palavras-chave: Literatura infantojuvenil, relações etnicorraciais, discurso, educação.

Abstract: Part of the results of a qualitative research done at a basic education school in a small town in
Rio de Janeiro, is presented. Based on the analysis of the discourse of the children and high school
teachers, especially in the area of children’s and teenagers’ literature, in collective interviews, it tries to
discuss how the application of the Law 10 639/2003 happens, as well as its complementary law, 11
645/2008, both of which establish as obligatory the study of Afro-Brazilian and native Brazilian history
and culture in all the school curriculum. It is based on the importance of the role of the other in the
construction of the discourse and the subjectivity in which reality is apprehended as becoming. Mediated
by the world, educators and educatees, in dialogue, pronounce it in a constant dialectical process.
Key words: Children’s and teenagers’ literature, ethno-racial relations, discourse, education.


         Introdução
         Motivado a divulgar a produção de conhecimentos, atitudes, posturas e valores
que eduquem cidadãos à pluralidade etnicossocial para garantir o respeito aos direitos
legais, à valorização da identidade e das raízes africanas e indígenas da nação brasileira
bem como o reconhecimento da sua história e cultura, o governo federal aprovou a Lei
10639/2003, de obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana
na educação básica, complementada pela Lei 11645/2008, incluindo a obrigatoriedade
do ensino da história e cultura dos povos indígenas. As referidas leis reafirmam uma
posição de combate ao racismo e à discriminação, consoante a Constituição Brasileira.
         A educação é uma oportunidade de os sujeitos aprenderem sobre o valor da
cultura e manterem contatos com as diferentes práticas culturais. Desta feita, a escola é
um dos espaços relevantes neste processo, tendo em vista ser onde diferentes pessoas se
encontram. Nas discussões sobre currículo, têm lugar os debates sobre os
conhecimentos escolares, os procedimentos pedagógicos, as relações sociais, os valores
e as identidades dos alunos. Mas será que a escola, enquanto instituição pensada para a
2


formação democrática, universalista, consegue, de fato, atuar de maneira democrática?
A pluralidade etnicorracial é uma preocupação da escola? Este trabalho é feito? De que
maneira é feito?
         Trata-se este artigo da apresentação de resultados iniciais de uma pesquisa
qualitativa de orientação sócio-histórica (Freitas, 2003) que parte da análise do discurso
dos professores de educação infantil e ensino fundamental, em especial na área da
literatura infantojuvenil, identificados pela sigla D (docente) seguida da numeração
original conferida na transcrição das entrevistas. Tem como foco a discussão de como
acontece a aplicação das referidas leis naquele espaço escolar e baseia-se na
importância do papel do outro na construção do discurso e da subjetividade (Bakhtin,
2003).
         Tornar-se sujeito é conscientizar-se de si a partir do outro, é perceber-se
enquanto ser social a partir do diálogo simbólico que estabelece com seu meio. O
sujeito constitui-se pela linguagem e na linguagem (Bakhtin, 2003), atividade coletiva
social da consciência. O homem, ser sensível, racional e espiritual, se constitui como
sujeito na sua relação com o outro, a partir das diversas interações sociais, mediatizadas
pela linguagem. Servindo à comunicação, a linguagem expressa a consciência
individual, enquanto delineia a vida social, econômica e política da coletividade. O
sujeito é, portanto, um ser social que constrói seu discurso a partir de outros discursos
que o precedem. Nessa visão, o homem é um ser complexo, que possui inúmeras
dimensões e deve ser respeitado em sua cultura, valores e condições socioeconômicas.
         A pesquisa apresentada parte da premissa de que o docente é um mediador do
processo ensino-aprendizagem que valoriza a experiência dos educandos e suas
contribuições, sem perder de vista que o conhecimento consiste num processo de
construção em que estão presentes influências da sociedade, da história e da cultura. Em
perene construção, a realidade é apreendida não como algo posto, irreversivelmente
acabado, mas como devenir, como algo que está sendo (Freire, 1978). Mediatizados
pelo mundo, educadores e educandos, em diálogo, encontro dos homens, pronunciam-
no e o modificam em processo constantemente dialético a exigir deles novo pronunciar
(Freire, 2005).
         Em uma perspectiva dialógica, o homem que faz hoje uma enunciação está
construindo um enunciado que dará voz a outros textos amanhã. Ao mesmo tempo, no
3


momento em que faz a enunciação, está trazendo, através de sua voz, diversas vozes de
diálogos entre textos e atores sociais. Há, pois, um contínuo e ininterrupto diálogo entre
textos. Essa concepção de Bakhtin (2003, 2004) vai para além da linguagem: é uma
concepção de sujeito, na medida em que é constituidora de subjetividade.


       A fala dos professores
       Os professores mostram uma valorização das Leis 10 639/2003 e 11 645/2008,
bem como que compreendem a importância dos estudos etnicorraciais na escola e a
necessidade de ali serem desenvolvidos.
       D2. Eu acho que na verdade se houve necessidade de haver uma resolução é
porque a coisa não existe, né? Se houvesse, já estaria regulamentada na prática, né?
       Exemplificam, então, com atividades que contemplam tal tema.
       D3. (...) e aí é interessante que eles foram falando e a gente montou um quadro
na sala e surgiu que eles eram descendentes de africanos, sim, e de indígenas.
       D1. (...) Aí quem tinha cabelo enroladinho pesquisou uma figura de cabelo
enroladinho (...)
       Desconsideram a abordagem pontual dos aspectos que envolvem as relações
etnicorraciais por entenderem que devem ser vistos ao longo do ano, permeando o
cotidiano escolar e, portanto, incluindo-se no processo de formação do aluno.
       D16. (...) Eu acho que isso deveria ser trabalhado no cotidiano, que nem eu pego
uma música e explico pra eles.
       D7. Em questão das datas comemorativas que você falou, a gente não trabalha
com nenhuma relação (...) A gente trabalha diferente, a gente usa os temas, trabalha no
dia-a-dia, mas não tem aquela data fechada, entendeu?
       D14. Em literatura, falando de conteúdo, a gente tem essa questão de identidade
o tempo todo.
       Apesar de o grupo reconhecer que as culturas devem compor e permear o
currículo, suas enunciações apontam que tal prática não foi internalizada na escola. Ao
perguntarmos em que momento e como desenvolvem atividades que contemplem as
relações etnicorraciais, exemplificam com momentos pontuais, surgidos por uma
curiosidade, uma dúvida ou por projetos de trabalho.
4


        D3. Uns três anos atrás, a gente estava pesquisando sobre o Quilombo. Surgiu o
assunto, né?
        D2. Esse ano a gente teve uma experiência muito significativa em relação a isso
como o projeto do quarto ano.
        D14. Claro que com a lei a gente pode buscar novos paralelos, de qualquer
forma, na literatura (...)
        Mesmo que abordadas de modo superficial e não intencional, as questões
relativas à diversidade cultural emergem na escola e os docentes dizem ter uma escuta
atenciosa para elas.
        D3. (...) e aí eu coloquei assim: E os indígenas e os africanos não significaram
nada? E eu fiquei muito preocupada porque ninguém se manifestou. Aí eu fui e corri
atrás da M. Eu falei assim: M., meu trabalho tá ficando furado. Se eu tenho de trabalhar
influências e eles não se mostraram interessados em trabalhar essas áreas, como é que a
gente vai fazer?
        D2. Me causou angústia também.
        D3. È nós fomos em busca de alguma coisa, né? Aí a M. conseguiu aquele livro
A África, meu pequeno Chaka.
        Entretanto, entrevê-se em algumas enunciações marcas de uma voz
preconceituosa quando, por exemplo, D6 utiliza o substantivo “lady” para se referir a
uma criança negra que vivia em um orfanato:
        D6. Ela era uma lady. Você não dizia que não tinha formação. Ela sentava super
bem à mesa, sabia usar os talheres, se colocar quando tinha... a gente chamava pra uma
conversa e tal.
        O grupo destaca a relevância dos estudos das diferenças culturais como uma
forma de garantir a diversidade na escola num sentido mais amplo: abordagem dos
preconceitos, dos movimentos de bullyng, as dificuldades em lidar com as diferenças
que não só as da cultura.
        D1. A Princesa do Nariz de Linguiça. Trabalha a questão também de uma
menina que tinha... ela era diferente.
        D15. (...) Então, na realidade, eu acho que a escola tem que ter essa perspectiva
de trabalhar a questão do respeito, mas o respeito de maneira geral.
5


       Acrescenta que o trabalho desenvolvido deve contemplar os alunos assim como
sua família, destacando o papel social da escola.
       D1. (...) E no Canto das Sereias fala dos orixás, né? Aí eu lembro que foi um
rebuliço danado porque os pais vieram na minha porta porque eu tava ensinando música
de macumba pras crianças. E aí eu fui trabalhar os orixás com eles. Mas foi interessante
porque eu pude trabalhar não só com as crianças mas com as famílias.
       D2. É a gente tem que tá preparado, não digo um embate, mas pro
convencimento das famílias, da importância do que a gente tá fazendo também.
       Outro aspecto a ser pontuado vem a ser o fato de que não houve entre eles um
aprofundamento das questões abordadas. Restringiram-se à exemplificação de casos
acontecidos na escola, sem reflexão sobre o assunto ou mesmo sobre as leis. Algumas
vezes, a falta de aprofundamento se marcava pelo silêncio, em especial das professoras
da educação infantil e das séries iniciais.
       Os professores disseram se sentir um pouco mais à vontade para tratar da cultura
africana e a dos afro-descendentes. Relacionam a isso a maior facilidade de acesso à
informação e produção, embora apontem que há uma carência de informação sobre a
cultura africana. É consenso entre eles a dificuldade que encontram de acesso a
conhecimento das culturas indígenas.
       D15. Sim, nós temos maior facilidade. Essa questão racial, afro-descendente, é
mais fácil trabalhar no dia-a-dia. As interações e a mídia audiovisual facilitam isso. Já a
questão indígena não é tão fácil, não é igual.
       D1. Eu acho que o indígena é muito mais esquecido que o africano. Porque o
africano ainda fica em evidência, a gente tem uma preocupação de trazer desenhos,
filmes, quando a gente passa o filme Kiriku e a Feiticeira.
       Segundo eles, a distância geográfica dificulta o contato e contribui para que o
índio esteja afastado do cotidiano escolar.
       D9. A questão indígena é difícil de ser tratada porque o índio não está no
cotidiano de todos. Muitos alunos nunca viram um índio ou um descendente. Enquanto
que o afro-descendente está mais presente, a cultura é mais forte na nossa região.
       D19. O índio é comentado, mas eu nunca vi um índio no dia-a-dia.
Eventualmente numa exposição ou uma apresentação e na televisão. Mas não é comum
encontrar algum na rua.
6


        Ao destacarem o papel positivo da literatura na abordagem das relações
etnicorraciais, trazem à discussão o restrito acesso a publicações com esse tema ou a
visão preconceituosa ainda existente. Apesar disso, apresentam alguns exemplos que
consideram boa literatura.
        D2. A literatura é uma aliada muito grande pra gente despertar algumas coisas.
        D1. Tem muitos poucos livros.
        D7. E os próprios livros de literatura infantil, as histórias são muito regradas, do
coitadinho, do pobre coitado. Histórias que trazem outra visão desses aspectos seria
muito importante.
        D2. Tem a Tainá. Eu lembro que tem um livro que chama Bichos da África.
Como Kiriku, que é um conto de tradição local.
        D4. Sem colocar em evidência aquilo que torna ele diferente.
        D7. Então nós precisamos dessa literatura, sem ter essa visão.
        Uma professora questionou o que ela chamou de “livros politicamente corretos”.
Haveria uma preocupação em abordar temas aceitos socialmente ou que a escola
entende como necessários, em detrimento de uma literatura que poderíamos nomear de
raiz.
        D14. Eu vejo livros muito politicamente corretos de uns dez anos pra cá. Falam
sobre ecologia e drogas. Porque na minha época tinha lenda da Iara, lenda de tudo. Já
não tem mais isso. Então eu acho que essa onda politicamente correta tem que acabar.
        Apontam para a necessidade de estudarem mais aprofundadamente o tema,
ampliando conceitos em diferentes áreas, forma de sentirem mais seguros no seu
desempenho como mediadores.
        D2. Mas a gente precisa também estudar um pouco os nossos conceitos,
conceitos que estão vigorando tanto na parte da sociologia, da antropologia, da história.
        D1. Embasar, né?
        D7. Acho que é muito importante a gente tá estudando, se atualizando.


        Considerações finais
        A análise aqui apresentada aponta que, para aqueles professores, as Leis 10
639/2003 e 11 645/2008, mais do que o resgate da cultura afro-brasileira e indígena,
contemplam a possibilidade de se abordar o preconceito na escola num sentido que
7


ultrapassa o pertencimento etnicorracial. Ao manifestarem a preocupação com esse tema
no cotidiano escolar, sua atenção volta-se para o desenvolvimento de uma cultura dos
direitos humanos como um eixo fundamental para a construção democrática de que, no
momento, os afro-descendentes e os indígenas encontram-se excluídos.
       Sua observação relativa à dificuldade de acesso à cultura indígena aponta para a
necessidade de, a exemplo do que tem acontecido com a história e a cultura afro-
brasileira e africana, haja um olhar cuidadoso dos gestores na elaboração e aplicação de
políticas públicas que contemplem de forma mais contundente sua história e cultura.
       Quanto à literatura, a restrição de acesso à produção existente bem como a
denúncia de marcas discursivas preconceituosas em parte do que encontram a seu dispor
assinalam que é imprescindível um foco maior nessa área por parte das editoras assim
como do Programa Nacional de Bibliotecas Escolares.
       Seus enunciados preocupados em enfocar as relações etnicorraciais e as
diferenças em geral, mas perpassados por um discurso por vezes marcado pelo
preconceito e superficialmente elogioso à diversidade mostram que ainda há um longo
caminho a se percorrer na aplicação das referidas leis. A oscilação entre diferentes
discursos e a prevalência de enunciados mais descritivos do que analíticos, além de uma
prática pouco consciente dos estudos etnicorraciais, apontam para a necessidade de uma
formação inicial e continuada mais voltada para essas questões. Uma formação em que
o contínuo processo de acabamentos e inacabamentos provocados pela interação dos
usos, pelas escolhas construídas nos tempos e lugares e pela mobilização de diferentes
esferas da enunciação possibilite que o professor busque a formulação de novas
hipóteses às mesmas perguntas ou a elaboração de perguntas novas.
       Assumindo uma perspectiva discursiva na reflexão aqui desenvolvida, destaco
como importante a figura do mediador. Como este estudo aborda os discursos sobre as
relações etnicorraciais na escola, enfatizo a relevância das ações de mediação no
ambiente escolar. Seguindo Freire (2005), entendo que o papel do professor vem a ser o
de possibilitar o encontro de experiências: as suas, as dos alunos e da sociedade em
geral, enfim, as de tantos quantos for possível trazer “à roda”, movido pelo instigar os
alunos nos caminhos ao diálogo, à indagação, à heterogeneidade, à intersubjetividade,
na tentativa de permitir-lhes entender o que se passa: eles com eles mesmos, na relação
com o mundo, fazendo com que a pluralidade seja possível. Para isso, o professor
8


carece pensar participativamente, de forma não indiferente, procurando superar seu
próprio caráter de dado em favor daquilo que está para ser alcançado (Bakhtin, 1993),
responsavelmente aceitando a responsabilidade que lhe é atribuída socialmente. A
escola que se considera plural sabe criticamente que o sentido pode ser outro e, por isso,
estimula o exercício da contrapalavra de todos que ali convivem. Sujeitos também
cognoscentes, o professor e os demais membros da escola, na sua função de mediadores
devem se deixar aprender porque sabedores da inevitável presença da diferença entre
sujeitos e da exigência de acordos éticos e estéticos a demandar o reconhecimento do
outro como diferente dele, dos múltiplos discursos que desenham o social, suas
interseções históricas, políticas e culturais.


       Bibliografia
        BAKHTIN, Mikail (1993), Para uma filosofia do ato, trad. Carlos Alberto
Faraco e Cristóvão Tezza, Austin: Univ. of Texas.
        — (2003), Estética da criação verbal, São Paulo: Martins Fontes.
        — (2004), Marxismo e filosofia da linguagem, São Paulo: Hucitec.
        BRASIL (2003), “Lei nº 10 639”, Diário Oficial da República Federativa do
Brasil [http: www.planalto.gov.br]. Consulta: outubro 2009.
        — (2008), “ Lei nº 11.645”, Diário Oficial da República Federativa do Brasil,
[http: www.planalto.gov.br]. Consulta: outubro 2009.
        FREIRE, Paulo (1978), Ação cultural para a liberdade e outros escritos, Rio de
Janeiro: Paz e Terra.
        — (2005), Pedagogia do oprimido, Rio de Janeiro: Paz e Terra.
        FREITAS, Maria Teresa (2003), “A perspectiva sócio-histórica: uma visão
humana da construção do conhecimento”, em Maria Teresa Freitas, Solange Jobim e
Sônia Kramer (orgs.), Ciências humanas e pesquisa: leituras de Mikhail Bakhtin, São
Paulo: Cortez, pp. 26-38.
9

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

A importância do letramento
A importância do letramentoA importância do letramento
A importância do letramentoCristina Rigolo
 
Soares, magda linguagem e escola
Soares, magda   linguagem e escolaSoares, magda   linguagem e escola
Soares, magda linguagem e escolamarcaocampos
 
AlfabetizaçãO E Letramento
AlfabetizaçãO E LetramentoAlfabetizaçãO E Letramento
AlfabetizaçãO E Letramentohenriqueocarvalho
 
A importancia do letramento
A importancia do letramentoA importancia do letramento
A importancia do letramentoSimone Everton
 
Alfabetização e letramento caminhos e descaminhos
Alfabetização e letramento caminhos e descaminhosAlfabetização e letramento caminhos e descaminhos
Alfabetização e letramento caminhos e descaminhosNaysa Taboada
 
Letramento muitasfacetas aula2010
Letramento muitasfacetas aula2010Letramento muitasfacetas aula2010
Letramento muitasfacetas aula2010Jamile Rossetti
 
Unidade1 - PNAIC - Currículo
Unidade1 - PNAIC - CurrículoUnidade1 - PNAIC - Currículo
Unidade1 - PNAIC - CurrículoElaine Cruz
 
Alfabetização e letramento nas séries iniciais
Alfabetização e letramento nas séries iniciaisAlfabetização e letramento nas séries iniciais
Alfabetização e letramento nas séries iniciaischristianceapcursos
 
Teorias praticas letramento[1]
Teorias praticas letramento[1]Teorias praticas letramento[1]
Teorias praticas letramento[1]Kathy Oliveira
 
Eventos de Letramento
Eventos de LetramentoEventos de Letramento
Eventos de LetramentoLicaraujo
 
Formação para professores alfabetizadores 19 03-2013
Formação para professores alfabetizadores 19 03-2013Formação para professores alfabetizadores 19 03-2013
Formação para professores alfabetizadores 19 03-2013Terc Cre
 
A oralidade nas relações com a escrita
A oralidade nas relações com a escritaA oralidade nas relações com a escrita
A oralidade nas relações com a escritaAntonio Silva
 
Currículo referência lingua portuguesa 6º ao 9º ano
Currículo referência lingua portuguesa 6º ao 9º anoCurrículo referência lingua portuguesa 6º ao 9º ano
Currículo referência lingua portuguesa 6º ao 9º anotecnicossme
 
Pnaic unidade 5 sintese dos cadernos
Pnaic unidade 5 sintese dos cadernosPnaic unidade 5 sintese dos cadernos
Pnaic unidade 5 sintese dos cadernostlfleite
 
CONCEPÇÕES DE ALFABETIZAÇÃO: O QUE ENSINAR NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO
CONCEPÇÕES DE ALFABETIZAÇÃO: O QUE ENSINAR NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃOCONCEPÇÕES DE ALFABETIZAÇÃO: O QUE ENSINAR NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO
CONCEPÇÕES DE ALFABETIZAÇÃO: O QUE ENSINAR NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃOJulhinha Camara
 

Was ist angesagt? (19)

Alusai artigo3 copia
Alusai artigo3   copiaAlusai artigo3   copia
Alusai artigo3 copia
 
Alfabetizaçao e letramento
Alfabetizaçao e letramentoAlfabetizaçao e letramento
Alfabetizaçao e letramento
 
A importância do letramento
A importância do letramentoA importância do letramento
A importância do letramento
 
Soares, magda linguagem e escola
Soares, magda   linguagem e escolaSoares, magda   linguagem e escola
Soares, magda linguagem e escola
 
AlfabetizaçãO E Letramento
AlfabetizaçãO E LetramentoAlfabetizaçãO E Letramento
AlfabetizaçãO E Letramento
 
A importancia do letramento
A importancia do letramentoA importancia do letramento
A importancia do letramento
 
Ano 1 unidade_5_miolo
Ano 1 unidade_5_mioloAno 1 unidade_5_miolo
Ano 1 unidade_5_miolo
 
Alfabetização e letramento caminhos e descaminhos
Alfabetização e letramento caminhos e descaminhosAlfabetização e letramento caminhos e descaminhos
Alfabetização e letramento caminhos e descaminhos
 
Letramento muitasfacetas aula2010
Letramento muitasfacetas aula2010Letramento muitasfacetas aula2010
Letramento muitasfacetas aula2010
 
Unidade1 - PNAIC - Currículo
Unidade1 - PNAIC - CurrículoUnidade1 - PNAIC - Currículo
Unidade1 - PNAIC - Currículo
 
Alfabetização e letramento nas séries iniciais
Alfabetização e letramento nas séries iniciaisAlfabetização e letramento nas séries iniciais
Alfabetização e letramento nas séries iniciais
 
Teorias praticas letramento[1]
Teorias praticas letramento[1]Teorias praticas letramento[1]
Teorias praticas letramento[1]
 
Eventos de Letramento
Eventos de LetramentoEventos de Letramento
Eventos de Letramento
 
Formação para professores alfabetizadores 19 03-2013
Formação para professores alfabetizadores 19 03-2013Formação para professores alfabetizadores 19 03-2013
Formação para professores alfabetizadores 19 03-2013
 
A oralidade nas relações com a escrita
A oralidade nas relações com a escritaA oralidade nas relações com a escrita
A oralidade nas relações com a escrita
 
Alfa.letramento
Alfa.letramentoAlfa.letramento
Alfa.letramento
 
Currículo referência lingua portuguesa 6º ao 9º ano
Currículo referência lingua portuguesa 6º ao 9º anoCurrículo referência lingua portuguesa 6º ao 9º ano
Currículo referência lingua portuguesa 6º ao 9º ano
 
Pnaic unidade 5 sintese dos cadernos
Pnaic unidade 5 sintese dos cadernosPnaic unidade 5 sintese dos cadernos
Pnaic unidade 5 sintese dos cadernos
 
CONCEPÇÕES DE ALFABETIZAÇÃO: O QUE ENSINAR NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO
CONCEPÇÕES DE ALFABETIZAÇÃO: O QUE ENSINAR NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃOCONCEPÇÕES DE ALFABETIZAÇÃO: O QUE ENSINAR NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO
CONCEPÇÕES DE ALFABETIZAÇÃO: O QUE ENSINAR NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO
 

Andere mochten auch

Editais Unesco/TV Escola‏
Editais Unesco/TV Escola‏Editais Unesco/TV Escola‏
Editais Unesco/TV Escola‏Instituto Uka
 
Edital - Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade
Edital - Mestrado em Patrimônio Cultural e SociedadeEdital - Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade
Edital - Mestrado em Patrimônio Cultural e SociedadeInstituto Uka
 
A Voz Indígena - por Evandro Vieira Ouriques
A Voz Indígena -  por Evandro Vieira OuriquesA Voz Indígena -  por Evandro Vieira Ouriques
A Voz Indígena - por Evandro Vieira OuriquesInstituto Uka
 
DE PERI A MUNDURUKU: A INSERÇÃO DO INDÍGENA NO CONTEXTO LITERÁRIO BRASILEIRO
DE PERI A MUNDURUKU: A INSERÇÃO DO INDÍGENA NO CONTEXTO LITERÁRIO BRASILEIRODE PERI A MUNDURUKU: A INSERÇÃO DO INDÍGENA NO CONTEXTO LITERÁRIO BRASILEIRO
DE PERI A MUNDURUKU: A INSERÇÃO DO INDÍGENA NO CONTEXTO LITERÁRIO BRASILEIROInstituto Uka
 
Ilustração em obras de autores indígenas
Ilustração em obras de autores indígenasIlustração em obras de autores indígenas
Ilustração em obras de autores indígenasInstituto Uka
 
As identidades indígenas na escrita de Daniel Munduruku
As identidades indígenas na escrita de Daniel MundurukuAs identidades indígenas na escrita de Daniel Munduruku
As identidades indígenas na escrita de Daniel MundurukuInstituto Uka
 
Tese completa e com revisão das notas pele silenciosa, pele sonora
Tese completa e com revisão das notas   pele silenciosa, pele sonoraTese completa e com revisão das notas   pele silenciosa, pele sonora
Tese completa e com revisão das notas pele silenciosa, pele sonoraInstituto Uka
 

Andere mochten auch (8)

Editais Unesco/TV Escola‏
Editais Unesco/TV Escola‏Editais Unesco/TV Escola‏
Editais Unesco/TV Escola‏
 
Edital - Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade
Edital - Mestrado em Patrimônio Cultural e SociedadeEdital - Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade
Edital - Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade
 
A Voz Indígena - por Evandro Vieira Ouriques
A Voz Indígena -  por Evandro Vieira OuriquesA Voz Indígena -  por Evandro Vieira Ouriques
A Voz Indígena - por Evandro Vieira Ouriques
 
DE PERI A MUNDURUKU: A INSERÇÃO DO INDÍGENA NO CONTEXTO LITERÁRIO BRASILEIRO
DE PERI A MUNDURUKU: A INSERÇÃO DO INDÍGENA NO CONTEXTO LITERÁRIO BRASILEIRODE PERI A MUNDURUKU: A INSERÇÃO DO INDÍGENA NO CONTEXTO LITERÁRIO BRASILEIRO
DE PERI A MUNDURUKU: A INSERÇÃO DO INDÍGENA NO CONTEXTO LITERÁRIO BRASILEIRO
 
Ilustração em obras de autores indígenas
Ilustração em obras de autores indígenasIlustração em obras de autores indígenas
Ilustração em obras de autores indígenas
 
As identidades indígenas na escrita de Daniel Munduruku
As identidades indígenas na escrita de Daniel MundurukuAs identidades indígenas na escrita de Daniel Munduruku
As identidades indígenas na escrita de Daniel Munduruku
 
Roteiro Karu Taru
Roteiro Karu TaruRoteiro Karu Taru
Roteiro Karu Taru
 
Tese completa e com revisão das notas pele silenciosa, pele sonora
Tese completa e com revisão das notas   pele silenciosa, pele sonoraTese completa e com revisão das notas   pele silenciosa, pele sonora
Tese completa e com revisão das notas pele silenciosa, pele sonora
 

Ähnlich wie Ensino de cultura afro-brasileira e indígena na educação básica

Apresentação ELUNEAL.pptx
Apresentação ELUNEAL.pptxApresentação ELUNEAL.pptx
Apresentação ELUNEAL.pptxSueliGodoi6
 
A relação entre língua e cultura no ensino e aprendizagem de línguas adicionais
A relação entre língua e cultura no ensino e aprendizagem de línguas adicionaisA relação entre língua e cultura no ensino e aprendizagem de línguas adicionais
A relação entre língua e cultura no ensino e aprendizagem de línguas adicionaisGloria Gil
 
Gêneros do discurso o que os pcns dizem e o que a prática escolar revela
Gêneros do discurso o que os pcns dizem e o que a prática escolar revelaGêneros do discurso o que os pcns dizem e o que a prática escolar revela
Gêneros do discurso o que os pcns dizem e o que a prática escolar revelaFrancimeire Cesario
 
Ii reunião alfabetização_eixos_norteadores
Ii reunião alfabetização_eixos_norteadoresIi reunião alfabetização_eixos_norteadores
Ii reunião alfabetização_eixos_norteadoresRosemary Batista
 
Intérprete Bilíngue na educação Indígena.pptx
Intérprete Bilíngue na educação Indígena.pptxIntérprete Bilíngue na educação Indígena.pptx
Intérprete Bilíngue na educação Indígena.pptxVitorSantos789411
 
III - FALA - Fórum Acadêmico de Linguística Aplicada - UnB DF
III - FALA - Fórum Acadêmico de Linguística Aplicada - UnB DFIII - FALA - Fórum Acadêmico de Linguística Aplicada - UnB DF
III - FALA - Fórum Acadêmico de Linguística Aplicada - UnB DFGerson Moura
 
Unidade 5 a diversidade textual em sala de aula final
Unidade 5 a diversidade textual em sala de aula  finalUnidade 5 a diversidade textual em sala de aula  final
Unidade 5 a diversidade textual em sala de aula finalNaysa Taboada
 
Unidade 5 a diversidade textual em sala de aula final
Unidade 5 a diversidade textual em sala de aula  finalUnidade 5 a diversidade textual em sala de aula  final
Unidade 5 a diversidade textual em sala de aula finalNaysa Taboada
 
A leitura e sua relação
A leitura e sua relaçãoA leitura e sua relação
A leitura e sua relaçãoLilian Miranda
 
Sintese síntese do livro “psicogênese da língua escrita”
Sintese síntese do livro “psicogênese da língua escrita”   Sintese síntese do livro “psicogênese da língua escrita”
Sintese síntese do livro “psicogênese da língua escrita” ♥Marcinhatinelli♥
 
0329 LINGUÍSTICA APLICADA E PEDAGOGIA CRÍTICA.pptx
0329 LINGUÍSTICA APLICADA E PEDAGOGIA CRÍTICA.pptx0329 LINGUÍSTICA APLICADA E PEDAGOGIA CRÍTICA.pptx
0329 LINGUÍSTICA APLICADA E PEDAGOGIA CRÍTICA.pptxElianeOliveira188
 
Planejamento anual 2023 - para publicação.pdf
Planejamento anual 2023 - para publicação.pdfPlanejamento anual 2023 - para publicação.pdf
Planejamento anual 2023 - para publicação.pdfflaviaelisaschmittda
 
“ELES COMEM CORNFLAKES, NÓS COMEMOS PÃO COM MANTEIGA”: ESPAÇOS PARA REFLEXÃO ...
“ELES COMEM CORNFLAKES, NÓS COMEMOS PÃO COM MANTEIGA”: ESPAÇOS PARA REFLEXÃO ...“ELES COMEM CORNFLAKES, NÓS COMEMOS PÃO COM MANTEIGA”: ESPAÇOS PARA REFLEXÃO ...
“ELES COMEM CORNFLAKES, NÓS COMEMOS PÃO COM MANTEIGA”: ESPAÇOS PARA REFLEXÃO ...Pedro Lima
 
Projetodiversidade 131103135555-phpapp02
Projetodiversidade 131103135555-phpapp02Projetodiversidade 131103135555-phpapp02
Projetodiversidade 131103135555-phpapp02maluryan
 
A construção da identidade pedagógica uff
A construção da identidade pedagógica uffA construção da identidade pedagógica uff
A construção da identidade pedagógica uffTeacherRach
 
A polifonia no discurso publicitário como recurso pedagógico
A polifonia no discurso publicitário como recurso pedagógicoA polifonia no discurso publicitário como recurso pedagógico
A polifonia no discurso publicitário como recurso pedagógicoDenise Medeiros
 

Ähnlich wie Ensino de cultura afro-brasileira e indígena na educação básica (20)

Apresentação ELUNEAL.pptx
Apresentação ELUNEAL.pptxApresentação ELUNEAL.pptx
Apresentação ELUNEAL.pptx
 
413 1559-1-pb
413 1559-1-pb413 1559-1-pb
413 1559-1-pb
 
A relação entre língua e cultura no ensino e aprendizagem de línguas adicionais
A relação entre língua e cultura no ensino e aprendizagem de línguas adicionaisA relação entre língua e cultura no ensino e aprendizagem de línguas adicionais
A relação entre língua e cultura no ensino e aprendizagem de línguas adicionais
 
Literatura multicultual
Literatura multicultualLiteratura multicultual
Literatura multicultual
 
Resumo Caderno IV
Resumo Caderno IVResumo Caderno IV
Resumo Caderno IV
 
Gêneros do discurso o que os pcns dizem e o que a prática escolar revela
Gêneros do discurso o que os pcns dizem e o que a prática escolar revelaGêneros do discurso o que os pcns dizem e o que a prática escolar revela
Gêneros do discurso o que os pcns dizem e o que a prática escolar revela
 
Ii reunião alfabetização_eixos_norteadores
Ii reunião alfabetização_eixos_norteadoresIi reunião alfabetização_eixos_norteadores
Ii reunião alfabetização_eixos_norteadores
 
Intérprete Bilíngue na educação Indígena.pptx
Intérprete Bilíngue na educação Indígena.pptxIntérprete Bilíngue na educação Indígena.pptx
Intérprete Bilíngue na educação Indígena.pptx
 
III - FALA - Fórum Acadêmico de Linguística Aplicada - UnB DF
III - FALA - Fórum Acadêmico de Linguística Aplicada - UnB DFIII - FALA - Fórum Acadêmico de Linguística Aplicada - UnB DF
III - FALA - Fórum Acadêmico de Linguística Aplicada - UnB DF
 
Unidade 5 a diversidade textual em sala de aula final
Unidade 5 a diversidade textual em sala de aula  finalUnidade 5 a diversidade textual em sala de aula  final
Unidade 5 a diversidade textual em sala de aula final
 
Unidade 5 a diversidade textual em sala de aula final
Unidade 5 a diversidade textual em sala de aula  finalUnidade 5 a diversidade textual em sala de aula  final
Unidade 5 a diversidade textual em sala de aula final
 
A leitura e sua relação
A leitura e sua relaçãoA leitura e sua relação
A leitura e sua relação
 
Sequência didática
Sequência didáticaSequência didática
Sequência didática
 
Sintese síntese do livro “psicogênese da língua escrita”
Sintese síntese do livro “psicogênese da língua escrita”   Sintese síntese do livro “psicogênese da língua escrita”
Sintese síntese do livro “psicogênese da língua escrita”
 
0329 LINGUÍSTICA APLICADA E PEDAGOGIA CRÍTICA.pptx
0329 LINGUÍSTICA APLICADA E PEDAGOGIA CRÍTICA.pptx0329 LINGUÍSTICA APLICADA E PEDAGOGIA CRÍTICA.pptx
0329 LINGUÍSTICA APLICADA E PEDAGOGIA CRÍTICA.pptx
 
Planejamento anual 2023 - para publicação.pdf
Planejamento anual 2023 - para publicação.pdfPlanejamento anual 2023 - para publicação.pdf
Planejamento anual 2023 - para publicação.pdf
 
“ELES COMEM CORNFLAKES, NÓS COMEMOS PÃO COM MANTEIGA”: ESPAÇOS PARA REFLEXÃO ...
“ELES COMEM CORNFLAKES, NÓS COMEMOS PÃO COM MANTEIGA”: ESPAÇOS PARA REFLEXÃO ...“ELES COMEM CORNFLAKES, NÓS COMEMOS PÃO COM MANTEIGA”: ESPAÇOS PARA REFLEXÃO ...
“ELES COMEM CORNFLAKES, NÓS COMEMOS PÃO COM MANTEIGA”: ESPAÇOS PARA REFLEXÃO ...
 
Projetodiversidade 131103135555-phpapp02
Projetodiversidade 131103135555-phpapp02Projetodiversidade 131103135555-phpapp02
Projetodiversidade 131103135555-phpapp02
 
A construção da identidade pedagógica uff
A construção da identidade pedagógica uffA construção da identidade pedagógica uff
A construção da identidade pedagógica uff
 
A polifonia no discurso publicitário como recurso pedagógico
A polifonia no discurso publicitário como recurso pedagógicoA polifonia no discurso publicitário como recurso pedagógico
A polifonia no discurso publicitário como recurso pedagógico
 

Mehr von Instituto Uka

FUNDO BRASIL DE DIREITOS HUMANOS
FUNDO BRASIL DE DIREITOS HUMANOSFUNDO BRASIL DE DIREITOS HUMANOS
FUNDO BRASIL DE DIREITOS HUMANOSInstituto Uka
 
V ENCONTRO DA REDE MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS ESCOLARES DE
V ENCONTRO DA REDE MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS ESCOLARES DEV ENCONTRO DA REDE MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS ESCOLARES DE
V ENCONTRO DA REDE MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS ESCOLARES DEInstituto Uka
 
Literatura Infantil de Autoria Indígena
Literatura Infantil de Autoria IndígenaLiteratura Infantil de Autoria Indígena
Literatura Infantil de Autoria IndígenaInstituto Uka
 
O Índio Brasileiro: O que você precisa saber sobre os Povos Indígenas no Bras...
O Índio Brasileiro: O que você precisa saber sobre os Povos Indígenas no Bras...O Índio Brasileiro: O que você precisa saber sobre os Povos Indígenas no Bras...
O Índio Brasileiro: O que você precisa saber sobre os Povos Indígenas no Bras...Instituto Uka
 
As identidades indígenas na escrita de Daniel Munduruku
As identidades indígenas na escrita de Daniel MundurukuAs identidades indígenas na escrita de Daniel Munduruku
As identidades indígenas na escrita de Daniel MundurukuInstituto Uka
 
Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas (PDF)
Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas (PDF)Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas (PDF)
Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas (PDF)Instituto Uka
 
A [re]construção da identidade indígena pela literatura munduruku e o diálo...
A [re]construção da identidade indígena pela literatura   munduruku e o diálo...A [re]construção da identidade indígena pela literatura   munduruku e o diálo...
A [re]construção da identidade indígena pela literatura munduruku e o diálo...Instituto Uka
 
Leia a última edição do jornal Museu ao Vivo.
Leia a última edição do jornal Museu ao Vivo. Leia a última edição do jornal Museu ao Vivo.
Leia a última edição do jornal Museu ao Vivo. Instituto Uka
 
A LITERATURA INDÍGENA NA ESCOLA: UM CAMINHO PARA A REFLEXÃO SOBRE A PLURALID...
A LITERATURA INDÍGENA NA ESCOLA: UM CAMINHO PARA A  REFLEXÃO SOBRE A PLURALID...A LITERATURA INDÍGENA NA ESCOLA: UM CAMINHO PARA A  REFLEXÃO SOBRE A PLURALID...
A LITERATURA INDÍGENA NA ESCOLA: UM CAMINHO PARA A REFLEXÃO SOBRE A PLURALID...Instituto Uka
 
Folder reflexos da_ancestralidade
Folder reflexos da_ancestralidadeFolder reflexos da_ancestralidade
Folder reflexos da_ancestralidadeInstituto Uka
 
Roubaram o Gravador do Juruna
Roubaram o Gravador do JurunaRoubaram o Gravador do Juruna
Roubaram o Gravador do JurunaInstituto Uka
 
Livros indígenas em promoção
Livros indígenas em promoçãoLivros indígenas em promoção
Livros indígenas em promoçãoInstituto Uka
 
Fnlij lança edição de concursos para 2012
Fnlij lança edição de concursos para 2012Fnlij lança edição de concursos para 2012
Fnlij lança edição de concursos para 2012Instituto Uka
 
Literatura afro-brasileira e indígena na escola: A mediação docente na constr...
Literatura afro-brasileira e indígena na escola: A mediação docente na constr...Literatura afro-brasileira e indígena na escola: A mediação docente na constr...
Literatura afro-brasileira e indígena na escola: A mediação docente na constr...Instituto Uka
 
A [re]construção da identidade indígena pela literatura
A [re]construção da identidade indígena pela literatura A [re]construção da identidade indígena pela literatura
A [re]construção da identidade indígena pela literatura Instituto Uka
 
Jogos cultura indigena
Jogos cultura indigenaJogos cultura indigena
Jogos cultura indigenaInstituto Uka
 

Mehr von Instituto Uka (20)

FUNDO BRASIL DE DIREITOS HUMANOS
FUNDO BRASIL DE DIREITOS HUMANOSFUNDO BRASIL DE DIREITOS HUMANOS
FUNDO BRASIL DE DIREITOS HUMANOS
 
V ENCONTRO DA REDE MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS ESCOLARES DE
V ENCONTRO DA REDE MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS ESCOLARES DEV ENCONTRO DA REDE MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS ESCOLARES DE
V ENCONTRO DA REDE MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS ESCOLARES DE
 
Literatura Infantil de Autoria Indígena
Literatura Infantil de Autoria IndígenaLiteratura Infantil de Autoria Indígena
Literatura Infantil de Autoria Indígena
 
O Índio Brasileiro: O que você precisa saber sobre os Povos Indígenas no Bras...
O Índio Brasileiro: O que você precisa saber sobre os Povos Indígenas no Bras...O Índio Brasileiro: O que você precisa saber sobre os Povos Indígenas no Bras...
O Índio Brasileiro: O que você precisa saber sobre os Povos Indígenas no Bras...
 
As identidades indígenas na escrita de Daniel Munduruku
As identidades indígenas na escrita de Daniel MundurukuAs identidades indígenas na escrita de Daniel Munduruku
As identidades indígenas na escrita de Daniel Munduruku
 
Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas (PDF)
Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas (PDF)Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas (PDF)
Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas (PDF)
 
A [re]construção da identidade indígena pela literatura munduruku e o diálo...
A [re]construção da identidade indígena pela literatura   munduruku e o diálo...A [re]construção da identidade indígena pela literatura   munduruku e o diálo...
A [re]construção da identidade indígena pela literatura munduruku e o diálo...
 
Leia a última edição do jornal Museu ao Vivo.
Leia a última edição do jornal Museu ao Vivo. Leia a última edição do jornal Museu ao Vivo.
Leia a última edição do jornal Museu ao Vivo.
 
A LITERATURA INDÍGENA NA ESCOLA: UM CAMINHO PARA A REFLEXÃO SOBRE A PLURALID...
A LITERATURA INDÍGENA NA ESCOLA: UM CAMINHO PARA A  REFLEXÃO SOBRE A PLURALID...A LITERATURA INDÍGENA NA ESCOLA: UM CAMINHO PARA A  REFLEXÃO SOBRE A PLURALID...
A LITERATURA INDÍGENA NA ESCOLA: UM CAMINHO PARA A REFLEXÃO SOBRE A PLURALID...
 
Folder reflexos da_ancestralidade
Folder reflexos da_ancestralidadeFolder reflexos da_ancestralidade
Folder reflexos da_ancestralidade
 
Roubaram o Gravador do Juruna
Roubaram o Gravador do JurunaRoubaram o Gravador do Juruna
Roubaram o Gravador do Juruna
 
Livros indígenas em promoção
Livros indígenas em promoçãoLivros indígenas em promoção
Livros indígenas em promoção
 
Fnlij lança edição de concursos para 2012
Fnlij lança edição de concursos para 2012Fnlij lança edição de concursos para 2012
Fnlij lança edição de concursos para 2012
 
Programação
 Programação Programação
Programação
 
Literatura afro-brasileira e indígena na escola: A mediação docente na constr...
Literatura afro-brasileira e indígena na escola: A mediação docente na constr...Literatura afro-brasileira e indígena na escola: A mediação docente na constr...
Literatura afro-brasileira e indígena na escola: A mediação docente na constr...
 
A [re]construção da identidade indígena pela literatura
A [re]construção da identidade indígena pela literatura A [re]construção da identidade indígena pela literatura
A [re]construção da identidade indígena pela literatura
 
Porantim 329 final
Porantim 329   finalPorantim 329   final
Porantim 329 final
 
8º+concur..
8º+concur..8º+concur..
8º+concur..
 
Jogos cultura indigena
Jogos cultura indigenaJogos cultura indigena
Jogos cultura indigena
 
Jornal da FNLIJ
Jornal da FNLIJJornal da FNLIJ
Jornal da FNLIJ
 

Kürzlich hochgeladen

A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 

Kürzlich hochgeladen (20)

A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 

Ensino de cultura afro-brasileira e indígena na educação básica

  • 1. 1 Literatura afro-brasileira e indígena na escola: a mediação docente na construção do discurso e da subjetividade Ana Maria Gomes de Almeida UNIFESO – RJ - Brasil (analmeida19@yahoo.com.br) Resumo: Apresentam-se resultados iniciais de uma pesquisa qualitativa em uma escola de educação básica no interior do estado do Rio de Janeiro. Partindo da análise do discurso dos professores de educação infantil e ensino fundamental, em especial na área da literatura infantojuvenil, em entrevistas coletivas, procura-se discutir como acontece a aplicação da Lei 10 639/2003 e sua complementar, Lei 11 645/2008, que estabelecem a obrigatoriedade do estudo da história e cultura afrobrasileira e indígena no âmbito de todo o currículo escolar. Baseia-se na importância do papel do outro na construção do discurso e da subjetividade em que a realidade é apreendida como devenir. Mediatizados pelo mundo, educadores e educandos, em diálogo, pronunciam-no em processo constantemente dialético. Palavras-chave: Literatura infantojuvenil, relações etnicorraciais, discurso, educação. Abstract: Part of the results of a qualitative research done at a basic education school in a small town in Rio de Janeiro, is presented. Based on the analysis of the discourse of the children and high school teachers, especially in the area of children’s and teenagers’ literature, in collective interviews, it tries to discuss how the application of the Law 10 639/2003 happens, as well as its complementary law, 11 645/2008, both of which establish as obligatory the study of Afro-Brazilian and native Brazilian history and culture in all the school curriculum. It is based on the importance of the role of the other in the construction of the discourse and the subjectivity in which reality is apprehended as becoming. Mediated by the world, educators and educatees, in dialogue, pronounce it in a constant dialectical process. Key words: Children’s and teenagers’ literature, ethno-racial relations, discourse, education. Introdução Motivado a divulgar a produção de conhecimentos, atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos à pluralidade etnicossocial para garantir o respeito aos direitos legais, à valorização da identidade e das raízes africanas e indígenas da nação brasileira bem como o reconhecimento da sua história e cultura, o governo federal aprovou a Lei 10639/2003, de obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana na educação básica, complementada pela Lei 11645/2008, incluindo a obrigatoriedade do ensino da história e cultura dos povos indígenas. As referidas leis reafirmam uma posição de combate ao racismo e à discriminação, consoante a Constituição Brasileira. A educação é uma oportunidade de os sujeitos aprenderem sobre o valor da cultura e manterem contatos com as diferentes práticas culturais. Desta feita, a escola é um dos espaços relevantes neste processo, tendo em vista ser onde diferentes pessoas se encontram. Nas discussões sobre currículo, têm lugar os debates sobre os conhecimentos escolares, os procedimentos pedagógicos, as relações sociais, os valores e as identidades dos alunos. Mas será que a escola, enquanto instituição pensada para a
  • 2. 2 formação democrática, universalista, consegue, de fato, atuar de maneira democrática? A pluralidade etnicorracial é uma preocupação da escola? Este trabalho é feito? De que maneira é feito? Trata-se este artigo da apresentação de resultados iniciais de uma pesquisa qualitativa de orientação sócio-histórica (Freitas, 2003) que parte da análise do discurso dos professores de educação infantil e ensino fundamental, em especial na área da literatura infantojuvenil, identificados pela sigla D (docente) seguida da numeração original conferida na transcrição das entrevistas. Tem como foco a discussão de como acontece a aplicação das referidas leis naquele espaço escolar e baseia-se na importância do papel do outro na construção do discurso e da subjetividade (Bakhtin, 2003). Tornar-se sujeito é conscientizar-se de si a partir do outro, é perceber-se enquanto ser social a partir do diálogo simbólico que estabelece com seu meio. O sujeito constitui-se pela linguagem e na linguagem (Bakhtin, 2003), atividade coletiva social da consciência. O homem, ser sensível, racional e espiritual, se constitui como sujeito na sua relação com o outro, a partir das diversas interações sociais, mediatizadas pela linguagem. Servindo à comunicação, a linguagem expressa a consciência individual, enquanto delineia a vida social, econômica e política da coletividade. O sujeito é, portanto, um ser social que constrói seu discurso a partir de outros discursos que o precedem. Nessa visão, o homem é um ser complexo, que possui inúmeras dimensões e deve ser respeitado em sua cultura, valores e condições socioeconômicas. A pesquisa apresentada parte da premissa de que o docente é um mediador do processo ensino-aprendizagem que valoriza a experiência dos educandos e suas contribuições, sem perder de vista que o conhecimento consiste num processo de construção em que estão presentes influências da sociedade, da história e da cultura. Em perene construção, a realidade é apreendida não como algo posto, irreversivelmente acabado, mas como devenir, como algo que está sendo (Freire, 1978). Mediatizados pelo mundo, educadores e educandos, em diálogo, encontro dos homens, pronunciam- no e o modificam em processo constantemente dialético a exigir deles novo pronunciar (Freire, 2005). Em uma perspectiva dialógica, o homem que faz hoje uma enunciação está construindo um enunciado que dará voz a outros textos amanhã. Ao mesmo tempo, no
  • 3. 3 momento em que faz a enunciação, está trazendo, através de sua voz, diversas vozes de diálogos entre textos e atores sociais. Há, pois, um contínuo e ininterrupto diálogo entre textos. Essa concepção de Bakhtin (2003, 2004) vai para além da linguagem: é uma concepção de sujeito, na medida em que é constituidora de subjetividade. A fala dos professores Os professores mostram uma valorização das Leis 10 639/2003 e 11 645/2008, bem como que compreendem a importância dos estudos etnicorraciais na escola e a necessidade de ali serem desenvolvidos. D2. Eu acho que na verdade se houve necessidade de haver uma resolução é porque a coisa não existe, né? Se houvesse, já estaria regulamentada na prática, né? Exemplificam, então, com atividades que contemplam tal tema. D3. (...) e aí é interessante que eles foram falando e a gente montou um quadro na sala e surgiu que eles eram descendentes de africanos, sim, e de indígenas. D1. (...) Aí quem tinha cabelo enroladinho pesquisou uma figura de cabelo enroladinho (...) Desconsideram a abordagem pontual dos aspectos que envolvem as relações etnicorraciais por entenderem que devem ser vistos ao longo do ano, permeando o cotidiano escolar e, portanto, incluindo-se no processo de formação do aluno. D16. (...) Eu acho que isso deveria ser trabalhado no cotidiano, que nem eu pego uma música e explico pra eles. D7. Em questão das datas comemorativas que você falou, a gente não trabalha com nenhuma relação (...) A gente trabalha diferente, a gente usa os temas, trabalha no dia-a-dia, mas não tem aquela data fechada, entendeu? D14. Em literatura, falando de conteúdo, a gente tem essa questão de identidade o tempo todo. Apesar de o grupo reconhecer que as culturas devem compor e permear o currículo, suas enunciações apontam que tal prática não foi internalizada na escola. Ao perguntarmos em que momento e como desenvolvem atividades que contemplem as relações etnicorraciais, exemplificam com momentos pontuais, surgidos por uma curiosidade, uma dúvida ou por projetos de trabalho.
  • 4. 4 D3. Uns três anos atrás, a gente estava pesquisando sobre o Quilombo. Surgiu o assunto, né? D2. Esse ano a gente teve uma experiência muito significativa em relação a isso como o projeto do quarto ano. D14. Claro que com a lei a gente pode buscar novos paralelos, de qualquer forma, na literatura (...) Mesmo que abordadas de modo superficial e não intencional, as questões relativas à diversidade cultural emergem na escola e os docentes dizem ter uma escuta atenciosa para elas. D3. (...) e aí eu coloquei assim: E os indígenas e os africanos não significaram nada? E eu fiquei muito preocupada porque ninguém se manifestou. Aí eu fui e corri atrás da M. Eu falei assim: M., meu trabalho tá ficando furado. Se eu tenho de trabalhar influências e eles não se mostraram interessados em trabalhar essas áreas, como é que a gente vai fazer? D2. Me causou angústia também. D3. È nós fomos em busca de alguma coisa, né? Aí a M. conseguiu aquele livro A África, meu pequeno Chaka. Entretanto, entrevê-se em algumas enunciações marcas de uma voz preconceituosa quando, por exemplo, D6 utiliza o substantivo “lady” para se referir a uma criança negra que vivia em um orfanato: D6. Ela era uma lady. Você não dizia que não tinha formação. Ela sentava super bem à mesa, sabia usar os talheres, se colocar quando tinha... a gente chamava pra uma conversa e tal. O grupo destaca a relevância dos estudos das diferenças culturais como uma forma de garantir a diversidade na escola num sentido mais amplo: abordagem dos preconceitos, dos movimentos de bullyng, as dificuldades em lidar com as diferenças que não só as da cultura. D1. A Princesa do Nariz de Linguiça. Trabalha a questão também de uma menina que tinha... ela era diferente. D15. (...) Então, na realidade, eu acho que a escola tem que ter essa perspectiva de trabalhar a questão do respeito, mas o respeito de maneira geral.
  • 5. 5 Acrescenta que o trabalho desenvolvido deve contemplar os alunos assim como sua família, destacando o papel social da escola. D1. (...) E no Canto das Sereias fala dos orixás, né? Aí eu lembro que foi um rebuliço danado porque os pais vieram na minha porta porque eu tava ensinando música de macumba pras crianças. E aí eu fui trabalhar os orixás com eles. Mas foi interessante porque eu pude trabalhar não só com as crianças mas com as famílias. D2. É a gente tem que tá preparado, não digo um embate, mas pro convencimento das famílias, da importância do que a gente tá fazendo também. Outro aspecto a ser pontuado vem a ser o fato de que não houve entre eles um aprofundamento das questões abordadas. Restringiram-se à exemplificação de casos acontecidos na escola, sem reflexão sobre o assunto ou mesmo sobre as leis. Algumas vezes, a falta de aprofundamento se marcava pelo silêncio, em especial das professoras da educação infantil e das séries iniciais. Os professores disseram se sentir um pouco mais à vontade para tratar da cultura africana e a dos afro-descendentes. Relacionam a isso a maior facilidade de acesso à informação e produção, embora apontem que há uma carência de informação sobre a cultura africana. É consenso entre eles a dificuldade que encontram de acesso a conhecimento das culturas indígenas. D15. Sim, nós temos maior facilidade. Essa questão racial, afro-descendente, é mais fácil trabalhar no dia-a-dia. As interações e a mídia audiovisual facilitam isso. Já a questão indígena não é tão fácil, não é igual. D1. Eu acho que o indígena é muito mais esquecido que o africano. Porque o africano ainda fica em evidência, a gente tem uma preocupação de trazer desenhos, filmes, quando a gente passa o filme Kiriku e a Feiticeira. Segundo eles, a distância geográfica dificulta o contato e contribui para que o índio esteja afastado do cotidiano escolar. D9. A questão indígena é difícil de ser tratada porque o índio não está no cotidiano de todos. Muitos alunos nunca viram um índio ou um descendente. Enquanto que o afro-descendente está mais presente, a cultura é mais forte na nossa região. D19. O índio é comentado, mas eu nunca vi um índio no dia-a-dia. Eventualmente numa exposição ou uma apresentação e na televisão. Mas não é comum encontrar algum na rua.
  • 6. 6 Ao destacarem o papel positivo da literatura na abordagem das relações etnicorraciais, trazem à discussão o restrito acesso a publicações com esse tema ou a visão preconceituosa ainda existente. Apesar disso, apresentam alguns exemplos que consideram boa literatura. D2. A literatura é uma aliada muito grande pra gente despertar algumas coisas. D1. Tem muitos poucos livros. D7. E os próprios livros de literatura infantil, as histórias são muito regradas, do coitadinho, do pobre coitado. Histórias que trazem outra visão desses aspectos seria muito importante. D2. Tem a Tainá. Eu lembro que tem um livro que chama Bichos da África. Como Kiriku, que é um conto de tradição local. D4. Sem colocar em evidência aquilo que torna ele diferente. D7. Então nós precisamos dessa literatura, sem ter essa visão. Uma professora questionou o que ela chamou de “livros politicamente corretos”. Haveria uma preocupação em abordar temas aceitos socialmente ou que a escola entende como necessários, em detrimento de uma literatura que poderíamos nomear de raiz. D14. Eu vejo livros muito politicamente corretos de uns dez anos pra cá. Falam sobre ecologia e drogas. Porque na minha época tinha lenda da Iara, lenda de tudo. Já não tem mais isso. Então eu acho que essa onda politicamente correta tem que acabar. Apontam para a necessidade de estudarem mais aprofundadamente o tema, ampliando conceitos em diferentes áreas, forma de sentirem mais seguros no seu desempenho como mediadores. D2. Mas a gente precisa também estudar um pouco os nossos conceitos, conceitos que estão vigorando tanto na parte da sociologia, da antropologia, da história. D1. Embasar, né? D7. Acho que é muito importante a gente tá estudando, se atualizando. Considerações finais A análise aqui apresentada aponta que, para aqueles professores, as Leis 10 639/2003 e 11 645/2008, mais do que o resgate da cultura afro-brasileira e indígena, contemplam a possibilidade de se abordar o preconceito na escola num sentido que
  • 7. 7 ultrapassa o pertencimento etnicorracial. Ao manifestarem a preocupação com esse tema no cotidiano escolar, sua atenção volta-se para o desenvolvimento de uma cultura dos direitos humanos como um eixo fundamental para a construção democrática de que, no momento, os afro-descendentes e os indígenas encontram-se excluídos. Sua observação relativa à dificuldade de acesso à cultura indígena aponta para a necessidade de, a exemplo do que tem acontecido com a história e a cultura afro- brasileira e africana, haja um olhar cuidadoso dos gestores na elaboração e aplicação de políticas públicas que contemplem de forma mais contundente sua história e cultura. Quanto à literatura, a restrição de acesso à produção existente bem como a denúncia de marcas discursivas preconceituosas em parte do que encontram a seu dispor assinalam que é imprescindível um foco maior nessa área por parte das editoras assim como do Programa Nacional de Bibliotecas Escolares. Seus enunciados preocupados em enfocar as relações etnicorraciais e as diferenças em geral, mas perpassados por um discurso por vezes marcado pelo preconceito e superficialmente elogioso à diversidade mostram que ainda há um longo caminho a se percorrer na aplicação das referidas leis. A oscilação entre diferentes discursos e a prevalência de enunciados mais descritivos do que analíticos, além de uma prática pouco consciente dos estudos etnicorraciais, apontam para a necessidade de uma formação inicial e continuada mais voltada para essas questões. Uma formação em que o contínuo processo de acabamentos e inacabamentos provocados pela interação dos usos, pelas escolhas construídas nos tempos e lugares e pela mobilização de diferentes esferas da enunciação possibilite que o professor busque a formulação de novas hipóteses às mesmas perguntas ou a elaboração de perguntas novas. Assumindo uma perspectiva discursiva na reflexão aqui desenvolvida, destaco como importante a figura do mediador. Como este estudo aborda os discursos sobre as relações etnicorraciais na escola, enfatizo a relevância das ações de mediação no ambiente escolar. Seguindo Freire (2005), entendo que o papel do professor vem a ser o de possibilitar o encontro de experiências: as suas, as dos alunos e da sociedade em geral, enfim, as de tantos quantos for possível trazer “à roda”, movido pelo instigar os alunos nos caminhos ao diálogo, à indagação, à heterogeneidade, à intersubjetividade, na tentativa de permitir-lhes entender o que se passa: eles com eles mesmos, na relação com o mundo, fazendo com que a pluralidade seja possível. Para isso, o professor
  • 8. 8 carece pensar participativamente, de forma não indiferente, procurando superar seu próprio caráter de dado em favor daquilo que está para ser alcançado (Bakhtin, 1993), responsavelmente aceitando a responsabilidade que lhe é atribuída socialmente. A escola que se considera plural sabe criticamente que o sentido pode ser outro e, por isso, estimula o exercício da contrapalavra de todos que ali convivem. Sujeitos também cognoscentes, o professor e os demais membros da escola, na sua função de mediadores devem se deixar aprender porque sabedores da inevitável presença da diferença entre sujeitos e da exigência de acordos éticos e estéticos a demandar o reconhecimento do outro como diferente dele, dos múltiplos discursos que desenham o social, suas interseções históricas, políticas e culturais. Bibliografia BAKHTIN, Mikail (1993), Para uma filosofia do ato, trad. Carlos Alberto Faraco e Cristóvão Tezza, Austin: Univ. of Texas. — (2003), Estética da criação verbal, São Paulo: Martins Fontes. — (2004), Marxismo e filosofia da linguagem, São Paulo: Hucitec. BRASIL (2003), “Lei nº 10 639”, Diário Oficial da República Federativa do Brasil [http: www.planalto.gov.br]. Consulta: outubro 2009. — (2008), “ Lei nº 11.645”, Diário Oficial da República Federativa do Brasil, [http: www.planalto.gov.br]. Consulta: outubro 2009. FREIRE, Paulo (1978), Ação cultural para a liberdade e outros escritos, Rio de Janeiro: Paz e Terra. — (2005), Pedagogia do oprimido, Rio de Janeiro: Paz e Terra. FREITAS, Maria Teresa (2003), “A perspectiva sócio-histórica: uma visão humana da construção do conhecimento”, em Maria Teresa Freitas, Solange Jobim e Sônia Kramer (orgs.), Ciências humanas e pesquisa: leituras de Mikhail Bakhtin, São Paulo: Cortez, pp. 26-38.
  • 9. 9